Livro: Mais do que história. Um grande legado

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empresários do comércio.

Fecomércio PR, 70 anos trabalhando pelos

Expediente

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná – Darci Piana

Coordenador Geral do Núcleo de Comunicação e Marketing – Cesar Luiz Gonçalves

Coordenador de Jornalismo – Ernani Buchmann

Texto – Maria Sandra Gonçalves

Texto do capítulo Memória – José Luiz de Carvalho e Aimoré Índio do Brasil Arantes

Pesquisa fotográfica e documental – Rosane Guarise e Silvia Bocchese de Lima

Revisão de conteúdo – Silvia Bocchese de Lima

Imagens – Acervo fotográfico do Sistema Fecomércio, Ivo Lima e Bruno Tadashi

Projeto gráfico – PontoDesign

Capa – Joaquin Fernandez Presas

Fonte de Pesquisa – Acervo do Sistema Fecomércio

Catalogação na Fonte: Sesc Paraná - Gerência de Cultura

G635 Gonçalves, Maria Sandra Teixeira

Mais do que história. Um grande legado : Fecomércio PR : 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio / [textos de José Luiz de Carvalho; Aimoré Índio do Brasil Arantes]. -

Curitiba : Fecomércio PR, 2018. 240 p. : il. color. 28 cm.

ISBN 978-85-69068-02-0

1. Comerciários – História – Paraná. I. Fecomércio PR.

II. Título.

CDD – 380.0698162

Mensagem inicial – Futuro, quem tem medo? Página 8 Capítulo 1 – Origem Página 12 Capítulo 2 – A voz de milhares Página 82 Capítulo 3 – Compromisso com o desenvolvimento Página 110 Capítulo 4 – Dois braços, uma só missão Página 120 Capítulo 5 – Os frutos do Sistema Página 130 Capítulo 6 – A face solidária do comércio Página 172 Capítulo 7 – Reconhecimento Página 180 Capítulo 8 – Memória Página 186 Sumário FECOMÉRCIO PR 4
70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 5

Futuro,

Quando assumi a presidência da Federação do Comércio do Paraná em 2004, à frente de uma diretoria renovadora, não havia na entidade o conceito de Sistema. Sesc e Senac andavam em vias paralelas, sem nenhuma interação. Não havia o Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento. Eram poucos os serviços oferecidos. E havia muito a fazer.

Com o tempo, a nossa diretoria foi inteirando-se do tamanho do desafio. Era preciso estruturar a Federação para que ela estivesse apta a oferecer serviços necessários aos empresários do comércio.

O desenvolvimento da atividade comercial também passava pela criação de câmaras setoriais, cursos, seminários e eventos destinados ao aprimoramento da gestão empresarial.

Ao mesmo tempo, Sesc e Senac deveriam ser exigidos a ampliar seu leque de ações.

O crescimento da população e o avanço da economia nos obrigava a investir, para que estivéssemos presentes em um número cada vez maior de municípios do estado.

Em primeiro lugar, lançamos as bases do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, consolidando a cada nova iniciativa a integração necessária. Desenvolvemos o plano de expansão estratégica, levando novas unidades do Sesc e do Senac a oferecer seus serviços aos habitantes das 399 cidades paranaenses. Trouxemos profissionais de capacidade reconhecida no mercado para atender às exigências do empresariado. E entramos em novas searas,

quem tem medo?
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Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR (foto: Gilson Abreu)

sem medo de expandir as atividades do Sistema, porque a sociedade assim o exigia.

Foi assim que passamos a enxergar o mercado externo, gerando ações de âmbito internacional para dar suporte a quem trabalhava com exportação e importação, por meio da Câmara de Comércio Exterior. Criamos a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, a de Materiais de Construção, a de Turismo, de Medicamentos. Criamos o IFPD. Estabelecemos a Assessoria Legislativa, para permitir um olhar acurado sobre medidas que possam impactar o comércio. Em parceria com o Sebrae, oferecemos dezenas de cursos de aperfeiçoamento profissional a empresários e gestores de negócios.

Assumimos tarefas na área cultural, com o Sesc recebendo, em concessão, imóveis degradados e os devolvendo como unidades culturais à população. O Programa Mesa Brasil distribuiu alimentos a milhões de cidadãos carentes. Os programas de educação, saúde, ação social, cultura, esporte e lazer foram ampliados de maneira exponencial.

O Senac criou novas matrizes pedagógicas e novos cursos. Frente às demandas geradas pelas novas descobertas da tecnologia, impôs sua capacidade de oferecer educação profissional também no ensino a distância. Vem sendo de tal forma

bem-sucedido que chega a este ano de 2018 oferecendo cursos de Ensino Superior em diversas cidades paranaenses, por meio da Faculdade Senac.

O resultado de tanto trabalho pode ser medido pela satisfação dos empresários, pelo volume de atendimentos registrados pelo Sesc e de alunos matriculados no Senac.

Sabemos o quanto ainda precisamos fazer. A população do estado espera muito do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná. Não iremos decepcionar os paranaenses.

A responsabilidade em assumir desafios sempre esteve presente em minha vida, desde a infância no interior do Rio Grande do Sul, passando pela adolescência em Palmas e na vida adulta em Curitiba. Continuo a me alimentar deles.

Resta agradecer aos diretores, colaboradores e a todos os que acreditaram que crescer com solidez e ampliar nossa atuação era tarefa possível, ainda que árdua. Enfim, essa é a essência dos desafios. Quanto maiores eles forem, maior a força que teremos para vencê-los.

Muito obrigado!

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná

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Capítulo 1 Origem

Verso da carta de declaração e reconhecimento da fundação da Fecomercio Paraná.

A segunda metade dos anos 1940 foi um período de retomada na economia mundial e de expansão no Brasil, com mais acesso à educação e ao comércio de bens, serviços e turismo. Nesse cenário é que a Confederação Nacional do Comércio (CNC) nasceu, a 4 de setembro de 1945. A partir daí, sindicatos de todo o país passaram a se organizar em federações estaduais.

Em setembro de 1946, a CNC criou o Serviço Social do Comércio (Sesc). No ano seguinte, Luiz Borges, assessor do então presidente da Confederação, João Daudt D´Oliveira, veio a Curitiba com a missão de fundar uma Federação do Comércio, destacando para a missão o advogado Rubens Requião.

A 19 de janeiro de 1948 foi instalada oficialmente a Federação do Comércio do Estado do Paraná, entidade sindical de grau superior que reunia cinco sindicatos empresariais – Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras no Estado do Paraná, Sindicato dos Representantes Comerciais no Estado do Paraná, Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas no Estado do Paraná, Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Curitiba e Sindicato dos Lojistas do Comércio e do

Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios no Estado do Paraná. A entidade, que passaria a administrar serviços sociais e de aprendizagem comercial no Paraná por meio do Sesc e do Senac, nasceu com a seguinte diretoria provisória:

Presidente: Emanuel Coelho

Primeiro vice-presidente: Anacleto

Theogenes Carli

Segundo vice-presidente: Camillo Stellfeld

Primeiro secretário: Hasdrubal Bellegard

Segundo secretário: Althair Barros

Primeiro tesoureiro: Álvaro Leal

Segundo tesoureiro: Henrique Rosalinski

Conselho fiscal: Flávio Ribeiro, Arnaldo

Azevedo e Albino Warumby

Suplentes do conselho fiscal: Kuno Klemann, Plínio Marinoni e Alberto Bonviu

As atividades assistenciais tiveram início, efetivamente, em 16 de março de 1949, tendo a saúde como foco central. O comerciário recebia gratuitamente atendimento médico, dentário e também assistência farmacêutica e social. Começava assim uma história de sete décadas de trabalho em prol dos empresários do comércio do Paraná.

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Os Presidentes

Osmário Zilli (1962-1971) Emanuel Coelho (1948-1949) (1949-1952) (1952-1954) (1954-1962) Anacleto Theogenes Carli Camillo Stellfeld José Luiz Guerra Rego (1971-1977) (1986-2004) (1977-1983) (1983-1986) Rubens Armando Brustolin Egídio Pereira Generoso Marques dos Santos Neto Renê Gomes Nápoli Atual Presidente
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do comércio 15
Darci Piana
empresários

de

Nossas bases

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conquistas

Abrangência

A Fecomércio está presente em 36 cidades do Paraná. Em 35 delas, a comunidade conta com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Já o Serviço Social do Comércio (Sesc) está em 30 cidades paranaenses, algumas delas com mais de uma unidade. Neste mapa é possível verificar ainda onde ficam os 63 sindicatos que integram a base da Federação. Acompanhe nas páginas seguintes informações sobre as unidades surgidas neste novo milênio.

Umuarama Toledo Campo Mourão Ivaiporã Maringá Londrina Cornélio Procópio Jacarezinho Santo Antônio da Platina Apucarana Medianeira Dois Vizinhos Francisco Beltrão Barracão Pato Branco Palmas Guarapuava Irati* União da Vitória São Mateus do Sul Rio Negro Ponta Grossa* Castro Curitiba Paranaguá Matinhos São José dos Pinhais Campo Largo Foz do Iguaçu Cascavel* Marechal Cândido Rondon Paranavaí 1 1 1 Nova Londrina* 1 1 Bela Vista do Paraíso* 1 1 Arapongas* 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 SESC SENAC SINDICATOS 1 1 1 1 1 1 4 3 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 3 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 2 5 4 28 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Prudentópolis 1 1 1 *Cidades com unidades em obras em 2018.
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Unidade - Sesc

Foz do Iguaçu

Inauguração: 10/5/2007

Infraestrutura:

- Piscinas semiolímpica e infantil

- Vestiários

- Quadras cobertas (poliesportiva e de grama sintética)

- Teatro de arena

Av. Tancredo Neves, 222 Foz do Iguaçu - PR

- Salas para cursos (informática, idiomas, artesanato, culinária, entre outros)

- Clínica odontológica

- Educação infantil

- Serviço de alimentação

- Biblioteca

- Sala de inclusão digital

- Academia de Ginástica Multifuncional

- Praça de eventos

- Área de convivência

- Estacionamento

Área total: 22.477,59m2

Área construída: 7 mil m2

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Cataratas

Inauguração: 30/4/2009

A fim de elevar a qualificação dos profissionais atuantes na área e fortalecer o trade turístico, Foz do Iguaçu oferta serviços especializados em hotelaria, gastronomia e turismo.

A unidade foi instalada no antigo Hotel Cassino, reformado por meio de uma parceria do governo do estado, e recebeu o nome de Senac Cataratas.

A unidade possui instalações diferenciadas e projeto inovador, que inclui dois apartamentos-modelo e um laboratório para formação de trabalhadores do setor de hotelaria e turismo. Também foram implantadas empresas pedagógicas como o Restaurante-escola, Lanchonete-escola e cozinha pedagógica, além dos laboratórios de saúde e de beleza.

Rua João Rouver, 160 Foz do Iguaçu - PR

Infraestrutura:

- 5 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/ maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/ pedicure

- Ambiente pedagógico Depilação

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Informática

- 2 apartamentos-modelo

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Restaurante-escola

- Salão de beleza-escola

- Auditório

- Biblioteca

Capacidade: 981 alunos/dia

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Unidade - Sesc

Paço da Liberdade

Inauguração: 29/3/2009

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, em parceria com a Prefeitura de Curitiba, devolveu à capital paranaense um dos seus mais importantes monumentos históricos.

O prédio que já abrigou o gabinete de 42 prefeitos e foi sede do Museu Paranaense, jazia sob as marcas do tempo. O poder público cedeu o espaço e o Sesc realizou as obras de revitalização.

Os 2.205,07m2 do prédio passaram por restauro, e suas características arquitetônicas e construtivas originais foram preservadas. Coube ao arquiteto Abrão Assad a elaboração dos Projetos Arquitetônicos de Reciclagem e de Arquitetura de Interiores da edificação e ao arquiteto Humberto Fogassa a responsabilidade pela obra. Renovado, o prédio do Paço da Liberdade manteve-se fiel à aparência original.

Nos quatro pavimentos do prédio funcionam livraria, biblioteca, café cultural e musical, auditório, salas de aula multiúso, laboratório de produção eletrônica, estúdios de gravação, salas para exposições.

Praça Generoso Marques, 189 Curitiba - PR

FECOMÉRCIO PR 24 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 25

Unidade - Senac

Café do Paço

Inauguração: 29/3/2009

Para deixar mais saborosa a visita ao centro cultural Sesc Paço da Liberdade, em Curitiba, o Senac administra o Café do Paço, um espaço que oferece mais de 20 opções de café, preparado por baristas, doces de confeitaria especial, tortas salgadas e bebidas selecionadas.

Tudo isso envolto em boa música.

O Café do Paço está preparado para atuar como empresa-escola e conta com instrutores especializados no atendimento a clientes.

Praça Generoso Marques, 189 Curitiba - PR

FECOMÉRCIO PR 26 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 27

Pato Branco

Inauguração: 10/11/2009

Infraestrutura

Avenida Tupi, 405 Pato Branco - PR

- Academia de Ginástica Multifuncional, salas de ergometria e de artes marciais

- Sala de dança, de múltiplas artes e de inclusão digital; sala de apresentações

- Clínica Odontológica

- Educação Infantil

- Auditório para 135 pessoas

- Ginásio poliesportivo coberto, piso de madeira e sistema de amortecedor de impactos

- Teatro de Arena

Área construída: 4.000m2

Sala de múltiplas artes
FECOMÉRCIO PR 28 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 29

Campo Mourão

Inauguração: 25/03/2010

Infraestrutura

- 4 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Moda e design

- 3 ambientes pedagógicos Informática

- Ambiente pedagógico Podologia

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Radiologia

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Depilação

- Apartamento-modelo

- Confeitaria-escola

- Salão de beleza-escola

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 4.179,44m2

Capacidade: 1.473 alunos/dia

Rua São Josafat, 1.651 Campo Mourão - PR

Unidade - Senac
FECOMÉRCIO PR 30 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 31

Unidade - Senac

Apucarana

Inauguração: 5/11/2010

Infraestrutura

- 9 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- 3 ambientes pedagógicos Informática

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Salão de beleza-escola

- Auditório

- Biblioteca Área construída: 2.340m2

Capacidade: 1.842 alunos/dia

Ambiente Pedagógico de Enfermagem
FECOMÉRCIO PR 32 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 33
Rua Gastão Vidigal,185 Apucarana - PR

Unidade - Senac

Toledo

Inauguração: 4/11/2011

Infraestrutura:

- 6 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Depilação

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Salão de Beleza-escola

- Mercado-escola

- Auditório - Biblioteca

Área construída: 2.250m2

Capacidade: 1.581 alunos/dia

Rua Guaíra, 3.332

Toledo - PR

Mercado-escola
FECOMÉRCIO PR 34 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 35

Caiobá

Inauguração: 16/12/2011

Infraestrutura:

- 137 apartamentos

- 4 piscinas

- Restaurantes e lanchonete

- Ginásio de Esportes

- Sala de jogos

- Espaço Fitness

- Brinquedoteca

- Lan House

- Home Theater

- Centro de convenções para 600 pessoas

- 4 auditórios modulares

- Business Center

Área construída: 23.000m2

Ginásio de Esportes
FECOMÉRCIO
36 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 37
R. Dr. José Pinto Rebelo Junior, 91 Matinhos - PR
PR

Unidade - Senac

Caiobá

Para qualificar a mão de obra dos profissionais do comércio do litoral, o Senac conta com uma unidade anexa ao Centro de Turismo e Lazer. As dependências contam com infraestrutura para aulas práticas de cabeleireiro, manicure e pedicure, informática e hospitalidade. Referência em gastronomia, a instituição também marca sua presença no litoral com o Restaurante-escola e o Café Senac.

Instalado dentro do Hotel Sesc Caiobá, o Café-escola serve sofisticados cafés, bolos e tortas doces e salgadas. Drinques e coquetéis à base de café também são ofertados. O atendimento é feito tanto para hóspedes quanto para o público em geral, diariamente, das 15h às 22h.

R. Dr. José Pinto Rebelo Junior, 91 Matinhos - PR

- 1 sala de aula convencional

- Ambiente pedagógico Informática

- Ambiente pedagógico Beleza

- Cozinha pedagógica

- Cozinha didática

- Restaurante-escola

- Café-escola

- Biblioteca

Área construída: 1.366m2

Capacidade: 357 alunos/dia

Restaurante-escola Farol das Conchas
FECOMÉRCIO PR 38 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 39

Ambiente Pedagógico Informática

Inauguração: 18/9/2012

Infraestrutura

- 5 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro

- Ambiente pedagógico Maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Moda e design

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 1.758 m²

Capacidade: 1.393 alunos/dia

Av. Duque de Caxias, 5.238 Umuarama - PR

FECOMÉRCIO PR 40 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 41

Francisco Beltrão

Inauguração: 8/5/2013

Infraestrutura

- 4 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Cozinha didática

- Salão de Beleza-escola

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 2.060,98m2

Capacidade: 1.233 alunos/dia

Av. Júlio Assis Cavalheiro, 2.191 Francisco Beltrão - PR

Mesa Brasil Francisco Beltrão
FECOMÉRCIO PR 42 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 43

Pato Branco

Inauguração: 9/5/2013

Infraestrutura

- 5 salas de aula convencionais

- 2 ambientes pedagógicos Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Depilação

- 3 ambientes pedagógicos Informática

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Radiologia

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Salão de Beleza-escola

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 2.148m2

Capacidade: 1.389 alunos/dia

Ambiente Pedagógico Cabeleireiro/Maquiagem Unidade - Senac
FECOMÉRCIO PR 44 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 45
Avenida Tupi, 385 Pato Branco - PR

Unidade Integrada Sesc - Senac

Ivaiporã

Inauguração: 10/5/2013

Infraestrutura Sesc:

- Ginásio

- Academia de Ginástica Multifuncional

- Educação Infantil

- Salas multiúso para cursos

- Sala de vídeo

- Biblioteca

- Clínica odontológica

Área construída: 3.375m2

Infraestrutura Senac:

- 4 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Auditório

Av. Aparício Bittencourt Ivaiporã - PR

Área construída: 1.246,96m2

Capacidade: 1.071 alunos/dia

FECOMÉRCIO PR 46 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 47

Marechal Cândido Rondon

Inauguração: 26/05/2014

Infraestrutura:

- 5 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Informática

- Ambiente pedagógico Beleza

- Cozinha didática

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 1.512,70m2

Capacidade: 939 alunos/dia

Biblioteca
Rua Santa Catarina, 5.736 Marechal Cândido Rondon - PR
FECOMÉRCIO PR 48 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 49

Unidade - Senac

Cornélio Procópio

Inauguração: 13/11/2014

Infraestrutura:

- 2 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Informática

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- 2 ambientes pedagógicos Cabeleireiro/maquiagem

- Cozinha didática

- Ambiente pedagógico Loja

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 1.332m2

Capacidade: 756 alunos/dia

Av. Minas Gerais, 751

Cornélio Procópio - PR

Ambiente Pedagógico Loja
FECOMÉRCIO PR 50 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 51

Unidade Integrada Sesc - Senac

Jacarezinho

Inauguração: 14/11/2014

Infraestrutura Sesc:

- Academia de Ginástica Multifuncional

- Biblioteca

- Ginásio de Esportes

- Sala de Projeções

- Clínica Odontológica

- Educação Infantil

Área construída: 3.235,19m2

Infraestrutura Senac:

- 4 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Informática

- Ambiente pedagógico Moda e design

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/ maquiagem

Rua Dois de Abril Jacarezinho - PR

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 1.390,73m2

Capacidade: 1.122 alunos/dia

FECOMÉRCIO PR 52 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 53

Unidade Integrada Sesc - Senac

Medianeira

Inauguração: 19/11/2014

Infraestrutura Sesc:

- Espaços multifuncionais de educação e de esporte

- Quadra poliesportiva

- Sala com acesso livre à internet

Área construída: 2.502m2

Infraestrutura Senac:

- 2 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Informática

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Moda e design

- Cozinha pedagógica

- Auditório

- Biblioteca

Rua Riachuelo Medianeira - PR

Área construída: 1.284m2

Capacidade: 624 alunos/dia

FECOMÉRCIO PR 54 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 55

Inauguração: 10/12/2014

Infraestrutura:

- Espaço Memória

- Sala de Espetáculo

- CineSesc

- Galeria de arte

- Atelier de arte

- Sala de leitura

- Salas para oficinas e cursos

- Sala de ensaio

- Espaço Conexão

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R. Sergipe, 52 Londrina - PR

Café-escola Senac

Londrina

Inauguração: 10/12/2014

Inaugurado no fim de 2014, junto ao Sesc Cadeião Cultural, o Café-escola do Senac Londrina ampliou a clientela, mostrando outras formas de consumir a bebida. Instalado no antigo pátio de sol do Cadeião, o Café-escola atrai desde pais que acompanham os filhos em alguma atividade do Sesc a crianças e adolescentes que desejam tomar um coffee shake, além de empresários para reuniões de negócios. O cardápio do estabelecimento também foi adequado ao gosto do londrinense, com a inclusão de bolos caseiros, como os de fubá, cenoura e de chocolate.

