Revista Fecomércio-BA - Edição 15

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Revista do Sistema Fecomércio-BA

| edição 15 | Junho 2017

ALÉM DO HORIZONTE O que a liberação do FGTS significa para o comércio e o cenário econômico brasileiro

PASSOS CERTOS ENTREVISTA

Cid Moreira: A trajetória profissional da voz mais famosa do Brasil Campus Party coloca a Bahia no roteiro mundial da tecnologia e dos games


a com e agor Renov

10% o.*

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de de

ANÚNCIO Salvador e região metropolitana:

Casa do Comércio - (71) 3273-9821/49 Camaçari - (71) 3627-5539

Secovi - (71) 3272-7272

TRT Comércio - (71) 3284-6806

Demais municípios: Alagoinhas - (75) 3422-5493

Porto Seguro - (73) 3288-4443

Barreiras - (77) 99187-0495 / 3612-5122

Ribeira do Pombal - (75) 3276-3884

Feira de Santana - (75) 3223-3133/3603-8538

Santo Antônio de Jesus - (75) 3632-8832

Ilhéus - (73) 3231-4500 / 3634-6622

Senhor do Bonfim - (74) 3451-9436

Irecê - (74)3641-3207

Teixeira de Freitas - (73) 3291-8000

Jacobina - (74) 3621-9292

Valença- (75) 3641-3320

Paulo Afonso - (75) 3281-4488

Vitória da Conquista - (77) 3422-1233

*Desconto válido para renovação de Certificado pessoa jurídica ou para primeira renovação de Certificado pessoa física.

www.fecomercioba.com.br


MENSAGEM DO PRESIDENTE Chegamos ao fim do primeiro semestre com um cenário ainda confuso e cheio de incertezas. Porém, o setor produtivo continua firme na direção de retomar o crescimento econômico sustentável e seguro que o país precisa para sair da crise. Na capa desta edição, trazemos uma reportagem especial sobre os impactos da liberação do FGTS no comércio baiano. A medida foi um ganho importante para o varejo, mas sinaliza a necessidade de mais ações para apoiar o pequeno e médio empresário brasileiro. São esses empresários, em sua maioria atuando no segmento do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que empregam a maior parte da população brasileira e que ainda precisam de mais políticas públicas de fomento. Políticas que podem vir com medidas de concessão de crédito através de programas de subsídios e de refinanciamento de dívidas, por exemplo. Afinal, as empresas precisam voltar a gerar empregos. Em nossa publicação, mantemos o compromisso de gerar um ambiente de debate com temas do interesse do empresário e do setor produtivo, por isso, trazemos uma matéria sobre o desligamento do sinal analógico de TV aberta em Salvador e mais de 19 cidades baianas. Um garimpo especial traz opções de compra de televisões digitais e kits com conversor digital.

Carlos de Souza Andrade Presidente do Sistema Fecomércio-BA

Celebramos também a realização da Campus Party, maior evento de tecnologia do mundo, que será realizado em Salvador, em agosto. No ambiente do Sistema Fecomércio-BA, continuamos a série de matérias sobre o legado deixado pelo Senac, dessa vez destacando o impacto no mercado de moda local. No Sesc, a parceria de sucesso com a TV Bahia chega ao segundo ano e o Circuito de Corridas ganha força no interior baiano. Por fim, destaco a bela entrevista com o grande Cid Moreira. Em 90 anos de vida, o mestre da voz nos brindou com sua presença marcante e ensinamentos que valem muito a pena conferir! Boa leitura!

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SUMÁRIO foto: divulgação

Liberação do FGTS de contas inativas injeta recursos na economia e apoia empresários na retomada das vendas no varejo

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ENTREVISTA p.06

GARIMPO p.13

Diretor da Campus Party Brasil conta os detalhes da edição histórica, que acontece em agosto na Arena Fonte Nova.

Saiba como se preparar para a chegada da TV Digital em Salvador e mais 19 cidades baianas

SENAC p.10

SESC p.24

Curso de Estilismo e Produção de Moda do Senac é um marco na revelação de talentos baianos.

Circuito de Corrida e Caminhada celebra dois anos da parceria com a TV Bahia e aposta na interiorização.

SEJA DIGITAL p.11

PASSOS CERTOS p.25

Conheça os detalhes do desligamento do sinal analógico de TV aberta e os impactos no comércio local.

Do Jornal Nacional à Bíblia: Cid Moreira empresta sua voz e sua credibilidade a projetos de sucesso em mais de 60 anos de carreira.

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EXPEDIENTE CAPA p.16

Entenda os impactos da liberação do FGTS na economia brasileira e da Bahia.

Presidente da Fecomércio-BA

Carlos de Souza Andrade Vice-Presidentes

1º Kelsor Gonçalves Fernandes, 2º José Carlos Moraes Lima, 3º Benedito Vieira dos Santos, Carlos Fernando Amaral, Francisco de Assis Ferreira, Isaque Neri Santiago Neto, Luiz Fernando Coelho Brandão, Marcos Antonio Lamego Mendonça, Roberto Brasileiro Lima Diretores-Secretários

1º Juranildes Melo de Matos Araújo, 2º Herivaldo Bittencourt Nery, 3º João Luiz dos Santos Jesus Diretores-Tesoureiros

1º Arthur Guimarães Sampaio, 2º Antonio Augusto de Oliveira Lopes e Costa, 3º Antonio Chaves Rodrigues Diretores

Américo Soares Sales Campos, Ana Lúcia Dias dos Santos, Antonio Pithon Barreto Neto, Avani Perez Duran, Carlos Alberto Souto Silva, Cíntia Freitas Lima Modesto, Claudênio Barbosa de Souza, Edvaldo Lima de Oliveira, Hilton Morais Lima, Jesonias Telles Bastos, João Arthur Prudêncio Rêgo, Marcelo Ferraz Nascimento, Maria da Conceição Gomes Cardoso Valente, Maria José Carneiro Lima, Raimundo Jorge Dresselin, Sérgio da Silva Sampaio Geraldo Cordeiro de Jesus, Enzo Augusto Lomanto Souza Andrade Superintendente da Fecomércio-BA

Paulo Studart Sesc Bahia

Senac Bahia

Presidente do Conselho

Presidente do Conselho

Carlos de Souza Andrade

Carlos de Souza Andrade

Diretor Regional

Diretora Regional

José Carlos Boulhosa Baqueiro

CURTAS p.09 INSIGHTS por ACM Neto

Salvador 360: Cidade pronta para o salto econômico

p. 14

por Luis Felipe Pezzi

Segurança cibernética: preocupação restrita à área de TI ou de cada um de nós?

p. 21

por Vinicius Rego

Os novos hábitos de compra no Brasil

p. 27

CULTURA p.29 O sucesso dos 20 anos de Palco Giratório

REALIZAÇÃO

Marina Almeida

Gerente de Marketing Marcos Maciel

Coordenadora de Comunicação

Estagiário Marketing Abel Marcelino, João Lucas

Estagiária Comunicação Alice Santiago

Délia Coutinho

Produção Editorial e Diagramação Comunicativa Agência de Comunicação Revisão Moisés Brito Tiragem 3.000 exemplares

Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindal), Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindalimentos), Sindicato do Comércio Atacadista de Materiais de Construção da Cidade do Salvador (Sindamac), Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos da Cidade do Salvador (Sincamed), Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região (Sicomércio Camaçari), Sindicato do Comércio Atacadista de Salvador (Sindacs), Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Armarinhos e Vestuário da Cidade do Salvador (Sindtav), Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares da Cidade do Salvador (Sindbeleza), Sindicato do Comércio Armazenador do Estado da Bahia (Sindarmazenador), Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas), Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado da Bahia (Sirceb), Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador (Sindfeira), Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado da Bahia (Sincodiv), Sindicato do Comércio Varejista e dos Feirantes de Jequié (Sicomércio), Sindicato do Comércio Varejista de Irecê e Região (Sincom), Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos de Eletrodoméstico da Cidade do Salvador (Sindeletro), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Antônio de Jesus (Sincomsaj), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Ribeira do Pombal e Região (Sincomvrpr), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat), Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomfs), Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região (Sicomercio Alagoinhas), Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (Sindescobrimento), Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis da Cidade do Salvador (Secovi-BA), Sindicato do Comércio de Vitória da Conquista (Sicomerciovc), Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomercio Ilheús), Sindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso e Região (Sinpa), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro (Sindcom), Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes e dos Vendedores Ambulantes de Ilhéus (Sicovfamil), Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba), Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-BA). Sindicato do Comércio Varejista de Teixeira de Freitas (Sincomércio Teixeira de Freitas), Sindicato do Comércio Varejista de Juazeiro (Sindilojas Juazeiro), Sindicato do Comércio Varejista de Eunápolis (Sindicomércio Eunápolis), Sindicato do Comércio Varejista do Município de Itabuna (Sindicom Itabuna). Contatos e sugestões: 71 3273-9820 comunicacao@fecomercioba.com.br www.fecomercioba.com.br Avenida Tancredo Neves, nº 1.109, Ed. Casa do Comércio, 9º andar, Pituba. CEP: 41820-210 Salvador - Bahia - Brasil

