Ed 10 revista fecomercio ba

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Revista do Sistema Fecomércio-BA

| edição 10 | Março 2016

LIDERANÇA FEMININA

No mês da mulher, conheça baianas que mostram por que o mundo é mesmo delas

Senac impulsiona grandes realizações e conquistas profissionais Palco Giratório, projeto nacional do Sesc, lança circuito em Salvador

PASSOS CERTOS / Carlos Tramm apresenta um caminho profissional traçado nos mais variados segmentos Revista do Sistema Fecomércio-BA ENTREVISTA / Conheça as ações desenvolvidas pela agência Salvador Negócios desde aMARÇO sua criação 2016

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Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2016


Mensagem do Presidente Começamos o ano com mais uma edição da Revista do Sistema Fecomércio-BA. Agora, nossa publicação trimestral passa a trazer mais reportagens e matérias sobre o cenário econômico. Mantemos nosso compromisso de prestar contas das ações realizadas pelo Sistema Fecomércio Bahia, porém, agregamos conteúdo interessante e relevante para o empresário baiano. Prova disso é a estreia da Coluna Panorama, com o jornalista e economista Armando Avena, que vai expor suas reflexões trimestralmente para nossos leitores. Também trazemos na capa, uma reportagem especial sobre a liderança feminina baiana, que precisa ser estimulada e valorizada. Outra estreia é a seção Garimpo, um apanhado de dicas e opções de produtos para apoiar o empresário a conduzir o seu negócio e fomentar o comércio local. Porém, no momento em que estamos vivendo, não posso me furtar a comentar a grave situação em que o país está atravessando. Em conjunto com a FIEB, a Federação manifestou, em nota pública, sua apreensão com o agravamento da crise. Junto às entidades representativas do comércio, em Salvador e na Bahia, estamos também nos mobilizando para nos manifestarmos publicamente.

Carlos de Souza Andrade Presidente do Sistema Fecomércio-BA

O que estamos assistindo é a falência do sistema de governabilidade no Brasil. Situação esta que está minorando os investimentos e contribuindo para o desemprego. Sem falar da péssima imagem do país que se instaura perante a comunidade internacional. E quando a Política – com “P” maiúsculo – fracassa no seu dever constitucional de produzir o bem comum, abre-se um espaço sombrio para práticas que não condizem com a moralidade do povo brasileiro. Nosso apelo é que seja restabelecido o protagonismo da Política e do Estado democrático de Direito. Exigimos que os atores políticos e econômicos - dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo - encontrem o caminho da razoabilidade para reconduzir o país a um momento de normalidade democrática, fortalecendo a livre iniciativa, sem abalar os ganhos sociais, para que, finalmente, o bem comum guie as decisões dos nossos representantes eleitos. Para voltar a crescer, precisamos de um ambiente de negócios favorável, com menos impostos e, por consequência, com mais emprego e renda, gerados pelos setores produtivos. Manteremos nossos olhares atentos para que as medidas políticas e econômicas necessárias sejam tomadas, reconduzindo o país ao rumo do crescimento e da prosperidade.

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Sumário

ENTREVISTA p.06

PASSOS CERTOS p.14

SENAC p.10

SESC p.21

GARIMPO p.13

FECOMÉRCIO p.24

O gestor do Salvador Negócios faz balanço sobre o trabalho da agência

Conheça histórias de transformação de microempreendedoras que conquistaram seu próprio negócio

Aproveite as dicas de livros e mergulhe nos conhecimentos que eles oferecem

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Carlos Tramm apresenta seus principais métodos para alcançar o sucesso profissional

Palco Giratório inicia apresentações em todo o Brasil e confirma o compromisso com a educação e cidadania

Conheça as atividades realizadas pelas câmaras setoriais


expediente CAPA p.16

Conheça lideranças femininas que fazem a diferença no mercado de trabalho da Bahia Presidente da Fecomércio-BA

Carlos de Souza Andrade Vice-Presidentes

1º Kelsor Gonçalves Fernandes, 2º José Carlos Moraes Lima, 3º Benedito Vieira dos Santos, Carlos Fernando Amaral, Francisco de Assis Ferreira, Isaque Neri Santiago Neto, Luiz Fernando Coelho Brandão, Marcos Antonio Lamego Mendonça, Roberto Brasileiro Lima Diretores-Secretários

1º Juranildes Melo de Matos Araújo, 2º Herivaldo Bittencourt Nery, 3º João Luiz dos Santos Jesus Diretores-Tesoureiros

1º Arthur Guimarães Sampaio, 2º Antonio Augusto de Oliveira Lopes e Costa, 3º Antonio Chaves Rodrigues Diretores

Alberto Vianna Braga Neto, Américo Soares Sales Campos, Ana Lúcia Dias dos Santos, Antonio Pithon Barreto Neto, Avani Perez Duran, Carlos Alberto Souto Silva, Cíntia Freitas Lima Modesto, Claudênio Barbosa de Souza, Edvaldo Lima de Oliveira, Hilton Morais Lima, Jesonias Telles Bastos, João Arthur Prudêncio Rêgo, Marcelo Ferraz Nascimento, Maria da Conceição Gomes Cardoso Valente, Maria José Carneiro Lima, Raimundo Jorge Dresselin, Sérgio da Silva Sampaio Geraldo Cordeiro de Jesus, Enzo Augusto Lomanto Souza Andrade Superintendente da Fecomércio-BA

Paulo Studart Sesc Bahia

Senac Bahia

Presidente do Conselho

Presidente do Conselho

Carlos de Souza Andrade Diretor Regional

José Carlos Boulhosa Baqueiro

Carlos de Souza Andrade Diretora Regional

Marina Almeida

Realização Gerente de Comunicação e Marketing Fecomércio-BA Marcos Maciel

Diagramação Comuicativa Agência de Comunicação

Assessora de Comunicação Fecomércio-BA Délia Coutinho

Revisão Moisés Brito

INSIGHTS

Estagiário Abel Marcelino

Tiragem 3.000 exemplares

Por João Claudio Antônio Nunes

Produção Editorial Comunicativa Agência de Comunicação

curtas p.12

A hora da verdade

p. 09

Por Joaquim Nery

Uma cidade sem Axé

p. 19

Por Sebastião Nery

Um museu do homem

p. 28

CULTURA p.29 Confira a programação cultural dos espaços coordenados pelo Sesc Bahia

Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindal), Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindalimentos), Sindicato do Comércio Atacadista de Materiais de Construção da Cidade do Salvador (Sindamac), Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos da Cidade do Salvador (Sincamed), Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região (Sicomércio Camaçari), Sindicato do Comércio Atacadista de Salvador (Sindacs), Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Armarinhos e Vestuário da Cidade do Salvador (Sindtav), Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares da Cidade do Salvador (Sindbeleza), Sindicato do Comércio Armazenador do Estado da Bahia (Sindarmazenador), Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas), Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado da Bahia (Sirceb), Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador (Sindfeira), Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado da Bahia (Sincodiv), Sindicato do Comércio Varejista e dos Feirantes de Jequié (Sicomércio), Sindicato do Comércio Varejista de Irecê e Região (Sincom), Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos de Eletrodoméstico da Cidade do Salvador (Sindeletro), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Antônio de Jesus (Sincomsaj), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Ribeira do Pombal e Região (Sincomvrpr), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat), Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomfs), Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região (Sicomercio Alagoinhas), Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (Sindescobrimento), Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis da Cidade do Salvador (Secovi-BA), Sindicato do Comércio de Vitória da Conquista (Sicomerciovc), Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomercio Ilheús), Sindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso e Região (Sinpa), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro (Sindcom), Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes e dos Vendedores Ambulantes de Ilhéus (Sicovfamil), Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba), Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-BA).

Contatos e sugestões: 71 3273-9820 comunicacao@fecomercioba.com.br www.fecomercioba.com.br Avenida Tancredo Neves, nº 1.109, Ed. Casa do Comércio, 9º andar, Pituba. CEP: 41820-210 Salvador - Bahia - Brasil

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ENTREVISTA

SALVADOR QUE GERA NEGÓCIOS

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proposta da Salvador Negócios (SN), agência de captação de investimentos para a capital baiana lançada pela Prefeitura de Salvador, com o apoio da iniciativa privada, já vem sendo executada há quase 1 ano.

Municipal de Salvador (PMS), através da SEDES – Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Emprego e a ABGC – Associação Bahiana de Gestão Competitiva, com a coparticipação da Fieb e Fecomércio.

O programa, que tem como principal característica não ter caráter político, apoia-se fortemente em entidades como Fieb e Fecomércio para facilitar o acesso de empreendedores locais e de fora do estado com a simplificação das rotinas para implantação de novas empresas em Salvador.

Quais as expectativas para cidade com a consolidação desta ação?

