fecomércio informativo
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tiragem
150.000 exemplares comprovada pela Soltz, Mattoso & Mendes Auditores Independentes
belo Horizonte – FEVEREIRO – MARÇO De 2015– edição 395
www.fecomerciomg.org.br
Publicação bimestral do comércio de Bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mG, sesc, senac e sindicatos
Representatividade
Ambiente
Jurídico
MISSÕES
ÁGUA
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Fecomércio MG dissemina tendências internacionais de negócios Páginas 4 e 5
O jornalista e ambientalista Hiram Firmino comenta a crise hídrica Página 7
Confira o que mudou nas regras para trabalhadores e empresários Página 23
Datas para impulsionar o comércio Banco de Imagens
As principais datas para o comércio varejista – Páscoa, Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais, das Crianças e o Natal – prometem movimentar o caixa das empresas em 2015. “Esses períodos elevam as chances de consumo e o apelo emocional costuma ser o principal fator de propensão à compra”, explica a supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, Luana Oliveira. Em entrevista ao Fecomércio Informativo, a professora da Fundação Dom Cabral Ivani Becker dá dicas para aproveitar as oportunidades trazidas pelas datas especiais. Confira. Página 3
FECOMÉRCIO MG FECHA NOVA CONVENÇÃO COLETIVA
Equilíbrio nas relações de consumo
A Fecomércio MG celebrou uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Federação dos Empregados no Comércio e Congêneres de Minas Gerais, para o ano de 2015. A CCT foi assinada em tempo recorde: dois meses antes do prazo médio praticado nos últimos cinco anos. O piso salarial da categoria passou de R$ 762,50 para R$ 831,00, com reajuste geral de 7% para quem ganha acima do piso.
Você sabia que cada produto de uma vitrine precisa conter um preço individual e que não basta colocar “a partir de” para um grupo de itens expostos? Regras como essas têm sido esclarecidas junto ao empresariado mineiro, em parceria firmada entre a Fecomércio MG e o Procon-MG. Conheça os aspectos da afixação de preços e as informações que não podem faltar em seu estabelecimento.
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FECOMÉRCIO COMÉRCIO ELETRÔNICO APRESENTA PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO CONTÍNUO
SENAC NOVA CHANCE: EMPRESÁRIOS CONTRATAM EGRESSOS DO SISTEMA PRISIONAL
SESC EDUCAÇÃO: MILHARES DE ALUNOS INVESTEM EM NOVAS OPORTUNIDADES
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Sebrae Minas
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palavra do presidente Mantra: Planejar bem para evitar o desperdício de tempo e de
expediente Presidente Lázaro Luiz Gonzaga Vice-presidentes Sebastião da Silva Andrade, Glenn Andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro Gomes, Marcus do Nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade Rezende Secretários Caio Márcio Goulart, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, Evando Avelar Duarte Tesoureiros Marcelo Carneiro Árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins Facundes Conselho Fiscal Efetivo José Geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, Gilbert Lacerda Silva Fecomércio Informativo Publicação bimestral do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Contatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 comunicacao@fecomerciomg.org.br Produção – Fecomércio MG Fernanda Almada – Coord. Comunicação Izabela Ventura – Revisão Débora Franca Mariana Medina Produção – Sesc Letícia Marinho – Ger. Geral de Comunicação Camila Lôbo – Coord. Jornalismo Letícia Orlandi – Supervisora de Jornalismo Márcia Romano - Revisão Produção - Senac Márcia Misson – Coord. Comunicação Josie Menezes Renata Giordani Produção Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MG; Helder Guimarães – Sesc; Lilian Orneles - Senac Projeto Gráfico: Prefácio Comunicação Impressão: Sempre Editora Tiragem: 150.000 exemplares Comprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores Independentes Fecomércio MG: Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120 Sesc: Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070 Senac: Rua Tupinambás, 1086, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070
outros recursos, fazendo cada vez melhor e mais, com menos.
Crises sempre existiram Prezados empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais, As crises sempre estiveram presentes e trouxeram desafios imensuráveis tanto às economias dos países quanto aos negócios. Mas delas surgiram grandes ciclos de inovação e desenvolvimento. Um exemplo de destaque em todo o mundo é a fabricante de brinquedos Lego, fundada na Dinamarca. Após quase chegar à falência nos anos 1990, iniciou a maior fase de inovação de sua história, como relatou o autor David Robertson no livro “Peça por Peça”. Por meio de processos redesenhados, estabelecimento de limites orçamentários e lideranças capazes de gerenciar cenários complexos, transformou-se na líder mundial em brinquedos de montar. Em fevereiro deste ano, uma consultoria global a classificou como a marca mais poderosa do mundo, à frente inclusive da montadora italiana Ferrari. Os empreendedores conhecem bem os obstáculos ao seu bom desempenho: há problemas internos, de responsabilidade direta dos gestores, e externos, que fogem do controle individual e possuem consequência coletiva. Observamos diariamente pela mídia diagnósticos nítidos dos vários fatores que comprometem a estabilidade econômica e política do Brasil. No entanto, são poucas as análises sobre os pontos positivos que o país possui e alternativas para reequilibrar a retomada do crescimento.
Para agir nesse suporte foram criadas as entidades de classe. E elas têm sido muito demandadas, o que aumenta ainda mais a responsabilidade das lideranças em prepará-las para as devidas respostas aos representados. O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac não tem poupado esforços em capacitar seus executivos para estarem aptos aos desafios. Afinal, para liderar na complexidade, precisamos de profissionais que saibam atuar em ambientes de restrições. São as “lideranças do oceano azul” (como descrito no último trabalho publicado pelos autores de “A Estratégia do Oceano Azul”) que inspiram as equipes a se superarem e agirem com comprometimento. Esse engajamento é fundamental para reverter um cenário de desempenho aquém do esperado. Como representantes do comércio de bens, serviços e turismo de Minas, estamos atentos aos movimentos da economia. Continuamos trabalhando junto ao empresariado, prestando serviços melhores e de forma mais ampla. Juntos, podemos fazer deste ano de ajustes um ano de transformações positivas para continuar contribuindo com o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil. Positividade divina sempre!
Lázaro Luiz Gonzaga presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Comunique-se conosco E-mail: presidente@fecomerciomg.org.br Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961
PRECE ÁRABE Meu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que degole ovelhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Ajuda-me a dizer a verdade na presença dos fortes e me abster de inventar mentiras para ser popular entre os fracos. Se me deres a força, não me tires a compaixão. Não me deixes ser atingido pela embriaguez, quando bem-sucedido, nem pelo desespero, quan-
do derrotado. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é uma manifestação de força, e a vingança, uma prova de fraqueza. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma bastante fortitude para desculpar e perdoar. Se eu te esquecer, Senhor, não te esqueças de mim. Autor desconhecido
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Negócios
Datas comemorativas prometem impulsionar o comércio Criatividade, atendimento de qualidade e inovação são primordiais para alavancar os negócios Débora Franca Natal, Dia das Mães, das Crianças, dos Pais, Namorados e Páscoa, em ordem de volume de vendas, são as principais datas para o comércio varejista, segundo pesquisas da Fecomércio MG. O cenário econômico vem apresentando sinais de desaceleração e esses períodos são a aposta dos empresários para se destacar no mercado em 2015. “Datas comemorativas elevam as chances de consumo e o apelo emocional costuma ser o principal fator de propensão à compra”, diz a supervisora de Estudos Econômicos da Federação, Luana Oliveira. As vendas podem gerar oportunidades de negócios para diversos segmentos, como vestuário, perfumaria e eletrodomésticos. A professora de Marketing e Estudos do Consumo da Fundação Dom Cabral, Ivani Becker, mostra caminhos para reverter as projeções pessimistas, aproveitar as oportunidades trazidas pelas datas especiais do ano e obter sucesso. “Em 2015, as pessoas querem poupar os gastos, mas quando falamos
em datas comemorativas; os consumidores não abrem mão de agradar as pessoas e estão dispostos a comprar. Por isso, a chance de os empresários aumentarem a lucratividade é grande, desde que tenham criatividade, inovação e atendimento de qualidade”, ressalta. Para isso, o planejamento é o primeiro passo. Segundo Ivani, é indispensável apresentar um estabelecimento agradável e decorado nessas datas. Outro ponto é saber como atender bem. “Ajude o cliente na escolha da compra. Pergunte quem será o presenteado, se for o caso, para ter soluções interessantes de acordo com o que a pessoa está procurando”, aconselha. Ir além das vitrines e investir em inovação, como ter um site da empresa e estar presente nas redes sociais, podem ser diferenciais para a divulgação nesses períodos (confira mais dicas no box). Especialistas da área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG explicam que, apesar do cenário com demanda retraída, não há por que acreditar que os consumidores deixarão de comprar.
Retrospectiva das vendas em 2014 O ano passado foi marcado pela cautela e baixa expectativa de crescimento por parte dos empresários. Entretanto, mesmo em proporções menores, o comércio varejista brasileiro cresceu 2,2%. Segundo a área de Estudos Econômicos, as datas comemorativas tiveram influência nesse crescimento, pois, somente em Belo Horizonte, 51,2% dos empresários aumentaram as vendas nesses períodos. O Dia das Mães foi a segunda melhor data para o comércio em 2014 (atrás do Natal) e 54,7% do empresariado afirmou que as vendas aumentaram em maio, em relação ao mês anterior. Já no segundo semestre, as expectativas dos empresários com o Dia dos Pais eram menores, mas ainda assim 41,1% quiseram investir em promoções e 24,8%, na visibilidade da loja. No Dia das Crianças, 54,8% esperavam aumentar as vendas e, no Natal, mesmo com o resultado aquém do esperado, 44,3% dos empresários aumentaram seu faturamento em relação a novembro de 2014.
Dicas para lucrar com as datas comemorativas Dia das Mães: Monte kits diferentes, como
Dia das Crianças: Coloque um personagem
uma nécessaire com produtos com os quais a
lúdico na loja para chamar a atenção dos pais e
presenteada se identifique. Faça promoções do tipo: “na compra de um produto, ganhe um almoço para comemorar a data com a sua mãe”.
das crianças. Divulgue a iniciativa antes.
Dia dos Pais: Saia do lugar comum. Ofereça mais do que os presentes tradicionais, como
Dia dos Namorados: Tenha produtos diferentes dos usuais. Em vez de vender uma caixa de bombons, tenha letras de chocolate para o cliente fazer uma frase para o presenteado. São os itens criativos e personalizados que surpreendem nessa data.
meias e caixas de lenços.
Natal: Varie o mix de produtos, desde lembranças a presentes mais valiosos. Isso é necessário para atender à grande procura do período. Dê um cartão de brinde para complementar a lembrança.
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REPRESENTATIVIDADE
Capacitando multiplicadores Conhecimento é difundido às instituições Dicas simples, porém inovadoras sobre empreendedorismo têm sido difundidas aos representados da Fecomércio MG. Os ensinamentos de uma das melhores universidades do mundo, a americana Babson College, estão sendo multiplicados pela Fecomércio MG em prol do fomento do setor terciário mineiro. Os empresários têm tido a oportunidade de conhecer o método “Babson College de Pensamento e Ação Empreendedora”, que incentiva o desenvolvimento de ações práticas na tomada de decisões dos negócios. A possibilidade de disseminação desse conhecimento foi aberta com uma Missão Internacional realizada em novembro de 2014, com comitivas da Fecomércio MG e do Sebrae Minas. Com ações como essa, aponta o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, a Federação espera beneficiar a economia de Minas e a sociedade como um todo. Uma das vantagens do compartilhamento de modelos e práticas internacionais é a evolução das estruturas locais. Segundo a gerente Comercial e Marketing da entidade, Lúcia Vieira, por meio da multiplicação do conhecimento e da capacitação das lideranças pode-se desenvolver novas culturas empresariais e valores institucionais percebidos e comungados por todos os stakeholders. “Houve um debate amplo a respeito da preservação da essência, dos valores, do conhecimento e engaja-
Arquivo pessoal
Izabela Ventura
Participantes da missão serão multiplicadores do conhecimento adquirido na Babson College mento de todos. É claro que as pessoas erram em situações inesperadas, mas é vital que os problemas não fragilizem a essência das empresas e sejam revertidos rapidamente”, explica. Método Babson Participantes da missão, como o diretor da Fecomércio MG Bento José Oliveira, descobriram que a forma de empreender e várias questões relacionadas a ela são muito mais parecidas mundo afora do que se pode imaginar. “Algo que me impressionou foi a visão empírica adotada no tratamento e na resolução dos problemas. O treinamento nos mostrou que é preciso colocar a mão na massa e, partir daí, fazer adaptações e ajustes para inovar”, conta.
Outro destaque do método da Babson é o foco na ação prática para resolver problemas. “É preciso identificar o que deve ser feito e agir imediatamente, sem postergar as resoluções”, destaca a diretora da Fecomércio MG Maria Luiza Maia Oliveira. Os funcionários e consumidores da Rede Droganorte, gerida pelo diretor da Federação Rony Anderson de Andrade Rezende, já colhem os frutos do conhecimento adquirido na missão. Rony fez questão de colocar em prática os ensinamentos da universidade na empresa e observa bons resultados com clientes e colaboradores. “O método nos convida para uma reflexão sobre uma quebra de paradigma na relação com nossos clientes e funcionários”, ressalta.
Técnicas de gestão foram apresentadas em workshop sor empreendedor pela Babson Marcos Fábio. O objetivo foi demonstrar as técnicas de gestão aprendidas pelos participantes de uma Missão Internacional à universidade americana, em novembro de 2014. “Esse workshop segue uma das premissas
Débora Franca/Fecomércio MG
Empresários, advogados, gestores, colaboradores e público em geral prestigiaram, em dezembro do ano passado, o workshop “Método Babson College de Pensamento e Ação Empreendedora”. O evento foi promovido pela Fecomércio MG e conduzido pelo profes-
Workshop sobre o Método Babson College abordou tendências em empreendedorismo
do Sistema Fecomércio MG, que é difundir conhecimento”, disse o diretor da Fecomércio MG José Donaldo Bittencourt Júnior, que representou no evento o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga. Um dos destaques da apresentação de Marcos Fábio foi o painel de debate sobre empreendedorismo em negócios familiares. Ele lembrou que as empresas geridas por membros de uma mesma família são maioria no setor terciário mineiro e que a linha de sucessão é o grande desafio para essas organizações. De forma descontraída e interativa com o público, Marcos despertou nos participantes a consciência de que eles também podem ser empreendedores, basta acreditar no próprio potencial de liderança. Segundo ele, o método pode ser aplicado em várias esferas da sociedade, seja no comércio, nas famílias, escolas ou comunidades.
FEcomércio informativo • Edição 395• 5
em missões internacionais para o fomento do setor terciário Inovação Inovar para se destacar. Essa é a chave do sucesso para os varejistas que querem sobressair no concorrido mercado brasileiro e, por que não, no mundial. A dica de quem entende do assunto é mostrar-se ao consumidor de um jeito diferente em meio a um vasto universo de opções e aproveitar as oportunidades que a tecnologia oferece para consolidar-se numa economia cada vez mais global. Estratégias como essa foram compartilhadas na Retail’s Big Show 2015, maior feira de varejo do mundo realizada em janeiro, em Nova York. A Fecomércio MG participou do evento em Missão Internacional liderada pelo Sebrae Minas, com o objetivo de capacitar multiplicadores para o fomento do setor terciário. O consultor e professor do curso de pós-graduação em Marketing de Varejo do Senac, Daniel Zanco, é um dos responsáveis por repassar esses conhecimentos. Aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, ele lembra: quem conhece o consumidor e sabe o que fazer com as informações sobre eles tem a receita do sucesso. “A necessidade dos clientes não mudou com o passar do tempo; eles querem sempre fazer o melhor negócio possível. As opções que eles têm à disposição é que mudaram, em virtu-
de do amplo acesso às informações”. Nesse sentido, o desafio para os varejistas é tentar “aparecer” para esse consumidor de um jeito diferente. Tecnologia a seu favor Quem pensa que as lojas físicas estão com os dias contados devido à influência da internet está enganado. Segundo os especialistas em varejo de várias partes do mundo que marcaram presença na Retail’s Big Show, o comércio online – e-commerce (leia mais na página 10) – não vai promover a extinção dos estabelecimentos com endereço físico, como apontam os mais apocalípticos. Quer um exemplo? Estudos comprovam que 95% das vendas no varejo americano são feitas por lojas com presença física. Em contrapartida, cresce a influência das pesquisas realizadas pelo consumidor sobre produtos e serviços por meio do celular, dentro dos estabelecimentos (de 5% em 2012 para 19% em 2013). Isso quer dizer que os empresários não precisam necessariamente vender pela internet, mas devem marcar presença no mundo virtual. “Para conquistar esse novo tipo de público digital e informado, o empresário tem que criar relevância para o seu produto ou serviço. Deve se questionar criticamente sobre os
motivos que levarão o consumidor a fechar negócio com ele”, ressalta Daniel Zanco.