FECOMÉRCIO PR 58 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 59
R. Sergipe, 52 Londrina - PR

Paranaguá

Inauguração: 28/05/2015

Infraestrutura:

- 4 salas de aula convencionais

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Cozinha pedagógica

- Confeitaria-escola

- Salão de Beleza-escola

- Auditório

- Biblioteca

Área construída: 1.793,97m2

Capacidade: 906 alunos/dia

Al. Coronel Elysio Pereira, 1.191 Paranaguá - PR

Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem
FECOMÉRCIO PR 60 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 61

Unidade - Senac

Curitiba Portão

Inauguração: 29/7/2016

Infraestrutura:

- 10 salas de aula convencionais

- 4 laboratórios de informática

- Laboratório de óptica

- Educação a Distância

- Biblioteca Área construída: 3.174,66m2

Capacidade: 1.914 alunos/dia

Com as placas fotovoltaicas o prédio tem economia de 40% no consumo de energia. São 228 placas, produzindo cerca de 75mil Kw/ano
FECOMÉRCIO PR 62 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 63
Rua Calixto Razolini, 215 Curitiba - PR

Unidade - Sesc

São José dos Pinhais

Inauguração: 25/11/2016

Infraestrutura:

- Academia de ginástica Multifuncional

- Auditório com 134 lugares

- Espaço Conexão

- Clínica Odontológica

- Salas Modulares

Av. Rocha Pombo, 2.864 São José dos Pinhais - PR

- Ginásio com quadra poliesportiva, arquibancada, sala de técnicos, cabine de luz e som, áreas de apoio e avaliação física

- Quadra de vôlei de areia e academia ao ar livre

Área construída: 4.387 m2

Área total com o bosque: 23.826,50m2

Capacidade: 1.025 alunos/dia

Bosque de 23 mil m2 com pistas de caminhada e áreas de convivência e de descanso, fazem parte da unidade
FECOMÉRCIO PR 64 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 65

Unidade - Senac

São José dos Pinhais

Inauguração: 25/11/2016

Infraestrutura:

- 4 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Cabeleireiro/maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Moda e design

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Apartamento-modelo

- Ambiente pedagógico Loja

- Cozinha pedagógica

- Auditório

- Biblioteca

- Confeitaria-escola

Área construída: 2.566m2

Capacidade: 1.194 alunos/dia

Av. Rocha Pombo, 3.028 São José dos Pinhais - PR

FECOMÉRCIO PR 66 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 67

Academia de Ginástica Multifuncional

Unidade - Sesc

Londrina Norte

Inauguração: 3/2/2017

Infraestrutura:

- Espaço Conexão

- Clínica Odontológica

- Academia de Ginástica Multifuncional

- Ginásio com Quadra Poliesportiva

- Salas de Curso

- Lanchonete

- Educação Infantil

Área construída: 4.119,68m2

Capacidade: 1.140 alunos/dia

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Rua Saul Elkind, 1.555 Londrina - PR

Unidade - Senac

Londrina Norte

Inauguração: 3/2/2017

Infraestrutura:

- 6 salas de aula convencionais

- Ambiente pedagógico Análises Clínicas

- Ambiente pedagógico Radiologia

- Ambiente pedagógico Podologia

- Ambiente pedagógico Loja

- 2 ambientes pedagógicos Informática

- Cozinha pedagógica

- Biblioteca

Área construída: 2.630,85m2

Capacidade: 1.146 alunos/dia

Rua Cegonha, 100 Londrina - PR

FECOMÉRCIO PR 70 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 71

Inauguração: 27/03/2018

Infraestrutura Sesc:

- Espaço Conexão

- Sala de Cinema

- Sala de Corte e Costura

- Quatro Salas Multifuncionais (para cursos, divertoteca e auditório)

- Sala de desenvolvimento corporal

- Área de convivência

- Quadra poliesportiva coberta

Área construída: 2.578m2

Infraestrutura Senac:

- Confeitaria-escola

- Cozinha pedagógica

- Ambiente pedagógico de Cabeleireiro/ maquiagem

- Ambiente pedagógico Manicure/pedicure

- Ambiente pedagógico Enfermagem

- Ambiente pedagógico Informática

- Salas de aula convencionais

- Biblioteca

Área construída: 1.125m2

Capacidade: 747 alunos/dia

Rua Valentin Varakoski União da Vitória - PR
FECOMÉRCIO PR 72 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 73

Outras Unidades

Instaladas

2008: Unidade Sesc Palmas

2008: Unidade Senac Palmas | Capacidade: 267 alunos/dia

2012: Unidade Senac Barracão | Capacidade: 108 alunos/dia

2012: Unidade Senac Dois Vizinhos | Capacidade: 438 alunos/dia

2015: Unidade Senac São Mateus do Sul | Capacidade: 366 alunos/dia

Unidade Senac São Mateus do Sul
FECOMÉRCIO PR 74 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 75

Obras em andamento

- Unidade Integrada Sesc Senac Irati

- Unidade Integrada Sesc Senac Rio Negro

- Sesc Estação Saudade (Ponta Grossa)

- Senac Café-escola Estação Saudade (Ponta Grossa)

- Unidade Integrada Sesc Senac Bela Vista do Paraíso

- Hotel Sesc Cascavel

- Unidade Integrada Sesc Senac Nova Londrina

Teatro Geraldo Moreira, em Bela Vista do Paraíso, receberá unidades do Sesc e do Senac Futuras unidades Sesc e Senac Estação Saudade (Ponta Grossa)
FECOMÉRCIO PR 76 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 77

Unidades Móveis

Alcance e mobilidade

Além das unidades fixas, o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR conta também com unidades móveis para levar serviços à comunidade. Confira:

- 2007: Informática e Gestão (Senac)

- 2007: Turismo e Gastronomia (Senac)

- 2010: BiblioSesc (3 unidades)

- 2011: OdontoSesc (2 unidades)

- 2012: Moda e Beleza (Senac)

- 2014: Pães e Confeitos (Senac)

- 2017: Saúde Mulher (Sesc)

OdontoSesc BiblioSesc Unidade Móvel Moda e Beleza
FECOMÉRCIO PR 78 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 79

Capítulo

2 A VOZ DE MILHARES

FECOMÉRCIO PR 80 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 81

Passadas sete décadas de sua criação, a Fecomércio PR reúne hoje 63 sindicatos empresariais, que juntos congregam mais de 500 mil empresas do setor terciário em todo o Paraná.

Graças às ações integradas, é hoje um sistema composto pelo Sesc PR, pelo Senac PR pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD), uma sinergia que tem proporcionado muitos ganhos. Na defesa dos interesses do comércio, a voz do sistema é mais forte e sua representatividade mais expressiva. A economia de escala com as unidades integradas também é evidente. Além disso, há a facilidade proporcionada aos usuários que encontram todos os serviços em um só lugar.

7 décadas de progresso do comércio

FECOMÉRCIO PR 82 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 83

Atuação estratégica

Apartidário e não governamental, o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná empenhase em representar seus afiliados junto aos poderes constituídos, abrindo caminho para os empreendedores. Para cumprir exemplarmente essa missão, aprimorou suas atividades ao longo do tempo, de modo a responder aos desafios crescentes do mercado e à contínua atuação em prol dos interesses dos comerciantes na vida pública brasileira.

A Fecomércio PR tem uma grande atuação estratégica em defesa dos interesses de seus associados por meio da representação.

Mais do que um instrumento destinado a resolver questões pontuais, a representação presta-se a um posicionamento permanente, o que exige dos que nela atuam preparo técnico, avaliação realista do cenário e clareza quanto aos resultados desejados.

A proposta e a defesa de ações em nome dos empresários do comércio são um trabalho feito por profissionais que participam de conferências, conselhos e comitês gestores, audiências e consultas públicas, ouvidorias, planos plurianuais participativos e mesas de negociação.

Ao todo são 106 representações, entre eventuais e permanentes, nas três esferas de governo.

FECOMÉRCIO PR 84 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 85

Em busca de cidades sustentáveis

Sempre atento à importância da representatividade, o presidente da Fecomércio PR, Darci Piana, assumiu em 2008 o cargo de representante da CNC na Seção Brasileira do Foro Consultivo Econômico-Social do Mercosul, único órgão não governamental oficial do bloco.

Em 2011, além da coordenação do grupo de entidades empenhadas em trabalhar

pelo desenvolvimento do Paraná, a Fecomércio PR tomou parte do Grupo Executivo criado com bases em diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para garantir o Trabalho Decente no estado. Outra contribuição significativa foi o apoio ao Movimento Pró-UFPR, idealizado para revitalizar a universidade, então às vésperas do seu centenário. No

ano seguinte, outra iniciativa significativa da Fecomércio PR beneficiando a capital paranaense foi a adesão ao Movimento

Curitiba Criativa, em parceria com o Sebrae/PR e com a Escola de Criatividade.

Em âmbito municipal, a Fecomércio PR integra o Conselho Municipal da Cidade de Curitiba (Concitiba,) órgão colegiado de política urbana que reúne mensalmente

representantes do poder público e da sociedade civil para garantir a proposição de políticas públicas que contribuam para uma cidade sustentável. O Concitiba é vinculado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).

A Fecomércio PR também faz parte do comitê gestor do Programa de Desenvolvimento Produtivo Integrado da

FECOMÉRCIO PR 86 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 87

Ação pelo desenvolvimento integrado

Região Metropolitana de Curitiba. O PróMetrópole, como é chamado, surgiu por iniciativa da Prefeitura de Curitiba para zelar pelo desenvolvimento integrado da Região Metropolitana.

No cenário estadual, a Federação participa do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) dos Portos de Paranaguá e Antonina, órgão consultivo constituído por integrantes do poder público, da classe empresarial e dos trabalhadores portuários. Nos últimos anos, a principal atuação do conselho tem sido em favor da alteração do traçado das poligonais dos dois portos, de modo a favorecer a atração de investimentos privados.

Com a alteração da poligonal, o litoral paranaense pode ganhar um porto privado para dar vazão aos crescentes nichos do comércio exterior de carnes, automóveis e outros componentes industriais.

O Conselho Estadual das Cidades (ConCidades/PR), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná (SEDU), também conta com representante da Fecomércio PR. Nesse âmbito, em encontros trimestrais são discutidos interesses dos municípios e elaboradas sugestões para a alteração de normas e leis.

FECOMÉRCIO PR 88 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 89

Composta pelas principais entidades empresariais de turismo do estado, a Câmara Empresarial de Turismo (CET) é coordenada pela Fecomércio PR. Entre suas realizações, promoveu, com diversos parceiros, o Salão Paranaense de Turismo e do Prêmio Panorama de Turismo. Como parte do esforço para fazer do Paraná um destino mais conhecido, a Federação lançou em 2016 o programa Paraná Turístico 2026 - pacto para um destino inteligente, com o objetivo de estimular o turismo paranaense ao longo dos próximos anos.

Para conduzir os processos em defesa do desenvolvimento do comércio, a Fecomércio PR lançou em junho de 2016 um “Manual para a atuação estratégica das representações”. Trata-se de um documento de atualização permanente contendo a fundamentação das representações e o modo como estão estruturadas.

Em março de 2017, a Fecomércio PR lançou em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, o movimento Pró-Ética, iniciativa nacional que busca promover a integridade

Estímulo ao turismo paranaense

Festival de Turismo das Cataratas
FECOMÉRCIO PR 90 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 91

Ampliação e fortalecimento do mercado

e a transparência no ambiente empresarial.

Em esfera nacional, a Fecomércio PR integra oito Câmaras Brasileiras (veja lista ao lado), além de ter representação no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

A Fecomércio coordena ainda as câmaras da Mulher Empreendedora e Gestora de

Negócios, a Empresarial de Turismo e a de Relações Internacionais, além de quatro câmaras setoriais. (veja lista ao lado). Essas Câmaras são órgãos consultivos cujo objetivo

é auxiliar na concepção, na formulação e na execução das políticas públicas voltadas para a ampliação e o fortalecimento do mercado

Câmaras Brasileiras das quais

a Fecomércio PR faz parte:

- Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI)

- Serviços (CBS)

- Comércio de Produtos e Serviços Ópticos (CBÓPTICA)

- Comércio de Peças e Acessórios para Veículos (CBCPAVE)

- Materiais de Construção (CBMC)

- Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL)

- Comércio Exterior (CBCEX)

em cada segmento.

Câmaras internas:

- Câmara Setorial de Materiais de Construção

- Câmara Estadual de Serviços Terceirizáveis

- Câmara Automotiva

- Câmara Setorial do Comércio de Medicamentos e Produtos Farmacêuticos

- Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG)

- Câmara Empresarial de Turismo

- Câmara de Relações Internacionais

Empresários recebidos pelo governo da Argentina e pela Embaixada do Brasil, em Buenos Aires
FECOMÉRCIO PR 92 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 93

Além das fronteiras

No Paraná, a Fecomércio empenha grande esforço, por meio da Câmara de Relações Internacionais, na promoção de encontros e rodadas de negócios, na recepção de missões estrangeiras e na organização de missões do comércio paranaense em

outros países. No ano de 2014, representantes da Fecomércio PR participaram de rodadas de negócio e de assinaturas de acordos de cooperação na Coreia do Sul, no Japão, no Paraguai e no Peru. A Federação também

recebeu, no mesmo ano, delegações do Burkina Faso, da Espanha, do Paquistão e de Taiwan.

Em junho e outubro de 2015, missões técnicas de paranaenses foram a Taipei, em Taiwan, para fechar acordos de cooperação

e participar de rodadas de negócio. A primeira missão era composta por 11 pessoas, entre integrantes da diretoria das entidades e empresários dos setores atacadista e supermercadista. A missão de outubro contou com oito empresários do ramo de autopeças.

Fórum Empresarial do Peru - Encontro de Negócios
FECOMÉRCIO PR 94 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 95
Darci Piana foi o Delegado Empregador titular na 105 Conferência da OIT, em 2016

Em 2016, a Fecomércio PR recebeu delegações da Alemanha, da Argentina, do Japão, da Mongólia, da República Tcheca e de Taiwan.

Em novembro do mesmo ano, Darci Piana liderou o grupo que esteve em Buenos Aires para a assinatura de um acordo de cooperação com a Câmara Argentina do Comércio, prevendo o compartilhamento de estatísticas, informações e experiências, além de transferência de tecnologia e cooperação econômica entre empresários dos dois países.

Integraram o grupo empresários de diversas regiões do estado, destacandose o Oeste e o Sudoeste do Paraná. Em sua 106ª edição, a feira americana reuniu 510 expositores de 94 países. Além da feira, a comitiva paranaense circulou pelo varejo para acompanhar práticas locais de atendimento ao cliente e qualificação profissional.

A NRF Retail´s Big Show, realizada nos Estados Unidos, é um dos mais tradicionais eventos do varejo mundial. A feira foi o destino de uma missão técnica organizada pela Fecomércio PR, com apoio do Sebrae/ PR, em janeiro de 2017.

Para subsidiar o trabalho político em defesa do comércio, um sistema de informações parlamentares desenvolvido pela Confederação Nacional do Comércio

Informação Compartilhada

FECOMÉRCIO PR 96 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 97

Atenção ao legislativo

de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foi implantado na Fecomércio PR em 2006. Assim como fez com a CNC em relação ao Congresso, o sistema abriu para as federações afiliadas a possibilidade de acompanhamento dos projetos de lei em trâmite nas Assembleias Estaduais,

obtendo informações valiosas para o planejamento estratégico e permitindo, quando necessário, a mobilização dos empresários paranaenses do comércio de bens, serviços e turismo.

Pelo sistema nacional, o Renalegis, são acompanhados simultaneamente centenas

de projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal cujo teor afeta o ramo do comércio de bens, serviço e turismo. Com a ferramenta, a CNC e as federações conseguem defender os interesses dos empresários e sindicatos representados, monitorando a situação de

cada projeto em detalhes, com informações sobre seu teor, autor da proposta, relatoria e comissões em que tramita.

No Paraná, já no próprio ano de 2006, estudos da Fecomércio PR embasaram duas leis de alto impacto tributário: uma isentando o Imposto sobre Circulação

FECOMÉRCIO PR 98 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 99
Frente Parlamentar de Defesa do Comércio

de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos produtos da cesta básica e outra beneficiando diretamente 70% das empresas paranaenses com a ampliação das faixas de isenção e redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para pequenas e médias empresas.

A questão tributária, pelo impacto direto no setor do comércio, é sempre acompanhada de perto pela Federação. Em 2007, a Fecomércio PR juntou-se a outras entidades do setor produtivo para discutir as consequências da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Juntos, os representantes da sociedade civil demonstraram que o peso do tributo representaria uma carga demasiada para os brasileiros, sobretudo para os empreendedores. Em evidente prova de que a mobilização faz a diferença, as discussões culminaram com a decisão do Senado de rejeitar a prorrogação e, assim, extinguir a contribuição.

O acompanhamento dos projetos que tramitam na Assembleia Legislativa do Paraná também é permanente, de modo a garantir que a voz do comércio seja ouvida em questões que afetam suas atividades. Por meio da Diretoria de Relações Institucionais, a Fecomércio PR acompanha o trabalho do plenário e, com

Mobilização que faz a diferença

Programa de Revitalização de Espaços Comerciais
FECOMÉRCIO PR 100 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 101

Cidadania em exercício

o apoio da Frente Parlamentar em Defesa do Comércio, atua diretamente para sugerir emendas nas propostas de interesse do comércio.

A Frente Parlamentar em Defesa do Comércio foi instalada em agosto de 2015, junto com o lançamento da Agenda Política e Legislativa do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, uma ferramenta criada para incentivar o envolvimento dos empresários nas discussões sobre temas relevantes para o setor, além de despertar o interesse geral dos cidadãos pela esfera pública.

Uma das atuações mais emblemáticas deu-se na batalha contra tentativas tanto do governo estadual quanto do federal para elevar a carga tributária. Com outras 17 entidades do estado, a Fecomércio PR lançou a campanha “Menos tributo, mais respeito”. Graças à pressão, 18 das 44 emendas sugeridas para o Projeto de Lei nº 662/2015 foram aprovadas pelo Plenário da Assembleia, evitando-se que as empresas fossem ainda mais oneradas com impostos.

Na esfera nacional, um movimento semelhante deu origem, no âmbito da CNC, a uma iniciativa contra o aumento do PIS/ Cofins. A campanha, por sinal, foi lançada em um encontro realizado na sede da Fecomércio PR, em Curitiba.

Outro campo importante de atuação da

Campanha “Menos tributo, mais respeito”
FECOMÉRCIO PR 102 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 103

Fecomércio PR é a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG), que reúne mais de seis mil empresárias em 21 cidades do Paraná. A campanha anual “Outubro Rosa”, que incentiva a realização de exames preventivos de combate ao câncer entre as mulheres do comércio, e o Prêmio Mulher Empreendedora estão entre as principais ações da Câmara. Nos últimos 15 anos, foram numerosas as causas em que atuação da Fecomércio PR foi essencial para seus associados. Foi com apoio da entidade, por exemplo, que em 2005 o governo do Paraná questionou no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), a decisão catarinense de sobretaxar produtos comprados de empresas atacadistas do Paraná. Também em 2005, foram intensos os debates sobre a Lei de Falências. Para analisar o tema em profundidade, a Fecomércio PR uniu-se à Faculdade de Administração e Economia (FAE) e à Associação dos Advogados Trabalhistas do Paraná e promoveu em julho de 2005 um fórum que reuniu 400 pessoas no Teatro Bom Jesus, em Curitiba.

Além da Lei das Falências, outras

Causas que nos movem

Seis mil empresárias integram a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios
FECOMÉRCIO PR 104 70
105
Prêmio Mulher Empreendedora anos trabalhando pelos empresários do comércio

Líderes unidos em prol da sociedade

preocupações quanto à política econômica do governo motivaram uma ação assertiva da Fecomércio PR naquele ano. Em março, em correspondência encaminhada ao Palácio do Planalto, a Federação expressou preocupação com as más condições da rodovia BR-116, sobretudo pelo risco oferecido aos motoristas em trechos de pista única. A presidência da entidade entregou ao então presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, um manifesto tratando da necessidade de investimento estrutural no estado.

O manifesto foi um marco na luta pela

melhoria da infraestrutura paranaense, que ganhou corpo com a união de outros setores produtivos do estado. Desde 2005, as entidades estão unidas em torno de uma agenda surgida no Fórum Permanente Futuro 10. Além da infraestrutura, o encontro mobilizou líderes da sociedade civil na montagem de um plano estratégico para o desenvolvimento do Paraná em mais três áreas prioritárias: inovação e empreendedorismo, modernização da gestão pública e educação.

O Fórum foi viabilizado por uma parceria entre a Fecomércio PR, a Associação

Comercial do Paraná (ACP), a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o Instituto Paraná de Desenvolvimento (IPD), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae) e a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). As fases de identificação de gargalos e de levantamento de sugestões envolveram centenas de líderes regionais

nas principais cidades do estado ao longo do segundo semestre de 2005.

A iniciativa rendeu frutos de longo prazo. O Futuro 10 transformou-se em um fórum permanente que desde então tem atuado em favor do Paraná. Da união estabelecida em suas primeiras reuniões nasceu também o G7, que já foi G8. O grupo é formado pelas principais instituições do setor produtivo do estado. O presidente da Fecomércio PR, Darci Piana, responde atualmente pela coordenação do G7. Piana também desempenhou esse papel em 2010 e 2011.

FECOMÉRCIO PR 106 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 107

Capítulo 3 COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO

FECOMÉRCIO PR 108 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 109

Promover o desenvolvimento do comércio é um papel que a Fecomércio PR vem exercendo com excelência. Exemplo disso é a parceria firmada com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Paraná, em 2016, para o treinamento dos comerciantes interessados em expandir seus negócios no modelo de franquia.

A parceria com o Sebrae vem de longa data. Há mais de uma década, o programa Varejo Mais busca tornar as micro e pequenas empresas do Paraná mais competitivas. Nos segmentos de minimercados, material de construção, vestuário e autopeças, a capacitação dos empresários se dá pelo Programa Varejo Top Loja, com a oferta de cursos e consultoria especializada.

Outro fruto da parceria entre o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e o Sebrae/PR é o Programa de Revitalização de Espaços Comerciais, que capacita tanto empresários quanto colaboradores dos estabelecimentos participantes. Já o Varejo Mais, surgiu em 2006 com o objetivo de fortalecer o desempenho do comércio de bens de consumo do Paraná, tornando-o mais competitivo. Em 2015, o programa — então presente nas cidades de Curitiba, Londrina, Cascavel, Guarapuava, Prudentópolis e Paranavaí — foi ampliado,

Expansão do comércio

FECOMÉRCIO PR 110 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 111

Estímulo à excelência

passando a oferecer 150 horas de cursos e workshops e 40 horas de consultoria pontual para cada varejista. Em junho de 2017, o Varejo Mais passou a ser ofertado também a comerciantes de União da Vitória.

Certificação

O Certificado de Origem é documento

fundamental para obter tratamento tarifário preferencial em países que importam mercadorias brasileiras incentivados por acordos multilaterais de comércio, como os que envolvem o Mercosul e a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). A Fecomércio PR é uma das principais entidades a emitir o certificado. O ano 2017 foi dedicado à

consolidação do uso de Certificados de Origem Digitais, uma vez que a Federação foi uma das 10 entidades que participaram do projeto-piloto que testou o modelo em 2016. Desde a adoção do modelo, foram quase 180 mil emissões em negócios fechados com empresas da Argentina e do Uruguai. Os pontos de atendimento para os empresários estão localizados em

Programas de certificação também funcionam como estímulo à excelência e ainda como uma garantia de qualidade para o consumidor final. Em 2016, a Fecomércio PR reconheceu 51 empresas com o selo Referência do Comércio.

Entrega do Selo Referência do Comércio Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá e Foz do Iguaçu.
FECOMÉRCIO PR 112 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 113

Também nesse ano, a Federação passou a integrar o comitê gestor do Selo de Qualidade no Turismo, atribuído aos prestadores de serviços que seguem o Modelo de Excelência em Gestão da Fundação Nacional da Qualidade.

