Revista Fecomércio PR - nº 81

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código de defesa

CULINÁRIAS HOLANDESA

paulistas vencem

do consumidor a favor da empresa

E INDONÉSIA INSPIRAM SENAC

etapa caiobá do circuito sesc triathlon



palavra do presidente

ano Xi nº 81

M A R Ç o | A B R I L 2 0 11

REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PARANÁ

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Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andar CEP 80410-001 Curitiba Paraná 41 3883-4500 | 41 3883-4530 imprensa@fecomerciopr.com.br

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná Darci Piana Diretor Regional do Sesc Paraná José Dimas Fonseca Diretor Regional do Senac Paraná Vitor Monastier Editor e Jornalista Responsável João Alceu Julio Ribeiro Reg. 0293/DRT-PR

Reportagens João Alceu J. Ribeiro, Fernanda Ziegmann, Jorge Mariano, Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima Fotos Ivo José de Lima Revisão Fernanda Ziegmann, Jorge Mariano, Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima Arte e Diagramação Vera Andrion Impressão – CTP Graciosa Gráfica – Curitiba Tiragem 10 mil exemplares

Mulheres, poder no consumo e na oferta Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac paraná

E

las foram ingressando aos poucos no mercado de trabalho, mostrando desde logo que não vinham para brincar. Em termos históricos, levaram pouco tempo para chegar aos cargos de chefia. Não é demais lembrar que há poucas décadas elas ainda não eram consideradas opções nas buscas por executivos. O maior exemplo de sua capacidade é o fato de terem virado empreendedoras em diversos segmentos. Com sensibilidade e ousadia, aliadas à criatividade feminina, as mulheres já somam 40% das empresárias do comércio paranaense. Os motivos desses expressivos números podem até ser a afinidade com o consumo ou a oferta do que elas mesmas realmente querem. Mas o fato é que a tendência caminha para fatias igualitárias de um mercado dividido com os homens. Passando de consumidoras, ou grandes amantes das bolsas e sapatos, as mulheres não só pararam em frente às vitrines, mas passaram para o outro lado ao assumir seus negócios. Donas de uma vantagem que os homens jamais terão: por razões óbvias, elas entendem a cabeça feminina. Quando o inverno se aproxima, as botas e casacos são destaques. No fim do ano as temperaturas aumentam: é a vez dos vestidos e dos sapatos abertos. Sem falar nas promoções de troca

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de estação, adoráveis vilãs em que a lei da oferta e procura fala mais alto. Apesar de sua paixão pelas compras, as mulheres consomem muito além dos itens de vestuário e beleza, até porque elas formam a maioria também na hora da compra dos itens de necessidade básica para o dia a dia da família. Assim, a lista de necessidades funde o imprescindível com o desejado. Em ambos os casos, os carnês e cartões de crédito e débito precisam ser honrados como as contas de luz, água, telefone e habitação, entre tantas outras. A dupla participação da mulher no comércio, tanto no empreendedorismo quanto no consumo, demonstra sua importância na sociedade moderna. Hoje, por exemplo, a Câmara da Mulher Gestora e Empreendedora de Negócios já congrega 6.000 empresárias no Estado. Está mais do que comprovado o acerto da nossa iniciativa em apoiar e contribuir para o desenvolvimento do comércio feminino. Esta é a razão pela qual trazemos, nesta edição, não só matérias sobre assuntos pertinentes ao comerciário e comerciante, mas também com um enfoque voltado ao universo da mulher, seu perfil e seus anseios, para que possamos conhecer e compreender mais as mulheres, embora esta tarefa se mostre quase impossível. Vinícius de Moraes já dizia: “para compreender uma mulher é preciso amá-la, daí não é mais preciso compreendê-la”. Boa leitura!

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REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR ano XI nº 81

março | abril 2011

índice 03

32

Palavra do presidente

35

Mulheres, poder no consumo e na oferta

05

Inovação e Competitividade Artigo do presidente do CNC

06

Sindetur-PR comemora 36 anos

08

Transformação no Lar Dona Jacira de Campo Mourão Meio século de parceria

Há 50 anos Jorge Manne está à frente do Sindilojas

36

Quebre o silêncio do seu rim – ele tem muito a falar!

A doença renal chega de mansinho, mas, medidas simples são capazes de detectar o problema

O Poder do Mercado Feminino

39

Pesquisa aponta o novo perfil das mulheres consumidoras da classe C e mostra oportunidades de negócios para o comércio

Paraná Competitivo atrai investimentos e desenvolve economia

11

42

Fecomércio homenageia mulheres empreendedoras do Estado do Paraná

Serra Verde Express tem o único trem de luxo do Brasil

Empresárias de Destaque

18

Páscoa com sabor de chocolate e lucros

Riqueza e luxo sobre trilhos

45

Paraná destino das Federações

Federações do Comércio de diversos estados visitam a Fecomércio-PR

19

46

Preparação para o Adeus

Sesc Triathlon Caiobá

Curso para agente funerário do Senac Paraná forma primeira turma do País

50

20

Metrô Curitibano

Curitiba apresenta projeto do metrô

Código de Defesa do Consumidor a favor da empresa

23

Sinônimo de competência

Empresas estão contratando cada vez mais pessoas com deficiência

26

Para mudar de vida

Senac ajuda pessoas a mudarem de vida com seus cursos

28

Teleconferência falou de desafios para a Copa de 2014 Sindicatos recebem certificados do Segs 2010

29

Fusão de Sabores

Semana de Estudos e Pesquisas da Culinária Holandesa e Indonésia

52

Tutti buona gente!

Momento da Itália no Brasil

54

Parceria entre Sesc e Senac resulta em Bolsas Gratuitas de Inglês

56

Escrita de Luxo

Casa das Canetas comemora 62 anos

60

S de solidariedade

Sistema Fecomércio Sesc Senac ajudam vítimas das chuvas no litoral

62

Para aquecer as vendas

Dicas para empresários de como modernizar ambientes, fazer uso de datas e estações para vender mais

Errata Na edição nº 80 da Revista Fecomércio PR, na matéria de título “Comércio no litoral atinge auge de movimento” publicamos que o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá e Região é Said Khaled Omar. No entanto, Omar é o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Paranaguá.

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Inovação e Competitividade Antonio Oliveira Santos

Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Crisitna Bocayuva

O vocábulo inovação entrou na literatura econômica por volta da década de 1930, quando Joseph Schumpeter, um dos grandes economistas do século XX, fez referência, em seus estudos, à figura do “empreendedor dinâmico”. Essa figura corresponde ao empresário que, “amigo da inovação”, não hesita em incorrer nos riscos implícitos na aceitação do novo. A inovação, como resultado da aplicação de princípios científicos a novos instrumentos e métodos nos processos de produção, gera para o seu detentor, durante certo tempo, o que se denomina “posição institucional de monopólio” e reflete maior lucratividade para a empresa. Daí a necessidade imperativa de dar proteção às inovações, através das licenças e patentes, num sistema de registro reconhecido internacionalmente, que garante a exclusividade de uso até que, com a passagem do tempo, venham a ser do domínio público. Sobre o tema das patentes, a Folha de São Paulo publicou, recentemente, interessante matéria de autoria de Camila Fusco, na qual são feitas comparações entre o Brasil e outros países e recolhidos depoimentos e reflexões sobre o nosso relativo atraso no campo da propriedade intelectual. Os dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que concentra os pedidos de registro de patentes provenientes de todas as partes do mundo, trazem à luz tal atraso. Tomando o ano 2000 como base, a taxa média de crescimento da economia nacional levou o País a representar 2,7% da economia mundial, no ano 2009. Nesse mesmo espaço de tempo, em termos de patentes, o Brasil teve somente 0,3% dos pedidos internacionais. Em contraste, Coréia do Sul e China chegaram a 2009 com 5,7% e 7,3%, respectivamente, de participação no total de patentes mundialmente válidas. Há pelo menos três argumentos que explicariam porque

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as inovações não impulsionam, como poderiam, nossa competitividade interna e externa: dois de natureza cultural e um, talvez o mais importante, de caráter institucional. O primeiro argumento, apresentado pelo Professor Paulo Feldmann, da Universidade de São Paulo (USP), baseia-se em que, diferentemente dos países asiáticos objeto da comparação, o Brasil tem riqueza de recursos naturais em tal abundância que inibiria a capacidade de inovar, como elemento necessário para assegurar a sobrevivência dos empreendimentos. Um segundo argumento, também exposto pelo Professor Feldmann, seria o caráter não finalista dos projetos de pesquisa levados a cabo no âmbito das Universidades, voltados para a carreira do magistério e não para o mercado. Isso significa que grande parte das inovações seria gerada pelos corpos técnicos das próprias empresas, limitando talvez a busca da inovação a avanços de natureza incremental. Por último, o terceiro argumento tem a ver com a limitada capacidade de o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) analisar os pedidos de concessão de patentes. Essa limitação parece ser de natureza geral, pois os escritórios de patente em todo o mundo não conseguem dar vazão à “demanda decorrente da quantidade e da complexidade dos pedidos”. Haveria, assim, uma situação paradoxal, criada pela própria velocidade com a qual avança o progresso tecnológico. Seja como for, no caso do INPI, o fato é que um pedido de concessão de patentes.- há mais de 150 mil pendentes – pode levar nove anos para ser examinado e deferido. Para reduzir esse tempo, estão em marcha a expansão do quadro de analistas, a informatização dos processos e a revisão de práticas internas. Ainda assim, o objetivo é o de reduzir o tempo de análise para quatro anos, ou seja, um prazo exagerado. Num futuro mediato, mais do que a propensão a inovar, a recuperação e expansão da infra-estrutura econômica nacional é que aumentaria, de modo considerável, a nossa capacidade concorrencial, internamente, pela contenção de importações e, externamente, pela expansão das exportações. Em matéria de inovação, tudo indica que a chave reside na criação de um elo firme entre a Universidade e o setor empresarial produtivo, que tem massa crítica para absorver esse conhecimento.

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Nilson Santana

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana (À DIREITA), inaugura a galeria de ex-presidentes do Sindetur com o presidente do sindicato, Nelson Pires de Moraes Junior

Sindetur-PR comemora 36 anos Sindicato inaugura galeria de fotos de ex-presidentes Karen Bortolini

C

A história

om a intenção de resgatar a

No dia 23 de março deste ano,

história do Sindicato das Em-

data da inauguração da placa e co-

O Sindetur-PR foi fundado em 21 de

presas de Turismo no Estado

memoração do aniversário, que acon-

março de 1975. É uma entidade legal-

do Paraná (Sindetur-PR), ao comemorar

teceu na sede própria, a diretoria do

mente reconhecida pelo Departamento

seus 36 anos neste mês de março, a

Sindetur-PR prestou uma homenagem

Nacional do Trabalho, cadastrada no

entidade inaugurou uma galeria de ex-

ao presidente do Sistema Fecomércio

Sistema Confederativo da Representa-

presidentes. “Eles conciliaram esse tra-

Sesc Senac, Darci Piana, entregando-

ção Sindical do Comércio (Sicomércio)

balho com suas empresas, dividindo seu

lhe uma placa por sua importante e

e filiada à Fecomércio Paraná e à Fede-

tempo com a entidade”, diz o presidente

fundamental participação na história

ração Nacional de Turismo (Fenactur).

do Sindetur-PR, Nelson Pires de Moraes

do sindicado.

Segundo o presidente do Sindetur-

Junior. A galeria é composta por profis-

Piana parabenizou Nelson Pires

PR, o sindicato foi constituído para fins

sionais que representaram muito para

pela iniciativa, aniversário e pela tra-

de estudo, coordenação, proteção e

o trade turístico do Paraná, referências

jetória positiva ao longo desses anos.

representação legal da categoria eco-

neste mercado em termos de tecnologia

“O crescimento do turismo no Estado

nômica das empresas de turismo no

e participação no início de muitas em-

deve-se muito aos esforços do Sinde-

Estado do Paraná, como agências de

presas do segmento.

tur-PR”, ponderou.

viagens e operadores turísticos.

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nossos serviços”, conta Barboza. Além

senvolvimento da cadeia turística nas

desses serviços, o Sindetur oferece

cidades que representa, ao estimular

linhas de crédito diferenciadas para

o potencial mercadológico dessas re-

agências associadas.

giões. Possibilita que agências de via-

“As parcerias com o Sistema Fe-

gens obtenham produtos e serviços

comércio Sesc Senac estendem-se à

para oferecer aos seus clientes”, expli-

participação em demandas jurídicas,

ca o presidente da entidade. Ele lem-

recuperando perdas ou buscando ade-

bra que as ações são focadas nas cida-

quações legais, em ofícios ou abaixo

des polos, como por exemplo: Curitiba,

assinados conjugados, para as esferas

Londrina, Maringá e Cascavel. As de-

municipais, estadual e federal”, conti-

mais cidades adjacentes se deslocam

nua Moraes Junior. Ele conta que fre-

a estas bases, para participações em

quentemente repassam agendas das

eventos, treinamentos e palestras. No

atividades e projetos do Sesc e Senac

entanto, atende a todo o Estado do Pa-

aos seus representados para possibili-

raná, exceto Foz do Iguaçu, cidade em

tar a participação.

que cede a base para o Sindetur-Foz.

Serviços

“A chancela do Sistema Fecomércio Sesc Senac agrega importante valor em nossas ações, ampliando e propor-

Entre seus principais serviços, rea-

cionando desta forma, maiores possi-

liza convenções coletivas de trabalho,

bilidades de realizarmos e prestarmos

inicia o processo de certificação do Sin-

serviços”, afirma.

dicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) – que habilita as agências

Projetos Entre as principais conquistas do

possibilita a seus associados a partici-

Sindetur, o presidente destaca: “após

pação em decisões de processos ju-

um ano de nossa gestão, com a con-

diciais e liminares em favor do setor,

tribuição de nossos diretores, já pode-

conforme explica o diretor executivo

mos somar algumas conquistas, entre

do Sindetur, Ademir Barboza.

elas as participações em projetos e

Realiza também convênios e parce-

eventos dos ministérios do Turismo e

rias nas áreas do comércio, serviços e

do Trabalho, Confederação Nacional

saúde para capacitar e qualificar pro-

de Turismo (CNtur), Federação Nacio-

fissionais das empresas associadas,

nal do Turismo (Fenactur), Associação

como a firmada com entidades de en-

Comercial do Paraná (ACP), Fecomér-

sino e com o Sistema Fecomércio Sesc

cio-PR, Comtur (Conselho Muncipal de

Senac. “Oferecemos há alguns anos

Turismo), Abav, Conselho Comunitário

cursos gratuitos do Senac e outros

de Segurança (Conseg), entre outros”,

com custos diferenciados voltados ao

finaliza. Mas apesar dos passos largos

atendimento. Outra ação parceira mais

para o desenvolvimento do turismo,

recente é nossa participação na feira

Moraes Junior almeja novas conquistas

da Associação Brasileira de Agências

e a ampliação da participação do qua-

de Viagem (Abav) deste ano. Esta-

dro associativo, aumentando o poder

remos com um estande institucional

de representação.

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“A chancela do Sistema Fecomércio Sesc Senac agrega importante valor em nossas ações, ampliando e proporcionando desta forma, maiores possibilidades de realizarmos e prestarmos serviços” presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Paraná – Nelson Pires de Moraes Junior –

para a comercialização de passagens –,

conjunto neste ano para mostrarmos

Arquivo

“O Sindetur contribui para o de-

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Ex-Presidentes homenageados Sidney Catenaci Samir Karam Maria Helena Canet Eraldo Palmerini Paulo Cezar Pereira Gruber Aroldo Eitel Schultz

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O Poder do Mercado Feminino As mulheres ascenderam no mercado de consumo e, com força total, na Classe Média Brasileira. Esse mercado feminino demonstra suas necessidades, preferências e oportunidades de investimentos e negócios SILVIA BOCCHESE DE LIMA

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ão são apenas salto alto, joias, maquiagem e salão de beleza os assuntos que

permeiam e tomam a atenção do imaginário feminino. Certamente, estes são acessórios - muito embora indispensáveis -, da mulher moderna, que hoje é profissional, mãe, esposa, aprendiz, mestra e, também, vaidosa e consumidora. Por décadas a mulher carregou o estereótipo de consumista de banalidades, vislumbrada com uma tarjeta de cartão de crédito e as possibilidades e portas que ele poderia dar e abrir. Hoje, a mulher moderna é consciente do seu poder de compra. Tanto é verdade que recente pesquisa realizada pela Editora Abril, mostra

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que 84% das entrevistadas pesquisam

é, principalmente, surpreendê-lo

o preço dos produtos antes de efetivar

quando estiver mais predispos-

uma compra e que este fator (o preço)

to à compra”, pontua Heloísa

é o mais importante critério para esco-

Omine, sócia-diretora da Sho-

lha de um produto.

pfitting, empresa especializa-

A mesma pesquisa revela que a mu-

da em Store Design, Visual

lher concentra a maior parte dos seus

e Merchandising e Marke-

esforços na família e quando o assunto

ting Sensorial, palestrante

é pagar a faculdade dos filhos no futuro,

trazida pelo Senac para a

89% delas dizem-se preocupadas e 88%

comemoração do Dia In-

buscam ter estabilidade financeira. Edu-

ternacional da Mulher. O

cação também passou a ser um ponto

evento reuniu 1.200 empre-

importante para ela. Em 2001, 42% das

sárias de vários pontos do

entrevistadas tinham o Ensino Médio ou

Estado, integrantes de câma-

Superior. Sete anos depois, esse número

ras da Mulher Empreendedora

passou para 50%.

e Gestora de Negócios da Fede-

Os produtos podem até ser caros, mas se vierem para facilitar a vida

ração do Comércio do Paraná, em março passado, em Curitiba.

delas, 51% das entrevistadas não

Relações a longo prazo com o

hesitam em comprá-los. As principais

cliente são construídas com um aten-

aspirações das mulheres para o próxi-

dimento personalizado e amigável.

mo ano estão relacionadas à comuni-

Tanto é verdade que 53% das entre-

cação, lazer e inclusão digital. Eletro-

vistadas na pesquisa da Editora Abril,

domésticos estão na lista de 83% das

disponível no site da empresa na inter-

entrevistadas;

fotográfica

net, dizem-se fiéis às marcas que gos-

digital, home theater e TV LCD são o

tam. E marca é elemento fundamental

sonho de 73% das mulheres; note-

quando se trata, por exemplo, de per-

máquina

book, de 38%; plano de saúde, 15%

fume, sapatos e roupas. (ver gráfico)

e, seguros de automóvel e de vida, de

São esses os itens que estão no topo

9% das consumidoras ouvidas. Mas,

da lista dos que elas mais compram

como nem sempre essas compras po-

por prazer: 84% roupas, 69% bolsas e

derão ser efetuadas à vista, 63% delas

sapatos e 67% perfumes. Como nem

parcelariam em mais de sete vezes a

sempre beleza é sinônimo de bem-es-

compra da máquina de lavar roupas

tar, no ato da compra 69% das consu-

e 71% adquiririam uma geladeira no

midoras priorizam roupas confortáveis

crediário.

e que atendam ao gosto pessoal.