Lições da Retail’s Big Show 2015 para o empresário varejista • Elabore uma estratégia para se destacar. Melhor preço, experiência de compra e sortimento de produtos são algumas opções. • Aposte no relacionamento com o cliente. Cadastre-o e fidelize-o. • Tenha múltipla presença, unindo o mundo físico e o virtual. Esteja sempre disponível ao consumidor. • Invista na personalização dos serviços. • Contrate colaboradores motivados e proativos. • Para reflexão: “O varejista que se preocupa apenas com a venda, não vende”. Priorize receber bem o seu cliente.
SAIBA MAIS Veja no site da Fecomércio MG outras reportagens sobre a Retail’s Big Show 2015 e notícias postadas pelo colaborador do Sistema Fecomércio MG Gabriel Ivo, que acompanhou o dia a dia da feira.
Izabela Ventura/Fecomércio MG
Pós NRF consolidou conteúdo da feira
Informações da Retail´s Big Show 2015 foram compartilhados no Pós NRF 2015 Tendências, tecnologias e soluções aprendidas pela comitiva que participou da Missão Internacional à Retail’s Big Show 2015 foram expostas a empresários e à sociedade em geral no Pós NRF 2015, realizado em Belo Horizonte em janeiro deste ano. O economista do Sistema Fecomércio MG, Gabriel Ivo, expôs aspectos da economia internacional, contextualizando o setor de
varejo nas estatísticas. “Não temos um cenário de crise, mas os desequilíbrios trazem grandes desafios. É preciso criar estratégias dentro dos estabelecimentos para evoluir o negócio”, esclarece. O consultor Daniel Zanco e participantes da missão destacaram casos de sucesso com empresas brasileiras e americanas que conseguiram superar a crise e se destacar
no mercado. Foram citados o programa de fidelidade da rede de supermercados Extra, a experiência de compras nas lojas da empresa de tecnologia Apple, programas de vantagens exclusivos para clientes cadastrados na farmácia americana Walgreens, entre outros. “Casos como esses podem ser aplicados ao varejo mineiro. A prioridade é conhecer melhor nosso cliente. No Brasil, muitas vezes fazemos isso de forma amadora, mas várias fórmulas podem ser expandidas”, afirmou o diretor da Fecomércio MG Rony Anderson de Andrade Rezende, no painel de debates que encerrou o encontro. O evento “Desafios e Oportunidades para o Varejo” foi fruto de parceria entre a Fecomércio MG, o Sebrae Minas, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), com o apoio da Associação Mineira de Supermercados (Amis).
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Entrevista
Inteligência nos negócios Izabela Ventura Como empresários mineiros podem manter seus negócios crescendo neste ano desafiador e de ajustes? Essa é uma das questões esclarecidas pelo economista Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, em entrevista ao Fecomércio Informativo. Ex-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), ele mostra a força do Estado, as principais barreiras ao crescimento e como manter a saúde financeira dos empreendimentos. “É necessário reduzir custos, buscar fontes alternativas de receitas e usar mais a inteligência digital e a tributária”, diz Oliveira, que está à frente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, da Associação dos Economistas de Minas Gerais e da MinasPart – Desenvolvimento Empresarial e Econômico. Confira.
O que ainda trava o desenvolvimento das empresas mineiras? Muita coisa já melhorou, principalmente para as pequenas e médias empresas. Um bom exemplo é o Simples Nacional, mas ele não é o bastante para que esse importante segmento possa ter uma atuação mais dinâmica. A grande burocracia e o emaranhado tributário, com cada município e Estado mantendo a sua própria lógica fiscal, são elementos dificultosos para a realização de qualquer negócio. A legislação trabalhista também conspira contra o crescimento econômico e é um forte impeditivo ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas. Quais projetos e investimentos seriam interessantes para o desenvolvimento do setor terciário? O Brasil precisa urgentemente voltar a se reconciliar com o crescimento econômico vigoroso e contínuo. Os melhores investimentos, além das reformas infraestruturais e institucionais, são a busca pelo resgate da confiança do empresariado, independentemente do seu porte, nos diversos níveis de governo. Sem confiança nas ações governamentais, não há possibilidade de prosperar.
Davi Martins
Em sua opinião, o que mais se destaca na economia de Minas Gerais? Minas Gerais conta com a segunda maior população do Brasil e dispõe do terceiro Produto Interno Bruto (PIB) estadual, com vários municípios bem classificados no Índice de Potencial de Consumo. De forma natural e espontânea, esses fatores já posicionam o Estado muito bem em termos de mercado de consumo. O setor terciário responde por cerca de dois terços do PIB mineiro. Além disso, nossa situação geográfica é privilegiada e a dimensão econômica é similar à de vários países – Minas Gerais é maior, por exemplo, do que Bolívia, Paraguai e Uruguai juntos.
Nosso acervo histórico constitui-se como o mais importante ativo cultural do Brasil e, ao lado das estâncias hidrominerais, das cidades históricas e da gastronomia, revelam-se vetores dinâmicos e importantes de nossa economia.
Para Carlos Alberto de Oliveira, é preciso reduzir custos e apostar na inovação
Qual é a importância das instituições financeiras no fomento do comércio? Não há como imaginar a busca pelo desenvolvimento dissociada da presença de instituições financeiras fortes e saudáveis, mantendo interação dinâmica com o setor terciário. Elas são fundamentais, principalmente para o financiamento de suas atividades – não apenas para capital de giro, mas essencialmente para o financiamento dos investimentos de médio e longo prazo. Lamentavelmente, a estrutura de custos e a carga tributária elevadíssima do Brasil não permitem a prática de taxas de juros condizentes com as necessidades do setor produtivo. O país continua liderando a mais absurda taxa de juros real do mundo, os prazos são curtos e o volume de recursos disponibilizados ainda é, também, relativamente escasso. Em um ano desafiador, o que os empresários precisam focar para manter a saúde financeira de seus empreendimentos? Em primeiro lugar, manter a liquidez e contratar empréstimos e financiamentos apenas para investimentos considerados inadiáveis e com altas taxas de retorno. Precisam ser absolutamente seletivos na concessão de créditos a clientes. É necessário reduzir custos, buscar fontes alternativas de receitas (como via exportações) e usar mais a inteligência digital e a tributária. Qualificar os funcionários e melhorar a produtividade. Apostar na inovação e na tecnologia. Enfim, ser competitivo.
“O Brasil precisa urgentemente voltar a se reconciliar com o crescimento econômico vigoroso e contínuo.”
FEcomércio informativo • Edição 395• 7
Divulgação Ecológico
meio ambiente
ÁGUA
“Enquanto há vida, há esperança” Hiram Firmino editor da Revista ECOLÓGICO
A famosa afirmação acima encerra brilhantemente o filme “A Teoria de Tudo”, sobre a história de vida e superação do astrofísico inglês Stephen Hawking. Imperdível, ele deveria ser assistido por toda a humanidade, diante da crise hídrica que ameaça toda a vida na Terra. Bastaria pedir licença a Stephen e trocar “vida” por “água” que conseguiríamos tornar mais explícito ainda o seu recado. Afinal, todos nós sabemos disso e fingimos esquecer que não existe vida sem água. Muito menos água sem floresta. Simples assim. Mas parece ser um recado dificílimo para aceitarmos.
“Em plena crise hídrica, é possível ouvir gente falando em construir obras faraônicas.” Por que continuamos degradando tanto esse recurso natural estratégico? Porque somos arrogantes. Porque ainda acreditamos, mesmo veladamente, sermos o centro do Uni-
verso, maiores e mais poderosos que a natureza. E que ela pode ser domada. É essa nossa ignorância continuada, essa falta de Deus e de amor ao meio ambiente, que está nos levando à falta d’água e à crise de abastecimento que o “Brasil do futuro” vive hoje. Mais triste que assistirmos a 25 milhões de irmãos brasileiros sem água para saciar sua sede, tomar banho e limpar a casa, vide o que já acontece em São Paulo, é ver a reação equivocada de todos no enfrentamento da crise. Em vez de ouvir, ver e perguntar à natureza o que devemos fazer para preservar suas nascentes e seus rios, como ela mesma faz gratuitamente e com competência desde quando não estávamos neste planeta, a quem recorremos? À nossa visão limitada, sem sabedoria. A primeira providência que nos ocorre também é igualmente limitada, emocional e míope. Em plena crise hídrica, é possível ouvir gente falando em construir obras faraônicas, fazer barragens e emendar rios já mortos e poluídos, como vem acontecendo com o antiecológico e insustentável projeto de transposição do São Francisco. Permitimos a devastação da Amazônia, a maior e última grande floresta úmida do planeta e insistimos em transpor água para onde é deserto, mas a geografia da natureza já decidiu o contrário. É só fazer a conta: fica mais
barato levarmos o ser humano para próximo das águas do que mudar o planeta por causa dele. O resultado bíblico também aí está. O que não fazemos por amor (preservar nossas nascentes, rios e matas ciliares), agora será feito por meio da dor. As águas sempre nos fizeram viver de maneira incondicional. A natureza sempre foi assim. Ela não ama nem desama ninguém. Ela é e proporciona a vida na Terra. Isso só já faz dela um milagre! Melhor é sobrevivermos e aprendermos como Stephen Hawking nos ensina. Desenganado pelos médicos, ele tinha apenas dois anos a mais de vida quando foi diagnosticado com uma doença degenerativa e incurável. Hoje, Stephen continua vivo, estudando e querendo entender quando o tempo e a idade cósmica foram criados. Ele é um exemplo positivo da nossa resiliência, do nosso espírito de sobrevivência e encantamento diante do Universo que um dia nos fez nascer neste planeta, o único ainda com água do Sistema Solar. Obrigado, crise hídrica, por abrir nossos olhos enquanto os fechávamos para a realidade ignorante que vivemos. Enquanto houver água e o relógio da natureza nos der tempo, haverá a esperança de aprendermos a viver com mais consciência e respeito à vida. Vivamos!
Está
faltando água em
nossa região.
Lavar roupa todo dia...
O ideal é juntar bastante roupa antes de ligar a máquina. Procure utilizá-la cheia e no máximo 3 vezes por semana.
Regando o jardim
Ao molhar as plantas, use um regador. No verão, faça isso de manhã ou à noite, para reduzir a evaporação. No inverno, a rega pode ser dia sim, dia não, pela manhã. Mangueira com esguicho revólver também é eficiente. Com ela economiza-se 96 litros de água por dia.
Faça sua parte. O planeta precisa de cada um de nós para continuar oferecendo esse recurso tão importante para a nossa vida.
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www.fecomerciomg.org.br
Fecomércio, Sesc e Senac. Integração para uma Minas Gerais cada vez mais forte.
O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac trabalham juntos diariamente para fortalecer o comércio de bens, serviços e turismo. Seja representando empresas e sindicatos do Estado ou levando educação e bem-estar para todos, o Sistema já é parte importante da vida dos mineiros e do desenvolvimento de toda Minas Gerais.
Fecomércio • Consultoria e representação legal para centenas de empresas. Sesc • Bem-estar e transformação social, pela prestação de serviços de excelência. Senac • Da capacitação à pós-graduação.
FEcomércio informativo • Edição 395• 9
sindicatos
FECOMÉRCIO MG FECHA NOVA CONVENÇÃO COLETIVA Como representante legítima das categorias inorganizadas do comércio de bens, serviços e turismo no Estado de Minas Gerais, a Fecomércio MG celebrou uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Federação dos Empregados no Comércio e Congêneres de Minas Gerais (Feccoemg), para o ano de 2015. A nova CCT, assinada em fevereiro, tem vigência de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015, com database da categoria em 1º de janeiro. Em encontro realizado com o presidente da Feccoemg, Levi Fernandes Pinto, na presença de representantes das comissões de negociação coletiva de ambas as entidades, o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, reforçou a importância da negociação. “Trata-se de um exemplo do resultado a que se pode chegar quando há o empenho das partes envolvidas. O papel da área Jurídica da Fecomércio MG, em conjunto com a equipe da Feccoemg, foi fundamental”, afirmou. Pela nova CCT da Fecomércio MG, o piso salarial da categoria passou de R$ 762,50 para R$ 831,00, com reajuste geral de 7% para quem ganha acima do piso. Os feriados de 2015 em que os empresários poderão utilizar a mão de obra do empregado também foram definidos. “Pela legislação vigente, a jornada de trabalho em feriados só pode ocorrer se houver autorização expressa em uma CCT”,
explica a advogada da Fecomércio MG Poliana Oliveira. Regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho, a CCT é um instrumento normativo que permite aos sindicatos patronais e laborais estipular condições de trabalho aplicáveis às suas respectivas categorias econômicas e profissionais, como piso salarial, abertura em feriados e banco de horas. “Por meio de negociações coletivas, sindicatos, federações e confederações buscam soluções para as categorias que representam, com pleitos e concessões mútuas”, diz Poliana. Negociação em tempo recorde A nova CCT celebrada entre a Fecomércio MG e a Feccoemg foi assinada dois meses antes do prazo médio praticado nos últimos cinco anos, beneficiando as partes envolvidas. “Com a negociação realizada em tempo recorde, considerando os últimos cinco anos, os empresários conseguirão efetuar o pagamento retroativo do reajuste sem maiores implicações, enquanto os empregados poderão ter seus salários reajustados com maior antecedência. Para que isso fosse possível, ambas as entidades deram início às negociações em dezembro de 2014. Foram mais de seis encontros em apenas dois meses”, ressalta a advogada. A Fecomércio MG presta assessoria técnica nos processos de negociação coletiva aos sindicatos filiados e conveniados. “Zelamos pela preservação do equilíbrio na
relação capital-trabalho, a fim de viabilizar a continuidade saudável do exercício das atividades empresariais no contexto atual. O empresário que segue as cláusulas estabelecidas nas CCTs celebradas por sua categoria previne passivos trabalhistas e conflitos indesejados”, afirma. Mariana Medina/Fecomércio MG
Mariana Medina
Presidente da Feccoemg, Levi Fernandes Pinto, e o presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga As CCTs firmadas pela Fecomércio MG e sindicatos são disponibilizadas no portal da Federação, sendo separadas por categoria e data-base. O corpo jurídico da entidade está à disposição dos empresários para esclarecer dúvidas pelo e-mail juridico@fecomerciomg. org.br.
A importância do correto enquadramento sindical Mariana Medina Definir o sindicato patronal que deverá representar a empresa pode não ser tão simples. As dúvidas sobre enquadramento sindical são frequentes entre empresários e contadores, havendo o risco de gerar passivo trabalhista indesejado para o negócio, caso não procurem uma assessoria jurídica especializada no assunto. O erro mais comum é vincular o conceito legal de atividade preponderante, contido na norma do §2º do art. 581 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), à atividade
principal descrita na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). “O que deve ser considerado é aquilo que é traduzido a partir da descrição do objeto social da empresa”, explica o coordenador jurídico sindical da Fecomércio MG, Júlio Linhares. No intuito de orientar e fortalecer o comércio de bens, serviços e turismo no Estado de Minas Gerais, a Fecomércio MG oferece aos empresários do setor um serviço gratuito de consulta com emissão de parecer sobre enquadramento sindical. Para acessá-lo, basta preencher o formulário online disponibilizado no site da Federação (veja o link ao lado).
“O departamento Jurídico da Fecomércio MG analisa os casos seguindo o entendimento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a respeito do assunto, dando mais segurança e credibilidade ao empresário que faz o enquadramento sindical conforme o parecer realizado”, afirma Linhares.
ACESSE: www.fecomerciomg.org.br/produtos-e-servicos/ juridico/enquadramento-sindical
10 • FECOMércio informativo • edição 395
negócios
Comércio eletrônico em crescimento contínuo Além de melhorar resultados na loja física, vendas online podem ser oportunidade de inovação Mariana Medina Nem mesmo a desaceleração da economia fez com que as vendas no comércio eletrônico brasileiro recuassem. A projeção da E-bit, empresa que fornece dados sobre o comércio online no país, é que o crescimento desse segmento em 2015 seja de aproximadamente 20% em relação ao ano passado, atingindo a marca de mais de 60 milhões de consumidores e um faturamento de R$ 48 bilhões até dezembro. Parte do empresariado mineiro já enxergou as vantagens do e-commerce e hoje o Estado é detentor de 9,53% da receita oriunda de vendas online no Brasil, atrás apenas de São Paulo (44,88%) e Rio de Janeiro (14,55%). No entanto, apesar das boas projeções, 82,7% dos 378 empresários do varejo que participaram da última pesquisa de opinião sobre comércio eletrônico, realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG em agosto de 2014, revelaram ainda não ter interesse em investir na área. Falta de recursos (19,4%) e de maior infraestrutura para o atendimento e conhecimento sobre o assunto (12,9%) foram os principais motivos apresentados. Mas o consultor e professor da PUC Minas Hélvio Tadeu Cury garante: custo não
é a maior barreira. “Antes, o empresário tinha receio em investir no segmento em função de questões de segurança e do alto custo da transação online. Hoje, a confiança está garantida e o valor é relativamente baixo. A grande dificuldade mesmo está em como desenvolver esse novo ponto de vendas”, afirma. O especialista apresenta algumas recomendações para planejar o investimento em e-commerce (veja quadro). Oportunidade de inovação A direção da Maria Chocolate, loja mineira de chocolates artesanais que também oferece cursos e produtos de confeitaria desde 1990, apostou no e-commerce e teve sucesso. “Oferecemos 70% dos nossos produtos na loja virtual, inaugurada em 2012. O investimento alavancou as vendas na loja física e nos garantiu clientes em todo o Brasil. Hoje o comércio online representa 20% de todo o nosso faturamento”, conta a diretora da empresa, Vanessa Campos. Ela ainda afirma que o desafio de criar uma loja virtual provocou mudanças positivas no negócio como um todo: “Foi necessário implantar melhorias em processos internos e capacitar o nosso pessoal. A estrutura física da loja também sofreu mudanças. Desenvolvemos novas embalagens e
firmamos parcerias com os Correios. Foi um processo árduo.” O sucesso do investimento em e-commerce depende muito da capacidade de inovação do empresário, explica o professor Cury. “Precisamos abandonar a ideia de que a loja física vai acabar. O que vai acontecer é que o empresário precisará repensar o diferencial oferecido ao cliente que se dispõe em ir até a loja física, tendo a comodidade de fazer uma compra online. E isso é uma oportunidade”, diz.