O balanço é positivo e o trabalho inicial tem sido prospectar empresas e novas áreas na cidade que possam receber empreendimentos diferenciados. Através da entrevista com Roberto Calumby – Gestor do Programa Salvador Negócios - vamos conhecer mais um pouco sobre a SN e os números do balanço positivo para a cidade de Salvador. O que é o Programa Salvador Negócios? A SN é a agência de fomento da nossa capital. Ela consiste em um convênio entre a Prefeitura

Com essa ação, a nossa capital pretende mostrar que vai além do Carnaval e das festas, que ela também é amiga do empreendedorismo, da iniciativa privada, do emprego e renda do soteropolitano. Pretendemos atuar de forma ativa e reativa aos entraves encontrados no dia a dia do empresário, a fim de viabilizar seu negócio. Somos o canal de comunicação entre a municipalidade e o empresário. Já existem retornos para a capital desde quando o programa foi apresentado? Existem sim, além dos diversos negócios que ajudamos a destravar na nossa capital, temos hoje em negociação a atração de diversos novos empreendimentos, que superam os R$ 500 milhões em investimentos, podendo gerar mais de 2.500 empregos diretos. Qual o papel da Prefeitura de Salvador no estímulo ao comércio de bens, serviços e turismo? A Prefeitura Municipal tem um papel fundamental no nosso projeto. Conseguimos ter nessa gestão a transversalidade necessária entre as secretarias e a Salvador Negócios, a fim de desburocratizar e melhorar o trâmite habitual, trazendo ao investidor uma Salvador de fácil acesso e pronta para um salto no desenvolvimento.

Roberto Calumby Gestor do Programa Salvador Negócios

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Que benefícios o programa traz para capital baiana? Salvador está se transformando e se modernizando, com obras estruturantes, organização administrativa


ENTREVISTA

e saúde financeira. A Salvador Negócios entra nessa nova fase da capital, como um núcleo pensante e proativo dentro desse novo viés econômico, participando de eventos, palestras locais ou em viagens, comunicando ao Brasil e ao mundo a nossa disposição para atrair novos negócios, independente do setor de atuação. Pode ser na indústria, comércio, serviços, ou até uma ideia inovadora (startup), para as quais faremos o possível na facilitação de sua instalação e desenvolvimento do negócio aqui em nossa capital. Quais as áreas envolvidas? Essa iniciativa não tem limites de abrangência, podendo atuar em todas as frentes, sejam por interesse do empresário, ou por um direcionamento da municipalidade, para a busca de novos projetos. As ações da Salvador Negócios serão voltadas para a atração de projetos e promoção comercial da nossa cidade como um destino ao empreendedorismo e a economia criativa, fortalecendo o ambiente de negócios através do desenvolvimento de uma inteligência de mercado.

Que mecanismos de estímulos serão implantados para atrair atenção dos interessados? Cada projeto tem as suas especificidades, sendo analisados caso a caso. O que faremos é analisar possíveis incentivos ou direcionamentos de áreas que possam melhor atender aos interesses em comum do empresário com o município, a fim de dar o melhor retorno possível ao investimento. Quanto mais cedo no processo decisório do projeto, pudermos trabalhar, melhor podemos construir um debate e uma agenda positiva junto ao ente municipal e melhor atender aos anseios do empresário. Trata-se de um projeto pioneiro no país? Não, essa iniciativa tem como benchmark o projeto da Rio Negócios, outra agência de fomento municipal, com os mesmos objetivos e interesses. Tendo iniciado os trabalhos em outubro de 2015, pretendem se utilizar das Olimpíadas e a visibilidade instituída pela mesma, como facilitador na venda da capital carioca como cidade empreendedora.

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coluna panorama

O PIB E O BAIXO CRESCIMENTO DA ECONOMIA BAIANA por Armando Avena

Os resultados do PIB baiano em 2015, divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos de Sociais –SEI, órgão da Secretária do Planejamento do Estado, mostram que três dos principais setores da economia baiana, a indústria de transformação, a construção civil e o comércio, sofreram fortes quedas em 2015, resultado da crise econômica que afeta o país. O PIB do comércio sofreu uma forte queda de 7,6% e o setor eliminou 10 mil postos de trabalho em 2015. O comércio é a ponta do sistema e, por isso, a redução da demanda é sentida imediatamente, além disso, a Bahia é um estado pobre e o aumento do desemprego e a queda na renda minaram a capacidade de compra da população baiana. A queda nas vendas do comércio era de se esperar, frente a redução na demanda e o aumento do desemprego, mas surpreendeu a queda de 2,2% no setor de serviços, o de maior representatividade no PIB baiano e que nos últimos anos vinha sustentando o crescimento da economia estadual. O setor serviços apresentou queda nas principais atividades que formam o segmento, como a referida redução na atividade comercial (-7,6%), e no setor de Alojamento e Hospedagem que registra o desempenho do turismo. Houve uma pequena expansão de 0,8% na administração pública, que responde por 20% do PIB, e crescimento na atividade aluguel (3,3%).

registrou queda de 3,3% em 2014, e de 1% em 2013. No global, o PIB da Bahia caiu 3,2%, uma queda um pouco menor do que a registrada no PIB brasileiro, que caiu 3,5%. Quem impediu que o PIB da Bahia despencasse mais foi a agropecuária, que cresceu 6,8%, quando no Brasil o crescimento foi de 1,8%. Os resultados do PIB agropecuário da Bahia nos últimos anos são significativos. Em 2014, quando o PIB baiano cresceu 1,5%, quem evitou que o estado entrasse em recessão foi a agropecuária, cujo PIB cresceu 12,5%. E o ano passado, quando o PIB da Bahia apresentou retração de 3,2%, o PIB da Agropecuária cresceu 6,8% impedindo que a recessão baiana fosse igual ou pior que a nacional. Ou seja, num ano de recessão, o PIB da agropecuária baiana cresceu de forma expressiva, mesmo sendo calculado em relação a uma base já elevada. E esse desempenho foi muito melhor que a média, pois a agropecuária brasileira cresceu apenas 1,8%. Os dados do PIB mostram que a política econômica do governo Dilma foi desastrosa para a atividade econômica e atingiu em cheio a Bahia. É urgente, portanto, um redimensionamento dessa política inclusive no que diz respeito à redução dos índices de inflação e a contenção de gastos do setor público, para que assim as condições para o crescimento voltem a estar presentes e a economia baiana possa crescer novamente.

A indústria foi o setor que apresentou a maior queda no PIB e a Bahia está passando por um verdadeiro processo de desindustrialização, com redução na produção da indústria de transformação, que, em 2015, registrou uma queda de 9,5%, no PIB. Essa já é a segunda queda anual consecutiva na produção industrial, já que em 2014 o setor registrou queda de cerca de 3%. O PIB da Construção Civil, por seu turno, caiu 7,3% na Bahia e o setor eliminou cerca de 35 mil postos de trabalho com carteira assinada em 2015. É a terceira queda consecutiva, pois o PIB do setor

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Armando Avena Economista, jornalista e escritor


INSIGHTS

A hora da verdade Muita coisa mudou desde a revolucionária transformação dos antigos armazéns, com seus balconistas prontos para atender, até os atuais supermercados. São mais de 50 anos de história que mudaram o modo de negociação de compra e venda, a disposição das mercadorias nas prateleiras, as formas de pagamento e, principalmente, o comportamento do consumidor. Mesmo no momento atual de incertezas nas áreas política e econômica, continuamos avançando. Nos últimos anos, com o aumento de renda da população, em especial das classes C e D, conhecemos um novo consumidor, muito mais consciente e exigente. Mesmo com um cenário não muito favorável, com indicadores negativos como o de emprego e renda, percebemos que o consumidor atual quer além de preços competitivos, lojas modernas e organizadas. Desta forma, o setor supermercadista baiano tem investido muito na melhoria da gestão dos negócios, oferecendo cada vez mais serviços de bom nível. Temos, mesmo com a crise que se apresenta muito forte desde o ano passado, crescido em número de lojas e comparativamente, crescemos as vendas quando comparamos as mesmas lojas no período 2015/2014. Temos sido aguerridos nas negociações com a indústria para que o consumidor sofra menos com os impactos da inflação, causada principalmente pelo aumento dos produtos como combustíveis e energia elétrica, pela valorização do Dólar frente ao Real e, aqui na Bahia, com o aumento de ICMS imputado pelo governo estadual. Não são poucos os desafios, mas para cada problema sempre encontramos uma solução. Um fator que tem impulsionado bastante o crescimento e desenvolvimento do setor nos últimos anos é o fator cooperativista. A cada dia vemos surgir, e apoiamos, uma nova Central de Negócios aqui no estado. Essas centrais têm servido não somente para uma melhoria na competitividade dos mercados associados, pois aumentam o seu poder de barganha nas negociações, mas principalmente porque se eleva o nível do empresário por meio de aprendizado na troca de informações e contratação de profissionais especializados em gestão de negócios. Em todo o Brasil, a grande maioria dos supermercados são pequenos ou médios. Enquanto na Europa a concentração dos grandes está na casa dos 70% de todo o mercado, aqui no Brasil eles estão próximos de 40%. O nosso mercado é muito pulverizado e isso gera uma gama de oportunidades. Se antes o super-

mercadista pequeno ou médio era alguém sem opção por falta de instrução, hoje se percebe o cenário mudando com a chegada dos sucessores mais bem formados e da especialização daqueles que estão a frente dos negócios. O setor supermercadista baiano tem relevância social porque além de gerarmos empregos em todos os lugares, principalmente nos bairros, colaborando inclusive com a mobilidade urbana, muitas vezes somos a opção bancária, com os caixas eletrônicos ou crédito fornecido com garantia da própria loja, de transporte, quando levamos os clientes até suas residências com suas compras, entre outros. Nós da Associação Baiana de Supermercados (ABASE), somos uma entidade associativa, que tem entre seus pilares, a defesa do consumidor baiano, a evolução do nosso setor e o desenvolvimento econômico do estado da Bahia. Neste momento ou em qualquer outro, o baiano sempre poderá contar com a nossa capacidade de enfrentar desafios e superá-los. Vamos ajudar o Brasil a sair dessa com muito trabalho e dedicação. Essa é a hora da verdade.