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ENTREVISTA

REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS A Campus Party é o maior acontecimento do mundo na área de tecnologia e inovação. Pela primeira vez na Bahia, o evento acontece entre os dias 9 e 13 de agosto na Arena Fonte Nova. Para saber mais sobre a realização da iniciativa no estado, conversamos com Tonico Novaes, diretor-geral da Campus Party Brasil. Na entrevista, além de apresentar o panorama do evento, Tonico também fala de como a tecnologia cada vez mais tem buscado alternativas para melhorar a sociedade e incentivado o empreendedorismo. SF - Quais as expectativas para a realização da Campus Party na Bahia pela primeira vez? TN - As expectativas são as melhores. Nós já estamos com sold out de barracas, e já está se aproximando do sold out de ingressos na Bahia. Essa tende a ser maior edição já realizada de uma Campus Party fora de São Paulo, maior inclusive da que foi realizada em Recife, que já teve cinco edições. Então nós estamos muito felizes e com a expectativa bem elevada porque o público da Bahia reagiu super positivamente. SF - Qual o tipo de público esperado no evento? TN - É um público Geek. A Campus é um encontro de várias comunidades, de diversos pilares, como entretenimento, empreendedorismo, ciência, criatividade, inovação. É um público muito engajado digitalmente e a ideia é que a gente consiga reunir esse público jovem - eu costumo brincar que é um jovem de 18 a 90 anos – porque não importa a idade cronológica do público e sim o espírito de inovação, de querer mudar o futuro, de trazer soluções para um melhor convívio da sociedade, para que a gente tenha um mundo cada vez melhor, onde os robôs vão estar coexistindo com os humanos. Pessoas que, às vezes, nem conhecem muito de tecnologia, mas querem ter um contato com esse mercado, também são bem vindos à Campus Party e vão conseguir desfrutar. Temos inclusive a Arena Open, que é uma área gratuita, e tendemos a receber lá cerca de 60 mil pessoas nos quatro dias de evento.

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ENTREVISTA

SF - O perfil de usuários de tecnologia no Brasil ainda é predominantemente jovem. Diante disso, como os pais podem acompanhar as mudanças e inovações tecnológicas vivenciadas pelos filhos? TN - Hoje, nós estamos vivenciando a Revolução Digital com o advento da internet e da economia criativa e da economia disruptiva. Pela primeira vez na história, a gente está vivenciando um momento em que os filhos ensinam os pais e os avós. Hoje em dia, essa meninada que nasceu na década de 90 e começo desse século é uma geração altamente influenciadora dentro de casa. São eles que influenciam os pais, as mães, os avós, a escolher qual produto vão comprar, que tipo de geladeira, automóvel, celular, computador. E como eu disse, esse é um evento para um público de 18 a 90 anos e a dica que eu daria para as pessoas mais velhas é: vá com o seus filhos e netos, com a família toda, pois a Campus Party é o local onde todos podem curtir as inovações de tecnologia de forma bem democrática para que possamos juntos encontrar qual vai ser a melhor convivência do ser humano com o robô nas próximas décadas. SF - Qual a importância da realização de eventos como a Campus Party? TN - A Campus Party não é um evento, não é uma feira, a Campus Party é um acontecimento. Ela é um encontro de jovens que vem para trocar experiências, para receber e passar aprendizado e acaba deixando muitos legados na parte de empreendedorismo, educação, inovação. Com a Campus Party, a gente consegue trazer um aquecimento do ecossistema. Exemplos disso podem ser vistos em Recife, que teve um impulso do porto digital após a nossa ida. A ideia de irmos para a Bahia é para que possamos impulsionar cada vez mais os parques tecnológicos em todo o estado. A Campus Party traz um legado, aquece o ecossistema de empreendedorismo, aquece o investimento nas start-ups, entre uma série de iniciativas que são muito importantes para a sociedade e também para esses jovens empreendedores nas próximas décadas.

TONICO NOVAES

Tonico Novaes é o diretor-geral da Campus Party Brasil. Formado em Administração com ênfase em Eventos pela Universidade Anhembi Morumbi, acumula cerca de 20 anos de experiência nos mercados de entretenimento e eventos. Atualmente, também ocupa a função de diretor de novos negócios da MCI Brazil, empresa integrante do MCI Group, presente em 31 países e especializado em produção, organização e gestão de eventos corporativos.

CONHEÇA MAIS SOBRE A CAMPUS PARTY: Em 2017, além de Salvador, a Campus Party passou por São Paulo e Brasília no 1º semestre, e chega a Pato Branco (PR) em outubro. As vendas dos ingressos com camping individual e duplo já foram esgotadas. Essa modalidade permite que os participantes - chamados de campuseiros tenham acesso a todas as atrações do evento, além de poderem acampar no local durante todos os dias. A venda de ingressos (sem barraca) já está no 2º lote. A partir de julho, inicia a venda do último lote. As informações podem ser acessadas no site brasil. campus-party.org. A Campus Party celebrou dez anos em 2017. A edição comemorativa que ocorreu em São Paulo, em janeiro, contou com 750 horas de atividades, recebeu oito mil campuseiros e um público estimado de 80 mil pessoas. Para a edição em Salvador são esperados oito mil campuseiros e 40 mil visitantes.

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PANORAMA

REFORMA GERA CRESCIMENTO Para sair da crise em que o Brasil foi jogado pela Nova Política Econômica do governo Dilma Rousseff, o governo precisava adotar medidas complexas, fazer o ajuste fiscal, cortar os gastos do governo, reduzir benefícios e incentivos, modernizar a legislação trabalhista e fazer a reforma da previdência. Essas soluções são necessárias e não há exemplo histórico de país que tenha conseguido sair de uma crise de grandes proporções como a nossa, sem reformas estruturais. O melhor exemplo disso talvez seja a Espanha que em 2012 atingiu o clímax de uma crise que fez sua economia despencar e a taxa de desemprego atingir quase 24% da população ativa. Então, em plena crise, a Espanha mudou seu destino implantando um programa de reformas cujo eixo era a flexibilização das relações trabalhistas, a redução dos gastos do governo, o aumento da competitividade e o estímulo ao investimento. A Espanha não tinha outra saída, pois não bastava o ajuste fiscal para fazer o país voltar a crescer, era preciso baixar os juros, ou desvalorizar sua moeda, para dar competitividade aos produtos espanhóis, mas a Espanha não tem moeda própria para desvalorizar, o que aumentaria as exportações, e não pode baixar os juros, para aumentar a demanda doméstica, pois eles são regulados pela União Europeia. Então o país ibérico fez o que parecia impossível, uma desvalorização interna da taxa de câmbio, ou seja, fez com que os

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preços em euros dos bens produzidos na Espanha fossem reduzidos, o que foi feito com uma reforma trabalhista. Resultado: após uma brutal recessão, já em 2014 a economia cresceu 1,4% e em 2015 o incremento foi de 3,2%. Em 2016, o PIB espanhol também registou novamente um crescimento de 3,2%, e este ano continua crescendo, caracterizando um ciclo virtuoso de crescimento econômico. O reflexo no emprego se deu logo a seguir e a taxa de desemprego, que estava em 24%, caiu para caiu a 18,6% no quarto trimestre de 2016, o nível mais baixo em mais de sete anos. O Brasil está reduzindo sua taxa de juros e fazendo um ajuste fiscal, agora precisa fazer a reforma previdenciária e a flexibilização da legislação trabalhista. As medidas de ajuste fiscal estão dando certo, a inflação foi contida e o PIB cresceu 1% no 1o trimestre de 2017. Se fizer a flexibilização das leis trabalhistas, a economia vai crescer muito mais e a taxa de desemprego vai cair. Ou seja, reforma é sinônimo de crescimento.

Então, em plena crise, a Espanha mudou seu destino implantando um programa de reformas cujo eixo era a flexibilização das relações trabalhistas, a redução dos gastos do governo, o aumento da competitividade e o estímulo ao investimento.

Armando Avena Escritor, Economista, Professor da Ufba, Membro da Academia de Letras da Bahia e editor e diretor do site Bahia Econômica


CURTAS foto: fecomércio

Delegação baiana no maior evento do sindicalismo patronal do comércio.

CONGRESSO DE SINDICATOS EMPRESARIAIS

O Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que ocorreu em maio, reuniu representantes sindicais do setor terciário de todo o Brasil, em João Pessoa. Na sessão de abertura, o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, fez um apelo para que os líderes empresariais mobilizem suas bases em apoio às reformas essenciais para a retomada do desenvolvimento do país. A Fecomércio-BA marcou presença com uma das maiores delegações do Nordeste, contando com 54 participantes. O presidente da Federação, Carlos de Souza Andrade, participou do painel que discutiu o tema “Reforma Trabalhista e Valorização da Negociação Coletiva”, junto com o professor e consultor da CNC, José Pastore, e o presidente da Fecomércio-RS, Luís Carlos Bohn. Outro integrante da delegação baiana, o presidente do Sindilojas, Paulo Motta, coordenou o painel “Fonte de Custeio da Atividade Sindical”, que é um dos desafios do sindicalismo frente às medidas propostas na reforma trabalhista.

