Projeto M.Dias Branco

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Um Pr ojeto de Re s pons a bilidade S ocia l que é um e s pet áculo



A maior prova de que você é responsável socialmente é nunca esquecer que você faz parte da sociedade n o q u e e l a t e m d e r u i m o u d e m e l h o r.

Introdução O Conceito Como chegar à comunidade Fase 1 Fase 2 Fase 3 Desdobramentos do projeto De volta ao começo


Introdução Responsabilidade para com a responsabilidade social

Para uma empresa da imponência, importância e história de M. DIAS BRANCO, a iniciativa de desenvolver um Projeto de Responsabilidade Social remete a duas questões centrais: a responsabilidade na definição do que é responsabilidade social, enquanto conceito e prática; e de que forma e com que conteúdo é tratada a questão social.

Para tanto é preciso ouvir as respostas do grupo social a quem a ação de responsabilidade social visa favorecer, detectando da forma mais espontânea possível os problemas existentes e que podem ser solucionados pela ação. Consentimento, e não imposição. É isto que torna os resultados mais consistentes e duradouros sob qualquer ponto de vista.


O Conceito A evolução dá-se por círculos e não em linha reta

O projeto Infinito Circular, como o nome já indica, propõe uma retro-alimentação constante. O algarismo 8 deitado é o símbolo do infinito que alcança as oito localidades onde estão presentes as Fábricas de M. DIAS BRANCO, do Ceará ao Rio Grande do Sul. Por sua vez, o oito é também formado por dois círculos, que se somam circular e infinitamente. Ele é o sinal que incentiva o aprendizado mútuo entre participantes do projeto e patrocinadores, de maneira que ambos aprendam, aperfeiçoem e pratiquem suas ações. Não é uma ação impositiva de um grupo privilegiado sobre outro desguarnecido. Por isso é circular e não vertical.

Neste projeto a referência é a Padaria Imperial, o começo de tudo. Demonstra a compreensão do conceitometáfora do Infinito Circular. Alcançado um degrau da evoluç ão, alcança-se outro patamar. É assim que vamos gerando pão e renda para os participantes do projeto. É um trabalho de formação sucessiva que vai determinando a elevação da espiral social. Nunca finda depois que começa. É infinito, mas deve “circular”. Voltar ao começo, para que em nova rodada se alcancem resultados cada vez mais elevados. Recuperando elos perdidos e estabelecendo novos. Isto é estimulante sob todos os pontos de vista.


Como chegar à comunidade (É muito sério, a coisa não é brincadeira não)

Se um projeto de responsabilidade social deve ouvir aqueles que pretende alcançar, quanto mais espontânea e efetiva for a forma de captação dos desejos e necessidades da comunidade, tanto melhor. Métodos formais costumam apresentar graus de resistência acentuados, em face da resistência gerada por experiências anteriores ou pela chegada da nova experiência.

Assim, sinergicamente inserido no conceito do Projeto Infinito Circular, uma estrutura (circular) de caráter lúdico e telúrico chegará às populações das oito localidades mantendo com elas uma relação de aceitação, troca e encanto. Será usada em toda a primeira parte do desenvolvimento como estrutura facilitadora de relacionamento da comunidade para com o Projeto. Principalmente nas diversas atividades preliminares, vitais para o conjunto de compreensões das necessidades da comunidade onde estiver atuando. Esta estrutura tem o formato circular do circo cuja aceitação é irrefutável por toda uma série de fatores que a fazem símbolo de um universo popular onde a comunidade se vê reconhecida e aceita.

Contudo, é preciso entender que a estrutura circular não é o meio, nem a finalidade em si, assim como tudo que vai acontecer nela. É apenas o canal facilitador para se chegar da forma mais fácil e verdadeira aos desejos e necessidades da comunidade, aumentando assim a efetividade da ação de responsabilidade social. É lúdico, sem deixar de ser sério. É sério, mas nunca sisudo. Nela serão servidos os biscoitinhos que podem ser de cultura, de lazer, de educação, de saúde. Enfim, do pão nosso de cada dia.