João Claudio Andrade Nunes Presidente da Associação Baiana de Supermercados

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senac

NO MUNDO DA MODA Ter liberdade para fazer o que gosta. Esse foi o desejo que moveu as empresárias Wladia Góes, de 40 anos, e Carolina Castro, de 28 anos, a entrarem de cabeça no mundo do empreendedorismo. O ponto de partida das duas foi o curso de Estilismo e Produção de Moda do Senac Bahia. Wladia é sócia da produtora de Moda 220 W. Mas antes de ir por esse caminho, ela atuava em uma área completamente diferente: se formou em Letras e dava aulas de Inglês. “Após concluir o curso, a moda foi tomando todo o meu tempo e consequentemente as aulas ficaram de lado”, conta. A empresária fez parte da primeira turma do curso e foi de lá que veio a inspiração e a vontade de atuar na área. “Tive professores excelentes, que abriram um leque de possibilidades na minha mente”, diz. Wladia iniciou sua carreira com customização de roupas, junto com a sua sócia Flavia Botelho. Depois, enxergaram uma nova possibilidade e mudaram o foco do negócio, passando para produção de moda e criação de figurino. Com o aumento da demanda, elas pensam em ampliar a 220W para continuar atendendo os clientes com qualidade. “Atualmente, estamos planejando o crescimento, tanto no número de funcionários, quanto na estrutura física”, explica. “Antes de abrir o próprio negócio, é bom que a pessoa trabalhe no ramo ou faça um estágio. A experiência conta muito nesse momento. Entender de outras peculiaridades, como financeiro e administrativo, também é fundamental”, destaca Wladia. A vida profissional de Carolina Castro foi completamente diferente. Desde os 15 anos, Moda já era sua primeira opção. Sua escolha foi rejeitada inicialmente pelos pais, mas ela se manteve firme no seu sonho. Fez o curso no turno oposto da escola e teve a certeza que estava no caminho certo. “O curso é completo e foi a minha base. Fiz depois uma faculdade de quatro anos e a

Confira mais looks no instagram @thefinds

maioria dos temas e assuntos abordados, eu já tinha visto nas salas de aula do Senac”, conta. Carolina e sua sócia Lys Imbassahy são donas da loja feminina The Finds. Elas começaram como boutique pop up (itinerante e temporária), mas resolveram arriscar e ir mais longe, abrindo uma loja física na garagem de casa. A experiência deu tão certo, que em apenas um ano, as sócias inauguraram duas unidades: a primeira é uma loja conceito, situada em um casarão de 200 m² no bairro do Rio Vermelho, e a outra que fica em Vilas do Atlântico. A jovem é uma entusiasta e enxerga muitos pontos positivos no empreendedorismo. “Planejo minha vida melhor e faço o trabalho do jeito que eu acredito. Emprego normalmente não é estável e seguro, além da insatisfação com a rotina ou com o chefe”, ressalta Carolina. Com apenas quatro anos no mercado, Carolina já tem planos de expansão para a marca The Finds. “Pretendemos abrir uma loja virtual (e-commerce) e expandir para outras cidades”, destaca. Cursos O Senac Bahia é pioneiro na atuação no segmento de Moda. Desde 2002, quando ofertou sua primeira turma do Curso de Estilismo e Produção, conquistou o reconhecimento pelo trabalho institucional, tendo em vista o valor agregado que essa formação oferece aos estudantes, não só em nível de conhecimento, mas de todo suporte técnico pedagógico, vivências teóricopráticas e do diferencial dos docentes. Diante das novas demandas de mercado, atualmente, a instituição oferta ao público diversos cursos na área, como Criação de Moda, Modelagem, Costura, Planejamento de Moda, Consultoria de Imagem, Produção de Moda e Assistente de Produção Cultural.

Wladia Góes Sócia da produtora de moda 220 W

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curtas Em fevereiro, em Lauro de Freitas, na Praça da Matriz, aconteceu o primeiro Quadro de Empregos da TV Bahia de 2016. O segundo foi no bairro de Periperi, em Salvador, em 21 de março. A ação é uma parceria entre a emissora baiana, o Senac, Sebrae e o Sine. Durante a realização do programa, os moradores do bairro puderam se matricular em cursos gratuitos do Senac. Mais de 250 vagas foram oferecidas. O Senac também assinou a palestra “A Importância da Qualificação Profissional em Vendas”, proferida pela professora Cláudia Ventura, da unidade Rua Chile.

QUADRO DE EMPREGOS

GESTÃO DE GASTRONOMIA O Senac, em parceria com a UCSal – Universidade Católica do Salvador, lança o seu primeiro curso de pós-graduação em Gastronomia na Bahia: a Especialização em Gastronomia: Negócios, Cultura e Tecnologia. A nova especialização tem foco no desenvolvimento de competências gerenciais aplicadas à gestão no segmento de bens e serviços de alimentação. “É um curso ideal para quem quer empreender no segmento de bares e restaurantes, como também para quem atua na gestão e operação de alimentação de uma forma geral”, explica a gerente do Senac, Kátia Lucena. As inscrições já podem ser feitas no site da universidade – www.ucsal.br.

Especialização em Gastronomia Negócios, Cultura e Tecnologia

ENCONTRO EM BRASÍLIA Em café da manhã com a bancada baiana no Congresso Nacional, no dia 24/02, o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, fez detalhada exposição sobre o trabalho do Sesc e do Senac no Estado e os benefícios à população. Ressaltou que “há uma preocupação permanente em se adequar às mudanças do mercado de trabalho, para enfrentar a competitividade crescente e as novas demandas quanto a habilidades técnicas e comportamentais dos trabalhadores”. Em 2015, revelou, o Sesc realizou mais 25 milhões de atendimento para os comerciários, promovendo o bem-estar e lazer. O encontro da Fecomércio-BA com a bancada parlamentar teve o apoio da CNC. Três vice-presidentes da entidade participaram: deputado Laércio Oliveira, também presidente da Fecomércio-SE; Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS; e Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF; além do diretor Alexandre Sampaio, presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS). Os deputados da bancada baiana presentes foram Alice Portugal (PcdoB), Daniel Almeida (PcdoB), Davidson Magalhães (PcdoB), Bebeto (PSB), José Carlos Araujo (PSD), José Rocha (PR), Moema Gramacho (PT), Roberto Britto (PP), além de assessores e representantes de outros parlamentares.

Representantes do Sistema Fecomércio-BA participaram do evento na Câmara Federal

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GARIMPO

GARIMPO DE LIVROS A partir desta edição você poderá contar com dicas dos melhores livros da atualidade. Aproveite e leia histórias reais e excelentes que poderão contribuir com a administração do seu negócio. Boa leitura!

Escola de Design | Projetos desafiadores de escolas do mundo todo (Lita Talarico / Steven Heller) | Editora Senac São Paulo R$ 89,00 Escola de design: projetos desafiadores de escolas do mundo todo é uma antologia ricamente ilustrada, com mais de cinquenta dos trabalhos mais desafiadores propostos em sala de aula por escolas de design do mundo todo, abrangendo desde tipografia básica a responsabilidade social.

Número Zero (Eco, Umberto) | Editora Record R$ 35,00

A Era do Escândalo (Rosa, Mario) | Geração Editorial R$58,00

O novo best-seller internacional de Umberto Eco. Um grupo de redatores, reunido ao acaso, prepara um jornal. Não se trata de um jornal informativo; seu objetivo é chantagear, difamar, prestar serviços duvidosos a seu editor.

Este livro reúne 10 casos de grande repercussão na mídia a partir do testemunho inédito dos protagonistas. É um autêntico manual de como preservar a imagem e a reputação em plena “Era do Escândalo”.

O Poder do Hábito - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios (Duhigg, Charles) | Editora Objetiva

Abilio - Determinado, Ambicioso, Polêmico (Correa, Cristiane) | Primeira Pessoa

R$25,00

R$ 39,90

Há duas décadas pesquisando ao lado de psicólogos, sociólogos e publicitários, cientistas do cérebro começaram finalmente a entender como os hábitos funcionam – e, mais importante, como podem ser transformados.