Consciente e exigente

A consciência das consumidoras também foi à mesa. A pesquisa reve-

Sensações e emoções experimen-

la que a alimentação não é mais vista

tadas no momento da compra também

como necessidade básica, mas que se

influenciam na decisão do consumidor

trata de um meio de transformação de

e pela fidelização dele à determinada

vida. As mulheres dão mais valor às in-

marca, produto ou serviço. “Criar essas

formações nutricionais, validade do pro-

experiências requer conhecer profun-

duto e procedência, além da relação que

damente o consumidor, pois o desafio

a marca tem com a sustentabilidade.

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Marca é fundamental, principalmente para os seguintes itens:

63% 54% 47%

perfume sapato roupa

Fonte: Editora Abril

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Sintonia com a contemporaneidade é

Conforto é um dos itens recorren-

a inspiração para negócios próprios”,

tes na pesquisa, seja na vestimenta,

avalia Beth Furtado, autora de "De-

ou nos itens para casa. Esta é a opi-

sejos Contemporâneos – Patchwork

nião de 81% das entrevistadas, que

de tendências, ideias e negócios em

investiriam dinheiro para ter uma casa

tempos de paradoxos".

ainda mais bonita e aconchegante.

Os dados da pesquisa realizada

Para isso, 87% incrementariam a co-

pela Editora Abril podem servir como

zinha, 64% gostariam de ter quartos e

norte para colocar a mulher da Classe

cômodos maiores, 28% teriam um jar-

C no foco dos negócios.

dim e 19% investiriam em mais pintura

Nilson Santana

Casa e Conforto

T

e acabamento. Os cuidados com o lar não param por aí. Elas também acreditam que roupas de cama, sofá, cortinas e armários são fundamentais para deixar a casa ainda mais bonita. O comércio precisa se perguntar, constantemente, como o seu empreendimento está inserido nesta nova realidade de consumo e de mudanças de desejos. “A inovação nos formatos varejistas, cada vez mais, demonstra entendimento dos hábitos e das mudanças da atualidade.

Objetos e móveis que vê como fundamentais para deixar a casa mais bonita

54% 53% 50% 46%

“Criar essas experiências requer conhecer profundamente o consumidor, pois o desafio é principalmente surpreendê-lo quando estiver mais predisposto à compra” sócia-diretora da Shopfitting – Heloísa omine –

roupas de cama sofá e poltrona cortina armários

Fonte: Editora Abril

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Empresárias de Destaque Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná presta homenagem às mulheres empreendedoras que contribuem para o desenvolvimento do Estado sILVIA BOCCHESE DE LIMA Fotos: Nilson Santana e Shigueo Murakami

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o ano que marcou o centenário do Dia Internacional da Mu-

lher, o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, através da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG), promoveu o quarto encontro estadual das câmaras. O evento reuniu, em Curitiba, na segunda quinzena de março, 1.200 empresárias paranaenses e trouxe como tema “A evolução da mulher e suas conquistas”. Êxitos esses que foram destacados pela diretora executiva da CMEG no Paraná, Elizabeth Lobo

A diretora executiva da CMEG Paraná, Elizabeth Lobo Elpo, durante encontro com empresárias

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Elpo. Ela lembrou o espaço que a mulher

cendo pessoas, explanando suas ativi-

musical “Homenagens a Grandes Mu-

tem assumido na política. “Além de ver-

dades e como ela pode contribuir para

lheres”, com Pocket Show.

mos a atuação da mulher nas diversas

o engrandecimento pessoal e profissio-

áreas, vemos com esperança e alegria

nal das empresárias e da comunidade

ela galgando seu espaço na política bra-

em que atuam”, salienta Piana.

História Foi em 8 de março de 1857, que

sileira. Conquistamos o maior dos car-

Na mesma oportunidade, vinte em-

129 operárias de uma fábrica de teci-

gos, que está nas mãos da presidente

presárias ligadas às CMEGs do Paraná

dos em Nova Iorque foram assassina-

Dilma Rousseff e no Paraná, temos a pri-

foram homenageadas com o troféu

das quando protestavam e reivindica-

meira senadora eleita no Estado, Gleisi

“Mulher Empreendedora”, uma obra

vam a redução da jornada de trabalho

Hoffmann”, pontua Elizabeth.

do artista plástico Luiz Gagliastri. Tam-

de 12 para 10 horas. Esta foi a primeira

Embora haja muito a ser come-

bém foram entregues três honrarias

greve americana conduzida exclusiva-

morado, a diretora executiva também

especiais, nas categorias Responsabi-

mente por mulheres. Como represália

acrescenta que problemas ainda pre-

lidade Social e destaques Cultural e na

os patrões e a polícia atearam fogo na

cisam ser enfrentados pelas mulheres,

Educação, a Cleide Pennacchi, Chloris

fábrica e as trabalhadoras foram quei-

como salários e oportunidades iguais

Casagrande Justen e Ângela Russi,

madas vivas.

aos dos homens; apoio ao empreendi-

respectivamente.

No mesmo ano, na Alemanha,

mento; luta contra a violência domés-

O evento ainda contou com a pa-

nascia Clara Zetkin, uma militante so-

tica; direito à segurança pública, saúde

lestra “A Conversão de Compra e o

cialista, que propôs, em 1910, na II

e prevenção.

Marketing Sensorial”, proferida por He-

Conferência Internacional das Mulhe-

Para o presidente do Sistema Fe-

loisa Omine, que destacou a necessi-

res Socialistas, que a data da greve

comércio Sesc Senac, Darci Piana, as

dade de proporcionar experiências de

das tecelãs se tornasse oficialmente

CMEGs têm feito um trabalho extraor-

consumo, com sensações memoráveis

Dia Internacional da Mulher. A data é

dinário em todo o Estado. “A Câmara

e únicas. Após o almoço, as empresá-

comemorada anualmente, desde 8 de

está percorrendo municípios, conhe-

rias acompanharam a apresentação

março de 1911.

Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, o Estado tem sido exemplo aos demais pelo trabalho realizado pelas CMEGs

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A diretora da CMEG de Apucarana, Ivete Carneiro Bertão, representando a presidente Aída Santos Assunção, entrega a homenagem à empresária Marilene Broggi Gil

A presidente da CMEG de Francisco Beltrão, Aline Cristina Krupkoski Paz, entrega a homenagem à empresária Vera Rita Franciosi Schmitz

A vice-presidente da CMEG de Foz do Iguaçu, Renata Paz, representando a presidente Camila Damim, entrega a homenagem a empresária Ademilde da Rosa Morales

A presidente da CMEG de Castro, Vera Lucia Marcondes de Oliveira entrega a homenagem à empresária Rosi Bernadett Silveira Ribeiro

A presidente da CMEG de Ponta Grossa, Talita Graef, entrega a homenagem à empresária Maria Raquel Morais

A presidente da CMEG de Cornélio Procópio, Luiza Suguiama de Oliveira, entrega a homenagem à empresária Sandra Regina Alino da Silva

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Homenagem da Câmara da Mulher

Confira as imagens da cerimônia de entrega dos prêmios

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Homenagem da Câmara da Mulher 14

presidente da CMEG de Toledo, Ane Priscila Brandalize Kreuz, entrega o troféu à empresária Catia Regina Barbosa

A presidente da CMEG de Maringá, Raquel de Almeida Costa, entrega a homenagem à empresária Olívia Shizuka Abe

A presidente da CMEG de Marechal Cândido Rondon, Rita Ramos Schaefer, entrega a homenagem à empresária Eloisa Maria Schstein

A presidente em exercício da CMEG de Curitiba, Alice Maria Varnicinski Zandoná, representando a presidente Zilda Amado da Silva, entrega a homenagem à empresária Silvia Grassi

A presidente em exercício da CMEG de Cascavel, Inês Bombonatto, entrega a homenagem à empresária Ivone Brugin Kucinski

A presidente da CMEG de IVAIPORÃ, NADIR MACIEL, entrega a homenagem à empresária MARIA NEUSA DE ANDRADE COLUSSI

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A empresária Liberina Tombini, representando a presidente da CMEG de Medianeira, Muriel July Ávila da Silva, entrega o troféu à homenageada Robertina Nascimento

A presidente da CMEG de Londrina, Iracelis Gonçalves, entrega a homenagem à empresária Karina Sitta

A presidente da CMEG de Campo Mourão, Edilane Maria de Castro, entrega a homenagem à empresária Leila Maria Tonello da Luz

A presidente da CMEG de Jacarezinho, Mara Silvia de Melo Moraes, entrega a homenagem à empresária Fabíola Fonseca do Carmo

A presidente da CMEG de Paranaguá, Maria de Las Mercedes Novoa Lamas Gori, entrega o troféu À empresária Maria Elizete Zattar

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Homenagem da Câmara da Mulher

A presidente da CMEG de Umuarama, Jane Márcia Bitencourt, entrega a homenagem à empresária Josefa Fernandes Bruno

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Homenagem da Câmara da Mulher

A presidente da CMEG de Irati, Amanda das Graças Gomes do Valle Gryczynski, entrega a homenagem À empresária Loni Gaidicke Kuhn

A presidente da CMEG de Prudentópolis, Jane Cleusa Gomes da Silva, entrega a homenagem à empresária Maria Marilene Daciuk Kus

Relação das Mulheres Homenageadas: Apucarana.......................... Marilene Broggi Gil Campo Mourão................... Leila Maria Tonello da Luz Cascavel............................ Ivone Brugin Kucinski Castro...............................Rosi Bernadett Silveira Ribeiro Cornélio Procópio............... Sandra Regina Alino da Silva Curitiba............................. Silvia Grassi Foz do Iguaçu................... Ademilde da Rosa Morales Francisco Beltrão.............. Vera Rita Franciosi Schmitz Irati.................................Loni Gaidicke Kuhn Ivaiporã.......................... Maria Neusa de Andrade Colussi Jacarezinho..................... Fabíola Fonseca do Carmo Londrina......................... Karina Sitta Mal Cândido Rondon....... Eloisa Maria Sckstein Maringá......................... Olivia Shizuka Abe Medianeira.................... Robertina Nascimento Paranaguá.................... Maria Elizete da S. Zattar Ponta Grossa................ Maria Raquel Morais Prudentópolis............... Maria Marilene Daciuk Kus Toledo......................... Catia Regina Barbosa Umuarama.................. Josefa Fernandes Bruno

Homenagens Especiais: Responsabilidade Social......... Cleide Pennacchi Destaque Cultural.................. Chloris Casagrande Justen Destaque na Educação.......... Ângela Russi

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Homenagens O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, entrega o troféu de Destaque Cultural a Chloris Casagrande Justen

Das mãos do diretor regional do Sesc Paraná, Dimas Fonseca, Ângela Russi recebe a honraria de Destaque na Educação

Homenagem da Câmara da Mulher

Especiais

do Vice-presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Ari Faria Bittencourt, Cleide Pennacchi recebe a honraria de destaque na área Responsabilidade Social

T

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Páscoa com sabor de chocolate e lucros SILVIA BOCCHESE DE LIMA

P

arreiras e gôndolas colo-

e a Nestlé, investiu em produtos para

fator que influencia positivamente o

ridas mudam o visual dos

o público infantil e para consumidores

crescimento nas vendas é o período

supermercados

com restrições de dietas alimentares.

em que acontece a comemoração da

de vendas em todo o Estado. São as

Recente pesquisa da Nielsen des-

data. “No mês de abril, os consumi-

guloseimas próprias da Páscoa: co-

taca que a Páscoa de 2010 apresen-

dores já honraram com despesas de

lombas pascais, bombons e ovos de

tou crescimento na ordem de 6,5%

começo de ano como impostos e ma-

chocolate, recheados de novidades. E

nas vendas em relação a 2009. E os

terial escolar, por isso, com um pouco

novidade é o que não vai faltar, tanto

números previstos para 2011 são ain-

mais de dinheiro no bolso eles podem

é verdade que algumas indústrias do

da melhores. Os dados revelam que

pensar em comprar ovos de Páscoa

segmento chegaram a renovar 80%

as vendas devem ser impulsionadas

até para presentear”, acredita Zonta.

do portfolio dos produtos.

e podem crescer de 8% a 10% nos

Além dos chocolates, o bacalhau, pei-

supermercados do Estado.

xes e azeite também devem compor a

e

pontos

As inovações são nos formatos, tamanhos, surpresas e, inclusive, preços. De acordo com a Associação Pa-

Na avaliação do presidente da

T

ceia pascoal.

Apras, Pedro Joanir Zonta, um

ranaense de Supermercados (Apras), a Lacta, marca da Kraft Foods Brasil, apresenta uma linha pre-

mium, com embalagens especiais e ovos com sabores e texturas diferenciadas. A Garoto, maior

fábrica

de

chocolates da América Latina, além dos formatos e embalagens, traz opções para presentear

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Preparação para o Adeus Curso para agente funerário do Senac Paraná forma primeira turma KARLA SANTIN

O

s antigos egípcios levavam

Como em qualquer empresa, a

Para lidar ainda melhor com este

uma vida voltada para a

qualificação profissional no setor fune-

momento de sensibilidade aguçada,

morte. Nada era mais im-

rário é fundamental para o desempe-

sem perder o foco nos negócios, Lu-

portante para eles do que alcançar a exis-

nho da atividade e obtenção de bons

con matriculou-se na primeira capaci-

tência eterna e não mediam esforços para

resultados. E mais, ao conhecimento

tação para Agente Funerário do País,

atingir esse objetivo. As monumentais pi-

técnico, é preciso acrescentar um ex-

desenvolvida pelo Senac Paraná. De-

râmides, que serviam como tumbas dos

celente preparo pessoal por meio de

pois de seis meses de aulas, a turma

faraós, levavam décadas para serem edifi-

abordagens, como ética, responsabi-

se formou em abril e o Centro de Edu-

cadas, ao custo do suor de até 30 mil tra-

lidade e relacionamento interpessoal.

cação Profissional de Curitiba já está

balhadores. O fato é que morrer e morte

Com aproximadamente 580 fune-

com outra programada. O aluno afirma

adquirem formas e significados múltiplos

rárias cadastradas no Sindicato dos

que o curso contribuiu com sua empre-

em quase todas as culturas. A sociedade

Estabelecimentos de Serviços Funerá-

sa desde a aula inaugural, refletindo na

atual, no entanto, não prepara as pessoas

rios do Estado do Paraná (Sesfepar), o

qualidade dos serviços. “Os profissio-

presidente da en-

nais deste ramo nunca tiveram a opor-

tidade, Gelcio Mi-

tunidade de realizar cursos específicos.

guel

Até então, a pessoa que ingressava na

Karla Santin

para este evento natural e inevitável. “A morte é a única certeza da vida. De-

Schibelbein,

vemos estar preparados

afirma

porque não temos o domí-

maiores

nio de quando e como isso vai acontecer. É preciso

estão nas áreas de

niu os vários conhecimentos relativos à

desmistificar esse assun-

gestão e serviços

profissão”, avalia Lucon. Ele considera,

to”, assevera José Roberto

gerais, realizados

ainda, que a formação do Senac vai

Lucon, coproprietário da

pelo

fu-

expandir as possibilidades para aque-

nerário. Este pro-

les que não trabalham com funerárias,

fissional atua em

mas têm afinidade e querem ingressar

Funerária Stephan, a mais antiga do Paraná.

José Roberto Lucon, coproprietário da Funerária Stephan

Encarar a morte com natu-

que

as

área aprendia com os mais antigos, as-

deman-

similando conhecimento, mas também

das de qualificação

os vícios profissionais. E esse curso reu-

agente

todos

no ramo. “Como essa foi a primeira

ralidade permite, por exemplo, transfor-

os procedimentos, do atendimento à do-

praticamente

turma, ainda há muitos profissionais a

má-la em negócio. Foi o que fizeram os

cumentação. “A maioria das empresas

serem preparados. Somente da Cen-

bisavós da esposa de Lucon, que come-

são familiares, mas, tanto nas grandes

tral de Luto, onde funciona a Funerária

çaram com uma marcenaria nas imedia-

como nas pequenas, faltam reciclagens

Stephan, 11 pessoas fizeram as aulas,

ções do Largo da Ordem, em Curitiba.

periódicas, capacitações e novas tecno-

e todas compartilham a opinião de que

Vinda da Alemanha, a família Stephan

logias”, afirma.

se preparar é preciso”, diz.

recebia encomendas de urnas funerá-

T

rias que eram feitas no tradicional estilo germânico. De esporádica, a procura por este artefato pelos imigrantes e descendentes alemães aumentou e decidiram criar a funerária, em 1848.

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Código de Defesa do Consumidor a favor da empresa Cuidados que as empresas precisam ter na hora de divulgar seus serviços ou produtos KARLA SANTIN

O

Código de Defesa do Consumidor (CDC) está em vigor há 20 anos e mesmo assim ainda não é bem compreendido por todos os agentes envolvidos:

fornecedores (empresas), consumidores e Poder Judiciário. Citado principalmente depois que a relação de consumo foi efetivada e apresenta problemas, a chefe do Departamento Jurídico do Procon, Marta Pain, acredita que muitas ações que tramitam no órgão poderiam ter sido evitadas se a informação pré-venda estivesse em consonância com o código. “Os relatos de publicidade enganosa ou abusiva não são a maior demanda no Procon. Mas as pessoas deveriam denunciar mais esses casos porque publicidade é informação, que está entre os direitos básicos do consumidor”, justifica a advogada. O direito à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem é garantido pelo artigo 6º, inciso II, do CDC. A busca de informações é a segunda fase do processo de decisão de compra, conforme descreve Philip Kotler, no livro Administração de Marketing, a bíblia do marketing moderno. Os investimentos em qualidade de produto, serviço e atendimento se tornam em vão quando a empresa desrespeita o consumidor antes mesmo de entrar na loja, atraindo-o com uma informação enganosa ou, pior, abusiva. O gerente do Departamento Jurídico e professor da disciplina de Direito do Consumidor do Grupo Educacional Uninter, Alex Sander Branchier, explica a diferença entre esses dois tipos de publicidade: a enganosa é aquela que, por omissão de dados relevantes, falsos ou incor-

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retos, pode induzir o consumidor a erro.