A melhoria dos serviços e a capacidade de oferecer bons produtos passam por investimentos. Ciente disso, a diretoria da Fecomércio PR assinou em 2016 um convênio com a Caixa Econômica Federal que abriu uma linha de crédito de R$ 1,5 bilhão com taxas mais vantajosas do que as praticadas no mercado e crédito pré-aprovado para todas as empresas da sua base.

A Fecomércio PR também integra o comitê gestor do programa do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que atribui o Selo Alimentos do Paraná em reconhecimento à qualidade dos processos de produção das indústrias de alimentos e bebidas.

R$ 1,5 bilhão em crédito foi oferecido às empresas da base Fecomércio PR graças a uma parceria com a Caixa Econômica

Federal

Para dar subsídios aos sindicados filiados, a Fecomércio PR mantém ainda o Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS). Por meio dele, as entidades podem elaborar e acompanhar o planejamento estratégico, implantar planos de ação para alcançar indicadores de desempenho, realizar a avaliação gerencial

Vantagem competitiva

Convênio firmado com a Caixa Econômica Federal
FECOMÉRCIO PR 114 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 115

do sindicato e dispor de produtos e serviços compatíveis com as necessidades das empresas representadas. O sistema evidencia o compromisso da Federação com o desenvolvimento da excelência na gestão.

Pesquisas

Uma recente ferramenta de gestão do sistema é o Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD). O instituto foi criado em 2012 para desenvolver o conhecimento – com seminários, simpósios e pesquisas socioeconômicas – e para apoiar a coordenação de programas de estágio.

Informação relevante e confiável

Nos últimos anos, as pesquisas divulgadas pelo Sistema têm se consolidado como fonte de informações tanto para o mercado quanto para a mídia. Em 2016, foram mais de 40 os levantamentos realizados e divulgados em parceria com o Núcleo de

Comunicação e Marketing da Fecomércio PR. A Pesquisa Conjuntural do Comércio é realizada mensalmente em cada uma das sete principais regiões do estado. Também muito aguardadas são as sondagens que medem a intenção de compras antes das principais datas comemorativas.

FECOMÉRCIO PR 116 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 117

DOIS BRAÇOS, UMA SÓ MISSÃO

Capítulo 4
FECOMÉRCIO PR 118 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 119

Desde sua fundação, no dia 19 de janeiro de 1948, a Fecomércio PR abraçou a missão de administrar tanto os serviços sociais quanto os de aprendizagem, oferecidos respectivamente pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Pouco mais de uma década depois, em 1959, os sindicatos do comércio varejista desfiliaram-se da Federação, fundando a Federação do Comércio Varejista do Estado do Paraná. Por força da legislação, esta federação passou a administrar o Senac e suas atividades de educação para o trabalho.

O reencontro do Sesc e Senac só se daria no fim dos anos 90, a partir de uma determinação emitida no dia 14 de outubro de 1998 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para a fusão das atividades. Retomava-se a vocação original dos dois braços de um mesmo corpo. Dois braços que trabalham com o mesmo objetivo de promover o desenvolvimento e o bemestar dos comerciários.

Tanto o Senac quanto o Sesc são mantidos com uma contribuição compulsória (1% e 1,5%, respectivamente) que incide sobre a folha de pagamento dos trabalhadores de empresas vinculadas à CNC.

O Sesc e o Senac nasceram do esforço da iniciativa privada interessada em promover

Bem-estar para muitos

FECOMÉRCIO PR 120 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 121

Qualidade de vida

o bem-estar social da classe comerciária e a qualificação profissional do trabalhador.

A Fecomércio PR, o Sesc e o Senac compõem, portanto, um sistema integrado por meio do qual os empresários paranaenses do comércio de bens, serviços e turismo exercem sua responsabilidade social, oferecem formação profissional qualificada e promovem ações sociais para seus colaboradores.

Sesc

O Sesc tem a missão de prover soluções para a qualidade de vida do comerciário e de sua família por meio da educação, da cultura, do esporte, do lazer, do turismo e da ação social. O serviço conta hoje com seis unidades móveis e 38 pontos de atendimento em todo o Paraná. Compõem o serviço seis restaurantes, 12 lanchonetes, quatro serviços de alimentação integrados, 42 consultórios odontológicos, 26 salas e espaços de leitura, 26 ginásios e quadras poliesportivas, 23 academias de ginástica multifuncional, 1 teatro, 2 parques aquáticos e 1 hotel.

O aprimoramento de todos esses serviços é uma preocupação permanente do Sesc PR. Em 2017, em iniciativa pioneira em todo o país, o Sesc passou a oferecer aos clientes um cartão virtual e um aplicativo para  tablets e  smartphones. Por meio das ferramentas, é possível fazer pagamentos,

FECOMÉRCIO PR 122 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 123
Congresso do Idoso

Formação profissional

atualizar informações cadastrais, conferir os créditos para as refeições e acessar outros serviços. O cartão foi idealizado para dar mobilidade, sustentabilidade e segurança tanto para clientes quanto para o Sesc. Além da facilidade e da mobilidade proporcionadas, a novidade permite ao Sesc PR deixar de emitir centenas de milhares de cartões de PVC que vinha fornecendo todos os anos.

Senac

O Senac, cuja missão é educar para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo, tem uma ampla base no Paraná. São 37 unidades fixas de educação profissional e tecnológica, quatro unidades móveis, 185 salas de aula convencionais, 175 ambientes pedagógicos, 32 bibliotecas, 21 auditórios

e 60 ambientes de prática profissional –quatro restaurantes-escola, três cafésescola, 18 lanchonetes/confeitaria-escola, 31 salões de beleza-escola, três podologiaescolas e um mercado-escola.

Atento ao presente e mirando o futuro, o serviço inclui hoje a modalidade de Ensino a Distância (EAD), com a oferta de cursos livres e também de educação formal – do técnico à pós-graduação. Para o presidente

do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, a capacitação é a chave que dá acesso não só à realização pessoal de cada trabalhador do comércio como também ao desenvolvimento de todo o setor, fazendo do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná uma referência nacional.

O aprimoramento permanente dos serviços e a confiança no Paraná são características presentes na oferta dos serviços do Sesc

FECOMÉRCIO PR 124 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 125

Aposta no futuro

e do Senac. Nem mesmo a profunda crise que o país tem enfrentado nos últimos anos impediu a Fecomércio PR de avançar em seus projetos. Um exemplo é o Programa de Revitalização de Espaços Comerciais, nascido em Curitiba em 2008, motivado com a restauração do Paço da Liberdade. De lá para cá, em parceria com o Sebrae/ PR e as prefeituras locais, a Fecomércio PR tem promovido obras e melhorias em áreas comerciais de Paranaguá, Ponta Grossa, Londrina, Matinhos, Marechal Cândido Rondon, Cascavel, Castro, Francisco Beltrão e Maringá. Em 2017, foi a vez de Cascavel ser beneficiada com a ação.

O Sistema também seguiu adiante com R$ 80 milhões investidos em construção de novas unidades, reformas e aquisição de novos equipamentos. Com terrenos já comprados ou recebidos em doação, Nova Londrina, Irati e Bela Vista do Paraíso serão as próximas cidades a contar com unidades do Sesc e do Senac.

Em 2016, o Sesc investiu quase R$ 75 milhões no Programa de Comprometimento e Gratuidade, beneficiando mais de 80 mil pessoas. O Programa nasceu em 2009 e é destinado aos comerciários e seus dependentes com renda familiar de até três salários mínimos. No Senac, foram mais de 111 mil atendimentos no total com investimentos de R$ 85 milhões no Programa Senac de Gratuidade, sendo mais de dois terços para cursos de aprendizagem.

FECOMÉRCIO PR 126 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 127
Sesc Educação Infantil

Capítulo 5 OS FRUTOS DO SISTEMA

FECOMÉRCIO PR 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

A força e a qualidade do Sistema

Fecomércio Sesc Senac Paraná podem ser dimensionadas pelos múltiplos e variados frutos em cada um dos campos de atuação: na educação, na saúde, na cultura, na gastronomia, no turismo, no esporte, no lazer e na ação social.

Educação

Em 2009, como parte integrante do Programa de Comprometimento e Gratuidade, o Sistema fechou uma parceria com o Grupo Educacional Bom Jesus e passou a oferecer Ensino Médio gratuito de alta qualidade a filhos de comerciários oriundos de escola pública com renda familiar de até três salários mínimos.

Desenvolvido no Colégio Sesc São José, o projeto mantém mais de 800 alunos matriculados e em 2017 formou a sétima turma, ultrapassando a marca dos 1.400 estudantes diplomados. Além de ter custeadas as mensalidades, os estudantes recebem gratuitamente uniforme, material escolar e cursos profissionalizantes ofertados pelo Senac, como o de operador de computador e o de assistente administrativo.

1.400 estudantes já se formaram no Colégio Sesc São

José, mantido pela Fecomércio PR

desde 2009

Investimento em educação

Para um público ainda mais amplo – mais de 12 mil alunos em 30 unidades executivas

Formatura de alunos do Colégio Sesc São José
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Oportunidade para todos

– o Sesc PR oferece atividades no contraturno escolar por meio do programa Futuro Integral na Escola, que atende a estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. As oficinas incluem letramento, raciocínio lógico e artes. O programa conta ainda com Salas de Apoio à Aprendizagem para o reforço escolar de estudantes da rede pública matriculados no 6º e no 7º anos do Ensino Fundamental.

O Sesc PR conta também com Centros de Educação Infantil para crianças de três a cinco anos de idade. São cerca de 1.500 vagas disponibilizadas, metade delas gratuitamente. Para os pagantes, o valor é mais atraente do que o praticado no mercado.

Bolsas de estudo são ofertadas ainda aos comerciários matriculados no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecido em duas modalidades: Ensino Regular (Fundamental e Médio) e Educação e Cidadania, modalidade que permite aos estudantes desenvolverem habilidades básicas em trabalhos manuais, contribuindo para sua capacitação e para sua formação cidadã. O EJA do Sesc já ultrapassa a marca de 1.700 inscritos em Curitiba e Londrina, sendo que um quarto dos estudantes é bolsista.

O ensino de corte e costura é uma tradição do Sesc PR desde os seus primeiros anos

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Valorização da autoestima

de trabalho. Atualmente as aulas fazem parte dos Cursos de Valorização Social (CVS) e são ministradas em nove unidades de serviço que dispõem dos equipamentos necessários para a aprendizagem. Os CVS, cujo objetivo é elevar a autoestima dos participantes e melhorar a economia doméstica com a possiblidade de complementação de renda, incluem

também aulas de artesanato, patchwork e, em algumas unidades, também de culinária. Os professores não são esquecidos. Desde 2011, o projeto Vivência Autoral reúne centenas de mestres no Sesc Caiobá para uma jornada de troca de experiências, formação e levantamento de ideias. Cursos, oficinas, palestras e seminários são oferecidos também a professores das redes

pública e privada pelo projeto Formação Continuada, que soma cerca de 18 mil atendimentos por ano.

Em 29 cidades paranaenses, o Sesc PR mantém cursos de inglês para estudantes a partir dos 11 anos de idade. Mais recentes, as turmas de espanhol estão formadas em Curitiba – no Sesc da Esquina –, no Sesc Caiobá e no Sesc Ponta Grossa.

Nas áreas do Espaço Conexão, disponíveis em 15 unidades de serviço, são realizados cerca de sete mil atendimentos a cada ano. São oficinas de curta e média duração, além de horários livres para acesso à internet.

A Federação também está atenta às iniciativas em favor da educação promovidas ao seu redor. Em fevereiro de 2017, foi uma das instituições a apoiar

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Novos Horizontes

as ações do Biênio da Matemática Brasil (2017/2018), estabelecido por lei estadual para evidenciar com ações e eventos a importância da Matemática, das Ciências e da Tecnologia para o desenvolvimento econômico e social. O lançamento estadual do Biênio da Matemática Brasil foi realizado no plenário da Fecomércio PR.

Ensino profissionalizante

Os números do Senac PR são majestosos. Em sete décadas, foram emitidos mais de cinco milhões de certificados.

O ensino profissionalizante está na essência do Senac e segue como a principal atividade da entidade em 16 eixos de educação: artes, beleza, comércio, comunicação, conservação e zeladoria, design educação, gastronomia, gestão, idiomas, informática, meio ambiente, turismo e hotelaria, moda, saúde e segurança. O portfolio do Senac PR reúne atualmente mais de 50 cursos técnicos.

A última década foi marcada pela expansão das unidades, com a inauguração de 24 novas escolas e de mais quatro unidades móveis de educação atuando em 16 municípios.

Essa estrutura permite levar ensino de qualidade aos 399 municípios do Paraná.

A entidade planeja outro grande salto com

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os cursos universitários de Gastronomia e Tecnologia da Informação oferecidos pela Faculdade de Tecnologia Senac em Curitiba e Maringá. O sinal verde do MEC foi obtido no fim de 2016 e as providências précredenciamento foram tomadas ao longo de 2017.

50 cursos técnicos fazem parte do portfolio do Senac PR. Em sete décadas, mais de 5 milhões de certificados de conclusão foram emitidos.

Em 2016, foram 67.691 matrículas em 319 municípios atendidos. Um quinto das matrículas foi feita por estudantes com renda familiar per capita de até dois salários mínimos, que não pagaram nada pela formação, tendo sido atendidos pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG) que, entre outras modalidades, ofereceu aulas de confeitaria e técnicas de enfermagem.

O Programa de Aprendizagem Presencial é outra ação significativa do Senac PR. A empresa contrata o jovem e supervisiona sua prática profissional, enquanto o Senac PR encarrega-se de sua formação técnica. Em 2016, 8.226 aprendizes participaram da Aprendizagem Presencial e em 2017, 9.488 alunos.

Na educação a distância, ferramenta que democratiza o acesso à formação, chegando a locais remotos e dando aos aprendizes maior flexibilidade, o trabalho

avança a passos largos. A primeira turma de educação a distância do Senac PR, amparada pelas portarias nº 723/2012 e nº 1005/2013 do Ministério do Trabalho e Emprego, certificou 38 jovens, em 2014. Em 2016, já foram mais de quatro mil os alunos atendidos no Paraná e cerca de 7,5 mil em outros estados, sendo 1.181 no Programa de Aprendizagem.

Com o avanço da educação a distância, o Senac PR expandiu o alcance da WebTV, criada em 2012 como um ambiente virtual de aprendizagem estruturado para videoaulas apoiadas pela interação entre tutor e aluno. A Educação a Distância do Senac PR ganhou em 2016 um espaço para tutoria e para a equipe pedagógica, localizado na Unidade do Portão, em Curitiba. O serviço também ampliou de 17 para 28 o número de polos para a realização de cursos técnicos a distância. Também em 2017, uma delegação do Senac PR esteve presente no 23º Congresso Internacional Abed de Educação a Distância (Ciaed), realizado em Foz do Iguaçu.

A busca pela qualidade do ensino é constante. Por isso, o aperfeiçoamento dos alunos é incentivado por meio das Competições

Senac de Educação Profissional e pela participação em eventos como feiras, salões

Educação que vai mais longe

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e festivais temáticos. Para a produção do material didático, o Senac PR conta com gráfica e editora que produz apostilas, audiolivros e também material adaptado a alunos com necessidades especiais. Desde 2012, muitos materiais incluem Códigos de Acionamento Rápido (QR Codes) que, por meio da leitura por celulares e tablets, permitem uma interação entre o mundo real e o digital. Outro material pedagógico empregado pelo Senac PR é a lousa virtual, que possibilita maior interatividade na exposição do conteúdo.

Além da formação, o Senac PR preocupase em oferecer serviços correlatos, como o Banco de Oportunidades, em que alunos e ex-alunos cadastram seus currículos, deixando-os mais visíveis para milhares de empresas que consultam o sistema. Desde 2014, a Feira de Profissões, que ocorre anualmente em mais de 30 cidades, é outra maneira de apoiar quem procura um emprego ou busca empreender.

Em novembro de 2017, a quinta edição da Feira de Profissões realizada em 32 unidades do Senac divulgou seus cursos profissionalizantes para a comunidade. Em todas as unidades foram promovidas oficinas, workshops, palestras e exposições para apresentar os 600 cursos, entre presenciais e a distância, oferecidos pelo Senac nas áreas de gastronomia, beleza, saúde, informática, vendas, marketing e empregabilidade.

Igualdade nas oportunidades

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Disseminando saúde

Seja na educação formal, complementar ou profissionalizante, a Fecomércio PR trabalha pela educação movida pela certeza de que é nela que sindicatos, empresários e toda a sociedade brasileira podem apoiar suas esperanças de escrever trajetórias de sucesso para, juntos, partilharem de um Brasil desenvolvido.

Saúde

Das feiras do conhecimento, aos atendimentos clínicos, passando pela preocupação com a nutrição, as ações para a promoção da saúde têm merecido atenção cada vez maior da Fecomércio PR, que vê no direito essencial um caminho para o bem-estar pessoal e para o desenvolvimento social. Já em 2004, passava de 1,1 milhão o total de atendimentos nos restaurantes do Sesc, então presentes em 14 unidades de serviço. Em 2005, foram mais de 117 mil atendimentos odontológicos ofertados em consultórios de 19 unidades, incluindo prevenção, periodontia, cirurgia, colocação de próteses, odontopediatria, entre outros serviços.

A ação da Fecomércio PR em benefício da saúde passa também pela formação de profissionais da área. Em 2007, 1.249 técnicos formaram-se nos cursos do Senac em Radiologia Médica e Diagnóstico por Imagem, Enfermagem,

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Prevenção, palavra de ordem

Análises Clínicas e Especialização em Instrumentação Cirúrgica. Os estudantes puderam aplicar na prática seus conhecimentos em estágios propiciados pelos convênios firmados com prefeituras e instituições de saúde de várias cidades. O ano também foi dedicado ao lançamento do projeto EcoExistir, para estimular a convivência harmoniosa do homem com a natureza, além das campanhas para

combater dengue, tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis, especialmente no litoral do Paraná.

Prevenção foi a palavra de ordem nas ações de saúde de 2008. Naquele ano, havia sete programas de assistência e orientação em curso e o serviço odontológico chegou a Foz de Iguaçu. A Jornada Saúde levou informação à população por meio de palestras e atendimentos. Para os idosos,

16 mil consultas e 25 mil atendimentos educacionais foram feitos pelas equipes odontológicas nas unidades móveis do Sesc

uma parceria com a Sociedade Brasileira para o Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral (Sobemom) propiciou exames para a detecção precoce da doença. Em Paranavaí, o programa Saúde Cidadã, realizado em parceria com o curso de Enfermagem da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa) e com a Secretaria de Saúde local, levou orientação à população mais carente.

Exames preventivos foram ofertados pelo programa Saúde do Comerciário a empresários e empregados do comércio de Pinhais, Agudos do Sul, Araucária e Campo Largo.

Em todo o estado, exames e atendimentos gratuitos foram oferecidos pelo programa Saúde em Foco. Já o Saúde nas Empresas, levou informação e colheu dados sobre os hábitos da classe comerciária.

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Em 2009, muitos saltos. Passaram de 4.300 os profissionais formados nos cursos técnicos da área da saúde oferecidos pelo Senac PR. Programas como a Jornada Saúde e as feiras da saúde tiveram continuidade, elevando a 3,7 milhões os atendimentos no programa de saúde em 2009.

Graças às unidades móveis odontológicas, o atendimento para promover a saúde bucal também ampliou-se ao longo do tempo. Os consultórios itinerantes, que começaram a rodar o Paraná em 2008, percorreram em 2011 um total de 3.356 quilômetros para atender a 1.874 pessoas nas cidades de Araruna, Campina da Lagoa, Cândido de Abreu, Guamiranga, Peabiru, Pontal do Paraná, Prudentópolis, Roncador, São Mateus do Sul e Ubiratã.

Nos consultórios fixos, somaram 388 mil os procedimentos odontológicos dirigidos, em sua maioria, a comerciários e dependentes.

Nos anos seguintes, os consultórios itinerantes seguiram por novas rotas, sempre com a missão de levar saúde bucal a comunidades em que se registra baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sem acesso a tratamentos odontológicos.

Em 2016, foram cerca de 16 mil consultas e 25 mil atendimentos de caráter educativo promovidos pelas equipes odontológicas das unidades móveis.

Desde 2011, alunos das 16 unidades do

Ampliação do atendimento

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Sesc Educação Infantil passam por uma Avaliação Nutricional (AvanSesc) que inclui análises antropométricas, oficinas e orientação aos pais. Na área odontológica, o programa Saúde da Criança beneficia alunos das 16 unidades do Sesc Educação Infantil. Em 2016 foram 1.445 crianças atendidas.

No empenho para garantir o consumo de comida saudável, 2012 foi o ano em que o Programa Alimentos Seguros (PAS) chegou às praças de alimentação de shoppings de todo o Paraná. Restaurantes e lanchonetes receberam consultoria e treinamento sobre a manipulação adequada dos alimentos. Ao todo, 1.745 pessoas foram qualificadas em 2012, número que saltou para 2.655 no ano seguinte e para 2.922 em 2014.

1.772 músicas de artistas de 23 cidades foram inscritas na edição

2017 do Festival de Música Cidade Canção

Em 2017, a novidade da Fecomércio PR nos cuidados com a saúde foi a Unidade Móvel de Saúde Mulher, lançada pelo Sesc no mês de agosto, na cidade de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A unidade itinerante oferece gratuitamente exames preventivos de câncer de mama e de colo de útero. A iniciativa foi possível graças à parceria com a prefeitura local e com a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios do Paraná (CMEG). Além dos exames preventivos, a unidade permite a realização de outras ações de saúde, como a aferição de pressão arterial e de índice glicêmico.

Cultura

O cuidado também é adotado dentro de casa. Em 2016, dez unidades do Senac PR receberam treinamento e consultoria para a implantação das Boas Práticas na Manipulação de Alimentos, a fim de garantir a qualidade das refeições que saem dos ambientes pedagógicos de gastronomia. As unidades de Foz do Iguaçu, Medianeira, Toledo e Paranaguá receberam, depois de passar por auditoria, a Declaração de Conformidade que atesta a oferta de alimentos adequados para o consumo.

Não é possível imaginar a cena cultural do Paraná sem ações promovidas pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. São múltiplas e variadas as iniciativas presentes em todo o Paraná.