Passos para investir em e-commerce • Estude cases de sucesso de e-commerce no seu segmento de atuação. • Avalie sua vocação para inovar, pois o comércio eletrônico lhe exigirá repensar muitos aspectos do negócio. • Desenvolva um bom site. • Invista em um ótimo plano de vendas. • Defina sua área geográfica de atuação em função dos serviços de logística de entrega disponíveis. • Planeje-se financeiramente para sustentar a nova operação. • Invista na capacitação dos seus funcionários para a nova realidade do negócio.
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FEcomércio informativo • Edição 395• 11
empreendedorismo
Alessandro Carvalho
Ser pequeno é só um estágio no caminho do crescimento Olavo Machado Júnior Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas
Banco de imagens
Cumprindo a regra de alternância dos setores produtivos na direção do Sebrae Minas, estabelecida no modelo de governança da instituição, assumi a sua presidência no começo do ano, representando a indústria. Recebi a tarefa com respeito e consideração ao competente trabalho da gestão anterior (período 2011-2014) sob o comando do presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga. Estou ciente dos desafios que virão e pretendo dar sequência à atuação do meu antecessor, colaborando para que a instituição evolua em sua estratégia de fomento ao empreendedorismo e apoio aos pequenos negócios. É um ambiente que conheço bem. Na virada dos anos 80 para 90, testemunhei o nascimento do Sebrae, cuja origem foi o Centro de Assistência Gerencial de Minas Gerais (Ceag/ MG). A história mostra que o Sebrae/Ceag nasceu em um momento importante da nossa história, marcado por um notável processo de industrialização no país e em Minas Gerais.
Nas décadas seguintes, tive a honra de acompanhar o crescimento da instituição que hoje é fundamental em sua missão de apoiar as Micro e Pequenas Empresas (MPEs). Com oito regionais, 57 escritórios que alcançam todos os municípios mineiros, um corpo técnico capacitado em nível de excelência e centenas de projetos e ações em vários segmentos, o Sebrae é o símbolo do empreendedorismo. Com o seu apoio, as MPEs e os Microempreendedores Individuais (MEIs) podem almejar o crescimento e a sustentabilidade. Assim, à frente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, meu objetivo é propiciar condições e oportunidades para que o pequeno negócio seja apenas um estágio inicial e que esses empreendimentos possam crescer e avançar, tornando-se médias e grandes corporações. Para isso, contamos com a parceria do poder público, entidades de classe, agentes financeiros, universo empresarial e instituições acadêmicas. O próprio modelo de governança
do Sebrae reforça essa visão na medida em que evidencia a importância de contar com entidades parceiras ativas no fomento ao empreendedorismo e na defesa dos interesses dos pequenos negócios.
“Ciente dos desafios que virão, pretendo dar sequência à atuação do meu antecessor.” Ainda no campo das parcerias, entendemos que às ações do Sebrae devem se somar as expertises do Sesi, Senai, Sesc, Senac, Senar, Senat e demais entidades do Sistema S. Contando sempre com a colaboração dos nossos parceiros vamos somar forças para reduzir os entraves que ainda restringem a evolução dos pequenos negócios e consolidar o setor. A informalidade e o elevado nível de mortalidade das micro e pequenas empresas se destacam entre os principais obstáculos a superar. Na presidência do Sebrae Minas, em solidária união com os membros do nosso Conselho Deliberativo, pretendo criar condições para apoiar e fortalecer as entidades representativas de todos os segmentos empresariais. Trabalho com a convicção de que o Sebrae se fortalece ao ter, ao seu lado, as lideranças empresariais mineiras. Parceria, participação, associativismo e solidariedade tornam-se, assim, palavras de ordem na concepção e condução de programas e projetos que beneficiem e assegurem a evolução dos MEIs e das MPEs. Tenho uma crença e dela não abro mão: os pequenos de hoje só serão grandes no futuro se dermos a eles condições para evoluir e progredir.
12 • FECOMércio informativo • edição 395
CRCMG
O PROCEDIMENTO ARBITRAL Walter Roosevelt Coutinho Vice-Presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais Para evitar a morosidade da Justiça brasileira, muitos empresários têm optado pelo
também a presença de um perito contador ao
Estima-se que, entre a instalação do proce-
lado do advogado para auxiliá-lo na mensu-
dimento e a sentença arbitral, sejam consu-
ração dos efeitos patrimoniais decorrentes
midos 180 dias.
da decisão arbitral para antever, para efeito
Outro aspecto interessante é que as par-
de fluxo de caixa, eventual desembolso ou
tes escolhem livremente as regras de direito
redução de previsão de recebimento.
que serão aplicadas, sem violar os bons costumes e a ordem pública.
procedimento arbitral em desfavor do pro-
O perito contador tem o papel de auxi-
cesso judicial, quando a matéria trata de di-
liar as partes na indicação e arrecadação dos
Por ser um trabalho conjunto, harmônico
reitos patrimoniais disponíveis (discussões
documentos essenciais para produzir prova
e não engessado pelo Código de Processo
sobre execução de contratos, dívidas, maté-
com o objetivo de se obter uma sentença lí-
Civil, o resultado prático é a agilidade no
rias societárias e outras). Entre as principais
quida. O árbitro ou o tribunal arbitral tam-
desenvolvimento dos trabalhos e prestação
razões para se optar pela arbitragem estão o
bém podem contratar um perito contador,
jurisdicional mais eficaz, em benefício de
tempo médio para solução de conflitos no
que emitirá laudo sobre questões envolven-
todos. A sentença arbitral produz, entre as
Poder Judiciário e o elevado custo financei-
do a escrituração e documentação contábil,
partes e seus sucessores, os mesmos efeitos
ro das ações.
cálculo de valores devidos, demonstrativos
da sentença proferida pelos órgãos do Poder
A rapidez do procedimento arbitral exige
de excesso ou falta de pagamentos e outras
Judiciário e, sendo condenatória, constitui
agilidade na preparação dos documentos e
questões envolvendo aspectos patrimoniais.
título executivo.
fecon/mg
Eventos que movimentam a Fecon em 2015 A Federação dos Contabilistas do Estado
vez expandindo o evento para Uberlândia,
tábil do movimento sindical e da luta para
de Minas Gerais (Fecon-MG) participará de
no Triângulo Mineiro. Um momento único
melhoria contínua da classe. Serão realizadas
diversos eventos neste ano, com o objetivo de
para o profissional contábil participar de uma
palestras com temas diversos e disponibili-
integrar e atualizar conteúdos aos profissio-
programação bem planejada e trabalhada. A
zadas oportunidades únicas de negócios. O
nais contábeis. Congressos, convenções e ini-
convenção acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de
evento é uma parceria entre a Fecon-MG e
ciativas de sucesso integram a programação.
junho e a Fecon-MG participará com um es-
o Sindicato dos Contabilistas e Auxiliares de
Uma delas é a Caravana do Saber que, pelo
tande divulgando o movimento sindical com
Contabilidade de Varginha.
sexto ano, proporciona a todos os profissio-
ações modernas e pontuais, a representativi-
Já o objetivo do VI Encontro dos Contabi-
nais da contabilidade de Minas a educação
dade contábil e o seu desenvolvimento e orga-
listas do Estado de Minas Gerais (VI Eicon-
continuada, por meio do Sindicato dos Con-
nização, além de benefícios para o profissio-
-MG) é propiciar aos profissionais contábeis
tabilistas (Sindicont). O planejamento prevê a
nal da área.
momentos de cultura, esporte, lazer e intera-
execução de mais de 200 cursos em 2015, que
A cidade de Varginha sediará, nos dias 30
ção familiar. Haverá uma peça teatral focada
levarão conhecimento para mais de 8 mil pro-
e 31 de julho, o II Congresso de Contabilida-
em temas contábeis, campeonatos esportivos,
fissionais e alunos da área contábil, atendendo
de do Sul de Minas, mais uma iniciativa da
espaço infantil e um delicioso jantar dançante,
tanto ao interior quanto à capital mineira.
Fecon/MG, Sindcont-Varginha e Instituto de
que trazem bons momentos de descontração e
A 10ª Convenção de Contabilidade de
Pesquisa e Estudos Contábeis (Ipecont) para
interatividade. O encontro ocorre nos dias 25,
Minas Gerais (CRCMG) inova mais uma
aproximar cada vez mais o profissional con-
26 e 27 de setembro, no Sesc Venda Nova.
FEcomércio informativo • Edição 395• 13
jurídico
A NECESSIDADE DO REGISTRO DA MARCA Jean Maia Leite e Frederico Franco Orzil AdvogadoS da Orzil & Leite – Propriedade Intelectual Sem dúvida, uma das mais importantes providências de um empresário atualmente é buscar a devida proteção de suas marcas. Elas garantem o retorno de seus investimentos, assim como a lealdade e preferência do consumidor. A individualização de um serviço ou produto com a utilização do sinal da empresa o distingue dos demais concorrentes e quando o nome da marca é articulado, traz à memória do consumidor a natureza e a procedência do produto onde, inconscientemente, serão valorados as qualidades e os defeitos. Marca, segundo a Lei de Propriedade Industrial (Lei 9279/96), é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas. A marca registrada garante ao seu titular o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica. No Brasil, o sistema de proteção às marcas é o Sistema Atributivom, com algumas exceções ao Sistema Declarativo, no qual, em regra, o registro será concedido ao primeiro depositante que preencha os requisitos, quais sejam: anterioridade, novidade, veracidade, licitude e distintividade. A marca é registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e poderá ser requerida tanto por pessoas jurídicas quanto por pessoas físicas – essas, com ressalvas. O INPI separou em classes os ramos de atividades dos produtos e serviços, ou seja, a marca para ser requerida tem que estar situada na classe adequada ao objeto social da empresa. Em nossa legislação impera o Princípio da Especificação, que tem como consequência dar proteção à marca apenas nas classes nas quais venham a ser registradas. Em outras palavras, a lei permite a existência entre símbolos semelhantes em ramos mercadológicos distintos. Uma marca pode ser registrada com a apresentação figurativa, nominativa e mista. A for-
ma mista é uma das modalidades mais utilizadas, uma vez que são depositadas, ao mesmo tempo, a expressão nominativa e a figura/logotipo. Depositar um pedido de marca não significa que ela será registrada. Somente depois do exame substantivo, no qual todas as condições de registrabilidade são verificadas e buscas de anterioridades são efetuadas, é que seu pedido será decidido. Entretanto, ao depositar o registro, já nascem alguns direitos, principalmente, o de defender a futura marca registrada. Basicamente esse processo leva de três a cinco anos no Brasil e passa por algumas etapas, como: a comunicação do pedido de registro para que terceiros se oponham; o deferimento; a concessão, que possibilita a terceiros pedirem a nulidade. Os registros das marcas devem ser feitos por um profissional especializado dada a complexidade da matéria, podendo ser um advogado ou agente de propriedade industrial para proceder com o pedido e analisar todos os pontos técnicos para o êxito.
“A marca registrada garante o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica.” Assim, para que os empresários se protejam de ações judiciais que visem indenizações e abstenção de uso de marca ou de nome empresarial, é necessário proceder com o pedido de registro. Afinal, há que se preservar a ideia, a criação de marketing e os investimentos despendidos.
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14 • FECOMércio informativo • edição 395
Izabela Ventura/Fecomércio MG
jurídico
Desaposentação: a aposentadoria justa Tiago Ferreira Gonzaga Advogado Rosa Amasiles & Advogados Associados A aposentadoria é preocupação constante para a maioria dos profissionais de todo o mundo, e o Brasil está entre os países em que mais pessoas têm dúvidas sobre como irão se sustentar quando a vida profissional chegar ao fim. É o que mostra uma pesquisa da Accenture com mais de 8 mil trabalhadores de 15 países, com idade entre 25 e 60 anos. Segundo o levantamento, 90% dos brasileiros se dizem preocupados com sua situação financeira após a aposentadoria. É mais do que a média global, de 82%, e o quinto país em que o índice é mais alto. Apenas 13% da população do Brasil está confiante de que a atual situação financeira será suficiente para o sustento após o fim da vida profissional.
“A alternativa para aumentar a renda pode estar na chamada desaposentadoria.”
Tanto que muitos brasileiros que se aposentaram mais jovens permanecem laborando na expectativa de melhorar seus vencimentos. Mas, e quando o corpo não aguentar mais os esforços do labor diário? Restará apenas aquele benefício anteriormente concedido para custear a fase de vida mais cara? A alternativa para aumentar a renda pode estar na chamada desaposentação ou desaposentadoria. Trata-se do ato de renunciar ao atual benefício para obter um novo em condições mais favoráveis. Mas é viável apenas para os segurados que continuaram trabalhando ou trabalharam por algum tempo depois de aposentados. Mas se engana aquele que acha simples esse tipo de procedimento. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não permite ao segurado a renúncia ao seu benefício de aposentadoria, conforme o § 2º do art. 18 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 (Plano de Benefícios). Ocorre que o benefício previdenciário é um direito patrimonial disponível, sendo, portanto, passível de renúncia, especialmente quando for possível ao segurado obter benefício ainda mais vantajoso.
Porquanto não exista qualquer previsão legal expressa quanto à desaposentação, quer se considere a Constituição Federal ou a legislação infraconstitucional, e tampouco norma proibitiva, a saída para obtenção de um provento maior é a Justiça. O principal argumento das ações em tramitação sobre o tema é o de que é injusto que os beneficiários que continuam trabalhando não tenham como reaver as contribuições feitas após a aposentadoria. Outro ponto que merece destaque é a questão da necessidade de devolução dos valores referentes aos proventos recebidos até o momento da concessão da nova aposentadoria. Segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça os valores recebidos a título de benefício de aposentadoria são verbas de natureza alimentar e irrepetíveis, pois se destinaram a garantir a subsistência do trabalhador. Portanto, as expectativas são muito positivas para os mais de meio milhão de brasileiros que, segundo a Previdência Social, possuem esse direito.
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FEcomércio informativo • Edição 395• 15
Fecomércio MG na Borsa Internazionale Del Turismo Mariana Lima Analista de Turismo da Fecomércio MG
Minas Gerais esteve presente na Borsa Internazionale Del Turismo (BIT), uma das mais importantes feiras de turismo do mundo, que aconteceu em fevereiro deste ano em Milão, na Itália. A delegação mineira fez parte de um grupo brasileiro de 19 pessoas, o maior da feira. Tive a honra de participar como uma das representantes do Estado pela Fecomércio MG e percebi que o evento vem seguindo tendências internacionais ao adotar, desde 2014, o programa de hosted buyer, no qual compradores são convidados a participar para realizar negócios com expositores. Muitas feiras internacionais adotam essa modalidade no intuito de garantir que operadores, organizadores de eventos e demais fornecedores do mercado MICE (Meetings, Incentive, Congresses and Exibithions) tenham a oportunidade de estar em contato com os principais compradores e contratantes do mundo.
“muitos apostaram nos espaços para encontros em grupo, em vez dos tradicionais encontros individuais.” Outra particularidade da BIT é a forma de montagem dos estandes dos expositores. Além de se dividirem por regiões, o que agrega e fortalece a venda do destino, muitos apostaram nos espaços para encontros em grupo, em vez dos tradicionais encontros individuais. Isso permi-
Divulgação Borsa Internazionale Del Turismo
Alberto Wu
TURISMO
Feira de Turismo na Itália mostra tendências do setor tiu que os expositores apresentassem o destino tanto por meio de um vídeo, que sensibilizou os clientes, quanto por meio de um bate papo. Esse formato de apresentação também pode ser visto em outras feiras internacionais que contam inclusive com estandes de dois andares, no qual o segundo é destinado a trabalhos em grupo. Algumas feiras de turismo brasileiras começaram recentemente a oferecer o programa de hosted buyer, mas muitos expositores nacionais ainda não possuem um trabalho de inteligência de participação em eventos desse tipo para aproveitarem ao máximo os clientes agendados. A ideia de encontros em grupo pode – e deve – ser utilizada nesses casos, para maximizar a comercialização do destino. A Itália receberá, entre os dias 1º de maio e 31 de outubro, a Exposição Mundial 2015. A Expo é o terceiro maior evento do mundo, atrás da Copa e das Olimpíadas, e é realizada a cada cinco anos, sempre em um país diferente. “Nutrir o Planeta, Energia para a Vida” é o tema do evento que reunirá mais de 150 países, incluindo o Brasil, em 110 hectares para tratar do passado e do presente da alimentação, com o
objetivo de traçar cenários futuros para a área. O Brasil pretende mostrar, durante os meses de duração do evento, sua capacidade tecnológica para ampliar a produção de alimentos e atender às demandas mundiais de forma sustentável. De acordo com a Apex Brasil, em 50 anos, a produção brasileira de grãos passou de 17,2 milhões de toneladas para 150,8 milhões. Essa é uma excelente época para empresários do setor alimentício visitarem o país europeu, conhecerem tendências mundiais do setor e se prepararem para o que está por vir. Aproveitando toda a visibilidade italiana com a Exposição Mundial 2015, e a importância da BIT para o país, havia na feira um grande estande da Expo com informações sobre o evento e divulgação de ações que acontecerão durante os próximos meses. Além dos encontros realizados, a participação na BIT e outros grandes eventos é extremamente importante para acompanhar as tendências internacionais e apresentá-las aos empresários brasileiros, que precisam se adaptar ao mercado globalizado competitivo onde não há mais limites territoriais e destinos de diversos continentes concorrem entre si.