Diante da reconhecida vulnerabi-

Na primeira categorização ficariam

Ela provoca uma distorção na capacida-

lidade do consumidor, o CDC prevê a

os fornecedores de massa, que aten-

de decisória do consumidor, que se esti-

inversão do ônus da prova a seu fa-

dem milhares pessoas por dia e usam

vesse melhor informado, não compraria

vor, buscando facilitar sua defesa nos

o atendimento telefônico como contato

o que foi anunciado. Já a publicidade

processos. Dessa forma, é a empresa

com o cliente. Como exemplo citam-se

abusiva é aquela capaz de levar o consu-

quem tem a função de provar que não

as empresas de telefonia, consórcios,

midor a se comportar de forma prejudi-

cometeu o ilícito. Mas se não o fizer,

bancos, cartões de crédito e TVs por

cial ou perigosa a sua saúde ou seguran-

nem por isso será automaticamente

assinatura. No meio, estaria o fornece-

ça. “Em alguns casos o fornecedor não

prejudicada. O que pode acontecer é

dor que também trabalha com grande

sabe que está cometendo o ilícito, mas

que uma vez condenado, o fornece-

número de clientes (hipermercados,

a maioria sabe. Faz como atrativo para

dor terá que restituir o valor pago pelo

estabelecimentos de ensino, escolas,

levar o incauto, o esperançoso, para

cliente ou a cumprir com o que havia

concessionárias de veículos), que já

dentro da loja e lá, diante de um contato

sido veiculado.

ofertam um tratamento individualiza-

direto, usa técnicas extremamente bem organizadas de convencimento e de marketing para executar a venda”, explica Branchier.

Consumidor tem (quase) sempre razão

Três níveis de fornecedores

do e o cliente pode ir até uma loja física fazer a aquisição e também re-

Para Marta Pain, do Procon, a pro-

clamar. O outro bloco seria constituído

teção fornecida pelo Código de Defesa

pelas micro e pequenas empresas nas

do Consumidor reside na generalida-

quais o relacionamento é sempre feito

de, sem especificar os diferentes tipos

pessoalmente.

de produtos, serviços, portes de em-

“É importante compreender que

Caso o consumidor se sinta preju-

presas ou modalidades de relações de

existem níveis diferentes de fornecedo-

dicado ou suspeite da comunicação,

consumo. “O código é bastante gené-

res. Nem o Código de Defesa do Con-

ele pode recorrer do ato infrativo. No

rico e por isso mesmo protege o con-

sumidor, nem o Poder Judiciário fazem

Paraná, além do Procon, o Ministério

sumidor, por sua abrangência”, avalia.

essa distinção, mas deveriam. Tratar

Público Estadual mantém o Centro de

No entanto, o professor de direito Alex

todos de maneira igual, com base na

Apoio Operacional das Promotorias

Sander Branchier defende a criação de

mesma lei, gera uma distorção. Uma

de Justiça de Defesa do Consumidor.

três níveis de empresas, que

distorção não da lei, mas de sua apli-

Ainda existe a possibilidade de o ci-

seriam tratadas de

dadão apelar para o Juizado Especial

maneira

Cível, popularmente conhecido como

renciada.

dife-

cação”, pondera Branchier. Segundo ele, nessas duas décadas de aplicação do

“Tribunal de Pequenas Causas”, para questões inferiores a 40 salários mínimos.

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CDC, os três blocos de fornecedores ti-

lecerem laços de parceria

veram evoluções isoladas. Os de mas-

com seus clientes, incenti-

sa, apesar de terem melhorado bas-

vando sempre a relação de

tante na forma de tratar o consumidor,

ganho mútuo. “A questão

ainda estão bem longe do que o códi-

mais importante quando fa-

go propõe e só o respeitam mediante

lamos da relação entre em-

pressão. O maior progresso aconteceu

presas e consumidores, é o

no segundo bloco, pois quando o con-

feedback trazido por estes

sumidor procura a loja com um produ-

clientes. Estas informações,

to que deu defeito, a possibilidade de

se utilizadas de forma cor-

encontrar uma solução pronta e rápi-

reta, podem trazer inúme-

da é muito maior do que nos outros

ras vantagens à empresa

modelos. E o grupo mais acanhando é

no momento do desenvolvi-

o das micro e pequenas empresas de

mento de novos produtos,

serviço e produtos em geral, onde há

ou até mesmo na retirada

casos de total descompromisso com o

de produtos que não aten-

código e outras que fazem o máximo

dam às necessidades dos

para que o saia satisfeito.

consumidores”, avalia Dihl.

Precauções na elaboração da publicidade Para evitar situações desagradá-

No atual mercado competitivo, se a empresa tiver que optar entre atrair novos

clientes ou manter os

veis, a especialista do Procon sugere

compradores frequentes por

que o empresário deve buscar profis-

meio de uma relação since-

sionais especializados para elaborar a

ra, o publicitário afirma que

publicidade. “E após escolher a melhor

a alternativa mais apropria-

forma de divulgação seria interessante

da é manter quem está fi-

conversar com alguém da área jurídica

delizado à marca. “Uma das

para verificar se o que será anunciado

mais fortes e mais eficientes

não pode entrar em confronto com as

formas de mídia que conhe-

disposições legais existentes”, indica

cemos é o Buzz, conhecido

Marta Pain.

popularmente

como

professor de direito do consumidor, Alex Sander Branchier

boca

Cercar-se de precauções nunca

a boca. Com ele conseguimos poten-

o consumidor e que põem a perder

é demais. O diretor da Agência Lo-

cializar os resultados das campanhas,

qualquer verba voltada para a área de

cus, Andre Dihl, complementa que as

gerar novos consumidores e mantê-

marketing.

empresas devem acompanhar todo o

los fiéis. Em um mercado competitivo,

processo de desenvolvimento dos ma-

como vivemos hoje, se uma empresa

teriais criativos desenvolvidos pelas

não tiver consumidores fiéis, as chan-

agências, para que possíveis erros nos

ces de ela perder para a concorrência

materiais veiculados e divulgados se-

são muito maiores”, diz.

jam evitados.

O Código de Defesa do Consumi-

Neste contexto, ainda que o Có-

dor não precisa ser encarado como um

digo de Defesa do Consumidor não

vilão pelos empresários. Quando bem

protegesse os consumidores, seria

compreendido e respeitado pode evi-

vantajoso para as empresas estabe-

tar situações que geram desgaste com

22

T

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Sinônimo de competência Lei nº 8.213/89 estipula que empresas precisam ter em seu quadro de funcionários de 2% a 5% de pessoas com alguma deficiência FERNANDA ZIEGMANN Fotos: Jorge Mariano

Franciele, formada em 2010, trabalha oito horas diárias na merenda escolar

C

onhecer a realidade de

grupos e associações são formados

ca, intelectual, visual ou auditiva. O

pessoas com deficiência é

frequentemente para lutar pelos di-

trabalho contribui para a autoestima,

um caminho de transfor-

reitos dessas pessoas.

criando confiança e proporcionando

mação e libertação para as famílias e

A inclusão começa na escola e se

aprendizagem, crescimento, transfor-

também para a sociedade. Cada vez

estende ao mercado de trabalho, onde

mação de conceitos e, principalmente,

mais a inclusão social se faz presente

empresas contratam pessoas com al-

o convívio com pessoas que se dizem

nos meios de vivência. Além disso,

gum tipo de deficiência, seja ela físi-

normais.

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des para a contratação a baixa qualifi-

Nelice, formada na primeira turma de aprendizes do Senac e da Risotolândia em 2009, trabalha na confeitaria da empresa

Mas, para a pessoa com deficiência

cação e a falta de experiência dos can-

Do mesmo modo que pessoas sem

didatos. Para contornar esse problema,

nenhuma deficiência conquistam sua

20% das empresas informaram ofere-

independência através do trabalho,

cer cursos de capacitação.

isso também acontece com as que a

A empresa Risa/Risotolândia é um

possuem. “Antes de começar a traba-

dos exemplos. Através do programa

lhar e a estudar nem, ônibus eu sabia

Jovem Aprendiz do Senac Curitiba, mi-

pegar. Hoje já ando sozinha e não te-

nistrado em Araucária – Região Metro-

nho mais medo”, conta cheia de or-

politana – vem há mais de um ano ca-

gulho a ex-aluna do Senac, Andressa

pacitando profissionais com deficiência

Ângela Santa Clara.

intelectual em Auxiliar de Cozinha. Já

Deficiência indica uma realidade

são quase 40 alunos formados e que

que cerca a todos e é preciso saber

hoje estão aptos a ingressar no merca-

que essas pessoas não escolheram ser

do de trabalho. Mais da metade garantiu

assim e que ninguém está livre de se

uma vaga na própria empresa, seja na

tornar semelhante ou ter próximo de

cozinha mexendo com os alimentos, ou

si alguém com alguma necessidade es-

fazendo a arrumação das bandejas e ta-

pecial. O importante é saber que não

lheres no refeitório.

existe diferença entre os seres huma-

Ao empresário não deve importar

nos somente porque alguns possuem

as deficiências que uma pessoa pos-

algum limite, seja motor, intelectual ou

sa ter, mas sim a capacidade que ela

sensorial. Os profissionais com defici-

tem para trabalhar. “Temos que enca-

ência são acima de tudo pessoas que

rar a situação com igualdade. Na mi-

estão aptas a aprender e a se desen-

nha empresa não admito preconceito,

volver para competir no mercado e

mesmo que o profissional seja menos

abraçar as oportunidades que apare-

ágil, temos que admitir essa lentidão

cem no meio do caminho.

o processo de conquistar um empre-

como uma situação normal.

go não é mais fácil do que acontece

Lógico que entre indiscipli-

com outras pessoas. Ele, além de tudo,

na e trabalhar mais vaga-

precisa se mostrar capaz e, principal-

rosamente há uma grande

mente, romper mitos, onde na maioria

diferença”, ressalta o presi-

das vezes o empresário o vê como uma

dente da Risa/Risotolândia,

pessoa pouco produtiva e a família o

Carlos Gusso.

trata como uma eterna criança.

e 18% não perceberam mudanças.

A pesquisa ainda mos-

A boa notícia é que o mercado de

tra que em relação aos be-

trabalho para pessoas com deficiência

nefícios da inclusão deste

Lei nº 8.213/89 Decreto

nº 3.298/99

De 100 a 200 colaboradores –

2%

do quadro de pessoas com deficiência

De 201 a 500 colaboradores –

3%

está aquecido. Uma pesquisa realizada

público, 50% das empresas

do quadro de pessoas com deficiência

pela Plura Consultoria e Inclusão So-

julgam que o ambiente de

De 501 a 1.000 colaboradores –

cial, com 71 empresas de todo país,

trabalho teve mais humani-

do quadro de pessoas com deficiência

mostra que todas já tomaram alguma

zação; 20% acham que a in-

medida para incluir profissionais com

clusão mudou, para melhor,

deficiência em seu quadro de funcio-

a percepção de gestores e

nários. Pouco mais que um terço delas

equipes; 12% notaram me-

(36,1%) apontaram entre as dificulda-

lhora no clima organizacional

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SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

De 1.001 em diante –

4%

5%

do quadro de pessoas com deficiência

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A Lei

Em

relação

à

classificação

A Lei nº 8.213/89 estabelece que

das deficiências, o Decreto nº

empresas privadas que possuam em seu

3.298/99, art. 4º, “considera pes-

quadro mais de 100 funcionários contra-

soa com deficiência aquela que se

tem pessoas com algum tipo de deficiên-

enquadra em uma das categorias

cia, tendo que representar de 2% a 5%

de deficiência física, auditiva, visu-

dos contratados.

al, mental ou múltipla, sendo esta

A Lei não se aplica a cargos específicos. Pode acontecer de a empresa

a associação de uma ou mais deficiências”.

contratar todos os funcionários com

T

deficiência para a mesma função. Desta forma, o empresário cumpriria a Lei reservando o percentual estabelecido, e ainda desempenharia o papel da inclusão social.

Benefícios

da inclusão

Rafael, formado pela turma de 2009, trabalha na panificação da empresa

Humanizou

Mudou,

Não per-

Melhora

o ambiente

para me-

ceberam

no clima

de trabalho

lhor, a per-

mudanças

organiza-

cepção de

cional

gestores e equipe

Medidas para inclusão

Baixa qualificação/experiência dos candidatos Resistência de gestores Dificuldade em recrutar face às especificidades do processo seletivo Falta de engajamento da liderança Não encontraram dificuldades

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Para mudar de vida O Senac através de seus cursos ajuda pessoas a realizarem seus sonhos e a não desistirem de lutar FERNANDA ZIEGMANN

M

aria Aparecida Barbosa,

soas, mas que faz a diferença e traz

“Minhas clientes gostam, sempre elo-

moradora de Paiçandu,

grandes mudanças para outras mil.

giam meu trabalho. É tão bom deixar

região Norte do Paraná,

Depois de dois anos coletando

as pessoas bonitas”, enfatiza. No perí-

passou de coletora de matérias reciclá-

material reciclável, Maria Aparecida

odo da tarde desempenha a função de

veis à cabeleireira. Helena Lopes, de

conseguiu atingir seu objetivo de se

zeladora em um salão de beleza, mas

Maringá, deixou o trabalho pesado em

tornar cabeleireira. “Este curso chegou

já tem um emprego garantido como

uma lavanderia para trabalhar como

a minha vida na hora certa. Estava

cabeleireira assim que tiver mais expe-

auxiliar de enfermagem concursada

muito triste porque o cavalo que eu

riência. “A dona do salão já avisou que

pela Prefeitura de Maringá.

assim que eu tiver mais prática ela me

Sempre quis fazer o curso de cabelei-

contrata. Enquanto isso vou treinando

mum? As duas trocaram de profissão

reiro, mas nunca tinha aqui em Paiçan-

em casa”, conta Maria.

realizando um sonho e melhoraram de

du, e quando tinha não sobrava vaga.

Como a vida não é uma novela

vida depois de fazer os cursos do Se-

Quando vi a oportunidade abracei com

cheia de momentos felizes, Helena Lo-

nac Paraná. Entidade que se faz pre-

força. Eu gostava do que fazia, é pra-

pes também demorou um pouco até

sente no dia a dia de milhares de pes-

zeroso deixar a cidade limpa, mas mi-

se encontrar. Foi em 2005, trabalhan-

nha vida mudou muito depois que fiz

do em uma lavanderia, que começou

o curso, me encontrei.”, comemora a

a se interessar pela enfermagem e o

cabeleireira.

que mais chamou sua atenção foi que

Arquivo do CEP Maringá

usava para trabalhar na rua morreu.

O que essas pessoas têm em co-

Maria Aparecida deixou a vida de coletora de recicláveis para virar cabeleireira

26

Mas, os cinco meses do curso não

o campo de trabalho era amplo. Quan-

foram fáceis, além de seu cavalo mor-

do começou a pesquisar sobre as es-

rer e prejudicar sua renda, sua mãe

colas da região encontrou o curso de

adoeceu. Nessa época teve que se

Técnico em Enfermagem, no Senac

dividir entre escola, trabalho, casa e

Maringá.

hospital. Agora, com um pouco mais

O curso correspondeu todas as

de um mês de formada seu marido

expectativas, mas, logo depois que se

faleceu e as coisas complicaram ain-

formou, em julho de 2006, não come-

da mais. “Fiquei com muitas dívidas,

çou a trabalhar, pois teria de se mudar

não tinha plano para o funeral, agora

para outra cidade a fim de começar a

estou trabalhando dobrado para po-

exercer a nova profissão. Como tinha

der pagar tudo e abrir meu salão. Foi

dois filhos, que ainda estavam no En-

muita luta e não vou desistir agora”,

sino Médio, não pôde largar tudo. “Na

desabafa.

época, me formei e não pude traba-

No período da manhã, Maria

lhar na área porque tinha dois filhos

abre sua casa para atender algumas

estudando e precisava formar eles, era

clientes, colocando em prática o que

minha missão. Como fiquei parada por

aprendeu durante as aulas do Senac.

algum tempo resolvi continuar estu-

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Arquivo do CEP Maringá

que adquiri nos estágios consegui fa-

Rolim de Moura, de 66 anos, morador

zer a faculdade com maior seguran-

de São José dos Pinhais, Região Metro-

ça”, comenta a enfermeira.

politana de Curitiba, matriculou-se no

Em 2009 Helena passou em um concurso público da Prefeitura de Maringá para Auxiliar de Enfermagem. Em agosto daquele mesmo ano assumiu sua função no posto de saúde da cidade. “O curso do Senac me ajudou muito na hora de fazer a prova, fui relembrando tudo que aprendi na sala de aula, tanto a teoria quanto a prática. Hoje, estou realizada pessoal e profissio-

As profissões

– NIlson Rolim de Moura –

da área da saúde são

e salgados em frente à Escola Antônio Franco,

na

Borda

do Campo, há cinco anos. Quando ficou sabendo

do

curso

ao ouvir um anúncio em um carro de som, logo foi até a unidade, realizou a matrícula e está animado para colocar a mão na massa. “Não vejo a hora de começar a fazer o que aprendi

muito inteligentes, é preciso muita

nas aulas, mas preciso comprar um car-

responsabilidade e comprometimen-

rinho com forno que serve para assar a

to para lidar com a vida”, afirma.

pizza. Já comprei um cilindro pra come-

Helena conta: “ao passar no con-

O Senac faz parte da vida de Nilson Rolim de Moura há mais de 40 anos

Nilson tem um carrinho de doces

Vendedor

de trabalhar e ajudar ao próximo.

que estava no município.

“Tenho sede de conhecimento, mas infelizmente falta tempo para aprender mais coisas. Sempre digo que a gente vive aprendendo e morre sem saber nada”

nalmente, sinto-me capaz Helena Lopes encontrou na enfermagem seu verdadeiro dom

curso de Pizzaiolo da Unidade Móvel,

çar meu novo negócio”, explica.

curso minha vida melhorou muito.

O Senac está presente na vida do

Trabalho seis horas por dia e com

vendedor há mais de 40 anos, quando

isso minha qualidade de vida subiu.

fez os cursos de panificação e confei-

Tenho mais tempo pra mim e minha

taria na escola, que auxiliam até hoje

família. Sem contar na estabilidade

em sua renda. Levantando todos os dias

profissional. É muito relaxante colo-

às 5h30 da manhã, o vendedor arruma

car a cabeça no travesseiro e saber

seu carinho e segue para a rua, retor-

que possuo um trabalho sério”.

nando somente à tarde e mesmo assim

Hoje, ela trabalha na parte assis-

o batalhador, morador de São José dos

tencial do posto de saúde, prestando

Pinhais, arruma tempo para se especia-

atendimento e cuidados aos pacien-

lizar e ainda quer continuar estudando.

tes. “Sinto que estou sendo usada

“Tenho sede de conhecimento, mas in-

por quem criou a vida. É como se

felizmente falta tempo para aprender

Deus estivesse me usando para fazer

mais coisas. Sempre digo que a gente

o bem”, finaliza.

vive aprendendo e morre sem saber nada”, finaliza Nilson.

