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Alguns cuidados ajudam a evitar fraudes
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no varejo são comuns os roubos de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito com a intenção de não pagar Em 2014, foram registrados 2,039 milhões de tentativas de fraudes no Brasil, segundo a Serasa Experian, que monitora os chamados “roubos de identidade”, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou até mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos. Apesar da queda de 7,5% em relação a 2013, o número ainda é expressivo e está relacionado à maior oferta de crédito no mercado. Entre as principais tentativas de golpe com o uso de documentos falsos ou roubados, destacam-se solicitação de cartão de crédito; compra de eletrodomésticos e eletrônicos; abertura de conta bancária; compra de veículos; empréstimos em financeiras; e abertura de empresas. Algumas atitudes do comerciante ajudam a evitar esse tipo de fraude:
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Finanç a s
Controle sobre as dívidas garante equilíbrio financeiro
” Na venda a prazo, fique atento aos prazos de validade dos documentos apresentados pelo cliente; ” Atenção aos documentos de identificação nos RGs emitidos em outras localidades, pois eles têm características diferentes dependendo do Estado de origem. Em alguns casos é possível observar erros de português nos documentos falsificados; ” Nas compras com cartão de crédito, deve-se solicitar documento de identificação e conferir o nome completo do cliente; ” Geralmente, os golpistas se apresentam de forma cordial e procuram efetuar compras com rapidez ou demonstram nervosismo. É importante estar atento e, ao perceber comportamentos suspeitos, procure alterar o procedimento da abordagem para que o golpista caia em contradição ou desista da compra. [ ]
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Pl ane ja mento
Investimentos
Estabelecer metas contribui para o sucesso da empresa
No longo prazo, renda fixa bate outras aplicações
Hora de equilibrar as finanças pessoais
início de ano é o momento ideal para garantir o controle sobre as dívidas e assegurar o equilíbrio financeiro Passadas as festas de fim de ano, o consumidor inicia 2015 preocupado com as dívidas contraídas anteriormente e com os gastos já previstos para a época, como impostos e material escolar, entre outros. Em 2014, os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) referente a dezembro, apontou que 43,1% das famílias estavam endividadas, um resultado 10,7 pontos porcentuais mais baixo do que no mesmo período do ano anterior. Em relação à inadimplência, os dados da PEIC de dezembro também demonstraram um consumidor com menor volume de contas em atraso. Dos endividados, apenas 10,9% estavam inadimplentes – resultado 5,9 pontos porcentuais mais baixo quando comparado ao mesmo período de 2013. O menor endividamento e a menor inadimplência das famílias em 2014 estão relacionados ao baixo crescimento da economia, ao menor crescimento da renda e à alta dos juros. Assim, o início do ano é uma ótima oportunidade para equilibrar as finanças pessoais. Para ajudar o consumidor, destacamos abaixo algumas recomendações que podem colaborar para um maior controle das dívidas e um melhor equilíbrio financeiro: ” Identificação das dívidas: levante todas as dívidas e as relacione no papel ou em uma planilha eletrônica; ” Estabeleça prioridades: quais despesas devem ser pagas ou renegociadas? Dê preferência às dívidas essenciais, cuja suspensão de pagamento possa gerar penalidades, como aluguel, despesas de condomínio, luz, água e telefone, entre outras; ” Dinheiro aplicado: se há dinheiro aplicado, resgate-o para pagar dívidas, pois os juros cobrados são maiores do que o retorno das aplicações; ” Valor mensal para pagamento: identifique qual valor mensal poderá ser reservado para o pagamento dos financiamentos. Analise sua capacidade de pagamento para propor acordo aos credores;
” Verifique de que maneira é possível quitar as dívidas mais caras caso haja a possibiidade de recursos extras, como restituições do Imposto de Renda e férias. Procure se livrar dessas dívidas cujos juros elevados acabam por consumir seu orçamento, como o cartão de crédito e o cheque especial; ” Caso seja possível, contrate outro financiamento, com taxas reduzidas e prazos mais longos, a fim de liquidar dívidas mais caras. Importante: faça apenas um financiamento para cobrir todas as dívidas; ” Avalie, em casos extremos, se algum bem da família pode ser vendido para quitar os financiamentos mais caros; ” Faça as contas todos os meses considerando absolutamente todos os com-
promissos assumidos e projetando novas parcelas a serem contratadas por financiamento. Faça uma previsão das receitas e equacione. Somente um bom controle financeiro permitirá a elaboração de um planejamento eficaz; ” Identifique as condições dos financiamentos e compare taxas e prazos. Somente tome crédito se realmente for necessário; ” Caso a renda mensal esteja altamente comprometida, procure melhores condições de pagamento ou busque, se possível, um crédito consignado com taxas menores; ” Evite utilizar o limite do cheque especial. As taxas de juros cobradas nesta modalidade são mais caras do que as linhas de empréstimo pessoal. [ ]
