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VICÊNCIAVIVÍSSIMA 90

AS PALAVRAS GUARDADAS NA TEIA DA FÁBRICA

FIO PUXADO CONTO CONTADO Carros são seres vivos! Todos os bichos sabem disto, só as pessoas é que não. Os carros têm coração: o motor. Patas redondas: os pneus. Têm tromba, traseira e sobrancelhas nas palas. Voz: a buzina. Estômago: o depósito do combustível. Têm várias raças e famílias (as marcas e os modelos). Ora são rápidos, ora lentos. Uns vivem na montanha, outros na planície. Selvagens ou domésticos, os carros são animais. Dormem e acordam. Alimentam-se e até são bem esquisitinhos (como a malta da classe dos insetos): uns gostam de almoçar gasóleo, outros gasolina, outros hidrogénio, outros eletricidade; uns comem mais que os outros, tchhhiii... São seres vivos, é óbvio! Os carros sujam-se e tomam banho; precisam de beber água; usam termómetro; fazem exames médicos (nos mecânicos). Também precisam de mimos (principalmente os muito novos e os mais velhos, tal e qual como

a bicharada); ora “vão à luta”, ora gozam a vida ao ar livre. Vivem saudáveis, mas adoecem, envelhecem e também morrem. As 3 Leis de Newton provam que os automóveis são seres vivos: como nós, sem força, ficam quietos eternamente (nós nas teias-tocas-ninhos, eles em garagens sem darem boleia a ninguém) – 1ª lei. Como nós, precisam de força para andar e quanto mais intensidade tiver essa força, mais eles andam (mudança forte, o carro voa; mudança leve, só desliza; como nós: patinhas rápidas e enérgicas, andamos depressa; patinhas lentas, quase não nos movemos) – 2ª lei. E também recuam atordoados com a mesma intensidade de dor no corpo amolgado, se baterem distraídos contra uma parede – 3ª lei! Uihhhhh… Seres vivos, pois. Automóveis são bichos. Só as pessoas insistem que não. Se eu fosse carro, abria bem as minhas portas-braços e dava-lhes um empurrão!

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B.I. DOS OBJETOS CARRO ELÉTRICO

TESTADO E APROVADO!

FAZ UMA CAIXA DE VELOCIDADES DE BATATA O que preciso?

Cartão grosso; paus de esp etada; cortadores de massa de vários tamanhos (mas co m os dentes do mesmo tam anho); batatas

NOME: Carro elétrico ANO: Entre 1832 e 1839 INVENTOR: Robert Anderson NACIONALIDADE: Escocesa

O que fazer?

1 – Corta fatias de batata co m cerca de 0,5 cm de espess ura. 2 – Faz rodas dentadas de vários tamanhos com os co rta do res de massa.

3 – Prende as rodas denta das no cartão com os paus de espetada a atravessar as rodelas de batata. Coloca-a s de forma a que os dentes encaixem. 4 – Roda uma delas e obser va o que acontece. 5 – Experimenta com rodas dentadas de diferentes tam anhos.

O que acontece?

O primeiro carro elétrico tinha uma bateria recarregável alimentada por um pequeno motor. Era um automóvel: caro, pesado e que precisava frequentemente de recarga, problemas que dificultaram durante anos o seu uso. Hoje, com o avanço tecnológico, um carro elétrico, como por exemplo o Tesla, tem cada vez mais procura, devido às suas vantagens: é mais económico pois em vez de combustível, utiliza energia elétrica, é mais silencioso e não liberta qualquer gás poluente. O problema principal destes veículos é a autonomia e o tempo de vida das baterias.

NÃO DIGAS POR AÍ, MAS… Um carro Fórmula 1 à sua velocidade máxima não voa, porque o ar o segura ao chão! O carro está muito bem desenhado para o ar o empurrar para baixo, ao deslizar por ele à mesma velocidade, no sentido contrário da viagem: ora passa desviado para cima (subindo, cria uma força contrária para o chão); ora passa desviado por baixo, bem junto à estrada (o ar rápido faz menos pressão e o peso do carro agarra-o bem à pista).

QUE ESCAGANIFOBÉTICO! CAVALO-VAPOR?! É uma medida geralmente usada para medir a potência do motor de um carro. Uma unidade equivale a 735,5 watts, mais ou menos a potência de 12 lâmpadas de 60 watts. A expressão surge como “comparação” com o trabalho que, num segundo, era feito por um sistema de cavalos, cordas e roldanas, antes do motor a vapor.

A caixa de velocidades de um carro tem pares de rod as dentadas de vários taman hos. Uma fila de rodas denta das está no eixo alimentado pelo mo tor, e as outras estão num eixo que aciona as rodas. Ao usarm os a manete das velocidade s, podemos escolher que pa r trabalha. Se ligarmos, po r exemplo, uma roda pequena a uma roda grande com dez vezes mais dentes, a roda pequena vai girar dez vezes a cada vol ta da roda grande. Isso explica como é possível um motor de alt a rotação fazer girar as rodas devag ar.

SABER EM RECORTE QUANDO TEMOS UM ACIDENTE… … os cintos de segurança aumentam as hipóteses de não nos magoarmos porque evitam que a inércia (que faz o nosso corpo continuar o movimento que o carro leva) nos atire pelo para-brisas. … os airbags enchem-se em menos de um vigésimo de segundo, quando o sensor deteta uma desaceleração forte, e protegem-nos dos embates com o volante e outras partes do carro. … o habitáculo mantém a sua forma mesmo num acidente grave ou capotamento, e as zonas de encolhimento, na frente e na traseira, ficam como uma concertina, absorvendo a energia do impacto.


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