16 • FECOMércio informativo • edição 395
QUANTO MAIS PRÓXIMO O SEBRAE FICA, MAIS LONGE O SEU NEGÓCIO VAI. DE 2011 A 2014, O SEBRAE REALIZOU 736.540 ATENDIMENTOS EM 640 MUNICÍPIOS MINEIROS. Isso significa milhares de micro e pequenos empreendedores com mais apoio, mais oportunidade, mais confiança no futuro. E mais desenvolvimento para o estado inteiro.
BLOG
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FEcomércio informativo • Edição 395• 17
economia
Alberto Wu
O porquê das previsões Caio Gonçalves economista da Fecomércio MG
A vida é um jogo de escolhas repleto de pontos cruciais que exigem decisões com
o futuro e o conhecimento sobre ele se torna atrativo por todos.
tras preocupações como testar as teorias econômicas, fornece técnicas para previsão que permitem as estimativas de valores futuros
potencial para marcar uma trajetória, seja
A utilização de informações sobre a pos-
de um indivíduo ou de uma empresa. E não
teridade nos orienta no presente e faz com
de determinadas variáveis.
há nada melhor do que tentar antever o que
que fiquemos mais conscientes das nossas
acontecerá no futuro.
decisões atuais. Mesmo que não exista uma
“Estamos na era da informação e não faz sentido não usá-la em benefício das organizações.”
Nem sempre percebemos, mas as escolhas
certeza absoluta sobre o que acontecerá, ter
estão presentes em todo o nosso cotidiano.
conhecimento das possibilidades já é um
Se decidimos levantar ou não após o des-
grande passo.
pertador tocar, o que tomaremos no café da
Para isso, a ciência propõe métodos para
manhã, se optamos por uma comida saudável
tentar prever o que está por vir e, assim, pos-
ou não no almoço. É claro que existem ní-
suir maior controle sobre aquilo que se tenta
veis diferentes de dificuldades nas escolhas.
decidir. Estamos na era da informação e não
A profissão a seguir ou a compra de ações de
faz sentido não usá-la em benefício próprio
determinadas companhias, neste momento,
e das organizações. Se possuímos mais co-
são decisões mais difíceis. Não é diferente
nhecimento, tomamos decisões mais cons-
no dia a dia das empresas e entidades, em
cientes.
A área de Estudos Econômicos da Feco-
que as resoluções estão completamente inse-
Não há dúvidas sobre a importância dos
mércio MG está em fase de testes em seus pri-
ridas na busca por bons resultados e outros
indivíduos e das empresas, de suas expectati-
meiros modelos de previsão com o intuito de
objetivos que impactam a sociedade. Com
vas e de suas ações em conjunto para a econo-
fortalecer ainda mais as análises, os estudos e
isso, cresce a necessidade de tentar anteci-
mia; e nada mais natural do que acompanhar
as pesquisas desse setor, que trata e dissemina
par o que vem pela frente. Saber quais serão
os movimentos dela e conhecer o contexto no
as informações econômicas de maneira sim-
as consequências das decisões tomadas no
qual todos nós estamos inseridos.
plificada e com qualidade. Tudo isso para for-
presente, os próximos passos, como se com-
Nessa linha, a economia possui um ramo
necer um insumo a mais para a tomada de de-
portarão posteriormente as informações que
chamado Econometria – um mix de estatísti-
cisões dos empresários do comércio de bens,
temos hoje, entre outras coisas. O olhar para
ca, matemática e economia – que, entre ou-
serviços e turismo de Minas Gerais.
Acompanhe as pesquisas da área de Estudos Econômicos no portal da Fecomércio MG: www.fecomerciomg.org.br
18 • FECOMércio informativo • edição 395
ÍNDICES ECONÔMICOS
Notas Empresariais Bahamas, rede de supermercados com sede em Juiz de Fora, terá aportes que podem ultrapassar os R$ 60 milhões em 2015. O grupo já dá como certo inaugurar quatro novas lojas em Minas Gerais e o terminar a expansão do Centro de Distribuição, localizado na mesma cidade da matriz. Com as novas lojas, o grupo terá 37 unidades espalhadas pelo Estado, além da expectativa de geração de pelo menos 900 empregos. Eletrozema, empresa do Grupo Zema com sede em Araxá, captou R$ 130 milhões por meio da emissão de debêntures. Parte dos recursos será usada no projeto de abertura de 25 novas lojas neste ano, orçado em R$ 20 milhões. O dinheiro também será utilizado na extensão do prazo da dívida da empresa e para compor seu capital de giro. Localiza, empresa belo-horizontina que oferece serviços de locação de veículos, prevê a aquisição de cerca de 74 mil carros para a renovação da frota das divisões de aluguel e gestão de frotas. O investimento estimado é da ordem de R$ 2,3 bilhões, porém, as aquisições para a expansão da frota não estão incluídas nesse total, o que indica que o aporte pode ser ainda maior. Park Idiomas, rede de franquias mineira de ensino, vai abrir 24 unidades em 2015, sendo 18 em cidades de Minas. O investimento necessário para a abertura de cada unidade vai de R$ 105 mil a R$ 240 mil, sendo que o montante varia conforme a reforma necessária para adequação do ponto, tamanho e porte do imóvel.
Como atualizar sua dívida pelo INPC: FEVEREIRO/2014 Mês/Ano
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
JANEIRO
1,53065786
1,43748783
1,38068924
1,29684556
1,22251778
1,15117069
1,09050933
1,02657168
FEVEREIRO
1,52016869
1,42834642
1,36864517
1,28476874
1,21631457
1,14067647
1,08368213
1,01160000
MARÇO
1,51290674
1,42393223
1,35913125
1,27786825
1,21158937
1,13477564
1,07679067
1,00000000
ABRIL
1,50523007
1,42109005
1,34954945
1,26948962
1,20941243
1,12800759
1,06803280
–
MAIO
1,49565786
1,41331680
1,33976913
1,26041463
1,20172141
1,12139138
1,05976662
–
JUNHO
1,48143607
1,40488748
1,33403279
1,25327099
1,19514810
1,11748020
1,05344595
–
JULHO
1,46807657
1,39901163
1,33550184
1,25051984
1,19204877
1,11435999
1,05071409
–
AGOSTO
1,45961083
1,39580129
1,33643735
1,25051984
1,18694491
1,11581055
1,04934993
–
SETEMBRO
1,45655207
1,39468554
1,33737351
1,24528963
1,18162759
1,11402810
1,04746450
–
OUTUBRO
1,45437052
1,39245761
1,33019048
1,23971093
1,17422994
1,11102833
1,04235695
–
NOVEMBRO
1,44713484
1,38912371
1,31806429
1,23575651
1,16595168
1,10429214
1,03841099
–
DEZEMBRO
1,44165655
1,38400290
1,30462664
1,22875262
1,15968936
1,09836100
1,03293642
–
Fonte: IBGE – Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos Como atualizar: 1) Por exemplo: uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em janeiro de 2008. 2) Na tabela o fator de atualização referente a janeiro de 2007 é 1,53065786. 3) R$ 200,00 vezes 1,53065786 = R$ 306,13 que é o valor em 01/03/2015.
POUPANÇA / TR / SALÁRIO / SELIC 2014
2015
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
POUPANÇA (*)
0,5267
0,5461
0,5607
0,5467
0,6059
0,5605
0,5877
0,6043
0,5485
0,6058
0,5882
TR
0,0459
0,0604
0,0465
0,1054
0,0602
0,0873
0,1038
0,0483
0,1053
0,0878
0,0168
SALÁRIO MÍNIMO (R$)
724,00
724,00
724,00
724,00
724,00
724,00
724,00
724,00
724,00
788,00
788,00
SELIC (%)
0,8227
0,8659
0,8245
0,9487
0,8660
0,9073
0,9505
0,8425
0,9613
0,9351
–
* Nova Poupança (MP 567/2012) Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos
ÍNDICES DE preço % 2014 ÍNDICES%
2015 FEV
Acumulado 12 meses (1)
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
JAN
IGP-DI (FGV)
1,48
0,45
-0,45
-0,63
-0,55
0,06
0,02
0,59
1,14
0,38
0,67
4,06
INCC-DI (FGV)
0,28
0,88
2,05
0,66
0,75
0,08
0,15
0,17
0,44
0,08
0,92
6,99
IGP-M (FGV)
1,67
0,78
-0,13
-0,74
-0,61
-0,27
0,20
0,28
0,98
0,62
0,76
3,98
INPC (IBGE)
0,82
0,78
0,60
0,26
0,13
0,18
0,49
0,38
0,53
0,62
1,48
1,16
7,68
IPCA (IBGE)
0,92
0,67
0,46
0,40
0,01
0,25
0,57
0,42
0,51
0,78
1,24
1,22
7,70
IPCA (IPEAD)
0,65
0,92
0,64
0,20
0,01
0,18
0,46
0,41
0,77
0,59
2,23
7,53
Fonte: FGV, IBGE, IPEAD Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos
Minas Gerais aumentou volume de vendas em 2014 Ao contrário do Brasil, que registrou queda nas vendas do comércio de varejo em 2014 em comparação com 2013, Minas Gerais teve resultados melhores de um ano para o outro. O volume de vendas do comércio varejista restrito do Estado variou 2,6% em 2014 em relação ao ano anterior. Já para o comércio varejista ampliado, que considera o mercado varejista e atacadista de veículos e motocicletas, partes e peças e também o setor de
material de construção, os resultados ainda foram negativos. A variação alcançou -0,2% em 2014, melhor do que os -0,4% de 2013. Para o economista da Fecomércio MG Caio Gonçalves, os resultados fracos registrados desde 2013 são consequência do esgotamento do processo de crescimento, que foi estimulado quase exclusivamente pelo consumo. Segundo ele, essa política não é sustentável por longos anos, principalmente se não vier acompanhada
GIRO ECONÔMICO de investimentos. “Com um ano de ajustes em 2015, novos desafios estão por vir. Porém, há uma esperança de melhorias. Está havendo uma reorientação da política fiscal e monetária em busca da solidez de pilares econômicos essenciais para criar um ambiente que reduza os riscos de investimentos, e assim, promover o crescimento. Essa reorientação, se persistir, possibilitará melhores resultados em 2016”, analisa.
FEcomércio informativo • Edição 395• 19
jurídico
Equilíbrio nas relações de consumo Fecomércio MG e Procon se unem em ações de conscientização de empresários e consumidores Izabela Ventura Você sabia que é obrigatório colocar o cardápio de preços de um restaurante ou salão de beleza na entrada do estabelecimento para o cliente decidir se quer entrar ou não? Ou que é proibido escrever o valor de um produto com as letras da mesma cor do fundo do papel exposto na vitrine? Esses e outros aspectos legais que tornam as relações de consumo mais transparentes no país estão sendo esclarecidos junto ao empresariado mineiro, na parceria firmada entre a Fecomércio MG e o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG). Entre as ações desenvolvidas, estão a produção de uma cartilha informativa, a realização de palestras e outras formas de divulgação para conscientizar fornecedores e consumidores. “O Procon tem autoridade para gerar políticas de defesa do consumidor e fiscalizar as práticas de venda, mas não agimos com o intuito único de punir infratores, mas também de educar o nosso público. Essa parceria é uma forma de estar em contato com o empresário e o cidadão, compartilhando informação e conhecimento, que é uma das
nossas políticas”, afirma a assessora jurídica do Procon, Christiane Pedersoli. Segundo o advogado da Fecomércio MG Marcelo Morais, a parceria é inovadora e a aproximação entre as duas entidades tem grande potencial para gerar benefícios ao comércio. “Com a disseminação de conhecimento, os empresários poderão melhorar a qualidade dos serviços prestados. Já estamos colhendo resultados positivos com os nossos representados”, ressalta. Um dos frutos da parceria é a cartilha “Afixação de Preços de Produtos e Serviços para o Consumidor”. O material explica, de forma didática, a legislação que orienta a quais especificações a afixação de valores deve atender. Segundo o coordenador do ProconMG e promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Fernando Abreu, problemas em relação à disposição de preços dos produtos nas vitrines e gôndolas são recorrentes nas estatísticas de fiscalização do órgão. “Com a parceria, a representatividade da Fecomércio MG pode ser ampliada para formar uma rede para propagar informações úteis às empresas do comércio de bens, serviços e turismo”, afirma.
Aprenda a montar gôndolas e vitrines obedecendo à legislação - Deixe os preços visíveis e escritos de forma clara, sem deixar margem de dúvidas ao consumidor. - Exponha no mesmo local o preço à vista e o parcelado, especificando o número e valor das prestações, taxa de juros e demais acréscimos e encargos. - Nunca coloque um cartaz com um único preço em uma vitrine com vários produtos. - Cuidado com o famoso “a partir de”: pode-se divulgar que há peças com preços a partir de determinado valor, mas cada produto deve ter uma etiqueta individual com o respectivo preço. Fique por dentro das próximas ações da parceria entre as entidades no Portal da Fecomércio MG (www.fecomerciomg.org.br).
O conteúdo completo da cartilha elaborada pelo Procon e pela Fecomércio MG está na página do Jurídico em nosso portal. Acesse: www.fecomerciomg.org.br/ produtos-e-servicos/juridico/
Palestra esclarece regras de precificação Regina orienta que cada vírgula é importante na organização das vitrines e gôndolas, e a informação deve ser entendida pelo consumidor sem a necessidade de cálculos, no caso de parcelamento e incidência de juros. As representantes do Procon-MG mostraram ainda vários casos de infrações cometidas por empresários que foram fiscalizados pelo órgão, como uma loja de travesseiros que expunha apenas o preço de uma marca de produtos – a mais barata –, levando o cliente a pensar que aquele era o preço de todos os travesseiros. “Esse é um dos artifícios ilegais usados por alguns
empresários para atrair os consumidores”, adverte Regina. Izabela Ventura /Fecomércio MG
A assessora jurídica do Procon-MG, Christiane Pedersoli, e a responsável pelo setor de fiscalizações do órgão, Regina Sturm, ministraram palestra, em fevereiro, no “XXXIII Encontro do Procon-MG com Fornecedores – Precificação/Afixação de Preços de Produtos e Serviços para o Consumidor”. O evento ocorreu na sede da Fecomércio MG com a participação de empresários, vitrinistas e advogados. No encontro, vários profissionais tiraram dúvidas sobre a legislação e descobriram que montar uma vitrine atraente e correta do ponto de vista legal demanda alguns cuidados.
Palestra sobre regras de afixação de preços esclareceu dúvidas dos profissionais
20 • FECOMércio informativo • edição 395
VOCÊ SABIA?
Juliana Peixoto Chaves Gomes Analista de Comércio Exterior Para as empresas que optam por internacionalizar produtos ou serviços, é extremamente importante realizar um estudo prévio e detalhado sobre o país de destino. Deve-se considerar, entre outros aspectos de igual relevância (ambiente político, socioeconômico, conhecimentos das regulamentações locais, etc), a cultura local. Estudiosos do assunto desenvolveram pesquisas que permitem entender melhor a cultura de outros países. Partindo do princípio de que a mesma não é inata e sim aprendida, é primordial, ao estudarmos outras realidades, não termos uma visão etnocentrista. Isso quer dizer que não se deve buscar entender outras culturas sob a sua própria ótica, mas compre-
ender os costumes e valores dentro do contexto daquele país. Esses aspectos são tratados minuciosamente pelo marketing internacional e não raro são necessárias alterações nos nomes dos produtos, cores das logomarcas, serviços mais customizados de acordo com a necessidade local e que muitas vezes divergem do que é oferecido no país de origem. Por exemplo, o nome original do produto pode ter como significado uma palavra de baixo calão ou uma conotação estranha no país a ser comercializado. Podem ocorrer também alterações no nome em vez de se optar pela tradução literal, a fim de se inserir no contexto requerido para aquele país. No caso do MC Donald´s, ao se instalar na Turquia, por exemplo, houve a alteração das cores da logomarca em uma de suas franquias devido à riva-
lidade entre dois clubes de futebol da capital I stambul. As cores originais mundialmente conhecidas da logomarca da empresa (o vermelho e o amarelo) deram lugar ao preto e ao branco no estabelecimento que se localizava próximo ao estádio no qual as cores da franquia americana eram as mesmas predominantes no time rival.
