Revista Fecomércio PR - nº 91

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ano XII nº 91 novembro | dezembro 2012

Índice CAPA pág. 20

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Darci Piana

05

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Diretor Regional do Senac PR Vitor Monastier

Notas

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NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING jornalismo@fecomerciopr.com.br 41 3883-4530

Temperatura alta no comércio

18

Coordenador do Núcleo de Comunicação e Marketing Cesar Luiz Gonçalves

Investimento é a palavra de ordem

Coordenador de Jornalismo Ernani Buchmann

EDUCAÇÃO pág. 54

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Fecomércio nas asas do futuro

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Redação e Revisão Carolina Lara, Fernanda Ziegmann, Giana Andonini, Isabela Mattiolli, Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima Estagiárias Jessica Lago Silvana Kogus

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Pesquisa traz novidades

Notas Fiscais com identificação dos tributos incidentes

Diretor Regional do Sesc PR José Dimas Fonseca

Jornalistas Responsáveis Karla Santin DRT-PR 6657 Silvia Bocchese de Lima DRT-PR 6157

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Nova Rua São Francisco

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Ordem do Pinheiro do Paraná

CULTURA pág. 85

Fotos Ivo José de Lima Arte e Diagramação Vera Andrion Impressão – CTP Graciosa Gráfica – Curitiba Tiragem 10 mil exemplares

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Virada do Sesc

35

Educação pela vida e para o mercado de trabalho

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Sindilojas

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Pesquisa Conjuntural para o Sudoeste e Litoral

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A cultura humanística personificada

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Uma viagem histórica

Comece a correr, você também, agora!

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A jornada dos heróis

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UFPR faz 100 anos

66

Bons vinhos com sabor paranaense

71

Matinhos: do Sambaqui ao veranista

76

Forças e resultados multiplicados

78

Sesc Caiobá sedia finais dos Jogos Comerciários

81

Logística Reversa

85

Um Natal de sonho

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Inovação em pauta no Senac

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Fejacan

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Impacto social e lucro ao mesmo tempo?

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Educação profissional

Quando o caminho é o destino

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PALAVRA DO PRESIDENTE

PESQUISA traz novidades Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

Ainda que diversos fatores, externos e internos, tenham prejudicado o desempenho da economia, o ano de 2012 terminará com bons índices para o comércio. Os dados de outubro, os últimos disponíveis no fechamento desta edição, mostraram que as vendas do comércio varejista no estado tiveram aumento de 8,4% no mês. No acumulado do ano, o IBGE informa que estamos com 11% acima dos percentuais registrados no mesmo período no ano passado. Com isso, está sendo possível manter os empregos no segmento. Teremos de 15 mil a 18 mil colaboradores temporários neste ano, dos quais, cerca de 40% serão efetivados. Apesar do número ser expressivo, ele está bem abaixo do registrado em 2011, quando tivemos 35 mil. Outro dado importante é que os valores de venda, medidos pelo ticket médio, serão menores. Se o valor investido em cada presente, em 2011, foi em torno de R$ 150, neste ano deve ficar na ordem de R$ 80. Serão comprados produtos mais baratos e as ofertas serão antecipadas para que se gire o estoque. O que se vê é que nem mesmo os incentivos do governo na redução dos juros, a manutenção dos incentivos fiscais como o IPI, PIS e COFINS nos automóveis, linha branca, eletrodomésticos e materiais de construção, ao lado das medidas para facilitar o acesso ao crédito, conseguiram fazer a economia reagir na proporção imaginada, como demonstra o PIB praticamente estagnado no terceiro trimestre. Sem esquecer que a preocupação do empresário com a situação financeira da Europa e dos Estados Unidos é uma constante, assim como preocupa a redução do crescimento da China. Por outro lado, as conquistas do Sistema Fecomércio são muitas. No âmbito da Federação, criamos o Instituto Feco-