no longo prAZo, rendA fiXA levA vAntAgem análise dos últimos dez anos mostra que o cdi ganhou de outras aplicações, como dólar e ibovespa. a tendência deve se manter As evidências no Brasil desmentem a tese de que aplicações em renda fixa “conservadoras” são opções pouco atrativas no longo prazo, como ocorre em todas as economias desenvolvidas. Em tese, só aplica em renda fixa o poupador que não pode manter recursos “presos” por um prazo elevado ou que é muito receoso e conservador – portanto, que aceitaria um retorno menor em troca de maior liquidez e menor risco. No entanto, análises de períodos longos mostram que, no Brasil, a lógica é invertida, e isso é um sintoma de que há um desequilíbrio macroeconômico entre poupança e investimentos persistentes no País. O quadro e o gráfico abaixo revelam que nos últimos dez anos, em determinados períodos, uma aplicação em ações, por exemplo, pode ter sido mais rentável do que uma aplicação em renda fixa. Recentemente, aplicações em dólares foram mais rentáveis, mas no placar geral o CDI ganha. COMPARATIVOS DAS APLICAÇÕES
O Ibovespa ganhou de outras aplicações em 2005, 2006 e 2007, o dólar foi o vitorioso entre 2012 e 2014, e o CDI foi o campeão entre 2006 e 2012, além de, na média, ter sido muito mais rentável do que qualquer outra aplicação, e ainda ter enorme liquidez e segurança. Quem aplicou R$ 1.000 no fim de 2004 tinha, no fim do ano passado, R$ 1.002 se a aplicação fosse feita em dólares, quase R$ 1.910 se aplicados no Ibovespa e mais de R$ 3.000 se investidos em CDBs vinculados ao CDI. O desempenho passado não garante que o mesmo se repita na próxima década, porém, os desequilíbrios entre a poupança interna e a necessidade de atrair investimentos – além da necessidade de desacelerar a desvalorização cambial –, fazem com que o quadro, ao menos por enquanto, mantenha os juros reais no Brasil muito elevados. A perspectiva é que isso perdure por, pelo menos, mais um ou dois anos. Com isso, VARIAÇÃO AO LONGO DE DEZ ANOS
var%
dólar
ibovespa
cdi
2005
-11,8%
28,4%
19,0%
2006
-8,7%
32,4%
15,0%
2007
-17,2%
47,8%
11,8%
2008
32,0%
11,7%
12,4%
250,0
2009
-25,5%
-5,7%
9,9%
2010
200,0
-4,3%
5,3%
9,8%
2011
12,6%
-1,9%
11,6%
150,0
2012
8,9%
-4,5%
8,4%
2013
14,6%
-7,4%
8,1%
50,0
2014
13,6%
-21,0%
10,7%
0,2%
90,9%
200,3%
0,0
em 10 anos
aplicações em renda fixa vão continuar sendo muito competitivas em relação a outras opções. Claro que imprevistos podem acontecer, como uma nova onda de desvalorização do real ou uma recuperação excepcional de empresas como a Petrobras. Entretanto, em condições normais/atuais, não é possível esquecer a renda fixa. [ ]
350,0
CDI
300,0
IBOVESPA
100,0
Dólar
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010 2011
2012
2013 2014
publicação da federação do comércio de bens, serviços e turismo do estado de são paulo
Aqui tem a força do comércio
presidente abram szajman • diretor-executivo antonio carlos borges • colaboração assessoria técnica • coordenação editorial e produção tutu • diretor de conteúdo andré rocha • editora marineide marques • fale com a gente economix@fecomercio.com.br rua doutor plínio barreto, 285 • bela vista • 01313-020 • são paulo – sp • www.fecomercio.com.br
pequenos negÓcios eXigem plAnejAmento finAnceiro estabelecer objetivos e definir estratégias colaboram para o sucesso da empresa, mas é preciso monitorar o fluxo de caixa Diante de um cenário econômico de incertezas, o ano requer atenção às finanças dos negócios. Para os empreendedores que ainda não realizaram o planejamento ou que não tenham o hábito de fazê-lo, este é o momento para estabelecer objetivos, fazer projeções e definir estratégias. A FecomercioSP elenca alguns pontos que devem ser considerados: 1. Fluxo de caixa – monitore os recebimentos e os pagamentos diariamente e mantenha tudo registrado; 2. Capital de giro – tenha uma reserva de recursos para emergências ou para honrar compromissos imediatos;
3. Contas pessoal e da empresa – não misture os recursos pessoais com o caixa da empresa. Tal mistura pode gerar confusão patrimonial e prejudicar tanto a pessoa física como a jurídica; 4. Linhas de crédito – caso necessite tomar crédito para investir ou para capital de giro, é importante pesquisar as condições (taxas de juros e de administração, prazos e outros condicionamentos); 5. Despesas – a empresa deve contabilizar absolutamente todas as despesas fixas (água, luz e aluguel) e variáveis (impostos e comissões);
6. Estudo de mercado – fique atento às necessidades do consumidor, assim como às tendências de mercado, sem perder de vista os pontos fortes e frágeis da concorrência; 7. Diversificação – o desenvolvimento de um site e até mesmo a realização de vendas pela internet são opções para aumentar a receita e ganhar visibilidade no mercado; 8. Metas – estabeleça metas para vendas, redução de custos e novos negócios. Caso elas não sejam alcançadas, é necessário reavaliar as estratégias e até mesmo a viabilidade do negócio. [ ]
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