Unidade Móvel Senac

dando e então comecei minha faculda-

A Unidade móvel do Senac também

de de Enfermagem e o curso do Senac

faz história na vida das pessoas. Pen-

foi muito útil, pois, por causa da prática

sando em aumentar os negócios Nilson

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Teleconferência falou de desafios para copa de 2014 No dia 29 de março, diretamente

nio Henrique Borges de Paula.

para um acontecimento assim. Além

No Senac de Curitiba, cerca de 120

da Copa do Mundo, essa formação vai

do

pessoas compareceram ao evento. Es-

ser para o resto da vida. É um inves-

estúdio do Se-

tiveram presentes, além do presidente

timento não somente para o evento,

nac Nacional no Rio

do Sistema Fecomércio Sesc Senac,

mas para a qualidade dos serviços que o Paraná oferece”, diz.

de Janeiro, a teleconferência Copa

Darci Piana, o secretário de Estado de

2014: Oportunidades e Desafios trou-

Turismo, Faisal Saleh; o secretário de

Piana não pensa diferente. O presi-

xe informações sobre os projetos do

Esporte, Lazer e Juventude de Curiti-

dente, além de ressaltar a importância

Senac para a Copa do Mundo, assim

ba, Marcelo Richa, entre outras auto-

do Senac em contribuir com eventos de

como ações em parceria com outras

ridades. No Paraná todo, 422 pessoas

grande porte formando cidadãos para

entidades. Contou com a presença do

assistiram à transmissão.

as necessidades do mercado, diz que

ministro do Turismo, Pedro Novais; do

Segundo Saleh, é muito importan-

o importante é capacitar cada vez mais

presidente da Federação Brasileira de

te que os envolvidos com a Copa de

pessoas. “Não importa quem é ou de

Hospedagem e Alimentação, Alexan-

2014 tenham a capacitação necessária

onde veio. O importante é dar para as

dre Sampaio, e do gerente de Projetos

para atender às demandas do even-

pessoas a capacitação necessária. For-

Estratégicos do Senac Nacional, Antô-

to. “Precisamos ter pessoal capacitado

mar cada vez mais cidadãos”, diz.

Sindicatos recebem certificados do Segs 2010 Presidentes e representantes de

Filho; o presidente do Sindi-

Representantes

sindicatos do Paraná receberam, no

cato do Comércio Varejista

Comercias

dia 24 de março, os títulos do Siste-

de Campo Mourão, Nelson

Paraná,

ma de Excelência em Gestão Sindical

José Bizoto; o presidente do

César Nauiack;

(Segs), durante a 122ª reunião da di-

Sindicato do Comércio Varejista de Cas-

o presidente do Sincap, Antonio Carlos

retoria da Fecomércio – PR, que tam-

tro, José Marioli Simão; o presidente do

Parieti; o representante do Sindilojas

bém foi agraciada com o mesmo certi-

Simatec Maringá, Valdeci Aparecido da

de União da Vitória, Diógenes Spach;

ficado em reunião da diretoria da CNC,

Silva; o presidente do Sindiplan, Fran-

o presidente do Sinfarma Oeste, Nelcir

no Rio de Janeiro.

do Paulo

ciso Macedo Machado; o presidente do

Antonio Ferro; o presidente do Sindicato

Dos 27 sindicatos que concluíram o

Sinditiba, Zildo Costa; o presidente do

do Comércio Varejista de Marechal Cân-

ciclo 2010, 21 enviaram seus respectivos

Sindióptica-PR, José Alberto Pereira; o

dido Rondon, Ademar Bayer e o presi-

representantes para o evento. Estiveram

representante do Sindicomércio de Pato

dente do Sincopeças Cascavel, Sandro

presentes a presidente do Secovi-PR, Li-

Branco, Ciro Conte Chioquetta; o presi-

Augusto Sabadin.

liana Ribas Tavarnaro; o presidente do

dente do Sindicado do Comércio Vare-

Para este ano, 41 sindicatos estão

Sinca-PR, Antônio Ermínio Pennacchi; o

jista de Ponta Grossa, Antenor Alberti

aptos a receber a certificação. O ciclo

presidente do Sindetur-PR, Nelson Pires

Guimarães; o presidente do Sindifarma-

2011 teve início no dia 4 de abril e vai

de Moraes Jr.; o presidente do Simaco-

PR, Edenir Zandoná Jr.; o presidente do

até dezembro, quando os sindicatos

PR, Segismundo Mazurek; o presidente

Sincopeças-PR, Vanderlei Antônio No-

serão avaliados para a conferência do

do Sindical-PR, Umberto Marineu Basso

gueira; o presidente do Sindicato dos

título do programa.

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Fusão de sabores texto e fotos: jorge mariano

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29


A

cozinha é um lugar onde o

Os holandeses

Todos os anos, o

inesperado acontece. Com-

se renderam aos

Senac promove gas-

binações de ingredientes,

novos paladares e

tronômicos eventos

harmonizações de sabores e até aci-

o chef Jos Boom-

que têm, em suma,

dentes culinários revelam universos de

gaardt segue com

cinco objetivos: ca-

paladares que surpreendem os mais

força essa tradi-

pacitação de alunos

variados gostos. As possibilidades são

ção. “Não tenha

e instrutores, valori-

tão grandes, que já não há mais li-

medo do novo.

zação dos produtos

mites para o mundo da gastronomia.

Cozinhe,

regionais, incentivo

Os clássicos já ganharam novas rou-

mente”, diz o ho-

pagens e ingredientes inusitados são

landês, convidado do Senac para partici-

melhoria do serviço do restaurantes

utilizados com mais frequência. Já

par da Semana de Estudos e Pesquisas

e educação do público externo. Ins-

cantavam os Paralamas do Sucesso:

da Culinária Holandesa e Indonésia.

trutores e alunos da instituição, além

experi-

à cadeia produtiva,

“Häagen-dazs de mangaba, château

Inovador, Boomgaardt tem sua

dos visitantes, têm a chance de entrar

canela preta, cachaça made in Carmo

formação com base na escola clássi-

em contato com profissionais da alta

dando a volta no planeta”.

ca francesa, porém, resolveu ousar ao

gastronomia, trocar experiências, co-

Porém, se engana quem pensa que

levar sua experiência para uma esta-

nhecer novas culturas e comer pratos

essa mistura toda é invenção do século

dia de três anos no sudeste asiático.

dignos de restaurantes estrelados.

XXI. Holandeses e indonésios já têm

“Isso me inspirou a abrir os olhos para

Por esses motivos que houve a mu-

uma tradição antiga quando o assun-

uma nova maneira de cozinhar”, conta.

dança no nome do evento, de Festival,

to é combinar influências. Resultado

“Muitos cozinheiros são céticos, receo-

para Semana de Estudos e Pesquisas.

da colonização das ilhas do sudeste

sos ao mudar. Mas as pessoas são mais

“Não é somente degustação. Agora,

asiático por desbravadores dos Países

criativas do que pensam. Só é preciso

você vai investigar o porquê de um

Baixos.

alguém que mostre isso a elas.”

tempero, de um ingrediente. É uma

Em 1594, o explorador marítimo Cornelis de Hautman, desembarcou na

imersão cultural”, explica Chrestenzen.

Estudos gastronômicos

Nessa edição, Holanda e Indonésia

Indonésia. O holandês ficou fascinado

Na Semana de Estudos e Pesquisas

são os países escolhidos. Apesar de se-

com a profusão de sabores daquela

da Culinária Holandesa e Indonésia,

rem completamente diferentes, suas

cultura e, depois de expulsar ingleses

não serão apenas os diferentes sabo-

culturas gastronômicas estão muito liga-

e portugueses que ocupavam a região,

res que vão caminhar juntos. Como já

das, devido à ocupação do país asiático

estabeleceu uma nova rota de especia-

é tradição do Senac, ensino e entrete-

pela "laranja mecânica" por quatro sé-

rias. A Indonésia passara, a partir daí,

nimento estarão lado a lado durante os

culos. Muitas especiarias – sabores com-

a ser uma colônia da Holanda, perma-

dias do evento. “É uma oportunidade

pletamente exó-

necendo dessa maneira até meados da

que nossos alunos e instrutores têm

ticos para

Segunda Guerra Mundial.

de conhecer novas técnicas e culturas,

os

Mas, bem menos de quatro séculos

e do público vir ao restaurante provar

precisaram passar para que as culiná-

os pratos”, explica o supervisor

rias criassem laços. Em 1597, apenas

do Restaurante-escola do

três anos depois de chegar ao arqui-

Senac, Lúcio Chres-

pélago, Hautman retornou à Holanda

tenzen.

e apresentou ao seu país todos aqueles produtos. Desde então, as batatas, carnes, e laticínios – base da culinária holandesa – ganharam toques de curry, pimentas, ervas e vários outros sabores exóticos.

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exploradores do século XVII – foram in-

vido à la carte, conta

escola

corporadas à culinária holandesa e, na

com oito opções que

pode se arriscar nas

do

Senac,

Indonésia, o rijstaffel, um dos principais

vão desde patês e

panelas. A Revista

pratos do país é influência dos navegan-

mousses

Fecomério PR sele-

tes europeus.

até

Matando a fome

salgadas,

parfaits

(uma

cionou duas receitas

espécie de sorvete

que podem ser pre-

artesanal) e bebidas

paradas em casa.

Para impressionar os paladares da

à base de gemas. Já

Semana, o chef Boomgardt selecionou

para o menu indoné-

receitas que vão do tradicional ao so-

sio, a variedade é maior. Os 12 pratos

selecionados para a Semana, é só ir

fisticado nas duas culturas. Ele diz que

que compõem as sugestões serão servi-

até o Restaurante-Escola Senac, na

a oportunidade de misturar elemen-

dos em um buffet. Guisados, sopas, di-

Rua André de Barros, 750, dos dias

tos pode criar sabores excepcionais.

ferentes variedades de arroz e até uma

29 de abril a 6 de maio. Informações

“Como pode dar errado misturar o

salada de frutas picante, são algumas

sobre valores e horários de funcio-

melhor de culturas diferentes? Isso é

das sugestões do chef para o evento.

namento podem ser obtidas no site www.pr.senac.br, ou pelo telefone

a cozinha fusion.”

tar todos os pratos

Quem quiser provar um pouco des-

O cardápio holandês, que será ser-

sas culturas antes de ir ao Restaurante-

Guisado de batatas e chicória com almôndega holandesa Ingredientes para a almôndega: • 8 fatias de pão de forma sem casca • ½ xícara de creme de leite • ½ xícara de leite • 600g de carne de porco moída duas vezes • 400g de carne de boi moída duas vezes • 2 dentes de alho bem picados • 2 ovos • 50g de manteiga • 50ml de óleo • 1 xícara de caldo de carne ou frango

Para experimen-

(41) 3219-4700.

T

Arroz Frito

• 50g de mostarda • Sal, pimenta e noz moscada a gosto Modo de preparo: Misture o leite e o creme de leite, mergulhe os pães e adicione as carnes. Adicione o restante dos ingredientes, molde as almôndegas. Em um frigideira, misture o óleo, a manteiga e frite as almôndegas dos dois lados. Adicione o caldo e deixe cozinhar bem. Depois de cozidas, retire as almôndegas e finalize o molho com a mostarda.

Ingredientes para o arroz: • 1kg de arroz cozido • 200g de cebolas bem picadas • 2 alhos-poró cortados finamente • 4 sobrecoxas de frango sem osso e sem pele cortadas em cubos • 2 colheres de sambal oelek (receita abaixo) • 5 dentes de alho bem picados • 200g de camarões pequenos • 3 colheres de chá de molho de soja leve • 2 maços de cebolinha finamente picados • 1 colher de chá de coentro em pó • 4 ovos • 1 colher de chá de trassi (pasta de camarão ou peixe) • 1 colher de chá de cominho em pó • 5 colheres de óleo • Sal e pimenta a gosto

Ingredientes para o sambal oelek: • 10 pimentas dedo-de-moça • 2 colheres de chá de trassi • 1 colher de chá de sal • suco de meio limão Modo de preparo: Processe todos os ingredientes e guarde em um pote na geladeira. Pode ser utilizado por até três meses. Modo de preparo do arroz: Misture as cebolas, o alho, o sambal oelek, sal, pimenta, alho-poró, trassi, cominho e coentro. Frite essa mistura. Adicione o frango e os camarões e frite por cinco minutos. Misture o arroz aos poucos. Adicione o molho de soja e os ovos. Finalize com a cebolinha, misture bem e sirva.

Realização:

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Transformação no Lar Dona Jacira de Campo Mourão karla santin Fotos: Jacqueline Teixeira Sonsin

O

clima carinhoso, a ale-

experiências concretas e previa uma

Educação Profissional (CEP) do Se-

gria que reina na casa e

intervenção modesta, de forma a ade-

nac em Campo Mourão, José Mateus

o espírito de cooperação

quar os espaços internos às necessi-

Bido. Foi o aval de toda a sociedade

dos integrantes da família emocionam

dades das crianças atendidas pela en-

que viabilizou uma intervenção mais

todos que visitam o Lar Dona Jacira

tidade. Mas, como em toda reforma,

abrangente. Grande parte dos R$70

em Campo Mourão, que recentemente

as condições reais do prédio deman-

mil investidos na transformação do lo-

passou por uma verdadeira transfor-

daram serviços adicionais. Para que a

cal foi arrecadada durante um jantar

mação, proposta por alunos e instru-

reforma se concretizasse, alunos, pro-

beneficente, no Recanto do Criador.

tores do Senac. O que começou como

fessores e a equipe técnica do Senac

Além dos convites, durante o evento,

um despretensioso projeto de conclu-

saíram em busca de parceiros para o

houve sorteio de prêmios, doados por

são do curso de Decorador de Interio-

custeio das despesas. “A comunidade,

empresas mourãoenses. E para com-

res Residenciais, tornou-se um projeto

ao perceber a grandeza da proposta,

pletar, foi criada até uma comissão es-

social que mobilizou empresários e

aprovou integralmente. Entidades de

pecial para receber as arrecadações,

toda comunidade.

classe, clubes de serviços, igrejas e

que não vieram apenas em dinheiro:

A instrutora e arquiteta Sônia Ma-

sindicatos passaram a apoiar as ações.

o Lar Dona Jacira recebeu equipamen-

ria Pessa, que coordenou os trabalhos

Realmente foi um grande envolvimen-

tos e utensílios hospitalares, alimentos

técnicos, junto à docente Cristina Tie-

to e a razão é o atendimento direto

não perecíveis e material de consumo,

mi Morishita, relata que a proposta foi

às crianças assistidas pelo Lar Dona

como fraldas e roupa de cama.

feita para que os alunos pudessem ter

Jacira”, avalia o diretor do Centro de

Quarto das meninas

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O Sindicato Empresarial do Comér-

Sala de estar

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cio de Campo Mourão e Região, que

A acessibilidade foi um dos pontos

gria parece vir dos pequenos detalhes.

sempre colaborou para a manutenção

bastante enfatizados no projeto, que

“Engraçado como todos pediram um

da entidade, envolveu-se ativamente

promoveu a ampliação das aberturas

espelho, algo tão banal, mas que em

nesse projeto. “Achamos importante

e do corredor, para dar passagem aos

um lugar onde a coletividade é tão evi-

o envolvimento da comunidade, dos

cadeirantes, e o nivelamento do piso,

dente, este objeto oferece a sensação

alunos e instrutores do Senac. Como

que tinha desníveis de até 12 centíme-

de individualidade”, observa a aluna.

empresário, acredito que temos que

tros. “Os banheiros comuns não esta-

O desafio foi deixar a residência fun-

cumprir nossa função social e apoiar

vam adaptados ao acesso de cadeiras

cional e também mais alegre e acolhe-

essa iniciativa”, defende o presidente

de rodas e não tinham espaços pró-

dora com a decoração, que no quarto

do sindicato, Nelson José Bizoto.

prios e adequados às necessidades dos

dos meninos remete ao futebol e, para

O projeto A reforma foi feita em quase toda a residência. Segundo a arquiteta Sônia Pessa, a edificação servia como escritório e por ser antiga,

apresentava

problemas típicos pelo

usuários”, descreve

“A reforma foi feita para que os alunos pudessem ter experiências concretas e era para ser pequena, mas as condições reais do prédio demandaram serviços adicionais”

passar do tempo. A cobertura recebeu telhas de fibro-cimento para sanar as infiltra-

arquiteta e instrutora do curso de decorador de interiores residenciais do senac – sonia maria pessa –

Sônia. Por isso foi construído um quar-

as meninas, tem a temática de flores.

Aprendizado social

to e um banheiro es-

A capacitação de Decorador de

pecialmente para as

Interiores Residenciais, que recen-

crianças com defici-

temente foi reestruturada, mudando

ência física. A am-

seu nome para Decoração de Espaços

pliação de 128 m²

Residenciais, oferece noções sobre

incluiu a criação de

decoração de interiores. Apesar da

uma área de banho,

carga horária de 171 horas, a instru-

uma merecida suíte

tora Sônia Pessa considera o conteúdo

para a Dona Jacira e

programático bem amplo. Para ela, é

a ampliação de ou-

preciso muito empenho e dedicação

tros dois cômodos.

para acompanhar o programa. “A obra

Durante a ela-

permitiu que os alunos vissem a im-

elétrica, onde o risco de incêndio era

boração do projeto arquitetônico e

portância de estarem acompanhados

grande, foi substituída. A casa ganhou

de decoração, os alunos conversaram

por profissionais habilitados quando

aquecedor solar para reduzir a conta

com os jovens moradores para captar

houver necessidade de substituições

de energia. Houve reforma do piso,

seus desejos e preferências. Essa con-

de paredes e construções e lhes deu

pintura de paredes e portas, substi-

versa marcou a participante do curso,

condições de sentirem o resultado do

tuição de janelas danificadas e novas

Carla Fabiola Zagotto, que afirma ter

que foi proposto”, avalia a instrutora.

luminárias.

relembrado sua infância, onde a ale-

Os alunos também tiveram que co-

ções, e a instalação

Quarto dos meninos

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trouxe a primeira turma de Enfermagem para cidade, fez o curso novamente, agregando ainda mais conhecimento a sua experiência de mãe e enfermeira. Aliás, sua prática profissional inteira foi dedicada às crianças. Algumas ficavam de passagem, por uma semana, um ou dois meses para tomar medicação e assim que recebiam alta, partiam. “Eu cuido deles até melhorarem de seus problemas e tomarem um rumo na vida”, asAlunos, instrutores e equipe do Senac Campo Mourão com a “Dona Jacira”

severa a grande matriarca, que já perdeu a conta de quantas

locar a mão na massa e executaram

propósito é que os alunos são contex-

crianças receberam sua atenção e

alguns serviços de pintura, disposição

tualizados e mobilizados para o apren-

carinho. O número chega perto de mil

dos móveis e aplicação de papéis de

dizado e para a atitude profissional”,

pequenos hóspedes, oriundos de famí-

parede. Outro trabalho, que exigiu

explica.

lias carentes, boias-frias, sem-terra, que

boa dose de criatividade foi a busca de materiais alternativos, adequados à verba disponível.