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mércio de Pesquisas e Desenvolvimento; em parceria com o governo do estado, participamos da criação da Agência de Internacionalização; estamos entre os promotores do projeto “Curitiba Criativa”; as Câmaras temáticas registraram sensível aumento da sua atuação; projetos como o VarejoMais são essenciais para o aprimoramento dos empresários; estendemos nossa atuação institucional abrindo novos mercados para o comércio, especialmente com a China e os países africanos. O Sesc, além de incrementar o número de atendimentos, teve nos seus eventos corporativos sucesso de público e amplo destaque na mídia. O Triathlon bateu o recorde de inscritos, assim como o Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua; a Maratona, com seu trajeto ecológico e emocionante, já é atração nacional; a Virada Cultural revelou-se um estrondoso sucesso; superamos as expectativas no Dia do Desafio; o Projeto Justiça no Bairro Sesc Cidadão atendeu milhares de pessoas; a Semana Literária trouxe grandes nomes para o público paranaense; as campanhas do Agasalho e Brinquedo levaram calor e alegria a todo o estado. E a abrangência social do Contraturno ultrapassa as nossas fronteiras. O Senac também teve um ano auspicioso, com a inauguração das novas unidades de Umuarama, Barracão e Dois Vizinhos. A implantação do Pronatec, programa do governo federal do qual o Senac é um dos principais ofertantes, espalha-se pelo estado; houve significativo crescimento no PSG, da ordem de 82%. Enfim, os números são expressivos e nos dão confiança para enfrentar os próximos 365 dias. Mas para tanto é preciso que tenhamos novamente a participação de todos. Só trabalhando em equipe conseguiremos realizar os objetivos de crescimento do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. Muito obrigado a cada um, pelo esforço, pela dedicação. Recebam os votos de Feliz Natal e que 2013 traga saúde e alegria.

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ARTIGO

NOTAS FISCAIS com indicação dos tributos incidentes cidentes Antonio Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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Crisitna Bocayuva

s atividades empresariais no Brasil são extremamente desestimuladas pela: carga tributária elevada (35,3% do PIB); multiplicidade de tributos (impostos, taxas e contribuições); complexidade das obrigações fiscais acessórias (declarações, formulários via internet e em papel etc.); burocracia na abertura de uma empresa; submissão a centenas de normas federais, estaduais e municipais; sujeição a diversas fiscalizações (Receita Federal, estadual, municipal, previdenciária, do trabalho, dos bombeiros etc.); peso e burocracia das obrigações previdenciárias; incertezas da ordem econômica e financeira; inflação e seus variados índices; tormentos da legislação trabalhista etc. Nesse quadro surrealista surge, agora, como meio de “esclarecimento ao consumidor” quanto à fúria fiscal, um projeto de lei (nº 1.472/2007, da Câmara dos Deputados), aprovado pelas duas Casas do Congresso Nacional, que atribui ao próprio contribuinte – no caso, as empresas comerciais e prestadoras de serviços em geral - a obrigação de informar, em cada nota fiscal que emitir, o “valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos (impostos, taxas e contribuições) federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda”. O projeto objetiva regular o § 5º do art. 150 da Constituição, que, antevendo dificuldades, estabelece, tão-somente, que “a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços”. Portanto, essa norma: não estabelece a obrigatoriedade de a informação constar das notas fiscais, o que é praticamente impossível, mas, apenas, medidas para esclarecimento dos consumidores; refere-se, estritamente, a impostos e não a tributos, assim não abrangendo taxas e contribuições; e não atribui essa obrigação aos empresários, mais parecendo que o

dever de esclarecer seja do Fisco. Consta que o projeto de lei teria sido inspirado na prática do comércio varejista dos Estados Unidos. Todavia, naquele país, as notas fiscais indicam, tão-somente, a sales tax (imposto sobre vendas a varejo), que corresponde aos nossos ICMS e IPI. Como dispõe o § 5º do art. 1º do projeto em tela, a nota fiscal terá de indicar discriminadamente: o IPI, IR, IOF, CSLL, COFINS, PIS/PASEP e CIDE (federais), o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Evidentemente, a tarefa será impraticável. Não será possível indicar a parcela - embutida no preço de venda da mercadoria - do IR a ser pago (posteriormente à venda) pela empresa com base no lucro líquido. A mesma dificuldade ocorrerá em relação aos demais tributos, exceto o ICMS e o ISS. No preço de venda de uma mercadoria, pelo estabelecimento comercial, estão ainda embutidos os tributos pagos pelo fabricante e pelo transportador. Na realidade, revela-se impossível a elaboração de uma fórmula de cálculo aplicável a todos os casos. Por isso mesmo, o projeto admite, no § 2º do art. 1º, que “a informação de que trata este artigo poderá constar de painel afixado em local visível do estabelecimento, ou por qualquer outro meio eletrônico ou impresso, de forma a demonstrar o valor ou o percentual, ambos aproximados, dos tributos incidentes sobre todas as mercadorias.” O painel evitaria a impraticável discriminação na nota fiscal. Todavia, no caso de estabelecimentos vendedores de centenas e centenas de itens, certamente será necessário que o painel ocupe todas as paredes, inclusive a fachada. Outro absurdo reside no §4º do art. 1º, segundo o qual “não serão excluídas as parcelas de tributos que estejam sob discussão judicial ou administrativa, instauradas entre contribuintes e qualquer das entidades políticas tributantes...” Para finalizar, o projeto omite um aspecto fundamental, qual seja o dos custos administrativos que essa medida criará, nem indica se tais custos caberão ao Fisco ou ao comerciante de bens e serviços, mas uma coisa é certa: quem vai pagar realmente por essa aventura será sempre o indefeso consumidor final.