No terreno musical, o Festival de Música Cidade Canção (Femucic) chegará em 2018 a sua 40ª edição. Em 2017, o evento realizado em parceria com a Prefeitura de Maringá e a RPCTV homenageou o folclore paranaense e contou com transmissões ao

Cultura e integração

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Festival de Música Cidade Canção ( Femucic)

vivo pelo Youtube, o que permitiu que fosse acompanhado em tempo real por milhares de pessoas. Os números são grandiosos. A 39ª edição do Femucic teve 1.772 músicas inscritas, provenientes de 203 cidades brasileiras. Nas escolas envolvidas, os concertos didáticos tiveram um público de 670 crianças. Nas empresas do comércio, as apresentações alegraram 850 pessoas. Seguindo a tradição, o Femucic contou ainda com oficinas de música para a qual inscreveram-se 654 músicos, cinco vezes mais que no ano anterior.

Também na Cidade Canção funciona o Centro de Difusão Musical (CDM), projeto social do Sesc Maringá que oferece aulas gratuitas de instrumentos de corda, sopro e percussão. O CDM não é a única iniciativa desencadeada pelo Femucic. Em suas quatro décadas, o festival de Maringá inspirou eventos semelhantes. Um deles é o Festival Jacarezinhense da Canção (Fejacan), promovido desde 2005 pelo Sesc e pela prefeitura local. Em 2017, o Fejacan chegou a sua 12ª edição com 26 canções apresentadas ao público presente no Cine Teatro Iguaçu no mês de novembro.

No campo da música, outra tradição é o projeto Sonora Brasil, realizado pelo Sesc em todo o país. O objetivo é levar as músicas de uma região do Brasil para outra, encurtando distâncias e ampliando a

Incentivo ao talento

Desvio Coletivo, de São Paulo, apresenta-se no Festival Palco Giratório
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Compromisso com a leitura

formação dos ouvintes.

A leitura é outra aposta forte da Fecomércio PR na promoção da cultura. A Semana Literária Sesc PR, associada à Feira do Livro, chegou em 2017 a sua 36ª edição com números expressivos. Foram seis dias com mais de 400 atividades promovidas em 23 cidades e mais de 40 mil livros vendidos com desconto.

Em 2016, uma iniciativa ampliou a programação da Semana Literária: a Coletânea Sesc de Contos Infantis, que reuniu textos escritos por autores de diversas cidades do estado. O Senac PR marca presença no evento literário com lançamentos e comercialização de livros.

O compromisso com a leitura é cotidiano. Os atendimentos passam de 400 mil por ano nas salas, espaços de leitura e unidades móveis do BiblioSesc — acervo itinerante de três mil livros que desde 2008 circula pelos municípios paranaenses.

A sétima arte também tem vez na programação do Sesc PR. Em salas de 29 unidades de serviço, milhares de pessoas prestigiam a cada ano os títulos exibidos pelo CineSesc, que promove ainda debates, palestras e workshops sobre a linguagem cinematográfica. Nas artes plásticas, o projeto “Olhar Paraná” valoriza a produção paranaense com exposições que têm percorrido anualmente 17 unidades de

PR
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Tradição popular

serviço do Sesc PR, sempre de abril a outubro. Em 2016, mais de 72 mil pessoas visitaram as mostras.

As apresentações do Palco Giratório, programa do Departamento Nacional do Sesc que já soma duas décadas de contribuição ao cenário cultural paranaense, foram prestigiadas por quase cinco milhões de expectadores ao longo de sua história.

Em 2016, as montagens chegaram a 145 cidades, 19 delas no Paraná, que têm no Teatro Sesc da Esquina seu principal polo.

O Sesc atua ainda na promoção de eventos sazonais da cultura popular, como o Paraná Junino e o Natal no Paço.

Para impulsionar a vitalidade que a circulação das pessoas traz aos centros urbanos, a Fecomércio PR foi uma das entidades a

lançar em Curitiba, no início de 2015, o projeto Corredor Cultural, concebido anos antes pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) para revitalizar o entorno do prédio histórico da instituição, na Praça Santos Andrade, e para promover e apoiar ações culturais, a cidadania e a economia local.

Arquitetura e urbanismo

As iniciativas para zelar pelo legado arquitetônico e, ao mesmo tempo, garantir a circulação dos habitantes nos centros das grandes cidades têm sido uma marca da gestão da Fecomércio PR nos últimos anos. O Programa de Revitalização de Espaços Comerciais está presente hoje em dez cidades do Paraná e virou referência para todo o país.

Um dos capítulos mais emblemáticos

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Respeito às raízes

dessa história de respeito às raízes é o que retrata o Sesc Paço da Liberdade, um centro que irradia cultura por toda a capital paranaense. Depois de uma revitalização que custou R$ 7,6 milhões e que envolveu não apenas o prédio histórico, mas todo o seu entorno, a Fecomércio PR e a Prefeitura de Curitiba reinauguraram o antigo Paço Municipal de Curitiba, na Praça Generoso Marques.

O prédio havia sido inaugurado em 1916 para ser a sede do Poder Executivo Municipal, sob a gestão do então prefeito Cândido de Abreu. Restaurada, a edificação de 500 metros quadrados com elementos de art-nouveau passou a abrigar em 2009 o Centro Cultural Sesc. No espaço, café com piano, livraria, biblioteca, sala de cinema, salão de atos e outros equipamentos estão à disposição dos visitantes.

Ponto de encontro

Calçadas e fontes foram recuperadas. Espelhos d´água, jardins e iluminação cênica completam o conjunto do local, que voltou a ser denominado Paço da Liberdade, tornando-se um ponto de encontro da cidade. Ali reuniram-se, por exemplo, as multidões que acompanharam as edições da Virada Cultural em Curitiba, onde também foi exibido o espetáculo

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Valorização histórica

“Curitiba 324 anos”, que marcou o aniversário da capital paranaense em 2017. Não restam dúvidas de que todo o trabalho feito atingiu seu intento: transformar uma área degradada da cidade em ponto de grande circulação e de valorização da herança histórica e arquitetônica. O resgate do Paço da Liberdade tem sido uma inspiração dentro e fora do Paraná.

2,4 mil metros quadrados é a

projetada para o Sesc

PR e a Câmara Municipal de Ponta Grossa assinaram a escritura pública de concessão da Estação Saudade para as obras de restauro que transformarão o prédio de 1900, tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná, em uma unidade do Sesc. O restauro está estimado em R$ 8 milhões.

Situação semelhante ocorreu em Londrina, onde o antigo Cadeião transformou-se no Sesc Cadeião Cultural. Algumas celas e paredes originais foram mantidas, em nome da memória histórica. Depois de um ano de meio de obras para restaurar o único prédio remanescente da década de 1930 na cidade, o lugar foi convertido em um centro cultural com teatro, atividades artísticas e um café-escola. Desde a inauguração, em dezembro de 2014, o prédio que se prestava ao isolamento agora é ponto de encontro.

Modelo

A partir dessas experiências bemsucedidas, em maio de 2017, a Fecomércio

O Sesc Estação Saudade terá 2,4 mil metros quadrados de área. Tal qual no Paço, a unidade receberá um café-escola. Também funcionará no local uma escola gastronômica administrada pelo Senac, bem como espaços para workshops palestras e atividades culturais.

Além do investimento na revitalização e manutenção sem custos aos cofres públicos, 10% das vagas dos cursos oferecidos no local serão cedidas para a prefeitura.

Assim como no Paço da Liberdade, em Curitiba, e no Cadeião Cultural, em Londrina, o quadrilátero histórico no entorno da estação será revitalizado. O objetivo final é fazer com que as pessoas voltem a circular pela região, contribuindo tanto para a valorização histórica quanto para a potencialização comercial.

Bilheteria da antiga Estação Saudade
área
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Estação Saudade, a ser instalado em um prédio de 1900 localizado na cidade de Ponta Grossa

Esporte e lazer

Nada representa melhor os investimentos da Fecomércio PR no esporte e no lazer do que o Sesc Caiobá, um complexo de turismo, esporte e lazer sem paralelo no litoral paranaense. O caráter histórico da colônia de férias que tem proporcionado descanso e lazer para os comerciários há cinco décadas soma-se à grandiosidade e à inovação conquistadas com as obras entregues na reinauguração, em dezembro de 2011.

Além da reforma do antigo prédio, o Sesc Caiobá passou a contar com um novo complexo. Tudo somado, são 23 mil metros quadrados com 137 apartamentos, quatro piscinas, dois restaurantes, lanchonete, café, lan house, home theater, centro de convenções, business center, quadras poliesportivas e centro de estética. A construção levou em conta aspectos ambientais e, por isso, o complexo foi dotado de aquecedores solares e de sistemas de tratamento de resíduos e de aproveitamento de águas pluviais.

O Sesc Caiobá não cumpre apenas sua finalidade recreativa. Sua ocupação garante movimento no litoral o ano todo, mantendo aquecida a economia local. Além disso, a unidade é um centro de capacitação de mão de obra com o restaurante-escola e o

Descanso e lazer

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Saúde em dia

café-escola. Serviços de educação, saúde, cultura e assistência do Sesc PR também estão à disposição da comunidade local. No litoral, está enraizada outra importante ação do Sesc PR em prol do esporte: a tradicional prova de triathlon, que reúne corrida, ciclismo e natação. O interesse dos atletas é tal que na 29ª edição, realizada em março de 2017, as 1.200 vagas para participar da prova esgotaram-se poucos minutos depois de abertas as inscrições. No outro extremo do Paraná, a Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc PR chegou a sua 10ª edição, em setembro de 2017, com três mil atletas inscritos.

Outra atividade que já tem mais de uma década de tradição é o Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua, realizado desde 2006 em diversas cidades do estado com provas de 5 km e 10 km, além da tradicional Caminhada da Família, cujo percurso é de 4 km.

Mais jovem, o CicloSesc é um projeto que busca estimular o hábito de pedalar em circuitos que variam de 5 km a 17 km. O caráter lúdico está presente também no Brincando nas Férias, programa criado para atender nas unidades do Sesc crianças de seis a 12 anos, tanto nas férias escolares de verão quanto no recesso de julho.

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Unidos pelo esporte

Para outras faixas etárias, as academias de ginástica multifuncional presentes em 23 unidades do Sesc mantêm mais de 6.500 alunos matriculados.

Desde 2004, o Sesc realiza anualmente os Jogos Comerciários do Paraná (Jocom), que em 2017 foi realizado em três fases. A primeira, de março a setembro, a segunda

no início de outubro, e a terceira, disputada no Sesc Caiobá, no fim de outubro. Os milhares de participantes dividiram-se nas seguintes modalidades: basquete, futebol sintético, futsal, tênis de mesa, truco, voleibol, vôlei de praia e xadrez.

O xadrez, aliás, é uma das atividades estimuladas no Sesc pelo projeto Aprender

e Jogar. Em 2017, o Torneio Xeque Mate Sesc Xadrez, realizado em parceria com a Prefeitura de Curitiba e com a Federação de Xadrez do Paraná (Fexpar), reuniu cerca de mil enxadristas infantis e cem adultos no Sesc Portão. Já os Torneios Abertos do Brasil, realizados a partir de 2015, congregam enxadristas do Brasil e do exterior.

Turismo e gastronomia

O Sesc Caiobá, unidade-chave para os programas esportivos, também não pode deixar de ser mencionado quando o assunto é turismo. Corria o ano de 1966 quando Osmário Zilli, então presidente do Sesc PR, inaugurou a colônia de férias no inacessível Balneário de Caiobá. O terreno era grande

Ciclo Sesc em Marechal Cândido Rondon
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talento nos festivais natalino, japonês e de

O prato nosso de cada dia

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Referências gastronômicas

carne de cordeiro. Em 2009, as estrelas foram a comida francesa e a carne de costela. Houve também um festival dedicado às delícias do litoral paranaense. Em 2010, o público degustou pratos em quatro festivais: italiano, árabe, pizza e queijos e vinhos.

Em 2014, ano em que comida portuguesa foi a estrela de uma semana de estudos e pesquisas promovida pelo Senac PR em Curitiba e Foz do Iguaçu, o talento

dos alunos brilhou também em Brasília. Barreado e outros pratos típicos do Paraná foram servidos por eles no restauranteescola do Senac Nacional na Câmara dos Deputados e no Senado. Também em 2014, foi lançado o livro “restauranteescola Senac Paraná” para contar a história do primeiro Restaurante-escola do país, inaugurado em Curitiba em 1962. Atualmente, há restaurantes-escola

também em Caiobá, Foz do Iguaçu e Maringá. É neles que se realizam os festivais gastronômicos conduzidos por renomados chefs convidados pelo Senac.

Os Restaurantes-escola e os cafés-escola do Senac vão muito além de sua função de formação profissional. São pontos de encontro das comunidades onde a riqueza do Paraná é exibida. No Café do Paço, instalado no Sesc Paço da Liberdade, em

Curitiba, o produto servido é produzido no Norte Pioneiro do estado. O produto de qualidade e a excelência dos baristas colocou o Café do Paço em guias de referência para o turismo nacional.

Além de Curitiba e do litoral, onde o café funciona no Centro de Turismo e Lazer Sesc Caiobá, o Senac mantém o café-escola junto à unidade Sesc Cadeião Cultural, em Londrina.

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Capítulo 6 A FACE SOLIDÁRIA DO COMÉRCIO

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Ações de solidariedade

Programa

Justiça no Bairro Sesc Cidadão

Com ações de alto impacto, a solidariedade é um traço significativo da atuação do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. Os casamentos coletivos que integram o programa Justiça no Bairro Sesc Cidadão já se tornaram tradição em mais de 70 cidades do Paraná, ultrapassando a marca dos quatro mil enlaces por ano. Em 2017, para marcar os 324 anos de Curitiba, 324 casais oficializaram suas uniões civis em uma cerimônia realizada na Rua da

Cidadania do Carmo, em Curitiba. A operação envolveu a participação de 19 Cartórios de Registro Civil da cidade. No ano anterior, foram 1.300 uniões somente na cerimônia realizada no Estádio Joaquim Américo Guimarães, no mês de abril.

O resgate de cidadania proporcionado pelo projeto vai muito além da formalização da união civil. O Justiça no Bairro Sesc Cidadão promove conciliação por meio

de audiências prévias em diversas áreas do direito, retificação de registro civil, reconhecimento de paternidade, divórcio e questões dele decorrentes, como a pensão de alimentos e o regime de guarda.

Orientações preventivas de saúde e outros serviços de interesse do cidadão também fazem parte do programa.

A Campanha do Brinquedo, que em 2018 chega a sua 10ª edição, também integra as ações solidárias do Sistema Fecomércio

Sesc Senac PR. Em 2017, a campanha realizada em parceria com o GRPCOM, que controla a RPC TV, teve como tema “A felicidade de uma criança não tem preço, tem solidariedade”. Empresários e o Exército Brasileiro apoiam a ação, que coleta brinquedos novos e usados em bom estado nas unidades de serviço do Sesc e do Senac em 32 cidades paranaenses, nas empresas parceiras do comércio de bens, serviços e turismo do

Casamento Coletivo realizado no Estádio Joaquim Américo Guimarães, em Curitiba
70 cidades já promoveram casamentos coletivos pelo
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estado, nas sedes da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG) e nos sindicatos filiados. Desde o início da campanha, em 2009, foram arrecadados mais de 390 mil brinquedos que beneficiaram 994 instituições sociais em todo o Paraná.

Campanha do Agasalho

Nos mesmos moldes, a Campanha do Agasalho também já contabiliza nove edições. Em 2017, ela bateu recordes ao arrecadar 420 mil peças em 32 cidades paranaenses, superando a marca de 352 mil itens, registrada em 2015. A Fecomércio PR celebrou o sucesso da campanha convidando seus parceiros — o Instituto GRPCOM, o Exército Brasileiro, o Secovi-PR e demais apoiadores — para um evento de encerramento na Associação Beneficente São João Batista, localizada no bairro Santa Quitéria, em Curitiba.

O Mesa Brasil é outro programa com números que expressam a importância do trabalho assistencial do comércio. O programa de segurança alimentar redistribui em todo o Brasil alimentos sem valor comercial ou excedentes que estejam apropriados para o consumo, estabelecendo uma ponte que busca onde sobra e entrega onde falta. O Mesa Brasil, nascido em São Paulo em 1994, foi implantando no Sesc PR em 2003.

Corrente de cidadania A Campanha do Agasalho bateu recorde em 2017 com a coleta de 420 mil peças FECOMÉRCIO PR
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Segurança alimentar

O Mesa Brasil permite que as empresas, indústrias, produtores e comerciantes tenham sua agenda social facilitada, oferecendo condições para que possam exercer sua cidadania empresarial. A participação pode ser feita por meio de doações de equipamentos, utensílios, material de consumo e, principalmente, pela doação de produtos alimentícios próprios para o consumo. Tudo é planejado detalhadamente para assegurar a higiene e a manutenção dos alimentos desde o momento da doação até a entrega para as entidades receptoras.

No Paraná, o Mesa Brasil está centrado em sete unidades do Sesc – Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina e Maringá. A partir delas, mais de 70 cidades são atendidas. Em 2016, as 2,2 mil toneladas de alimentos doadas por 159 empresas paranaenses foram repassadas a 673 instituições e chegaram à mesa de mais de 135 mil pessoas em todo o estado por meio da frota de 15 veículos refrigerados que garantem a conservação dos alimentos.

Para além dos números, o grande valor do Mesa Brasil é combater o desperdício, garantindo o direito fundamental à alimentação para milhares de pessoas. Em suma, o Mesa Brasil lança mão da solidariedade para promover a dignidade.

FECOMÉRCIO PR 70
2,2 mil toneladas de alimentos chegaram à mesa de 135 mil paranaenses em 2016 graças ao Mesa Brasil
anos trabalhando pelos empresários do comércio

Presidente Darci Piana recebe a comenda Ordem do Pinheiro, maior honraria concedida pelo governo do Paraná

Capítulo 7 RECONHECIMENTO

FECOMÉRCIO PR 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e seus representantes têm recebido ao longo dos anos títulos de cidadania honorária, medalhas de honra ao mérito, diplomas e comendas que expressam o reconhecimento pelo trabalho realizado em prol do comércio e de toda a sociedade. Para citar apenas um único e emblemático exemplo, o presidente Darci Piana foi homenageado em dezembro de 2013 com a Ordem do Pinheiro do Paraná, a maior distinção concedida pelo governo àqueles que contribuem com o desenvolvimento do estado.

A Fecomércio não esconde a honra pelo reconhecimento e sabe também valorizar os que a cercam. Desde 2006, o troféu Guerreiro do Comércio já foi entregue a quase 600 empresários por seu destaque em tempo de atividade, projeção, reconhecimento da comunidade, notoriedade empresarial e geração de empregos. Confeccionado em bronze, o troféu foi concebido pelo artista plástico Luiz Gagliastri. A obra é uma versão estilizada de Mercúrio, o deus da mitologia romana que representa o comércio com seus pés alados e uma lança nas mãos.

Na 12ª edição, em 2017, foram premiados 49 empresários de 47 sindicatos patronais do comércio ligados à Federação. Na solenidade de entrega, foram destacadas as atuações dos homenageados, que mantiveram o trabalho ético, inovador, produtivo e justo apesar das dificuldades impostas pelo cenário político-econômico.

Comércio valorizado

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anos trabalhando pelos empresários do comércio

Dedicação premiada

Já a Ordem do Mérito do Comércio do Paraná completou sete décadas de história e, nesse tempo, foi entregue a apenas 23 personalidades – entre empresários, magistrados e outras figuras de expressão social. A comenda reconhece não apenas aqueles que dedicam sua vida profissional ao comércio, mas também líderes cujo trabalho contribui para o desenvolvimento econômico e social de todo o Paraná.

Ciente da importância da comunicação, a Fecomércio PR também promove, desde 2013, o reconhecimento dos trabalhos jornalísticos que tenham as atividades do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná e o legado como mote. Em 2017, a quinta edição do Prêmio Fecomércio de Jornalismo teve como tema o “Cidadão do Amanhã”. Receberam troféus, certificados e prêmios em dinheiro as melhores reportagens das categorias jornalismo impresso, internet, telejornalismo, radiojornalismo e fotojornalismo.

Em abril de 2017, a Fecomércio lançou, em parceria com o Instituto de Relações Internacionais do Paraná (IRIP) o I Concurso de Monografias de Relações Internacionais. O objetivo do concurso é incentivar os jovens universitários das áreas de Relações Internacionais, Comércio Exterior, Negócios Internacionais, Turismo e afins a traçar horizontes para o Paraná e o Brasil no âmbito do comércio internacional. Alunos do Senac PR também puderam se inscrever numa categoria especial.