Fase 1: Ouvindo o que devemos fazer e não falando o que queremos fazer. A linguagem da aproximação

No espaço circular, a linguagem e os esquetes didáticos são similares ao mundo do circo. Por quê? Porque permite, desde os primeiros instantes da chegada, a realização de um trabalho de desbloqueio em todas as faixas etárias, ao tempo que permite a sondagem das diversas formas da realidade a ser trabalhada. Desde o primeiro momento a população sente-se convidada a interagir.

Sob a lona, as esquetes ultrapassam o entretenimento. É o inicio da ouvidoria popular. Pantomima e realidade são as ferramentas de união entre os objetivos do projeto e as necessidades da “platéia”. Através de cada número vão sendo detectadas em potencial as necessidades da população a partir da reação das pessoas. Assim, o equilibrista utiliza o simbolismo da corda bamba para, por exemplo, focar o perigo das drogas. O contorcionista chama a atenção para a saúde do corpo sob a rubrica de cuidados preventivos ou programas para a terceira idade. A mágica do ilusionista é transformação real dos alimentos numa verdadeira aula de utilização de ingredientes de uma cozinha sem desperdícios. O perna de pau traz a percepção para a realidade dos deficientes com uma proposta de inclusão. No trapézio, reforçam-se os valores de confiança, do trabalho em equipe. Do dar as mãos para realizar uma conquista. O malabarista representa o equilíbrio diante das dificuldades diante da vida. O palhaço e seu riso lembram a importância dos direitos das crianças e dos adolescentes, o respeito às futuras gerações. Todo o “espetáculo” gira em torno do agir agora, para ganhar o futuro.


Para a obtenção com exatidão responsável das possibilidades futuras, um grupo interdisciplinar formado por profissionais das ciências sociais acompanhará todas as atividades recolhendo e processando as informações, de maneira a gerar um manual-guia para a tomada de decisões sobre as intervenções a serem feitas na continuidade do projeto. A própria população conduzirá às verdadeiras necessidades e anseios. Neste processo, identificam-se líderes e liderados. Personalidades abertas e refratárias. Em todas elas, um trabalho concatenado, procurando abranger todas as faixas etárias e sexos, sem deixar nenhum grupo de fora.

Deste modo, o projeto de responsabilidade social terá a sua continuidade assegurada mais fortemente, uma vez que está calcado nas necessidades constatadas e não nas necessidades imaginadas.

Desde o início da Fase 1 é fundamental a documentação e registro digital (foto e vídeo) de todo o processo, que posteriormente será utilizado sob os mais diversos formatos e com as mais diversas finalidades, inclusive de uso publicitário. Obviamente dentro de contexto não antagônico, ao alcance do projeto.

Fase 2: A Padaria Imperial começa a ser construída

Após as esquetes do primeiro final de semana, necessários para estabelecer uma relação e aumentar a aceitação do projeto, inicia-se uma segunda etapa estimulando a comunidade a uma efetiva participação. São criadas dinâmicas em forma de oficinas que estimularão as capacidades criativas e produtivas. As opções são diversas e devem ser adaptadas a cada região. A Padaria Imperial refere-se à busca de um projeto de auto-sustentabilidade que vai ser construído em cada localidade através do aperfeiçoamento desta proposta. A Padaria tanto é a busca, como o resultado que será edificado a partir da contribuição de todos.


Fase 3: Abrindo verdadeiramente as cortinas

Uma vez compreendidas as reais necessidades da comunidade chegamos ao momento da edificação da Padaria Imperial, cujo conceito é gerar desenvolvimento sustentável.