EM DEFESA DO CONTRIBUINTE A sinergia entre o setor empresarial e o poder legislativo deu a tônica do encontro entre os presidentes da FecomércioBA, FIEB, FCDL, ACB e Fórum Empresarial da Bahia com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA), Angelo Coronel (PSD), e parlamentares. O motivo foi a entrega da minuta do Código de Defesa do Contribuinte Estadual, um trabalho feito pelas entidades produtivas com o fim de garantir segurança jurídica às relações entre o Fisco Estadual e os contribuintes, ditando direitos e deveres de ambas as partes e facilitando o cumprimento das obrigações tributárias. A aplicação do conjunto de leis já é uma realidade em 10 estados brasileiros, entre os quais Pernambuco e Ceará. O presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, disse que o novo Código vem a ser uma medida importante em tempos de crise. “Além de simbolizar a integração que almejamos entre o setor produtivo e o poder legislativo, a aprovação do Código do Contribuinte Baiano vai beneficiar os empresários e, consequentemente, toda a sociedade”.

foto: acba/divulgação

Presidente da ALBA recebeu líderes do setor produtivo.

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SENAC

A ARTE DE APRENDER E EMPREENDER

em grande

estilo

Carol Barreto: talento revelado pelo Senac

fotos: divulgação

Desenvolver tendências e conceitos em sintonia com o mercado atual e habilitar profissionais em pesquisas e criação de imagem da moda, além de planejar, organizar e orientar eventos na área. Esses são os principais objetivos do curso de Estilismo e Produção de Moda do Senac, que possui cerca de um ano de duração. Inicialmente lançado na unidade Senac Aquidabã, o curso tem previsão para ser reaberto no mesmo local, em agosto deste ano, com uma proposta mais ampla e inovadora. “Percebemos que o mercado passou por grandes mudanças, novos hábitos de consumo e perfis, novos nichos, conceitos, além de novas relações entre marca e cliente. Lidar com este moderno cenário é o grande desafio”, explica a consultora de moda e instrutora do curso, Phaedra Brasil.

O ex-aluno Jeferson Ribeiro já tem marca própria e vive das suas criações

O curso técnico será dividido em Produção de Conteúdo de Moda, Produção de Imagem de Moda e Visual Merchandising. Estas três abordagens irão proporcionar reflexões quanto ao uso e aplicação de estratégias e conceitos. “O Senac sempre fomentou o empreendedorismo, o que fez com que os nossos alunos se tornassem referências no estado, atuando como pesquisadores, produtores, estilistas, figurinistas, consultores e criadores de marcas autorais”, afirma Farani Gama, gerente da unidade Senac Aquidabã. Entre 2002 e 2006, formaram-se cinco turmas e 125 profissionais, em sua maioria mulheres. Uma delas é Carol Barreto, que elabora produtos e imagens de moda a partir de reflexões sobre as relações étnico-raciais e de gênero. A profissional pesquisa a relação entre Moda e Ativismo Político e construiu um trabalho de visibilidade internacional nas passarelas de Dakar, Paris e Luanda e galerias de artes em Chicago e Toronto. Nas passarelas, desfilou coleções em eventos de moda em Salvador, Recife e Fortaleza e conquistou alguns prêmios. Atualmente, é professora adjunta do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade - FFCH – UFBA e doutoranda no Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade – IHAC – UFBA.

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Jeferson Ribeiro também é ex-aluno do curso, que lhe propiciou uma base de pesquisa em Design e Criação. “Pude vivenciar todo o processo em sala de aula de forma prática e, logo depois, já estava no mercado atuando. Hoje, continuo trabalhando com moda, crio coleções para a minha marca homônima, presto consultoria para outras marcas, assino imagem de desfiles e faço Gestão de Produto e Marketing. Foi uma ótima escolha iniciar a minha trajetória no Senac”, conclui.

Informações sobre inscrições nos cursos de Moda do Senac: (71) 3186-4000 / www.ba.senac.br


ESPECIAL

DESLIGAMENTO DO SINAL ANALÓGICO DE TV PODE SER UMA GRANDE OPORTUNIDADE PARA ATRAIR CLIENTES E AMPLIAR FATURAMENTO A campanha sobre o desligamento do sinal analógico de TV está se espalhando pela região metropolitana de Salvador. A mensagem é de urgência: todos devem preparar suas residências porque, a partir de 27 de setembro, os canais abertos de televisão serão transmitidos apenas pelo sinal digital. A notícia é real e vai impactar 100% da população, independentemente da renda ou da classe social, pois todos os televisores precisam de uma antena digital. E quem tiver em casa um televisor fabricado até 2010, também vai precisar de um conversor. Mas como e por que essa mudança pode trazer benefícios para seus negócios? Para quem atua no setor de eletrônicos, a oportunidade é mais clara: vender conversores, antenas e televisores. Para quem atua em qualquer outro setor, a oportunidade está no diálogo com seus clientes e na oportunidade de se tornar um parceiro deste processo. De acordo com o Diretor de Negócios e Operações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, e também coordenador da Câmara de Empresários em Shopping Centers da Fecomércio-BA. Felipe Sica, "a migração irá aquecer as vendas e impactar positivamente o comércio nesse setor". A Seja Digital é a instituição não-governamental e sem fins lucrativos responsável por operacionalizar a migração do sinal analógico para o sinal digital da televisão no Brasil. Criada por determinação da Anatel, tem como missão garantir que a população tenha acesso à TV Digital, oferecendo suporte didático, desenvolvendo campanhas de comunicação e mobilização social e distribuindo conversores e antenas digitais para as famílias cadastradas em programas sociais do Governo Federal.

Para alcançar estes objetivos, a Seja Digital faz uso de diversas estratégias para se aproximar e manter-se próxima de todos os públicos. O setor varejista tem o potencial de exercer um papel chave neste processo. É o caso da rede Guaibim que já firmou parceria, passou a exibir o Selo Amigo do Digital e está apta a ajudar os seus clientes na escolha dos equipamentos adequados para cada caso. As lojas da rede exibem banners informativos, vídeos e mensagens de áudio no sistema de som local. Outra rede que pretende aproveitar a oportunidade é a Casas Bahia. "O desligamento do sinal analógio vai movimentar positivamente vários segmentos, inclusive o varejo. É uma demanda nova que surge e a Casas Bahia se preparou para auxiliar os consumidores durante esse processo. Já temos disponível nas nossas lojas conversores digitais com preço competitivo, entre R$ 99 e R$ 129, além dos televisores e kits antena com receptor digital. Nos últimos meses, a procura pelo equipamento cresceu e a nossa expectativa é que essa busca se mantenha em alta", explica Romeu Fraga, gerente regional da Casas Bahia no estado. A oportunidade também é muito boa para pequenos comércios de bairro, como padarias, farmácias, mercearias e também lojas de eletroeletrônicos. Ao firmar parceria com a Seja Digital, os funcionários do estabelecimento recebem um treinamento que os habilita a passar para os seus clientes informações sobre a migração do sinal e o que fazer para se preparar. O comerciante que se interessar pela parceria, deverá entrar em contato com o escritório regional da Seja Digital através do email camila.godinho@sejadigital.com.br para mais informações.

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ESPECIAL O POR QUÊ DA MIGRAÇÃO

POR QUE SER DIGITAL?

O desligamento do sinal analógico de TV vai liberar a faixa dos 700 MHz para que operadoras de telefonia móvel possam expandir o acesso a dados móveis pelo 4G. Esta é uma das tecnologias para telefonia móvel mais avançadas e que as operadoras estão ampliando e oferecendo no Brasil. O 4G permite que dispositivos como celular, smartphone, laptops e tablets acessem a internet com velocidades muito mais rápidas e a cobertura do sinal em ambientes fechados é muito melhor, quando usada a faixa de 700 MHz. Esta tecnologia móvel vai favorecer todo mundo, seja o cidadão que usa seu smartphone para se divertir com vídeos, músicas e redes sociais, ou para os estudantes, empresários e empreendedores que precisam acessar a internet de qualquer lugar com rapidez e qualidade.

O sinal analógico de TV é uma tecnologia antiga que vem sendo substituída pelo sinal digital em todo o mundo. Mais de 60 países já concluíram este processo e mais de 50 estão passando por este processo de evolução neste momento. No Brasil, até dezembro de 2018, mais de 1300 cidades terão a programação dos canais abertos de televisão transmitidos apenas pelo sinal digital. A qualidade de transmissão é melhor e o sinal não oscila, o que significa o fim dos chuviscos e “fantasmas”, proporcionando imagem e som equivalente aos do cinema. Outro benefício é a interatividade que alguns canais podem oferecer, como informações de bastidores, galerias de imagens, ofertas de produtos, previsão do tempo e notícias em texto.

VOCÊ JÁ É

DIGITAL?

Saiba se a sua casa já está preparada ou se será necessário providenciar mudanças para continuar assistindo os canais abertos de televisão:

ANTENA

Nem toda antena consegue captar o sinal digital de televisão. A antena deve ser UHF e a recomendação da Seja Digital é que o modelo seja externo, instalado no telhado da casa. Em prédios residenciais, é importante a instalação de uma antena coletiva.

TELEVISOR

Se o aparelho for uma televisão de tubo, será necessário instalar um conversor de sinal. Se o televisor for de tela fina e não tiver o conversor embutido, também precisará de um conversor de sinal. Para ter certeza se o televisor já tem o conversor embutido, consulte o manual do fabricante.