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anos trabalhando pelos empresários do comércio

1 – José Mariolí Simão

2 – Aída Santos Assunção

3 – José Carlos Loureiro Neto

4 – Diógenes Kuczynski Spaki

5 – Carlos Batista Rodrigues

6 – Edenir Zandoná Junior

7 – César Moro Tozetto

8 – José Canisso

9 – Francisco Macedo Machado

10 – Roberto Martins

11 – Sigismundo Mazurek

12 – Luiz Gonzaga Fayzano Neto

13 – José Alberto Pereira

14 – Danilo Tombini

15 – Valter da Silva Barros

16 – Nelcir Ferro

17 – Francisco Leite 18 – Rogério Vosnika

19 – Abrão José Melhem

DIRETORIA – GESTÃO 2014/2018

Presidente Darci Piana

1º Vice-presidente Ari Faria Bittencourt

2º Vice-presidente

Paulo Cesar Nauiack

3º Vice-presidente

Luiz Carlos Borges da Silva

4º Vice-presidente

Paulo Herminio Pennacchi

5º Vice-presidente

Carlos Rodrigues do Nascimento;

6º Vice-presidente

José Alex Gonçalves Figueira

7º Vice-presidente

20 – Claudinei Herrero

21 – Darci Piana

22 – Gélcio Miguel Schibelbein

23 – José Carlos Strassi

24 – José Alex Gonçalves Figueira

25 – Ademar Bayer

26 – João Odorico de Souza

27 – Ulisses Piva

39 – Eneas dos Santos Brum

Batista

Ulisses Piva

8º Vice-presidente

Edenir Zandoná Junior

9º Vice-presidente

Ali Saadeddine Wardani

Camilo

10º Vice-presidente Câmara do Comércio Atacadista

Paulo Beal

11º Vice-presidente Câmara do Comércio Varejista

Pedro Joanir Zonta

12º Vice-presidente Câmara de Agentes Autônomos

João Inácio Kreuz

13º Vice-presidente Câmara de Assuntos do Mercosul

Valter da Silva Barros

14º Vice-presidente Câmara de Turismo

Luiz Sérgio Wozniaki

15º Vice-presidente Câmara de Mediação e Arbitragem

José Canisso

Diretores Secretários

1º Secretário

Umberto Marineu Basso Filho

2º Secretário

Luiz Gonzaga Fayzano Neto

3º Secretário

Roberto Martins

Diretores Tesoureiros

1ºTesoureiro

Sigismundo Mazurek

2º Tesoureiro

Nelson José Bizoto

3º Tesoureiro

Nelcir Antônio Ferro

Diretores para Assuntos Sindicais

Flávio Kanaan Nabhan

José Alberto Pereira

José Carlos Loureiro Neto

Gélcio Miguel Schibelbein

Diretores para Assuntos de Relações de Trabalho

Abrão José Melhem

Cristiane Guimarães Boiko Rossetim

Claudinei Herrero

Francisco Leite

Diretores para Assuntos Tributários

Everton Calamucci

Antonio Barea

Neuri Nilo Garbin

Diretores para Assuntos de Desenvolvimento

Comercial

José Mariolí Simão

Carlos Antônio Amaral Monteiro

João Batista Silva Campos

Diretores para Assuntos de Crédito

Roberto Hernando Barco

Ademar Bayer

Enéas dos Santos Brum

Diretores para Assuntos de Relações de Consumo

Danilo Tombini

Antônio Carlos Parieti

Luís Carlos Favarin

Diretores para Assuntos de Comércio Exterior

Saul Chuny Zugmann

Gumercindo Ferreira dos Santos Junior

Diretores para Assuntos de Habitação e Imobiliário

Liliana Ribas Tavarnaro

Luciano Giongo Tomazini

Conselho Fiscal Membros Efetivos

Wanderley Antônio Nogueira

Agostinho Francisco Sabadin

Francisco Macedo Machado

Membros Suplentes

Ari dos Santos

Omar Rachid Fatuch

Maria Deli Medeiros de Medeiros

Suplentes da Diretoria

Osnei José Simões Santos

Sandro Augusto Sabadin

Cesar Moro Tozetto

Juarez Berti Frizzo

Plinio Destro

Zildo Costa

Adilson Emir dos Santos

Camilo Turmina

Rogério Vosnika

Aída Santos Assunção

Elione Rodrigues de Freitas

João Valdenir Schemberg

José Carlos Strassi

Itacir Grando

Horst Adelberto Waldraff

João Manne

Idalberto Batista Vilas Boas

Armando Hamud Hamud

Carlos César Rigolino Junior

David Guntowski

João Antonio dos Anjos

Nasser Hammoud

Alexandre Tavares de Andrade

Marino Poltronieri

Rodinei Nogueira

Angelo José Dal Pai

João Odorico de Souza

Nilson José Zancan

Eduardo Rubens de Andrade

Carlos Batista Rodrigues

Diogenes Kuczynski Szpak

Mauro Roberto Szpak

Milton Afonso Senff Junior

Delegados Representantes da Fecomércio PR junto ao Conselho da CNC

Efetivos

Darci Piana

Ari Faria Bittencourt

Suplentes

Paulo Cesar Nauiack

Wanderley Antônio Nogueira

Beal
José Zancan
Penacchi
28 – Nelson José Bizoto 29 – Zildo Costa 30 – Ali Saadeddine Wardani 31 – Ari Faria Bittencourt 32 – Antônio Carlos Parieti 33 – Carlos Rodrigues do Nascimento 34 – Paulo
35 – João Manne 36 – Nilson
37 – Paulo Hermínio
38 – Luis Carlos Favarin
LEGENDA DA FOTO
Tomazini
Filho
Luiz
Wosniaki
Santos
Batista Silva Campos
Rodrigues de Freitas
Antônio Nogueira
Sabadin
Rubens de Andrade
Ferreira dos Santos Junior
Nauiack
40 – Idalberto
Vilas Boas 41 – João Valdenir Schemberg 42 –
Turmina 43 – Luiz Carlos Borges da Silva 44
Flávio Kanaan Nabhan 45 – Everton Calamucci 46 – Luciano Giongo
47 – Umberto Marineu Basso
48 –
Sergio
49 – Ari dos
50 – João
51 – Elione
52 – Wanderley
53 – Agostinho Francisco
54 – Eduardo
55 – Gumercindo
56 – Paulo César
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70 anos trabalhando pelos empresários do comércio
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Capítulo 8 MEMÓRIA

O salto dos serviços da Fecomércio PR nos últimos anos é fruto de um trabalho de muitas décadas, que merece ser sempre lembrado. Em 2008, ano em que se comemorou os 60 anos da Federação, a obra “O comércio no Paraná – Uma história de conquistas” reuniu documentos que remontam às origens das atividades comerciais no estado.

Neste 70º aniversário, é tempo de render homenagens àqueles que nos precederam revisitando, por meio desta obra, o registro de seus feitos.

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Antiga caderneta, símbolo da confiança entre comerciante e freguês

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1500

Espanhóis e portugueses dividiram-se na exploração e conquista dos territórios brasileiro e paranaense. Em 1516, Aleixo Garcia atravessa o território do Paraná em busca das riquezas do Império Inca, utilizando o Peabirú, um sistema de caminhos indígenas. Em 1530, Martim Afonso de Souza organiza uma expedição com a finalidade de explorar, povoar e combater o comércio ilegal de pau-brasil. Em 1541, Don Álvar Núñez Cabeza de Vaca atravessa os Campos de Curitiba e os Campos Gerais em direção a Assunção. A expedição descobriu o Salto de Santa Maria (Foz do Iguaçu). Em 1532, duas capitanias foram criadas em território paranaense - Bertioga e Sant’Ana. No ano de 1550 o alemão Hans Staden naufraga em Superagüi.

campos de Curitiba e os Campos Gerais em direção a 1550, o alemão Hans Staden naufraga em Superagüi.

1700

Introdução das primeiras cabeças de gado nos campos de Curitiba. Em 1704, Pedro Taques requer uma sesmaria na região onde hoje se encontram os municípios de Castro e Ponta Grossa. Na década de 1720, Paranaguá tornase a vila mais populosa e de maior comércio de toda a região Sul do Brasil. Após 1721, é aberto o Caminho da Graciosa, que seria uma das principais vias de escoamento de produtos entre litoral e o planalto de Curitiba. Em 1730, já está em plena atividade o trânsito comercial de tropas pelo Caminho do Viamão, que cruzava os Campos Gerais e fez surgir cidades como Castro, Jaguariaíva, Palmeira, Piraí do Sul e Ponta Grossa; todas elas antigos pousos de tropas.

1600

1800

Em 1651, Eliodoro Ébano Pereira declara que achou ouro nos Campos de Curitiba. Por volta de 1649, é aberto o Caminho do Itupava para comunicação comercial entre Curitiba e o litoral. Em 1664, Agostinho Barbalho de Bezerra toma posse como administrador das minas de Paranaguá. Por volta do ano de 1685, Paranaguá e seus arredores são assolados por extrema miséria. A produção e o comércio de farinha de mandioca do litoral paranaense alcançam mercados como os do Rio de Janeiro e da Colônia de Sacramento. Em 29 de março de 1693, a povoação de Curitiba é elevada à categoria de Vila.

1651, Eliodoro Ébano Pereira declara que achou ouro nos Campos de Curitiba. Tempos antes, havia aberto o Caminho do Itupava para comunicação comercial entre Curitiba e o Litoral. Em 1664, Agostinho Barbalho de Bezerra toma posse como administrador das minas de Paranaguá. Por volta do ano de 1685, Paranaguá e seus arredores são assolados por extrema miséria. produção e o comércio de farinha de mandioca do litoral paranaense alcançam mercados como os do Rio de Janeiro e da Colônia de Sacramento. Em 29 de março de 1693, a povoação de Curitiba é elevada à categoria de Vila.

A 5ª comarca, ou Comarca de Curitiba, é desmembrada de São Paulo em 1853, tornando-se o Paraná a mais nova província do Império. A erva-mate torna-se um dos pilares da economia local e o principal produto de exportação. Em 26 de julho de 1854, Curitiba é promulgada capital da província. Em 1870, inicia-se o movimento imigrantista e a criação de colônias ao redor de Curitiba e em regiões como Rio Negro, Campo Largo, Araucária e Palmeira, entre outras. Migrantes paulistas e mineiros fixam-se na região do Norte Pioneiro. No ano de 1894, o Paraná é invadido pelas forças revolucionárias federalistas vindas do Rio Grande do Sul.

Martim Afonso de Souza Tropa carregada de mate descendo a serra Comarca de Curitiba, é desmembrada da Província de São Paulo Tropeiros
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1900

Em 28 de outubro de 1911, é inaugurada a Alfândega de Paranaguá em prédio próprio, hoje patrimônio arquitetônico da cidade. Alfândega que fora criada em 18 de junho de 1827, pela Junta da Fazenda da Província de São Paulo, e que ocupou inicialmente, em 1877, as instalações do antigo Colégio dos Jesuítas.

Em 1912, é criada a primeira universidade do Brasil, a Universidade do Paraná que, na década de 1950, transformou-se em Universidade Federal do Paraná. No ano de 1916, é resolvida a questão territorial entre o Paraná e Santa Catarina, conhecida como Contestado. Companhias de terras iniciam o processo de colonização do interior paranaense.

1960

Com o café, a economia entra em uma nova fase. O Norte do estado, conhecido como o “El Dorado”, torna-se referência para migrantes e imigrantes.

Curitiba transforma-se: ruas são alargadas e é criado o primeiro centro cívico do Brasil. Na década de 1960, são construídas estradas que ligam o interior do estado à capital e ao Porto de Paranaguá. No ano de 1965, é inaugurada a Rodovia do Café em 1967, é a BR 277 que ligaria Paranaguá a Foz do Iguaçu.

Em 1975, a monocultura cafeeira é atingida pela geada negra, o que contribuiu com a quase extinção desta lavoura no Paraná. Na década de 1970, nasce uma nova monocultura extensiva: a soja. Ao contrário do café, a soja empregava pouca mão de obra e colaborou com a evasão de trabalhadores para grandes centros urbanos.

1940

Em 1935, é inaugurado em Paranaguá o Porto Dom Pedro II, ou Porto de Paranaguá; um dos principais portos do Brasil. Em 1949, são inaugurados os terminais Barão de Teffé e Ponta do Félix, no lugar do antigo Porto de Antonina. Nascem cidades como Cornélio Procópio, Londrina e Maringá. O Paraná é dividido em dois: a região compreendida entre Laranjeiras do Sul até as barrancas do Rio Paraná ficou para o Território Nacional do Iguaçu. Em 1946, o Paraná consegue de volta o território dividido. O café torna-se o esteio econômico do estado, transformando-o no primeiro produtor mundial do produto.

1990

O Paraná está totalmente ocupado: com a maioria de sua população em áreas urbanas. Torna-se um estado agroindustrial, com indústrias e comércio diversificado e intensa mecanização no campo. Exporta, entre outros, grãos, automóveis, máquinas e equipamentos pelo Porto de Paranaguá. Possui centros urbanos em intenso processo de conurbação como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, onde concentra-se intensa atividade econômica regional: discute-se a criação de Regiões Metropolitanas para essas cidades.

Universidade Federal do Paraná Porto de Paranaguá Curitiba em expansão
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Rodovia do Café 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

Destaques Históricos

Aos sinais do fim da Segunda Guerra, a Carta Social da Paz é assinada em Teresópolis, no Rio de Janeiro, por representantes das classes produtoras do Brasil. Em setembro, é criada a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

1945

O Senac Paraná é criado no dia 7 de julho.

1947

São criados o Sesc, a 10 de janeiro, e a Federação do Comércio do Estado do Paraná, a 19 de janeiro.

1948

Com o projeto Férias Coletivas, o Sesc dá início à primeira atividade na área turística.

1950

1946

A CNC cria o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a 10 de janeiro, e o Serviço Social do Comércio (Sesc), a 13 de setembro.

Frente da carta de declaração e reconhecimento da fundação da Fecomércio Paraná

Recorte de jornal da época, com o anúncio da criação da CNC
CNC determina o realinhamento de Sesc e Senac
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Começa na Rua José

Loureiro a construção do prédio do Sesc que seria inaugurado em 1959.

Por determinação do Sistema Confederativo de Representação do Comércio (Sicomércio), órgão vinculado à Confederação Nacional do Comércio, Sesc e Senac reintegram-se em 1998. O Sicomércio deliberou pela existência de uma única federação nos estados onde existissem mais de uma entidade, como era o caso do Paraná. Assim, a 14 de outubro de 1998, uma assembleia dos sindicatos atacadista, varejista e de serviços aprovou a fusão das federações. A integração se consolidaria em meados da década seguinte.

1998 1957

Café do Paço, ponto de encontro que deu vida nova ao centro de Curitiba

Depois de investir no restauro, o Sesc Paraná passa a administrar o Paço da Liberdade, edificação localizada no coração de Curitiba que já serviu como sede dos poderes legislativo, executivo e municipal, do Museu Paranaense e do Projeto Rondon. Mais do que um cartão-postal da capital paranaense, a revitalização do prédio representou vida nova para uma região do Centro que ficara abandonado por décadas. Ali o Sesc promove inúmeras atividades. A grande atração é o charmoso Café do Paço.

É inaugurada em Ivaiporã, no Paraná, a primeira unidade integrada do Sesc Senac de todo o Brasil.

2009 2013

1962 1966

Inaugurado em Curitiba, o 1º restaurante-escola do Brasil.

Inaugurada a Colônia de Férias do Sesc, em Caiobá.

2005

Em correspondência encaminhada ao Palácio do Planalto em março de 2005, a presidência da Fecomércio PR manifesta sua preocupação com as más condições de segurança da BR116. Demorou, mas a pressão teve efeito direto. Em 2017 as obras de duplicação, que duraram décadas, foram finalmente concluídas. Outro resultado, indireto, foi a semente plantada pelas entidades civis que se uniram pela causa. Juntas elas formaram o Fórum Permanente Futuro 10, atualmente sob a coordenação de Darci Piana. O presidente da Fecomércio PR esteve também à frente do Fórum em 2010 e 2011.

2008

Firmado acordo do Sistema S com o governo federal para ampliação das vagas e serviços gratuitos.

2016

A Fecomércio PR e o Sebrae/PR reconhecem 51 empresas com o selo Referência do Comércio. A marca é uma valorização da gestão de micro e pequenas empresas de varejo que alcançaram bons resultados graças à excelência na condução do negócio e ao bom uso de ferramentas de gestão.

Selo identifica pequenas e micro empresas do comércio que conquistam bons resultados

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AS CIDADES

As cidades do Paraná e o comércio

O Paraná passa a existir de fato a partir da criação da província em 1853, quando a Comarca de Curitiba, então pertencente à Província de São Paulo, é

Ao lado. Trecho do 1° Relatório do presidente da Província do Paraná Conselheiro Zacarias de Góes e Vasconcellos, na abertura da Assembleia Legislativa Provincial, em 15 de julho de 1854

elevada à categoria de província por meio da Lei n° 704 de 29 de agosto de 1853, assinada pelo imperador Dom Pedro II.

Instalada em 19 de dezembro de 1853, a Assembleia Provincial, sob o comando do então presidente da Província Zacarias de Góes e Vasconcellos, passa a dirigir os destinos do Paraná.

Naquele tempo, somente existiam a capital Curitiba, Paranaguá e as vilas de São José dos Pinhais, do Príncipe (Lapa), de Antonina, de Morretes, de Guaratuba, de Castro e de Guarapuava.

A economia do Paraná de então era praticamente baseada na produção da erva-mate, da madeira e de incipientes lavouras de trigo e criação de gado.

A mineração, atividade intensa durante o período em que ainda pertencia à Província de

São Paulo, já entrara em declínio. No entanto, os caminhos históricos da serra, como o Itupava e o Graciosa, ainda eram as vias de escoamento da produção, até a inauguração da ferrovia.

A economia tropeira fez desenvolver os Campos Gerais. Enriqueceu-se a região e as cidades cresceram com significativo comércio.

O Paraná passa a ganhar outros contornos geográficos e históricos, em finais do século XIX e princípio do XX, após a instauração da República, proclamada em 1889.

O café expande-se pela região Norte. A madeira é explorada em larga escala e a ocupação da região Oeste acelera-se.

Acima: Reprodução de cartão postal de 1913. Local onde hoje é o Paço da Liberdade (Acervo: Casa da Memória)

Abaixo: Aspectos da vida parnanguara. Começo do Século XX (Acervo: Sesc Paranaguá)

Abaixo e ao lado: Foto da década de 1920 de tropas de gado cruzando o rio Iguaçu (Acervo: Aimoré Arantes)

Abaixo: mapa da ProvÍncia do Paraná em 1876. Nele estão destacados os caminhos projetados para as estradas de ferro. (Acervo: Instituto de Terras, Cartografia e Geociências - ITCG)
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As regiões paranaenses, desse modo, estão ligadas intimamente às atividades comerciais. Paranaguá, no Litoral.

São José dos Pinhais e Curitiba, no Planalto Curitibano. Castro, Ponta Grossa, Palmeira e Jaguariaíva, nos Campos Gerais.

Siqueira Campos, Wenceslau Braz, Joaquim Távora, Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Cornélio Procópio no Norte Pioneiro ou Velho.

Londrina, Apucarana e Maringá, no Norte Novo. Cianorte, Campo Mourão, Paranavaí e Loanda no Norte Novíssimo.

Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Cascavel e Foz do Iguaçu, no extremo Oeste.

Pato Branco, Francisco Beltrão e Chopinzinho, no Sudoeste. Palmas, União da Vitória, Porto União, São Mateus do Sul e Irati, na região Sul.

Essas cidades aqui exemplificadas são representantes dos 399 municípios paranaenses que, de uma forma ou de outra, iniciaram suas histórias ao redor de um ponto de comércio, ou

de um ciclo econômico, gerador de uma intensa atividade comercial.

No Litoral, a busca de ouro, a preação e o comércio de índios induziram a fixação de população praticamente em toda a Baía de Paranaguá.

No Paraná dos Campos Gerais, os antigos pousos de tropeiros formaram ao longo dos anos pequenos agrupamentos populacionais que, posteriormente, transformaram-se em cidades e municípios. Depois dos municípios litorâneos eles são os mais antigos do Paraná.

Com relação ao Norte Velho ou Pioneiro, a partir da década de 1860, migrantes mineiros e, na sequência, paulistas fixaram-se neste território em busca de terras para plantar café.

Eles foram os responsáveis por toda a infraestrutura que viabilizou a colonização.

Iniciaram abrindo caminhos, estradas, construindo pontes e balsas para o transporte do café, principal produto da economia local.

As vendas — armazéns de secos e molhados — , as

máquinas de beneficiamento de café, arroz e moendas de farinhas são os representantes dos primórdios do comércio da região.

As regiões Oeste e Sudoeste podem ser incluídas nessa sequência histórica, pois sua colonização é a continuação do avanço agrícola que veremos até os anos 1960.

Na região Sul, o comércio está representado, historicamente, por vários segmentos da economia, como a pecuária, a erva-mate e a madeira. O que possibilitou esse comércio foi a implantação do sistema de navegação a vapor no Rio Iguaçu, no trecho compreendido entre Porto Amazonas e Porto Vitória.

Os vapores, quando desciam o rio, transportavam todo tipo de mercadoria; o sal, por exemplo, para o gado da região dos campos de Palmas. Quando subiam o rio, traziam madeira e, principalmente, a ervamate para ser beneficiada nos engenhos de Curitiba.

Quando alguns viajantes passaram pelo Paraná, deixaram suas impressões em textos literários que revelam a vida cotidiana e alguns aspectos do nosso comércio.

Por volta de 1820, Auguste de

Saint-Hilaire visitou algumas cidades do Paraná tradicional.

De suas observações e comentários retiramos o seguinte:

“... Castro é composta de centenas de casas que se enfileiravam ao longo de três ruas compridas. A população é constituída por alguns comerciantes, prostitutas e alguns artesãos...”.

O engenheiro inglês Tomas Plantagenet Bigg-Witter, no século XIX relata:

“...o sol já se havia deitado há muito tempo quando chegamos à distância de uma milha de Antonina... fomos bem instalados com malas e bagagem, no único hotel do lugar... Quase duas horas depois de dado o pedido, posta uma mesa para vinte pessoas, que rangia sob o peso dos pratos de carne cozida, frango, arroz e feijão preto, enquanto uma fila de garrafas, algumas com o conhecido rótulo de Bass and Co. enfeitava o centro...”.

Estes são alguns exemplos da formação das nossas cidades e do nosso comércio, ao longo de centenas de anos de história.

Formação do Norte Pioneiro, 1915, em Colônia Mineira, atual Siqueira Campos (Acervo: Museu de Hist.de Siqueira) Comércio da Av. Brasil, Maringá (Acervo Museu da Bacia do Paraná) Aspecto histórico das cidades do Norte Pioneiro Ponta Grossa, Av. Vicente Machado, 1930 Desenvolvimento de Cascavel (Acervo: Aimoré Arantes e José de Carvalho)
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Comércio Rio Itiberê, Paranaguá. Início do Século XX (Acervo: Sesc, Paranaguá)
anos trabalhando pelos empresários do comércio

OS LUGARES E AS PESSOAS

Portos marítimos e fluviais

Os portos marítimos ou fluviais foram os locais de entrada e saída de mercadorias e, ao mesmo tempo, recebiam imigrantes e migrantes para o desenvolvimento do Paraná. Antes da introdução das estradas e caminhos para o transporte de mercadorias e para o deslocamento de pessoas, tudo circulava por meio da navegação marítima e fluvial. Os portos de Antonina e de Paranaguá no século XIX eram os grandes entrepostos de comércio. Segundo Westphalen, com a abertura da estrada da Graciosa, em 1873, o comércio de erva-mate deslocou-se para Antonina; por essa época passou a ser o principal porto da Província.

Acima: Carregamento de erva-mate no início do Século XX em Paranaguá

(Acervo: Sesc Paranaguá)

Abaixo: Caixas de Erva-mate Ildefonso, uma marca paranaense, nominada em homenagem ao Barão do Serro Azul (Acervo: Casa da Memória)

Além desses, a navegação e os portos fluviais foram de extrema importância para a interiorização do comércio paranaense. Pelos rios Iguaçu, Paraná, Negro e Potinga circularam pessoas e mercadorias paranaenses. O Rio Iguaçu, por exemplo, é um marco da navegação a vapor: por ele transportram-se a erva-mate e a madeira. Os carregamentos de erva-mate vinham de Porto Vitória ao Porto Amazonas; dali desciam carregamentos de sal para suprir as invernadas de gado bovino na região dos campos de Palmas e Guarapuava. Os vapores do Iguaçu são testemunhos dessa épica história do comércio.

