3 minute read

Turismo

Next Article
Entrevista

Entrevista

Museu do Mar Aleixo Belov fica localizado no Largo do Santo Antônio Além do Carmo.

Salvador ganha o Museu do Mar Aleixo Belov

Advertisement

Espaço funciona no centro histórico da capital baiana e é atração imperdível para turistas

por Lívia Montenegro

Os turistas e moradores de Salvador que são apaixonados por viagens não podem perder a rica experiência de conhecer o mais novo ponto turístico do Centro Histórico de Salvador, o Museu do Mar Aleixo Belov. Localizado em um casarão amarelo de três andares no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, que mistura arquitetura clássica com moderna, o equipamento guarda relíquias adquiridas pelo velejador Aleixo Belov durante suas cinco viagens ao redor do mundo, sendo três delas sozinho no veleiro “Três Marias”. Essa embarcação, que foi construída pelo próprio comandante em 1976, é o pilar central do museu. O velejador começou a sonhar com o espaço cultural em 2018 e, desde então, selecionou as peças que estão à disposição do público que quer conhecer mais detalhes sobre a navegação e outras culturas. Quem visita o museu tem acesso a relíquias trazidas da Polinésia, da Austrália, da Índia e de alguns países africanos.

"Todos nós vamos morrer um dia, mas não queria que meu acervo se perdesse. Por isso, nasceu a ideia do Museu do Mar. Ele serve para quem quer aprender a navegar e amar o mar”, salienta Belov, que revela: “Tudo que usei para dar as voltas ao mundo está no museu, como o veleiro ‘Três Marias’, as cartas náuticas e os aparelhos de navegação”. Ele acredita que o público terá uma experiência única ao visitar o equipamento, que é o primeiro do gênero na capital baiana.

Ao todo, o espaço cultural tem 540 metros quadrados de exposição permanente, com o legado de Belov, e 110 metros quadrados para exposições temporárias, além de um bar e cafeteria na área interna do museu. O projeto museológico, que inclui uma sala de projeção de filmes, é assinado por Heloísa Helena Costa. Já o arquitetônico ficou sob responsabilidade de Joaquim Gonçalves.

Horário de funcionamento

O museu é administrado pela fundação que leva o nome do velejador e funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O ingresso custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Crianças de até 5 anos não pagam. Nas quartas, o acesso é gratuito. Quem mora no bairro Santo Antônio Além do Carmo também pode entrar gratuitamente no local.

Aleixo tem 79 anos e já realizou cinco voltas no mundo.

Nascido na Ucrânia, o comandante Aleixo Belov veio ao Brasil ainda criança com os pais, que fugiam da Segunda Guerra Mundial. Por aqui, escolheram a Bahia como novo lar. Criado tendo a Baía de Todos-os-Santos como inspiração, Belov se encantou pela navegação. Tanto que, na juventude, já fazia viagens pelos oceanos acompanhando outros velejadores renomados, como narra no livro “Minhas viagens com outros comandantes”, lançado em setembro deste ano. Com o conhecimento adquirido, começou a navegar pelo mundo com o veleiro “Três Marias”, com o qual deu três voltas ao mundo: só ele e os oceanos. Por conta desse feito, ganhou um diploma da Marinha do Brasil por ter sido o primeiro a dar uma volta ao mundo sozinho em uma embarcação com a bandeira brasileira.

Mas não parou por aí. O comandante, que recebeu o título de Cidadão Soteropolitano em outubro de 2021, queria também compartilhar esse conhecimento com as novas gerações. Para isso, construiu o veleiro-escola “Fraternidade” e convidou tripulantes, com idade entre 18 e 30 anos, para compreender as lições do mar.

Todas essas experiências renderam outros oito livros escritos por Belov e que narram o ofício do mar e as histórias dos povos que conheceu durante as voltas ao planeta. As obras também estão disponíveis no Museu do Mar.

Sobre Aleixo Belov

O veleiro “Três Marias” acompanhou Belov em três voltas ao redor do mundo.

This article is from: