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Foto da semana

A não perder!

O Projeto “Newton gostava de ler!” voltou no dia 10 de janeiro à Biblioteca Municipal Manuel Alegre, em Águeda, e no dia 12 de janeiro ao Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova, para mais uma sessão de formação, desta vez do módulo "Biodiversidade da manta morta". Estiveram presentes 15 participantes, em cada encontro, entre professores e bibliotecários, que irão agora dinamizar sessões de literatura e ciência com os alunos dos seus respetivos Agrupamentos de Escolas e com famílias na Biblioteca Municipal.

“rádio con:vida” é uma exposição da Fábrica que promete aos seus visitantes uma viagem irresistível pelo mundo radiofónico, repleta de valiosas imagens e memórias sonoras! Numa harmoniosa cumplicidade entre os objetos, a palavra e os sons, “rádio con:vida” conta, e mostra, a história de um dos mais revolucionários e deslumbrantes modos de comunicar do século XX. Esta exposição estará patente até março de 2022. Recomendada marcação prévia.

Experimentandum | Lançamento de uma sonda

mais informações em www.ua.pt/fabrica

Ciência na Agenda

Fronteiras A vida no planeta Terra só terá surgido quando se formou uma fronteira, constituída por uma membrana de natureza lipídica primordial, que separou, de forma mais ou menos permeável e seletiva, um espaço interior e o meio exterior envolvente. Passados talvez um pouco mais de 3,5 mil milhões de anos, a funcionalidade bioquímica dessa membrana, dessa fronteira que permite diálogos entre o interior celular e o espaço extracelular, continua a ser decisiva para a viabilidade da vida. É através dela que entram e saem substâncias, tanto nutrientes como a glicose, como “comunicadores” como as hormonas e neurotransmissores, por exemplo. Nas células do sistema nervoso, nos neurónios, é através da fronteira membranar dos seus axónios que os impulsos nervosos se propagam permitindo, por exemplo, o pensamento. É na fronteira que o sonho explora a existência! Num nível fisiológico seguinte encontram-se os órgãos. Estes são for-

mados por tipos específicos de células, que os definem e caracterizam. A fronteira dos órgãos é essencial para a sua função bem definida, para a sua integridade, forma, suporte, etc. E essa fronteira também é funcional constituindo, em alguns casos, como seja o cérebro (com a fronteira hematoencefálica), uma barreira protetiva contra a entrada de potenciais substâncias nocivas. E é através das suas fronteiras que os órgãos interagem homeostaticamente com o restante organismo de que fazem parte. No nosso caso, assim como em muitos outros seres vivos, o nosso corpo possui uma fronteira cuja integridade e perfeita funcionalidade é essencial para a nossa vida: a pele. Barreira protetora, por exemplo, contra microrganismos. Fronteira que também permite a excreção de substâncias através do suor, que nos protege das radiações solares e outros agentes nocivos, mas que também participa ativamente no controle da temperatura corporal. É uma fronteira

Rua dos Santos Mártires, 3810-171 Aveiro · tel. 234 427 053 · www.ua.pt/fabrica · www.facebook.com/fccva · fabrica.cienciaviva@ua.pt

que permite e potencia o tato, esse sentido tão importante para a humanidade com sentido. Poderíamos discorrer sem fim sobre as fronteiras geofísicas e/ou administrativas que delimitam as freguesias, os concelhos, os distritos, os países, os continentes, os mares. Essas fronteiras delimitam espaços distintos e elas próprias estão repletas de conteúdos históricos, culturais, políticos, científicos e tecnológicos. Mas pensemos no planeta Terra como um todo e na importância para a vida dessa fronteira feita de atmosfera. Sem ela, a vida não seria possível tal qual a conhecemos. E a própria dinâmica geológica seria diferente na ausência da atmosfera. O invólucro maioritariamente gasoso que caracteriza essa fronteira condicionou a evolução da vida na Terra, permitindo-a, ao impedir que a maioria das radiações a ela nocivas, como sejam as radiações ultravioleta e os raios cósmicos, atinjam a superfície terrestre. Essa fronteira também está

envolvida na dinâmica do ciclo da água, substância ubíqua à vida, e na regulação da temperatura da superfície do planeta. A sua história dinâmica alberga as preocupantes alterações climáticas e o seu impacto decisivo para a vida. É a fronteira que nos separa do nosso sentido cósmico. E uma última fronteira, a heliopausa, que delimita o sistema solar, que separa a heliosfera (a região imensa de espaço sob a influência do vento solar) do resto do universo. Foi atravessada há alguns anos pelas sondas Voyager que continuam as suas viagens cósmicas em direção a outras estrelas, outros mundos, repletos de fronteiras a explorar. Por fim uma questão cosmológica, a de se o universo em que existimos, e que está em expansão acelerada, terá uma fronteira. Se esta existe, o que é que existirá para além dela?

António Piedade Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

O que preciso?

. 1 Ovo . Algodão . Saco do lixo . Fio . 1 Tesoura . Balões . 1 Copo de plástico Como fazer?

1. Constrói, com os materiais sugeridos, um sistema que proteja a tua sonda (o ovo) na aterragem. Este deverá ter paraquedas e airbags. 2. Lança a sonda de uma altura mínima de 2 metros. 3. Analisa o estado de conservação da sonda e reflete onde poderás melhorar. O que acontece?

As sondas, lançadas para o espaço por vaivéns espaciais, transportam o máximo possível de instrumentos científicos que recolherão informações

a respeito do objeto em estudo e do espaço que o circunda. Para fazer a reentrada na Terra em segurança, é necessário que tenha um sistema de “aterragem”, que é diferente em cada tipo de sonda. Para proteger da fricção com a atmosfera as sondas possuem escudos térmicos. De forma a diminuir a velocidade de queda são equipadas com airbags, paraquedas e outras até com propulsores a jato. Todos os planetas, terrestres e gasosos, do nosso Sistema Solar, bem como os satélites e anéis, já foram explorados por sondas espaciais. O site https://spaceprob.es/ apresenta um catálogo de todas as sondas ativas. Uma das sondas mais famosas é a Voyager 1, foi lançada no espaço em 5 de setembro de 1977 com destino a Júpiter e Saturno. Os cientistas dizem que esta sonda ainda deve ter energia suficiente para continuar a recolher dados até 2024.■

23 jan

11h00

PAI, VOU AO ESPAÇO E JÁ VOLTO!

23 jan

10h00

Workshop Dóing, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

23

11h00

Pai, vou ao espaço e já volto! – Júpiter, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

27

18h00

Café de Ciência - Mar Azul, com Paula Sobral da Universidade Nova de Lisboa.

jan

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> 13h00

> 12h00

> 19h00

29 e 30

10h00 > 17h00

Atividades para famílias com a temática frio e gelo, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

jan

jan

3ª feira

domingo

Exposição Coletiva de Imagens Científicas - “Uma viagem ao organismo”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

3ª feira

domingo

Exposição “E se Mendeleev estivesse aqui?”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2022


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