Os portos do Rio Paraná serviram para o comércio de madeira (a maioria das empresas transportadoras eram de capital argentino) e erva-mate. Porto Mendes, por exemplo, no século XIX e primeiras décadas do XX, é um testemunho histórico desses acontecimentos.

O porto de Barreiros, ou de Cima, em Morretes, no Rio Nhundiaquara, recebia as mercadorias que subiam o rio e depois chegavam ao planalto de Curitiba.

Caminhos, estradas e rodovias

Os primeiros caminhos históricos do Paraná são os caminhos indígenas. O colonizador europeu, já no início do século XVI, utilizou-os para adentrar a oeste. O caminho do Peabiru é um exemplo. Por ele transitaram pessoas em busca de riquezas nos Andes; logo após transformou-se em rota cultural e comercial, ligando o litoral atlântico, a partir da Ilha de Santa Catarina, passando pelo Paraná de Leste a Oeste, e chegando a Assunção. Foi utilizado intensamente para a fixação das Reduções Jesuíticas Espanholas (século XVII) e para o transporte da ervamate produzida nas reduções. Quando os portugueses foram à busca de ouro e a preação de índios no Planalto de Curitiba, intensificouse o uso dos caminhos da Serra do Mar – Itupava, Graciosa, Ambrósios, Arraial e Conceição. Nos séculos XVII e XVIII por esses caminhos eram trazidas para Curitiba as mercadorias que chegavam aos portos de Antonina e Paranaguá. Eram também as vias por onde a erva-mate chegava aos portos do litoral.

De Curitiba para o interior do Paraná o acesso era feito por meio da Estrada do Mato-Grosso (hoje Rua Comendador Araújo).

Partindo da capital até a localidade de Ferraria, passando por Campo Largo, o caminho transpunha a Escarpa Devoniana (Serra de São Luiz de Purunã) e chegava aos Campos Gerais, levando gêneros de primeiras necessidades – roupas, alimentos, equipamentos agrícolas, etc. – para as cidades do Paraná tradicional e outras regiões do Brasil.

A partir dos campos, o caminho ramificava-se e os mercadores podiam tomar tanto a direção do Mato Grosso, por exemplo, como ao norte para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Inicialmente esse caminho era percorrido a pé, depois em montaria de animais e mais tarde com os carroções introduzidos pelos imigrantes.

A estrada do Cerne, PR-090 – aberta entre as décadas de 1930 e 1940, no governo do interventor Manoel Ribas –, foi a primeira via moderna a integrar o Paraná. Por ela o transporte de mercadorias em caminhões e similares ganhou fluxo. Sua importância deve-se ao fato de que, modernamente, fazia a conexão comercial entre três importantes polos econômicos: Paranaguá, Curitiba e regiões cafeeiras do Norte Pioneiro.

Com o ciclo do café, iniciado nas primeiras décadas de 1900, no Norte do estado, foi necessário a abertura de estradas que levassem o produto até o Porto de Paranaguá. Com isso surge a Rodovia do Café, BR-376, inaugurada em 25 de julho de 1965, para o transporte da produção cafeeira do Norte. Ao mesmo tempo, permitiu a integração social, cultural e política paranaense, entre as regiões do Norte com o Paraná tradicional.

A BR-277, iniciada em 1941 como parte do programa “Marcha para o Oeste”, possibilitou o acesso da região Oeste ao Porto de Paranaguá, transpondo a Serra do Mar como uma via moderna de transporte. Foi de vital importância para a integração comercial com o extremo Oeste do estado, Foz do Iguaçu e regiões lindeiras ao Rio Paraná, assim como com a capital do Paraguai, Assunção.

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Foto da construção da Rodovia do Café (Acervo Aimoré Arantes e José Luiz de Carvalho) 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

Ferrovias

Com a ferrovia Paranaguá-Curitiba, inaugurada em 1885, pelo imperador Dom Pedro II, o Paraná passou a contar com um meio de transporte moderno para a época. Ela possibilitou um maior fluxo comercial e aumento significativo no escoamento da produção paranaense e da importação de mercadorias.

A ferrovia Guaíra — Porto Mendes, inaugurada em 1910, é um marco no comércio paranaense. Por ela a Companhia Mate Laranjeiras transpunha o Salto das Sete Quedas com carregamentos de ervamate e madeira de lei, que eram comercializados nos portos argentinos e uruguaios na foz do Rio da Prata. Posteriormente foi utilizada para o transporte de turistas que vinham conhecer as Sete Quedas e iam até Foz do Iguaçu para visitar as Cataratas.

Antes das rodovias, nas principais cidades e localidades paranaenses, a ferrovia fez-se presente.

Os ramais Curitiba — Ponta Grossa (Estrada de Ferro do Paraná), São Paulo – Rio Grande, Ourinhos –Cianorte (Ramal Paranapanema) e Ponta Grossa –Ourinhos, Ponta Grossa – Guarapuava, Guarapuava

– Cascavel (Ferroeste) são testemunhos da importância da ferrovia na economia e na integração do Paraná.

Rodoviárias e ferroviárias

Tanto na capital quanto nas cidades do interior, são locais importantes de concentração de comércio, circulação de pessoas e negócios. Nesses, nos primeiros tempos das cidades paranaenses, as pessoas encontravam-se e faziam negócios.

Os migrantes que vieram para o Norte do Paraná trabalhar nas lavouras de café encontravam-se nas rodoviárias e ferroviárias. Era por meio delas que tinham o primeiro contato com o novo lar.

Fazendas e sítios

A partir do século XVI, predominou o comércio extrativista das Capitanias Hereditárias, na faixa litorânea. Principalmente a extração da madeira, especiarias e já uma incipiente mineração. Com o surgimento dos engenhos, o Paraná, então Capitania de Sant’ Anna, passa a ter um papel importante na produção e comercialização de alimentos para a Coroa Portuguesa. No século XIX, saíam dos nossos portos produtos como arroz, farinha e erva-mate.

Com a atividade tropeira, entre os séculos XVIII e XIX, nos Campos Gerais — caminho natural das tropas que vinham do Sul — surgiram as grandes fazendas de invernadas de muares e gado bovino: como a Fazenda Capão Alto, requerida como Sesmaria por Pedro Taques de Almeida, em 1704, até tornar-se fazenda.

Com a introdução da lavoura cafeeira no Norte Pioneiro, no fim do século XIX, surgem as fazendas de café, nas regiões dos atuais municípios de Jacarezinho, Siqueira Campos, Joaquim Távora, Wenceslau Bráz e outros.

Após a concessão à Companhia Inglesa Paraná Plantations, surgem os sítios, em função dos loteamentos feitos pelos ingleses e vendidos aos pioneiros: migrantes nordestinos, mineiros,

Acima: Corte da cana, Morretes (Acervo: Aimoré Arantes, José L.de Carvalho)

À direita: Sítio Norte do Paraná (Acervo: Museu Histórico de Siqueira Campos)

Abaixo: O café, riqueza do Norte do Paraná (Acervo: Associação Comercial e Industrial de Londrina - ACIL)

paulistas, entre outros, e novos imigrantes que vieram para a região (alemães, espanhóis, italianos, japoneses, árabes etc.).

No Oeste paranaense, no decorrer do século XX, estabelecem-se colônias de migrantes sulriograndenses e catarinenses, em busca de novas terras para plantio e criação de animais.

Com o avanço da monocultura da soja, do trigo e do café e da criação extensiva de gado bovino, e a crescente industrialização do campo, a partir da década de 1960, todo o território paranaense é ocupado e o estado torna-se definitivamente agroindustrial, com larga produção para exportação.

Estação rodoviária de Londrina (Acervo da Associação Comercial e Industrial de Londrina-ACIL) Estação Colônia Mineira (Acervo do Museu de História de Siqueira Campos) Antiga Estação Rodoviária de Maringá (Acervo do Museu da Bacia do Paraná) Estação ferroviária de Londrina (Acervo da Associação Comercial e Industrial de Londrina-ACIL)
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comércio

Shoppings e lojas

No início da década de 1980, começaram a aparecer os shoppings nas grandes cidades. O primeiro shopping do Paraná é o Shopping Pinhais, instalado na Região Metropolitana de Curitiba em 1981.

Os shoppings tornaram-se os grandes centros de vendas no varejo. Concentrando lojas dos mais diversos ramos e outros serviços, acabaram por tornar deprimidas antigas áreas tradicionais de comércio das grandes cidades.

Na área cultural, atividades como os cinemas foram, aos poucos, concentrando-se nos shoppings. Com isso, antigas e tradicionais salas de cinema de cidades como Curitiba, Londrina e Maringá desapareceram para dar lugar às sofisticadas salas dos shoppings

Ruas e praças

Em todas as cidades, distritos e vilas do Paraná são comuns ruas ou praças onde os estabelecimentos comerciais se fazem mais presentes do que em outros locais. Em cidades erigidas nos tempos do Brasil Colônia como o Rio de Janeiro, Curitiba e Recife, por exemplo, existem ruas denominadas “do comércio”. Essas vias concentravam todo tipo de negócio. As praças também são locais de compra e venda de objetos, animais domésticos e até automóveis e caminhões. No Norte do Paraná, em Cornélio Procópio, mais precisamente, existia a “pedra”; determinado local onde é realizado um tipo de comércio que chega a ser uma espécie de escambo. A troca de um relógio por uma cabrita, meia dúzia de galinhas D’Angola ou mesmo de um rádio a pilha por um fogão seminovo são negócios que só se fazem nesses locais.

Loja Americana, em Cascavel (Acervo: Sesc Cascavel) Concessionária de Veículos Casagrande, em Cascavel (Acervo: Sesc, Cascavel) Acima: a Feira dos Retalhos, em Londrina (Acervo: Museu Histórico de Londrina) Hotel Apolo, em Cascavel (Acervo: Sesc Cascavel) Av. Paraná, em Londrina, no ano de 1949 (Acervo: Sesc Londrina)
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Rua José Bonifácio em Curitiba. À direita, fachada da Ferragens Hauer, no ano de 1904 (Acervo: Casa da Memória) 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

Na Curitiba da metade do século XIX, até bem pouco tempo atrás, a Rua XV de Novembro transformou-se na principal via pública da cidade e endereço de todo tipo de lojas, comércio de secos e molhados, agências bancárias, e dos Correios, entre outros. Atualmente esse variado comércio está espalhado no seu entorno.

De Paranaguá a Santa Helena, de São Mateus do Sul a Bela Vista do Paraíso, essas ruas e praças fazem parte do dia a dia das cidades e dos seus habitantes. São locais onde as pessoas encontram-se, pois são marcos referenciais para

aqueles que chegam e não conhecem a cidade; para todos, enfim, que procuram um local certo e conhecido para fazer suas compras.

Ruas e praças são importantes estruturas urbanas. Algumas delas são referências no desenvolvimento e no caráter cultural do comércio. A maioria das grandes cidades paranaenses tem suas ruas de comércio. São lugares onde se encontravam, e se encontram, um número muito grande de empresas, que movimentam um volume significativo de negócios.

Mercados e feiras

Mercados e feiras são os locais de comércio mais antigos que a ciência da história nos revela. Encontramos referências na história antiga, passando pela medieval até os tempos atuais. Os mercados municipais são espaços de comércio, geralmente administrados pelo poder público, com a finalidade de proporcionar à população uma variedade de produtos em um só local. Com relação às feiras a situação legal é a mesma, mas a alternância de local – ruas ou avenidas – a cada dia, transforma-as em um comércio democrático. Sua itinerância tem a finalidade de levar aos bairros e vilas os produtos para serem comercializados junto à população. São locais formidáveis para as compras da semana, como frutas e verduras de época, peixes, embutidos e queijos frescos. Além disso, é o ponto de encontro semanal dos amigos e parentes. É onde saboreamos aqueles pastéis formidáveis com um caldo-de-cana bem gelado, compramos presentes de última hora e quinquilharias “Made in China”.

Com a crescente urbanização e a organização do comércio em centros distribuidores concentrados, os mercados municipais e as feiras ganharam cada vez mais importância. Quase todos os centros urbanos possuem seus mercados municipais e suas feiras. Onde pode ser encontrado todo tipo de produto, com especial relevância aos produtos regionais. As pequenas feiras urbanas vendem alimentos e outros produtos e distribuem-se semanalmente pelos bairros.

Ocorrem, porém, as grandes feiras comerciais por todo o Paraná, como as feiras de gado, por exemplo. Nestas acontecem volumosos negócios, gerando oportunidades para compradores, vendedores e dinamizando o comércio, não só regional, como nacional e internacional.

Rua Comendador Araújo, em Curitiba, em 1913 (Acervo: Casa da Memória) Av. Rio de Janeiro, em Londrina (Acervo: Museu Histórico de Londrina) Cambé, Norte do Paraná (Acervo: Aimoré Arantes e José Luiz de Carvalho)
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Antigo mercado do peixe, em Paranaguá (Acervo: Sesc Paranaguá)
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Igrejas, capelas, paços e largos municipais

Os paços e largos municipais eram lugares onde geralmente encontravam-se o mercado, a feira principal da cidade, e a sede da administração municipal. Para esses lugares, os produtores rurais levavam seus produtos para a venda.

O Largo da Ordem em Curitiba é um remanescente desse tipo de estrutura urbana. Os imigrantes, com seus carroções, concentravam-se no largo para comercializar e trocar seus produtos.

Armazéns, mercearias e vendas

Mais do que local de comércio, os armazéns de secos e molhados, as mercearias e vendas são pontos de referência dentro de núcleos populacionais, sejam eles grandes ou pequenos. Comércios de suprimentos de primeira necessidade foram os grandes aliados das famílias: a venda em “fiado”, na qual a compra era anotada em “cadernetas”, proporcionava tudo que as famílias necessitavam para passar o mês e, às vezes, o ano. Na Curitiba dos imigrantes europeus, esses estabelecimentos chamavamse armazéns. No Norte, dos migrantes paulistas e mineiros, era a popular “venda”.

Esse tipo de comércio ainda sobrevive nos bairros menos favorecidos pela infraestrutura urbana, nas vilas e distritos mais distantes das

cidades. O trabalhador antes de chegar a sua casa para o repouso diário passa no armazém, mercearia ou bodega, para beber um trago de aguardente, comprar um salgado para o almoço do dia seguinte. Em muitos, ainda existe a velha “caderneta”.

Nas “vendas” da região Norte, os sitiantes, compravam querosene para as lamparinas, sal e açúcar cristal, pois o resto era produzido no próprio sítio. Em todas as colônias localizadas ao redor de Curitiba, ou mesmo nos municípios que receberam imigrantes europeus a partir do século XIX, instalou-se um armazém colonial com as mesmas características e com as mesmas finalidades; ou seja, suprir as populações ao seu redor.

Hidrelétricas

A necessidade de energia para atender a economia do país e dar conforto à população, fez com que o Brasil investisse grandes volumes de recursos em infraestrutura. As hidrelétricas tornaram-se fundamentais para nosso desenvolvimento energético. Os parques industriais, o comércio e os lares de cada brasileiro dependem da energia elétrica. No Paraná, as hidrelétricas são importantes para movimentar o comércio. A monumental Hidrelétrica Binacional de Itaipu teve sua construção iniciada em 1971 pelo Brasil e Paraguai. Aproveitando o grande potencial do Rio Paraná, Itaipu tornou-se um marco do nosso desenvolvimento. São importantes ainda as

usinas do Rio Iguaçu, como Foz do Areia, Salto Caxias, Salto Santiago e Salto Osório. Sem a energia elétrica, toda nossa riqueza industrial e comercial estaria comprometida.

Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (Acervo: Aimoré Arantes) À direita: Construção da torre do campanário da igreja do Campo Comprido, década de 1940. (Acervo: Maria José Piana) Acima: Catedral de Maringá (Acervo: Museu da Bacia do Paraná) Ao lado: Igreja de São Benedito. (Acervo: Sesc, Paranaguá)
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Armazém da Família Dembiski, na década de 1930, em Curitiba (Acervo: Casa da Memória)
anos trabalhando pelos empresários do comércio

Bares e cafés

Os bares são estruturas geralmente urbanas. Cada bar possui sua característica própria e é o ponto de encontro de grupos de amigos que vêm relaxar e conversar sobre coisas de interesse comum.

Cada um possui sua própria identidade e, muitas vezes, um cardápio específico que só se encontra ali. Por exemplo, o antigo Bar Palmeiras, em Cornélio Procópio, era totalmente decorado com pôsteres, cartazes, bandeiras e flâmulas do clube de futebol Sociedade Esportiva Palmeiras. Ali servia-se melhor ao torcedor palmeirense do que a qualquer outro cidadão.

O bar é uma cena típica curitibana. O poeta Paulo Leminski cunhou, por exemplo, o seguinte verso:

“Curitiba não tem mar, tem bar.” Bares como o bar do Hamilton, com sua famosa dobradinha das sextas-feiras, o Bar do Pudim, ponto de encontro de amigos inseparáveis, o Bar Toca da Onça, com

seu cardápio de frutos do mar. Há também o Bar do Hermes, o Bar do Alemão, o Stuart, o Saccy, o Cachorro Quente na Rua das Flores, o Sal Grosso e o Bar do Maneco.

Recuando um pouco mais na história paranaense, temos os famosos cafés. Locais de encontro de intelectuais, políticos. Geralmente localizados em ruas de grande concentração de pessoas e locais de manifestação espontânea do povo. Esses cafés, a partir da década de 1970, concentramse, geralmente, nos famosos calçadões.

No calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba, temos a famosa Boca Maldita. Ponto de encontro de amigos e local de manifestações políticas e artísticas, sempre com os seus famosos cafés. Com infraestrutura de lojas, livrarias, tabacarias etc.

Nos calçadões de Londrina e Maringá, encontramse vários bares, cafés, cinemas, livrarias, tabacarias, bancas de jornal, entre outros. Ali as pessoas reúnem-se, à busca de lazer e também para compartilhar bons momentos da vida. Os cafés empregam hoje gente especializada nesse tipo de gastronomia. São os baristas. O Senac possui cursos destinados a formar esses profissionais.

À direita: Armazém Basso, em Curitiba (Acervo: Fernando Basso Gasparin) Abaixo: Casa Vermelha, de Tavarnaro & Henrique. Fundada em 1916, atuava no ramo de secos e molhados (Acervo: Museu Histórico de Siqueira Campos) À direita: Fachada do açougue Schrckemberger, em Ponta Grossa, na década de 1920 (Acervo: Sesc Ponta Grossa)
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Bar Oeste, em Cascavel (Acervo: Sesc, Cascavel) Café Brazil, em Curitiba, na década de 1920 (Acervo: Casa da Memória)

Fábricas e indústrias

Entre os primeiros complexos fabris do Paraná, estão os engenhos do litoral. As fábricas de telhas e tijolos foram importantes para o crescimento do estado. As fábricas de barricas aparecem em decorrência da madeira e da erva-mate. As indústrias de chimarrão e chá-mate estão entre as primeiras do estado.

O primeiro parque gráfico do Paraná aparece em 1853, com a fundação do Jornal XIX de Dezembro. Com os grandes ciclos da madeira, nos séculos XIX e XX, são instaladas as serrarias.

Com os imigrantes, surgem novas atividades fabris e industriais, como o açúcar, as cervejarias, os alimentos e as fundições.

Com o desenvolvimento do estado, a partir da década de 1950, surgem as indústrias multinacionais, como as que processam café, soja e trigo. Com a introdução do manejo do bicho-da-seda são instaladas novas unidades produtivas.

A intensa atividade de criação e abate de animais fez surgir os grandes complexos frigoríficos do Paraná, como o Frigorífico Matarazzo, em 1917, na cidade de Jaguariaíva.

Com a implantação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e a Cidade Industrial de Araucária (CIAR), no início da década de 1970, surgem os modernos complexos industriais: químicos, petroquímicos, automotivos, alimentos, papel e celulose, processamento de grãos, entre outros. Completando o ciclo, surgem novas indústrias de automóvel, peças e alimentos, a partir da década de 1990.

O comércio intensificou-se no Paraná nos séculos XIX e XX. Paranaguá pode ser considerada o primeiro grande centro comercial do Paraná e principal núcleo urbano, antes da criação da Província do Paraná e do estabelecimento de Curitiba como capital.

Desse modo, em Paranaguá existiram empresas e negócios comerciais dos mais antigos do estado. Em 1848, por exemplo, Miguel José Gomes Veiga já possuía estabelecimento comercial na cidade, negócio que mais tarde daria origem à empresa Alberto Veiga & Cia. Ltda.

A partir de 1853, Curitiba desenvolve-se e aparecem inúmeros estabelecimentos comerciais nos mais diversos ramos, geridos, em geral, pelos imigrantes, como a Casa Porcellana, de razão social Schmidlin, Tamm & Cia., que comercializava produtos importados da Alemanha. Cristais, porcelanas, objetos de decoração etc. Casa Hauer, no ramo de ferragens, estabelecida em 1884; Casa Vermelha, fundada em 1916, no ramo de secos e molhados e ferragens; Bazar da Turquia, casa inaugurada em 7 de novembro de 1895, com o ramo de fazendas, armarinhos e moda em geral; Casa Glaser, que no ano de 1887 estabeleceu-se à Rua do Mato Grosso nº 7, hoje Rua Comendador Araújo. Em 1720, com o crescimento da cidade, o Ouvidor Pardinho instituiu as primeiras normas urbanísticas. A atual Rua das Flores foi o local onde instalaram-se importantes estabelecimentos comerciais. Em 1846, foi calçada, implantaramse os primeiros lampiões para iluminação. Em 1880, passou a chamar-se Rua da Imperatriz, uma homenagem à visita imperial ao Paraná. Em 1889, virou Rua XV de Novembro, homenagem à Proclamação da República. Em 1972, a Rua das Flores é calçada com petit-pavê, da Avenida Luís Xavier e Rua XV de Novembro, da Praça Osório até a Rua Presidente Faria.

Por ser um patrimônio paisagístico da cidade, e importante testemunho do desenvolvimento econômico e cultural, foi tombada pelo Patrimônio Histórico do estado, em 11 de março de 1974. Ponta Grossa, Castro, Jaguariaíva, Lapa, Palmeira estão entre as cidades com antigos comércios, em função do ciclo tropeiro que desenvolveu a região. Outras, como União da Vitória, São Mateus do Sul e Porto Amazonas desenvolveram importante atividade comercial, em razão do comércio de mercadorias transportadas pela frota de vapores que navegavam pelo Rio Iguaçu.