A Padaria Imperial, o início de tudo, será desenvolvida em cada comunidade. As pessoas atuando como participantes integrais, desde a concepção da proposta, seus usos e frutos, até a colocação da mão na massa. Um prédio que se ergue dentro da comunidade, para a comunidade, pela comunidade. Seja uma padaria de pães ou idéias (biblioteca, sala de inclusão digital, lavanderia cooperativa, alfabetização de adultos, cozinha experimental, quadra de esportes, oficina de artes, artesanato, costura, bordados, estudo de línguas estrangeiras), sempre buscando a sustentabilidade econômica. A formação profissionalizante, capacitando pessoas para desenvolverem novas possibilidades produtivas em favor delas e da comunidade, possibilitando cada vez mais o acesso de novas pessoas. Sempre em um formato de intervenção ambientalmente responsável.

O conceito de Padaria Imperial vai buscar na história do grupo M. DIAS BRANCO o pensamento consagrado de que o pequeno pode se tornar gigante a partir do seu próprio trabalho, sem perder de vista sua contribuição para a sociedade. Um espetáculo que perdura, pois o ciclo é infinito.


Desdobramentos do projeto A amplificação da imagem institucional de M. DIAS BRANCO para a mídia

Os desdobramentos de uma proposta como essa ultrapassam as fronteiras físicas das comunidades envolvidas. Estamos inseridos em um universo circular. Uma ação bem sucedida realizada junto a certo contingente populacional gera uma reação em cadeia, potencializando ondas de alcance infinitamente maiores a ação em si. É o alcance social das práticas locais de transformação. Quando o local vira regional, nacional e até internacional. Tudo depende não só do projeto em si, bem como da extensão de suas potencialidades.

Além da repercussão midiática espontânea inerente à sua atividade, o projeto Infinito Circular possibilita o surgimento de alguns produtos culturais da ação, registros da história viva. Instrumentos de materialização de espaços, imortalização de trajetórias, tais como: - Livro de fotos do percurso e registro das histórias ouvidas ao longo do caminho. - Filme documentário com registro visual da experiência. Estéticas visuais semelhantes a Lisbela e o Prisioneiro, Auto da Compadecida, O Coronel e o Lobisomem, Hoje é Dia de Maria. - Diário de bordo, com impressões e sensações dos envolvidos. - Farto material para a produção de filmes publicitários diferenciados, principalmente os ligados a datas efemérides de forte cunho emocional, tais como o Dia das Mães, Pais, Mensagem de Natal, Ano Novo, datas mais do que propícias para falar de responsabilidade social, com um caráter realmente diferenciador e autêntico. Basta imaginar, por exemplo, um filme de Natal onde são mostradas partes do que aconteceu nas atividades e cursos Fase 1, 2, na implantação dos projetos, pois que exemplo maior de amor ao próximo (significado esquecido do Natal) do que imagens de crianças, homens e mulheres, de todas as idades e cores, sorrindo,


trabalhando, vistosos em sua auto-estima, assim possibilitados pelo projeto. Quem poderia mostrar melhor e maior riqueza de propósitos e de imagem?

Aliás, sob este prisma, até mesmo na fase de elaboração do projeto, como aqui apresentado, ao confeccionarmos sua embalagem (capa e conteúdos) nos deparamos com imensas possibilidades, como um folder para apresentação aos acionistas, bem como modelo para relatório anual de empresa, diferençado, sinérgico, pertinente, plasticamente criativo e, acima de tudo, responsável e socialmente coerente. O mesmo raciocínio aplica-se a adesivagem do ônibus/caminhão ou meio de transporte escolhido para o deslocamnto do projeto.


De volta ao começo Fazer cada vez mais um pouco, cada vez melhor

Ao fim de cada fase, o conceito é retomado. Ouvindo as coisas que devemos fazer, e não falando o que queremos fazer. Esse é o princípio de tudo, de toda a comunicação e interação socialmente responsável com a comunidade. Voltar sempre. Mas não para o mesmo lugar, e sim para construir outros lugares mediante experiências vividas, ricas com os seus erros e acertos. As possibilidades são infinitas. O Círculo também. Responsabilidade social assim é realmente um grande espetáculo que merece o aplauso de todos.

Fortaleza, 10 de abril de 2007






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