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Sistema Fecomércio PR lança revista África

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR lançou no dia 23 de novembro, em edição especial, a revista África. A publicação traz a cobertura completa dos encontros entre delegações paranaenses com embaixadores africanos, com o objetivo de promover a integração tecnológica, comercial, cultural, esportiva e científica. A iniciativa da revista partiu do cônsul geral do

Senegal para os estados do Paraná e de Santa Catarina, Ozeil Moura dos Santos. Com tiragem de mil exemplares, a publicação será entregue aos embaixadores dos 54 países africanos reconhecidos. Além do depoimento de todos os embaixadores do continente a respeito da relação entre seus países com o Brasil, a revista África traz reportagens especiais sobre o encontro promovido em junho de 2012, em Brasília, na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os embaixadores acreditados no Brasil reuniram-se com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, e com o diretor de Relações Internacionais da Fecomércio e presidente da Agência de Internacionalização do Estado, Rui Lemes, além do vice-presidente da CNC, Luiz Gil Siuffo. O encontro deu continuidade ao evento realizado em julho de

2012, em Curitiba. Na ocasião reuniram-se embaixadores africanos na Fecomércio PR para conhecer as entidades paranaenses dos setores público e privado e em seguida visitar o maior Portal Africano do Mundo, localizado no bairro Pinheirinho, na Praça Zumbi dos Palmares. A comitiva foi recebida à noite em um jantar com o governador do Paraná, Beto Richa. Ambos os eventos foram organizados pelo cônsul do Senegal, que também concebeu o portal. “O Paraná, suas entidades e universidades estão prontas para serem parceiras de todos os países que compõem o Continente Africano”, frisou o cônsul. Já o presidente Piana considerou ambos os encontros históricos e salientou que é de grande interesse da Fecomércio PR, das entidades paranaenses e do governo estadual contribuir para estas relações internacionais. Rodolfo Buhrer/La Imagen

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NOTAS

Homenagem do Sebrae/PR O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, foi homenageado, em dezembro, durante a reunião mensal do Conselho Deliberativo do Sebrae/ PR, com uma placa de agradecimento aos serviços prestados à instituição durante o ano de 2012. A reunião, comandada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli, contou com a presença dos representantes das 13 entidades que compõem o Conselho.

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Darci Piana eleito para a Academia Paranaense de Letras O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, foi eleito para ocupar a Cadeira nº 29 da Academia Paranaense de Letras. Piana teve seu nome indicado por quatro acadêmicos, conforme o Regimento Interno da Academia, obtendo maioria absoluta de votos. Entre suas qualificações, estão os esforços em benefício da preservação cultural do estado, concretizados pela restauração do Paço da Liberdade, e o amplo trabalho educacional de cunho social desenvolvido pelo Sesc e Senac no Paraná. Para o presidente da Academia Paranaense de Letras e ex-secretário de Cultura do estado, Eduardo Rocha Virmond, “Darci Piana faz pela cultura paranaense um trabalho invejável. Sua presença na Academia honra a nossa casa”. O novo acadêmico é autor do livro "Nos Passos do Comércio", cole-

tânea de artigos que acompanham o cenário da atividade comercial paranaense desde sua posse na presidência do Sistema Fecomércio Paraná, em 2004. Nascido no Rio Grande do Sul, Piana foi criado em Palmas, no sudoeste paranaense, vivendo em Curitiba desde a juventude. É empresário do setor de autopeças. “É uma imensa responsabilidade e um grande desafio estar ao lado dos maiores nomes da intelectualidade paranaense. Vou cumprir essa missão com a mesma dedicação com que tenho exercido todas as funções que a vida tem me dado a felicidade de desempenhar”. A Academia Paranaense de Letras, a mais prestigiada instituição cultural do estado, foi fundada em 1936, nos moldes da Academia Francesa e da Academia Brasileira de Letras. Possui 40 cadeiras, ocupadas de forma vitalícia. Vem dos franceses o costume de