A grande família da Dona Jacira

não tinham condições financeiras ou instrução para cuidar dos filhos com a saúde tão fragilizada. As visitas dos pais

Para a ex-aluna Claudia Galvão de

O Lar Dona Jacira acolhe crianças

são liberadas, mas há casos em que

Lima, a experiência foi muito gratifican-

em situação de risco social encami-

elas ficavam mais espaçadas e, com

te e contribuiu para sua formação pro-

nhadas pelo Conselho Tutelar de Cam-

tempo, o vínculo familiar se perdia. Mui-

fissional. “Aprimorei meus conhecimen-

po Mourão. Em geral, elas apresentam

tos encontraram um novo lar, outros,

tos em decoração e ainda tivemos o

problemas de saúde e algumas pos-

não tiveram a mesma sorte. Comovida,

privilégio de ver um projeto que, depois

suem deficiência física ou intelectual.

Jacira adotou legalmente os que foram

de realizado, ajudou alguém que real-

De doação em doação, a entidade so-

deixados para trás. Parte deles casou e

mente merece: a Dona Jacira”, relata.

brevive desde a década de 70, quan-

um, com 17 anos, permanece sob sua

Aliar o conhecimento técnico à for-

do a então costureira Jacira Bueno

proteção.

mação pessoal dos futuros profissio-

Machado, por volta de seus 35 anos

Atualmente, ela tem 13 “filhos”.

nais é habitual no Senac, que integra

de idade, adotou sua primeira filha.

O último chegou há cinco anos, com

ações de responsabilidade social em

“Naquela época era fácil adotar uma

apenas dois meses de vida. A entida-

sua prática educativa. O diretor José

criança e acabei assumindo a guarda

de possui apenas uma funcionária e

Mateus Bido, acredita que a educação

de minha afilhada após o falecimento

Jacira recebe ajuda de uma irmã e das

profissional deve estar em sintonia

de sua mãe biológica”, conta Jacira.

crianças, que também colaboram nas

com a formação de um ser humano

Na sequência, ela fez o curso de

pequenas tarefas, conforme o pos-

integral. “Falar de formação integral é

Auxiliar em Enfermagem e começou a

sível. A falta de acessibilidade e ba-

pensar em uma pessoa que deve ser

trabalhar nos hospitais Policlínica e Bom

nheiros próprios para os cadeirantes

preparada para os desafios diários do

Jesus, de Campo Mourão. Foi aí que a

eram as maiores dificuldades. Por isso

setor produtivo, da sociedade organi-

família começou a aumentar, pois pas-

a reforma facilitou a rotina da cuida-

zada e que saiba realmente qual o seu

sou a receber pedidos das mães para

dora. “Às vezes me questiono como

papel na história e assuma a respon-

que ela cuidasse de seus filhos enquan-

me virava daquele jeito. Essa melhoria

sabilidade ambiental e social a partir

to estes se recuperavam de tratamentos

era um sonho que eu tinha e que foi

da sua conduta produtiva. Com este

médicos e cirurgias. Quando o Senac

realizado”, finaliza.

34

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Meio século

de parceria

Depois de cinco décadas de serviços ao Sindilojas, o advogado Jorge Manne é exemplo de trabalho e amizade. Quando o papo é a aposentadoria, “em 50 anos penso que começamos bem”, diz texto e foto: jorge mariano

T

ropicália, Woodstock e Ca-

Mais do que um emprego, o tra-

zuza. Ditadura militar, a

balho no sindicato foi um aprendiza-

Jorge Manne: “Não dá para ficar tanto tempo em um lugar sem contar com o respeito e as amizades”

construção – e a queda – do

do. Manne faz questão de lembrar da

“O Jorge é uma reunião de qualida-

muro de Berlim, Diretas Já. O micro-

importância que a oportunidade teve

des. Além de ser um grande profissional,

ondas, o computador pessoal, o te-

em sua carreira. “Aprendi demais aqui

é um grande amigo de todos. Todo mun-

lefone celular. De Kubitschek a Dilma

dentro. A experiência que ganhei aqui

do tem o mesmo tratamento com ele",

Roussef. O homem na lua. Da televisão

não tem preço”, conta.

conta Bittencourt. Prova disso, foram as

em preto e branco às filmagens em

Porém, suas atividades não se re-

homenagens que recebeu em dezembro

três dimensões. Isso tudo é apenas um

sumem à advocacia. Paralelamente

do ano passado, quando completou suas

pequeno exemplo do que o empresário

ao trabalho com as leis, fundou uma

bodas de ouro na instituição.

Jorge Manne vivenciou em cinco déca-

empresa no ramo de supermercados

Em um jantar promovido pelo sindi-

das de trabalho no Sindilojas.

com o irmão, João Manne – que fun-

cato, Manne recebeu uma placa come-

Durante sua história na entidade, a

cionou por mais de 10 anos – e passou

morativa e um presente dos diretores:

trajetória de Manne é cheia de deta-

a administrar projetos de construção

uma viagem ao Oriente Médio, terra

lhes, muito trabalho e, sobretudo, ami-

civil. Isso fez com que, em 1979, o

natal de seus ancestrais. “Era o mínimo

zades. É assim que ele fala de sua car-

advogado, empresário e empreiteiro

que podíamos fazer”, diz Bittencourt. “Al-

reira no sindicato. “Não dá para ficar

fosse solicitado pela diretoria – então

guém que trabalhou tanto como ele, me-

tanto tempo em um lugar sem contar

presidida por Alceu Abagge, pai de seu

rece uma homenagem dessas. É a prova

com o respeito e as amizades”, conta.

primeiro chefe – para acompanhar a

da qualidade do trabalho e da amizade

Carioca de coração paranaense,

obra de mais de 7.000m² da sede do

que ele tem com todos nós”, completa.

Manne passou de gato de Ipanema para

sindicato, na rua Pedro Ivo, no Centro

virar bicho do Paraná. Saiu de uma Lapa

de Curitiba.

Manne é todo alegria e agradecimentos. O tempo inteiro fala da ami-

para outra. Deixou o bairro boêmio da

Na época, um dos membros da

zade com os membros do sindicato,

capital fluminense e veio morar na cida-

cúpula era o atual presidente do Sin-

de seu aprendizado por lá e agradece

de do interior da terra das araucárias.

dilojas, Ari Faria Bittencourt, também

o reconhecimento pelo trabalho. “É

O trabalho para a instituição come-

vice-presidente do Sistema Fecomércio

muito bom quando vemos que traba-

çou em 1960, um ano antes de se for-

Sesc Senac. Ele não esconde a alegria

lhamos tanto tempo e fomos reconhe-

mar advogado e economista. O convite

e a amizade ao falar de Manne. Bitten-

cidos”, fala sorridente.

partiu de Leonardo Abagge, diretor ju-

court chegou à entidade em 1972, 12

Agora, o advogado está planejando

rídico do sindicato na época, para que

anos após o advogado. Desde lá, além

a viagem que ganhou de presente, mas,

Manne trabalhasse como advogado do

da relação profissional, os dois man-

sem deixar o trabalho de lado. “Se eu

Sindilojas. De lá em diante, nunca mais

têm uma amizade duradoura. Já são

fico mais 50 anos? Não sei. Mas todo o

deixou o posto.

39 anos.

tempo que vier já está ótimo!”

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35


Quebre o silêncio do seu rim – ele tem muito a falar! Basta um exame de urina, medir a dosagem de creatinina no sangue e a pressão arterial. Medidas simples como essas são capazes de detectar se uma pessoa tem risco de ser portadora ou estar com uma moléstia que é silenciosa: a doença renal SILVIA BOCCHESE DE LIMA Fotos: Jorge Mariano

L

ocalizados nos dois lados

percentuais podem refletir, também,

sentam grupos de riscos, que devem

da coluna vertebral e pro-

a realidade brasileira, ou seja, em

ter cuidados redobrados. Entre eles

tegidos pelas últimas cos-

torno de 12 milhões de pessoas, no

estão os diabéticos, hipertensos,

telas, os rins, normalmente, não têm

Brasil, sofrem de doenças renais crô-

obesos, idosos e aqueles com histó-

mais do que 12 cm. Juntos, pesam,

nicas. “A maioria das pessoas que

rico familiar de doença renal ou car-

em média, 300 gramas e diariamente

tem doenças crônicas do rim não

diovascular. Mas, independente de

filtram 180 litros de sangue. É destes

sabe e não percebe, uma vez que ela

fazer ou não parte de um dos grupos

órgãos a função de eliminar toxinas

ocorre de forma lenta, gradual e sem

de risco, é fundamental que todos

do sangue, como a ureia, a creatini-

sintomas. Quando eles aparecem, o

procurem ter uma alimentação sau-

na e o ácido úrico, além de reter as

paciente já perdeu de 75% a 80%

dável, com menos sal, gordura satu-

substâncias importantes para o orga-

da função renal”, destaca o médico.

rada e proteína e, rica em verduras,

nismo. Os rins também são respon-

Quanto mais cedo a insuficiência

sáveis por produzir hormônios que

renal for descoberta e quanto an-

participam na formação de glóbulos

tes este silêncio for quebrado, mais

vermelhos; da vitamina D, que ajuda

chance de sucesso terá o tratamen-

a absorver o cálcio e, da renina, que

to. Por isso a necessidade de realiza-

intervém na regulação da pressão

ção anual de exames de urina e de

arterial.

creatinina – a avaliação mais precisa

Mas, silenciosamente, o rim pode

sobre o funcionamento dos rins. En-

deixar de executar alguma dessas

tre os principais sintomas associados

funções e isto é mais comum do que

às doenças renais estão o inchaço

se pensa. Pesquisas realizadas nos

nos olhos, nos pés e nas pernas;

países da América do Norte mostram

pressão

que de 10% a 13% da população

constantemente pálido; sonolên-

adulta de um país têm Doenças Re-

cia e cansaço excessivos, dores ou

nais Crônicas (DRC). Para o médico

desconforto ao urinar e presença

nefrologista e presidente da Pró-Re-

de sangue ou espuma na urina.

nal Brasil, Miguel Carlos Riella, estes

36

arterial

elevada;

vegetais, frutas e peixes.

rosto

As doenças renais também apre-

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março

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Rins e coração

Diabetes

Estudos mostram que a DRC

O Ministério da

aumenta o risco de problemas

Saúde divulgou, no fim

cardíacos, como infarto, derrame

de 2009, que metade

e trombose cerebrais. “Além dos

dos brasileiros está com

fatores clássicos de arteriosclero-

sobrepeso e de acor-

se que são o colesterol alto, dia-

do com o presidente da

betes, pressão alta e tabagismo,

Pró-Renal Brasil, há uma

verificou-se que ter DRC também

evidente relação entre

é um fator de risco para o cora-

ganho de peso e o apa-

ção”, pontua Riella.

recimento do diabetes

O médico lembra que há pou-

tipo II, quando não

co tempo havia o receio de que

há produção sufi-

um paciente com doença crônica

ciente de insulina

nos rins pudesse perder a função

pelo

renal e acabasse em diálise ou

ou

incapacidade

de

utilizá-la

necessitasse de um transplante do órgão. Hoje, Riella enfatiza que a maioria dos pacientes com DRC nem chega ao tratamento de diálise, morre de complicações cardiovasculares. Quando os rins deixam de remover produtos do

“Os níveis elevados de glicose danificam as artérias de todo o organismo, causando problemas cerebrais, oculares, cardíacos, vasculares periféricos e renais”

sangue, há retenção de sal e com isso, o organismo passa a armaze-

médico nefrologista

de

forma adequada. Riella também salienta que o diabetes e a hipertensão arterial são as duas principais causas da insuficiência renal crônica e que metade dos pacien-

– miguel carlos riella –

nar líquidos. Este acúmulo acaba por sobrecarregar o coração, au-

organismo

tes diabéticos tipo I pode Descuidar da pressão arterial tam-

desenvolver doença renal,

mentando a pressão arterial e poden-

bém pode ser nocivo aos rins e, ao

enquanto apenas 10% entre

do vir a se tornar um edema.

lado do diabetes, corresponde por

os portadores da tipo II te-

60% das causas de insuficiência renal

rão, eventualmente, alguma enfermidade progressiva nos

crônica. Riella recomenda que ao

rins, causando a sua insufici-

ser diagnosticado com pres-

ência permanente. “Os níveis

são alta, o paciente deve

elevados de glicose danificam

cuidados

as artérias de todo o organis-

especiais, como perder

mo, causando problemas ce-

tomar

alguns

peso, reduzir a ingestão

rebrais, oculares, cardíacos,

de sal – de 5g a 6g diárias

vasculares periféricos e re-

–, evitar o tabagismo, di-

nais. Pessoas com histórico

minuir ou até mesmo mo-

de diabetes na família de-

derar o consumo de bebi-

vem ter atenção redobrada

das alcoólicas, dormir bem,

para evitar complicações da

praticar exercícios físicos e

doença”, alerta o médico.

evitar situações de estresse.

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Pró-Renal Brasil De

forma

interdisciplinar,

a

Pró-Renal Brasil desenvolve, em Curitiba, tratamentos inéditos, no cuidado aos pacientes com DRC. De acordo com a coordenadora Geral da instituição, Anelise Marcolin, em um único local o paciente tem atendimento integrado: podologia, nutrição, odontologia, assistência social e psicológica. Ali, o paciente recebe tratamento especializado para o pé diabético. “Todo o diabético, em diálise ou não, pode vir a ter le-

Tratamento interdisciplinar é dispensado ao paciente, na Pró-Renal Brasil

sões nos pés, com perda de sensibilidade. Não se trata de uma ação salienta

De forma gratuita, o paciente tam-

O Sesc Paraná é parceiro da Pró-

Anelise. As podólogas são especia-

estética,

mas

curativa”,

bém recebe tratamento odontológico,

Renal Brasil em eventos anuais para

listas em inspecionar e avaliar o pé e

com cuidados preventivos de limpeza

orientar a população sobre os cuida-

orientar o cuidador sobre os cuidados a

e de redução de infecções. O paciente

dos com o rim. Ainda neste ano, as

serem tomados. “Este é um tratamen-

renal que está sendo preparado para o

instituições farão quatro eventos para

to preventivo, pois evita a amputação

transplante não pode ter nenhum tipo

realização de exames e de orientação,

do membro, trata a infecção e melhora

de infecção. “A boca é um foco de in-

nas cidades de Curitiba, Pato Branco e

a qualidade de vida do paciente. Este

fecção constante. Se não houver cui-

Londrina. No dia 18 de maio, a Boca

trabalho foi iniciado em Curitiba há oito

dados bucais, ele pode vir a perder o

Maldita, no Centro de Curitiba, recebe

anos”, enfatiza a coordenadora.

transplante renal” pontua Anelise.

a próxima edição do evento.

Sintomas associados

às doenças renais • • • • • • • • •

Inchaço nos olhos, nos pés e/ou pernas Pressão arterial elevada Rosto constantemente pálido, sugestivo de anemia Sonolência e cansaço excessivos Dores ou desconforto ao urinar Mudanças na coloração da urina, presença de sangue ou espuma Dor na região dos rins, não diagnosticada como dor lombar Alterações em relação à frequência do ato de urinar Falta de apetite, náuseas e vômitos, cãibras, coceiras, tremores, insônia, perda da memória e falta de concentração são alguns dos sintomas apresentados em estágios mais avançados da doença

T

Cuidar bem dos rins é

cuidar bem da saúde! • • • • • • •

Tenha uma alimentação saudável, com pouco sal Beba água de acordo com a sede, não há necessidade de exagerar Faça exercícios regularmente Bebidas alcoólicas devem ser ingeridas com moderação Não fume Faça exames médicos pelo menos uma vez ao ano Controle a pressão alta e o diabetes

Fonte: Pró-Renal Brasil

Fonte: Pró-Renal Brasil

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Paraná Competitivo

atrai investimentos ao Estado Programa se compromete em desenvolver infraestrutura e economia do Estado, promover incentivos fiscais e garante elevar PIB karen bortolini

Em reunião no plenário da Fecomércio-PR, para tratar de assuntos sobre o Paraná Competitivo, da esquerda para a direita, o presidente do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores (Erepar), Sérgio Elias Couri, o secretário da da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros e o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana

Economia forte, diversificada

pelo Governo do Estado no dia 24 de

plica Nauiack. Ao todo, o programa se

e com capilaridade. O comér-

fevereiro deste ano, com a intenção

compromete em lançar quatro etapas:

cio será beneficiado como um

de gerar novos empregos ao conce-

incentivo fiscal, qualificação e capaci-

todo”. Estas são as vantagens que o

der incentivos fiscais para ampliação

tação de mão de obra, infraestrutura e

programa Paraná Competitivo trará ao

ou implantação de novos empreen-

internacionalização.

Estado, conforme define o presidente

dimentos no Paraná. “O aumento da

do Conselho Regional dos Represen-

receita, do lucro das empresas, uma

tantes Comerciais do Paraná (Core-

melhora na qualificação profissional e

Para o secretário da Indústria,

PR), Paulo César Nauiack, um dos en-

consequente aumento de renda do tra-

Comércio e Assuntos do Mercosul, Ri-

volvidos no andamento do projeto.

balhador permitem o desenvolvimento

cardo Barros, ao atrair novas empre-

de um comércio forte e perene”, ex-

sas ao Paraná, o PIB (Produto Interno

O Paraná Competitivo foi lançado

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Desenvolvimento do Estado

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39


Bruto) do Estado aumentará significativamente,

como protagonistas. Os empresários paranaenses

pois este é um programa institucional de governo,

esperam esta postura por parte de suas lideran-

sem fronteiras, podendo perdurar por toda esta

ças empresariais”, argumenta Nauiack, também

gestão. “Estamos dando mais condições para que

vice-presidente da Fecomércio-PR.

o empresário escolha investir no Estado. Isso atrai inclusive empreendedores de países do Mercosul”, pontua.