FIQUE POR DENTRO
BALANÇA COMERCIAL de fevereiro de 2015 Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira no mês de fevereiro de 2015 teve como resultado negativo o valor de US$ 2,842 bilhões. Tal cifra é consequência das importações que superaram os valores exportados. O total das vendas ao exterior foi de US$ 12,092 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 14.934 bilhões.
No acumulado de 12 meses (período de março/2014 a fevereiro/2015), as exportações alcançaram US$ 218,937 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 222,716 bilhões. Essas cifras levam a um saldo negativo na balança comercial de US$ 3,779 bilhões, o que representa um retrocesso em relação ao superávit apresentado no acumulado do período anterior de março/2013 a fevereiro/2014, que foi de US$ 1,423 bilhão.
CURSOS COMEX 1º SEMESTRE DE 2015 Potencialize seus negócios 26/03: Como Importar da China 16/04: Siscoserv 08, 15 e 22/05: Importação – Avançado 11/06: Programa Brasileiro de OEA – Operador Econômico Autorizado Vagas limitadas. Valores especiais. Saiba mais e faça sua inscrição: www.fecomerciomg.org.br/produtos-e-servicos/desenvolvimento-empresarial/
FEcomércio informativo • Edição 395• 21
Fecomércio MG
comércio exterior
FecomÉrcio MG sedia encontro para melhorias no sistema do Certificado de Origem online Juliana Peixoto Chaves Gomes Analista de Comércio Exterior
Há mais de 40 anos a Fecomércio MG está habilitada pelo governo brasileiro e por órgãos internacionais, como a Associação Latino Americana de Desenvolvimento e Integração (Aladi), a emitir um importante documento no processo de exportação: o Certificado de Origem. Ele atesta a origem da mercadoria e, para países que façam parte de acordos comerciais específicos, poderão ser concedidas reduções ou isenções tarifárias aos seus signatários. Ao longo dos anos, a entidade tem oferecido esse serviço à comunidade empresarial de forma segura e precisa, o que garante a credibilidade da instituição perante seus clientes. Em busca de um sistema mais eficaz, a Fecomércio MG sediou a 4ª reunião do Grupo Técnico de Gestores e Coordenadores da atividade de Emissão de Certificado de Origem, no dia 5 de fevereiro, para discutir o aperfeiçoamento da ferramenta CNC COD BR. O núcleo de Negócios Internacionais da Federação mineira contou com a participa-
ção de representantes da Confederação Nacional do Comércio (CNC), das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo dos Estados do Amazonas, Goiás, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, além do representante da empresa Solyos, desenvolvedora do sistema.
O evento contribuiu para a troca de ideias e experiências na emissão do certificado, a fim de aprimorá-lo, bem como para estreitar as relações com as demais federações. O objetivo é que os debates possam resultar, no futuro, em ações articuladas em conjunto que visam fortalecer ainda mais os serviços prestados no âmbito do comércio exterior.
A Fecomércio MG oferece o que há de novo nos serviços de exportação: SISTEMA DE EMISSÃO DE CERTIFICADOS DE ORIGEM ON-LINE Por que emitir o seu Certificado de Origem na Fecomércio MG? • Emissão online do Certificado de origem. • Assessoria para emissão com equipe altamente qualificada. • Agilidade no atendimento – certificado liberado no mesmo dia. • Preço competitivo. • Redução de gastos com emissão e envio.
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22 • FECOMércio informativo • edição 395
jurídico
Capacitação das lideranças sindicais Atenta ao seu papel de capacitação das lideranças sindicais patronais, a Fecomércio MG esclarece, aos dirigentes sindicais, os aspectos das Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho, com o objetivo de aperfeiçoar cada vez mais as negociações de trabalho celebradas no Estado de Minas Gerais para o setor do comércio de bens, serviços e turismo. Os temas foram tratados em dezembro de 2014 no 1º Simpósio de Negociação Coletiva
Fecomércio MG, quando foram promovidos debates pertinentes aos sindicatos e ao empresariado do setor terciário. “É imprescindível que os sindicatos representados pela Fecomércio MG busquem cada vez mais o aperfeiçoamento das cláusulas negociais, tendo em vista o reconhecimento, pela Constituição Federal, das convenções e acordos coletivos de trabalho (art. 7º, XXVI), o que demonstra o poder indescritível da ne-
gociação coletiva. Daí a importância desses encontros ante os desafios constantes que as relações de trabalho impõem aos empresários e suas instituições representativas”, afirma a assessora jurídica da Presidência da Fecomércio MG, Tacianny Machado, que foi a moderadora dos painéis. “Simpósios como esse proporcionam maior integração entre nossos sindicatos e um diferencial no momento da negociação coletiva”, completa.
Congresso Jurídico Internacional Para promover em Minas Gerais uma convenção jurídica de caráter internacional, foi realizada, em março, a edição única do “Congresso Jurídico Internacional – O Direito Empresarial Moderno”, no auditório de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. O evento contou com painéis liderados por autoridades que presidem as instituições empresa-
riais mineiras, como o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, e registrou presença de especialistas do campo do Direito Empresarial da Europa, América Latina, São Paulo e Minas. O idealizador do evento, o advogado José Anchieta, ressalta que a iniciativa foi motivada pela celebração dos 25 anos do escritório José Anchie-
ta da Silva Advocacia (Jasa), do qual ele é presidente; dos 100 anos do Instituto dos Advogados de Minas; 10 anos da Lei brasileira de Falências e de Recuperação de Empresas; e os 30 anos da Academia Mineira de Letras Jurídicas. “O congresso foi de grande importância, pois não há precedentes na história recente de Minas Gerais um evento dessa magnitude”.
Manter uma sinergia para gerar resultados positivos e construir soluções jurídicas para o sistema sindical do comércio de bens, serviços e turismo. Esse é o objetivo da integração entre as equipes Jurídicas da Fecomércio MG e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em prol da segurança jurídica e representatividade dos empresários. Entre os benefícios da união estão o fortalecimento da rede de proteção para as empresas e a discussão e atualização de temas de interesse dos sindicatos patronais e empresários do setor terciário. Para a assessora jurídica da Presidência da Fecomércio MG, Tacianny Machado, a Divisão Sindical da CNC propicia um suporte de extrema relevância no que tange ao acompanhamento nacional de assuntos jurídicos que afetam diretamente o setor empresarial e o sistema sindical. Do mesmo modo, por meio da iniciativa de se criar a Comissão Nacional de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), as
Fecomércio MG
Sintonia na área jurídica
Membros da área Jurídica da CNC e da Fecomércio MG federações patronais passaram a discutir, em âmbito nacional e de forma articulada e organizada, cláusulas negociais visando ao aperfeiçoamento das relações de trabalho do setor terciário. O coordenador sindical da Fecomércio MG, Júlio Linhares, ressalta que essa integração permite a troca de experiências e o posicionamento alinhado às diretrizes nacionais, por meio de um diálogo aberto, propositivo e construtivo. “A aproximação
evidencia à sociedade e aos empresários do comércio que as entidades trabalham de forma coordenada na defesa dos interesses das empresas mantenedoras desse sistema”. A área Jurídica da Federação tem contato permanente com a Divisão Sindical da CNC por meio de diversas ações. Confira algumas delas em nosso portal: www. fecomerciomg.org.br, nas notícias do setor.
FEcomércio informativo • Edição 395• 23
Alberto Wu
jurídico
mudanças nas regras da previdência social Manuela Corradi Carneiro Dantas Advogada da Fecomércio MG será exigido tempo mínimo de casamento ou união estável de 24 meses, sendo que o valor do benefício varia de acordo com o número de dependentes e o prazo para pagamento, de acordo com a idade. Em relação ao auxílio-doença, o teto será a média das últimas 12 contribuições e empresas arcam com o custo de 30 dias de salário antes do INSS. Anteriormente, o benefício era de 91% do salário do segurado, limitado ao teto do INSS e as empresas arcavam com o custo de 15 dias de salário antes do INSS. Entretanto, as medidas realizadas pelo governo contrariam os próprios objetivos sociais que o sistema previdenciário deve cumprir, como combater pobreza; repor renda; preservar o status social do aposentado; cobrir a população trabalhadora e garantir-lhe cobertura no futuro e têm como objetivo economizar R$ 18 bilhões por ano aos cofres públicos. Além disso, no caso específico do segmento empresarial, as mudanças irão gerar impacto econômico nas empresas, uma vez que elas terão que arcar com mais 15 dias de afastamento do empregado em caso de auxílio-doença. A título de exemplo: no Estado de Minas Gerais um funcionário do comércio varejista de bebidas que recebe R$ 874, no caso de afastamento por auxíliodoença superior a 15 dias, pela nova regra da previdência social gerará um custo adicional de 168% para empresas desse segmento, segundo pesquisa realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.
Como trata-se de um pacto que precisa ter apoio político, as mudanças na previdência precisam ser feitas com muito cuidado e é importante construir o convencimento dos partícipes, o que não foi feito pelo governo até o momento – ele apenas editou as medidas provisórias alterando as regras, sem discuti-las com as partes interessadas. Por isso, mudanças nas regras da previdência precisam ser transparentes e entrar em vigor gradativamente. É necessário respeitar quem já adquiriu seus direitos e os que estão no meio do caminho para adquiri-los, para que possam completar os requisitos por meio das regras de transição.
“Um dos objetos de mudança foi o abono salarial. (...) Haverá carência de seis meses de trabalho ininterruptos.” Banco de imagens
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi instituído o sistema da seguridade social, formado pela previdência, pela saúde e pela assistência social, cuja regulamentação geral ocorreu em 24 de julho de 1991, com a aprovação da Lei nº. 8.212 – que trata da organização da seguridade social e institui o seu plano de custeio – e com a edição da Lei n° 8.213, que dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social. Nesse contexto, a previdência passou por transformações ao longo do tempo e a mais recente foi realizada por meio de duas Medidas Provisórias (MPs) em tramitação no Congresso Nacional, que criam regras mais rígidas para reduzir o pagamento de benefícios como pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial, seguro-desemprego e seguro defeso. Elas entraram em vigor em 1º de março de 2015, em razão de seus períodos de vacância. Um dos objetos de mudança foi o abono salarial. Se antes bastava trabalhar um mês durante o ano e receber até dois salários mínimos, após a alteração das regras haverá carência de seis meses de trabalho ininterruptos e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado. Para o seguro-desemprego, a carência de seis meses de trabalho passa a ser de 18 meses na primeira solicitação, 12 meses na segunda e seis meses na terceira. Em caso de pensão por morte, antes não havia prazo mínimo de casamento; agora o falecido tem que ter tido 24 meses de contribuição previdenciária e
Fique por dentro das últimas notícias da área Jurídica no portal da Fecomércio MG: www.fecomerciomg.org.br
24 • FECOMércio informativo • edição 395
jurídico
OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS | março 2015
OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS | abril 2015
ÂMBITO FEDERAL
ÂMBITO FEDERAL
PIS – DCT
No mês de admissão
PIS – DCT
No mês de admissão
SALÁRIOS
Até o 5º dia útil
SALÁRIOS
Até o 5º dia útil
FGTS / GEFIP / CAGED
Até o dia 7
FGTS / GEFIP / CAGED
Até o dia 7
SPED/Contribuições
Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de janeiro de 2015
SPED / Contribuições
Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de fevereiro de 2015
DCTF – Mensal
Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de janeiro de 2015
DCTF – Mensal
Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de fevereiro de 2015
Retenção PIS/COFINS CSLL artigo 30 – Lei 10.833/03
Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção
Retenção PIS/COFINS CSLL artigo 30 – Lei 10.833/03
Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção
IR Fonte – Salários, Autônomos, Aluguéis
Até o último dia do 2º decêndio
IR Fonte – Salários, Autônomos, AluguÉis
Até o último dia do 2º decêndio
INSS – Salário
Até o dia 20
INSS – Salário
Até o dia 20
Simples Nacional – Recolhimento
Até o dia 20
Simples Nacional – Recolhimento
Até o dia 20
CONFINS/PIS/Faturamento
Até o dia 25
Cofins / PIS / Faturamento
Até o dia 25
CARNÊ LEÃO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL
Até o último dia útil do mês
CARNÊ LEÃO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL
Até o último dia útil do mês
Contribuição Social Estimativa/Trimestral
Até o último dia útil do mês
Contribuição Social Estimativa / Trimestral
Até o último dia útil do mês
Contribuição Sindical Patronal
No vencimento da guia
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL
No vencimento da guia
ÂMBITO estaduAL
ÂMBITO estaduAL
DAPI
DAPI
Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos
Até o dia 04
Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos
Até o dia 04
Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes
Até o dia 09
Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes
Até o dia 09
Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST
Até o dia 10
Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST
Até o dia 10
Indústrias sem prazo específico
Até o dia 15 A partir do dia 19/03/2015, de acordo com o final da placa
Indústrias sem prazo específico
Até o dia 15
IPVA – 3ª Parcela EFD Fiscal
Até o dia 25
EFD Fiscal
Até o dia 25
Demais contribuições
Ver Calendário Fiscal
Demais contribuições
Ver Calendário Fiscal
ÂMBITO municipAL
ÂMBITO municipAL ISS
IPTU
Imposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios
Até o dia 05 Ver legislação local
Belo Horizonte
Até o dia 15
Outros Municípios
Ver legislação local
IPTU
Imposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios
Até o dia 05 Ver legislação local
Belo Horizonte
Até o dia 15
Outros Municípios
Ver legislação local
Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte
Até o dia 20
Taxas Municipais
Taxas Municipais Des
ISS
Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios
Até o dia 20 Fixado pelo município Ver legislação local
Des
Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios
Fixado pelo município Ver legislação local
sesc
FEcomércio informativo
www.sescmg.com.br
Nereu Jr./Divulgação Sesc
Publicação do comércio de Bens, serviços e turismo de minas gerais – sistema fecomércio mG, sesc, senac e sindicatos
2015 em ritmo de aprendizado Tanto no ensino formal quanto na educação complementar, aproximadamente 4 mil alunos começaram o ano com foco em conhecimento e em novas oportunidades. Na foto, o Colégio Sesc Teófilo Otoni.
Tarcísio de Paula/Sesc
Página 7 Sesc e Prefeitura de Belo horizonte Se unem pela cultura
MedSesc e OdontoSesc já percorrem as estradas
Palco Sesc emociona público no Carnaval da capital mineira
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2 • FEcomércio INFORMATIVO • edição 395
Dila Puccini/Sesc
artigo
Da nascente à mesa Rodrigo Penido Duarte Diretor Regional do SesC Qual é o elemento comum entre a preservação de uma nascente e o aproveitamento integral de um alimento? A resposta é sustentabilidade. Em tempos de escassez hídrica e energética e de campanhas que pedem economia a cidadãos e empresas, destacam-se ações permanentes, duradouras, focadas no presente e no futuro, como as realizadas pelo Sesc em Minas Gerais. Entre as nossas unidades fixas, cinco contam com área verde preservada, totalizando 2,5 milhões de metros quadrados – uma contribuição direta para recarga do lençol freático e proteção de nascentes. Paralelamente, há programas de revitalização para preservação de lagos e mananciais; bem como de gestão dos reservatórios, a fim de evitar o desperdício. A preocupação é mais do que justificada: divulgado em novembro de 2014, o estudo Plano da Água nas Cidades, desenvolvido pela organização ambiental The Nature Conservancy (TNC) em conjunto com o C40 Cities Climate Leadership Group e a International Water Association, mostrou que duas em cada cinco fontes de água das cidades médias e grandes localizam-se em áreas que registraram perdas significativas de floresta na última década. As ações incluem a utilização de energia
“Não basta reduzir o consumo. Deve-se repensar o modelo de desenvolvimento.” solar em diversas áreas do Sesc, projetos de modernização que privilegiam o uso racional de recursos, carboneutralização dos eventos e planejamento de novas unidades com estruturas e sistemas ambientalmente eficientes. Além dessa atuação direta, somos parceiros de atividades focadas no futuro: educação ambiental e conscientização ecológica, tanto junto aos colaboradores, quanto aos alunos de escolas adotadas e dos Colégios Sesc. Participamos ainda de conferências nacionais e internacionais sobre a aliança entre sustentabilidade e qualidade de vida. Sabemos, no entanto, que uma das chaves para enfrentar as crises que estamos vivendo é evitar o desperdício. Não basta reduzir o consumo. Deve-se repensar o modelo de desenvolvimento. A Unesco fez um estudo para medir quantos litros de água gasta-se na produção de alimentos. Para que 1kg de carne bovina chegue à nossa geladeira, por exemplo, são necessários
15 mil litros. Um litro de leite, por sua vez, exige mil litros de água. Ciente de seu papel, o Sesc desenvolve um programa permanente de aproveitamento integral dos alimentos, combate ao desperdício e segurança alimentar: o Mesa Brasil. Buscamos onde sobra, junto aos nossos parceiros doadores, e entregamos onde falta, nas instituições sociais cadastradas. Só em 2014, foram distribuídas quase 2 mil toneladas de doações, complementando mais de 19,2 milhões de refeições. Para que essa rede contribua de forma ainda mais perene para um futuro digno, o Sesc oferece palestras sobre aproveitamento integral, capacitação de profissionais que lidam com o preparo dos produtos e oficinas de geração de renda. A consciência sobre hábitos alimentares e combate ao desperdício é levada também às crianças, por meio do Turminha do Mesa, de forma lúdica e interativa. E esta é a essência da sustentabilidade: a educação, um dos pilares do Sesc. Preparar as novas gerações para o uso racional dos recursos é uma das bases para o mundo sustentável. Saiba mais sobre o Mesa Brasil e veja dicas na página 4!