chamar os acadêmicos de imortais, porque o fato de compor a academia faz com que suas obras sejam perenizadas e jamais esquecidas. Com sua eleição, Darci Piana preenche a vaga deixada pela poetisa pontagrossense Leonilda Justus, falecida este ano. A Cadeira nº 29 da APL tem como Patrono Leônidas Barros e foi ocupada, sucessivamente, por Adolpho Werneck, Alcindo Lima, Coelho Júnior, Ladislau Romanowski e Leonilda Justus A posse do novo acadêmico ocorrerá no próximo dia 25 de março, em solenidade a ser realizada no auditório da Federação do Comércio do Paraná. Darci Piana será saudado pelo acadêmico Ernani Buchmann.

Cidadania Honorária O título de Cidadão Honorário de Curitiba foi entregue, em novembro, ao presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo. A vereadora Maria de Lourdes Beserra de Souza foi a autora da proposta, aprovada pela Câmara de Vereadores de Curitiba e sancionada pelo prefeito Luciano Ducci. De acordo com a vereadora, a titulação é um reconhecimento pela dedicação, trabalho em prol do desenvolvimento do estado e pelo comportamento ético de Campagnolo. Natural de Francisco Beltrão, Campagnolo é proprietário de uma indústria e comércio de confecções, em Capanema, com unidades fabris em

Santo Antônio do Sudoeste, Planalto e Itaipulândia do Paraná. Foi presidente do Sindicato das Indústrias do Vestu-

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ário do Sudoeste, vice-presidente da Fiep, e até 2015 presidirá a entidade.

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NOTAS

Cavalheiros da Boca Maldita A tradicional confraria de Curitiba “Cavalheiros da Boca Maldita” completou em 2012, 56 anos de história e, em dezembro, conferiu 40 honrarias a personalidade do cenário social, político e econômico do Paraná e do Brasil. Para o atual presidente da entidade, o economista e consultor de empresas Ygor Siqueira, a Boca Maldita é nacionalmente conhecida como formadora de opinião e fonte de pesquisa. Siqueira declarou que os indicados à honraria são pessoas que participaram, direta ou indiretamente, das ações em torno da Boca Maldita. Anualmente, cavalheiros são condecorados e entre os novos integrantes estão personalidades como o vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná, Paulo César Nauiack e o senador da República, Sérgio Souza. Nesta edição da honraria, o prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet, foi um dos oradores do encontro. De acordo com Nauiack, esta é uma confraria que retrata a sociedade curitibana e é na Boca, que ocorrem os principais eventos políticos e

O vice-presidente da Fecomércio PR, Paulo César Nauiack acompanhado do prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet

sociais. “Na Boca Maldita participei de muitas ações, como por exemplo, o comício das “Diretas Já”, o movimento pelo fim da CPMF, o impeachment do presidente Collor e, mais recentemente, a manifestação pela redução

da carga tributária. Todos os movimentos culminam na Boca. Ali criam-se conceitos e os assuntos ganham repercussão. Sinto-me orgulhoso em fazer parte deste seleto grupo, único no mundo”, avalia Nauiack.

Prêmio “Zumbi dos Palmares” Os 317 anos da imortalidade de Zumbi dos Palmares é comemorado em 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. Para celebrar a data, o deputado Estadual, Ney Leprevost, o cônsul geral do Senegal para os Estados do Paraná e Santa Catarina, Ozeil Moura dos Santos; a presidente do Centro de Integração Social, Cultural, Comercial e Turístico Afro-Brasileiro, Terezinha Moura dos Santos, e a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Senegal África organizaram sessão solene na Assembleia Legislativa do Esta-

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do do Paraná, em 28 de novembro. Na ocasião, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana – representado pelo vice-presidente da Fecomércio PR, Paulo César Nauiack, foi um dos homenageados com o prêmio “Zumbi dos Palmares”, pelos serviços prestados às comunidades afro-brasileiras, paranaenses e africanas. Ângelo Donato Hasse, Claudionor Agibert, Itamar Ribeiro, Joel Almeida da Luz, Jorge Rangel Filho, José Deodato Skroski, Lenivaldo Prado dos Santos, Mariza Soares de

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Azevedo, Regina Célia Ricci Adami Zanchi e Rubens Corrêa também receberam a honraria. Ao falar sobre Piana, o cônsul geral comentou também sobre a parceria com a Fecomércio PR, a qual ampliou as relações comercial entre os países africanos com o estado do Paraná. “Essa parceria é extraordinária. Com ela tivemos muitas conquistas, como a ocasião histórica na qual vieram a Curitiba 30 embaixadores africanos”, destaca.