Em 1948, o imigrante Valentim dos Santos Diniz inaugurou uma discreta doceria em São Paulo chamada Pão de Açúcar. Era o passo inicial para a construção de uma companhia que se tornaria a maior varejista do Brasil, com um faturamento anual de 64,4 bilhões de reais em 2013.

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Passos certos

A ARTE DE SE RENOVAR Se o processo de se reinventar fosse uma arte, como dizem grandes filósofos, Antônio Carlos Tramn seria um artista. Com um currículo vasto que inclui passagens em grandes empresas como Propeg, OAS, Odebrecht, além de uma carreira política e cargos em grandes estatais como a EBAL, a Codeba e a Secretaria de Turismo da Bahia, o executivo acumula grandes experiências em ramos diversos. Aos 70 anos, Tramn está à frente, desde janeiro de 2015, da Junta Comercial da Bahia (Juceb) e encara novos desafios esse ano. 1 - O senhor tem uma carreira longa e consolidada, e também muito interessante, já que passou por diversos segmentos. Como foi o inicio? Comecei minha história profissional de uma forma muito curiosa: fazendo política estudantil. Foi no grêmio do colégio que iniciei minha trajetória de conhecer gente. Meu primeiro emprego foi numa empresa de óleos vegetais, fiquei um tempo e logo depois fui para Cacau Industrial, uma exportadora de produtos de cacau. Essa foi a minha grande experiência de vida. Era meio da década de 60, foi quando tive a primeira oportunidade de crescer numa empresa. Lá fui gerente e diretor e aprendi tudo que sei sobre gestão. Foi meu primeiro recomeço também, pois quando sai da Cacau Industrial resolvi empreender, aprendi a fazer doce e montei minha empresa. 2 - O senhor tem no seu currículo cargos de liderança em grandes empresas da iniciativa privada. Como foram essas experiências? Sim, realmente tive muitas passagens por empresas grandes e acumulo boas lembranças. Comecei na Propeg com um estágio, nos primeiros dois meses queria só aprender, mas fui aos poucos atendendo alguns clientes e assumi como diretor de atendimento. Isso foi uma escola pra mim, além de aprender sobre marketing e publicidade, também aprendi muito sobre corporação. Da Propeg, fui para

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Odebrecht. Doutor Noberto me convidou para o empreendimento do Caminho das Árvores e comecei a trabalhar no mercado de incorporação. Na época, esse foi o maior lançamento imobiliário da cidade, tenho um orgulho muito grande por ter participado de projetos como esse e como o de Porto Seco Pirajá. 3 - E a trajetória na política e nas empresas públicas, como se desenvolveu? Quando estava na Propeg, atendia a Unimar e, por isso, eu comecei a ter interesse sobre abastecimento. Foi quando começou um movimento sobre supermercado de baixo custo. Vi a repercussão desse movimento, o que a mídia falava, o que o povo achava, fiz um relatório e mandei pro Secretário de Industria e comércio. Coincidiu que naquela época o Governo do Estado já estava trabalhando no programa da Cesta do Povo. Criaram então a EBAL, e fui contratado para fazer um estudo, muito interessante, sobre abastecimento de baixa renda. Fiz o planejamento das ações e assumi como diretor da empresa. O que defendia é que a Cesta do Povo não era pra ser uma rede de supermercado, era pra ser uma referência de preço, para que a população tivesse acesso. Pensando nisso, eu elaborei um projeto do qual me orgulho muito: o ônibus supermercado. Na parte de baixo, onde ficam as cargas, fazíamos um deposito para os alimentos. Na parte de cima, tínhamos prateleiras no lugar das cadeiras e no fundo do corredor, dois caixas. Os ônibus rodavam a cidade e chegavam a todas as comunidades de Salvador, esse projeto foi um sucesso. Chegamos a ter uma frota de 10 ônibus e executamos essa ação por três anos. A população precisava ter a referência do preço em seus bairros, foi realmente uma experiência inovadora. Quando sai da EBAL, assumi como Secretário de Transportes, lembro que as pessoas me encontravam nas estações às 5 horas da manhã todos os dias, eu acompanhava tudo de perto. Em seguida, na Codeba, fui diretor comercial e também foi um novo desafio. Eu aprovava os projetos e o conteúdo era muito técnico, então tinha que discutir com os engenheiros, fui


Passos certos

Antônio Carlos Tramm Presidente da Junta Comercial da Bahia (Juceb)

aprender mais coisa nova. Ainda teve a Secretaria de Turismo também, outro ramo completamente diferente. Realmente, eu gosto de me renovar. 4 - Renovação parece mesmo ser uma palavra de ordem na sua carreira. Além disso, quais outras características foram importantes na construção da sua história profissional? Acho que minha principal qualidade, que é também o meu principal defeito, é ser chato. Eu aprendi na minha trajetória que eu só cresci porque eu pergunto o porquê, há sempre um lugar onde existe uma razão, e é nisso que estou interessado. Desenvolvi também um método que compartilho com todo mundo que trabalha comigo: meu sistema de administração é andante. Estou o tempo todo caminhando, conhecendo e conversando com as pessoas. Tenho mania de acompanhar, afinal, “vaca engorda no olho do dono”. Gosto também de reunir as pessoas e bater papo, assim que faço minhas reuniões. Acho que a informação só tem poder se todo mundo souber. Aprendi que eu só cresço se quem tiver ao meu redor crescer também. 5 - O senhor está na Juceb desde o início de 2015. Como foi esse primeiro ano na administração do órgão e quais os planos para 2016? Depois de tantas experiências, finalmente chegamos na Juceb. O principal desafio aqui foi pegar uma estrutura já existente e embalar isso com uma estratégia de prestação de serviço, que é o que realmente fazemos. Isso começa com bom

atendimento: ágil, seguro, eficiente. Quando cheguei, encontrei uma grande quantidade de processos que não andavam, hoje começamos a implantar um sistema informatizado e a situação é bem outra. Estamos com mais de 50% dos processos liberados no mesmo dia. Começamos a estabelecer também um ciclo de atualização e capacitação dos nossos funcionários, já fizemos uma parte em dezembro e agora estamos retomando. Há também um movimento de visitas às áreas do interior, reunindo os principais usuários: contadores e advogados. A intenção é apresentar a Juceb, falar do que tem sido feito e discutir os planos futuros. Para esse ano, nossa grande pretensão é de que a Juceb esteja trabalhando totalmente digitalizada. O meu objetivo é que a gente quase não use papel. E de forma geral, tento internalizar a mensagem com toda minha equipe de que a histórias das empresas começa aqui. Preciso ter um atendimento de ponta. Quando fazemos nosso trabalho, estamos gerando mais postos de emprego, estamos fomentando a economia. 6 - Sobre a situação econômica do país e o momento de crise, qual a sua opinião? Os especialista dizem que 2016 será um ano difícil. De forma alguma acho que esse ano será complicado. É isso que tenho dito nas minhas reuniões. É claro que todo mundo sabe que a gente está numa situação econômica que é gerada por um problema político. Isso é especulação, e das grandes. Não existe cachorro sem dono: essa crise tem dono e alguém está ganhando dinheiro com ela. Tem desemprego, tem dificuldades, não dá pra fugir disso, são fatos. Mas acho que nós temos uma crise, em parte, provocada. Há uma retração de consumo provocada por esse clima geral de instabilidade econômica, no entanto, não dá pra ficar imobilizado por esse sentimento. Inclusive, se teve uma coisa que aprendi é que as empresas só ganha dinheiro em crise. Na bonança, está todo mundo bem, inclusive a concorrência. Se na crise você se consegue se manter estável, inventivo, criativo, é ai que você vai adiante e se destaca.

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CAPA

LIDERANÇA FEMININA Autoconfiantes, duronas, femininas, democráticas, competentes, focadas em resultado e boas formadoras de equipe e de opinião. Essas são algumas das características atribuídas a essas cinco mulheres: Karine Queiroz, Rita Batista, Maria Adna, Joana Andrade e Maria do Socorro, escolhidas por serem verdadeiras líderes e servirem de inspiração para o público feminino e masculino também. Embora o gênero não seja determinante na avaliação de grandes companhias, não há como negar que as gestoras selecionadas têm habilidades bastante valorizadas no mundo corporativo moderno: a resiliência. Soma-se a ela a versatilidade adquirida em cenários de mudanças rápidas na economia. Além disso, outra marca desse grupo é a criatividade, incentivada pela constante busca por soluções inovadoras, quase sempre com poucos recursos e em ambientes altamente concorridos.

