VICÊNCIAVIVÍSSIMA 88
AS PALAVRAS GUARDADAS NA TEIA DA FÁBRICA
FIO PUXADO CONTO CONTADO O Luís é poeta – dos bons! – e diz que: “Amor é fogo que arde sem se ver é ferida que dói e não se sente é um contentamento descontente é dor que desatina sem doer” Pois eu acho que ele compôs estes versos, que parecem estar todos mal escritos (porque dizem uma coisa e o contrário), inspirado nos besouros Melanophila acuminata! Ele deve ter sido convidado para o casamento de besouros apaixonados, desta espécie, e ao ver o que viu… escreveu o tal soneto! Só pode! Porque estes bichos são felizes em cima de incêndios! Eu explico: em vez de escolherem folhas verdinhas e viçosas para namorarem, procuram o fogo; em vez de darem beijinhos e abraços com as suas asas quietas e tranquilas, preferem voar distâncias enormes e acasalarem pertíssimo das chamas; em vez de berços fofos e frescos para os seus filhos nascerem, optam por deixar os ovos em cascas de árvores
queimadas e a fumegarem ainda… Ora, só pode ser porque o amor deles não sente o fogo ou o fogo não os queima ou as feridas não doem, ou ficam contentes com uma árvore a arder… Não será?! Estes insetos, com um par de órgãos muitos especiais que têm em cada lado do seu corpo, são extraordinariamente sensíveis à temperatura, em ondas infravermelhas, captam-nas e vão decididos ao seu encontro! Os seus sensores captam essa radiação, mesmo vinda de muito longe, o corpo reage, e o besouro voa na direção que o aumento de pressão no seu corpo lhe ensina. Os Melanophila acuminata são capazes de detetar fogos até 12km de distância. Chegam o mais próximo possível, aí namoram, e depois vão pôr os seus ovos nas cascas queimadas, para os seus pequenitos nascerem livres de resinas e de outras substâncias, que as árvores saudáveis produzem para afastarem as larvas… Assim garantem uma vida feliz! Aihhh… Haja um poeta para escrever sobre isto de haver insetos com as atitudes amorosas mais escaldantes do mundo!
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TESTADO E APROVADO!
B.I. DOS OBJETOS
SEM OXIGÉNIO NÃO HÁ FO GO
EXTINTOR
O que preciso?
NOME: Extintor ANO: 1813 INVENTOR: George Manby NACIONALIDADE: Inglesa
– vela; – bicarbonato de sódio; – vinagre; – fósforo; – copo; – colher de sopa.
O que fazer?
1 – Enche o copo até meio com vinagre. 2 – Adiciona duas colheres de bicarbonato de sódio e mistura. 2 – Acende a vela e aprox ima-a da entrada do copo . 3 – Observa o que acontec e.
O que acontece?
O primeiro dispositivo de combate a incêndios portátil consistia num recipiente de cobre que continha três litros de carbonato de potássio e ar comprimido e já funcionava com o mesmo princípio básico que está por trás de todos os extintores de incêndio utilizados até à atualidade: um supressor de fogo é impelido para fora de um recipiente por um gás pressurizado. Hoje, os extintores podem ser de espuma, dióxido de carbono ou até de água pressurizada.
Para que a chama da vela se mantenha acesa é nece ssário um comburente, ou seja, um ele mento que ao reagir com o combustível (no caso, a ce ra da vela) é capaz de fazê-l o entrar em combustão. O oxigénio presente no ar, à nossa vol ta, é o principal comburente. Quando adicionamos bicarb onato de sódio e vinagre, ocorre uma reação que produz dió xido de carbono (CO2), que vai ocupar o lugar do ar (com oxigénio) que estava dentr o do copo. Por isso, a vela perde o co mburente e apaga-se quan do a aproximamos do copo.
WORKSHOP DÓING
NÃO DIGAS POR AÍ, MAS… As chamas não têm cores diferentes por serem vaidosas! Essa distinção depende só de certas condições: da temperatura e do material que está a arder. Por exemplo, a chama azul é mais quente do que as chamas amarela e vermelha, que resultam de combustões incompletas.
QUE ESCAGANIFOBÉTICO! PEDERNEIRA?! É uma pedra muito dura, mais do que o aço, tão dura que, quando se batem dois pedaços dela um contra o outro, pode-se acender fogo com as faíscas. Basta para isso aproximar pequenos pedaços de um material combustível, como a palha.
BRINCAR COM O EQUILÍBRIO 21 MAIO '17 10H00 > 13H00 Às vezes encontramos objetos no dia-a-dia que estão “estranhamente” equilibrados, quase como se fosse magia. Claro que não é magia, é ciência! Neste workshop, vamos explorar este fenómeno, conhecer o conceito de centro de massa e perceber porque é que há brinquedos que estão sempre em pé ou porque é que os palhaços caminham sobre um arame sem cair! Ah, vamos fazer tudo isto, construindo equilibristas teimosos, feitos de rolha, lápis ou fios metálicos! Consulta todas as informações em www.fabrica.ua.pt e inscreve-te!