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Prêmio Conciliar é Legal

A desembargadora Joeci Machado Camargo foi uma das nove personalidades no Brasil a receber o prêmio “Conciliar é Legal”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pela idealização do “Projeto Justiça no Bairro”. Desde 2005, o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR é parceiro do Tribunal de Justiça no Paraná, com a realização conjunta do “Justiça no Bairro Sesc Cidadão”. A honraria, entregue em dezembro, tem o intuito de identifi-

Livro sobre o Centro Sul PR

car, premiar, disseminar e estimular a realização de ações de modernização do poder judiciário que contribuam para a aproximação das partes, a pacificação e, o aprimoramento da justiça. Prestigiaram a cerimônia, em Brasília, a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, Ana Carolina Zaina e a gerente de Ação Social do Sesc PR, Elisângela Domingues.

Prêmio Fecomércio PR de Jornalismo A primeira edição do Prêmio Fecomércio PR de Jornalismo receberá inscrições até o dia 17 de janeiro de 2013. Serão premiadas as melhores reportagens publicadas em jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo radiojornalismo e internet que tenham como tema o Paço da Liberdade. Ao todo, serão entregues R$26 mil reais em prêmios. O regulamento está disponível no site www.fecomerciopr.com.br. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: premiojornalismo@fecomerciopr.com.br.

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O jornal Diário de Guarapuava lançou o livro "Centro Sul do Paraná", que tem o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná como patrocinador master. Com tiragem de 30 mil exemplares, o livro reúne informações históricas e socioeconômicas sobre os 27 municípios que integram a região. A publicação está sendo distribuída em escolas, bibliotecas e prefeituras para servir como material de pesquisa. Além disso, o livro passará a constar em todas as bibliotecas do Sesc e do Senac no Paraná e será enviado às outras federações do Comércio do Brasil. A presidente do Grupo Diário, ao qual pertence o Diário de Guarapuava, Delise Almeida, explicou que a ideia de fazer o livro surgiu da necessidade de um material que evidenciasse o potencial das cidades do Centro Sul, de forma a atrair investidores e incentivar a população a conhecer melhor o entorno onde vive. A cerimônia de lançamento ocorreu em novembro, em Guarapuava, e também comemorou os 14 anos de fundação do jornal.

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NOTAS

Homenagem do Centenário

O reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, entrega ao presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana a “Homenagem do Centenário”, ao lado da professora e pró-reitora de Planejamento, Orçamentos e Finanças da UFPR, Lúcia Regina Assumpção Montanhini e da pró-reitora de Extensão e Cultura, Elenice Mara Matos Novak

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, recebeu em nome da Federação do Comércio do Paraná, o diploma de “Homenagem do Centenário”. O certificado foi outorgado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) a associações de classes e de serviços, instituições de ensino, conselhos profissionais, insti-

tuições governamentais e a empresas públicas e mistas, por suas contribuições no desenvolvimento da ciência, tecnologia, cultura e inovação. Para o presidente Piana, aluno egresso da instituição, a UFPR beneficia com pesquisas, estudos e resultados milhares de pessoas em todo o estado. “Esta é uma universidade

aberta, parceira permanente. É deste encontro da iniciativa privada com o setor de educação pública que se faz parte da grandeza deste país”, pontua. Segundo Zaki Akel Sobrinho, reitor da UFPR, o primeiro centenário da instituição foi grandioso e profícuo, feito a “muitas mãos, muitos corações e muitos cérebros”.

Comitiva de empresários argentinos visita a Fecomércio Em novembro, uma comitiva de empresários argentinos visitou a Federação do Comércio do Paraná como parte da programação da 8ª Missão Institucional e Comercial da Região Centro da Argentina ao Paraná. Na ocasião, os empresários puderam apresentar suas empresas e objeti-

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vos, sendo que algumas oportunidades de negócios surgiram ainda na reunião. Além de disponibilizar no site da instituição uma lista com todas as empresas que participaram da missão, com contatos e intenções de negócios, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, solicitou aos presentes

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que encaminhem à entidade todos os assuntos referentes a produtos que queiram exportar ou importar, assim como possibilidades de joint ventures. A intenção é de que a Fecomércio PR e a Agência de Internacionalização do Estado do Paraná (Aginpar) possam ser o elo entre as partes interessadas.