As cinco líderes afirmam que não existe um modelo feminino de sucesso para ser seguido. “Acredito em metas e objetivos claramente definidos. Podemos dizer “Olhem para dentro de si, que as mulheres usam a façam perguntas, se vejam e seu favor características sigam dialogando consigo antes como ser multitarefas, sua sensibilidade e delicadeza”, de dialogarem com o mundo ressalta Joana Andrade, em que vivem. Esta é minha diretora de Mercado da prática permanente e tem dado Petrobahia e coordenadora da Câmara da Mulher da certo”. (Maria Adna) Fecomércio. “Acima de tudo está à competência”, afirma a comunicóloga e apresentadora de TV, Rita Batista.

As mulheres eleitas nesta edição especial “Liderança feminina” são exemplos desse tipo de profissional. São histórias de sucesso que mostram que a cultura empresarial vem dando passos importantes na construção de uma sociedade com igualdade entre os sexos. Para que a mulher consiga alcançar cargos de chefia, é necessário romper várias barreiras. A presidente do Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro, afirma que as mulheres precisam se manter nos cargos de liderança e fortalecer suas atuações. “A luta para alcançar os cargos de chefia tem dado bom resultado, no entanto, de nada vai adiantar chegar lá em cima e não se situar. É preciso, além de combater os preconceitos de gênero, ter

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também uma noção de valores humanitários, pois independente de sexo, qualquer líder, seja homem ou mulher, precisa aprender a aplicar no cotidiano profissional o senso de justiça, a moderação, a firmeza e o conhecimento”, explica.

Elas também destacam as vantagens da participação feminina em cargos de destaque nas organizações. “A presença das mulheres em cargos diretivos demonstram elevação e civilidade, pois refletem a representação da humanidade. Diante da complexidade do mundo em que vivemos, há necessidade do olhar cumulativo de mulheres e homens para o avanço da organização”, destaca Maria Adna, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5). “Quando as empresas se adequam, a humanidade só avança”, pontua Rita Batista. As mulheres, em sua maioria, são profissionais atentas aos detalhes, fazendo com que tenham uma visão ampla da empresa e dos funcionários. Elas conseguem ser mais flexíveis no ambiente corporativo e ainda fazer diversas atividades ao mesmo tempo, como cuidar da casa, dos filhos,


capa fazer faculdade e dar atenção ao trabalho. “Somos todos iguais, mas reconheço que existem especificidades que são próprias de homens e mulheres. Nós desenvolvemos várias coisas ao mesmo tempo e damos conta delas. Existem talentos e vocações específicas das mulheres que aplicadas no ambiente de trabalho trazem ganhos significativos para as empresas”, explica Rita Batista. “Acredito que a mulher consegue perceber mais nas pequenas coisas, tem um olhar minucioso”, completa Karine Queiroz, proprietária do Restaurante SOHO. Para a empreendedora Karine a administração do tempo é um desafio para as mulheres. “Se multiplicar em vários formatos é uma característica feminina. Sempre fui intensa nas coisas, tenho prazer em ser mãe, fico muito com minha família e o restante do meu tempo divido cuidando das empresas e fazendo o que eu gosto. Tempo sempre foi uma questão de preferência”, conta. Foco nos resultados, comunicação eficaz e pensamento estratégico. Esses são outros pontos positivos que o público feminino agrega as organizações. “As mulheres, da mesma maneira que os homens, devem buscar melhores resultados, menores custos, cuidado com as pessoas e parceria com a sociedade inserida”, explica Joana Andrade. Para Maria do Socorro, as mulheres contribuem com o crescimento das empresas por meio de um trabalho justo, firme, com base em conhecimento e prudência na tomada de decisões.

“Quando a gente se torna mãe, temos que dar prioridades. Eu sempre me voltei para o filho que estava precisando mais de mim. E na vida profissional da mesma forma, eu tenho diferentes restaurantes e atividades, então, meu foco vai para onde está precisando mais da minha ajuda, sempre priorizando o tempo. A gente não tem tempo a perder, tem que ser objetivo”. (Karine Queiroz)

“Não desista! Tape os ouvidos para as vozes que resistem e abra para os que estimulam. Se você tem potencial, siga em frente. Na minha vida uso sempre essa máxima: fé + foco: entusiasmo”. (Rita Batista) Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2016

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CAPA Esses grandes exemplos atestam que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mundo corporativo e, principalmente, assumindo mais funções de liderança. A presença feminina em cargos de alto escalão vem aumentando, mas ainda há muitos entraves e discussões sobre a promoção de funcionárias para posições mais altas. Essa realidade é eminente e é marcada por uma geração de profissionais capacitadas e antenadas as mudanças do mundo empresarial.

“O melhor sucesso é alcançar um cargo de liderança e poder para fazer com que a vida das pessoas melhore. Homens, mulheres, crianças, todos juntos. Este é o único sucesso que faz sentido: um mundo melhor para todos, sem fome, sem injustiça e sem violência”. (Maria do Socorro) Mudança de cenário

A PwC realizou uma pesquisa com 8.756 mulheres da geração do milênio (nascidas entre 1980 e 1995), em 75 países, para saber quais suas perspectivas com relação ao mundo do trabalho e à carreira. Confira os principais resultados do estudo: a) Elas são muito mais confiantes e ambiciosas que as das gerações anteriores. b) Acreditam que vão alcançar níveis mais altos na hierarquia das empresas, especialmente as que estão começando na carreira (49%).

“O primeiro passo é não se sentir diferente de forma negativa. Somos diferentes na d) Estima-se que a mulher da geração do milênio constituirá cerca de 25% da força de trabalho global essência, o que nos dá instrumentos em 2020. positivos para alcançar os nossos objetivos, para isso precisamos antes estar academicamente preparadas, permitindo uma visão sistêmica e nunca se colocar como elo frágil na discussão”.

c) Para elas, o fator mais atrativo na decisão por um emprego é a oportunidade de avanço profissional.

(Joana Andrade)

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insights

UMA CIDADE SEM AXÉ Ao longo da história, os diversos setores da economia foram sendo sucedidos em importância, na geração de riquezas e, sobretudo, na geração de emprego e renda. A agropecuária foi superada e substituída pela indústria e, a partir da segunda metade do século XX, pelos serviços. No Brasil também foi assim. Na Bahia, por exemplo, especialmente em Salvador, essas mudanças foram ainda mais significativas. Consequência de uma cidade com áreas restritas. Espremida pelo mar, com um território pequeno e cercado de morros, com poucas áreas disponíveis para outras atividades, Salvador teve que se entregar ao setor de serviços. Nada mal para uma cidade que reúne atrativos de sobra para isso. A “cidade miscigenada, arrodeada de água” tem nas suas belezas naturais, cultura e história, os maiores ativos e atrativos. Houve época em que fomos protagonistas e aproveitamos muito bem tudo isso que tínhamos e temos. Salvador desenvolveu nos anos 70, um parque hoteleiro invejável. Ancorado num belo Centro de Convenções e num bom Parque de Exposições, para a época em que foram inaugurados. Tudo isso impulsionou o turismo e fez multiplicar renda e emprego. Não existe atividade econômica mais democrática e socialista que o turismo. A distribuição de renda é imediata e em vários níveis. O turismo vem ancorado no entretenimento e viceversa. A Axé Music e o Carnaval ajudaram a firmar ainda mais essa condição de protagonismo. O Carnaval se expandiu, “arrombou” as fronteiras e fizemos os maiores carnavais (fora de época) em todas as grandes capitais brasileiras, levando um movimento musical que conquistou o Brasil. Os carnavais fora de época foram feitos por produtoras baianas, com tecno- ogia e música baiana, bandas baianas, artistas baianos e ajudava a divulgar ainda mais a nossa festa maior. Esta chama ainda está acesa. A infra-estrutura, porém foi total- mente destruída. Hoje não temos um Centro de Convenções e perdemos eventos, os mais simples possíveis, para cidades que não teriam nenhuma chance cultural ou natural em competir com Salvador. Não temos um Parque de Exposições digno. O que resta hoje na Paralela só justifica 2 ou 3 eventos anuais. Não temos uma Casa de Shows. Utilizamos a ruína de um Parque Aquático para fazer os nossos melhores eventos. Haja criatividade! A Arena Fonte Nova é outro “conto de fadas”. Um engodo feito com o dinheiro público. Um empreendimento que foi divulgado como Arena Multiuso, mas que não possui nenhuma estrutura para tal, além disso, com as dificuldades impostas pelo Ministério Público do Meio Ambiente, não tem a mínima condição de sediar nenhum evento de grande porte. O

triste show que Roberto Carlos fez na Arena Fonte Nova em 2015 é um exemplo disso. Acho que o Rei nunca fez um show, com uma qualidade de som tão ruim em toda a sua carreira. Apesar de todas as mazelas e dificuldades, o Axé continua na veia e reverbera por aí. Ainda somos uma cidade que canta e encanta. Precisamos de vontade e investimento público para a implantação e/ou recuperação de equipamentos essenciais para o entretenimento em Salvador. É a este Axé quer me refiro. Um novo e bom Centro de Convenções, uma excelente Casa de Shows que seja digna do movimento musical da Bahia. Por enquanto contamos apenas com a vontade e criatividade de muitos profissionais, além da garra e experiência das produtoras baianas, aliadas à imensa vontade de liderar esse movimento nacional. Desta maneira fazemos o melhor Carnaval do Brasil e a maior festa popular do Planeta. Com todas as dificuldades econômicas que a Bahia e Salvador enfrentam, acredito que trazer um “AXÉ” a mais para dentro desse negócio é sempre uma excelente alternativa.