Incentivo Fiscal A etapa do incentivo fiscal é a primeira a ser

O secretário destaca novos empreendimentos

lançada no programa. Os empresários terão uma

decorrentes dos estímulos do programa. “A usina

dilação do prazo para o pagamento de Imposto

de biodiesel Potencial Petróleo na Lapa já está

sobre Circulção de Mercadorias e Prestação de

sendo construída, com ela, o PIB do município

Serviços (ICMS) gerado. Antes o período era de

aumentará em 30% e, ainda, sem impacto am-

quatro anos, mais quatro para pagamento, e ago-

biental. A Cooperativa dos Cafeicultores de Man-

ra passou a variar entre dois a oito anos para

daguari (Cocari), além de outros que já estão em

ser recolhido. Conforme explica Barros, toda a

processo de instalação no Estado”.

empresa que gera ICMS será beneficiada, assim

Na opinião de Nauiack, o programa vai possi-

como os centros de distribuição e outras áreas

bilitar identificar potenciais e criar um ambiente

do comércio. Os tributos sobre energia elétrica e

propício para o desenvolvimento de soluções inte-

gás natural também seguirão a mesma premis-

gradas, que permitam um crescimento homogê-

sa. Contudo, as empresas terão de passar por

neo das atividades econômicas. Também buscará

alguns critérios pré-estabelecidos, como tipo do

formas de agregar valor ao elevado volume de

investimento, valor investido, impacto econômico,

commodities produzidas em nosso Estado. Par-

capacidade de geração de renda, emprego e im-

te deste esforço será direcionado também às re-

postos, localização – se contribuirá também com

giões de mais baixo Índice de Desenvolvimento

municípios do interior – , impacto ambiental, ine-

Humano (IDH).

ditismo e inovação.

Infraestrutura

Internacionalização

Segundo Nauiack, no bojo do Paraná Compe-

Para cuidar da promoção de negócios entre

titivo está também o funcionamento da Câmara

municípios do interior do Estado com países do

de Infraestrutura, que deve debater e apresentar

Mercosul, o Governo do Estado criou

soluções para o apagão logístico que se configu-

uma Agência de Internacionalização do

rava. “Uma avaliação correta que valide investi-

Paraná. À entidade caberá o papel de

mentos nos locais adequados, seguramente vai

ampliar a atuação paranaense no merca-

servir de atrativo para novas empresas. Regras

do internacional, ao criar uma represen-

claras, política tributária coerente e realinhamen-

tação dessas empresas, facilitando sua

to são fortes atrativos para novas empresas”,

participação em eventos de negócios no

pontua. O governador Beto Richa e sua equipe

interior. Serão recebidas, através dela,

de governo mantêm portas abertas para o diálo-

delegações estrangeiras, o que tam-

go construtivo com posições flexíveis quando isto

bém agregará para o comércio exterior.

atende ao interesse de toda a sociedade.

“A proposta é facilitar a comercialização

“Estamos dando mais condições para que o empresário escolha investir no Estado. Isso atrai inclusive empreendedores de países do Mercosul” Secretário DE ESTADO da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul

A Federação do Comércio do Paraná foi uma

desses produtos. Queremos estabelecer

das convocadas pelo governador Beto Richa para

uma sinergia entre compradores e ven-

participar das discussões sobre o projeto, que

dedores”, conta Barros.

afetam diretamente nos resultados. “Neste pro-

A Câmara do Comércio Exterior da Fecomércio-

cesso não seremos coadjuvantes, participaremos

PR, presidida por Rui Lemes, está envolvida neste

40

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– Ricardo Barros –

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Agência Estadual de Notícias

O governador do Paraná, Beto Richa, e o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, assinam decretos para alterar a política Fiscal do Estado, durante lançamento do Paraná Competitivo em Londrina

processo desde as primeiras reuniões para ela-

Entidades envolvidas

boração das medidas do programa Paraná Com-

Além da Fecomércio e das secreta-

petitivo. A entidade convocou a participação de

rias da Indústria, Comércio e Assuntos

consulados e câmaras de comércio exterior de

do Mercosul, da Fazenda, de Assuntos

diversos países.

Estratégicos, Planejamento, Meio Am-

“A criação da Agência de Internacionalização

biente, Trabalho e Emprego, Infraestru-

do Paraná e a abertura de um canal de diálogo

tura e Logística, a Agência de Fomento,

permanente com entidades congêneres inter-

Banco Regional de Desenvolvimento do

nacionais já apresentam resultados. A interação

Extremo Sul (BRDE), Copel, Compagás,

com o trabalho que vem sendo realizado pela pró-

Administração dos Portos de Paranaguá

pria Fecomércio-PR, junto às câmaras bilaterais,

e Antonina, Lactec (Instituto de Tecno-

vai apresentar resultados duradouros. Abrimos o

logia para o Dessenvolvimento) e Ins-

mercado para a importação de produtos dos mais

tituto Paranaense de Desenvolvimento

diversos mercados e vamos buscar indicativos de

Econômico e Social (Ipardes).

potenciais demandantes para produtos de nossa fabricação”, finaliza Nauiack.

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T

“Neste processo não seremos coadjuvantes, participaremos como protagonistas. Os empresários paranaenses esperam esta postura por parte de suas lideranças empresariais” Presidente do Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Paraná (Core-PR) – Paulo césar Nauiack –

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FERNANDa ZIEGMANN Fotos: Serra Verde Express e Fernada Ziegmann

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marรงo

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O

romantismo, o luxo, o

Alemanha. A Lufthansa City Center,

glamour, a riqueza e o

uma gigante da aviação, querendo

refinamento da época de

promover a América Latina, escolheu

ouro sobre trilhos estão de volta. Já é

um atrativo de cada país para ser o

possível voltar no tempo e viver grandes

produto Lufthansa do Latin Emotions.

momentos a bordo do Trem de Luxo da

Foi aí que eles adotaram o Trem de

Great Brazil Express (GBE), projeto da

Luxo do Paraná, como o brasileiro.

Serra Verde Express. Ao colocar os pés

“São 700 lojas Lufthansa que come-

dentro de uma das litorinas paranaenses

çam a vender e divulgar o trem de luxo

é possível se sentir imediatamente em

no mundo todo, tendo assim um poder

outra época, em que as viagens cheias

de distribuição mais amplo. E o nosso

de requinte eram quase que exclusivida-

Estado é cada vez mais divulgado pelo

de dos grandes senhores.

mundo afora”, explica o diretor comer-

O presidente da Serra Verde Express, Adonai Aires de Arruda, o sueco

cial da Serra Verde Express, Adonai Arruda Filho.

Thomas Glenndahl e o belga Thierry

Em 2004, depois de pesquisar

Nicholas se associaram com a inten-

quais eram os destinos da Europa no

ção de criar os mais luxuosos trens do

Brasil, os sócios constataram que eram

mundo. No Paraná, investiram algo em

três: a Amazônia, o Rio de Janeiro e

torno de R$ 2 milhões em estruturação

Foz do Iguaçu. “O mais viável seria um

dos dois vagões que operam no inte-

trem que fosse da Cidade Maravilhosa

rior do Estado.

à Terra das Cataratas. Mas, como exis-

Em 2008, o Great Brazil Express

tem diversos trens de carga, diferentes

colocou nos trilhos do Paraná o úni-

bitolas, problemas de tráfego e a con-

co trem de luxo do País. Composto

dição das vias não permite velocidade,

por dois carros, chamados de lito-

esse passeio demoraria mais de um

rinas, ricamente decorados com te-

mês. Foi aí que vimos que seria mais

mas da fauna e da flora brasileira, o

viável ligar Curitiba a Cascavel com o

ambiente remete aos áureos tempos

trem, e os demais pontos por avião”,

da riqueza, refinamento e bom gosto

comenta Adonai Filho.

da época, lá pela metade do século

O mais gostoso é saber que o pas-

passado. Durante a viagem, os pas-

seio não é exclusividade de quem tem

sageiros desfrutam das mais belas

o bolso forrado de dinheiro. A GBE dis-

paisagens entre o Rio de Janeiro e

ponibiliza, pacotes de viagens para as

Foz do Iguaçu. São seis dias dentro

mais variadas classes. E o que diferen-

do trem, passando pelos espetáculos

cia é que não é um turismo de massa,

naturais do Paraná, com paradas em

mas sim de qualidade. “Em função de

pousadas e hotéis preparados espe-

ter um valor mais alto, a maior parte

cialmente para a chegada dos passa-

da procura é de fora do Brasil. Um dos

geiros, que usufruem de almoços e

problemas que ocorreu no País é que

danças típicas de cada região.

foi divulgado no lançamento apenas o

O Trem de Luxo teve relançamento

valor total da viagem, indo do Rio de

em março de 2011 durante a ITB Ber-

Janeiro até Foz do Iguaçu. Mas exis-

lin, (Feira Internacional de Turismo),

tem programas mais curtos e em con-

a maior feira do mundo, realizada na

ta, como o passeio para Morretes que

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43


acontece todo fim de semana e custa R$300, com almoço. Há também, a Litorina Noturna, um passeio até Piraquara, incluindo um jantar e recepção com champagne na estação, com custo de R$160. Mesmo o trajeto do interior do Estado não precisa ser feito por completo. É possível embarcar nos pontos de parada”, afirma Adonai. O diretor comercial da Serra Verde Litorina Copacabana: remete ao Rio de Janeiro com decoração em Preto e Branco e madeira nobre escura

ressalta que além de mostrar os pontos turísticos do Paraná, a empresa se preocupa em desenvolver o comércio por onde passa. “Sempre procuramos movimentar a economia da região por onde o trem passa. Tanto é, que as principais refeições são feitas fora dos vagões. Porque senão, seria apenas um trem de passagem e não estaria somando nada às cidades”, almeja. O Great Brazil Express está entre as três locomotivas de luxo do mundo. Os outras duas ficam na Índia, chama-

O bar das litorinas é equipado com freezer e fornos onde os passageiros podem desfrutar das mais variadas bebidas

O termo "litorina" é italiano, originado pelo fato de Benito Mussolini ter viajado até a cidade de Littoria sobre um desses veículos, daí o noem Litorina. As que operam no Paraná são americanas e vieram para o Brasil entre 1962 e 1964, sem data exata. Toda a estrutura interna começou a ser reformada em 2007. Anteriormente, cada litorina tinha uma capacidade de 56 poltronas e com a reforma foram reduzidas para 22 cada. “Cada uma possui bar, dois banheiros para poder acomodar todos os passageiros. As duas são revestidas com madeira nobre e também foi utilizado mármore italiano nos banheiros e no balcão do bar. Procuramos colocar o que existe de mais fino e requintado, o passageiro tem que se sentir mais do que bem”, destaca o encarregado operacional, Ticiano Rebordão Bruno Pinto.

da Maharajas Express e, na África do Sul, o Blue Train. Realize o sonho de

servido um almoço típico holandês na

voltar no tempo a bordo dessa obra de

Castrolanda e admiram as belas dan-

arte, conhecendo as belezas naturais

ças típicas.

do Estado do Paraná.

Roteiro no Brasil

Litorina Foz do Iguaçu: o trem é decorado com elementos da fauna e flora do Paraná e a madeira é mais clara para dar uma sensação de leveza

Litorinas

No terceiro dia de viagem, seguem até Irati, observando as lindas paisagens do Paraná, atravessando enor-

O passeio pelo Brasil inicia-se no

mes plantações, rios, cânions e serras.

Rio de Janeiro, onde os turistas vão

Seguindo por Guarapuava, Cascavel

de avião até Curitiba. É a partir daí

até chegar a Foz do Iguaçu, onde du-

que começa o verdadeiro glamour da

rante dois dias podem conhecer as Ca-

viagem. Os passageiros seguem até

taratas do Iguaçu e o que de mais belo

Morretes e Antonina, lá fazem um pas-

a cidade pode oferecer.

seio de barco pela baía de Paranaguá

No pacote está incluso hospeda-

e degustam o prato típico da região, o

gem em hotéis de luxo, alimentação

barreado.

e bebidas a bordo, como whisky 12

No fim do dia, voltam a Curitiba

anos, vinhos, cafés, além de um re-

pela Estrada da Graciosa e podem co-

quintado lanche. Durante o trajeto

nhecer um pouco mais da Capital pa-

um guia bilíngue ou trilíngue mostra

ranaense. No segundo dia de viagem,

os pontos turísticos. Alguns percursos

seguem para Ponta Grossa, onde visi-

são feitos por ônibus de luxo, pois exis-

tam o Parque Estadual de Vila Velha

tem lugares onde não há trilhos para o

e depois vão para Castro, em que é

trem passar.

T

março

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Paraná destino das Federações Antonio Menegatti

O Estado do Paraná, seu comércio e ações sindicais, bem como sua prática social e aprendizagem comercial, têm sido destaque para as demais regiões do Brasil. Foi isso que fez com que uma comitiva do Sistema Fecomércio Sesc Senac do Mato Grosso do Sul visitasse o Paraná para conhecer a história da capital paranaense e ideias que possam vir a ser aplicadas naquele Estado. “Assumi a presidência do Sistema, no Mato Grosso do Sul há pouco tempo e como presidente da instituição de um Estado pequeno, fiquei maravilhado com a infraestrutura do Sistema Fecomércio no Paraná”, enfatiza o presidente Edison Ferreira de Araújo. Para Araújo, o ápice da visita foi conhecer o Programa de Formação de Novos Gestores. “Com certeza, tentaremos implantar algo semelhante ao do Paraná. Vejo que esta é

O diretor regional do Sesc Espírito Santo, Gutman Uchoa de Mendonça; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Espírito Santo, José Lino Sepulcri; o prefeito de Pato Branco, Roberto Viganó; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana; o presidente do Sindicomércio, Nilo Garbin; o vice-prefeito de Pato Branco, Daniel Cattani; o vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná, Ari Faria Bittencourt e o vice-presidente do Sindicomércio, Ciro Chioquetta

uma excelente oportunidade para todos”, salienta. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, também recepcionou a comitiva de empresários que acompanharam o presidente do Sistema Fecomércio do Amazonas, José Roberto Tadros, ao Paraná. Aos empresários amazonenses foram apresentadas as Câmaras Setoriais da Fecomércio e as assessorias prestadas aos empresários, como as das áreas econômica, jurídica, de planejamento, comunicação e de desenvolvimento empresarial. “O grande objetivo da nossa visita foi a troca de experiências e o conhecimento de outra realidade dentro de um mesmo sistema orgânico. Levo daqui uma imagem muito positiva. Estou gratificado e extremamente satisfeito com o método implantado neste Estado”, pontuou Tadros. E para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Sindica-

Da esquerda para a direita, o diretor regional do Sesc AM, Antônio Carlos Mattos Vasconcelos; a diretora regional do Senac AM, Silvana Carvalho; a superintendente da Fecomércio AM, Simone Guimarães; o presidente do Sistema Fecomércio AM, José Roberto Tadros; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Faria Bittencourt; o engenheiro civil do Sistema Fecomércio AM, Roberto Aguiar Dias; o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca; o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier e o advogado do Sistema Fecomércio PR, Carlos Sotti

to Patronal do Comércio Varejista de Pato Branco e Região (Sindicomércio), 20 empresários do Espírito Santo visitaram o Sudoeste paranaense, em Pato Branco. Acampanhados do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac do Espírito Santo, José Lino Sepulcri, os capixabas tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura física, os serviços disponibilizados, além de ver de perto como funciona o sindicato e as unidades do Sesc e do Senac na cidade. Para o presidente Piana, a vinda destas federações ao Paraná é orgulho e ao mesmo tempo responsabilidade redobrada. “Estamos sendo modelo em muitas das nossas ações e isso é um desafio para que a melhoria de nosso trabalho seja constante”, conclui.

T

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O superintendente interino da Federação do Comércio do Mato Grosso do Sul, Reginaldo Lima; o consultor sindical, Fernando Camilo; diretora regional do Senac MS, Regina Ferro; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac do MS, Edison Ferreira de Araújo; o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca; a diretora regional do Sesc MS, Irene Buainain e o vice-presidente da Federação do Comércio do PR, Ari Faria Bittencourt

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45


Sesc Triathlon Caiobรก Dobradinha paulista na etapa Caiobรก do Circuito Sesc Triathlon silvia bocchese de lima Fotos: Ivo Lima, Mรกrio Vieira e Nilson Santana

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marรงo

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R

einaldo Colucci cumpriu a

Tianny Viegas de Oliveira e Priscila da

participar da prova e que mesmo ao

promessa que fez no ano

Silva Rocha.

fim do percurso demonstrou entusias-

passado, de que iria com-

O tempo obtido pelos atletas de eli-

mo e disposição. “Concluí esta prova

petir no Sesc Triathlon, em 2011. Ele

te neste ano ficou um pouco acima dos

tranquilamente, e serviu como um trei-

não apenas participou da prova como

registrados em 2010: aproximadamente

no para a próxima edição do Triathlon

conquistou seu bicampeonato na eta-

dois minutos a mais no masculino e cin-

aqui em Caiobá, afinal, já são 20 anos

pa Caiobá do Circuito Sesc Triathlon,

co no feminino. Na avaliação do diretor

participando desta prova, que tem

que aconteceu em fevereiro deste ano,

da Divisão de Esportes do Sesc Paraná,

uma organização impecável”, come-

no litoral paranaense. O atleta comple-

Marcus Vinícius Mello, o calor foi o res-

mora Buschmann.

tou os 1.500m de natação, 40km de

ponsável pelo acréscimo nos tempos.