Cidades como Palmas e Guarapuava desenvolveram-se inicialmente como regiões de criação de gado bovino e muares. Guarapuava, por exemplo, já na segunda década de 1800, era um centro produtor e distribuidor de muares em larga escala. Além disso, foi região de extração de madeira e ainda hoje de intensa produção ervateira.

É somente a partir das décadas de 1920 e 1930, com a fundação de cidades, e outros tipos de núcleos populacionais no Norte, Oeste e Extremo Oeste paranaense, que essas regiões começam a crescer e a desenvolver um comércio local significativo.

Corte do pinheiro, em Curitiba (Acervo: Casa da Memória) Fábrica de erva-mate, em Ponta Grossa (Acervo: Sesc Ponta Grossa) Fábrica de Pianos Essenfelder, em Curitiba (Acervo: Casa da Memória)
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Comércio em Paranaguá, na década de 1910 (Acervo: Sesc, Paranaguá)
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PRODUTOS E COMÉRCIO DO PARANÁ

Século XVI

- No Paraná português litorâneo: exploração das minas e comércio do ouro e outros minerais para enriquecer a Coroa Portuguesa.

- No Oeste, na Província do Guairá: exploração e comércio da erva-mate e do índio como mão de obra escrava.

Século XVII

- Na costa: os portugueses conquistam o planalto de Curitiba e continua a exploração das minas. Eleodoro Ébano Pereira é o administrador das minas, em 1639.

- No Oeste: Início do cultivo de milho e mandioca e da criação do gado bovino.

Século XVIII

- No litoral: Paranaguá já é conhecida como grande produtora de farinha de mandioca, que atendia a todo o consumo do Rio de Janeiro e da Colônia de Sacramento. O Porto de Paranaguá já é um dos mais importantes do país. Mantém relações comerciais com os portos de Santos, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Início do cultivo, beneficiamento e exportação do arroz.

- No Planalto de Curitiba: introdução do gado bovino e cavalar vindo do litoral, que era exportado para as minas de Cataguases, em Minas Gerais.

- Nos Campos Gerais: desenvolvimento do comércio das tropas que vinham dos campos do Sul do país. Surgimento das grandes fazendas e das cidades dos Campos Gerais.

Século XIX

- Unificação do Paraná com a emancipação política em 1853. A 5ª Comarca de São Paulo torna-se a mais nova Província do Império do Brasil.

- No litoral: madeiras eram exportadas, através do Porto de Paranaguá para o Porto de Montevidéu, no Uruguai. Carregamentos de arroz eram exportados para o Porto de Buenos Aires.

- No Planalto: a erva-mate ganha impulso. Surgem os engenhos, os soques hidráulicos e a produção em série. Em torno de 1830, 70% das exportações eram de erva-mate. No fim do século, os engenhos espalham-se e Curitiba torna-se a capital do mate. A atual Rua Comendador Araújo, antiga Estrada do Mato Grosso, em Curitiba, era o principal local de residência dos “Barões do Mate”.

- Em 17 de dezembro de 1882, Amazonas de Araújo Marcondes iniciou a navegação a vapor no Rio Iguaçu, lançando às águas o Vapor Cruzeiro e dando início a uma das maiores sagas do comércio do Paraná: a navegação comercial e de passageiros pelo Rio Iguaçu.

- A Alfândega de Paranaguá, em 1877, é instalada no antigo Colégio dos Jesuítas.

- O Mercado de Curitiba é inaugurado em 1874. Estabelece-se a comunicação por linha telegráfica com a capital do Império, Rio de Janeiro, e outros pontos do país. Surge a iluminação pública a querosene.

- Surgem com os imigrantes as casas comerciais, as cervejarias, as fundições e as olarias, principalmente em Curitiba e cidades do Paraná tradicional.

À esquerda: Balas e bolachas da marca

Preciosa

(Foto: Nilson Santana)

À direita: Café

Piraquara

(Foto: Nilson Santana)

Produtos Lucinda: Biscoitos, Chimarrão Cysne e Gasosa Cine (Fotos: Nilson Santana)
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Século XX

- A erva-mate firma-se como o principal produto da economia paranaense. Sendo somente superada pelo café, na segunda metade do século.

- Em 1929, São Mateus do Sul foi escolhida para a instalação da Agência da Capitania dos Portos de Paranaguá, para regular a navegação fluvial dos vapores no Rio Iguaçu entre Porto Amazonas, Rio Negro e União da Vitória. O último registro da navegação a vapor ocorreu em 11 de julho de 1963, com o Vapor Sara, que tinha como comandante Jorge Dias de Brito.

- O comércio varejista expande-se, concentrando-

se nas mãos das tradicionais famílias de imigrantes.

- A indústria e o comércio de leite e derivados intensificam-se.

- A economia do café expande-se no Norte do Paraná. Surgem novas cidades com grande atividade comercial, como Siqueira Campos, Bandeirantes, Londrina, Maringá, Apucarana, Cornélio Procópio e Cianorte. O café tornase o grande produto da economia paranaense, superando a erva-mate como principal produto de exportação.

- Entre 1949 e 1953, são plantados mais de 130 milhões de pés de café no Paraná. Em 1952, é criado o Instituto Brasileiro do Café (IBC), com

a finalidade de executar políticas de produção e comércio do café. Em 1960, o Brasil atinge a marca de 4,2 bilhões de pés de café plantados, numa área de 4,9 milhões de hectares. O Paraná torna-se o maior produtor nacional.

- Com a geada negra de 1975, inclusive com neve em Curitiba, a região cafeeira do Paraná entrou em declínio. Os prejuízos foram estimatos entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões.

- A indústria madeireira cresce, conforme o avanço para o Oeste e a ocupação da terra para a lavoura extensiva. O Rio Paraná tornase escoadouro de madeira de lei, oriundas das florestas paranaenses, sobretudo através dos portos uruguaios e argentinos da Bacia do Prata.

- A agricultura, a pecuária e a industrialização intensificam-se. O Paraná torna-se um dos

maiores produtores de grãos e gado bovino do Brasil.

- Os portos marítimos são modernizados. Rodovias modernas são construídas para escoamento da produção paranaense. A malha ferroviária é ampliada.

- Com o crescimento econômico e a demanda por energia, são construídas as modernas hidrelétricas, como a Usina de Guaricana, no Rio Arraial, em Guaratuba, em 1957, e as modernas usinas do Rio Iguaçu e do Rio Paraná.

- Com o desenvolvimento de Curitiba, a captação, tratamento e distribuição da água modernizam-se. São extintos os comerciantes de água potável que, com carroções, vendiam de porta em porta.

- São criados os Parques Industriais, como a, Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Acima: Rótulo do Chimarrão Gaúcho (Foto: Nilson Santana)

Ao lado: Matte Ildefonso (Foto: Nilson Santana)

Abaixo: Caixa de Charutos Amorosos (Foto: Nilson Santana)

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Máquina de calcular (Acervo: Família Glaser. Foto: Nilson Santana)

AS PESSOAS E A CULTURA

Os primeiros trabalhadores

Os primeiros trabalhadores, de fato, na história do Paraná foram os indígenas e os negros. No Oeste paranaense, território então espanhol, estabeleceram-se as Reduções Jesuíticas, na então Província Del Guairá, criada em 1608. Já em 1610 existiam cerca de 13 reduções, espalhadas às margens dos rios Tibagi, Paranapanema, Iguaçu e Paraná, comandadas por padres jesuítas. Nessas, os índios, em sua maioria guaranis catequizados, trabalhavam em lavouras, pecuária e nos ervais. Faziam a colheita e o manejo da erva-mate, que era negociada pelos jesuítas e chegava até o comércio do Rio da Prata. Nas reduções, aprendiam-se também diversos ofícios; eram os índios excelentes tecelões, carpinteiros, pintores, ferreiros, fundidores.

Mas eles foram importantes também no trabalho nas minas de Paranaguá. Em 1651, por exemplo, quando Pedro de Souza Pereira, provedor da Fazenda do Rio de Janeiro, foi nomeado administrador das minas de Paranaguá; este ordenou à Câmara e ao Capitão-mor de São Paulo que enviassem índios para o trabalho nas minas:

O historiador Antonio Vieira dos Santos assinala que numa ocasião, em 1659, o governo do Rio de Janeiro deu ordem para que todos os índios trabalhadores das minas retornassem às aldeias.

Os moradores, liderados por Gabriel de Lara, fizeram ver que a terra ficaria desabitada sem os índios e sem quem pudesse trabalhar nas minas. Ademais, nas imediações do porto aberto, embarcações holandesas poderiam invadir a vila.

Diz Antonio Vieira dos Santos:

faziam contra os “bugres” que lhes atacavam as fazendas. Nas fazendas, criou-se uma economia própria, quase autárquica; produziam quase tudo que precisam e geravam um comércio local quase independente dos produtos externos. Ovelhas eram criadas para fornecer lã, para vestuário, abrigos e peças de arreios.

Tinham somente o gado vacum e os cavalos como os principais produtos de exportação. Os rebanhos de bois criados para o comércio eram destinados aos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Fazendas de Castro e Guarapuava enviavam gado vacum também para o Rio Grande do Sul, e cavalos, em geral, criados nas fazendas dos campos de Guarapuava.

Tanto que se gerava uma maior mão de obra na subsistência da fazenda, do que nos animais para exportação. Em 1798, respondendo ao Capitão-General, a Câmara de Castro dizia que artigos europeus seriam “de serventia”, mas de necessidade somente “o aço e o sal”

Toda essa autonomia econômica e comercial tinha como artífices o escravo negro e o índio: havia escravos negros oficiais de carpinteiro, sapateiro, alfaiate, roupeiros, cozinheiros, arrieiros, domadores e campeiros. Moysés Marcondes, na biografia dos seus antepassados, diz:

famílias de 1795 a 1870 são arrolados, por exemplo: machados, enxadas, enxadões, facas, cavadeiras, martelos, torquazes, formões, planas, serrotes, bigornas, rodas de fiar, teares de tecer panos com todos os utensílios, rodas de moinho, cangas, selas, cangalhas, bruacas etc.

Nos Autos de Inventário da Fazenda Jaguariaíva, citado no compêndio História do Paraná, editado pela Grafipar, em 1969, encontramos a seguinte informação: em 1795 havia 25 escravos, 11 gentios de guerra e 13 negros, entre crioulos e de nação (nascidos no Brasil) e 1.346 cabeças de gado; e, em 1842, 44 escravos e 2.827 cabeças de gado. Isso mostra a importância do negro nas fazendas e em sua economia. Por essa época, cidades como Castro, Ponta Grossa, Guarapuava, Lapa, e outras despontavam como cidades de intensa atividade comercial, enriquecidas pelo ciclo tropeiro e a riqueza das fazendas; que já começavam a entrar em decadência.

Com o advento da escravidão africana, a partir da terceira década de 1500, os negros passaram a ser a mais importante mão de obra para a produção. Foram imprescindíveis, sobretudo, nos engenhos do litoral, na produção de cachaça e no manejo das tropas nas fazendas dos Campos Gerais.

As fazendas dos Campos Gerais, por exemplo, desenvolveram-se em função do ciclo tropeiro.

Nessas todos os ofícios eram feitos por negros, ou índios, conhecidos como gentios de guerra, capturados pelos fazendeiros em investidas que

Para se ter uma ideia da economia autárquica fazendeira dos Campos Gerais, em inventários de

Com isso, as casas comerciais das cidades passaram a ser as grandes fornecedoras de gêneros dos mais diversos para as fazendas, além de atender às vilas crescentes. A indústria artesanal das fazendas, sobretudo tecidos de lã eram vendidos nessas casas comerciais. Em 1857, no Relatório do Presidente da Província, o tenente de engenheiros Souza Pitanga fazia as seguintes e preciosas anotações sobre Ponta Grossa:

E continua falando também sobre Campo Largo, diz:

FECOMÉRCIO PR 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

Em 1871, uma casa comercial de Castro, conforme consta do inventário, forneceu à Fazenda Jaguariaíva uma longa lista de produtos, entre esses medicamentos, óleo de cacau, cânfora, sal amargo, sabão medicinal, tecidos (algodão enfestado, chita de Londres, morin francês, cortes de vestidos de lã e seda, colcha de chita etc.), além de barricas de aguardente, latas de azeitona, garrafas de cerveja branca, lampiões de querosene, calças e camisas etc. Gradualmente o comércio urbano se desenvolvia, para atingir o auge no século XX em todo o Paraná.

Imigrantes e migrantes dos séculos XIX e XX

Os imigrantes começaram a chegar à primeira metade do século XIX. Inúmeras colônias foram fundadas, como a de Rio Negro com a chegada dos alemães em 1829. No Paraná, foram formadas em torno de 116 colônias de imigrantes, espalhadas pelo Planalto de Curitiba, litoral, região Sul e Campos Gerais. Milhares de imigrantes acorrem ao Paraná, entre 1829 e 1911, com a política imigrantista brasileira. Eles foram importantes na introdução de novas técnicas de cultivo e de novos negócios, principalmente na capital Curitiba; mas também nos núcleos distantes da capital ajudaram a desenvolver muito o comércio local.

Os imigrantes de origem germânica, alemães, suíços, austríacos, entre outros, foram os primeiros a se estabelecerem nos centros urbanos e seus arredores. Em Curitiba, no século XIX e nas primeiras décadas do XX, eram donos de casas comerciais especializadas em ferragens, louças e artigos domésticos, armamentos, instrumentos agrícolas, relojoarias e leiterias como a da Família Schaffer, com prédio localizado na Rua XV de Novembro.

Os portugueses foram importantes comerciantes do ramo de panificação. No comércio de

Alguns importantes núcleos coloniais

1829 – Rio Negro – alemães.

1852 – Guaraqueçaba – Ilha do Superagüi franceses.

1860 – Cerro Azul – Colônia Açungui – ingleses, franceses, italianos, alemães e outros.

1869 – Curitiba – Colônia Argelina – franceses da Argélia, alemães, suíços, ingleses e italianos.

1870 – Curitiba – Pilarzinho – poloneses, alemães e italianos.

1873 – Curitiba – Abranches – poloneses e alemães.

1875 – Paranaguá – Alexandra – italianos.

colônias – alemães do Volga.

1890 – São Mateus do Sul – Diversas colônias –poloneses.

1892 – União da Vitória – Colônias General Carneiro, Antonio Candido e Alberto Abreu –poloneses e ucranianos.

1896 – Prudentópolis – vários núcleos –ucranianos, poloneses, alemães e outros.

1908 – Irati — Colônia Gonçalves Junior –alemães, poloneses, ucranianos e holandeses.

1911 – Castro – Colônia Carambeí– holandeses.

confecções imigrantes árabes, armênios, tidos como os turcos, concentraram-se nas principais ruas das cidades paranaenses com suas lojas de roupas, calçados e armarinhos. Em Curitiba, a partir da década de 1940, o entorno da Praça Generoso Marques passou a ser conhecido como Pequena Turquia, tão grande a presença desses comerciantes.

Em princípios do século XX, o comércio paranaense expande-se, com o café e a agropecuária no Oeste e Sudoeste. Esse fenômeno provocou uma intensa migração, com famílias que vieram de Minas Gerais, São Paulo, Nordeste, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ocorreu, também, a vinda de novos imigrantes para novas áreas de colonização do Paraná, como espanhóis, japoneses, alemães e outros. Com esse fenômeno econômico, surgiram cidades como Siqueira Campos, Londrina, Cornélio Procópio, Maringá, Campo Mourão, Assaí e outras. Essas cidades, em sua grande maioria planejadas, por meio da ação governamental de ocupação e desenvolvimento econômico executada pelas companhias colonizadoras, como Londrina, década de 1930; Maringá, em 1940; Cianorte, em 1950 e, Umuarama, em 1960.

1876 – Curitiba – Santo Inácio – poloneses, silesianos e galicianos.

1876 – Araucária – Colônia Tomaz Coelho –poloneses, galicianos e silesianos.

1877 – Antonina – Colônia Zulmira – Italianos.

1877 – Morretes – Colônia Nova Itália – italianos.

1878 – São José dos Pinhais – Colônia Muricy –poloneses e italianos.

1878 – Curitiba – Santa Felicidade – italianos.

1878 – Ponta Grossa, Palmeira e Lapa – Diversas

Conflitos sociais e o comércio

Alguns conflitos importantes da nossa história estão ligados ao comércio, como a Revolta do Vintém, Guerra do Pente, a Guerra da Carne, a Revolta de Porecatu, a Revolta dos Colonos, o Contestado.

A Revolta do Vintém é um dos primeiros conflitos ligados ao comércio de que se tem notícia. O comércio do Paraná resolve posicionar-se contrário a um novo imposto criado em 1879, o Imposto de Patente. As classes comerciais se uniram e se recusaram a aceitar o novo imposto. O Presidente da Província à época, Dr. Carlos Augusto de

Carvalho, manda as tropas do exército e da polícia ficarem de prontidão. Há confrontos entre comerciantes e as forças policiais em 30 de março de 1879, inclusive com tiroteios e mortes.

Com a intervenção de Manoel Eufrásio Correia, o comércio abriu as portas; porém, com uma insatisfação geral dos comerciantes. Houve ataques, inclusive a então Tesouraria da Fazenda. Em 1883, novamente, os ânimos recrudesceram, pois os comerciantes negavam-se a mostrar os livros contábeis ao fisco. Em toda a Província do Paraná, houve protestos e o comércio fechou.

FECOMÉRCIO PR 70
Grupo de imigrantes italianos no Campo Comprido, em Curitiba (Acervo: Maria José Piana) anos trabalhando pelos empresários do comércio

Combates ocorreram nas ruas, mortes foram causadas pela polícia. Forças do exército são deslocadas do Rio de Janeiro para combater os comerciantes.

Entre 2 e 6 de abril de 1883, forças do 1º, 7º e 10º Batalhões do Exército desembarcam em Paranaguá a bordo da Corveta Amazonas, para pacificar Curitiba e conter os protestos. Quando essas forças chegam a Curitiba, em 6 de abril, a cidade e a Província já estavam pacificadas. A Revolta do Vintém teve consequências decisivas sobre os destinos do comércio, uma vez que, a partir dela, tem-se início a associação classista de comerciantes.

A Guerra do Pente ocorreu em Curitiba em 1959 em razão de um desentendimento entre um policial militar e um comerciante de origem árabe. O conflito eclodiu porque o comerciante se negou a fornecer uma nota fiscal referente à compra de um pente.

O então governador Moysés Lupion lançou uma campanha para aumento da arrecadação tributária; o lema era: “Seu Talão Vale um Milhão”. Os cidadãos poderiam juntar comprovantes fiscais de compra e trocar por um cupom com direito a sorteio de um prêmio.

Motivado pela campanha, em dezembro de 1959, o subtenente da Polícia Militar Haroldo Tavares entrou no Bazar Centenário da Praça Tiradentes, de propriedade do comerciante sírio Hermede Najar. Depois de comprar um pente, que achou caro por 15 cruzeiros, solicitou nota fiscal. Após discussão porque o comerciante se negou a emitir a nota, os dois entraram em luta; ajudado por outros dois sírios o policial saiu ferido e com a perna quebrada. Os populares que assistiam às cenas se revoltaram e começaram a atirar

pedras na loja, outros uniram-se ao protesto e a loja foi depredada.

A revolta cresceu e os populares começaram a depredar todas as lojas. Houve quebra-quebra nas ruas XV de Novembro, Marechal Floriano, Marechal Deodoro e nas praças Osório e Rui Barbosa. Nos enfrentamentos com a polícia, houve vários feridos e somente com a intervenção do exército a revolta foi contida. O saldo da “Guerra do Pente” foi de muitos feridos, em torno de 300 estabelecimentos comerciais depredados e mais de 30 milhões de cruzeiros em prejuízo.

A Greve da Carne, segundo Schinemann5 , iniciou-se em 12 de fevereiro de 1952 e estendeu-se até o dia 22. O motivo do movimento foi o abusivo preço e a má qualidade da carne. Participaram do movimento a UNE, a UPE, a UPES, a Federação das Mulheres do Paraná, a União Sindical dos Trabalhadores do Paraná e a Associação das Donas de Casa. Tornou-se um movimento de esquerda. Muitos estabelecimentos foram depredados e a carne queimada. Tropas militares foram mobilizadas até quando do tabelamento com a baixa dos preços no dia 23 de fevereiro.

A Revolta de Porecatu ocorreu na região de Porecatu, Norte do Paraná, entre os anos de 1948 e 1951. A Revolta dos Colonos eclodiu no ano de 1957, na região Sudoeste. Foram movimentos camponeses que envolveram o governo do estado, companhias colonizadoras e lavradores na disputa pela posse legal da terra. Em ambos os movimentos, lavradores expropriados rebelaram-se contra a forma de distribuição de terras pelo governo e a exploração que lhe impingiam as companhias colonizadoras.

IDENTIDADE

Festas, feiras e coisas do Paraná

O comércio e a cultura são elementos que se interligam. O litoral do Paraná guarda influências dos povos que ali se fixaram. As heranças mais antigas estão presentes na forma da pesca do nosso caiçara, economia tradicional do nosso litoral. Ainda pesca-se de paliçada nos nossos mares e faz-se a rede artesanal – muito encontrada na Ilha do Superagüi —; o sistema de trocas ainda é presente na região.

O artesanato em cerâmica, madeira e fibras, além de herança espontânea da cultura local, representa grande parte da economia, principalmente dos ilhéus, que vêm vender seus produtos nos mercados de Paranaguá, Antonina, Guaraqueçaba e nas feiras de

Morretes. Com isso, cria-se um mercado de razoável importância econômica.

As festas populares e as feiras são atividades periódicas em quase todo o território paranaense, ligadas basicamente à produção agrícola ou à celebração religiosa.

O litoral do Paraná, notadamente a região de Morretes, foi um dos maiores produtores de cachaça no período colonial; a região ainda possui remanescentes tradicionais desses alambiques, muitos produzindo aguardente.

A cachaça de Morretes era tão famosa no Brasil Colônia que criou um verbete, em muitos dicionários encontra-se a definição “morretiana” como um dos nomes da bebida.

FECOMÉRCIO PR 70 anos trabalhando pelos empresários do
Festa N. Sra. do Rocio, em 1902. Paranaguá (Acervo: Sesc Paranaguá)
comércio

Festas tradicionais

No litoral tem-se o fandango, tradição surgida nos primeiros tempos da colônia. Geralmente o fandango é um bailado que ocorre em ocasiões festivas, como festas de padroeiros e mutirões de trabalho.