Joaquim Nery Empresário e carnavalesco

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FECOMÉRCIO Créditos: César Vilas Boas

Deputados Paes Landim e Laércio Oliveira, Dra. Uinie Caminha, Dr. Carlos de Souza Andrade, Deputado José Carlos Aleluia e Dr. Fernando Passos

NOVO CÓDIGO COMERCIAL Segurança jurídica nas relações comerciais e proteção das empresas serão os grandes benefícios a serem trazidos pelo novo Código Comercial brasileiro. Em reunião no dia 18 de março, na Casa do Comércio, membros da Comissão que elaborou o projeto de lei afirmaram que, com a aprovação do Código, o Brasil ganhará um ambiente de negócios favorável, o que resultará em novos investimentos, geração de empregos e tributos. O parecer final do projeto está previsto para ir à votação na Comissão no próximo dia 5 de abril. Mais do que atualizar o Código Comercial de 1850 praticamente todo revogado pelo Código Civil de 2002 -, o novo texto, que reúne mais de 750 artigos, criará regras e sistemas até então inexistentes no âmbito comercial. “O Brasil tem o código civil, do consumidor e ainda não tem um código de direito comercial”, disse a especialista, Dra Uinie Caminha. Anfitrião do evento, o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, ressaltou que é fundamental atualizar leis que não mais acompanham a nova dinâmica da economia e das relações comerciais. “Com um código

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defasado o comércio fica impedido de se modernizar”, disse Souza Andrade. O deputado Laércio Oliveira, também vice-presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio), lembrou que Salvador foi uma das primeiras capitais a receber a audiência para coleta de sugestões ao novo Código Comercial, em 2012. “Fizemos reuniões com empresários e a comunidade em todas as regiões para construir este projeto de lei”, atestou. Durante a tramitação foram feitas 38 reuniões e seis audiências públicas. José Carlos Aleluia, deputado baiano, registrou que a meta é atenuar a burocracia. “Nos últimos anos a burocracia no Brasil só vem aumentando. São inúmeras as dificuldades que um empresário atravessa para abrir uma empresa”, reclamou. O evento contou com apoio da Associação Comercial da Bahia, CDL Salvador, FAEB, FCDL, FIEB e Juceb. Após a votação do texto na Comissão, prevista para 5 de abril, ele segue para o Plenário.


sesc

PALCO GIRATÓRIO INICIA TEMPORADA 2016 LEVANDO ESPETÁCULOS ARTÍSTICOS PARA TODO BRASIL Promover cultura de forma democrática, apoiando e fortalecendo as manifestações culturais regionais é um dos principais objetivos do Sesc. Pelo 19º ano consecutivo, a instituição reafirma seu compromisso com o patrimônio cultural do Brasil, promovendo um dos maiores projetos de circulação de espetáculos artísticos do país, o Palco Giratório. Com dimensões e números que impressionam, o projeto vai levar durante todo o ano espetáculos de teatro e dança simultaneamente a 145 cidades do Brasil, a sua maioria localizada no interior dos estados. Salvador foi a cidade escolhida para receber o lançamento desta edição, no dia 16 de março, no Teatro Sesc Senac Pelourinho - verdadeiro berço do Palco Giratório na Bahia. O diretor regional do Sesc Bahia, José Carlos Boulhosa Baqueiro, recepcionou os convidados, entre colaboradores do Sesc de todos os regionais, artistas e jornalistas. “É um orgulho para o nosso Regional ter sido escolhido como anfitrião. O Palco Giratório é um projeto fundamental para o Programa Cultura do Sesc Bahia”, enfatizou. O Palco Giratório homenageia esse ano a atriz Maria Alice Vergueiro, que abriu o circuito de espetáculos com a peça “Why the horse?”. Vergueiro, que completa 50 anos de carreira esse ano, se diz lisonjeada com a homenagem. “Estou muito feliz por estamos estreando em Salvador e por poder participar de um projeto tão importante. Não

vejo a hora de começar a rodar o Brasil, a expectativa está alta”, garante. Com um processo de curadoria que acontece anualmente, novos grupos artísticos são avaliados para participar do projeto em um trabalho que envolve técnicos da área de cultura do Sesc em todo o país. Ao todo, vinte companhias participam do Palco Giratório 2016, com 728 apresentações artísticas (todas gratuitas) e 1.325 horas de oficinas teatrais. Para Márcia Rodrigues, gerente de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, a grande importância do evento está em levar a arte para locais onde o acesso a esses produtos é tão escasso. “O palco é uma interação de pessoas, de histórias, de pesquisas. É um projeto que tem a intenção de tirar o público do lugar comum do cotidiano”, discorre. Paulo de Camargo, diretor de Educação e Cultura do Departamento Nacional do Sesc, ressaltou durante a abertura do Palco Giratório que além da experiência de imersão cultural, há também os aspectos logísticos que enriquecem o circuito de espetáculos. “No contexto que o projeto é realizado, temos toda uma tecnologia de itinerância, que resulta numa arquitetura sofisticada, construída com muito cuidado ao longo de todo esse tempo, e que fica como herança para o patrimônio cultural do país”, afinca.

Créditos: Sidney Rocharte

Maria Alice Vergueiro, atriz homenageada, brilhou no palco do Teatro Sesc Senac Pelourinho

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curtas

DIRETOR GERAL DO SESC Carlos Artexes Simões, diretor Geral do Sesc - Departamento Nacional - acompanhado pelos diretores da área de administração e planejamento (Robson Costa), e dos Programas Educação e Cultura (Paulo de Camargo), Saúde, Assistência e Lazer (Janaína Pochapski) -, veio à Bahia, no início de fevereiro. O grupo, em companhia do Diretor Regional, José Carlos Boulhosa Baqueiro, visitou a estrutura do Sesc Bahia. Também foram à Casa do Comércio, onde aconteceu uma reunião para a apresentação de projetos e prestação de contas. O Presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, e o vice-presidente, Kelsor Fernandes, estiveram presentes. Carlos Artexes Simões, diretor do Sesc Nacional, em reunião na Casa do Comércio

Créditos: Divulgação/Sesc Bahia

O prefeito Luizinho Sobral, o presidente do Sincom, Edvaldo Oliveira, e os secretários de Saúde, Bruna Fernandes, e da Fazenda, Francisco de Araújo.

ODONTOSESC EM IRECÊ A unidade móvel OdontoSesc, que oferece assistência odontológica gratuita e ações de educação em saúde bucal, chegou à cidade de Irecê, no dia 8 de março. Por meio da parceria entre o Sesc, o Fundo Municipal de Saúde de Irecê e o Sincom (Sindicato do Comércio de Irecê e Região), a unidade atenderá gratuitamente na Praça do Fórum, no centro da cidade, até o mês de junho, sempre de segunda à sexta-feira.

DONATIVOS PARA RIACHÃO DO JACUÍPE O Sesc arrecadou 1,6 toneladas de donativos para as famílias desabrigadas por conta das chuvas que ocorreram no município de Riachão do Jacuípe em janeiro. A entrega das doações à Prefeitura da cidade foi feita no dia 4 de fevereiro, beneficiando cerca de 3 mil pessoas, cujas casas foram inundadas. A campanha Sesc Solidário, por meio do programa Mesa Brasil, mobilizou toda uma rede de doadores em Salvador e Feira de Santana entre os dias 27 de janeiro e 2 de fevereiro. Em 2015, a campanha Sesc Solidário atuou na arrecadação de donativos para os desabrigados das chuvas em Salvador e Santo Amaro da Purificação.

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curtas

REPÚDIO À VOLTA DA CPMF A Fecomércio-BA, junto às federações da Agricultura e Indústria, publicou uma nota pública, no dia 13 de março, nos principais jornais de Salvador, manifestando-se contra a contínua elevação de tributos no país. Confira trechos da nota: A sociedade brasileira está exaurida pelos sucessivos equívocos da gestão, que vêm infligindo ao País resultados pífios nos mais diversos setores. As crises econômica e política impõem uma realidade adversa, extremamente desafiadora, cuja superação exige atitudes coerentes, condução firme e espírito público por parte do governo. É inadiável a construção de uma agenda positiva, que restaure a confiança de todos na capacidade de superar os obstáculos, para que, enfim, retomemos o caminho da prosperidade. Para tanto, é preciso atacar de frente e com coragem os problemas estruturais que minam a competitividade da economia. O governo precisa comprometer-se com um ajuste fiscal que tenha como princípios elementares o corte de despesas, o enxugamento da máquina pública e, prioritariamente, a eficiência da gestão. Na contramão, optou por transferir o ônus à sociedade e ao setor produtivo, promovendo aumento de impostos, ao longo do último ano.