MOBILIZAÇÃO SERÁ INTENSA NOS BAIRROS DA CAPITAL E NAS CIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA Além de Salvador, o desligamento irá acontecer em mais 19 municípios: Aratuipe, Cairu, Camaçari, Candeias, Dias D´Avila, Itaparica, Jaguaripe, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Maragogipe, Nazaré, Salinas da Margarida, Santo Amaro, São Francisco do Conde, São Sebastião de Passe, Saubara, Simões Filho, Terra Nova e Vera Cruz. A Seja Digital irá realizar ações de mobilização nesses locais durante todo o período de migração. Serão 90 pontos de aconselhamento

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(PDAs) espalhados pelos municípios, 23 PDRs (pontos de retirada) dos kits gratuitos, além de ações em parceria com escolas municipais, ONGs de coleta de lixo eletrônico e cursos de capacitação de antenistas. Serão meses de atividades onde o assunto TV Digital estará em pauta em todos os setores da sociedade. E o empresariado pode e deve ficar antenado para garantir oportunidades de negócios e de relacionamento com o seu cliente.


GARIMPO

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INSIGHT

SALVADOR 360: CIDADE PRONTA PARA O SALTO ECONÔMICO Em janeiro de 2013, quando subi investimentos de recursos públias escadarias do Palácio Thomé cos em infraestrutura e turismo. de Souza para administrar a primeira capital brasileira, meu Com o Salvador 360, com certeprincipal foco era colocar ordem za, vamos colocar Salvador num na casa e nas finanças, garantindo patamar nacional e internacional o funcionamento dos serviços púde competitividade ao longo dos blicos. Feito o dever, começamos próximos quatro anos. O primeiro a inovar, gastando mais com o eixo do Salvador 360, de um total cidadão e menos com a máquina, de oito que compõem o programa, para recuperar a autoestima dos ataca um dos maiores problemas soteropolitanos. E os resultados do Brasil, a burocratização. Quem logo apareceram: mais de 1.500 já tentou abrir uma empresa ou obras em todos solicitou um os bairros da alvará para fazer cidade, requalifiqualquer empre"Com o Salvador cação de diversos endimento na 360, com certeza, trechos da orla, cidade sabe muito vamos colocar as revitalizações bem o que estou Salvador num na Barra e no Rio falando. Vermelho que patamar nacional O Simplifica, transformaram e internacional de nome do primeiro dois dos mais frecompetitividade quentados baireixo, chega para ao longo dos resolver este ros de Salvador, problema porque as entregas do próximos quatro reduz prazos para novo Parque da anos." licenciamentos e Cidade e da Casa do Rio Vermegarante que quase todos os processos sejam virtuais. lho – Jorge Amado e Zélia Gattai, Vai ficar muito mais fácil para além da construção ou reforma todo mundo, desde o pequeno de dezenas de campos e quadras, ao grande, porque vamos mudar escolas e postos de saúde. regras, agilizar os processos e Agora, no começo do seguninvestir em tecnologia. Por exemplo: vamos permitir que o cidadão do mandato, quero ousar ainda abra uma empresa em sua própria mais, com o Programa Salvador residência ou nas Zonas de Espe360. Com isso, pretendemos cial Interesse Social, ou seja, nas dar um grande salto econômico em Salvador, inclusive com a áreas mais pobres da cidade. implantação de novas matrizes Ao mesmo tempo em que lanprodutivas, desburocratizando a çamos as mudanças, há o comgestão e diminuindo a influência da máquina pública na vida de promisso da Prefeitura de investir R$ 3 bilhões no Salvador 360. São pessoas físicas e jurídicas. E o merecursos de operações de crédito lhor: tudo isso aliado a incentivos fiscais e uma política robusta de nacionais e internacionais, além

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do Tesouro municipal. Também teremos investimentos diretos da iniciativa privada porque vamos criar todas as condições para a atração dos recursos, inclusive oferecendo incentivos fiscais. Tenho certeza absoluta que o Salvador 360 será um grande sucesso porque a nossa cidade está na contramão da crise econômica que atinge o Brasil. Enquanto outros municípios e Estados estão cortando funcionários, dividindo o pagamento dos salários e paralisando obras, nós estamos investindo e oferecendo todas as condições para os empresários investirem na cidade. Aproveito este espaço para fazer um convite público a todos os empresários e empreendedores de Salvador e de outras cidades: venham investir em Salvador porque o outro lado da moeda da crise é a criação de oportunidades. Contem sempre com a Prefeitura e com o Salvador 360 para a realização de seus projetos.

ACM Neto Prefeito de Salvador


CURTAS foto: sesc/divulgação

REUNIÃO NACIONAL DO SESC

A 1ª reunião de diretores do Sesc de 2017 aconteceu em abril, no Grande Hotel Sesc Itaparica, com mais de 100 participantes, entre diretores e gestores de diferentes áreas da instituição. O encontro foi o marco da finalização do Plano Estratégico que vai nortear as ações do Sesc no Brasil entre os anos de 2017 e 2020. “Em encontros como este temos a oportunidade de crescer juntos, com o aprendizado e troca entre os estados”, disse o diretorgeral do Sesc Nacional, Carlos Artexes. O diretor regional do Sesc Bahia, José Carlos Boulhosa Baqueiro, avaliou Plano estratégico do Sesc é resultado de trabalho conjunto como positivo o encontro sediado, pela primeira vez, em Itaparica. “O Sesc Bahia está participando ativamente dos diversos grupos de trabalho formados pelo Departamento Nacional. Estamos alinhados com os valores e premissas do Sesc Nacional e nos orgulhamos em proporcionar aos nossos funcionários a oportunidade de debater com todo o país as ações para modernizar a gestão Sesc”, declarou. foto: cesar vilas boas

WORKSHOP DE BELEZA O Senac realizou mais um evento com a proposta de fomentar o segmento de beleza e estética. O workshop “Encontro de Beleza”, conduzido pela jornalista e influenciadora digital, Maira Azevedo, a Tia Má, trouxe assuntos inovadores para estudantes e profissionais que lidam com cabelos. O encontro aconteceu em parceria com a Hope Cosméticos “Italian Hairtech”. Para Nicole Robato, egressa do curso de Cabelereiro do Senac, o workshop abordou um novo tipo de contextualização para a área. “Os profissionais convidados para o evento abriram nossos olhos para os fatores internos do corpo humano. Foi possível entender que cuidar da saúde é o primeiro passo para obter resultados positivos nos tratamentos estéticos”. Tia Má: a beleza de ser você mesma! foto: sesc/divulgação

Embaixador da Índia no Brasil, Sunil Lal, falou sobre o potencial econômico das relações comerciais com a Bahia em encontro realizado pelas Federações do Comércio, da Indústria e da Agricultura da Bahia, na Casa do Comércio. foto: cesar vilas boas

Missão técnica do Núcleo Nordeste do Senac visitou, em maio, instituições de ensino técnico e profissional do Reino Unido para compartilhar experiências nas áreas de moda, beleza, gastronomia e educação a distância. Revista do Sistema Fecomércio-BA JUNHO 2017

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CAPA

R$45 Bilhões! Esse é o total estimado a ser distribuído no Brasil com a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Desse total, quase R$ 1,8 bilhões são destinados ao consumidor baiano, de acordo com projeções feitas pela Fecomércio Bahia. Com o anúncio realizado pelo presidente Michel Temer a três dias do Natal do ano passado, a expectativa dos comerciantes era de que esse dinheiro fosse significar um aumento nas vendas, contribuindo para reduzir as contínuas quedas enfrentadas pelo varejo. Seis meses depois, o panorama vivido pelos comerciantes aponta que as vendas não aumentaram como esperado, e todos têm acompanhado com ansiedade a recuperação plena da economia.

Para Geraldo Cordeiro, vice-presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção da Bahia (Acomac-BA), a liberação do FGTS foi algo muito esperado entre os comerciantes. “Previmos um crescimento de cerca de 5% com a ‘injeção’ desse dinheiro extra, mas as nossas expectativas se frustraram um pouco, pois as vendas não alavancaram como queríamos. O que percebemos é que em um mês temos bons resultados e no outro nem tanto, em uma espécie de montanha russa. Na verdade, o FGTS ajudou as coisas a não piorarem”, acredita Geraldo.

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.000.000.000 Os dados mostram que realmente a liberação dos valores existentes nas contas inativas não significou um aumento significativo em relação às perdas contínuas enfrentadas pelo varejo. “Entre 2015 e 2016, o comércio na Bahia perdeu vendas em um volume de quase R$ 30 bilhões. Os recursos projetados de resgate na Bahia, de R$ 1,77 bilhão, representam entre 5% e 6% dessas perdas acumuladas no período. Ou seja, o recurso do FGTS é relevante, mas de forma alguma compensa o que a crise econômica tirou dos consumidores e dos lojistas”, declara Fábio Pina, consultor econômico da Fecomércio-BA. Fábio alerta que já se esperava que nem todos os recursos fossem destinados ao consumo, pois grande parte deve ir primeiramente para quitação de dívidas, mas acredita que parte dos valores possam ajudar o varejo. “Quem usar os recursos para pagar suas dívidas irá ficar em condições de voltar a comprar a prazo nos crediários e, além disso, esses recursos de quitação também voltam a circular em um segundo momento, pois ou vão para bancos e financeiras que podem voltar a emprestá-los, ou para as lojas que eram credoras que acabam reinvestindo os recursos. De uma forma ou de outra são recursos importantes e relevantes ainda mais em um momento de crise”, aposta. Em 2016, segundo dados do IBGE, o varejo vendeu pouco mais de R$ 70 bilhões no estado. A entrada de R$ 1,77 bilhão no bolso dos consumidores por conta da distribuição dos valores em contas inativas no estado, equivale à cerca de 2,5% do total vendido pelo varejo.