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Prêmio Ímpar Encontro Nacional de Sindicatos Patronais

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, ao lado do diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, durante entrega do certificado ao Senac PR, uma das marcas de preferência do consumidor paranaense

Quarenta e três segmentos do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná e de Curitiba receberam em novembro e dezembro deste ano, os certificados da quarta edição do prêmio Índice das Marcas de Preferência e Afinidade Regional (Ímpar). O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR foi um dos patrocinadores master do evento. A pesquisa foi realizada pelo Ibope Inteligência, que abordou 1.408 pessoas, de 18 a 65 anos, das cidades de Curitiba, Maringá, Londrina, Cascavel e Toledo, revelando como as marcas são percebidas pelos clientes. Para o vice-presidente executivo do Grupo RIC Paraná, Henrique Petrelli, é preciso fazer a diferença na era da conectividade e influenciar o desenvolvimento

social. “O objetivo é premiar e reconhecer aquelas empresas que fomentam o estado. A pesquisa serve também como um balizador das ações dos empresários e revela que as empresas que focam no regional têm mexido com o gosto popular”, revela Petrelli. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, salientou a importância do empresário paranaense preocupar-se com o seu negócio, mas também com a sua marca. “A pesquisa tem se mostrado um indicador estratégico do posicionamento das marcas no Paraná”, pontua. Na categoria “Ensino de Capacitação Profissional”, o Senac Paraná obteve o segundo lugar na preferência estadual e nas cinco microrregiões pesquisadas.

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Curitiba receberá em maio de 2013, a 29ª edição do Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (ENSP), que reunirá diretores, executivos de entidades associativas patronais e lideranças locais. O Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba e Região Metropolitana (Sindilojas) e o Sindicato das Empresas de Representantes Comerciais e dos Representantes Comerciais Autônomos do Estado do Paraná (Sirecom-PR) são as entidades organizadoras do evento. De acordo com o presidente da Federação do Comércio do PR, Darci Piana, durante o evento serão realizados debates tendo como tema o associativismo, além de ser uma importante oportunidade para a troca de experiências entre as equipes que atuam nos sindicatos. As inscrições para o encontro podem ser feitas pelo site www.sindicatospatronais. com.br/29encontro e têm preços especiais para as efetuadas até o dia 20 de fevereiro de 2013.

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Amigos do Sindilojas Foz do Iguaçu Divulgação Sindilojas Foz do Iguaçu

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NOTAS

Na cerimônia de entrega do troféu “Amigo do Sindilojas”, o vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná, Ari Faria Bittencourt; o prefeito eleito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o presidente do Sindilojas Foz do Iguaçu, Carlos Rodrigues do Nascimento e o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, e o vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Faria Bittencourt, receberam no mês de dezembro o troféu “Amigo do Sindilojas”.

A honraria foi oferecida pelo Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu e Região, comandado pelo presidente Carlos Rodrigues do Nascimento, e tem o objetivo de agraciar, anualmente, pessoas que lutem

pelo fortalecimento empresarial da Região Oeste do estado. O troféu é uma obra do artista plástico Haroldo Alvarenga que reproduz em bronze as Cataratas do Iguaçu e a nova identidade da Fecomércio.

Sindicomércio e parceiros promovem a 15ª Expopato Em torno de 142 mil pessoas estiveram no Parque de Exposições de Pato Branco, durante a semana de realização da 15ª edição da Exposição Feira Comercial, Industrial e Agropecuária de Pato Branco (Expopato (Expopato), em novembro. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, prestigiou o evento e destacou que a comissão organizadora da feira, com-

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posta pela Sindicomércio, Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco, Prefeitura de Pato Branco e Sociedade Rural trabalhou com afinco e percebe que este trabalho unido faz com que haja o crescimento do comércio pato-branquense. O presidente do Sindicomércio, Nilo Garbin, agradeceu ao presidente Piana pelos incentivos que trouxe ao

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município, e enfatizou que a esperada sede do Senac que ampliará os atendimentos e a qualificação em Pato Branco e no Sudoeste. Esta edição contou com uma novidade, a Casa do Comércio. No espaço, o público pode conferir o trabalho do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR em Pato Branco e do Sindicomércio.

