745 Imagem: Modelo molecular de uma proteína por CSIRO via Wikimedia Commons
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A não perder!
Nos domingos 11 e 18 de julho, pelas 11h00, decorreu na Fábrica, sempre com lotação esgotada, a atividade “Domingo de Manhã na Barriga do Caracol” com a história “Avião de papel”. A sessão contou com a contadora residente Marta Condesso, e que como sempre a partir do “era uma vez…” despertou-se mais uma vez a curiosidade de todos, para simples conteúdos científicos e com rigor absoluto! O Caracol Ambrósio vai de férias, mas promete regressar em setembro, para mais aventuras! Até lá!
No âmbito da Ciência Viva no Verão, a Fábrica propõe novamente um conjunto de ações na região de Aveiro. Visitas à Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, passeios para descobrir a biodiversidade da Baixa de Sto. António, atividades na praia e numa horta urbana, são algumas das ações dinamizadas pela Fábrica até 4 de setembro e que não vai querer perder! Consulte todas as atividades do Ciência Viva no Verão e inscreva-se em: www.cienciaviva.pt/verao/2021
mais informações em www.ua.pt/fabrica
Ciência na Agenda Imagem: ZEISS Microscopy via Wikimedia Commons
Mais vale saber… Comunicação entre neurónios
Bioquímica: onde os objetos ganham vida Podem peças de Lego juntar-se ao acaso e formar uma construção com vida? A nossa intuição diz que não, mas a Bioquímica parece afirmar o contrário. Todas as formas de vida se baseiam numa unidade organizacional única, a célula. A célula tem ela própria essa propriedade tão intuitiva, mas tão difícil de definir, chamada vida. No entanto, a célula é formada por moléculas e as moléculas não têm vida, são inanimadas, como objetos. É este o fascínio da Ciência para os Bioquímicos: conhecer como as moléculas, inanimadas, se transformam entre si de forma autorregulada, se replicam e formam estruturas complexas com capacidade para se adaptarem ao meio ambiente, isto é, como geram vida. As moléculas não são como peças Lego; não interagem simplesmente
umas com as outras por encaixes. As moléculas podem reagir de várias formas, dando origem a novas moléculas, transacionando energia, influenciando-se umas às outras, formando ciclos de reação que se podem manter estáveis desde que confinados dentro de um espaço restrito. Terá começado assim a vida na Terra e todos somos herdeiros deste legado: todos os seres vivos são formados por células, todas as células se mantêm através de ciclos de reações, a que chamamos metabolismo e todas as células estão limitadas por membranas com características físico-químicas semelhantes. Estas características levam os Bioquímicos a acreditar que todas as formas de vida emanaram de eventos iniciais análogos. Existe uma outra característica que une todas as formas de vida na Terra:
Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.ua.pt/fabrica · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt
o ambiente aquoso no interior das células. O interior das células não é propriamente líquido, mas é semelhante a um gel muito hidratado. Esta característica reforça a ideia que todas as formas de vida emanam de origens comuns, mas vai mais além: coloca essa origem em meio aquoso. As zonas de atividade vulcânica no fundo do mar terão tido condições ótimas para acelerar o aparecimento de vida na Terra: rochas porosas onde algumas moléculas podem ficar confinadas, e temperaturas e pressões elevadas, facilitando a ocorrência de reações químicas. Na atualidade, é grande o apelo entre bioquímicos para reconstituir o que se terá passado nos primórdios da vida, antes do aparecimento das células mais simples que conhecemos, as bactérias. Muitos bioquímicos procu-
ram combinar as moléculas mínimas necessárias para que se organizem com as funções de uma “quase-célula”, ou seja uma proto-célula: um metabolismo mínimo, confinado num espaço concreto e capacidade para se replicar. Esta proto-célula será desconcertantemente simples, mesmo comparada com uma bactéria, mas será a primeira forma artificial de vida. Será como peças de Lego que se juntam ao acaso e formam uma construção com vida. Miguel Castanho (Professor de Bioquímica Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa) Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
Os neurónios são células altamente especializadas na transmissão de informações, na forma de impulsos nervosos. São a unidade-base do sistema nervoso. Na base de qualquer ação está a atividade dos neurónios responsáveis pela transmissão de mensagens, como por exemplo, na coordenação visual e muscular, no afastamento da mão quando nos queimamos, na tomada de decisões, na resolução de um problema matemático, etc. Os neurónios diferem segundo as suas funções e localização, contudo um neurónio típico apresenta três partes distintas: o corpo celular, onde se encontra o núcleo da célula; as dendrites, prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular; e o axónio, prolongamento que transmite os impulsos nervosos vindos do corpo celular, quer para outros neurónios, quer para músculos
e glândulas. As dendrites captam o estímulo, geram o impulso nervoso e conduzem-no ao corpo celular do neurónio. O impulso é depois transmitido ao axónio e conduzido às ramificações terminais que, por sua vez, estão próximas das dendrites do neurónio vizinho, não havendo, contudo, contacto físico entre si. Este ponto de contacto especializado através do qual o sinal é transmitido designa-se por sinapse. Quando o impulso nervoso atinge as extremidades do axónio do neurónio emissor, induz a libertação de substâncias químicas, denominadas neurotransmissores, que se difundem no espaço sináptico, e que têm a capacidade de se combinar com recetores presentes nas dendrites do neurónio adjacente. Deste modo ocorre comunicação entre neurónios.■ financiamento
19 jul
27 ago
ESTÁGIOS DE VERÃO DÓING
19 23
Férias de Verão com Ciência, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
19 27 jul ago
Estágios de Verão Dóing, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
jul
24 jul
25 jul
jul
10h00 | 11h30 | 14h30 | 16h00
10h00 > 17h00
Cozinha em família - Taste Room de chocolate, na FCCVA.
Atividades dedicadas ao Dia Mundial dos Avós, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
até
31 ago até
31 dez
Exposição Rádio con:vida, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Exposição Coletiva de Imagens Científicas - “Uma viagem ao organismo”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2021