CAPA

PANORAMA As vendas no varejo enfrentaram em 2016 a pior queda em 16 anos. No ano passado, o setor recuou 6,2% sobre 2015, quando o setor terminou com queda de 4,3%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em fevereiro de 2017. A queda enfrentada pelos supermercados, alimentos e bebidas no passado chegou a 3,1%, enquanto que a atividade de móveis e eletrodomésticos teve um recuo de 12,6%. Já a vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico caíram em 9,5%.

ALTERNATIVAS Mesmo que a liberação do saque das contas inativas do FGTS não tenha alavancado as vendas como esperado, o comércio tem tomado outras iniciativas em busca de soluções. Uma delas é a aposta em promoções e descontos especiais. “Os comerciantes sempre realizam ações para aquecer o movimento e procuram uma forma de segurar o cliente”, afirma o vice-presidente da Acomac-BA. Ele só alerta para o risco de se trabalhar com margens muito baixas de lucro para atrair a clientela, deixando as contas instáveis. “Espera-se que a economia se recupere, para que os efeitos dessa fase de crise sejam menos sentidos”. Outra solução encontrada é a adoção do cartão fidelidade. “As grandes redes de farmácia têm seguido essa prática buscando oferecer descontos e melhores condições ao cliente, fazendo inclusive parcerias com diversos laboratórios”, revela Roberto Brasileiro Lima, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos da Bahia (Sincofarba). Ele diz que no seu segmento, o maior baque sentido foi na seção de Higiene e Beleza, visto que medicamentos estão entre os itens essenciais para o consumidor.

DINHEIRO EXTRA De acordo com a Caixa, aproximadamente 90% dos brasileiros têm até R$ 3 mil para receber, e Edson Albuquerque está entre eles. O auditor de hotelaria de 28 anos esperou com ansiedade quando soube da liberação do FGTS e, quando chegou o seu momento de sacar, soube aproveitar bem. “Eu tentei deixar esse dinheiro como uma renda extra, por isso não coloquei nos meus planejamentos financeiros, justamente para que quando saísse eu tivesse a liberdade de usar com o que eu quisesse”, declara Edson. Na ocasião, ele aproveitou que estava de férias e usou o dinheiro numa viagem a Itacaré, município baiano a cerca de 250 km de Salvador.

“...o recurso do FGTS é relevante, mas de forma alguma compensa o que a crise econômica tirou dos consumidores e dos lojistas” - Fábio Pina

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CAPA

Para onde o dinheiro vai? 65% dos brasileiros

Os dados são baseados na pesquisa divulgada em março pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O Instituto ouviu 2.042 brasileiros no período de 2 a 22 de março deste ano.

pretendem usar o dinheiro para quitar dívidas e poupar.

9,6% dos entrevistados planejam usar o dinheiro em compras ou gastos com lazer.

Essas porcentagens significam que cerca de

R$ 30,8 bilhões dos saques do FGTS

devem ser destinados à quitação de dívidas ou poupança.

R$ 1,6 bilhões R$ 2,1 bilhões lazer

consumo de bens

expectativa do Governo de uma liberação de

R$ 43,1 bilhões até o final de junho. 18

Revista do Sistema Fecomércio-BA JUNHO 2017


CAPA

Quem tem direito? O saque do FGTS está disponível para os trabalhadores que tinham carteira assinada e pediram demissão ou foram dispensados por justa causa até o dia 31 de dezembro de 2015. Mesmo que o período marcado no calendário tenha passado, é possível fazer o saque até 31 de julho. Quem tem até R$ 1,5 mil para receber, pode fazer uso apenas do cartão cidadão. Já para valores de R$ 3 mil, o saque pode ser feito em correspondentes da Caixa e loterias. Acima dessa quantia, somente em uma agência da Caixa munido da carteira de trabalho.

O FGTS na história

Criado em 1966, o FGTS é resultado de um pacote de reformas institucionais e econômicas lançado pelo então presidente da República, o marechal Castelo Branco, durante o regime militar. Entre as outras ações implementadas estavam a criação do Banco Central e abertura do Banco Nacional da Habitação (BNH), responsável pela administração dos recursos do Fundo de Garantia até 1986, quando o BNH foi extinto e incorporado pela Caixa Econômica Federal. Somente em 1993 a centralização de todas as contas do Fundo passou para a Caixa.

Uma realidade previsível são as enormes filas que o cidadão que fará os saques enfrentará.

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DEU O QUE FALAR

Lucas Gomes Engenheiro da Computação

Admissão de animais de estimação em Shopping Centers

Cobrança de bagagem extra pelas companhias aéreas

Lei da gorjeta: A tarifa passa a fazer parte do salário

Racionamento de água na Bahia

Já são estudados os benefícios que a companhia dos pets traz, como a diminuição do estresse. Admiti-los em shoppings é um passo para mais felicidade no dia a dia.

Algumas companhias aéreas já adotam esta prática pelo mundo. A cobrança será bem-vinda se isto refletir na diminuição substancial dos preços das passagens.

A incorporação da gorjeta aumentará oficialmente a média salarial dos trabalhadores o que vai garantir melhores remunerações no salário-férias e na aposentadoria.

Estamos passando por uma crise hídrica com níveis críticos de água nos nossos reservatórios. Antes do racionamento de água por parte do governo, precisamos racionar o consumo de água nas nossas próprias casas.

Esse recurso se traduz em diminuição de valores de passagem. Diminui preço da passagem e aumenta na bagagem.

A favor pela questão tributária, tanto o garçom quanto o estabelecimento tem tributados o salário real.

Se todo mundo tiver de racionar para outras pessoas terem acesso ao mineral, sim.

Vai regulamentar o que já existe e vai evitar os abusos dos patrões na divisão do dinheiro.

O governo tem que ampliar e qualificar os investimentos em infraestrutura de captação de água e distribuição eficiente.

Acho que oferece perigo a crianças e idosos.

Felisberto Bulcão Assessor de Imprensa do TRE-BA

Contanto que estabeleça critérios claros de tamanhos e espécies.

As tarifas aéreas são caras e os serviços ruins, mais uma cobrança não traz benefício.

Valdencastro Villas Boas Professor do IFBA

Alana Marzola Presidente da Unijr-BA

Contanto que sejam estabelecidos critérios para os pets utilizarem o espaço físico dos shoppings, e que essa convivência não impeça a circulação de outras pessoas no mesmo espaço.

Mesmo com a possibilidade de redução do valor das passagens, são grandes as chances das empresas utilizarem disso para aumentar o seu lucro em detrimento da perda de um "benefício" do consumidor.

É válido por proporcionar segurança maior ao empresário e ao funcionário. Porém, causa certa instabilidade, já que salário passa a ser flutuante.

*Se você quiser sugerir temas para a próxima edição, envie e-mail para ascom@fecomercioba.com.br

SIM

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NÃO

TALVEZ

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É uma atitude emergencial necessária para amenizar o problema, porém não é sustentável e nem resolutiva, por não tratar a causa e sim a consequência.


INSIGHTS

SEGURANÇA CIBERNÉTICA:

PREOCUPAÇÃO RESTRITA À ÁREA DE TI OU DE CADA UM DE NÓS? No dia 12 de maio de 2017, um ataque cibernético causou grande repercussão no mundo, afetando organizações e usuários de computadores em quase todos os setores. Estima-se que aproximadamente 200 mil sistemas em cerca de 150 países tenham sido afetados. Especialistas em segurança da informação, inclusive da EY, indicam que provavelmente uma nova variação deste ataque irá aparecer em um futuro próximo. Apesar da ampla divulgação na mídia desse evento recente, observamos diariamente dezenas de incidentes noticiados, além de relatos de empresas com as quais trabalhamos. De um lado, passamos a ter contato com novas tecnologias como big data, computação em nuvem, robótica, inteligência artificial e internet das coisas. Por outro lado, estas mesmas tecnologias abriram novas possibilidades de ataques e alçaram a segurança cibernética a um patamar decisivo para a estratégia das empresas. O artifício que recentemente mais tem sido utilizado para atacar computadores, a exemplo do WannaCry, chama-se ransomware. É uma espécie de sequestro, só que de dados. Os cibercriminosos invadem os computadores e criptografam os arquivos neles existentes, exigindo um pagamento para liberá-los. Seja virtual ou presencialmente, sabemos que tentativas de sequestro somente são bem-sucedidas quando encontram vítimas desprotegidas ou vulneráveis. É aí que reside o perigo: nós, usuários de tecnologia, somos nossa maior vulnerabilidade.