O Brasil já possui elevada carga tributária, acima de 33% do PIB. A recriação da CPMF, nesse momento agudo de crise, impõe mais um obstáculo à competitividade e à retomada do crescimento. Basta!

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fecomércio

Câmaras setoriais fortalecem a economia baiana A Fecomércio-BA mantém três câmaras setoriais: Empresarial do Turismo (CET), Jovem Empresário (CJE) e Empresários em Shoppings Centers, fortalecendo esses setores e impulsionando o crescimento dos seus associados. Neste primeiro semestre a Federação ativa a Câmara da Mulher Empresária, sob a coordenação da empresária Joana Andrade, fechando o ciclo de instalação de câmaras de representação. A primeira câmara criada foi a do Turismo, em 2011. Atualmente é comandada pela empresária Avani Duran, que vem atuando de forma produtiva para alavancar o segmento na Bahia. Em defesa dos interesses do setor, a câmara busca sempre parcerias para impulsionar e estimular os negócios turísticos no estado. “Entre as ações de 2015, posso citar a capacitação dos comerciantes informais do Centro Histórico de Salvador, em parceria com o Senac, e a entrega da Carta da Bahia ao Ministério do Turismo, um documento contendo as principais reivindicações do trade turístico baiano”, cita Avani. Atuando como um fórum consultivo, a câmara promove palestras e debates, propiciando o contato de seus integrantes com representantes do poder público. Administradora, Avani é membro da diretoria da Fecomércio-BA, do conselho do Senac e está à frente da empresa LR Turismo. Jovem Empresário Criada no final de 2014, a CJE representa e desenvolve os jovens empresários do comércio de bens, serviços e turismo, formando novas lideranças para o ambiente

empresarial e sindical da Bahia, provocando inovações no Sistema Fecomércio. Liderada pela jovem Laís Gramacho, de 28 anos, que é advogada e professora de Direito, a câmara já iniciou ações propositivas no âmbito da desburocratização e incentivo ao empreendedorismo. “Em 2016, o foco da CJE é divulgar, esclarecer, consolidar e interiorizar a participação dos jovens no sistema sindical, por meio da relação mais próxima com os sindicatos, incentivando tanto a participação de seus membros, como a participação de jovens ligados aos sindicados nas ações da câmara”, ressalta. Shoppings Centers A Câmara dos Empresários em Shoppings Centers foi iniciada em 2015 e tem como principal objetivo debater assuntos e defender os interesses dos empresários de shopping em Salvador, como por exemplo, a crise econômica que atinge o país. A câmara vem discutindo as dificuldades que os empresários estão enfrentando e estudando ações para junto aos donos de shopping centers, sindicatos patronais e comerciários, trazer soluções para o setor. Para o empresário Humberto Paiva, coordenador da câmara, o ano de 2016 será pontual para resolver pendências entre os sindicatos e comerciários. “Pretendemos nos aproximar dos sindicatos a fim de auxiliar na celebração de convenções coletivas que não possam impactar ainda mais nas finanças dos empresários e nem causar prejuízo aos colaboradores”, conta. Outro assunto que estará em pauta são as cláusulas contratuais. “Vamos sentar com as administradoras de shopping e discutirmos cláusulas contratuais que entendemos que, nos dias de hoje, estão ultrapassadas e abusivas. A economia mudou, estamos vivendo a pior crise desde 1931 e precisamos ajustar essa balança que está desequilibrada”, ressalta o coordenador. Humberto Paiva possui seis lojas em shoppings centers, no segmento de calçados infantis. No varejo há 22 anos, o empresário já passou pela presidência da Associação dos Lojistas do Salvador Shopping (ALSS). Reunião da Câmara de Turismo com o deputado federal Benito Gama

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DISTRITOS INDUSTRiAIS Prevista para entrar em vigor no próximo dia 01 de abril, a Lei estadual 13.462, que criou a taxa de gestão dos distritos industriais, só começará a viger a partir de 01 de agosto de 2016. A postergação foi resultado do entendimento entre o Governo da Bahia, a Fieb e a Fecomércio-BA. Memorando de compromisso nesse sentido foi assinado dia 4 de março, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pelo governador Rui Costa, pelo secretário Jorge Hereda, pelo presidente da Fieb, Ricardo Alban, e pelo presidente da Fecomércio, Carlos de Souza Andrade.

Créditos: César Vilas Boas

Representantes da Fecomércio-BA, FCDL, CDL e Sebrae no lançamento da liquidação

Carlos de Souza Andrade, Jorge Hereda e Ricardo Alban assinam memorando de compromisso

LIQUIDA SALVADOR 2016 No dia 24 de fevereiro, na Casa do Comércio, ocorreu o lançamento oficial da Liquida Salvador. O evento foi uma promoção da CDL e FCDL com apoio da Fecomércio-BA, Sebrae, Governo do Estado da Bahia e Prefeitura Municipal de Salvador. O consultor especializado em varejo, Luiz Alberto Marinho abordou as tendências apresentadas na última edição do Big Show da NRF (National Retail Fair) evento ocorrido em janeiro, em Nova Iorque (EUA), que é considerado o mais importante do mundo em inovação para o varejo. O encontro reuniu empresários, parceiros e convidados.

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CAMPANHA UNE COMÉRCIO E INDÚSTRIA A Fecomércio-BA e a FIEB realizaram em conjunto, no mês de janeiro, uma campanha nos meios de comunicação para lembrar aos empresários do comércio e da indústria do período de recolhimento da contribuição sindical patronal. A campanha reforçava a importância da contribuição como um investimento para o fortalecimento dos sindicatos e, por consequência, da representação do setor produtivo. Foi a primeira vez que as duas federações baianas se uniram numa mesma campanha sobre a contribuição sindical.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A Comissão Especial sobre Financiamento da Atividade Sindical, da Câmara dos Deputados Federais, realizou um seminário para debater questões ligadas à estrutura, financiamento e organização sindical no País. A Fecomércio-BA foi uma das entidades participantes e defendeu a contribuição sindical obrigatória como fundamental para a sustentabilidade do sistema sindical brasileiro. O debate foi solicitado pelo relator da comissão, deputado Bebeto (PSB-BA), com a finalidade de elaborar uma proposta que unifique os projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que tratam do tema. A comissão foi instalada em 1º de outubro do ano passado e tem como presidente o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).

ECONOMISTA DA CNC EM SALVADOR A Fecomércio-BA reuniu a imprensa de economia baiana em coletiva com o economista-chefe da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, na Casa do Comércio. Também esteve presente o consultor econômico da Federação baiana, Fábio Pina, da FFA Consultoria. O economista esclareceu os dados de janeiro/2016 da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. A aposta dos economistas é de que a população brasileira continue a enfrentar momentos difíceis em 2016, com taxas altas de desemprego, e que a retomada de crescimento está prevista só para 2017.

Carlos Thadeu de Freitas Gomes Economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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sindicatos

SINDICATOS DO INTERIOR JÁ COLHEM OS RESULTADOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Planejamento e estratégia são palavras chaves para toda empresa traçar um plano de ação eficiente e consistente. Com intuito de fortalecer e profissionalizar os sindicatos filiados à Federação, a Fecomércio BA investiu, em 2015, na elaboração do Planejamento Estratégico de 14 sindicatos do interior. Os resultados, previstos em um plano de ação que vai até junho desse ano, já estão começando a ser sentidos por algumas das entidades. Promovido em parceria com o Sebrae, a elaboração do Planejamento Estratégico foi realizada entre os meses de maio e agosto do ano passado. Cada sindicato estabeleceu suas próprias metas, com base numa analise prévia, respeitando seu nível de maturidade enquanto empresa. Segundo Cristina Maeda, Gerente de Relações Sindicais, um dos pontos mais enfocados pelos sindicatos foi a área de comunicação. “É imprescindível que os sindicatos saibam se comunicar efetivamente com seus parceiros e com os sindicalizados, principalmente para mostrar os trabalhos que já são desenvolvidos”, esclarece. Maeda ainda explica que as principais metas traçadas pelos sindicatos envolveram o fortalecimento do associativismo e a criação de novas lideranças. “É a primeira vez que uma iniciativa desse tipo é tomada no Sistema Fecomércio e, sem dúvidas, o Planejamento Estratégico traz inúmeros ganhos, a curto e a longo prazos, já que se trata de um plano sustentável. O momento não poderia ser mais oportuno, principalmente diante do cenário econômico do país. O associativismo deve ser fortalecido para que as instituições tenham cada vez mais representatividade”, afinca o presidente da Fercomércio-BA, Carlos de Souza Andrade. Resultados Desde 2015, quando o plano de ação do Sindicato do Comércio Varejista de Santo

