Referências, Catarina Prata

Toda a viagem consegue transformar-se em memória coletiva da relação entre o espaço e o tempo.

Quando a mudança de lugar, o seu movimento e ritmo “entram em erupção”, quando estes fazem o seu caminho e surgem-nos recordações pelos sítios que pasamos, o que é que fica guardado do nosso passado?

É daí que surge este trabalho fotográfico: da anomalia consequente da memória, do esquecimento gradual e natural das coisas pelas quais, nós enquanto seres racionais, vamos guardando e atribuindo uma ideia autêntica ou não à realidade vivida.

Assim, a imaginação e os referenciais acabam por ter pesos importantes mas igualmente distintos, criando uma misticidade pelos instantes capturados, desconfiando com alguma frequência aquilo que se está a observar.