De acordo com a 19ª edição da Pesquisa Global sobre Segurança da Informação, realizada pela EY com milhares de empresas em todo o mundo, incluindo companhias brasileiras, 73% dos participantes – representantes das áreas de tecnologia ou segurança da informação – estão preocupados com a baixa conscientização e o comportamento dos usuários. Muitas organizações ainda possuem dificuldade de lidar com links maliciosos que chegam por e-mail aos seus funcionários, sendo que o Brasil aparece no topo desse ranking. De acordo com a pesquisa, 49% das companhias não fazem ideia dos danos financeiros que um ataque cibernético pode causar. E vamos além: grande parte das organizações não consegue sequer responder de maneira adequada com medidas de combate – ou pior, não consegue identificar quando os ataques estão ocorrendo. Para combatê-los, especialistas normalmente sugerem que sejam implantadas, via de regra pela área de tecnologia da informação, medidas com foco em conscientização dos usuários, softwares de detecção e prevenção de ataques e processos de gestão e monitoramento de segurança digital. Neste ponto, propomos uma reflexão: a segurança cibernética deve mesmo ser uma preocupação restrita à TI? É evidente que não. A prática de sequestros de dados em empresas é só o começo de uma modalidade de crime que se alastra rapidamente para dentro de nossas casas. Basta possuir um dispositivo conectado à internet, como um

smartphone, um aparelho smart TV ou um relógio inteligente, para estar exposto. Já se tem registros de ataques a estes dispositivos, inclusive com a cobrança de valores para liberação dos aparelhos. Ainda acha que estamos distantes desta realidade? Que tal então se um criminoso invadir a babá eletrônica que monitora seu filho ou filha simplesmente para assustá-los? Pois é, isto não é ficção. Casos como este vêm ocorrendo desde 2013, quando os primeiros foram notificados pela mídia. Todos nós temos que estar preocupados com a segurança cibernética no dia a dia, seja atuando como gestores de nossos negócios ou como usuários. A conscientização deve abordar não apenas medidas de proteção dos sistemas das empresas, mas também nossa própria proteção. Por melhor que seja nossa intenção, e por mais avançados que sejam os softwares que utilizamos, os cibercriminosos infelizmente estarão sempre à frente.

Luis Felipe Pezzi Gerente sênior de consultoria para tecnologia da informação da EY

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CURTAS fotos: cesar vilas boas

RICARDO ISHMAEL FAZ PALESTRA PARA JOVENS APRENDIZES Nascido no interior de Serrinha, em uma família humilde, Ricardo Ishmael, apresentador do Jornal da Manhã, da TV Bahia, desde cedo teve que aprender a encontrar soluções para mudar sua realidade e poder ter um futuro melhor. Estudante de escola pública, o jornalista viu na educação uma oportunidade de transformar sua vida e foi assim que o Senac apareceu em seu caminho. “Quando eu vi um cartaz de vagas do programa Jovem Aprendiz do Senac, na verdade eu estava enxergando uma porta com novas perspectivas. Eu concorri com várias pessoas, inclusive que tinham mais condições do que eu e passei em uma das 14 vagas. Foi aí que as coisas começaram a mudar”, contou Ricardo.

Evento foi exclusivo às turmas de Aprendizagem do Senac

Por isso, a entidade promoveu um bate-papo com o jornalista, em maio, para incentivar a nova geração de jovens aprendizes. A diretora regional do Senac Bahia, Marina Almeida, pontuou que, ver um ex-aluno do Senac trilhar um caminho de sucesso é sempre motivo de orgulho. “O Senac faz a sua parte dentro do âmbito da qualificação, mas precisamos que vocês, jovens, também trabalhem para alcançar seus objetivos”.

Imagens do programa na Lagoa do Abaeté

ANUNCIE NA REVISTA Sistema

DIVULGUE SUA EMPRESA NA REVISTA DO COMÉRCIO DA BAHIA

Mais informações: Revista do Sistema Fecomércio-BA gerenciamkt@fecomercioba.com.br JUNHO 2017 (71) 3273 9816

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Fecomércio-BA Uma publicação trimestral distribuída ao público empresarial, outras federações e entidades parceiras, que aborda as novidades do mercado, artigos e notícias do Sistema Fecomércio-BA.

www.fecomercioba.com.br


SINDICATOS

ATUAÇÃO E REPRESENTATIVIDADE fotos: cesar vilas boas

jetivo de estudar, pesquisar, coordenar, orientar, informar, proteger e representar as categorias econômicas do mercado imobiliário. Entre os principais produtos, serviços e atividades oferecidos e prestados pelo Secovi estão atendimento jurídico com advogados especializados | assessoria jurídica para ações de cobrança de taxa de condomínio, em caso de inadimplência | cursos, palestras, capacitação e qualificação para síndicos, profissionais de condomínios, administradoras e imobiliárias | acompanhamento e discussão de leis em âmbito federal, estadual e municipal, que possam interferir no dia a dia dos condomínios e empresas do segmento | realização mensal de pesquisas do mercado imobiliário de Salvador, dentre outros. Presidente do Secovi, Kelsor Fernandes

Os sindicatos patronais são os representantes legais das empresas junto às esferas de Governo, regulamentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. A estrutura sindical patronal é mantida principalmente pela contribuição sindical, paga pelas empresas uma vez por ano, e distribuída entre Sindicato, Ministério do Trabalho, Confederação e Federação. A atuação junto ao Poder Legislativo é uma das principais demandas atuais das entidades patronais, cujo papel principal é buscar alternativas e soluções. “Em virtude do momento em que estamos enfrentando na economia do país, torna-se importante o fortalecimento das entidades sindicais patronais, na defesa e representação do direito coletivo, porque as mesmas conhecem os problemas do seu segmento e conseguem interferir para melhorar as condições das empresas”, afirma o presidente do Secovi-BA e primeiro vice-presidente da Fecomércio-BA, Kelsor Fernandes. Localizado no Edf. Empresarial Amadeu Santi, 5º andar, R. Érico Veríssimo, no bairro do Itaigara, o Secovi-BA também conhecido como o Sindicato da Habitação - é o representante legítimo das empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis e dos edifícios em condomínios residenciais e comerciais do estado da Bahia. Tem contribuído para negociações de convenções coletivas, acordos coletivos, prestação de serviços, como treinamento de seus representados, através de palestras e cursos, defesa dos interesses da categoria, dentre outros. Com 72 anos de existência e atuação, o Secovi possui o ob-

Apesar de a sustentabilidade ser uma preocupação constante do Sindicato, há um projeto em andamento, de médio e longo prazos, da oferta de novos produtos e serviços e aquisição de bens, que poderão gerar recursos. “Um dos nossos principais desafios para este e para os próximos anos, com o provável fim da Contribuição Sindical, é buscar alternativas para o fortalecimento e funcionamento do Sindicato, para que o mesmo possa prestar novos serviços com qualidade e continue na defesa dos interesses das categorias que representa”, conclui Fernandes. fotos: cesar vilas boas

Sede do Secovi, localizada no bairro do Itaigara, em Salvador Revista do Sistema Fecomércio-BA JUNHO 2017

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SESC

CIRCUITO DE CORRIDAS

EM PARCERIA COM O JORNAL DA MANHÃ, TV BAHIA

O Circuito de Corrida e Caminhada do Sesc foi criado em 2015, após a realização, durante quatro anos consecutivos (2010 a 2013), de uma prova de Corrida no Parque de Pituaçu, intitulada de “Desafio Sesc Giro no Parque”. Em 2010, contava com 100 participantes e, em 2013, chegou a alcançar 589 corredores. Em seguida, o Sesc acabou expandindo o evento para um formato de Circuito que atendesse não apenas a Salvador, mas a todo o estado. Nesse sentido, três provas testes foram realizadas em 2014. Em seu primeiro ano (2015), o Circuito Sesc de Corrida e Caminhada abrangeu 6 etapas (Vitória da Conquista, Salvador, Feira de Santana, Jequié, Barreiras e Santo Antônio de Jesus) e obteve a participação de 1.612 atletas. O evento tem o objetivo de fomentar e difundir a prática da corrida de rua junto aos comerciários e à comunidade em geral. Além disso, destaca-se por priorizar a inclusão, integração e entretenimento, em detrimento da competitividade entre públicos diversos, das mais variadas faixas etárias, níveis de treinamento e objetivos. “Como responsável pelo Programa Lazer do Sesc na Bahia, estar à frente do Circuito Sesc de Corrida e Caminhada me orgulha e emociona. São incontáveis as demonstrações dos participantes em relação aos benefícios percebidos e isso contagia também a equipe, que trabalha duro para que cada detalhe esteja no lugar”, explica o coordenador de Lazer do Sesc, Gilson Nascimento.

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Em 2016, o Sesc firmou parceria com a Rede Bahia, através do Jornal da Manhã e expandiu o cronograma para 8 etapas (incluindo Paulo Afonso e Ilhéus), registrando a participação de 4.056 participantes e ampliando a visibilidade do evento. “Essa parceria entre o Sesc e a TV Bahia é muito interessante porque aproxima a emissora do seu público, não só em Salvador como no interior do estado, e nos ajuda a trabalhar assuntos voltados para a saúde e bem-estar, que são recorrentes no Jornal da Manhã. Além disso, as pessoas hoje em dia buscam cada vez mais uma melhor qualidade de vida e nós conseguimos motiválas nesse sentido. A nossa satisfação é muito grande quando ouvimos depoimentos de participantes que conseguiram mudar seus hábitos e suas rotinas”, afirma o chefe de produção da TV Bahia, Victor Lopes. Em 2017, essa parceria foi renovada, o número de etapas foi ampliado de 8 para 13 (com acréscimo de três municípios onde o Sesc inaugurará novas unidades: Alagoinhas, Jacobina e Porto Seguro, acrescidos de Juazeiro e Camaçari), e com perspectiva de participação de 7.500 corredores e caminhantes. A partir deste ano, as inscrições passaram a ocorrer mediante doação de alimentos. Já foram realizadas as etapas Paulo Afonso (30/04 - 300 participantes) e Salvador (28/05 - 2.000 participantes) e ao todo mais de 5.700 quilos de alimentos foram arrecadados e distribuídos para Instituições Sociais credenciadas, através do Programa Mesa Brasil, do Sesc.


