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ABC dos alimentos... Amêndoa
A Galileu
Experimentandum
Construção de um telescópio refrator simples O que preciso?
. 1 lente convexa grande e com baixo poder de ampliação . 1 lente convexa pequena e com grande poder de ampliação . 2 tubos de cartão com diâmetros ligeiramente diferentes . fita adesiva
Bicho de contas A turma da Maria tem 26 alunos e 16 têm telemóvel. Os que têm telemóvel enviam mensagens escritas para os que têm telemóvel e cartões para os restantes. Os alunos que não têm telemóvel enviam cartões para todos os colegas. Quantos cartões são enviados?
Como fazer?
1. Fixar, com fita adesiva, a lente maior numa extremidade do tubo de maior diâmetro e a outra lente numa extremidade do tubo de menor diâmetro. 2. Encaixar os tubos, deslizando um no outro. 3. Apontar o telescópio para um objeto distante. Alongar e encurtar o tubo até observar uma imagem nítida.
O facto de corpos celestes rodarem à volta de outros corpos celestes que não a Terra, fez ruir conceções anteriores, baseadas na primeira aparência das coisas. Com a simples atitude de registar o que observava, Galileu reuniu dados suficientes para corroborar um determinado modelo mais aproximado do comportamento do Universo então observável: o modelo heliocêntrico proposto antes por Copérnico. As observações sistemáticas dos corpos celestes, efetuadas sucessivamente por diversas gerações de cientistas, adicionaram novos dados e conhecimentos às observações e registos precedentes, o que permitiu elaborar teorias sobre o universo distante, mas também válidas à nossa escala mais humilde e humana. Por exemplo, é pela mesma interação gravítica que faz com que os astros se movam uns à volta dos outros, que uma qualquer maçã, golden ou bravo de esmolfe, tanto faz, é atraída e atrai o
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chão. O leitor, quer experimentar, se faz favor? Ponha de lado os preconceitos e, por sua vez, experimente deixar cair da mesma altura e ao mesmo tempo duas moedas diferentes: uma de um cêntimo e outra de um euro. Está assim a repetir uma outra experiência, a dos graves, que Galileu Galilei terá feito (há quem diga que não!) no cimo de uma torre e com outros objetos. Se o leitor quiser estar mais alto, suba, com cuidado, para cima de uma cadeira e repita a experiência. Os dois objetos não voltam a chegar ao chão ao mesmo tempo? Pois é. Mesmo que repita vezes sem conta até se cansar, verá que o resultado é sempre o mesmo. E se não fosse? Saberá porventura o leitor que esta experiência também foi realizada na Lua, que agora observa em fase cheia, por astronautas da missão Apolo 15, em 1971: o comandante David Scott deixou cair da mesma altura e ao mesmo tempo, uma pena de ave e um
martelo. E não é que também caíram ao mesmo tempo no chão lunar! Como teria gostado Galileu de ter observado, através da sua luneta, a réplica da sua experiência na Lua… O facto é que a mesma experiência, feita por pessoas e em locais e épocas diferentes, tem dado sistematicamente o mesmo resultado. O conhecimento que resulta desta atitude experimental é, assim, reprodutível nas mesmas condições e isto é uma das características do conhecimento que resulta do método científico. Deixe cair o cansaço rotineiro e descanse o olhar no céu estrelado. Deixe o tempo estender-se no espaço, até ao infinito e deslumbre-se com a aparente serenidade da astronómica noite semeada de miríades de constelações de estrelas. Seja humano. Sonhe. Ponha questões e experimente. António Piedade Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva
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saudáveis
O que acontece?
O telescópio é um instrumento ótico que permite ampliar a imagem de objetos distantes. Independentemente do tipo de telescópio, todos têm uma objetiva - lente ou espelho que fica direcionado para o objeto distante; e uma ocular - lente que fica próxima do olho do observador. A lente objetiva (nos telescópios refratores) ou o espelho (nos telescópios refletores) captam a luz do objeto distante e convergem-na para um ponto – o foco. A lente ocular “capta” e amplia a imagem do foco para que ocupe uma maior porção da retina do observador. A característica mais importante de um telescópio é a abertura, isto é, o diâmetro da objetiva (lente ou espelho), e não a sua ampliação. Quanto maior a abertura, mais luz é captada pelo telescópio e, portanto, melhor a qualidade da imagem formada. O poder de ampliação de um telescópio é a capacidade de aumentar uma imagem e depende da combinação de lentes utilizada. É essencialmente a lente ocular que permite essa ampliação. Assim, é preferível obter uma imagem menos ampliada mas focada, em vez de uma imagem muito ampliada mas desfocada.■
A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro vai reabrir portas no próximo dia 5 de abril. Após mais de dois meses de encerramento ao público devido à pandemia, reabrimos com medidas de segurança e proteção reforçadas em resposta às exigências que o momento atual impõe. Tendo sempre como prioridade o bem-estar e segurança de todos os visitantes e da nossa equipa, prosseguimos com a missão de promover o conhecimento científico. Já falta pouco para voltarmos a estar juntos!
financiamento
Solução: 410
Limpe os olhos da luz do dia e, ao entardecer, projete o olhar para o horizonte, contemple a abóbada celeste. Há pouco mais de 410 anos, em março de 1610, Galileu Galilei fez as primeiras observações científicas dos astros utilizando um telescópio, instrumento por ele melhorado. A sua luneta, permitia-lhe aumentar o tamanho aparente de um objeto até cerca de 30 vezes. Por isso, terá sido o primeiro ser humano a contemplar com admiração, as crateras lunares com um detalhe que deixou desenhado nas suas ilustrações, registos científicos das suas observações. Também na aurora do século XVII, e ao observar o planeta Júpiter, Galileu descobriu, para seu grande espanto, que outros corpos celestes orbitavam ao redor desse planeta gigante: Júpiter também tem Luas, só suas! Esse momento, que o leitor pode imaginar e reviver hoje ao contemplar a “estrela da tarde”, é um marco da história da ciência e logo da humanidade.
A amêndoa é o fruto da amendoeira, uma das principais culturas de frutos secos cultivadas em Portugal, sendo comestível apenas a semente do fruto. São diversas as aplicações que ao longo dos tempos se têm dado às amêndoas, destacando-se o consumo em fresco, a sua utilização na indústria alimentar, farmacêutica ou mesmo para cosmética. A amêndoa constitui uma fonte importante de nutrientes, tais como lípidos, proteínas, vitaminas, minerais e fibras, sendo que os lípidos contribuem aproximadamente para 50% do peso do miolo. Este fruto é rico em vitaminas lipossolúveis e, em menor quantidade, por vitaminas hidrossolúveis. Os minerais mais abundantes no miolo são o potássio e o fósforo (733 e 481 mg/100 g, respetivamente), seguidos pelo cálcio, ferro, magnésio, sódio, zinco, manganésio e selénio. No miolo, há ainda a destacar a presença de compostos fenólicos, nomeadamente dos ácidos fenólicos, flavonóis, antocianidinas e procianidinas. O consumo de amêndoas contribui para a redução do colesterol “mau”, bem como na redução da incidência e da severidade de doenças cardiovasculares, e de doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Parkinson e doença de Alzheimer. Também existem evidências na redução de alguns tipos de cancro. Podem ajudar a prevenir a osteoporose e reduzir o envelhecimento precoce da pele.■
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2021