FIO PUXADO CONTO CONTADO As abelhas Apis mellifera reuniram ontem em Concílio, preocupadas com a sua extinção na Europa. Jornalistas de todo o mundo assistiram ao Encontro e eu, Vicência Vivíssima, no primeiro banco, posso considerar-me orgulhosa de ter estado lá. Testemunhei as suas principais inquietações e o resultado final de esperança, para todo o continente. As abelhas zuniam, em pânico: – Somos as Apis mellifera! Temos que proteger-nos e ao nosso mel! – As vespas velutinas vêm da Ásia (norte da Índia, Butão, China e montanhas Indonésias) e fazem-se passar por nós: abelhas, que somos lindas, muito mais elegantes, pequeninas, jeitozinhas. – Vieram (pensa-se que através de encomendas com cerâmica chinesa ou em bonsais) invadir os nossos habitats. Agora ocupam as colmeias, roubam-nos o mel, dominam as nossas árvores, flores, o nosso néctar! – E atacam-nos mesmo diretamente! Além de ao nosso habitat, modificando a vegetação que existe, os animais que cá habitam, as alimentações de todos… Alteram gravemente o ecossistema! – Os seus ninhos podem ter até 2200 vespas e 150 fundadoras de novas colmeias, que, no ano seguinte, podem criar pelo menos 6 novos ninhos. É muito! Que raiva!
As abelhas, de antenas eriçadas na cabeça, tórax elegante muito direito, seis patas fortes carregadas do seu mel mais puro, e abdómen bem inclinado de convicção, zuniram em coro: “Somos as Apis mellifera! Temos que nos proteger e ao nosso mel!” Só imensas horas depois de muita refleção, o Conselho Europeu de Habitats propôs com confiança: – Abelhas europeias, ouçam com atenção! Uma Equipa de 500 abelhas asiáticas virá dar-nos formação! Elas aprenderam a defender-se e virão ensinar-nos com todo o rigor. Parece que quando uma vespa velutina entra na colmeia, a colónia fecha-lhes a saída. Depois rodeiam-na, formam uma bolha à sua volta e começam a bater as asas para criar muito calor. As abelhas sobrevivem a temperaturas de 42 graus, as vespas apenas até 40. Então, as obreiras aquecem a colmeia até ao máximo que suportam, quase matando-se a si próprias, para eliminarem a vespa. Haverá aulas práticas às segundas e quintas-feiras, com esclarecimento de dúvidas aos sábados de madrugada. Bom trabalho! “VIVA! VIVA! VIVA! VIVA!”
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B.I. DOS OBJETOS FUMIGADOR MANUAL NOME: Fumigador manual ANO: 1875 Imagem: Fir0002/Flagstaffotos
VICÊNCIAVIVÍSSIMA 9 1
AS PALAVRAS GUARDADAS NA TEIA DA FÁBRICA
INVENTOR: Moses Quinby NACIONALIDADE: Americano
Instrumento usado pelo apicultor, no contacto com as abelhas. É constituído por: tampa, fole, fornalha, grelha e bico e tem a função de produzir fumo. Ar é soprado para dentro de um câmara de combustão, em que o apicultor queima combustíveis sólidos naturais. O fumo que liberta à sua volta e da colmeia, permite-lhe abri-la e trabalhar, em segurança, sem provocar uma reação defensiva dos insetos. Hoje em dia, novos modelos de fumigador substituem o fole por uma ventoinha elétrica.
NÃO DIGAS POR AÍ, MAS… A tia Gi apareceu de surpresa para lanchar e a avó deu-lhe mel velho (o mais antigo no mundo tem 5000 anos) e ela adorou! Ah, ah, ah! O mel é o único alimento que não se estraga. Tem pouquíssima água (que é essencial à vida) e uma acidez que o torna “fraco” para os microorganismos e as bactérias viverem. Não vivendo lá, também não estragam!
QUE ESCAGANIFOBÉTICO! PRÓPOLIS?! É uma substância que as abelhas (com as enzimas salivares) produzem, a partir da resina das árvores. Com ela protegem a colmeia, para não entrar água, vento ou outro animal. Nós também usamos própolis, como medicamento: para combater as bactérias.
TESTADO E APROVADO!
QUEQUES DE MEL O que preciso?
3 ovos; 5 dl de mel; 125 g de açúcar; 150 g de farinha; canela; for minhas de papel
O que fazer?
1 – Aquece o mel em banh o-maria até ficar líquido. 2 – Junta-o depois às gema s bem batidas. 3 – Bate as claras em caste lo, adiciona o açúcar e ba te novamente. 4 – Envolve as claras açuc aradas na mistura de mel e gemas, intercalando com a farinh a misturada com um pouc o de canela. 5 – Enche as forminhas até meio e leva ao forno a 170 º durante cerca de 20 minutos
O que acontece?
O mel é um líquido viscoso e açucarado produzido pe las abelhas a partir do néctar que coletam das flores. Alé m de ser utilizado como adoçante, é também considerado um pro duto terapêutico e muito energ ético devido à sua composi çã o em açúcares simples (glucose e frutose), facilmente absor vidos e transformados em energia pelo nosso organismo. É co nst ituído ainda por água, sais minera is, aminoácidos, proteínas e vitaminas. As suas propried ades antibacterianas e cic atr izantes ajudam a prevenir infeçõe s e a sarar feridas e queim aduras superficiais.
SABER EM RECORTE QUANDO TEMOS UM ACIDENTE… No caso da abelha-comum (Apis mellifera), o favo é feito de cera e é formado por células hexagonais. Graças a esse formato, as abelhas podem usar melhor todo o espaço disponível na colmeia, com paredes leves e firmes, usando a menor quantidade de cera e armazenando nesse espaço a máxima quantidade de mel. Atualmente, os cientistas imitam o favo de mel para criar estruturas resistentes e que tenham um melhor aproveitamento do espaço. A engenharia aeronáutica, por exemplo, usa estruturas hexagonais para construir aviões mais fortes e mais leves, gastando assim menos combustível.