PASSOS CERTOS

UMA VOZ ATRAVÉS DOS TEMPOS Ele é dono da voz mais marcante do Brasil. Do famoso “Boa Noite”, passando pelo “É fantástico” e chegando ao “Jabulani”, Cid Moreira anunciou e marcou com sua postura audaciosa grandes acontecimentos do Brasil e do mundo. Hoje, às vésperas de completar 90 anos, comemora e reverencia as fases que viveu, mas é taxativo quando o assunto é saudosismo: não gostaria de estar ainda nas bancadas e considera seu atual projeto como um dos mais importantes da sua carreira. Ator de cinema, locutor esportivo, apresentador, repórter, narrador e youtuber. Cid Moreira cumpria todo o estereótipo para ser um ícone de uma só face, mas escolheu ser múltiplo, se recriar e viver desafios. O sucesso em todos eles o tornou único na história da mídia brasileira. É um pouco dessa trajetória que ele nos conta na entrevista exclusiva, concedida na sua vinda à Salvador, em maio, para o seminário Carreiras & Opotunidades.

SF - Antes de ser jornalista, narrador ou locutor, você com certeza é um grande comunicador. Você sempre soube que trabalharia com comunicação? CID - Absolutamente não queria. Eu era incomunicável, muito tímido. Demorou bastante tempo para perceber que era isso que eu queria. Acho que a timidez é uma couraça, né? Com o tempo, a gente vai superando. Tive que me empenhar e me dedicar para vencer essas barreiras. Trabalhar na minha voz, na entonação, na minha postura... foi tudo um grande aprendizado. SF - E quando você percebeu que era isso que queria? CID - Tudo começou em 48 - no século passado - em Taubaté, que é minha cidade natal. Fiz uma carreira breve lá, somente três ou quatro anos no rádio. Por conta da minha voz grave, recebia muitos elogios nessa área. Logo depois, recebi a oportunidade de ir para rádio Bandeirantes, onde tive a grata surpresa de encontrar e trabalhar com grandes nomes, como Dias Gomes e Mário Lago. Da Bandeirantes fui para o Rio e lá estou a mais de 60 anos. Virei meio Paulista, meio Carioca. As coisas foram acontecendo e aproveitei as oportunidades que tive. SF - Durante 27 anos você entrou nos lares brasileiros com o icônico “Boa Noite”. O que ficou do Jornal Nacional no Cid Moreira?

CID - Minha mãe disse que eu era muito metido. Acho que acabei acreditando nela e fui entrando em todas casas (risos). O que ficou foi a saudade. Eu fiquei 27 anos naquela bancada, entrei no Guinness Book por isso. Gostava muito do que fazia, mas não penso em voltar. Passou a fase e eu sinto saudades, a saudade boa. Eu sou um homem de fases e acho que consegui viver cada uma delas muito intensamente, soube aproveitar. Me dedico muito a cada projeto que me proponho e isso me traz essa sensação de dever cumprido. Não tenho esse saudosismo nostálgico. Sinto saudades, mas me concentro na fase que estou agora, que acho que é a melhor, que supera tudo. SF - Quando você saiu do JN, teve que se reinventar. Saiu da bancada e assumiu o quadro do Mister M, no Fantástico. Conte um pouco sobre essa fase. CID - Essa foi a parte lúdica. E isso sempre me interessou. Foi um desafio, mas também havia uma parte minha que queria experimentar isso. Quando cheguei ao Rio, inclusive, trabalhei na rádio Mairim, que se destacou pelo humorismo. Já era o início dessa parte lúdica na minha carreira. Desde garoto, quando ia ao teatro ou ao circo com minha mãe, eu via o mágico e ficava fascinado, saia dali doido querendo saber como tudo aquilo funcionava. E então chegou o Mister M mostrando os bastidores, explicando como tudo era feito. Com certeza isso me fascinou... os jogos de espelho, os fios que o público não conseguia ver, os movimentos rápidos com as mãos. Foi uma fase muito bacana.

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PASSOS CERTOS

SF - Você já disse algumas vezes que não consegue ficar sem trabalhar. Quais são os projetos atuais e os futuros? CID - Hoje trabalho divulgando a Bíblia. Durante 25 anos levei notícias, nem sempre boas, para os brasileiros. Eu assumi o compromisso que levaria a palavra de Deus até quando tivesse saúde e condições para realizar esse trabalho. Eu estou sempre inventando e me reinventando. Estou estudando agora sobre poemas, para um projeto que tenho sobre grandes autores nacionais e internacionais, como Gonçalves Dias e Olavo Bilac.

Em 1972, Cid Moreira com Sérgio ChapeliN. Os dois dividiram a bancada no principal telejornal da Rede Globo por mais de uma década

SF - O modelo de jornalismo hoje é bem diferente do que o que você costumava fazer. Não só em termos de tecnologia, mas postura também. O que você acha que permanece ainda, que nunca vai mudar? CID - Acho que de uma certa forma, tudo acaba permanecendo. A internet cresce assustadoramente, mas a TV sempre vai ter seu lugar. O jornalismo está se reinventando rapidamente em tempo de tantas tecnologias. O que não muda é a busca da notícia com qualidade, a credibilidade de quem leva o trabalho com seriedade. Para seguir nessa área e ter sucesso, tem que trabalhar com entusiasmo, tem que gostar. Isso vai ser sempre assim.

Em 1983, Cid Moreira dividu a bancada com Celso Freitas

Cid foi recebido pelo presidente Carlos Andrade na Casa do Comércio.

Em 1995, Cid Moreira e Lilian Wite Fibe

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Revista do Sistema Fecomércio-BA JUNHO 2017

Cid Moreira e Sérgio Chapellin no último dia de sua participação a frente do Jornal Nacional em 30 de março de 1996


INSIGHTS

OS NOVOS HÁBITOS DE COMPRA NO BRASIL O cenário econômico brasileiro vem passando por significativas mudanças. Para “fazer mais com menos” e enfrentar as dificuldades econômicas, intensificadas no ano passado, os brasileiros estão lançando mão das mais variadas soluções para economizar. É o que aponta a pesquisa Total Retail, levantamento anual da PwC sobre os hábitos de compra no varejo virtual e físico, realizado globalmente pelo sexto ano consecutivo. O estudo mostra que os consumidores apelaram para pesquisas mais frequentes em lojas para encontrar as melhores ofertas – cerca de 63%. Além disso, a redução de frequência de entretenimento (restaurante, bares, entre outros), adotada por 49% dos entrevistados; visitas mais frequentes a lojas em busca de ofertas (46%); e restrição de compras a artigos de primeira necessidade (43%) foram outros números expressivos deste retrato. Os dados de volume de vendas e receita nominal do comércio varejista publicados pelo IBGE este mês, indicam o cenário de recuperação da economia, após seguidas quedas nestes dois indicadores. Em abril, o comércio varejista nacional apresentou aumento de 1% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, em relação ao mês imediatamente anterior. Se comparado com abril/16, o crescimento é de 1,9% e 1,6%, respectivamente. Mais localmente, se avaliarmos o cenário da economia baiana, o que se percebe é um arrefecimento da queda tanto no volume de vendas quanto na receita nominal: o volume de vendas caiu 6,4% e 4,4% quando comparados março e fevereiro de 2017 com os mesmos meses de 2016, esta queda passou a 2,1% quando comparando-se abril de 2017 com 2016. Em linhas gerais,

estes dados podem confirmar uma tendência de melhoria na percepção de “confiança na economia” pelos consumidores e apontar para índices ainda mais otimistas. Ainda seguindo os resultados da Total Retail 2017, será importante, neste cenário de mudança positiva da economia, que o varejista baiano esteja atento ao fato de que os consumidores indicam que pretendem aumentar a frequência de visita a bares e restaurantes, adquirir produtos de suas marcas favoritas e também investir em produtos de moda. Mas, em contrapartida, estes mesmos consumidores pretendem manter hábitos mais frugais de consumo, com o objetivo de poupar. É que num cenário de melhora na economia, 41% dos brasileiros pretendem preservar os hábitos de consumo e poupar dinheiro e outros 38% farão mais pagamentos à vista, acirrando a competição do setor varejista.

na média, mais utilizados do que nos outros países: 53% dos brasileiros pesquisam produtos online, ante 44% da média mundial, e 45% comparam preço. Mas atenção: a maioria dos consumidores do país (64%) ainda teme pela segurança da privacidade de suas informações pessoais durante a compra online via dispositivos móveis. Quem sabe esta aí uma relevante oportunidade para os varejistas baianos e nordestinos. Pois, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/ Opinion Box sobre o comércio móvel no Brasil, o Nordeste apresentou a maior proporção de consumidores pelo celular (77,8%). Se esta liderança percentual nordestina está relacionada à importância da Internet móvel na região, é certo que a via do relacionamento com o consumidor será tanto mais bem sucedida quanto mais personalizada for esta experiência – apontamento também da Total Retail.