Na categoria amadora, o destaque

ciclismo e 10km de corrida, da catego-

“A prova foi um sucesso, os atletas con-

foi para Diogo Cesar Ferreira, que ob-

ria elite, em 01h54min08s, seguido por

seguiram superar-se, apesar das altas

teve o tempo de 01h01min43s e para

Luiz Francisco de Paiva Ferreira, Mauro

temperaturas terem feito com que eles

a triatleta Yana Barcik Glaser, com o

Cavanha Conceição, Guilherme Manoc-

aumentassem, um pouco, os tempos”,

tempo de 01h14min05s. Já, na cate-

chio e Alexandre Gomes.

salienta.

goria geral comerciária, a atleta de

Já, na elite feminina, o primeiro lugar

Mas a prova também foi abrilhan-

Curitiba, Heloísa Regina Fermino foi

foi obtido pela paulista Vanessa Gianin-

tada pelos 598 atletas amadores e de

a melhor colocada, com o tempo de

ni, que fez todo o percurso no tempo de

elite e 152 comerciários que competi-

01h11min03s e no masculino, o gaú-

02h15min46s. Sandra Soldan e Vanessa

ram por qualidade de vida e bem-es-

cho de Novo Hamburgo, Matheus Ghi-

Cabrini chegaram, respectivamente, em

tar. Prova disso foi o atleta Adir Bus-

ggi dos Santos, com 01h03min31s.

segundo e terceiro lugares, seguidas de

chmann, de 79 anos, o mais idoso a

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Para atuar durante a prova e pres-

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47


tar atendimento aos 750 atletas, 492

o Complexo de Turismo e Lazer que

pessoas fizeram parte da equipe de

será inaugurado nos próximos meses”,

trabalho, composta por diretores, ge-

pontua Dalmora.

rentes, técnicos, estudantes, motoci-

Como novidade para 2012, o presi-

clistas, massagistas, árbitros, sono-

dente do Sistema Fecomércio Sesc Se-

rização, vigias, médico, enfermeiros,

nac Paraná, Darci Piana, anunciou que

caiaqueiros, além de bombeiros, poli-

o evento terá duplicada sua capacidade

ciais militares e rodoviários.

e espera atingir, com isso, 1500 atletas

Para o diretor da Divisão de Esportes

inscritos na competição. A área técnica

do Sesc Paraná, a realização da prova

responsável pela organização do evento

neste ano superou todas as expectati-

está estudando a viabilidade desta am-

vas da organização, desde o momento

pliação, visando, sobretudo, a seguran-

das inscrições, encerradas em tempo

ça e a qualidade da prova. Além disso,

recorde, 89 minutos. “Com o trabalho

Piana ressalta a preocupação do Siste-

dedicado das diferentes áreas de ação

ma Fecomércio Sesc Senac na defesa

e dos colaboradores da instituição e do

do litoral do Estado, trazendo investi-

apoio da Polícia Militar, Corpo de Bom-

mentos e auxiliando as áreas de serviço,

beiros e Prefeitura de Matinhos, com

comércio e turismo local.

seus efetivos, organização e planeja-

O diretor regional do Sesc Paraná,

mento, tivemos um belíssimo evento

Dimas Fonseca, lembra, também, que as

neste domingo”, ressaltou o diretor.

atividades do Sistema Fecomércio Sesc

Na avaliação do prefeito de Mati-

Senac no litoral serão solidificadas com

nhos, Eduardo Dalmora, a parceria da

a inauguração do Centro de Turismo e

prefeitura com o Sistema Fecomércio

Lazer Sesc Caiobá, em um prédio loca-

Sesc Senac tem trazido para a cidade

lizado na área central da cidade, em um

importantes investimentos e qualidade

espaço de 15.000m2, 138 apartamentos,

de vida para a população local e para

dois restaurantes, parque aquático, entre

o turista. "Matinhos sente-se honrada

outros atrativos. “Nos próximos meses

com os trabalhos que o Sistema têm

o novo complexo terá capacidade para

realizado em nosso município, como

hospedagem de aproximadamente 500

por exemplo esta excelente prova,

pessoas, solidificando a presença do Sis-

com uma organização impecável e

tema aqui no litoral”, pontua Dimas.

48

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

março

|

a b r i l 2 0 11


Os vencedores das categorias Elite Masculina e Feminina, da etapa Caiobá do Circuito Sesc Triathlon

Categoria Elite Masculina

Categoria Amadora

1º 2º 3º 4º 5º

1º lugar masculino: Diogo Cesar Ferreira – 01h01min43s 1º lugar feminino: Yana Barcik Glaser – 01h14min05s

Lugar: Lugar: Lugar: Lugar: Lugar:

Reinaldo Colucci – 01h54min08s Luiz Francisco de Paiva Ferreira – 01h56min22s Mauro Cavanha Conceição – 01h57min37s Guilherme Manocchio – 01h57min56s Alexander Loiola Gomes – 02h00min19s

Categoria Elite Feminina 1º 2º 3º 4º 5º

Lugar: Lugar: Lugar: Lugar: Lugar:

Categoria Comerciária 1º lugar masculino: Matheus G. dos Santos – 01h03min31s 1º lugar feminino: Heloísa Regina Fermino – 01h11min03s

Vanessa Gianinni – 02h15min46s Sandra Soldan – 02h18min53s Vanessa Cabrini – 02h20min39s Tuanny Viegas de Oliveira – 02h22min06s Priscila da Silva Rocha – 02h23min20s

Próximas etapas do Circuito Nacional

22 de maio: Brasília – DF 03 de junho: Belém – PA 11 de setembro: Fortaleza – CE 16 de outubro: Salvador – BA 11 de dezembro: Tramandaí – RS

www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

O secretário de Estado do Turismo, Faisal Saleh; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana; o prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora e o vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná, Ari Faria Bittencourt

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

T

49


DIVULGAÇÃO IPPUC

Metrô Curitibano A capital paranaense apresenta o projeto Metrô Curitibano. Dividido em duas etapas, prevê recursos superiores a R$3,25 bilhões e término das obras em 2016 sILVIA BOCCHESE DE LIMA

D

o subsolo de Curitiba, na

população superior a três milhões de

Almeida explica que o projeto será

Praça Tiradentes, já res-

habitantes e concorre com Rio de Ja-

dividido em duas etapas. A primeira

surgiu a história da capital,

neiro, São Paulo, Belo Horizonte, Por-

terá a extensão de 14,2km entre a

com um conjunto de calçadas e canale-

to Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza e

Estação CIC-Sul, localizada próxima à

tas de drenagem datados da segunda

Salvador. O resultado da seleção dos

Ceasa e a Rua das Flores, no Centro

metade do século XIX, além do piso do

projetos escolhidos será divulgado no

da cidade. Ao todo, serão percorridas

antigo Mercado Municipal. Mas agora,

dia 12 de junho.

13 estações. Esta etapa está orçada

o que se pretende com o subsolo curi-

De acordo com o presidente do

em R$2,25 bilhões e o início das obras

tibano é a solução para o transporte

IPPUC, Cléver Ubiratan Teixeira de

depende da aprovação do projeto

coletivo. Trata-se do projeto “Metrô

Almeida, o projeto “Metrô Curitiba-

junto ao Governo Federal para a ob-

Curitibano – Linha Azul – Santa Cân-

no” está sendo discutido há mais de

tenção dos recursos. O custo total da

dida/CIC Sul”, proposto pelo Instituto

três anos junto ao Governo Federal.

Linha Azul, em todo o seu percurso é

de Pesquisa e Planejamento Urbano

“Trata-se de um projeto estruturado,

estimado em R$3,25 bilhões, extensão

de Curitiba (IPPUC).

conforme prioridade definida para a

de 22,4km, 21 estações para veículos

O projeto foi inscrito em abril deste

aplicação dos recursos do PAC da

compostos por cinco carros, capacida-

ano, no Ministério das Cidades, para

Mobilidade e com requisitos consi-

de para 1.450 passageiros e término

concorrer a recursos do Programa de

derados relevantes como demanda

das obras em 2016.

Aceleração do Crescimento (PAC 2) -

suficiente, aumento da capacidade

A Prefeitura de Curitiba busca, jun-

Mobilidade Urbana. Curitiba enquadra-

de transporte, integração com ou-

to aos governos Federal e Estadual, a

se no grupo “MOB 1”, formado por ca-

tros modais”, pontua o presidente do

isenção dos impostos para as obras do

pitais de regiões metropolitanas com

IPPUC.

metrô, podendo com isso, reduzir em

50

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

março

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a b r i l 2 0 11


DIVULGAÇÃO IPPUC

mais de R$ 200 milhões os custos da construção.

Mudanças Urbanas Com a implantação do metrô em

Para Darci Piana, presidente do Sis-

Curitiba, o IPPUC pretende mudar a

tema Fecomércio Sesc Senac Paraná e

paisagem da capital. Almeida revela

coordenador do Grupo dos Oito (G8 –

que o instituto transformará as ca-

entidades representativas que incluem

naletas, hoje usadas exclusivamente

Federação do Comércio do Paraná, As-

para o tráfego dos ônibus biarticu-

sociação Comercial do Paraná, Federa-

lados do sistema expresso, em um

ção das Indústrias do Paraná, Federação

espaço de convivência. Elas serão

da Agricultura do Paraná, Organização

denominadas ´Vias Urbanas´, com

das Cooperativas do Paraná, Instituto

um extenso calçadão para pedestres,

Brasileiro de Qualidade e Produtivida-

ciclovia, arborização e equipamentos

de, Federação das Associações Comer-

de lazer. E o metrô funcionará sob as

ciais, Indústrias e Agrícolas do Paraná

canaletas. “O conceito para implanta-

e Sebrae) é essencial que as entidades

ção do metrô em Curitiba é inovador,

unam-se para que este projeto seja

mantendo a prioridade ao transporte

aprovado e um dos escolhidos. “A Fe-

coletivo e privilegiando o pedestre e o

deração do Comércio do Paraná e o G8

ciclista”, salienta Almeida.

são favoráveis à implantação do metrô.

O presidente do IPPUC ressalta

Vamos trabalhar em conjunto com a

que um dos diferenciais do projeto

prefeitura, a bancada federal e os sena-

apresentado por Curitiba é o fato dele

dores, fazendo com que seja possível a

surgir como um modal de um siste-

aprovação desse projeto e liberação de

ma integrado de transporte. “O metrô

recursos, no sentido de trazer investi-

nasce como parte desta rede que hoje

mentos para o Paraná”, pontuou Piana.

permite que enquanto estiver dentro

De acordo com o prefeito de Curiti-

do sistema, o cidadão use quantos

ba, Luciano Ducci, a cidade tem expe-

ônibus precisar sem pagar nova tari-

riência na administração do transporte

fa. Ele não surge separado, mas já em

público e acredita que o município sob

um sistema que tem ônibus alimenta-

seu comando é uma dos favoritos a ter o

dores, eixos estruturais e linhas inter-

projeto do metrô aprovado em Brasília.

ligadas”, enfatiza o presidente.

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prefeito de Curitiba, Luciano Ducci

presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana

presidente do IPPUC, Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

T 51


Tutti buona gente! Momento da Itália no Brasil reaviva imigração e cultura com programação especial Karen Bortolini

E

les foram chegando, ainda em 1850, aos poucos pelo Sul do Brasil devido à facilidade do acesso a essa região. Os imigrantes, vindos em maioria de

navio das regiões italianas de Vêneto e Trento iniciaram vários núcleos coloniais na década de 1870. No Paraná, ocuparam as cidades de Curitiba, Paranaguá, Morretes, Antonina, Serra do Mar e, no Rio Grande do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e a Serra Gaúcha. Já em Santa Catarina, os colonos chegaram a Criciúma e Urussanga. O que antes representava um volume significativo de imigrantes, hoje chega à marca dos 25 milhões de descendentes de italianos no Brasil. As colônias agrícolas eram sua principal fonte de sobrevivência e renda. O cultivo da uva, uma das principais atividades para a produção de vinho, permanece nos dias de hoje, principalmente na região chamada Vale dos Vinhedos, que agrupa municípios com o maior volume de vinícolas do Brasil. No entanto, o comércio entre Brasil e Itália tomou proporções em diversos outros segmentos, o que estreitou o relacionamento entre estes dois países, muito além dos costumes culturais. Atualmente, o motivo dos italianos virem ao Brasil não é mais a fuga da pobreza ou da guerra em seu país, mas sim,

Berlusconi, o evento reforçará o relacionamento econômico

possibilidades de negócios prósperos e duradouros.

comercial, tecnológico, científico, cultural e educativo entre

Momento Itália/Brasil

as duas populações. A abertura oficial do Momento Itália/Brasil acontecerá em

O dia 17 de março deste ano foi marcado pelos 150

outubro de 2011 e as atividades temáticas se estendem até o

anos da unidade da Itália. Antes, o país era dividido em

início de junho de 2012. “Em Curitiba, a iniciativa será orga-

ducados e granducados, e, a partir desta data passou a ser

nizada pelo Sistema Itália composto pelo Consulado Italiano,

República Italiana. Este é um dos motivos da celebração da

associações italianas, institutos italianos de cultura, comitês

Itália no Brasil, que congregará uma programação especial

formados por parlamentos italianos no exterior e pela Câmara

cultural e gastronômica, a fim de resgatar os verdadeiros

Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná”, conforme

costumes italianos, suas crenças, valores, cardápio e arte,

conta o presidente desta entidade, Roberto Colliva, também

desde o início da imigração. Conforme consta no acordo

membro integrante do Sistema Itália. Um grupo de represen-

formal entre os dois países firmado entre o ex-presidente

tantes destas entidades será encarregado de organizar todos

Luis Inácio Lula da Silva e o primeiro ministro italiano Silvio

os eventos acerca da temática.

52

S II S ST TE EM MA A F FE EC CO OM MÉ ÉR RC C II O O S SE ES SC C S SE EN NA AC C P PR R S

m ma a rr çç o o

||

a ab b rr ii ll 2 20 01 11 1


Programação

O Senac também estará envolvido na programação

gastronômica, pois realizará entre os dias 23 a 30 de julho uma semana de estudos e pesquisas da culinária italiana. “Teremos palestras e pratos especiais para homenagear os imigrantes. O cardápio será elaborado com pratos feitos por imigrantes no Brasil”, adianta o supervisor do Restaurante-escola do Senac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen. Já o Sesc se encarrega da programação de Cultura. Para iniciar o Momento Itália/Brasil realizou no período entre 4 de abril a 5 de maio, o Quiz Futurismo, “Promoveremos missões de empresários vindos da Itá-

no Paço da Liberdade, com perguntas sobre as obras

lia, ou de brasileiros que queiram importar. Poderemos mos-

do italiano Mino Delle Site. No Café do Paço, foram apresen-

trar e ver produtos ou serviços da indústria, design, moda,

tadas obras de grandes compositores italianos, pelas mãos

móveis ou do setor automotivo de ambos os países”, otimiza

do pianista Herculano Araújo, também em abril.

Colliva. A exemplo das ações futuras, a Federação do Co-

Fique atendo à programação completa do Sesc Paço da

mércio do Paraná realizou em anos anteriores rodadas de

Liberdade, pois muitos outros atrativos que resgatam a cul-

negócios com empresários de outros países, organizadas

tura italiana estão por vir!

pelo diretor das Câmaras de Comércio Exterior, Rui Lemes.

Comércio Itália x Brasil

Ópera Café A ópera é um gênero musical que se originou na Itália,

Apesar da forte crise que afetou a Europa nos últimos

no início do século XVII. Surgiu da necessidade de unir a

dois anos, a economia italiana vem melhorando gradativa-

arte de representar com a beleza da música. Durante sécu-

mente. “Os investimentos italianos e europeus como um

los, a ópera contribuiu para o aprimoramento da voz huma-

todo estão aumentando no exterior. O intercâmbio com o

na em função de sua beleza.

Brasil está se fortalecendo”, explica Colliva. Há neste período uma retomada importante nas expor-

Local: Café do Paço Data: 22 de maio

tações brasileiras. As empresas nacionais estão importando

Horário: 15h

muito maquinário, por exemplo, pois o País está mudando

Gratuito

seu parque fabril. Outros produtos exportados do Brasil com frequência para a Itália são a soja, o café, a madeira, a carne bovina, celulose, ferro e couro bruto. Os produtos mais importados da Itália são os componentes de peças automotivas, derivados do petróleo, máquinas de equipamento industrial, medicamentos e artigos de luxo.

Indicadores

Itália/ Brasil

Exportações Brasileiras:

2010: US$4.235 milhões – 2,10% Importações Brasileiras:

2010: US$4.838 milhões – 2,66%

Outro fato que reafirma os bons negócios entre as duas

Itália/ Paraná

nações é o volume de investimentos italianos no Brasil. “Re-

Indicadores

ferência mundial na indústria, a Itália tem 145 distritos de-

Exportações Paranaenses:

dicados à produção fabril, todos querendo contatar o Brasil,

2010: US$265 milhões – 1,87%

seja para exportar ou transmitir know how”, conta o presi-

Importações Paranaenses:

dente da Câmara Ítalo-Brasileira. Ele continua ao explicar

2010: US$325 milhões – 2,33%

que é exatamente este o trabalho que entidades como as

Italianos no Brasil

câmaras de comércio, através da Fecomércio: o de relacio-

Investimentos

nar as demandas entre comprador, vendedor ou produtor.

2009: US$214,69 milhões – 0,7% do total

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S II S ST TE EM MA A F FE EC CO OM MÉ ÉR RC C II O O S SE ES SC C S SE EN NA AC C P PR R S

T

53


Parceria entre Sesc e

Senac resulta em Bolsas Gratuitas de Inglês Busca por um segundo idioma pode garantir melhores chances de uma vaga no mercado de trabalho para atender turistas na Copa do Mundo em 2014 Karen Bortolini

benefício à comunidade que não tem

muitos planos para o futuro. Ele está

condições de pagar por aulas em en-

confiante de em breve ser bilíngue e

tidades particulares.

conquistar um emprego melhor no

Além de o método utilizado

mercado de trabalho. Atualmente, o

não ficar atrás dos adotados

rapaz trabalha em um salão de bele-

pelas melhores instituições de

za e foi aprovado no curso técnico em

ensino, ambos os projetos visam à inserção desses alunos ao mercado de trabalho. O curso gratuito de inglês, um dos benefícios mais recentes neste quesito, ofertado pela entidade, também carrega esse enfoque. Com a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, não faltarão ofertas de trabaQualidade de ensino a custo zero. É exatamente esta realidade que o Sesc Paraná oferece a quem se enquadre nos programas de gratuidade da instituição. Colégio Sesc São José, Escola Sesc de Ensino Médio e Bolsas Gratuitas de Inglês, três projetos integrantes do Programa de Comprometimento em Gratuidade, que garantem a jovens e adultos do Estado condições de melhor aprendizagem. Para isso, é necessário passar por alguns critérios exigidos, a fim de garantir o

54

lho para quem domine o idioma, e, com certeza, um preparo desde agora poderá ajudar a garantir uma vaga neste período. O jovem de 17 anos, Vinícius Nunes da Silva, iniciou em abril na turma do ano passado, e agora já está no segundo módulo. “Fiquei sabendo do curso no Sesc Paço da Liberdade. Um dia fui lá para visitar e peguei um folheto explicando o processo seletivo. Separei a documentação necessária e me inscrevi”, conta o rapaz que tem

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Gestão da Informação na Universidade

outras 10 que funcionam em parceria

aumentou os investimentos em ações

Federal do Paraná (UFPR). “Se não me

com a Secretaria de Educação de Foz

gratuitas educativas. A medida atende

atualizar e estudar sei que fico para

do Iguaçu. Somente neste semestre

a um Protocolo firmado entre Governo

trás”, acredita.

foram matriculados aproximadamente

Federal e Confederação Nacional do

O aluno pretende trabalhar em breve

940 alunos, em turmas de faixas etá-

Comércio (CNC), que repassa a esta

na área do Turismo e está otimista com

rias de 11 a 14 anos e acima de 15

finalidade uma porcentagem de sua

as ofertas no período da Copa. Além

anos, que iniciaram em abril. “O cur-

receita líquida compulsória.

desta vantagem, ele enumera outras ao

so, com carga horária semestral de 60

No entanto, não é somente em

dominar um segundo idioma. “Ao falar

horas, é realizado em parceria com o

educação que o Sesc tem esse com-

inglês, sinto que uma barreira cultural é

Senac, que concede os instrutores e o

promisso com a comunidade, pois rea-

quebrada. Sei que terei mais facilidade

método de ensino Oxford”, conta a co-

liza atividades gratuitas frequentes em

em me comunicar em outro país ou con-

ordenadora do programa de Bolsas de

todas as suas áreas de abrangência,

versar com estrangeiros aqui. Meu gran-

Inglês no Paraná, Talita Almeida.

seja ela esporte, lazer, cultura ou mes-

de sonho é fazer um intercâmbio para praticar”, conta.

