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A não perder!
Mais de 2200 anos antes da Tabela Periódica de Mendeleiev EXPOSIÇÃO
E SE MENDELEEV ESTIVESSE AQUI?
Para celebrar o Dia do Pai, a Fábrica preparou um programa especial para o fim de semana de 19 e 20 de março. A proposta incluiu: decorar com reações químicas uma t-shirt num workshop maker, ouvir uma história com ciência, construir e programar um camião-reboque robô, saborear a química escondida num petit gateau e ainda fazer experiências científicas para construir um candeeiro inesquecível. Pais e filhos celebraram esta ocasião especial, num ambiente cheio do rigor científico mais divertido do mundo!
Experimentandum | Água que sobe
O que preciso?
Os quatro “elementos primordiais” ou “princípios”, considerados na Grécia antiga como constituintes universais da matéria – “ar”, “água”, “terra” e “fogo” – impropriamente atribuídos a Aristóteles (384 - 322 a.C.), são o culminar de uma conceção cujos primórdios se perdem nas civilizações orientais mais antigas. Esta conceção ter-se-á desenvolvido gradualmente até ser formulada, em termos mais abrangentes, pelo grego Empédocles, de Agrigento, na Sicília, cerca de 450 a.C., como “teoria dos quatro elementos” ou “das substâncias”. Nesta conceção do mundo coube a Aristóteles, como grande pensador, fundador e mestre do Liceu de Atenas, o mérito de a divulgar e de lhe dar crédito tal que a
fez singrar e resistir incólume por mais de dois mil anos. Esta visão, dita aristotélica, teve a aceitação da Igreja Romana, que a adotou e impôs, a ferro e fogo, no essencial do seu conteúdo, opondo-a tenazmente à chamada teoria atómica dos filósofos materialistas Leucipo-Demócrito. Ainda hoje o materialismo, além de outras, tem uma conotação com a atitude antirreligiosa. Não é possível falar separadamente de Leucipo de Mileto (primeira metade do século V a.C.) e de Demócrito de Abdera (c. 460 a.C.- 370 a.C.), dois filósofos da Antiguidade grega. Leucipo, a viver em Abdera, cidade grega na costa da Trácia, foi o mestre de Demócrito, porém dos fragmentos recuperados das respetivas obras, não
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há como distinguir as ideias de um e de outro. Segundo os registos deixados por Aristóteles, Leucipo terá sido o criador da conceção atomista, tendo cabido a Demócrito o mérito de a desenvolver e divulgar. Nesta conceção, um corpo material pode ser dividido até chegar a uma ínfima partícula indivisível que recebeu o nome de átomo, ou seja, tudo o que existe é composto por átomos. Ao se aglomerarem, os átomos formavam todas as coisas que conhecemos. Para eles todos os “seres” (no sentido de coisas ou entidades materiais) do mundo e a própria alma eram um “turbilhão de infinitos átomos”, de diversos formatos, em movimento no vácuo aqui entendido como o “não-ser”,
o nada, o vazio. Nesta visão, fantasiosa, o movimento não era possível sem o vácuo, concluindo que, havendo movimento, devia haver vácuo. Foi, contudo, Demócrito que ficou na História, como o maior expoente da teoria atómica ou do atomismo, mais de 2200 anos antes do químico russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907) ter arrumado os átomos na tabela periódica dos elementos químicos. Nota: a palavra “átomo” foi contruída a partir dos elementos gregos, "a", negação, e "tomo", divisível. Átomo significa, pois, indivisível.■ A.M. Galopim de Carvalho Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
. 1 prato . 1 vela . 1 copo de água . 1 copo de vidro alto . Fósforos . Corante alimentar . Ajuda de um adulto Como fazer?
1. Junta corante alimentar à água. Mexe a água. 2. Põe a água no prato. 3. Coloca a vela no centro do prato. 4. Pede ajuda a um adulto e acende a vela. 5. Tapa lentamente a vela com o copo de vidro. O que acontece?
Quando se coloca lentamente o copo por cima da vela acesa, a chama aquece o ar que está dentro do copo,
expandindo-o. Este processo permite que uma parte do ar saia do interior do copo. Quando a “boca” do copo entra em contacto com a água, fecha as trocas de ar com o exterior. A vela consome parte do oxigénio que se encontra no interior do copo e, passado algum tempo devido à formação de dióxido de carbono, a chama diminui até se apagar. A partir desse momento, o ar no interior do copo arrefece, contraindo-se e diminuindo consideravelmente a pressão no interior. A pressão do ar no interior do copo é menor do que a pressão do ar à sua volta (pressão atmosférica), e por isso o ar atmosférico empurra a água para o interior do copo, fazendo-a subir. A água ao subir vai comprimir o ar e aumentar novamente a pressão no interior do copo. Este movimento de subida da água pára quando se equilibra a pressão do ar interior com a pressão do ar exterior.■
“E se Mendeleev estivesse aqui?” é a exposição da Fábrica que celebra uma das ferramentas mais importantes da ciência: a Tabela Periódica! Foi o génio de Mendeleev que, depois de várias tentativas de outros cientistas, conseguiu chegar a esta organização que mudou a história da ciência. Esta exposição, resultante de uma parceria entre a Universidade de Aveiro e a Fábrica, destina-se a público jovem e adulto e está disponível para visitação. Mais informações em: www.ua.pt/fabrica mais informações em www.ua.pt/fabrica
Ciência na Agenda
28 mar
16h30
EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA “ABRINDO AS ASAS DE NOVO”
21 01
A Fábrica recebe o Professor Bruce Lewenstein, numa residência de 15 dias.
mar
abr
28 mar
16h30
Inauguração da Exposição de Fotografia “Abrindo as Asas de Novo”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
03 abr
11h00 > 12h00
Pai, vou ao espaço e já volto! - “Extraterrestre”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
10
10h00
Workshop Dóing, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
3ª feira
domingo
Exposição “E se Mendeleev estivesse aqui?”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
abr
> 13h00
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2022