Oficinas de Planejamento Estratégico em Santo Amaro e Santo Antônio de Jesus

Antonio de Jesus foi reformulado, a instituição passou a ser mais ativa, o que aproximou e atraiu mais os comerciários. Para Vicente de Paula, uma das ações sugeridas no planejamento estratégico é o esclarecimento e o real funcionamento de um sindicato. Os associados tem tido um excelente suporte para esclarecer dúvidas sobre setor jurídico, ações de RH, além de eventos e consultorias. “Hoje nós temos absoluta possibilidade de oferecer serviços e informações concretas através de um sindicato forte e eficaz. Tudo isso por conta do setor de comunicação que vem divulgando cada ação que pode beneficiar, auxiliar e conduzir os trabalhadores do comércio da cidade”, explica Vicente. Já o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro, Antônio Mário dos Reis, a estratégia foi colocar em prática todas as ações listadas no documento. “A diretoria tinha uma meta, que era de ganhar mais associados, e isso foi uma aquisição, pois nosso objetivo é conquistar os comerciários da cidade através da verdade e da confiança”, exalta Mario. Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2016

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INSIGHTS

República da Turquia

UM MUSEU DO HOMEM A Turquia não é um país. É um mapa. É o único país do mundo que já teve 12 capitais: Troia, Hattusa, Xanthos, Sardes, Pergamo, Amaseia, Bizâncio, Constantinopla, Bursa, Edirne, Istambul e Ancara hoje. De belos e estranhos nomes, viveram desde o começo dos tempos naqueles 780 mil km2 com hoje 65 milhões de habitantes. São uma enciclopédia da humanidade, herança de civilizações superpostas, desde o início dos tempos. Ali há marcas do homem 100 mil anos antes de Cristo. A Turquia é “o maior museu a céu aberto do mundo”. Cada cidade um pedaço de eternidade. Em cada canto um resto de civilização que se perdeu nas dobras da história e no sopro dos ventos, cobrindo de terra e tempo cidades e civilizações. Toda a história antiga girou em torno de brutais batalhas pela conquista de ligações de terras e mares, nos estreitos de Gibraltar, Peloponeso, Dardanelos, Bosforo. Hoje, entre a Europa e a Ásia há um novo estreito, feito de terra e chão, a Turquia. Toda ela é patrimônio histórico e cultural da humanidade. Ali a Grécia esteve durante séculos, o Império Romano deixou marcas e garras, a Mesopotâmia virou Europa, o Cristianismo viveu seus três primeiros séculos de perseguições e exílio e viveu seus três primeiros séculos de poder oficial. Ali a

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humanidade acendeu fogueiras eternas de cultura e sabedoria.Ali nasceram Homero o poeta, São Paulo o jornalista, Teles de Mileto, Pitágoras, Anaxímenes, Anaximandro, Ali ensinaram Platão e Apelikon. Ali Hipódromos criou o urbanismo Ali se fez a primeira Escola de Escultura. Ali Cleópatra e Marco Antonio se amaram. Quando Noé ancorou sua arca foi ali, no monte Ararat (5.165 metros). O Tigre e o Eufrates são dali. O templo de Artemisa e o Mausoléu de Halicarnasso estão (estavam) ali. Para se asilarem, Nossa Senhora e São João fugiram para lá e lá morreram. São Pedro falou ali, pela primeira vez, a palavra cristão. A gruta do patriarca Abraão, padroeiro dos judeus, era em Urfa, ali. E o manto, as espadas, uma carta, o estandarte, pelos da barba, dente e pegadas de Maomé estão ali. Ali houve uma biblioteca de 200 mil volumes, antes de Cristo, a mais importante do Império Romano. O terrorismo sangra a Turquia porque ela é o rosto da humanidade.

Sebastião Nery Experiente jornalista político há mais de 50 anos


CULTURA Créditos: Divulgação

Créditos: Divulgação

Teatro Sesc Senac Pelourinho

Boca Rosa

Cinco Homens e um Segredo

Programação Cultural Abril/2016 Cine Teatro Sesc Casa do Comércio CINCO HOMENS E UM SEGREDO

DE PERTO ELA NÃO É NORMAL

Desde o início dos tempos uma pergunta assombra os homens: “tamanho é documento”? Para pânico geral da nação masculina, a resposta ainda parece ser sim.

Na história, Maria Lúcia da Silva, nossa heroína, é a produtora do espetáculo que será apresentado. Com a demora da chegada da “atriz”, Maria Lúcia tenta entreter o público contando para a plateia a história da sua vida e ai percebemos o Data: 01, 02 e 03 de Abril quanto ela não é normal! Horário: Sexta e Sábado – 21h Dia: 15, 16 e 17 de Abril Domingo – 20h Horário: Sexta e Sábado – 21h Ingressos: Domingo – 20h Sexta: R$ 70,00 inteira / R$ 35,00 meia Entrada: Sexta: R$ 60,00 inteira Sábado e domingo: R$ 80,00 inteira R$ 30,00 meia R$ 40,00 meia Sábado: R$ 70,00 inteira Classificação: 16 anos R$ 35,00 meia Domingo: R$ 66,00 inteira Além da Vida R$ 33,00 meia Baseado em textos psicografados Classificação: 16 anos pelos médiuns Chico Xavier e Divaldo Franco, o espetáculo não se restringe ao BOCA ROSA espiritismo, pois, além da questão da vida após a morte, a peça também aborda, A peça contará a própria história dela, de forma sutil e reflexiva, assuntos de menina de origem simples ao sucesso polêmicos e contemporâneos como que transformou a sua vida. Ansiosa com aborto, drogas, suicídio, racismo, família, a novidade, ela compartilha a informação amizade, fraternidade, orientação sexual com todos os seus fãs nas redes sociais, e livre arbítrio. mas entra em desespero ao perceber que a data de estreia se aproxima e que o Data: 08, 09 e 10 de Abril Horário: 21h (Sexta e Sábado) 20h (Domingo) Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) Classificação: 14 anos

texto ainda não está pronto.

Data: 16 e 17 de Abril Horário: Sábado – 18h Domingo – 17h Ingressos: R$ 80,00/40,00 (plateia) R$ 70,00/35,00 (balcão) Classificação: Livre

Show da Orquestra SpokFrevo(PE) O espetáculo consiste no lançamento do álbum Frevo Sanfonado da SpokFrevo Orquestra, uma big band de Jazz/Frevo pernambucana conhecida e reconhecida internacionalmente sob o comando da batuta do maestro Spok. Dia: 09 de abril (sábado) Horário: 20h Entrada: R$40 e 20 Duração: 1h30

1ª etapa Palco Giratório Flor de Macambira é uma festa popular com música, comicidade, cor e teatralidade que conta a história da jovem Catirina, a mais bela flor da Fazenda Macambira, que sucumbe aos vícios e tentações mundanas e, para salvar-se a si e a seu amado, mergulha nas profundezas de sua alma. Dia: 15 de abril (sexta) Horário: 19h Entrada: Gratuito Duração: 58 minutos Classificação: Livre Local: Farol da Barra

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dois dedos de prosa

Cenas da peça teatral “Why the horse?”

A PANTERA DOS PALCOS Grande homenageada do Palco Giratório, 2016, a atriz Maria Alice Vergueiro discute a morte como só um artista é capaz no seu novo trabalho teatral “Why the horse?”. Aos 81 anos, 50 dedicados ao teatro, Maria Alice vai rodar o Brasil com a peça durante todo o ano e esteve em Salvador para o lançamento do Palco Giratório.

Qual a grande questão da peça? Que momento destacaria? “O que eu acho interessante é que, mesmo quando eu estou lá no velório, eu não fico propriamente querendo imitar a morta. Eu gosto de me tornar acessível às pessoas que vão me ver, que vão perto, que às vezes cantam músicas no meu ouvido”.

Pedagoga e professora, Vergueiro integrou o Teatro Oficina, participou de suas montagens mais radicais (O Rei da Vela), fundou o irreverente grupo Ornitorrinco (com Cacá Rosset), interpretou as principais peças de Brecht (Mãe Coragem) e fez um extraordinário Beckett (Katastrophé, 1986), elogiado por críticos do porte de Alfredo Mesquita (1907-1986), que classificou sua atuação na peça de “espantosa”.

Como está sendo participar do Palco Giratório esse ano? “A expectativa é muito grande. Me sinto honrada de participar de algo tão grandioso, que vai chegar a todo Brasil e ao lado de companheiros tão queridos. Tenho aprendido muito e tido um troca muito prazerosa com todos que estão envolvidos nessa iniciativa”. Como foi a expectativa para iniciar o projeto em Salvador? “Não ia a Salvador desde 1988, estava com saudades. A Bahia é uma terra de muitos talentos e muito rica culturalmente em todos os sentidos. Não consigo pensar em um jeito melhor de começar a viagem pelo Brasil, estou muito feliz”.

“Why the horse” surge após uma internação de seis meses no hospital, o que instigou Maria Alice a refletir sobre seu momento. No roteiro, criado pelo grupo Pândega, companhia de Teatro da qual a atriz faz parte, Vergueiro reconhece seu próprio e natural receio diante do fim.

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SALVADOR 467 anos O Comércio é parte dessa história!

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