As cavalhadas surgiram no século XVII. Ocorre na região dos campos de Palmas e Guarapuava. São heranças das cruzadas medievais. Em Guarapuava atualmente é uma encenação festiva, para onde acorrem pessoas de toda a região.

A Congada de São Benedito da Lapa, encenada no dia do padroeiro São Benedito, representa a coroação do Rei do Congo no Brasil.

Dança de São Gonçalo é um bailado dedicado a São Gonçalo do Amarente, encontrado em diversas regiões do estado do Paraná, como

Tijucas do Sul, São João do Triunfo e algumas cidades do Norte Pioneiro.

A Folia de Reis celebra a visita dos reis magos ao menino Jesus. De 24 de dezembro a 6 de janeiro, os foliões visitam as casas das suas comunidades, recebendo presentes e cantos em honra ao Menino Jesus. Tradição religiosa de origem portuguesa é representada em torno de 11 municípios do estado.

A Festa, ou Bandeira, do Divino é uma celebração em louvor ao Divino Espírito Santo, trazida pelos açorianos ao Brasil, no século XVIII. A louvação chega a durar 50 dias, com uma ou duas bandeiras sagradas que são seguidas por uma corte de louvadores. Municípios como Jataizinho, Campo do Tenente, Maringá, Morretes, Paranaguá e Tibagi possuem festas do divino.

Festas gastronômicas

As festas gastronômicas são eventos importantes do calendário turístico do Paraná. Com essas festas, é revelado o potencial cultural regional, bem como a economia local; a maioria delas é feita para a comercialização de produtos locais, agrícolas e de indústrias familiares, que têm grande importância na geração de emprego e renda nos municípios.

O Paraná conta com festas gastronômicas como a festa do Pinhão, em Inácio Martins, tradicional município do Centro-sul do estado; festa do porco no rolete, em Toledo; festa do pintado na telha, em Entre Rios do Oeste; festa do caranguejo, em pontal do Paraná; festa do carneiro no buraco, em Campo Mourão; festa do pêssego e do ovo, em Araucária; festa do trigo, em São José dos Pinhais; festa da uva, em Colombo; festa do milho, em General Carneiro e Mauá da Serra; festa da soja, em Bela Vista do Paraíso; festa da maçã, em Porto Amazonas.

Os descendentes de imigrantes também realizam importantes festas tradicionais onde estão representadas a gastronomia, o artesanato

e o folclore. Os japoneses celebram o Haru Matsuri, festival da Primavera, e o Bom Odori, homenagem aos mortos, e Tanabata Matsuri, com gastronomia e tradições. Municípios como Curitiba, Assai, Maringá e Itambaracá possuem colônias japonesas.

A Bucovina Fest, ou Festa Bucovina, em Rio Negro, é realizada pelos imigrantes bucovinos na primeira quinzena do mês de julho, com desfiles de grupos folclóricos, coroação de rainhas e gastronomia típica.

A Deustchfest, festa da cultura alemã, é realizada na cidade de Francisco Beltrão para resgatar e promover a tradição e a presença do imigrante alemão no Paraná. A cultura italiana, também em Francisco Beltrão, realiza a Fest Vin, festa do Vinho. Com ela os descendentes de imigrantes procuram resgatar e divulgar o patrimônio cultural trazido pelos italianos à nossa região.

Procissão do Divino Espírito Santo, no início do século XX, em Paranaguá (Acervo: Sesc Paranaguá)
FECOMÉRCIO PR 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio
Carnaval de Antonina (Foto: Aimoré Arantes)

O ARTESANATO DO PARANÁ E O COMÉRCIO

O artesanato faz parte da economia do Paraná com uma intensa atividade, principalmente em feiras urbanas e no litoral. O artesanato é sucedâneo, ou melhor, acontece junto, com a cultura popular. Nas tradições do litoral paranaense, encontramos artesanato cerâmico, cestarias e pinturas, entre tantos outros. Tradicionalmente feito nas ilhas

e nas cidades, ainda com técnicas oriundas das tradições culturais dos primeiros tempos do Brasil. Muito desse artesanato era utilitário, atualmente transformou-se em fonte de renda para comunidades e artesãos. Especializou-se a arte por meio da coleta das técnicas tradicionais e introdução de elementos criativos aos trabalhos manuais; com isso, hoje, o Paraná também conta, além das localidades tradicionalmente produtoras, com artesões, artesãs, pintores e tantos outros profissionais, que atuam nos mercados das feiras e das lojas do ramo em todo o estado.

No mercado de Paranaguá, em Morretes, Antonina e Guaraqueçaba, toda sorte de objetos artesanais é comercializado. Muitos desses

elementos que são vendidos no mercado como objetos de decoração são utilitários para famílias locais. Na cerâmica, por exemplo, moringas, panelas, alguidares, ou potes ainda são utilizados. O tradicional barreado do nosso litoral, ainda tem como um dos componentes da sua feitura quase ritualística a panela de barro; sem ela o barreado não é tradicional.

No fandango do litoral, tradição secular da nossa cultura popular, utilizam-se instrumentos todos fabricados basicamente de madeira como a rabeca, ou rebeca, a viola, o adufo, ou adufe, e os tamancos. Todos constituem-se de madeira esculpida com a caxeta, outrora árvore abundante no litoral. Somente a rabeca às vezes é feita de outras madeiras como imbuia, cedro ou caroba. Esses elementos artesanais do fandango são hoje objetos artesanais largamente comercializados.

A madeira e as pedras semipreciosas são uma das principais matérias primas do artesanato, pois que não há feira, ou loja especializada, que não comercialize arte e artesanato em madeira, quer sejam artesanais ou industrializados, de esculturas, entalhes, brinquedos infantis, figuras de santos e santas, instrumentos musicais, até tabuleiros de xadrez e dama em madeira, ou em pedras como o mármore; ou ainda, anéis, colares

e brincos de pedras.

A nossa cestaria é também muito rica. De origem primitivamente indígena, sobretudo Guarani e Kaingang, incorporou-se à vida cotidiana paranaense até nossos dias com belos trabalhos artesanais. Utilizam-se desde palhas de milho e trigo, taquaras e bambus, até o vime e cipós como o Imbé para trançados mais sofisticados. Cestos, saburás, descansos, bolsas, tapetes, animais e figuras sacras estão entre os objetos encontrados em mercados e feiras nas cidades paranaenses. Objetos em couro como cintos, tapetes, carteiras, bolsas e calçados são também ricamente produzidos no mercado artesanal paranaense e facilmente encontrados. Os bordados com ricos motivos brasileiros e paranistas são também comuns em tapetes, trilhos de mesa, colchas, cobertas, toalhas e

Mercado Municipal de Paranaguá (Foto: Nilson Santana) Tamanco do Fandango (Foto: Nilson Santana)
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Cestaria (Foto: Nilson Santana) 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

vestuários. Vendem-se, ainda, objetos ricamente decorados como as pessânkas, os ovos decorados e os bordados de tradição ucraniana.

O artesanato é uma arte livre, pois utiliza-se de uma gama de produtos disponíveis para a sua fabricação: madeira, pedra, couro, fibras vegetais, panos, vidro, argila, arames, sucatas em geral e outros são elementos presentes no artesanato. Nos mercados de Paranaguá, nas feirinhas e festas de Morretes, ou em Curitiba, Londrina, Maringá, nas estradas e rodovias, nas comunidades tradicionais, nas festas religiosas ou gastronômicas, o artesanato está presente; manifestação artística que acompanha e faz parte do cotidiano das tradições culturais paranaenses. Além disso, no Paraná, atuam várias cooperativas de artesãos que buscam a divulgação, valorização e inserção dos seus trabalhos no mercado comercial. O Paraná possui, por fim, inúmeros artesãos e artesãs importantes, conhecidos nacionalmente e internacionalmente, cujos trabalhos transformaram o artesanato em uma forma de arte muito refinada.

Panela de cerâmica (Foto: Nilson Santana) Violas de fandango (Foto: Nilson Santana)
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Arte indígena (Fotos: Nilson Santana) 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

AS LIDERANÇAS

As primeiras organizações oficiais brasileiras

Em 9 de outubro de 1875, pela Lei nº 2662, foram extintos os Tribunais e os Conservatórios do Comércio e foram criadas as Juntas e Inspetorias Comerciais. O Decreto nº 6384, de 30 de novembro de 1876 regularizou as novas Juntas criadas em sete cidades: a da capital do Império, Rio de Janeiro, Belém, São Luis, Fortaleza, Recife, Salvador e Porto Alegre.

os serviços do comércio que lhes competiam. Com isso, deixaram de existir as Inspetorias Comerciais, permanecendo as Juntas Comercias como órgãos reguladores do comércio.

A Lei nº 4048, de 29 de dezembro de 1961, criou o Departamento Nacional de Registro do Comércio.

O comércio remonta aos primeiros tempos das sociedades humanas. As rotas comerciais da antiguidade foram impulsionadoras de civilizações inteiras. Muitos autores, porém, que pesquisam a história do comércio apontam que foi na Grécia e em Roma que o instituto da regularização comercial teve início. Ou seja, os primeiros cânones do Direito Comercial, ao qual cabe a regulamentação legal do comércio. No entanto, é na Idade Média, com as corporações de ofícios e mercadorias na Itália, que o comércio realmente começou a se regularizar.

O Registro, à época, consistia apenas da qualificação do comerciante. Chamavam-se Constitudines em Gênova, Rolos de Oléron na França e Consulado do mar em Barcelona. Mas, o fato é que o sistema de registro do comerciante e seu gênero de comércio se impuseram.

Com o Código Comercial Espanhol, em 1829, surgem as características adotadas até os dias de hoje. Além do registro das funções qualificadoras do comerciante, surgiu a publicidade dos atos e fatos do comércio. Forma utilizada até hoje por nossas Juntas Comerciais e entidades semelhantes.

As chamadas Mesas de Inspeção, datadas de em torno de 1751, no Brasil Colônia, foram as origens

do registro do comércio no Brasil. Por um Alvará do príncipe regente, foram extintas em 23 de agosto de 1808. Então foi criada a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Brasil e Domínios Ultramarinos. Foi o primeiro tribunal brasileiro regulador oficial das questões comerciais.

O Código Comercial Brasileiro surgiu em 1850 e suprimiu a Real Junta, criando os Tribunais do Comércio, regulamentados pelo Decreto n.º 738 de 25 de novembro de 1850. Esse mesmo decreto e o Decreto n.º 864 criaram as Juntas do Comércio das Províncias.

O Decreto nº 1597 de 1º de maio de 1855 criou nova regulamentação para os Tribunais do Comércio. Foram instituídos os chamados Conservadores do Comércio nas províncias onde não houvesse tribunais e suprimindo também as Juntas do Comércio. A esses Conservadores cabia o registro público do comércio.

Instalaram-se as chamadas Conservatórias do Comércio nas cidades do Rio Grande, Paranaguá, Santos, Paraíba e Porto Alegre. Os inspetores das alfândegas eram os Conservadores, ou responsáveis pelo registro do comércio, nas capitais marítimas e nas demais cidades os Inspetores de Tesouraria.

Nas províncias onde não havia Juntas, criaram-se 14 Inspetorias todas nas capitais das Províncias. Com exceção das Províncias do Piauí, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, cujas sedes eram, respectivamente, nas cidades de Parnaíba, Santos, Paranaguá e Corumbá.

Com a República, o Decreto 596 de 19 de julho de 1890 reorganizou as Juntas e Inspetorias Comerciais no Brasil. E com a Constituição Federal de 24 de fevereiro de 1891, por meio do seu Artigo 3º das Disposições Transitórias, os estados passaram a ter autonomia para administrar

A Lei nº 4726, de 13 de julho de 1965, regulamentada pelo Decreto nº 57651, sistematizou os Serviços de Registro do Comércio e Atividades Afins.

A Lei Federal nº 8934 de 18 de novembro de 1994, regulamentada pelo Decreto n.º 1800 de 30 de janeiro de 1996, criou o Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM). As Juntas Comerciais são estipuladas como órgãos locais de execução e administração do registro público das empresas.

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70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

O PARANÁ

A Junta Comercial do Paraná – JUCEPAR

A Junta Comercial do Paraná foi instituída pela Lei Estadual nº 32, de 2 de julho de 1892, no governo de Francisco Xavier da Silva; justamente por atribuições dadas pela Constituição de 1891.

A instalação deu-se em 15 de outubro de 1892, em Curitiba, com sede na Praça Tiradentes nº 40.

A sessão de instalação foi presidida pelo primeiro presidente nomeado, senhor José Loureiro Fernandes, tendo como primeiro secretário Manoel Gomes Viegas. O primeiro regulamento da Junta Comercial do Paraná data de 20 de setembro de 1892. A primeira Ata registrada consta no dia 20 de outubro de 1892.

A Junta Comercial é uma entidade autárquica do governo do estado do Paraná, conforme diz a Lei nº 7039 de 19 de outubro de 1978. Ela está vinculada tecnicamente ao Departamento Nacional do Registro do Comércio da Secretaria Nacional de Direito Econômico do Ministério da Justiça. No Paraná, a JCP é órgão vinculado à Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul. Possui autonomia administrativa e financeira, com personalidade jurídica de direito público, com foro na cidade de Curitiba e jurisdição em todo o estado.

A Junta Comercial possuiu diversas sedes: à Rua Monsenhor

Celso, no 3.º andar do antigo Banco INCO; à Rua Cândido de Leão nº 33; à Rua XV de Novembro nº 621, edifício da Associação Comercial do Paraná – ACP. Em 1980, com a aquisição de imóvel próprio, teve sua sede definitiva instalada à Avenida Barão do Serro Azul nº 316, esquina com a Rua Carlos Cavalcanti. A inauguração se deu em maio de 1980.

Presidentes da JUCEPAR

PERÍODO

1892-1895

1896-1899

1900-1919

1920-1923

PRESIDENTE

José Loureiro Fernandes

Joaquim M. de Carvalho e Silva

Manoel Martins de Abreu

Nicolau Mader

1924-1929 Wenceslau Glaser

1930-1931

Fidelis Manoel Reginato

1932-1944 Manoel Francisco Correia

1945-1957 Epaminondas Santos

1958-1961 Herculano de Macedo Souza

1962-1966 Joel Correa de Souza Pinto

1967-1977 Paulo Santos Miranda

1978-1985 João Ferraz de Campos

1986-1997 Flavio Prestes

1998-2001 João Luiz Rodrigues Biscaia

2002 - 2010 Julio Maito Filho

2011 - Presente momento Ardisson Naim Akel

FECOMÉRCIO PR 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio

SINDICATOS EMPRESARIAIS FILIADOS

APUCARANA

SIVANA APUCARANA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE APUCARANA.

CAMPO LARGO

SINDIVAREJISTA DE CAMPO LARGO

E BALSA NOVA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CAMPO

LARGO E BALSA NOVA.

CAMPO MOURÃO

SINDICAM CAMPO MOURÃO E REGIÃO – SINDICATO EMPRESARIAL DO COMÉRCIO DE CAMPO MOURÃO E REGIÃO.

CASCAVEL

SINCOPEÇAS CASCAVEL – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE VEÍCULOS, PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS DE CASCAVEL.

SINDILOJAS CASCAVEL E REGIÃO – SINDICATO DOS LOJISTAS E DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CASCAVEL E REGIÃO.

SINFARMA OESTE DO PARANÁ –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO OESTE DO PARANÁ.

CASTRO

SINDICASTRO CASTRO – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CASTRO.

CORNÉLIO PROCÓPIO

SICOV – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CORNÉLIO PROCÓPIO.

CURITIBA

SECOVI PARANÁ – SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRA, VENDA, LOCAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, INCORPORAÇÃO E LOTEAMENTOS DE IMÓVEIS E DOS EDIFÍCIOS EM CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS DO PARANÁ.

SEPROPAR PARANÁ – SINDICATO DAS EMPRESAS DE PROCESSAMENTO DE DADOS E SERVIÇOS TÉCNICOS EM INFORMÁTICA DO ESTADO DO PARANÁ.

SESFEPAR PARANÁ – SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS FUNERÁRIOS DO ESTADO DO PARANÁ.

SIMACO PARANÁ – SINDICATO INTERMUNICIPAL DO COMÉRCIO

VAREJISTA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ.

SINCA PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA E DISTRIBUIDORES DO ESTADO DO PARANÁ.

SINCACES – SINDICATO DOS INSTITUTOS DE BELEZA E SALÕES DE CABELEIREIROS CENTROS DE ESTÉTICA E SIMILARES DE CURITIBA E REGIÃO.

SINCAM PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE MADEIRAS DO PARANÁ.

SINCAMED PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE DROGAS E MEDICAMENTOS NO ESTADO DO PARANÁ.

SINCARNES – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES

FRESCAS NO ESTADO DO PARANÁ.

SINCOPEÇAS PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE VEÍCULOS, PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DO PARANÁ.

SINDACA PR – SINDICATO DOS AVIÁRIOS E DAS CASAS AGROPECUÁRIAS.

SINDARUC PARANÁ – SINDICATO DOS PERMISSIONÁRIOS EM CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DE ALIMENTOS DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDCCAL CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CALÇADOS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA.

SINDELB PARANÁ – SINDICATO DAS EMPRESAS LOCADORAS DE BILHAR NO ESTADO DO PARANÁ.

SINDEPAR – SINDICATO DOS DESPACHANTES DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDEPARK PARANÁ – SINDICATO DAS EMPRESAS DE GARAGENS, ESTACIONAMENTOS E DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE VEÍCULOS DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDETUR PARANÁ – SINDICATO DAS EMPRESAS DE TURISMO NO ESTADO DO PARANÁ.

SINDIARMAZÉNS PARANÁ – SINDICATO DOS ARMAZÉNS GERAIS NO ESTADO DO PARANÁ.

SINDICFC PR – SINDICATO DOS PROPRIETÁRIOS DE CENTROS DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDICEREAL PR – SINDICATO DAS EMPRESAS CEREALISTAS DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDIFARMA PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDILEILÕES – SINDICATO DOS LEILOEIROS PÚBLICOS E OFICIAIS DOS ESTADOS DO PARANÁ E SANTA CATARINA.

SINDILOJAS CURITIBA E REGIÃO

METROPOLITANA – SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MAQUINISMOS, FERRAGENS, TINTAS, MATERIAL ELÉTRICO E APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA.

SINDIMERCADOS CURITIBA, REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA E LITORAL DO PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS, MERCADOS, MINIMERCADOS, SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS DE CURITIBA, REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA E LITORAL DO PARANÁ.

SINDIMERCADOS PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS, MERCADOS, MINIMERCADOS, SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS DO ESTADO DO PARANÁ.

SINDIPLAN CURITIBA METROPOLITANA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA

DE FLORES E PLANTAS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA.

SINDITIBA CURITIBA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MAQUINISMOS, FERRAGENS, TINTAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CURITIBA.

SINDJOR CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE ADORNOS E ACESSÓRIOS, DE OBJETOS DE ARTE, DE LOUÇAS FINAS E DE MATERIAL ÓTICO, FOTOGRÁFICO E CINEMATOGRÁFICO DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA.

SIRECOM PARANÁ – SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS

AUTÔNOMOS E EMPRESAS DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁ.

FOZ DO IGUAÇU

SINDILOJAS FOZ DO IGUAÇU E

REGIÃO – SINDICATO PATRONAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DE FOZ DO IGUAÇU E REGIÃO.

FRANCISCO BELTRÃO

SINDICOM FRANCISCO BELTRÃO –

SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE FRANCISCO BELTRÃO.

GUARAPUAVA

SICOMÉRCIO GUARAPUAVA –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GUARAPUAVA.

IRATI

SINDIRATI IRATI – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE IRATI.

IVAIPORÃ

SINCOMÉRCIO IVAIPORÃ –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE IVAIPORÃ.

JACAREZINHO

SINDILOJAS JACAREZINHO –SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS, MAQUINISMOS, FERRAGENS, TINTAS E DE MATERIAL ELÉTRICO E

APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS DE JACAREZINHO.

LONDRINA

SINCAFÉ – SINDICATO DOS CORRETORES DE CAFÉ NO ESTADO DO PARANÁ.

SINCAP – SINDICATO DOS SALÕES DE CABELEIREIROS, INSTITUTOS DE BELEZA E SIMILARES DO ESTADO DO PARANÁ.

SINCOVAL LONDRINA E REGIÃO –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LONDRINA.

SINDIÓPTICA PARANÁ – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL ÓPTICO, FOTOGRÁFICO E CINEMATOGRÁFICO NO ESTADO DO PARANÁ.

SINFARLON – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DE LONDRINA.

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

SINDICOMAR MARECHAL CÂNDIDO RONDON E MICRO REGIÃO –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON E MICRO REGIÃO.

MARINGÁ

SIMATEC – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE FERRAGENS, TINTAS, MADEIRAS, MATERIAIS ELÉTRICOS, HIDRÁULICOS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DE MARINGÁ E REGIÃO.

SINCOFARMA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DE MARINGÁ.

SIVAMAR – SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO COMÉRCIO

VAREJISTA DE MARINGÁ E REGIÃO.

MEDIANEIRA

SINCOMED – SINDICATO DO COMÉRCIO

VAREJISTA DE MEDIANEIRA E REGIÃO.

PARANAGUÁ

SINDILOJAS PARANAGUÁ – SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO

COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DE PARANAGUÁ.

PARANAVAÍ

SIVAPAR – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PARANAVAÍ.

PATO BRANCO

SINDICOMÉRCIO PATO BRANCO –SINDICATO PATRONAL DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PATO BRANCO.

PONTA GROSSA

SINDILOJAS PONTA GROSSA –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PONTA GROSSA.

SINDIMERCADOS PONTA GROSSA –SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS EM MERCADOS, MINIMERCADOS, SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS DE PONTA GROSSA E DA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ. PRUDENTÓPOLIS

SINDICOMÉRCIO PRUDENTÓPOLIS – SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DE PRUDENTÓPOLIS.

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA SINDILOJAS SANTO ANTÔNIO DA PLATINA – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA.

TOLEDO

SINVAR TOLEDO – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE TOLEDO.

UMUARAMA

SINDLOJISTAS UMUARAMA –SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS, DE MAQUINISMO, FERRAGENS E TINTAS E DE MATERIAL ELÉTRICO E APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS DE UMUARAMA. UNIÃO DA VITÓRIA

SINDILOJAS UNIÃO DA VITÓRIA – SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DE UNIÃO DA VITÓRIA.

FECOMÉRCIO PR 238 70 anos trabalhando pelos empresários do comércio 239
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