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Coordenador de Jornalismo Ernani Buchmann Revisão: Sônia Amaral Diagramação: Vera Andrion Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: mensal
As constantes amea莽as de greve dos 么nibus em Curitiba demonstram a fragilidade do sistema
dezembro 2015
Uma greve em qu É assustador, mas a cada dois meses, em média, Curitiba sofre com uma greve de motoristas e cobradores de ônibus que não tem vencedores, só vencidos. Perdem os usuários, que não têm meios de se deslocar. Perdem os patrões, desfalcados de funcionários. Perdem os empresários do comércio, que veem cair o faturamento por falta de clientes.
sultas médicas já agendadas são perdidas por falta de transporte. O caos no trânsito aumenta, as faltas no emprego nem sempre não abonadas e a insatisfação cresce em um momento político-econômico em que as pessoas já enfrentam outras situações de insegurança. Há, no mínimo, falta de sensibilidade dos envolvidos. O poder público retarda o repasse para as empresas. As concessionárias atrasam os pagamentos salariais e dão margem à greve. Motoristas e cobradores esticam a corda, tratando de resolver uma situação sempre precária. E nada se resolve.
Perdem as empresas concessionárias, para quem ônibus parado significa milhões de prejuízo. Perdem os governos, municipal e estadual, pelo desgaste político que as greves acarretam. Estes perdem também na arrecadação de impostos e na perda da prestação de serviços. E perde o país, porque mais automóveis nas ruas sigA prefeitura alega que o sistema nifica maior estresse, mais poluição e está no limite, talvez para justifimenos saúde para os cidadãos. car o aumento das tarifas. De novo penalizaremos a população usuária Com tudo isso, a população perde dos serviços e a cadeia produtiva do a paciência – e não sem razão. Con- comércio.
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ue todos perdem A ameaça de greve paira sobre a cidade de forma permanente, como espada na nuca. Procrastinar a solução não interessa a ninguém, porque o transporte urbano em Curitiba encontra-se em visível decadência. De sistema modelo, já não ostenta a liderança nem mesmo no país, ultrapassado por cidades que não pararam de investir e hoje colhem os louros.
contas a pagar, como salários, luz, água, aluguel, impostos e fornecedores. Cada dia de greve corresponde a R$ 700 milhões que se deixa de vender na capital e Região Metropolitana. E o governo, quanto perde em ICMS e ISS que deixam de ser arrecadados?
O comércio de Curitiba quer tão somente trabalhar. Com isso, mantém as empresas funcionando, garante Do jeito que vamos, ainda chega- empregos e contribui para o desenremos a 1960, quando caminhões do volvimento. São mais de 100 mil Exército foram obrigados a circular empresas, com um número superior a pelas ruas, com soldados puxando e 350 mil trabalhadores, todos sofrendo descendo passageiros nas linhas de- a angústia de uma situação que se arsertas de ônibus. Greve ou locaute, rasta. Uma lástima. para o cidadão o resultado é o mesmo: insatisfação, decepção, insegurança e desconforto. O objetivo é que exista bom senso de todos os lados envolvidos. Os Darci Piana do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná comerciantes, prestadores de serviços Presidente e vice-presidente da Confederação Nacional do e turismo estão preocupados com as Comércio de Bens, Serviços e Turismo
dezembro 2015
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