FIO PUXADO CONTO CONTADO Às vésperas da Consoada, na avenida que leva à “Casinha do Pai Natal”, a fila de bichos candidatos a substituírem as suas queridas renas foi interminável! A notícia: “os animais que transportam o trenó do Pai Natal estão à procura de substitutos, porque estão cansados e a precisar de repousar” espalhou-se aos sete ventos. Ora, os bichos mais diferentes concorreram ao lugar. Era uma honra trabalhar com o Pai Natal, e eu, Vicência Vivíssima, como aranha repórter, fui ao local onde eles esperavam para serem interrogados e posso afirmar que o nervosismo era imenso. “Será difícil substituir animais tão elegantes e fortes, com chifres tão bonitos: machos e fêmeas!”, diziam os hipopótamos. “São cervídeos de grande porte. Habituados a viver em conjunto (em manada) e em sítios altíssimos, como o Ártico, Canadá, Alaska, Rússia, Islândia! Nós precisaremos de vestir bons agasalhos!”, confessavam os colibris. “Teremos que comer como renas?! Só bambu, folhas de sempre-vivas, ervas rasteiras e líquenes principalmente?!? Aihhhh.... “, lamentavam os leões. “E que corajosas são! Além de correrem muito e nadarem, como as vulgares, as amigas do Pai Natal ainda têm que voar! Conseguiremos?!”, duvidavam búfalos. “Talvez as nossas almofadinhas nos dedos e os nossos pelos ajudem, como
os cascos afiados e os pelos das suas patas compridas as auxiliam, a elas, a não escorregarem no gelo.”, esperavam os gatinhos persas. “Somos iguaizinhas a renas! – convenciam-se as galinhas de bico vaidoso – Sempre alerta, sobretudo a um ataque de lobos e águias douradas!” “E nós – arriscavam os ratitos – também só fazemos uns ruídos ligeiros, quase silenciosos, como elas! Com os seus tendões produzem um som especial, seco e agudo, que se ouve a grandes distâncias quando viajam em grupos.” Porém as entrevistas não chegaram nunca a acontecer. Depois do maior silêncio e sossego, o portão abriu e apareceram tranquilas as belíssimas renas. Saudáveis, bem-dispostas, risonhas, sem nenhum sinal de cansaço. Iam só passear. O espanto foi total. Ao perceberem o que se passara, deram a maior gargalhada da história dos transportes natalícios e explicaram: – Substituição?! Não! Estamos ótimas! Deve ter sido algum duende confuso que exagerou tudo. O Rodolfo tropeçou, na verdade, e a Bailarina e a Corredora ralharam-lhe: andava demasiado apressado. Mas foi só isto. Tudo o resto: inventado! Ninguém perde a alegria nem a energia perto do Pai Natal! Mas obrigada! Entremos todos, agora. Tomamos um delicioso chocolate quente e já nos contam o que querem receber na vossa pegada na chaminé. E esta, hein?!
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B.I. DOS OBJETOS TRENÓ
TESTADO E APROVADO!
CONSTRÓI A TUA RENA RO DOLFO O que preciso?
Feltro; led vermelho; pilha 3v; fita isoladora; tesoura; láp is; cola quente
NOME: Trenó ANO: Por volta de 6000 a.c Imagem: Fir0002/Flagstaffotos
VICÊNCIAVIVÍSSIMA 92
AS PALAVRAS GUARDADAS NA TEIA DA FÁBRICA
INVENTOR: Desconhecido NACIONALIDADE: Desconhecida
Meio de transporte usado desde os primórdios, mesmo antes da invenção da roda, construído geralmente a partir de duas estruturas ligadas entre si e dispostas longitudinalmente. É utilizado no transporte de pessoas, cargas ou ambos, sendo impulsionado através de tração animal ou por meio de deslizamento numa superfície. A maioria dos trenós são usados em superfícies de baixo atrito, como é o caso da neve ou gelo.
O que fazer?
1 – Recorta, em feltro ou no utro material, a rena Rodo lfo 2 – Liga o LED à pilha, pond o em contacto a “perna” ma is comprida do LED com o pó lo positivo da pilha e a outra “pe rna” com o pólo negativo 3 – Prende com fita isolad ora (ou fita cola) 4 – Faz um furo no nariz da rena e fixa o LED, de modo a que a pilha fique na parte de trá s
O que acontece?
Segundo a lenda, uma das renas do Pai Natal, chamad a Rodolfo, tem o nariz verme lho, brilhante, e ilumina o ca min ho à frente. Para fazeres a tua rena de feltro e nariz vermelho, pre cisas de montar um circuito elétric o simples, com uma pilha e um LED, para se acender. O LED é um Díodo Emissor de Luz: é um dispositivo ele trónico que emite luz visível, de for ma muito eficiente pois co nso me pouca energia. Com a mesm a pilha, o teu LED vai estar continuamente aceso duran te pelo menos 2 dias.
‘BEIJINHOS! ATÉ LOGO!’
NÃO DIGAS POR AÍ, MAS… As patas das renas sofrem transformações com as estações do ano. No verão, quando a neve derrete, o revestimento das patas parece uma almofada esponjosa, para garantir maior tração ao solo. No inverno, os cascos duros voltam a ficar expostos, o que permite que estes animais consigam caminhar na neve e escavar com mais facilidade.
QUE ESCAGANIFOBÉTICO! PORONKUSEMA?! Designação dada à medida (cerca de 7,5 quilómetros), que se usava para medir a distância aproximada que uma rena viaja antes de ser obrigada a parar para… urinar, sim porque é impossível fazer as duas coisas ao mesmo tempo!
BABYSITTING DE CIÊNCIA
Na primeira sexta-feira de cada mês, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro garante um programa de Babysitting de Ciência exclusivamente destinado aos mais pequenos. Crianças dos 6 aos 12 anos têm à sua espera uma noite de diversão garantida, sendo que o programa inclui atividades científicas, jantar (opcional) e ceia. Estão já abertas as inscrições para o dia 2 de fevereiro. O programa tem início às 19h30 (opção com jantar), ou às 21h00 (opção sem jantar), e termina às 00h00. As inscrições podem ser feitas através dos contactos 234 427 053 ou fabrica.cienciaviva@ua.pt. Mais informações em www.fabrica.ua.pt.