Os fatores com maior importância para a experiência do consumidor nas compras em lojas físicas precisam ser constantemente avaliados. Para 88% dos entrevistados, o nível de conhecimento do vendedor em relação ao produto é importante ou muito importante, assim como a possibilidade de verificar estoque em outras lojas da rede ou on-line e ofertas personalizadas. COMPRA ON-LINE – Em 2012, 70% das pessoas afirmavam realizar compras em lojas físicas pelo menos uma vez por mês. Hoje, são 55%, a mesma porcentagem que afirma utilizar o computador mensalmente para fazer aquisições. O canal que apresentou maior crescimento foi o smartphone, que era usado por 15% das pessoas e, agora, por 31%. No Brasil, os dispositivos móveis são,

Vinicius Rego Sócio da PwC

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CURTAS

crédito: ascom governo do estado

Governador Rui Costa recebeu empresários para anunciar medida

PLEITO DA CET É ATENDIDO PELO GOVERNO Para estimular a aviação comercial, incrementando o turismo e a malha aérea baiana, o governador Rui Costa assinou o decreto que reduz a alíquota de ICMS para a querosene de aviação (QAV), de 18% para 12%. Para se beneficiar da medida, as empresas precisam aumentar em 20% o consumo do combustível no mercado baiano e também ampliar o número de voos e de assentos tendo a Bahia como origem ou destino. A assinatura ocorreu em reunião no mês de maio, com a presença da diretoria da Avianca, além do presidente da Fecomércio-BA, Carlos Andrade, da coordenadora da Câmara de Turismo da Fecomércio (CET), Avani Duran, o presidente do Cetur/CNC, Alexandre Sampaio, entre outros membros do trade turístico. Segundo o governador, o objetivo é possibilitar novos voos domésticos e internacionais para Salvador e outros municípios baianos.

SENAC PROMOVE CAPACITAÇÃO DE 150 AMBULANTES EM AMARGOSA Há quase 10 anos, o Senac mantém um convênio de cooperação com a Prefeitura de Amargosa, contribuindo para capacitação de comerciantes da cidade. Em especial, há três anos, a instituição vem desenvolvendo um trabalho específico para o São João, com cursos voltados para a culinária junina, envolvendo fabricação de licores artesanais e comidas típicas. No mês de junho, foram cerca de 150 profissionais capacitados. “Além dos cursos garantirem a qualificação necessária para uma boa produção das comidas juninas, os profissionais também são treinados para prestar um bom atendimento ao público que visita o São João de Amargosa”, contou Fernanda Souza, gestora responsável pelas atividades do Senac em Amargosa.

crédito:

TALK SHOW SOBRE COZINHA ASIÁTICA O restaurante Senac Casa do Comércio foi palco para um talk show temático que mostrou toda a diversidade da Cozinha Asiática. Ocorrido em maio, após o debate que reuniu os chefs de cozinha Raimundo Nonato, Jean Spiess e Cristiano Ribeiro, o público foi convidado a fazer um verdadeiro passeio degustativo pelas iguarias da China, Índia, Japão, Tailândia, Vietnã, entre outros. Profissionais da área, estudantes de gastronomia e muitos amantes da boa mesa aprovaram o buffet, que chamou atenção pela apresentação e sabores. O evento contou com expositores do mercado de alimentos e bebidas, como Rio Sol, Leite Dengo, Kikaxassa, Cachaça do Baianinho e Editoras Senac, comercializando livros a preços especiais.

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Buffet contou com iguaria dos principais países asiáticos

délia coutinho


CULTURA

PALCO GIRATÓRIO

20 ANOS CONTRIBUINDO NO DESENVOLVIMENTO DAS ARTES CÊNICAS NO PAÍS Você já foi ao teatro este ano? A oportunidade ideal se descortina com a celebração pelos 20 anos do Palco Giratório, circuito de artes cênicas do Sesc, considerado um dos maiores projetos de teatro do país. Entre as iniciativas em ação para comemorar o marco, está uma série de seminários que irão ocorrer por todo o país, para celebrar e refletir sobre aspectos relevantes na trajetória do Palco Giratório. De março a dezembro de 2017, o projeto visitará 144 cidades em 26 estados e no Distrito Federal, com espetáculos e intercâmbios artísticos. Ao total, o Palco Giratório contará com a participação de 20 companhias, que somarão 685 apresentações artísticas e 1.188 horas de oficinas teatrais. Este ano, quem irá representar a Bahia no projeto é a Outra Companhia de Teatro com o espetáculo de rua “Ruína de Anjos”. De acordo com Ana Paolilo, coordenadora de produção artística do Teatro Sesc Senac Pelourinho, estima-se que, desde 2003, quando o projeto foi implantado no estado, tenham ocorrido mais de 150 apresentações, com a participação de 60 companhias de artes cênicas e mais de 100 mil espectadores. “De 2004 a 2017, fizeram parte da programação do Palco Giratório 18 companhias baianas, que rodaram o Brasil levando seus espetáculos para todos os públicos”, ressalta a coordenadora. Este ano a companhia homenageada será a Tribo de Atuadores ‘Oi Nóis Travez’, do Rio Grande do Sul, com o espetáculo ‘Caliban – A Tempestade de AugustoBoal’, que passará por Salvador e Feira de Santana. No estado, as apresentações do Palco Giratório ocorrem ainda em Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Jequié, Vitória da Conquista e Barreiras. Para Ana Paolilo, acompanhar o crescimento do Palco Giratório na Bahia durante esses anos tem sido algo marcante, principalmente nas cidades do interior. “O Palco Giratório tem uma grande relevância, ao contribuir no desenvolvimento cultural local e na capacitação dos artistas, além de promover a educação e formação de público para as artes cênicas”, declara. Gilberto Figueiredo, Chefe Interino do Departamento de Cultura Nacional do Sesc, reforça as impressões de Paolilo e destaca a longevidade do projeto. “É raro em nosso país um projeto com a qualidade do Palco, que atua em segmentos que confrontam de forma crítica as tendências do mercado, alcançar 20 anos de existência, se fortalecendo a cada edição”. Revista do Sistema Fecomércio-BA JUNHO 2017

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DOIS DEDOS DE PROSA

Dênio Cidreira, diretor geral da Arena Fonte Nova, assume o desafio de comandar o principal espaço multiuso do estado, que vem se consolidando como centro de esportes, entretenimento e negócios. A realização do show de Paul McCartney, maior artista vivo do planeta, sela o quinto ano de operação da Arena e coloca a Bahia definitivamente como roteiro de grandes apresentações internacionais. Conheça agora um pouco mais dos preparativos para esse mega espetáculo. SF - A Arena é palco de grandes eventos e, esse ano, está recebendo mais um show internacional com a vinda de Paul MCartney ao Brasil. Como estão sendo os preparativos? DC - Em 2017, já recebemos o show internacional do Dire Straits Legacy e ainda sediaremos o show de Paul McCartney, que tem ótima perspectiva para lotação máxima. Isto reforça a confiança que o mercado tem nos serviços e estrutura que a Arena Fonte Nova pode oferecer ao público. As facilidades como o acesso e a variação do tipo de configuração (mais de 70 configurações já foram usadas na Arena), possibilita aos produtores explorarem os espaços com conforto e segurança para todos. Desde que fechamos esta parceria, estamos trabalhando, em alinhamento com a empresa responsável pela turnê no Brasil, a fim de que os expectadores tenham a melhor experiência desde sua chegada à Arena, passando pelo serviço oferecido pela empresa que opera as lanchonetes, estrutura de banheiros, segurança, qualidade de som e demais itens que farão com que este seja mais um evento marcante para todos os baianos e turistas. SF - A Bahia começa a ganhar forças como local de grandes eventos no cenário nacional. Como a Arena se encaixa nesse contexto e como tem sido a recepção do público baiano para esses eventos?

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DC - A Bahia tem um ótimo potencial como local para grandes eventos no cenário nacional. O povo baiano sabe receber os turistas muito bem e tem uma alegria reconhecida em todo o mundo. Contudo, precisamos trabalhar duro para transformarmos este potencial em realidade. Temos insistido muito com os produtores nacionais e internacionais que além da qualidade interna do equipamento, temos uma acessibilidade diferenciada, atuamos em parceria com a concessionária do metrô nos últimos grandes eventos e, em breve, iremos estender esta parceria para a nova concessionária do Aeroporto de Salvador. Ser a única cidade do Nordeste a receber o show de Paul McCartney já fornece um indicativo de que os produtores estão visualizando estas vantagens. A realização do Festival de Verão na Arena em 2016 já se mostrou como mais um cartão de visitas do equipamento no que tange ao caráter multiuso. SF - Do ponto de vista econômico, quais os impactos que eventos e shows de grande porte trazem para cidade? DC - Eventos de grande porte fornecem visibilidade para a cidade e geram impactos positivos para todos – seja no varejo, em hotéis, serviços etc. É uma relação de interdependência e que faz todos estes “mecanismos” girarem, trazendo ganhos do ponto de vista de geração de emprego e renda, além de arrecadação fiscal. Para termos uma ideia, um grande show internacional tem potencial para aumentar em 50% o movimento de pessoas no aeroporto no fim de semana do evento. Além disso, esta movimentação melhora a autoestima dos baianos e é um ganho também importante para o crescimento do estado. Para a Arena Fonte Nova, a realização destes eventos também gera resultados positivos no que se refere à sustentabilidade do Empreendimento, fazendo com que o equipamento seja um organismo vivo no calendário da cidade e, claro, também orgulho dos baianos.




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