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cultura
JUNTOS PELA CULTURA Leonardo Abreu O projeto Circula Cultura, parceria entre o Sesc e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC), já está gerando os primeiros resultados, com a realização de atividades formativas durante o mês de março. Foram realizadas videoconferências com o tema História das Artes Cênicas, com intermediação do Departamento Nacional do Sesc (DN). A atividade, realizada no Sesc Palladium, foi aberta a artistas locais e estudantes de artes. Firmado em dezembro de 2014, o foco do acordo está em ações socioculturais desenvolvidas dentro de um programa amplo, beneficiando a população da cidade. Como retorno, esperam-se a mobilização de público e a projeção institucional tanto do Sesc como da PBH. “O Sesc e a prefeitura já são parceiros. O Circula Cultura apenas oficializou essa cooperação que sempre foi proveitosa para os dois lados. Agora iremos potencializar os produtos de cultura e arte realizados por ambos”, explica Jorge Cabrera, gerente de Cultura do Sesc. O trabalho conjunto vai permitir também otimizar os custos, o que irá viabilizar diversas ações de grande porte. “Trabalhando de maneira colaborativa com a Fundação, haverá uma troca de realizações nos espaços parceiros, o que irá gerar economia. Além disso, é uma oportunidade para divulgar centros como o Sesc Palladium e o Espaço da Diversidade Cultural Sesc Venda Nova como equipamentos de excelência”, completa Cabrera.
Dila Puccini / Sesc
Milena Pedrosa, gerente do Sesc Palladium e integrante da comissão que trabalha na formatação do programa da parceria, partilha desse pensamento. “O contato que já havia entre as duas instituições facilitou as negociações. Essa oficialização é superpositiva para o cenário cultural de Belo Horizonte e para a população”, conclui.
O Sonora Brasil, que traz atrações identificadas com as raízes musicais do país, fará parte da programação
Tarcísio de Paula/Sesc
Sesc e prefeitura de Belo Horizonte se unem para potencializar ações culturais
Da esquerda para a direita: Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura; Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte; Lázaro Luiz Gonzaga, presidente do Sistema Fecomércio MG; e Rodrigo Penido Duarte, diretor regional do Sesc, na cerimônia de assinatura do protocolo de intenções, em dezembro de 2014
A programação Foram criadas subcomissões no Sesc e na Fundação Municipal de Cultura, que estão trabalhando na definição dos próximos eventos. As atividades realizadas em conjunto estão previstas para todo o ano de 2015 e contemplam os seguintes produtos do Sesc: Palco Giratório (projeto do DN com espetáculos e manifestações de diversos gêneros e linguagens em itinerância pelo país); Sonora Brasil (projeto do DN que atua na formação de ouvintes musicais e traz programações identificadas com a história da música no Brasil); atividades formativas do DN e do Sesc Palladium. Além disso, inclui ações realizadas nas unidades Sesc Floresta e Sesc Tupinambás: Cine Sesc (exibição de filmes fora do circuito comercial); Rodas de Conversa (encontros para discutir assuntos relacionados à cultura); Quarta no Tom (sessões musicais para os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo que estão finalizando o expediente de trabalho) e o Curso de Corte e Costura, com edições especiais no Centro de Referência da Moda da PBH, ampliando o número de vagas. Pelo lado da FMC, estão a Virada Cultural, o Festival da Arte Negra, o Festival Internacional de Quadrinhos, o Festival Internacional de Literatura, o Noturno
nos Museus, e o Programa Adote um Bem Cultural, que terão parte da programação realizada no Sesc Palladium e no Espaço da Diversidade Cultural Sesc Venda Nova. Com o acordo, o Sesc aumenta sua presença junto à sociedade. O presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga, reforça os princípios de inclusão social, crescimento humano e desenvolvimento. “A parceria é fundamental para potencializar nosso cenário artístico, evitando até que nossos profissionais tenham que sair do estado para evoluir. Queremos capacitar pessoas continuamente para multiplicar soluções em torno dos problemas sociais”, destaca. “Ampliamos nossa presença e nosso papel de democratização da cultura, sempre primando pela qualidade e pelo respeito aos clientes, chancela do Sistema Fecomércio MG”, afirma o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, também avaliou a importância do Circula Cultura para a capital. “A parceria vai conferir mais capilaridade e sensibilidade aos processos de definição cultural, uma vez que as unidades do Sesc estão muito próximas do cidadão”, comenta. Para o presidente da FMC, Leônidas Oliveira, a principal beneficiada será a população da Grande BH. “Quando levamos a cultura para todos os cantos da cidade, quem ganha é o cidadão”, finaliza.
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mesa brasil
Temperaturas altas, desperdício zero Dila Puccini / Sesc
Conheça as dicas do Mesa Brasil para conservar os alimentos neste verão
Foto: Banco de Imagens
APRENDA A FAZER O GELADO DE MARACUJÁ E REFRESQUE-se NO VERÃO
Lorena Otero Depois das férias, da volta às aulas e do Carnaval, os lares brasileiros voltam à rotina. Tanta comemoração exigiu alterações nos cardápios, o que deixa o responsável pelo planejamento doméstico com uma missão: lidar com o excesso de alimentos na despensa ou na geladeira. Para evitar o desperdício, em primeiro lugar, é preciso fazer um plano detalhado das próximas compras semanais, adquirindo apenas o estritamente necessário e em locais de boa procedência. Na hora de servir, evite pôr à mesa tudo o que foi produzido, mantendo a maior parte nas panelas. Dessa forma, caso haja sobra, ela não foi exposta e nem manuseada em excesso, o que permite o reaproveitamento em outras receitas. “Um arroz pode virar bolinho e uma carne pode virar recheio para uma torta. O que já foi exposto, quando sobra, precisa ser jogado fora e assim perdemos todas essas possibilidades”, explica Luciana Araújo Vacari, nutricionista do Mesa Brasil, programa de segurança alimentar e nutricional do Sesc. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), cerca de 20% do desperdício ocorre nas residências, resultado das compras em excesso por falta de planejamento ou mesmo pelo armazenamento inadequado dos alimentos. Um exemplo são as verduras. Ao chegar em casa, as folhas devem ser lavadas, secas e acondicionadas em vasilhas plásticas hermeticamente fechadas, o que evita o apodrecimento da hortaliça. Saúde, sempre É preciso também ter atenção às altas temperaturas desta época do ano, que propiciam a multiplicação de microrganismos causadores de doenças de origem alimentar. Fazer a higienização
adequada durante o pré-preparo é fundamental para eliminação de bactérias. Outra dica é evitar deixar refeições prontas em temperatura ambiente. Comidas quentes, enquanto estão sendo servidas, devem conservar o calor, portanto, é necessário mantê-las em recipientes fechados e reaquecidos constantemente. Saladas, sobremesas e refeições que serão consumidas em poucos dias devem permanecer na geladeira. Para conservação de alguns tipos de legumes crus durante longos períodos, uma orientação é utilizar o branqueamento. A técnica consiste em imergir o alimento cortado em cubos na água fervendo por alguns minutos, seguido da imersão em água gelada. Depois, é só envolver os pedaços em papel filme e levar ao freezer. O choque térmico inativa as enzimas que iniciam o processo de deterioração. Já para preservar carnes, frutas e laticínios, basta congelar. programa Mesa Brasil Sesc O Mesa Brasil Sesc atua no combate à fome e ao desperdício de alimentos, por meio de parcerias com empresas que repassam produtos sem valor comercial por apresentarem pequenos defeitos ou mesmo por estarem em um alto grau de maturação, mas que ainda estão próprios para o consumo. O programa funciona como uma ponte, que busca onde sobra e entrega onde falta. Em 2014, foram arrecadados mais de 1,8 mil toneladas de alimentos, complementando mais de 19 milhões de refeições em Minas Gerais. Todo esse trabalho é fruto do esforço de centenas de voluntários e empresas doadoras parceiras. Com as dicas apresentadas nesta página, a intenção é fazer com que essas práticas se tornem hábitos incorporados ao cotidiano das famílias brasileiras. Tente começar em sua casa! Você perceberá que, com o tempo, sua saúde, seu bolso e o Planeta só terão a agradecer. Veja mais informações em sescmg.com.br.
Uma bebida gelada é ótima aliada para aliviar altas temperaturas. Melhor ainda se ela for nutritiva e saudável. O Programa Mesa Brasil Sesc oferece uma receita que promete fazer a alegria de crianças e adultos, além de aproveitar integralmente os ingredientes. Confira: Ingredientes 1 xícara (chá) de água fervente 1 xícara (chá) de açúcar 3 maracujás 200g de leite em pó 2 potinhos de iogurte natural Gelo Modo de preparo Bata no liquidificador a água, o açúcar e o leite em pó, até formar um leite condensado. Adicione o suco dos maracujás, o iogurte, o gelo e sirva. Use as sementes da fruta para decorar os copos. Para aproveitar todos os ingredientes, você também pode levar as cascas ao forno, até que fiquem secas e quebradiças. Bata no liquidificador e armazene a farinha em um recipiente fechado e seco, fora da geladeira. Obs.: A farinha de maracujá, quando consumida regularmente, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue, contribui para a saciedade, diminui o colesterol e combate a prisão de ventre.
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acontece
Férias com gosto especial para milhares de crianças christiano senna O Sesc levou mais de 2.4 mil crianças em uma viagem por outras épocas, durante as Miniférias No Túnel do Tempo. As atividades foram realizadas em 16 unidades espalhadas pelo estado e resgataram brincadeiras que divertiram meninos e meninas ao longo dos anos.
dois filhos acharam ‘tudo de bom’. A Maria Luiza, que tem Síndrome de Down, foi muito bem acolhida. Achei impressionante e até chorei quando a vi no encerramento. Ela gosta de dançar, sempre treina, mas nunca se apresenta. Ela só teve coragem porque se sentiu bem. A equipe foi maravilhosa, estamos super felizes”, celebra Vânia. Para encerrar as atividades, os participantes fizeram apresentações de dança e teatro para os pais e convidados, em eventos que mostraram a sintonia das crianças durante as duas semanas de atividades. Fique atento ao sescmg.com.br e saiba quando serão as próximas Miniférias do Sesc!
No Sesc Santa Luzia, a trabalhadora do comércio Vânia Souza se emocionou. “Meus
Tarcísio de Paula, Adriano Hamaguchi, Daniel Costa, Cássia Miranda / Sesc
Para as crianças, o mês de janeiro foi uma oportunidade de descobrir novas formas de diversão, conhecer o jeito que os pais brincavam e fazer amigos. De forma lúdica, as equipes de monitores e recreadores utilizaram esse contexto para ensinar conceitos como a importância do respeito às regras e do trabalho em equipe.
Já os pais puderam contar com a tranquilidade de saber que os filhos estavam em segurança, brincando e aprendendo. O auxiliar administrativo do Senac em Governador Valadares Ednaldo Ataíde de Souza conta que o início das brincadeiras era aguardado com ansiedade pela filha, Amanda Souto, de cinco anos. “Só de ver a estrutura e a ornamentação, ela adorou. É uma iniciativa importante para os trabalhadores do comércio e para os colaboradores do Sistema. Fiquei sabendo pela intranet e me apressei para garantir a vaga”, ressalta.
Atividades ao ar livre e brincadeiras do passado agradaram aos “viajantes do tempo” em 16 unidades
Ana Cláudia Gonçalves O Sesc Estalagem Ouro Preto comemora uma grande conquista. A unidade recebeu o Prêmio Quality Brasil no segmento Hotelaria, chancelado pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração e pela Quality International Company. A cerimônia aconteceu em dezembro de 2014, em São Paulo, e reuniu instituições do Brasil que se destacaram na prestação de serviços nas áreas econômica, educacional, social, cultural e sustentável. O diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, ressalta que o prêmio confirma a atuação
da instituição de acordo com os princípios do turismo social e com os valores que regem o Sistema Fecomércio MG. “Ficamos muito orgulhosos. Trabalhamos sempre focados na qualidade, no desenvolvimento e na sustentabilidade social, econômica e ambiental. Considero uma vitória de todos os colaboradores e um reconhecimento especial para a equipe de Ouro Preto”, afirma. Além de diploma e troféu, a pousada recebeu o Selo Quality, uma identificação de excelência no mercado. “É uma justa homenagem pelo desempenho do hotel junto aos seus clientes, com o
Tarcísio de Paula / Sesc
Sesc Estalagem Ouro Preto recebe Prêmio Quality Brasil
compromisso de qualidade e da responsabilidade social com a comunidade”, diz Patric Cardoso, gerente do Sesc Estalagem Ouro Preto.
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em movimento
Saúde sem fronteiras: MedSesc e OdontoSesc começam 2015 em sete municípios Projetos trabalham em parceria com sindicatos e prefeituras para promover mais saúde para os que aguardam pelos procedimentos e pelas consultas.
As carretas e os caminhões OdontoSesc e MedSesc já estão percorrendo os primeiros municípios a serem atendidos em 2015. As sete unidades móveis de saúde deixaram a capital em janeiro e fevereiro com mais de 35 profissionais prontos para cumprir a missão da instituição: promover o bem-estar social.
Atualmente, a comunidade de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebe o MedSesc Mamografia. O projeto é voltado para a saúde da mulher, mas está apto a atender também os homens que necessitarem do exame de imagem. Até março, devem ser realizados 320 exames de ultrassonografia (mama, ginecológica, abdômen total, vias urinárias, prostático e obstétrico), 270 exames de mamografia, além das ações de educação em saúde.
Dila Puccini / Sesc
Ana Cláudia Gonçalves
Os consultórios itinerantes de Odontologia, Mamografia e Oftalmologia atendem a população de baixa renda
Os consultórios itinerantes de Odontologia, Mamografia e Oftalmologia chegam a localidades mineiras com o objetivo de atender, gratuitamente, aos comerciários e seus dependentes, além da população de baixa renda familiar e em situação de vulnerabilidade social. O projeto permite rapidez
Desde o fim de janeiro, dentistas, técnicos em saúde bucal e analistas da Regional Triângulo do Sesc atendem à comunidade de Planura. A equipe da Regional Zona da Mata realiza o projeto em Santos Dumont, em parceria com o Sindicato do Comércio local. Em fevereiro, as carretas de Belo Horizonte e da Regional Leste estacionaram em Bela Vista de Minas, a 120 quilômetros da capital, e em Gonzaga, a 80 quilômetros de Governador Valadares. A previsão é que as sete unidades móveis de saúde retornem à capital até abril e já sigam no mesmo mês para nova rota de municípios.
Em Cataguases, a população está sendo atendida pelo caminhão MedSesc Oftalmologia. Na cidade da Zona da Mata também haverá 320 consultas de oftalmologia para diagnóstico do glaucoma, confirmação de grau e procedimento para identificação da catarata, de processos inflamatórios, entre outros problemas da visão. Serão realizados ainda 320 exames de ultrassonografia, além das ações de educação em saúde.
Vem aí: Sesc promove Semana da Saúde em abril Para lembrar o Dia Mundial da Saúde (7 de abril), o Sesc, integrado ao Sistema Fecomércio MG, promove a Semana da Saúde. As atividades serão realizadas em 21 unidades em todo o estado. Abordando o tema Segurança Alimentar, os colaboradores desenvolverão ações educativas para incentivar o aproveitamento integral dos alimentos, com dicas para o consumo, o armazenamento e a higienização.
As cinco carretas OdontoSesc também estão na estrada. As equipes atendem casos de baixa e média complexidade, tais como tratamento de canal, cirurgias simples, remoção de tártaro, limpeza e escovação supervisionada, confecção e fixação de coroas e pontes e radiografias odontológicas para pacientes em tratamento, entre outros procedimentos.
Cultura e educação além das unidades Ana Paula Rachid Para usufruir da vasta gama de atividades do Sesc nas áreas de Cultura e Educação, os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo não precisam necessariamente sair do seu local de trabalho. A instituição realiza, gratuitamente, uma série de iniciativas em empresas e instituições. Um dos projetos é o Leitura em Movimento. A iniciativa leva para as organizações atividades que estimulem e resgatem o gosto pelo hábito de ler. Após a sensibilização inicial, com uma atividade artística, é disponibilizado um acervo de aproximadamente 130 livros, que permanece no local por 120 dias. Pesquisa inédita realizada pelo Sesc, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, em 2013, revelou que 58% dos entrevistados não leram nenhum livro nos últimos seis meses. Entre os que leram, 42%, a média era de apenas 1,2 livros lidos nesse período.
