Susana Coelho 16101

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Semanal, 1 de Abril 2013

Litteris


| Registo fotográfico na tentativa de estabelecer uma relação entre o mundano observável e associar a isso uma carga poética , através de um texto da literatura portuguesa ( poesia ), entre outros. Tenta assim dar uma certa mística a cenas que são, normalmente, comuns a qualquer ser humano.

Design| Edição | Fotografia Susana Coelho Locais fotografados Tomar e Sardoal Texto www.portodeabrigo.do.sapo.pt www.citador.pt

|Litteris vem do latim e significa literatura. | Revista realizada no âmbito da disciplina Fotografia Digital II , pelo docente Miguel Duarte.


Pág. 2 Alberto Caeiro “ Máquina do Tempo”

|3

Florbela Espanca “ O meu orgulho” “ A Nossa Casa” “ Árvores do Alentejo”

| 5,6 |9,10 |11

Fernando Pessoa Ricardo Reis “ Temo, Lídia, o destino”

|7

Afonso Duarte “Rosas e cantigas”

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Nicolau Maquiavel

|15

Adolfo Casais Monteiro “A tua morte em mim “

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Pág. 3 “ O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma. Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea. Espaço vazio, em suma. O resto, é a matéria.(...) “ Máquina do Tempo - Alberto Caeiro


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Pág. 5

Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera Não me lembrar! Em tardes dolorosas Eu lembro-me que fui a Primavera Que em muros velhos fez nascer as rosas!

| “Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera Não me lembrar! Em tardes dolorosas Eu lembro-me que fui a Primavera Que em muros velhos fez nascer as rosas! “ (...)


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| Sinto que valho mais, mais pobrezinha: Que também é orgulho ser sozinha, E que também é nobreza não ser nada!” “ O meu orgulho ” – Florbela Espanca


Pág. 7

Temo, Lídia, o destino

“(...) Não somos deuses; cegos, receemos, E a parca dada vida anteponhamos À novidade, abismo.” Ricardo Reis


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“A nossa casa, Amor, a nossa casa! Onde está ela, Amor, que não a vejo? Na minha doida fantasia em brasa Constrói-a, num instante, o meu desejo! (...) “


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“Num país de ilusão que nunca vi... E que eu moro - tão bom! - dentro de ti E tu, ó meu Amor, dentro de mim... ” “ A nossa casa “ – Florbela Espanca


Pág. 11

“Horas mortas... Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido... e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a bênção duma fonte! E quando, manhã alta, o sol posponte A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! Árvores! Não choreis! Olhai e vede: - Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água!” “Árvores do Alentejo” - Florbela Espanca


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Pág. 13

“ E os cravos, manjerico, e limonete, Oh! que perfume dão às raparigas! Que lindos são nos seios do corpete!

Como és, nuvem dos céus, água do mar, Flores que eu trato, rosas e cantigas, Cá, do outro mundo, me fareis voltar. “ “Rosas e cantigas” - Afonso Duarte


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Pág. 15

“ Os homens prudentes sabem tirar proveito de todas as suas acções, mesmo daquelas a que são obrigados pela necessidade. ” - Nicolau Maquiavel


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Pág. 18 “( ...) Viverei até à hora derradeira a tua morte. Aos goles, lentos goles. Como se fosse cada vez um veneno novo. Não é tanto a saudade que dói, mas o remorso. O remorso de todo o perdido em nossa vida, coisas de antes e depois, coisas de nunca, palavras mudas para sempre, um gesto que sem remédio jamais teve destino, o olhar que procura e nunca tem resposta. O único presente verdadeiro é teres partido. “ “ A tua morte em mim “ -Adolfo Casais Monteiro


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SOCIEDADE AGRO-ALIMENTAR DA MASCATA, LDA

QUINTA DO CÔRO - TELEF./ FAX. 241855302 2230 – 162 SARDOAL E-mail: mascata@mail.telepac.pt


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