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A não perder!
A Fábrica marcou presença na 10.ª edição do Congresso Anual de Comunicação de Ciência – SciComPt 2022, com o tem “Pára, escuta e age: refletir no passado para construir o futuro”. José Lopes, Sandra Granja e Cármen Marques partilharam a suas experiências e reflexões neste evento, que decorreu de 11 a 13 de maio, nos Açores.
Na próxima quinta-feira decorrerá o Café de Ciência intitulado “Como funcionam as vacinas?”, e conta com Catarina Almeida do Departamento de Ciências Médicas da UA. Destinado a público jovem e adulto, acontece pelas 15h00, online, via zoom, sendo gratuito e sem necessidade de inscrição. Esta é a sétima sessão do ciclo de Cafés de Ciência “Comunidades Saudáveis”, um projeto promovido pala Fábrica, Escola Superior de Saúde e Departamento de Ciências Médicas da UA.
16 maio 2022 | Dia Internacional da Luz Hoje comemora-se o Dia Internacional da Luz que procura realçar a importância fundamental que a luz representa no nosso dia a dia. Esta data celebra o papel vital que a luz desempenha na ciência, na cultura, na arte, na educação e no desenvolvimento sustentável, assim como em áreas tão diversas como a medicina, a ciência, as comunicações e a energia.
Experimentandum | Moeda invisível
O que é a luz? Ao longo da história, foram-lhe sendo dadas diferentes respostas. Para os atomistas gregos, a luz era, como aliás tudo o resto, constituída por partículas. No início do século XVIII, o físico inglês Isaac Newton recuperou esta teoria, uma vez que ela permitia explicar, entre outros fenómenos óticos, a propagação retilínea da luz, a reflexão (embate da luz na superfície de um espelho) e refração (desvio da luz ao passar de um meio para outro). Mas um outro físico, o holandês seu contemporâneo Christian Huyghens, conseguia explicar os mesmos fenómenos usando ondas. Apesar do enorme prestígio de Newton, foi a teoria ondulatória que acabou por prevalecer no século XIX: logo no início desse século, uma famosa experiência realizada pelo inglês Thomas Young, exibindo a interferência de luz que passa por duas fendas, só podia ser compreendida com a ajuda de ondas. Uma partícula nunca
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pode anular outra partícula, mas uma onda já pode anular outra onda. Assistiu-se então ao triunfo da teoria ondulatória, para a qual muito contribuiu uma memória de 1815 do francês Augustin-Jean Fresnel, sobre a difração da luz (espalhamento quando sai de um pequeno orifício). Mas, se a luz é uma onda, o que é que está a vibrar? Há 150 anos, o escocês James Clerk Maxwell, ao juntar, na mesma descrição matemática, a eletricidade e o magnetismo, foi o primeiro a propor que a luz era uma onda que resultava da vibração do campo eletromagnético. O que é esse campo? Para explicar a força elétrica e a magnética à distância tinha-se introduzido a noção de campo. Existe um campo magnético associado ao campo elétrico e a luz mais não é do que a propagação de uma perturbação periódica desses dois campos, conjunto a que chamamos campo eletromagnético. A velocidade da luz foi
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calculada a partir de propriedades elétricas e magnéticas. Apesar de essa velocidade ser constante, podiam existir ondas com comprimentos de onda muito diferentes. A luz visível corresponde a uma pequena “janela” no conjunto dos comprimentos de onda. Luz invisível, como a ultravioleta e a infravermelha, é tão luz como a luz visível, só diferindo desta por o comprimento de onda ser menor ou maior. Com a deteção instrumental de luz invisível, a onda parecia ter ganho à partícula! Mas a luz reservava-nos surpresas. Em 1905 as partículas de luz voltaram quando o físico suíço Albert Einstein se viu obrigado a introduzir a noção de “pacote” de luz (fotão) para descrever o arranque de eletrões de um metal por luz ultravioleta. Graças a Einstein Newton estava vingado… A energia do fotão dependia do comprimento de onda: havia fotões ultravioletas, infravermelhos, e, com uma energia intermédia,
fotões azuis, verdes e vermelhos. Como conciliar a descrição ondulatória, que funciona bem em certas circunstâncias, e a descrição corpuscular, que funciona bem noutras? Uma estranha teoria – a teoria quântica – conseguiu fazê-lo, impondo-se como a moderna teoria da luz. A luz propaga-se no espaço como uma onda, mas pode ser produzida ou apanhada como partícula. Hoje em dia conseguimos emitir luz fotão a fotão, evidenciando o seu carácter corpuscular, mas, se colocarmos um obstáculo com duas fendas à frente dessa luz, verificaremos que ela passa pelas duas, como seria de esperar de uma onda. A experiência desafia o nosso senso comum. Mas quem diz que o mundo tem de estar de acordo com o nosso senso comum? Carlos Fiolhais (Física da Universidade de Coimbra) Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
3ª feira a domingo EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA “ABRINDO AS ASAS DE NOVO” O que preciso?
. 1 moeda . 1 copo de vidro . 1 prato . Água Como fazer?
1. Coloca a moeda numa superfície plana. 2. Coloca o copo por cima da moeda. Ainda consegues ver a moeda através do vidro. 3. Coloca o prato por cima do copo. O prato é colocado no topo do copo para te obrigar a ver a moeda de lado e não por cima. 4. Enche o copo com água. Repara como a moeda parece desaparecer. 5. Volta a colocar o prato no topo do copo e tenta ver a moeda.
O que acontece?
Vemos um objeto quando a luz que nele é refletida chega aos nossos olhos. Se a luz, refletida por esse objeto, não se propagar na direção dos nossos olhos, ou se for bloqueada por um obstáculo opaco, não conseguimos ver o objeto. No copo com ar, quando a luz refletida pela moeda atravessa do vidro da base do copo para o ar, é desviada para os nossos olhos e, por isso, vemos a moeda (figura 1). Quando se coloca água no copo, a trajetória da luz sofre um desvio diferente. Na observação lateral a moeda aparenta desaparecer, pois nenhum dos raios de luz chega aos nossos olhos (figura 2). O prato no topo do copo não permite espreitar a moeda por cima. Assim a moeda fica “invisível”!■
16 mai
10h00
Dia Nacional dos Cientistas, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
18 mai
10h00
Dia Internacional do Fascínio das Plantas, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
19
15h00
Café de Ciência - Como funcionam as vacinas?, online, via zoom.
mai
> 17h00
> 17h00
> 15h45
21 e 22 mai
mai
Atividades dedicadas a famílias no âmbito do Dia Internacional da Biodiversidade, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
25
17h00
Mesa Redonda – Perspetivas sobre a gestão do litoral, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
3ª feira
domingo
Exposição “Abrindo as Asas de Novo”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
mai
> 19h30
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2022