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Silvia Bocchese de Lima

Sesc e Senac para União da Vitória e região

O prefeito Carlos Alberto Jung entrega ao presidente Darci Piana o projeto de lei que autoriza a doação de terrenos para a construção da Unidade Integrada Sesc/Senac, no município

Em cerimônia realizada em dezembro, no gabinete do prefeito de União da Vitória, Carlos Alberto Jung, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, recebeu o Projeto de Lei, aprovado pela Câmara de Vereadores, que autoriza a doação de duas áreas, de 17.703,34m2, para a construção da Unidade Integrada Sesc/Senac, no município. Para o prefeito, as obras trarão investimentos de recursos, qualificação da mão de obra local e regional, melhoria na qualidade de vida da população e desenvolvimento social e econômico. Segundo o presidente Piana, houve um importante trabalho conjunto da prefeitura de União da Vitó-

ria e da Câmara de Vereadores e para que fosse possível, ainda neste ano, concretizar a doação dos terrenos. Entusiasta do projeto, o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens, Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de União da Vitória (Sindilojas), Horts Adelberto Waldraff, destaca que em, no máximo dois anos do início das obras, será possível a entrega das unidades à população. De acordo com o arquiteto do Senac, Eduardo Almeida Pereira, estima-se que sejam construídos 3.700m2, sendo mil metros quadrados para a Unidade do Senac e o restante para a Unidade do Sesc.

A proposta é a implantação de um único edifício que integrará as funções desempenhadas tanto no Sesc quanto no Senac. Além disso, serão construídas quadras poliesportiva coberta e de grama sintética, uma guarita comum para todo o complexo. Estão previstos dois estacionamentos, um com 30 vagas e outro exclusivo para ônibus. Estiveram presentes na cerimônia, os diretores regionais do Sesc e do Senac, Dimas Fonseca e Vitor Monastier; os diretores do Sindicato, Diórgenes Szpak, e Almir Jacob; os vereadores Altamir Moreira de Castilho e Clarito de Nivardo Barbosa e colaboradores do Sesc e do Senac em União da Vitória, Ponta Grossa e Irati.

Campanha do Brinquedo mobiliza todo o Paraná A Campanha do Brinquedo de 2012, realizada pelo Sesc e Senac PR em parceria com o Instituto GRPCOM, foi encerrada com recorde de arrecadações. Os 79 postos de coleta, distribuídos nas unidades das três instituições parceiras, atingiram 34.373 doações e 10.095 crianças em todo o estado foram beneficiadas.

Esta é a quarta edição da Campanha, que teve início em 2009. Para o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca, a ação representa uma parceria de solidariedade. “Chega o fim do ano, um momento em que o comércio está se acentuando, nada mais justo do que levar essa alegria a crianças que

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necessitam”, afirmou. As doações foram destinadas a 115 instituições beneficentes, entre elas, quatro indígenas. As entregas das arrecadações ocorreram durante todo o mês de dezembro, culminando com festas simultâneas em cinco unidades, no dia 19.

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Temperatura alta no comércio Atividade aquecida na temporada Texto: Karen Bortolini

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expectativa no aumento das vendas no comércio para este verão pode representar um aumento que varia de 8% a 10% no comparativo ao mesmo período no ano passado. Somando-se aos segmentos de serviços e turismo, que envolvem hotéis, bares e restaurantes, os números podem alcançar de 13% a 15%. Esta é a estimativa dada pelo assessor econômico da Fecomércio PR, Vamberto Santana. No entanto, o estímulo do 13º salário também mostra que as pessoas estão destinando este dinheiro extra para compromissos anteriores, como quitação de dívidas, e que grande parte dos estabelecimentos comerciais se interessa pela negociação nesta época. Já no início do ano, o consumismo freia, por causa das despesas, como o aumento dos impostos e a volta às aulas, com a compra da extensa lista de material escolar, livros, unifor-