Outro exemplo tem foco no desenvolvimento sustentável local. Para facilitar a articulação com as comunidades, foi criado o Rede Sesc Ação Comunitária, um espaço para troca de experiências entre comunidades, instituições públicas, privadas e do terceiro setor, tanto em BH quanto no interior. A iniciativa contempla cinco ações: Sesc Dialogar – rodas de conversas para oferecer a grupos comunitários orientações sobre temas do cotidiano e relacionamentos em geral; Sesc Corpo Sonoro – oficinas que estimulam o conhecimento de conceitos musicais aplicados ao corpo; Sesc Ação Social – ações voluntárias que visam à integração comunitária, ao acesso à cultura local e à socialização em comunidades e instituições; Sesc Criativo – conjunto de cursos de trabalhos manuais que promovem a integração social, a cidadania e a geração de renda; e o Sesc Costurando Vidas – curso de formação humana e fortalecimento de gênero, exclusivo para mulheres.
Tarcísio de Paula / Sesc
Sesc promove ações e atividades em empresas e instituições
Leitura em Movimento, na Montreal Informática, e Sesc Criativo: projetos que levam o Sesc até as empresas
COMO PARTICIPAR - Para mais informa-
ções sobre o Leitura em Movimento e os serviços da Rede Sesc Ação Comunitária, entre em contato pelo e-mail faleconosco@sescmg.com.br ou pelo telefone (31) 3270-8100.
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Educação
Sesc começa 2015 em ritmo de aprendizado Com diversos projetos e ampla atuação em Minas, área de Educação oferece oportunidades para crianças, jovens e adultos O mês de fevereiro foi marcado por intensa movimentação e retorno dos trabalhos na área de Educação do Sesc. Tanto no ensino formal, por meio dos Colégios Sesc e do Sesc Alfabetização, quanto na educação complementar, com o retorno e a ampliação do Projeto Habilidades de Estudo (PHE) e dos cursos de Corte e Costura, Inglês e Informática, aproximadamente quatro mil alunos começaram 2015 com foco no conhecimento e em novas oportunidades, contando com a possibilidade de estudar gratuitamente.
Sesc. Em meio a palestras e oficinas, professores, diretores, coordenadoras pedagógicas e analistas de educação renovaram ideias e foram estimulados a atuar de maneira cada vez mais inovadora. Nereu Jr. / Divulgação Sesc
cibele neves
Crescimento profissional e para a vida
Tarcísio de Paula / Sesc
Colégio Sesc em Governador Valadares: qualidade e gratuidade com a chancela do Sistema Fecomércio MG
Família presente
Em seu segundo ano de atuação, as três unidades dos Colégios – Centro de Educação Infantil Sesc Contagem-Betim, Colégio Sesc em Governador Valadares e Colégio Sesc em Teófilo Otoni – receberam os quase 500 alunos para o retorno do ano letivo. Para os estudantes do Ensino Médio, o primeiro dia de aula contou com o palestrante Flávio Tófani, conhecido como “Tio Flávio”. Ele falou aos alunos e famílias de Teófilo Otoni sobre empreendedorismo pessoal e desafios do mercado de trabalho. Em apenas dois anos, os Colégios podem se orgulhar de terem alcançado uma importante marca: 97% dos estudantes são atendidos no Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), com bolsas integrais. Desse total, 70% são dependentes de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo. E não foram apenas os alunos que iniciaram o ano adquirindo novos conhecimentos. Cerca de 70 colaboradores das três unidades de ensino participaram, entre os dias 6 e 8 de fevereiro, do 2º Encontro Pedagógico dos Colégios
O envolvimento com a família é muito importante também para o Projeto Habilidades de Estudo. Nas dez unidades em que está implantado, foram realizadas aulas inaugurais em fevereiro. A proposta foi apresentar às famílias o trabalho, enquanto os alunos se divertiam com brincadeiras e jogos. O PHE recebe hoje duas mil crianças em Minas Gerais para acompanhamento pedagógico, atividades extracurriculares, esportivas, culturais e cuidados com a saúde, gratuitamente, aos estudantes do Ensino Fundamental (de 6 a 11 anos) matriculados na rede pública. Os resultados são acompanhados de perto pelos pais e responsáveis, que participaram também dos eventos de encerramento, realizados em dezembro de 2014 com a presença de 4,5 mil pessoas. Segundo a gerente geral técnica social do Sesc, Érica Freitas, as inovações educacionais alcançadas por meio de uma proposta pedagógica diferenciada têm atingido o objetivo de educar com alegria e provocar a curiosidade, trabalhando a
Sem evasão e com novos inscritos, o Sesc Alfabetização também começa o ano com resultados mais que positivos. Atualmente, a idade dos 238 participantes varia de 16 a 96 anos. O projeto tem oferecido, desde agosto de 2014, oportunidades a jovens e adultos. Ele está implantado no Sesc Tupinambás (BH), Sesc Santa Luzia e Sesc Almenara, atendendo pessoas do Vale do Jequitinhonha. “É maravilhoso, já leio todas as placas que vejo na rua. Espero aprender mais e mais, pois quero ler minhas correspondências, a Bíblia e o jornal da igreja”, conta Maria Madalena de Jesus, aluna do Sesc Alfabetização em Santa Luzia. A oportunidade de incrementar o currículo motivou milhares de pessoas. Foram mais de 2,6 mil inscritos nos cursos de Corte e Costura, Informática e Inglês, concorrendo a 1,5 mil vagas no perfil do Programa de Comprometimento e Gratuidade. Para o estagiário em Ciências Contábeis Fabiano Pereira, é uma oportunidade para a futura carreira. “Está muito bom, atendendo às expectativas. E o fato de ser gratuito é fundamental, pois ainda sou estudante”, avalia. No Curso de Informática, 92% dos estudantes também vão estudar gratuitamente. Nas três turmas de Corte e Costura e nas 16 turmas de iniciantes em Inglês, 100% receberam bolsa integral, que inclui o material didático.
Tarcísio de Paula / Sesc e Nereu Jr. / Divulgação Sesc
Do acompanhamento pedagógico às aulas de informática, oportunidades para diversas fases da vida
formação integral do indivíduo. “Em pouco tempo, já somos reconhecidos como referência em acessibilidade e qualidade na prestação de serviços em educação. Mas não paramos por aqui: temos a consciência de nossa responsabilidade e de que há muito o que fazer para o desenvolvimento social e humano”, afirma.
O estudante Fabiano Pereira: Curso de Inglês gratuito é oportunidade para a futura carreira. À direita, uma nova chance no Sesc Alfabetização e no Curso de Corte e Costura
É possível desfrutar de projetos da Educação também fora das unidades. Um exemplo é o Planetário Sesc, equipamento com ambientes distintos e projeções do espaço que levam conhecimentos sobre os astros, os planetas e o sistema solar para vários lugares, encantando crianças, jovens e adultos. O roteiro 2015 começou em fevereiro no ViaShopping, em Belo Horizonte, e permanece na capital até 31 de março. Em abril, segue para Poços de Caldas.
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cultura
Folia em BH ficou mais bonita com o Palco Sesc Emoção, alegria, variedade de estilos, inclusão de todos os públicos: o Palco Sesc, montado na praça da Pampulha, abriu o Carnaval de rua de Belo Horizonte nos dias 13 e 14 de fevereiro com a presença de mais de 30 mil pessoas. Edições especiais do Minas ao Luar, Causos e Violas das Gerais, Sesc Chorinho e Samba na Praça e da Rua de Lazer encantaram moradores e turistas.
Robson Vasconcelos/Divulgação Sesc
Programação encantou foliões de todas as idades com atrações variadas, boa música e lazer na rua
Uma multidão acompanhou, emocionada, a programação preparada pelo Sesc na Pampulha
Segundo o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, o evento vai ficar na memória. “É nossa missão apoiar e democratizar a cultura. Trabalhamos com muito empenho para trazer essa alegria a famílias, grupos de amigos e ao público de todas as idades”, declarou.
O músico Adilson de Souza confirmou: não iria embora enquanto não acabasse o evento. “Tudo muito bem planejado e programado. É uma alegria poder participar, estou aproveitando muito”, celebrou ele, que tem Síndrome de Down e se sentiu 100% incluído na folia.
Robson Vasconcelos/Divulgação Sesc
A festa – cuja produção, estrutura e comunicação visual foram realizadas pelas equipes do Sesc – integrou a programação oficial da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). O Minas ao Luar Especial de Carnaval foi o abre alas, com as clássicas marchinhas da Bandinha do Marcão e um verdadeiro bloco em meio ao público. A apresentação de Rodrigo Miranda e Banda trouxe, em seguida, sambas e músicas populares memoráveis. Para encerrar o primeiro dia, a bateria da Escola de Samba BeijaFlor (RJ), campeã carioca de 2015, subiu ao palco para um show com muitas cores e energia.
Vanessa trocou as festas do interior pelo Palco Sesc; Adilson (de branco, à direita), festejou a inclusão
A administradora Vanessa de Carvalho foi uma dessas pessoas que levou a família toda. “Sempre passamos o Carnaval no interior, mas neste ano optamos por ficar em BH, pois achamos que esse evento seria excelente. Com essa iniciativa, o Sesc proporcionou um Carnaval para todos, de forma democrática”, afirmou.
tradicional Carnaviola. Os músicos Chico Lobo e Pereira da Viola, acompanhados de Renato Caetano e do contador de casos Tadeu Martins, levantaram a plateia ao som de hinos consagrados da música mineira tradicional. O pequeno Enzo, de cinco anos, aproveitou as duas atrações. Incrementou sua fantasia de Batman e dançou muito. A mãe, Renata Souza, avaliou que a programação permitiu conhecer outras manifestações culturais. “Isso facilita o contato das crianças com as tradições. Aproveitamos muito”, contou a administradora.
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, destacou a importância da promoção de atividades que fomentam a cultura. “A qualidade de vida se manifesta de muitas formas, entre elas no festejar e no viver com alegria e de maneira saudável. Para tanto, é preciso levar o lazer, a criatividade e as expressões artísticas aos espaços públicos. E isso só é possível porque, além da vontade popular em celebrar, a prefeitura pode contar com parcerias tão importantes como a do Sesc”, pontuou.
À noite, o público se emocionou com o encerramento do Palco Sesc e a presença de Toquinho, um dos mais consagrados músicos da MPB, em apresentação ao lado da cantora paulistana Ana Setton. “Tocar aqui me agrada sempre. Por se tratar de um evento gratuito e ao ar livre, a motivação foi maior”, revelou. A edição especial do Sesc Chorinho e Samba na Praça trouxe também o grupo Flor de Abacate, que desde 2012 acompanha o projeto itinerante pelo estado. (Colaboraram nesta matéria: Ana Paula Rachid, Anderson Rocha, Christiano Senna, Leonardo Abreu e Lorena Otero)
Um dia inteiro de festa No sábado (14), as atividades começaram à tarde, com a Rua de Lazer, que ofereceu oficinas temáticas de pintura facial e confecção de máscaras, além de brincadeiras com os recreadores. No fim da tarde, começou a edição especial do Causos e Violas das Gerais, com o já
Sesc Palladium recebe festivais tradicionais de BH Ana Paula Rachid Pelo quarto ano consecutivo, o Sesc Palladium foi um dos centros culturais de Belo Horizonte que recebeu parte da programação da 9ª edição do Verão Arte Contemporânea (VAC) e da 41ª Campanha de Popularização Teatro & Dança. No total, foram 27 atrações de diversas manifestações artísticas, vistas por um público superior a 14 mil pessoas. A tradicional campanha levou ao palco do Sesc 22 peças, da comédia ao drama, passando pelos espetáculos infantis e musicais. Já com o Verão
Arte Contemporânea, dando continuidade à parceria de anos anteriores, houve uma edição especial do Projeto Parede, que trouxe o artista carioca João Lelo e sua obra Tropikania. Outro fruto desse trabalho com o VAC foi o espetáculo Sarabanda, dirigido por Ricardo Alves Jr. e Grace Passô, que conquistou o público com um diálogo entre teatro e cinema. A participação do Sesc Palladium nos dois eventos segue as diretrizes de formação de público e de inserção no contexto cultural de Belo Horizonte, ampliando o número de atividades gratuitas e a preços acessíveis.
Tarcísio de Paula/Sesc
Mais de 14 mil pessoas passaram pelo centro cultural durante a programação especial
O coletivo feminino A.N.A, acompanhado da cantora Ná Ozzetti, integrou o Verão Arte Contemporânea
SENAC
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P UBLICAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS – SISTEMA FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS | WWW. MG . SENAC .BR
OPORTUNIDADE DE RECOMEÇAR SENAC LEVA CAPACITAÇÃO A QUEM CUMPRE PENA E SONHA COM NOVO EMPREGO
Milene Lopes
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ARTIGO Simplesmente Retrato
Unidade Vitrine: referência inovadora em ambiente educacional Luciano Fagundes Diretor Regional do Senac Motivados pela missão do Senac de “contribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio de ações educacionais inovadoras”, damos continuidade ao nosso projeto de expansão e investimento em infraestrutura. O grande destaque deste ano é a finalização da Unidade Vitrine, que está sendo executada em Divinópolis, na região Central do Estado. Desenvolvido pelo Núcleo de Inovação e pela Assessoria Técnica da Diretoria, em parceria com a Superintendência Educacional, o projeto é uma referência inovadora em metodologias e ambientes educacionais, com espaços modernos que atendem às expectativas dos nossos clientes e parceiros. A ideia é implantar esse conceito em outras regionais e promover uma comunicação única entre os ambientes educacionais das unidades do Senac em Minas. Polo de desenvolvimento regional, Divinópolis foi escolhida como piloto desse projeto porque atrai pessoas dos municípios vizinhos que buscam na cidade produtos e serviços necessários para o seu cotidiano, além de exercer grande influência sobre a moda. Daí a necessidade de investir na expansão da unidade, que ganhará uma nova estrutura física localizada em um ponto estratégico: o centro comercial. O espaço terá 25 salas pedagógicas (19 a mais do que o anterior), 14 dessas voltadas, exclusivamente, para a prática. Entre elas, os laboratórios de Saúde, Manicure, Estética, Hardware e Redes de Computadores, Moda e Modelagem, Confecção, Supermercado Didático, Salão-Escola etc. Outros diferenciais da Unidade Vitrine são: a Sala Multiúso; a Sala Interativa para os docentes; o Espaço Inovação, que poderá ser usado por alunos e professores como uma extensão da sala de aula para a prática de atividades; o Espaço Rede de Carreiras; a Modateca – biblioteca específica de moda com bibliografias sobre o assunto e amostragens de tecidos, botões, aviamentos e acessórios – e o Hall Foyer ou Vitrine de Moda, onde ficarão expostos os principais trabalhos
desenvolvidos pelos alunos. O projeto foi baseado em visitas técnicas feitas em instituições parceiras e em pesquisas cujos dados revelam a importância da infraestrutura para os alunos antes da escolha de uma escola. A Unidade Vitrine tornará o nosso ambiente educacional ainda mais competitivo, com a introdução de novas tecnologias e ambientes pedagógicos modernos que possibilitam aliar a teoria à prática, pois aproximam-se muito dos utilizados pelas empresas no mercado real. Saem ganhando os alunos (nosso público principal), que serão preparados para responder de forma rápida e eficiente aos estímulos e oportunidades do mercado de trabalho; as empresas da região, que passarão a contar com uma oferta maior de mão de obra qualificada para o comércio de bens, serviços e turismo; e o Senac em Minas, que inova mais uma vez ao atrelar as mais recentes tecnologias de mercado aos cursos da instituição.
“A ideia é implantar esse conceito em outras regionais e promover uma comunicação única entre os ambientes educacionais das unidades do Senac em Minas.”
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Acontece
Boas práticas no Comida di Buteco Profissionais dos estabelecimentos participantes do concurso recebem orientações sobre segurança alimentar Aline Barbosa, da rede comunicação
Timóteo (4), Uberlândia (15), Juiz de Fora (15) e Poços de Caldas (15). O objetivo é instruir proprietários, cozinheiros, garçons e quem lida direta ou indiretamente com os alimentos a respeito dos procedimentos exigidos pela legislação. “Essa ação eleva a satisfação e o envolvimento dos participantes”, avalia o gerente regional do concurso, Filipe Pereira. O proprietário do bar Já Tô Inno, Washington Grenfell, vencedor na capital em 2014, aprovou a iniciativa. “Foi a primeira vez que meus funcionários tiveram uma orientação coletiva sobre segurança alimentar com um profissional da área”, disse.
