Imagem: NASA/CXC/Univ of Michigan/R.C.Reis et al; Optical: NASA/STSc
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Foto da semana
A não perder!
No passado fim-de-semana, dias 11 e 12 de junho, pelas 11h00, decorreu na Fábrica, sempre com lotação esgotada, a atividade “Domingo de Manhã na Barriga do Caracol” com a história “História de um palhaço”. A sessão contou com a contadora residente Marta Condesso, e que como sempre a partir do “era uma vez…” despertou-se mais uma vez a curiosidade de todos, para simples conteúdos científicos e com rigor absoluto!
No próximo sábado decorrerá, na Fábrica, um Workshop de Culinária Mediterrânica. Contará com o Chef de Cozinha Gonçalo Melo e com o nutricionista Ivo Ferreira que abordarão este modelo alimentar, equilibrado e completo, que beneficia a saúde e privilegia não só a utilização de alimentos tradicionais e da época, como práticas culinárias simples. Destinado a jovens e adultos, decorre dia 25 de junho, das 15h30 às 18h30. A participação é gratuita e a inscrição é obrigatória através de fabrica.cienciaviva@ua.pt.
mais informações em www.ua.pt/fabrica Imagem: Rob Lavinsky, iRocks.com via Wikimedia Commons
Ciência na Agenda
Planetas de outra galáxia Em 1610, Galileu Galilei iniciou a astronomia moderna ao utilizar um telescópio para observar a abóbada celeste. Viu o que ninguém antes tinha podido ver só com os olhos e descobriu, exemplo maior, que o planeta Júpiter tinha quatro luas. Esta descoberta foi muito importante para suportar o modelo heliocêntrico de Copérnico, para além de deitar por terra a exclusividade de só haver lua para a Terra! Foram precisos muitos mais e melhores telescópios, e cerca de 400 anos, para, em 1995, os astrónomos Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, na Suíça, detetarem o primeiro planeta noutro sistema solar que não o nosso. O planeta extrassolar, ou exoplaneta, orbitava a estrela Pégaso-51, situada a 50 anos-luz de distância da Terra. Descobria-se o que algumas mentes intuitivas tinham previsto: os planetas que rodeiam o nosso Sol não são os únicos no Universo! Depois de duas décadas passadas, já
foram detetados mais de 3500 exoplanetas e os astrónomos e astrofísicos estão convencidos de que a maior parte das estrelas serão orbitadas por planetas. Mas todos estes exoplanetas detetados orbitam estrelas que pertencem à nossa galáxia: a Via Láctea. Mas, haverá exoplanetas noutras galáxias? Uma equipa de astrofísicos da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, publicou um artigo na revista científica Astrophysical Journal Letters no qual descreve a identificação dos primeiros exoplanetas numa outra galáxia que não a nossa. Trata-se da galáxia designada por RX J1131-1231, que se situa a 3,8 mil milhões de anos-luz da Terra. Mas os astrofísicos não “viram” diretamente estes exoplanetas, que estimaram terem dimensões que variam entre as de Júpiter e a da Lua. Os cientistas inferiram a sua existência para conseguirem explicar dados obtidos com o observatório espacial de raios X Chandra, da NASA, que ana-
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lisaram imagens que nos chegam devido a um efeito designado por microlentes gravitacionais. A teoria da relatividade de Einstein explica como os raios de luz emitidos por um corpo celeste, por exemplo de uma estrela, se curvam ao passarem perto de um astro com grande massa como o nosso Sol. Uma galáxia, no seu todo, tem uma massa muitas vezes maior do que a do Sol e o efeito que causa no desvio da luz irradiada por uma outra galáxia que se encontre por de trás dela, mais distante e na nossa direção, é significativo e mensurável. A primeira galáxia funciona como uma lente gravitacional ampliando a imagem da segunda galáxia mais distante. As imagens obtidas pelo observatório espacial de raios X Chandra da galáxia RX J1131-1231, captadas devido esse efeito das microlentes gravitacionais, só se conseguem explicar se existirem exoplanetas a orbitarem estrelas nessa galáxia. "Os nossos resultados são um exemplo de como estas técnicas de análise
por microlentes gravitacionais são potentes e eficazes", afirmou Eduardo Guerras, um dos autores da descoberta, num comunicado da Universidade de Oklahoma. "Esta galáxia está a 3,8 mil milhões de anos-luz de distância e não é possível observar diretamente estes planetas, nem mesmo com os melhores telescópios que possamos neste momento imaginar num cenário de ficção científica", disse Eduardo Guerras, “mas é possível na mesma descobrir esses planetas, estudá-los e até calcular a sua massa usando esta técnica". E diz este investigador com muito entusiasmo: "isto é ciência muito fixe". E mostra mais uma vez o grande potencial de uma teoria como a da relatividade de Einstein para nos desvendar o Universo longínquo. Deslumbremo-nos com a ciência.■ António Piedade Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva
21 jun
CAFÉ DE CIÊNCIA COMUNIDADES SAUDÁVEIS
Mais vale saber…
O diamante e a grafite: diferentes mas iguais! O diamante e a grafite são dois minerais com a mesma composição química: carbono. Mas este elemento pode existir na natureza segundo várias formas, a que se dá o nome de polimorfos. Assim, o diamante e a grafite são dois polimorfos de carbono. Mas o que é que isso significa? O diamante possui uma estrutura cristalina cúbica e as ligações entre os átomos de carbono são do tipo covalente. Isto faz com que o diamante seja muito resistente, sendo o mineral mais duro que se conhece. A grafite possui uma estrutura cristalina em camadas de átomos de carbono com arranjo hexagonal, em que os átomos se unem por ligações do tipo
15h00
covalente. No entanto, as ligações entre as várias camadas deste mineral são do tipo van der Waals, mais fracas que as covalentes, e, por isso, este mineral quebra facilmente segundo esta direção. Por outro lado, estes dois minerais formam-se em condições ambientais distintas. O diamante forma-se em zonas profundas da Terra, onde a temperatura e a pressão são mais elevadas, enquanto que a grafite se forma em zonas mais superficiais, onde a temperatura e pressão são mais baixas. Estas características explicam por que razão o diamante é usado em joias e a grafite em lápis.■
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15h00
Café de Ciência Comunidades Saudáveis – “Segurança no uso de medicamentos!”, online, via zoom.
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15h00
Café de Ciência Comunidades Saudáveis, online, via zoom.
25 jun
15h30
Workshop de Culinária Mediterrânica, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
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> 15h45
> 15h45
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e 24 03 jul jul
04 08 jul jul 3ª
dom
11h00 > 12h00
Domingo de manhã na barriga do caracol, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
11 15 jul jul
09h00 > 17h45
Férias de Verão com Ciência, na Fábrica CCVA.
Exposição de Fotografia “Abrindo as Asas de Novo”, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro 2022