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A manutenção do nível de empregos permitirá que o comércio mantenha-se estável, apesar dos fatores restritivos da conjuntura econômica vigente.
As dívidas dos consumidores e a ânsia tributária Os paranaenses continuam como os mais endividados do país, posição que mantêm há pelo menos três anos. Os levantamentos mostram que 87% dos consumidores do estado possuem algum tipo de dívida. Já melhorados, porque em 2011, 90% da população possuía algum tipo de dívida. Os indicadores colocam o Paraná bem acima da média nacional de endividamento, que ficou em 63% no ano passado. Mas antes de qualquer alarde, é preciso esclarecer algumas peculiaridades sobre a situação financeira dos paranaenses. Endividamento é qualquer tipo de parcelamento, seja no cartão de crédito, boleto ou prestação fixa da casa própria, carro ou mensalidades escolares, o que é muito diferente de inadimplência. Somos os mais endividados, é fato. Porém, não somos maus pagadores, pelo contrário. O percentual de famílias com SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
dívidas em atraso está dentro da média brasileira, que é de 21% - estamos com 22%. A parcela mensal da renda comprometida com dívidas ficou em 32% em 2013, pouco acima dos 30% nacionais. Um dos motivos para o elevado nível de endividamento no Paraná é a situação de pleno emprego, que permanece no Estado, em oposição ao que vem ocorrendo em outras unidades da Federação. A renda garantida no fim do mês faz com o que os paranaenses se sintam mais confiantes para parcelar suas compras e adquirir bens de maior valor de forma fracionada. Apesar dos últimos meses terem sido difíceis, o Paraná ainda tem saldo positivo na geração de empregos, especialmente quando se considera o acumulado do ano.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que o Brasil criou 11.796 empregos com carteira assinada no mês de julho. Isso representa queda de 71,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 41.463 vagas formais. Foi o pior resultado para meses de julho em 15 anos. Em compensação, no Paraná, foram geradas 2.683 novas vagas de emprego com carteira assinada. Na comparação com o mês anterior, o saldo é 0,1% maior.
dústria como no comércio, e não há indicadores que permitam vislumbrar recuperação a curto prazo. Os empresários precisam ter ponderação em relação a novos investimentos e gastos, a fim de não comprometer a saúde financeira da empresa, e terão que se esforçar ainda mais para manter ou aumentar o faturamento. O comércio precisa manter-se atento. Exatamente por esse motivo é que a Fecomércio PR, o Fórum Futuro 10 e o G7, os dois últimos compostos pelas entidades que representam as classes produtivas, divulgaram propostas para o futuro do Paraná e do Brasil, entregues aos candidatos ao governo do Estado.
O acumulado do ano, nosso Estado conseguiu abrir 66.188 novas vagas de trabalho. O número está 2,44% acima do registrado no mesmo período de 2013 e ultrapassa o indicador nacional, É preciso que se resolvam, com que apresentou queda de 30,3%. planejamento e celeridade, os problemas que dificultam o desenvolvimenA manutenção do nível de empre- to do país. E, entre eles, está a condugos permitirá que o comércio man- ção da economia, que não pode mais tenha-se estável, apesar dos fatores onerar o consumidor. É ele, aquele restritivos da conjuntura econômica que segura os níveis de compra e venvigente. Essa é a premissa sobre a qual da, no comércio e na indústria, quem os empresários do comércio de bens, precisa arcar, na ponta, com dívidas serviços e turismo devem pautar suas que seriam mais razoáveis se fosse ações. Enquanto o setor produtivo menor a ânsia tributária do governo. continuar mantendo os empregos, toda a cadeia se manterá. No entanto, a luz amarela da economia começou a piscar, tanto na in-
Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR agosto 2014