Vinícius Todeschi
Incentivador da gastronomia em geral e formador de mão de obra para o segmento de bares, restaurantes e similares, o Senac é parceiro do Comida di Buteco pelo 9º ano consecutivo. O evento tem início no dia 10 de abril, na capital e no interior de Minas. Neste ano, aproximadamente 250 profissionais dos botecos participantes desse concurso gastronômico recebem orientações sobre as boas práticas na manipulação de alimentos. Experts do Senac em segurança alimentar percorrem os 125 estabelecimentos inscritos para o evento nos municípios de Belo Horizonte (45), Montes Claros (15), Ipatinga (11), Coronel Fabriciano (5),
O Senac também levará orientação sobre as boas práticas na manipulação de alimentos para o local de encerramento do evento, a Saideira, prevista para acontecer no dia 16 de maio, em Belo Horizonte. Simplesmente Retrato
Profissionais do Senac percorrem botecos levando orientação sobre segurança alimentar
CLIENTE EM DESTAQUE
“Há oito anos participando do Comida di Buteco, é possível destacar os ganhos que temos com a parceria entre o Senac e o concurso. Os consultores da instituição, sempre com muita atenção, nos passam orientações tanto na parte de cuidados, manuseio e armazenamento dos alimentos, quanto na limpeza e higienização do ambiente. Todo o aprendizado foi relevante para a organização geral do estabelecimento e para manter a qualidade do evento.” Robson Guimarães Portes Proprietário do Rancho’s Bar, em Ipatinga O Mês do Empreendedor possibilitou 30 dias de programação especial em Poços de Caldas
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Em foco
Ao estilo Ronaldo Fraga Parceria com estilista mineiro inova cursos na área da moda Aline Barbosa, da Rede Comunicação
O Senac em Minas firmou parceria com um dos maiores nomes da moda brasileira: Ronaldo Fraga. O estilista mineiro, que iniciou seus estudos sobre moda na instituição, agregará aos cursos e ao portfólio do Senac novidades e inovações da área. O objetivo é qualificar ainda mais os alunos para que atendam à real demanda do segmento, tornando-os diferenciados e com fácil absorção no mercado de trabalho. Ronaldo Fraga se reuniu com instrutores do Senac das unidades Belo Horizonte, Montes Claros e Divinópolis para discutir a nova proposta de trabalho. Para ele, o desafio é proporcionar aos estudantes um aprendizado de modo diferente. “Além de utilizar a criatividade, as técnicas e as inovações, vamos trabalhar também a apropriação cultural”, diz. A escolha do estilista para essa parceria não foi aleatória. “Ele valoriza nosso país e nossa cultura, resgatando o valor do artesanal e do que é feito à mão. Seu estilo de trabalhar está muito conectado com a formação do nosso aluno”, explica a especialista em Moda do Senac, Andrea Azevedo.
Oliver Lima Bredariol
Ronaldo Fraga com a equipe do Senac no Núcleo de Criação e Design - PlugMinas
Senac na moda O Senac oferece diversos cursos de capacitação na área, como Costureiro, Aperfeiçoamento em Corte e Costura, Confecção de Peças Íntimas, Consultoria de Imagem, Desenhista de Moda, Vitrinista e Modelista, além do recente Técnico em Produção de Moda.
Festival do japão em minas Público do evento explora sabores da culinária nipônica no SenacMóvel Alexandre Farid
O Senac ajudou a ampliar os conhecimentos da gastronomia nipônica dos visitantes do 4º Festival do Japão em Minas. O evento aconteceu de 27 de fevereiro a 1º de março, no Expominas, em Belo Horizonte. “Achei que fosse comer apenas peixe cru, mas provei pratos deliciosos, criativos e bem diferentes do que eu imaginava”, contou Wesley de Araújo Santos, que não gostava de comida japonesa até participar de uma das oficinas gratuitas promovidas pela instituição. As sete oficinas, realizadas no SenacMóvel, a carreta-escola da instituição, foram bastante disputadas, principalmente pelo público jovem, que anotava atentamente as aulas ministradas pelo chef Adair Candeias. Especialista em
culinária japonesa, ele ensinou como preparar o missoshiro (uma espécie de sopa de tofu) e o sunomono (que se assemelha a uma salada de pepino), sempre acompanhados de diferentes pratos principais, como tepam yaki, okonomy yaki, sopa de lombo, guioza, shabu-shabu e salmão assado marinado no saquê. Ellen Soares Corrêa e o namorado, Ado Viana, mantêm um portal, um canal no YouTube e uma página no Facebook, todos dedicados à cultura nipônica. Eles contam que aprenderam conceitos importantes na oficina da qual participaram. “A comida japonesa é mais fácil de preparar do que eu imaginava e tem um sabor ímpar”, diz Ellen. O chef Adair fez um balanço
positivo da participação do Senac no evento: “Os alunos, com certeza, saíram das oficinas com uma noção muito boa da culinária do Japão, que é extremamente rica.” Simplesmente Retrato
Chef Adair Candeias serve tepam yaki para os participantes da oficina
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CAPA
Qualificação para uma vida nova Senac oferece orientação profissional e palestras a egressos de unidades prisionais de Minas Adriana Linhares Fotos: Simplesmente Retrato
Vanderson resume a chance que recebeu: “o trabalho é base de tudo”
Oportunidade. Para quem está privado de liberdade, essa palavra significa, sobretudo, a chance de transformação. O Senac tem contribuído para mudar a realidade de várias pessoas nessas condições. Há cerca de um ano, instrutores e parceiros da instituição percorrem unidades do sistema prisional e da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) para promover palestras e cursos gratuitos relacionados ao mercado de trabalho. Os conteúdos visam à qualificação de quem tem, na inclusão social, a esperança de recomeçar. “Nossa proposta é prepará-los para retornar ao mercado, ampliando suas perspectivas”, explica a coordenadora do Rede de Carreiras do Senac, Ana Roberta da Cruz. As ações são parte do Programa Regresso, iniciativa do Instituto Minas pela Paz. Além de palestras e cursos, são oferecidos treinamentos e workshops a recuperandos e a funcionários da Apac, bem como orientação profissional a apenados do sistema prisional. Desde 2013, foram atendidas cerca de 800 pessoas em 12 cidades mineiras. “Nosso objetivo é capacitálas para que trabalhem dignamente, em equipe
Diretor da Faculdade Senac Unidade Contagem, Paulo Leite, durante palestra na Apac
e com atitude empreendora”, diz o professor Tio Flávio, que atua junto ao Senac por meio do Projeto Tio Flávio Cultural. “O que se propõe é a qualificação para que essas pessoas vislumbrem outras realidades e a sociedade possa recebêlas”, complementa o gerente de projetos do Instituto Minas pela Paz, Enéas Melo. Esse trabalho tem contribuído para elevar a empregabilidade de egressos. Há seis meses, o gerente administrativo de uma padaria em Lagoa da Prata, Cleiton da Silva, contratou um recuperando como auxiliar de panificação. “Valeu a pena. Resolvi contratá-lo também pela contribuição social desse gesto. Não é fácil uma pessoa assim ser reintegrada à sociedade, pois o preconceito existe. Às vezes, ela volta a cometer crimes por falta de oportunidades”, acredita. Antes da chegada do colaborador, Cleiton se reuniu com os demais. “Deixei claro que ele era recuperando e deveria ser respeitado.” Além de favorecer as estatísticas, como a redução da reincidência, a empresa que contrata um egresso pode receber incentivos financeiros e acompanhamento multidisciplinar.
Caminho da inclusão Após quatro anos fora do mercado, Vanderson Gonçalves soube aproveitar a chance de trabalhar em um posto de gasolina, em Belo Horizonte. “A experiência está sendo muito boa. O trabalho é a base de tudo: sem ele a pessoa acaba voltando ao crime. Meus planos são continuar trabalhando, cuidar da família e esquecer o passado”, diz. Também são parceiros do Programa Regresso a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Saiba mais: Empresários interessados em contratar egressos podem acessar www.minaspelapaz.org.br e obter mais informações. Outra opção é buscar currículos no perfil desejado no site www.rededecarreiras.com.br.
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Giro
Por um mundo mais verde e melhor Renata giordani Luis Fernando de Godoi
Jovens aprendizes do Senac foram às ruas sensibilizar a população sobre a importância de se cuidar do lugar onde vivemos. Em Alfenas, no Sul de Minas, estudantes da instituição plantaram mais de 150 mudas de árvore na cidade. Isso significa que 1 km da Avenida Mário Vieira Barbosa será transformado em área verde. Os alunos também recolhem o lixo na avenida, incentivando a população a manter o local limpo. A iniciativa, realizada desde março de 2014, teve o apoio da Unifenas (Universidade José do Rosário Vellano). “Atualmente, produzimos nossas mudas, entre elas, as frutíferas, como caqui, lichia, pêssego, manga e ameixa”, observa o orientador
de cursos do Senac Luíz Fernando de Godoi. Em Araxá, no Alto Paranaíba, os aprendizes colocaram “curativos urbanos” nos espaços sujos e depredados e nas ruas e calçadas com buracos. A ação foi realizada na região central do município. Tudo para chamar a atenção da população sobre o cuidado com a cidade, “machucada” pelo vandalismo e pela falta de iniciativa da sociedade. “Com esse projeto, percebemos o quanto podemos fazer algo por Araxá. Para isso, torna-se importante o apoio dos governantes”, lembrou a aprendiz Ana Luiza Masson. Segundo ela, a maior parte dos problemas na estrutura urbana é ocasionada pela ação do próprio homem.
Saiba mais: Informações sobre os cursos do Programa Jovem Aprendiz do Senac estão disponíveis Aprendizes produzem mudas para arborizar a cidade
no site www.mg.senac.br.
Literatura em prosa, verso e entretenimento Flipoços contará com programação especial do senac e sesc Literatura e muito entretenimento esperam pelos visitantes do Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços) e da Feira Nacional do Livro na cidade. Completando dez anos em 2015, o Flipoços conta com a participação do Senac desde a primeira edição. A instituição levará ao evento o SenacMóvel, a carreta-escola sobre rodas, que reproduz internamente o ambiente de sala de aula, disponibilizando infraestrutura pedagógica de última geração. Uma programação especial será oferecida ao público. Os interessados em obter mais informações podem acessar o site www. mg.senac.br ou ligar para 0800 724 4440. Neste ano, o cartunista Ziraldo será o patrono do festival. Os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Luis Erlanger, Thalita Rebouças, Babi Dewet, Antonia Pellegrino, José Miguel Ribeiro e Toninho Vaz também marcarão presença no evento.
Flipocinhos No Festival Literário, a ser realizado de 25 de abril a 3 de maio, no Espaço da Urca, os pequenos terão um local só para eles: o Flipocinhos. Comandada pelo Sesc desde 2012, a iniciativa levará atrações diversas a estudantes de escolas da região e ao público em geral. Haverá oficinas de arte, participação de escritores, apresentações artísticas de alunos dos cursos de Arte e Cultura do Sesc Poços de Caldas, exibições do CineSesc, entre outras atividades. A programação terá também o evento “Livro ao Pé da Árvore” - estrutura com pufes e um móbile cheio de obras literárias penduradas nos “galhos”. Já a contação de histórias para o público infanto-juvenil terá as presenças de profissionais de Minas e São Paulo.
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Em foco
Mais educação, mais emprego Da aprendizagem comercial à pós-graduação, Senac ajuda mineiros a conquistarem espaço no mercado de trabalho Alexandre Farid
Que a educação profissional é fundamental para o crescimento do Brasil ninguém tem dúvida. Empresas de todos os setores demandam, cada vez mais, pessoas com formação voltada para o mercado de trabalho. Segundo o superintendente educacional interino do Senac, Bernardo Trindade, “o principal objetivo da educação profissional é a criação de cursos com duração reduzida voltados para acesso ao mercado, tanto para estudantes quanto para profissionais que buscam ampliar suas qualificações. Essa é uma das razões que explicam a grande pro-
cura por esses cursos nos últimos anos.” Na modalidade educação profissional, os cursos vão desde a formação inicial e continuada (aprendizagem comercial e capacitação), nível técnico à graduação tecnológica. Para quem está em busca do tão sonhado emprego, quer mudar de profissão ou pretende abrir seu próprio negócio, o Senac oferece inúmeras opções. É o caso de Vitor Ernane, que tinha 17 anos quando ingressou no curso de Aprendizagem Comercial em Serviços Administrativos. Durante um ano, dividiu seu tempo entre as atividades teóricas no Senac em Uber-
lândia e a prática na área de e-commerce da empresa Armazém Martins. “Graças ao bom aproveitamento que tive no curso, fui efetivado”, conta. Ao se formar como depiladora no Senac em Divinópolis, Márcia Ferreira encontrou o caminho para a independência financeira. Em pouco tempo, montou um salão e, agora, conta com uma clientela fiel. O trabalho ainda ajuda a custear o estudo do filho. “O Senac me abriu novas portas e não pretendo parar por aqui”, planeja. Hoje, ela frequenta outro curso na instituição, o de Cabeleireiro.
Alto índice de empregabilidade Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, em 2014, mostra que mais de 70% dos ex-alunos de cursos técnicos de nível médio conseguem emprego no primeiro ano depois do curso. Foi o que ocorreu com Hyago Rodrigues. Ao se formar pelo curso Técnico em Logística do Senac em São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas), no ano passado, foi logo contratado pela Peneira Alta Armazéns Gerais. “Meus professores trabalhavam na área de logística. Isso me ajudou a ter uma visão bem prática da profissão e conseguir o emprego”, comenta.
Remuneração valorizada no ensino superior Com um portfólio de mais de 300 cursos, o Senac também contempla a educação superior (graduação e pós-graduação). A procura por essa modalidade, geralmente, é motivada pela vontade de aprimorar a carreira e obter aumento salarial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário de pós-graduados é até 107% maior. Diretor da 11E Consultoria, o advogado e administrador de empresas Felipe Ansaloni optou pelo MBA em Gestão Pública do Senac, finalizado em 2011. Hoje, além de advogar, ele presta consultoria, treinamentos e ministra aulas em faculdades. “O MBA no Senac me proporcionou novas possibilidades de relacionamentos profissionais, aprofundamento de conhecimentos não vistos na graduação e visão prática dos temas abordados no curso”, avalia.
Roberta Borato
Márcia, Felipe, Vitor e Hyago colhem os frutos de se investir na educação
Gláucia Rodrigues
Larissa Silva
Samara Vieira
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Dica do Descubraminas.com
O Centro-Oeste mineiro e seus atrativos Josie Menezes André Rocha
Os cânions compõem a beleza natural da região
Muitas riquezas e belos locais podem ser encontrados no Centro-Oeste mineiro. Quem visita a região não deve deixar de conhecer alguns pontos interessantes, como o Parque Estadual da Serra da Canastra, que preserva a área das nascentes do rio São Francisco e a cachoeira Casca d´Anta.
Também é por lá que se encontra o lago de Furnas, considerado um verdadeiro paraíso para quem procura contato direto com a natureza. Cachoeiras e piscinas naturais são encontradas às margens desse famoso “mar de Minas”, indicado para a prática de esportes náuticos e de aventura. O Velho Chico, também conhecido como “o rio da integração nacional”, é um atrativo à parte. Há paredões de impressionar em Iguatama e Lagoa da Prata - local onde o rio São Francisco possui os cenários mais bonitos de todo o seu percurso.
Como tudo começou
18 e 19. A partir do momento em que as minas de ouro foram descobertas e as terras começaram a ser ocupadas, surgiu a necessidade do abastecimento de vários produtos, sobretudo de gêneros alimentícios. Os próprios tropeiros resolviam, muitas vezes, fixar moradia nesses locais que serviam de repouso, nascendo, assim, as cidades. Iniciavam-se, então, as atividades de plantio, a criação de gado muar (mula) e bovino e o estabelecimento de casas de comércio, já que o tino comercial “estava no sangue”. Hoje, percebe-se a forte presença da herança cultural do “tropeirismo” no falar, nas devoções e na culinária mineira.
A história do Centro-Oeste de Minas está fortemente ligada aos tropeiros – responsáveis pela condução de tropas de mulas nos séculos
Saiba mais:
descubraminas.com
DICA DO CHEF
Um carpaccio digno de estrela Fotos: Ana Carolina Trindade
Na 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada em janeiro, o Senac preparou um jantar inspirado na carreira da atriz Dira Paes (na foto, com a gerente regional do Senac – Zona da Mata, Cíntia Gomes, e o conselheiro da instituição Wainer Pastorini Haddad). Nesta edição do Fecomércio Informativo, o chef executivo Ronie Peterson, responsável pela criação do menu na Pousada Senac Tiradentes, apresenta um dos pratos elaborados: o carpaccio de búfalo com pesto de castanha-do-pará. Ele conta que buscou referências na trajetória da artista na TV e no cinema, e em sua origem paraense, ressaltando que esse Estado tem o maior rebanho de búfalos do país.
receita: Carpaccio de búfalo com pesto de castanha-do-pará, acompanhado de ovos mollet empanados na farinha d’agua e fritos e finalizados com alcaparras crocantes.
• Ovos batidos e farinha d’água para empanar • Óleo para fritura • Alcaparras fritas a gosto • Brotinho
Ingredientes: • 150g de filé de búfalo congelado cor tado bem fininho (pode-se usar um fatiador de frios) • 25ml de azeite virgem • 1 dente de alho • Salsinha a gosto • Queijo do Marajó ralado (o quanto baste) • Sal e pimenta • 1 ovo cozido a uma temperatura de 75°C por 13 minutos
Modo de preparo: Com o auxílio do liquidificador ou processador, bater a castanha, o alho, o azeite, o sal e a pimenta, finalizando com queijo do Marajó ralado. Reservar. Após cozinhar o ovo em baixa temperatura, retirar e colocar em água gelada por alguns minutos até ficar totalmente frio. Quebrar a casca, retirar com cuidado o ovo e, em seguida, empanar no ovo batido cru e na farinha d’água; fritar em óleo quente até dourar.
Montagem: • Dispor no prato raso as fatias de filé de búfalo de forma a cobrir todo o prato; espalhar o pesto, colocar o ovo frito e finalizar com as alcaparras crocantes e os brotos.
Ana Carolina Trindade