Revista Combustíveis & Conveniência - Ed. 182

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MERCADO Agência Petrobras

Efeito cascata da pandemia no setor

Demanda mundial por petróleo deverá cair neste segundo trimestre em, aproximadamente, 20%

Volatilidade das cotações do petróleo no mercado internacional, prejuízo da Petrobras, queda nas vendas das três distribuidoras e menor demanda de consumo marcaram primeiro semestre do ano POR MÔNICA SERRANO

Não houve agente da cadeia do setor de petróleo que não tenha passado pelas turbulências geradas pela pandemia da Covid-19 neste primeiro semestre do ano. A começar da ponta, com os preços do petróleo no mercado internacional que bateram baixas históricas, além das disputas entre Rússia e Arábia Saudita, a elevada volatilidade nas cotações, o excesso de oferta e estoques lota12 • Combustíveis & Conveniência

dos, que levaram à queda vertiginosa das cotações. Em 20 de abril, as cotações dos contratos futuros de petróleo para maio atingiram as mínimas históricas. O preço do Brent caiu 9% para R$ 25,57 por barril, enquanto o WTI despencou para US$ 37,63 negativos, por barril. Neste primeiro semestre, as disputas entre Rússia e Arábia Saudita se acentuaram quando a Rússia decidiu não participar do

acordo da Organização dos Países Produtores de Petróleo e dez aliados (Opep+) para reduzir a oferta de petróleo, para sustentar o preço do barril, evitando mais quedas. Já em maio e começo de junho, as cotações passaram por recuperação, mas a volatilidade continuou forte. Nas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda mundial por petróleo deverá cair neste segundo trimestre


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