O processo

Para participar é necessário que o candidato seja comerciário, dependente ou estudante da Educação Básica da rede pública de ensino, ter renda fami-

mo as ações diretas de ação social.

Unidades do Sesc contempladas

O processo seletivo de Bolsas Gra-

liar bruta de até três salários mínimos

As aulas acontecem nas seguintes

tuitas de Inglês foi realizado em 21

e Cartão do Cliente Sesc. Este é o caso

unidades do Sesc: Centro, Esquina,

unidades do Sesc Paraná. Ao todo

de Andréia da Silva, 29 anos, aluna do

Portão, Colombo, Apucarana, Campo

foram abertas 38 turmas, além das

curso de Inglês, que também está no

Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco

segundo módulo. Ela conta sempre ter es-

Beltrão, Jacarezinho, Lon-

tudado em escola pública

drina Centro, Maringá, Pa-

e confessa achar altos os

ranaguá, Paranavaí, Pato

valores em entidades par-

Branco, Toledo, Umuara-

ticulares para suas atuais

ma e Palmas.

condições de renda. “Aqui tenho a mesma qualidade

T

de um curso pago e com excelente material didático. Além disso, sei da importância de um segundo idioma, pois já deixei de participar de processos seletivos de trabalho, porque meu currículo não preenchia esse requisito”, conta.

Programa de Bolsas Gratuitas Desde o ano de 2009 o Sesc assumiu este desafio que reforça seu comprometimento social. A entidade

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Escrita Casa das Canetas completa 62 anos e mostra que a caneta ainda é o principal instrumento da escrita KARLA SANTIN Fotos: Jorge Mariano

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U

ma folha em branco, sem conteúdo, não passa de um pedaço de papel. São

as palavras ali registradas que dão sentido e têm o poder de transformálas em livros, documentos e registros que farão parte da história de uma pessoa ou de uma nação inteira. A caneta ainda é o principal instrumento da escrita, mesmo em uma época em que quase tudo é digitado. Elegância, luxo, exclusividade e saudosismo são características que podem ser expressas com uma caneta, cuja comercialização compõe um seleto mercado, composto, no Brasil, por menos de meia dúzia de empresas. A mais antiga delas é a Casa das Canetas, fundada em 1948, em Curitiba. Na verdade, a loja nem sempre teve esse nome, mas, por ser uma das poucas especializadas na venda e conserto de canetas, passou a ser assim denominada por uso e costume dos clientes. A primeira sede, que trazia na fachada

de luxo

o letreiro “À Caneta Mundial” ficava na Rua XV de Novembro, nº 60. Em 1953, a loja mudou-se para um edifício próximo, recém-construído, no número 130 da mesma rua, onde permanece até hoje. Os negócios iam bem para os sócios Weschler e Hélio Vianna Genofre, tanto que em 1969 precisaram contratar a contadora Maria Belniaki, que teve afinidade com o negócio e ao longo do tempo assumiu o cargo administrativo. Depois, ela participou da sociedade e finalmente, em 1984, assumiu a loja. A Ditadura Militar estava chegando ao fim, mas a importação continuava proibida por lei no Brasil. Esta foi uma

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fletiam no perfil de consumo. Porém, os desafios impulsionavam a empresária, que, em 1986, abriu uma filial na Galeria Suissa e outra, em 1996, no Shopping Crystal. Segundo

a

diretora

comercial

Adriana Fagotte, a Casa das Canetas sempre foi especializada em artigos de escrever, tais como: canetas, lapiseiras, cargas, tintas, acessórios, peças e consertos. Trabalha também com isqueiros e, durante a década de 70, operou com relógios. Nos anos 90, foi a vez das calculadoras e agendas eletrônicas. “Mas, a atividade principal tem sido, ao longo dos anos, a venda de artigos de escrever e seus acessórios. A oficina de canetas e relógios, fundada em 1948, uma das únicas do Brasil especializada em manutenção e restauração de canetas antigas e modernas”, afirma. É na oficina que o técnico em canetas, Gilson Rinaldi, de vez em quando se depara com preciosidades como a caneta que assinou a primeira Constituição brasileira de 1824 ou uma que pertenceu ao interventor paranaense Manoel Ribas. Durante uma breve conversa Gilson mostra que conhece o mundo das canetas como ninguém. “No período vitoriano elas eram feitas de madrepérola, depois veio o ebonite, que é uma espécie de borracha endurecida e a celulóide. Loja inaugurada na década de 50 e que fica até hoje no nº 60 da Rua Quinze de Novembro, em Curitiba.

No entanto, as canetas atingiram seu auge em 1940, com uma Parker feita de baclite, que fornecia uma garantia

das dificuldades enfrentadas imedia-

olhar especial para o que chamamos

vitalícia”, explica. Hoje estes instru-

tamente pela nova proprietária da

atualmente de pós-venda e foco no

mentos são feitos dos mais variados

Casa das Canetas. “Com a proibição

consumidor”, afirma Maria, que re-

materiais, desde plástico injetado,

de importações o mercado ficou res-

solveu investir neste nicho. Para ar-

celulóide, resina vegetal e claro, para

trito, sem qualidade e sem opções.

rematar, não foi fácil acompanhar as

quem gosta de luxo e sofisticação,

No entanto, para a oficina foi um bom

mudanças bruscas da economia nos

há canetas banhadas a ouro, prata e

momento, e a empresa já tinha um

anos 80 e 90, que muitas vezes re-

com diamantes incrustrados.

58

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Adriana Fagotte, diretora comercial da Casa das Canetas

Escrita para todos

sociais, pois vende desde

velmente. “A entrada da mulher em

a simples Bic, até séries

fatias do mercado de trabalho, antes

especiais e limitadas para

exclusivas dos homens, tem feito com

colecionadores.

Recente-

que as fábricas de canetas tenham

mente, no fim de 2010, a

uma preocupação maior com os pro-

empresa abriu uma filial

dutos femininos”, diz a gerente. As

no Shopping Palladium e a

canetas, que antes vinham com esto-

gerente comercial está ad-

jos grandes e difíceis de abrir, torna-

mirada com aceitação dos

ram-se práticas e mais leves, poden-

consumidores da emer-

do, assim, participar do dia a dia da

gente classe C. “É um pú-

mulher moderna. “Como se fosse um

blico novo, que não tinha o

batom, a caneta se transformou em

hábito de investir em uma

um acessório que pode ser combina-

caneta de qualidade e que

do com a roupa. Enquanto o homem

está disposto a consumir.

elege sua caneta, a mulher compra

Como ainda é um produ-

várias”, completa Adriana.

to desconhecido para eles,

Referência no Brasil quando o

durante a venda, é preci-

assunto é caneta, seja esferográfi-

so explicar os detalhes do

ca, rollerball ou tinteiro, a Casa das

produto”, avalia Adriana.

Canetas provou que com uma boa

Ela explica que os pi-

ideia e muito trabalho é possível re-

cos nas vendas aconte-

sistir ao tempo e às mudanças gera-

cem no Natal, quando o

das no mercado. Completou 62 anos

ticket médio vai de R$10

de existência, exibindo pleno vigor,

a R$50; as formaturas

hoje com três lojas em Curitiba (Rua

em fevereiro e no mês

XV Novembro, Shopping Crystal e

de agosto, véspera do Dia dos Pais.

Palladium) e a mesma qualidade que

A Casa das Canetas trabalha com

Os homens ainda são a maioria entre

lhe rendeu a fama.

quase todas as marcas do mercado,

os clientes, mas o público feminino

atendendo, assim, a todas as classes

na loja vem aumentando considera-

Técnico em canetas Gilson Rinaldi

T

Caneta que pertenceu ao interventor paranaense Manoel Ribas

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S de solidariedade Sistema Fecomércio Sesc Senac unido para ajudar vítimas das chuvas no litoral texto e fotos: Karen Bortolini

M

ais do que uma missão

Brsil, programa de repasse de donativos,

verificar o que falta e quanto falta em

social, um ato de solida-

entrou em ação. Assim que os municípios

cada cidade. Os donativos continua-

riedade. Foi desta forma

de Antonina, Paranaguá e Morretes foram

rão a ser entregues até o momento

que o Sistema Fecomércio Sesc Senac

afetados, por diversas vezes o programa

em que essas pessoas estiverem pre-

agiu frente à tragédia que desabrigou

realizou donativos na região.

cisando”, explica. O diretor agradece

2.487 moradores de Morretes, Parana-

Um grande diferencial dessa en-

guá e Antonina, na região litorânea do

trega, foi a forma de ser realizada.

Paraná. Um sorriso de gratidão foi o

O diretor da Divisão de Assistência

Os parceiros nacionais Kraft e Uni-

maior retorno que a entidade recebeu

e Saúde do Sesc Paraná, Francisco

lever doaram ao Programa respectiva-

dos beneficiados, ao fazer as entregas

Costa e Silva, conta que o material

mente, nove toneladas de alimentos e

de donativos mão a mão.

a todos os parceiros que contribuíram para esta ação social.

recebido pelos doadores nacionais do

22 toneladas de alimentos e produtos

Segundo dados estaduais da De-

programa foi entregue de acordo com

de higiene e limpeza. Já o Ministério

fesa Civil, foram 211 residências destru-

a necessidade de cada comunidade,

de Desenvolvimento Social (MDS)

ídas, quase 15 mil pessoas desalojadas,

sendo doados diretamente nos alo-

destinou ao Mesa Brasil 608 coberto-

221 feridas e quatro óbitos. Com base

jamentos em colégios e igrejas. “Os

res e 430 pares de tênis provenientes

na dimensão desse problema a entidade

produtos foram entregues para quem

de apreensões da Receita Federal e a

mobilizou esforços para atender essas

precisava em mãos, o que garante o

Transportadora Carraro cedeu espaço

pessoas. Partindo de uma solicitação do

aproveitamento imediato dos recepto-

para armazenar parte dos donativos.

Departamento Nacional do Sesc, o Mesa

res. Foram feitas visitas técnicas para

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Água

As doações

que a chuva pode causar, a Defesa Ci-

O Sistema Fecomércio Sesc Senac

vil optou por evacuar o local. Segundo

doou 15 mil litros de água, que foram

técnicos, há uma extensa rachadura no

levados ao Sesc Paranaguá para se-

morro próximo e o solo está extrema-

rem distribuídos entre os afetados pe-

mente frágil. Algumas famílias persis-

las chuvas. O montante chegou no dia

tem em ficar no local, foram realocadas

1º de abril em dois caminhões cedidos

para a Escola Municipal João Paulino.

gratuitamente pela empresa Ouro Fino

No mesmo dia foram atendidos os bair-

para realizar o transporte. A Associa-

ros Vila Miséria, Graciosa, Portinho,

ção dos Servidores do Sesc, Senac e

com doações de cobertores e pares de

A primeira cidade a ser ampara-

Federação do Comércio (Assesf) tam-

tênis.

da foi Morretes, pois foi a mais atin-

bém organizou uma doação de água e

Os municípios de Guaratuba, Honó-

gida pelas enchentes e enxurradas,

recolheu 433,5 litros de água dos cola-

rio Serpa, São José dos Pinhais (RMC),

chegando a afetar a vida de cerca

boradores da entidade.

Mangueirinha e Rio Azul também fo-

de 15 mil pessoas. Em Antonina fo-

Receberam os donativos no litoral o

ram bastante afetados. Muitas pessoas

ram atendidos os bairros Laranjei-

assessor da presidência do Sistema Fe-

tiveram autorização do Corpo de Bom-

ras, Graciosa de Cima, Graciosa de

comércio Sesc Senac para assuntos no

beiros e da Defesa Civil para voltar às

Baixo e Portinho. “O que se pôde

litoral, Sérgio J. Tavares, o presidente do

residências que não correm mais risco

observar logo na chegada do muni-

Sindicato dos Lojostas do Comércio e do

de desabamento.

cípio é de que muitas casas foram

Comérico Varejista de Gêneros Alimen-

Até o início de abril (momento de

soterradas. As ruas estão cheias de

tícios de Paranaguá (Sindilojas de Para-

fechamento desta edição) a Escola Pro-

barro e marcas deixadas pelas en-

naguá), Said Kaled Omar, a gerente exe-

fessor João Paulino Vieira ainda abrigava

xurradas”, conta a assistente social

cutiva do Sesc Paranaguá, Vera Silveira,

moradores da região. As aulas já voltaram

da coordenação do Mesa Brasil Pa-

o secretário de Ação e Bem Estar de Pa-

ao normal, exceto neste colégio. Algumas

raná, Rosane Hanke, que participou

ranaguá, Joaquim Guilherme da Silva, o

famílias estão instaladas no prédio da Cai-

ativamente de todas as entregas de

diretor do Senac Paranaguá, Aparecido

xa de Pecúlio Militar (Antiga Capemi), e

doações.

de Lima, e a coordenadora do Provopar

a previsão é que permaneçam neste lo-

de Paranaguá, Luciane Nascimento.

cal por mais seis meses. Outro ponto de

Até o fim de março foram contabilizadas pouco mais de 21 toneladas de produtos doados pelo Mesa Brasil à

abrigo é a Usina da Copel.

A continuidade

O Governo Federal repassará ao Go-

região litorânea do Estado, entre eles

Um dos locais de mais difícil acesso

verno do Paraná uma verba para a cons-

alimentos, sucos, produtos de limpe-

foi o bairro Caixa D’água, atendido em

trução de 1.500 casas populares para

za, higiene pessoal, cobertores, tênis

31 de abril. Conforme conta Rosane,

habitação das famílias que não poderão

e até chocolates.

por causa dos riscos de desabamento

retornar as suas residências.

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Para aquecer as vendas A gestora de Projetos Varejo do Sebrae/PR, Walderes de Lourdes Bello, dá dicas aos empresários de como modernizar ambientes, fazer uso de datas e estações para vender mais e atender melhor o cliente.

Revista Fecomércio – Além da preocupação com o produto oferecido, promoções e atendimento, o comerciante deve estar atendo ao visual de sua loja. Como cuidar das vitrines e ambiente interno? Walderes – Uma das tendências que já se faz presente no varejo é o espaço da loja, oferecendo uma experiência de compra agradável, e, para isso, muitas técnicas e recursos estão sendo implementados no salão de vendas que promovem, por meio dos cinco sentidos, sensações agradáveis a nossa mente. Dessa forma, investir em forma, cor, luz, cheiro e som são alguns dos recursos utilizados para compor um ambiente agradável ao perfil do cliente. Além desses cuidados, outra questão importante é o layout da loja. É preciso planejar a disposição de ilhas de exposição de produtos, o fluxo das pessoas. A comunicação de promoções e dos espaços da loja ajuda o cliente a encontrar o que procura e o que deseja consumir. Por fim, planejar as vitrines, ao longo do ano, enfatizando principalmente as datas promocionais, permitirá criar ambientes tematizados, tornando-os mais atrativos aos olhos do cliente. RF – Como o empresário pode elaborar um calendário de ações promocionais na sua empresa?

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W – Se o empresário quiser, todo dia poderia fazer promoção na loja, já que existem inúmeras datas comemorativas ao longo do ano, além das tradicionais do comércio, como a Páscoa, Dia das Mães, Natal, dentre outras. Uma ideia interessante é trabalhar com as datas que celebram os profissionais, como o Dia do Médico ou do Jornalista. Outra é celebrar as estações do ano ou aproveitar os temas que estão na mídia. Não se pode deixar ainda de citar o próprio mês de aniversário da loja. O que pode ser planejado com antecedência permite elaborar e providenciar os materiais e as temáticas adequadas, inclusive reduzindo significativamente os custos desses investimentos. Lembro que ação promocional não está vinculada diretamente a desconto e sim a enfatizar a venda de um produto para determinados clientes. Assim, uma ação de promoção pode ter descontos, mas pode oferecer brindes, sorteios, ou até mesmo uma taça de champagne e uma fatia de bolo para celebrar com o cliente. RF – Como o empresário pode tornar sua vitrine atrativa para o outono/inverno? W – Ao planejar as vitrines, o tema definido e a sua elaboração devem

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atingir o público vasto com o qual ela se comunica. É nela que se dará a visibilidade ao produto que se quer promover, despertando o desejo do consumidor naquilo que se está mostrando. Seduzir o cliente e estimulá-lo a entrar e comprar o produto são estímulos dados pela forma como a vitrine é montada, considerando os aspectos de agradabilidade, esteticidade e bom gosto dos elementos que comporão com os produtos. Para elaborar a vitrine, deve-se considerar os produtos que serão expostos, os itens a serem destacados, as cores, as embalagens, as medidas da vitrine, o local de montagem e a iluminação existente, tendo como pano de fundo o tema definido para a data. Planejar adequadamente o espaço disponível para a composição dos elementos, evitará o superpreenchimento ou, ao contrário, o superesvaziamento da vitrine. Para cada tipo de público, deve haver um tipo de exposição adequada perfeitamente ao tipo de cenário montado e que tenha como objetivo principal “convocar” os órgãos de sentido para despertar a emoção necessária nesses consumidores. Lembre-se que é de menos de dez segundos o tempo que o consumidor gasta para olhar uma vitrine. Logo, atrair a sua atenção é um grande desafio!

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