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SESC
from Revista Fecomércio-BA Edição 26
by Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia
Educação de Ponta a Ponta
por Ascom Sesc Bahia
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Oano letivo na Rede de Escolas Sesc na Bahia iniciou em 2020 reafirmando o propósito da instituição em oferecer educação de qualidade, em um conceito de atuação interprogramática, que intercala conteúdos sobre saúde, cultura, lazer e assistência.
As práticas educativas da instituição valorizam a formação do indivíduo e promovem o crescimento e amadurecimento dos alunos, para atuar de forma participativa na sociedade. A proposta pedagógica ressalta também o direito da criança de ser criança, de poder brincar e viver experiências significativas!
Ao todo são 10 escolas no estado, sendo uma na capital e outras nove localizadas nas unidades do interior (Alagoinhas, Barreiras, Feira de Santana, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista).
São 1.100 alunos matriculados na Educação Infantil, 4.189 no Ensino Fundamental, 35 no Ensino Médio, 515 alunos na Educação de Jovens e Adultos e 800 na Educação Complementar.
Com a experiência adquirida ao longo de décadas no campo do ensino, o Sesc Bahia amplia a sua atuação em 2020 com a implantação do Ensino Médio. Até 2022, prevê-se que esta modalidade também deverá ser aplicada em todas as unidades no estado.
Alunos da Educação Fundamental da Escola Sesc de Jequié
Turma do Ensino Fundamental e Médio da Escola Sesc Zilda Arns respectivamente
Por isso, este ano torna-se um marco na atuação do Sesc Bahia ao intervir em educação de ponta a ponta, da educação infantil ao ensino médio; o que inclui também o ensino complementar – atividades como acompanhamento pedagógico no contraturno da escola, cursos de Português, Redação, Matemática e Língua Estrangeira, e a Educação de Jovens e Adultos, cujo regional é o único a ofertar todos os segmentos de turmas. Desta maneira, contribui para a formação completa e global dos trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, e seus dependentes.
Estes alunos contam com uma equipe de professores capacitados e atualizados para ajudá-los a desenvolver competências importantes e necessárias para superar os desafios do futuro. E mais: estrutura física compatível com as demandas contemporâneas de aprendizagem, a exemplo de Sala de Leitura, Laboratório de Ciências da Natureza e Sala de Inclusão Digital.
Educação a distância no período de suspensão das aulas na Rede Sesc de Escolas
Em 17 de abril finalizou o período de antecipação de férias da Rede Sesc de Escolas na Bahia. No dia 20 de abril, a equipe de profissionais de cada Escola entrou em contato com as famílias para informar sobre a metodologia de atividades online com os alunos, cujos conteúdos serão distribuídos pelos professores a partir do dia 22/04. Diante do quadro de isolamento social, o retorno às aulas presenciais dependerá dos decretos municipais e do Estado, quando será disponibilizado um novo calendário escolar.
A importância das CMEs para os negócios, o desenvolvimento econômico e a cidadania
Mulheres são força de trabalho e de consumo. Não incentivar e apoiar que mulheres avancem no mundo dos negócios e do trabalho é abrir mão de receitas. Segundo pesquisas recentes, as mulheres controlam 65% dos gastos familiares (fonte: WEF Gender Gap, 2017) e possuem grande influência no consumo de outras pessoas, uma vez que 85% delas indicam produtos para amigos e familiares (Nielsen). São as mulheres que escolhem o carro da família, a geladeira, a escola dos filhos etc.
Segundo o estudo “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo – Tendências para Mulheres 2017”, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a diminuição das diferenças de gênero no mercado de trabalho poderia aumentar o PIB brasileiro em 3,3%, ou 382 bilhões de reais, e acrescentar 131 bilhões de reais às receitas tributárias. Para isso, seria necessário o Brasil reduzir em 25% a desigualdade na taxa de presença das mulheres no mundo do trabalho até 2025, compromisso já assumido pelos países que compõem o G20. Em números absolutos, se a participação feminina crescesse 5,5 pontos percentuais, o mercado de trabalho brasileiro ganharia uma mão de obra de 5,1 milhões de mulheres. Ainda segundo os dados da OIT, a taxa de participação na força de trabalho global para as mulheres em 2017 é de pouco mais de 49%, 27 percentual menor do que a taxa para os homens (76%).
As condições em que vivem homens e mulheres não são produtos de um destino biológico, mas, sobretudo, construções sociais. Desde a antiguidade quando Aristóteles, um dos fundadores da filosofia ocidental, destacava a incapacidade ética e política da mulher, em uma de suas frases: “A relação de macho para fêmea é por natureza uma relação de superior a inferior e de governante a governado” até a época atual, a equidade (diferente de igualdade) entre homens e mulheres tem sido um dos direitos fundamentais mais debatidos. Podemos assim afirmar que se implantou uma visão cultural, ao longo da história, de que a mulher é inferior ao homem por natureza e não pela reclusão ao mundo privado (da família) durante séculos e que a educação lhe foi negada. No entanto, apesar da escolaridade feminina ter progredido rapidamente no século XX, as mudanças culturais são lentas e as institucionais ainda mais.
A imagem de um líder é, ainda, a imagem de um homem, apesar de que as características consideradas chave para um bom líder como caráter, visão, paixão, pensamento estratégico, habilidade de comunicação, automotivação, habilidade de unir pessoas, poder pessoal, congruência, capacidade de adaptação, disciplina, resolução, busca constante por excelência e capacidade de se relacionar podem ser igualmente atribuídas a qualquer gênero. Quando associamos isso a mulheres, deixam de ser agradáveis porque fogem do modelo mental a que fomos culturalmente educados a atribuir as mulheres. Mas, urge começar a pensar em liderança de uma maneira diferente. Precisamos de exemplos de mulheres líderes, com características próprias, que inspirem outras mulheres e não caricaturas do modelo masculino predominante. Ver mais mulheres em posições de liderança, no mundo dos negócios e do trabalho, faz outras acreditarem que é possível também para elas. Este é o início da mudança, nas nossas mentes. Ver é acreditar. Outros fatores que merecem destaques nesta análise são a da divisão sexual do trabalho, a qual se caracteriza pela separação de trabalhos de homens e trabalhos de mulheres; e a hierarquização: o trabalho do homem (produtivo) tem mais valor que o trabalho da mulher (doméstico). Esta dualidade entre o espaço público e o privado provocou uma invizibilização da mulher na história e reflete e, todo o cenário acima descrito. Por isso, justifica-se a necessidade de políticas afirmativas para mulheres.
A nigeriana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, se expressou muito bem quando disse que, quanto mais perto do topo chegamos, menos mulheres encontramos. Mais do que nunca, o líder de vanguarda precisa apoiar e incentivar as mulheres a acelerar o processo de entrada no mundo dos negócios com competitividade. Por meio das Câmaras das Mulheres Empresárias, órgão consultivo vinculado a presidência dos sindicatos patronais, o líder deve ser parceiro neste processo, tendo como missão despertar a cultura da mulher empreendedora para o associativismo, como estratégia competitiva para o fortalecimento dos negócios, fomentando o protagonismo feminino na ação social, política, econômica e cultural.
Rosemma Burlacchini Maluf
Coordenadora do Conselho Estadual da Mulher Empresária da Fecomércio-BA