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A Fábrica marcou presença, como tem vindo a acontecer há vários anos, na “18ª Edição do CERCIAG em movimento” com a atividade “Sais efervescentes”. O evento, organizado pela CERCIAG, teve por objetivo sensibilizar a população em geral para a temática da inclusão. Decorreu a 21 e 22 de setembro, no Estádio Municipal de Águeda, e contou com atividades desportivas, recreativas, culturais, de aventura e de ciência, dinamizadas por diversas entidades.
No próximo domingo, 3 de outubro, decorrerá na Fábrica, das 10h às 13h, mais um desafio no seu makerspace, o “Workshop Dòing - Cianotipia”. Esta técnica de impressão do século XIX consiste na utilização de uma mistura de soluções químicas e da sua exposição a uma fonte de luz, através de um processo bastante versátil, que tem na cor azul ciano a sua principal característica. Destinado ao público em geral, e com o valor de 5€ por participante, as inscrições deverão ser realizadas para fabrica.cienciaviva@ua.pt
Distrofia Miotónica tipo 1: uma doença neuromuscular pouco conhecida
Sistema reprodutor
Sistema gastrointestinal
Pele
Músculo
As doenças neuromusculares englobam um conjunto alargado de patologias neurológicas, que incluem as doenças dos neurónios/nervos (neuropatias), as doenças dos cornos anteriores da medula (atrofias espinais), as perturbações da junção neuromuscular (miastenias) e as doenças dos músculos (miopatias). Por sua vez, existem dois tipos de miopatias: as hereditárias, que são transmitidas de pais para filhos, e as adquiridas, que aparecem ao longo da vida. Estas patologias caraterizam-se, principalmente, por diminuição de força muscular, dor muscular, atrofia muscular e miotonia (dificuldade no relaxamento dos músculos após a sua contração). Importa referir que as miopatias hereditárias abrangem as distrofias musculares e as miotonias, um grupo bastante heterogéneo de doenças que inclui, por exemplo, a bastante conhecida distrofia muscular de Duchenne e a distrofia miotónica. A Distrofia Miotónica tipo 1 (DM1) ou doença de Steinert é uma doença rara e hereditária, causada por uma alteração genética (expansão de triple-
tos CTG no gene DMPK), sendo a distrofia muscular mais comum entre adultos de ascendência europeia. O número de expansões CTG pode variar entre diferentes órgãos e tecidos, o que provavelmente contribui para a grande variabilidade de fenótipos observados nos doentes com DM1. Convém salientar que o achado cardinal no exame neurológico de doentes com DM1 é a miotonia. Adicionalmente, são achados frequentes a fraqueza e a atrofia muscular, atingindo sobretudo os músculos faciais, elevador das pálpebras, temporais, distais do antebraço, intrínsecos das mãos e dorsiflexores do pé. Os doentes com DM1 apresentam ainda uma face longa e estreita, calvície frontal, ptose, palato alto e arqueado, bem como boca em forma de V invertido. A primeira celebração, a nível mundial, do Dia Internacional da Distrofia Miotónica decorreu no passado dia 15 de setembro de 2021. Assim sendo, é absolutamente fundamental aumentar a consciencialização da população sobre esta
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B.I. dos Objetos | Aparelho de CBCT
Sandra Rebelo Departamento de Ciências Médicas Instituto de Biomedicina (iBiMED) Universidade de Aveiro
comunidades
saudáveis
Imagem: https://www.clinicaimplantologia.pt/ cmi-garante-novo-aparelho-da-morita/
Sistema endócrino
Sistema cardiovascular
Na Universidade de Aveiro, desde 2019, coordeno uma equipa de investigação dedicada ao estudo da DM1, que conta com a colaboração do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (Penafiel) e das neurologistas Dra. Carla Fraga e Dra. Ivânia Alves. Este projeto, intitulado “Uma abordagem epidemiológica e molecular na Distrofia Miotónica tipo 1”, tem como principal objetivo a identificação de alvos moleculares para intervenção terapêutica. Globalmente, pretende-se, a curto prazo, desenvolver uma terapia para a DM1.■
financiamento
Nome: Aparelho de CBCT Inventores: Attilio Tacconi, Piero Mozzo, Daniele Godi e Giordano Ronca Data nascimento: 1994 (primeiro modelo comercializado: NewTom 9000, em 1996) Local: Itália
Descrição:
A tomografia computadorizada de feixe cónico (cone beam computarized tomography-CBCT) é uma técnica de imagiologia médica composta por tomografia computadorizada de raios-X, onde os raios-X são divergentes, formando um cone. Inicialmente, esta tecnologia foi concebida para a angiografia, sendo mais recentemente utilizada na radioterapia, mamografia e radiologia dentária. Este aparelho é muito usado em medicina dentária pois permite obter imagens 3D dos tecidos mineralizados
Bicho de contas Nove amigos encontram-se no intervalo das aulas e cada um cumprimenta o outro com uma cotovelada. Quantas cotoveladas foram trocadas?
(dentes, cartilagens, ossos), evidenciando com boa precisão as lesões ósseas, fraturas, infeções, quistos e corpos estranhos. Em relação à radiografia panorâmica tradicional bidimensional, fornece informações muito mais subtis, com o detalhe das zonas bucais, maxilares e dentárias em vários ângulos e várias perspetivas. Permite assim melhorar o diagnóstico para um tratamento mais preciso. A 25 de outubro de 2013, durante o “Festivale della Scienza”, em Génova (Itália), os inventores deste processo receberam um prémio pela sua invenção, rapidamente considerada como revolucionária uma vez que mudou o panorama mundial da radiologia dentária.■
comunidades
saudáveis
financiamento
Solução: 36
Sistema respiratório
Genética
O primeiro dá cotovelada aos outros 8, o segundo a 7 (pois o primeiro ele já tinha
Sistema imunitário
esperança média de vida destes doentes.
cumprimentado), o terceiro a 6 (pois o primeiro e o segundo ele já tinha
Visão
doença, pois é uma patologia hereditária, rara, multissistémica e progressiva, que afeta gerações de familiares sucessivas, sendo normalmente subdiagnosticada. Acresce ainda o facto de que a DM1 é a forma mais comum de distrofia muscular em adultos e é atualmente uma doença incurável. Este dia tem como principal objetivo atrair a atenção do público em geral, políticos, reguladores, entidades financiadoras, representantes da indústria farmacêutica, investigadores, profissionais de saúde e qualquer pessoa interessada em mudar o futuro dos doentes com distrofia miotónica. A maior consciencialização social sobre esta patologia ajudará a melhorar a prestação de cuidados de saúde, a investigação na área, o desenvolvimento de medicamentos e a formulação de políticas relacionadas com esta doença. O aumento do financiamento para a investigação da distrofia miotónica permitirá proporcionar melhores cuidados de saúde, assim como aumentar a qualidade de vida e a
cumprimentado), .… ao todo 36.
Cérebro
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2021