me e o aumento dos gastos com dinheiro tudo aquilo que não transportes. venderam, pois não conseguem devolver ao atacadista e TENDÊNCIA precisam comprar as novas coO especialista comenta que a leções”, explica o economista. população segue uma forte tendência de deixar de fazer todas VESTUÁRIO as compras no período do Natal, A pesquisa de Desempenho e aguardar pelas promoções de do Comércio Fecomércio de início de ano com preços muito outubro de 2012 apontou que o convidativos. “A cada ano é per- vestuário, se comparado a 2011, ceptível um aumento da clien- teve aumento nas vendas na ortela de liquidação. Apesar deste dem de 1,43%. Motivado pela fenômeno, o consumidor ainda inovação de produtos e pela é muito emotivo, e acaba adqui- moda, ele foi pequeno por caurindo muitos presentes de fim sa do redimensionamento dos de ano, motivados pelo desejo gastos em virtude da quitação das crianças”, avalia Santana. de dívidas. Como a pesquisa é Mas já no início do ano, as realizada somente em lojas de temperaturas no comércio ain- roupas, não foi considerado o da sobem, e os preços descem. volume de peças vendidas em Na primeira quinzena de janei- lojas de departamentos, hiper ro as lojas começam a liquidar e supermercados, que cada vez seus estoques, após as trocas de mais investem na comercializamercadorias de Natal. As pro- ção do mix de produtos. moções são dos mais diversos No início da estação o vestuitens, como eletroeletrônicos, ário é mais caro, e este setor secalçados e vestuário. “As lo- gue a estratégia da promoção de jas precisam transformar em fim de coleção, como é o caso da

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COMÉRCIO

marca de roupas Squalle. O gerente de duas lojas situadas na rua XV de Novembro, Reinaldo Pereira Bruno, conta que recebe a coleção de verão no fim de agosto, mas que as vendas se intensificam em dezembro. “Blusas de malha, shorts, vestidos e saias têm mais saída”. As vendas, segundo ele, chegam a subir 40% no comparativo aos outros meses do ano. Ele conta que as liquidações com o saldo de Natal iniciam na primeira quinzena de janeiro. Os descontos variam entre 15% a 30%, tendência praticada pelo restante das lojas desse segmento. “A intenção é vender nos dois primeiros meses do ano o residual para esvaziar a loja, pois após o Carnaval já chega a coleção outono/inverno”, prevê.

CALÇADOS

O setor calçadista também faz seu “pé de meia” em pleno verão. A diretora comercial da rede de calçados Happy Walk, Sindhya Cembrani, disse que o varejo neste ano teve queda nas vendas, mas que o verão superará o movimento do ano passado. “Com a crise de 2012, optei por produtos mais competitivos, com preços mais acessíveis, na moda, com comodidade e qualidade”, conta. Além do mês de dezembro, maio também é forte para o comércio, por causa do Dia das Mães, segunda data mais prós-

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pera para o comércio, seguida do Natal. “Dezembro representa 40% acima das vendas se comparados aos outros meses do ano”, avalia a diretora. Sindhya conta que as promoções iniciam na segunda quinzena de janeiro, mas a estratégia é realizá-la em três etapas. “Iniciamos com produtos que não tiveram muito giro, com descontos menores. Depois vamos ampliando a linha e chegamos a liquidar com até 50% de desconto”, conta. Os modelos mais vendidos no verão são as sandálias, com forte apelo nos modelos de festa, rasteirinhas, sapatilhas, e o sleeper, um novo modelo de mocassim acompanhado de aplicações, que ganhou destaque nas vitrines e

nos pés femininos. As cores são as mais variadas, mas a tendência são as mais vibrantes e o dourado, um curinga do Ano Novo. As sapatilhas cap toe, também são novidades – aquelas com ponteiras metálicas, sejam prateadas ou douradas. O modelo Oxford, muito usado no inverno 2012, continua como forte tendência também no verão, podendo ser usado conforme o dia ou composição com a roupa. “A moda está muito antecipada, já recebi o preview do inverno 2013”, finaliza.

Isso acaba motivando muitos empresários a abrirem filiais de suas lojas beira-mar. No litoral as bebidas e comidas também elevam as vendas nesta estação, acompanhados com o movimento em bares e restaurantes que também se intensifica, por causa das férias. Se o comércio de praia aumenta, o da cidade cai, explicado pelo deslocamento do público. As farmácias neste período também aumentam o faturamento, por causa dos protetores solares e bronzeadores. “Já as concessionárias não apresentarão grande ITENS DE VERÃO volume de vendas, pois a clientela A temporada na praia causa já fez suas compras no fim de ano, mais impacto nas lojas que ofertam motivadas pela prorrogação do produtos a serem usados no litoral, IPI reduzido”, prospecta o assessor como roupas mais leves e chapéus. econômico.

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ECONOMIA

INVESTIMENTO é a palavra de ordem Em entrevista exclusiva à Revista Fecomércio PR, o doutor em economia e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, avaliou o cenário econômico brasileiro e projetou indicadores para 2013 Texto: Silvia Bocchese de Lima | Foto: Tendências Consultoria

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resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre deste ano ficou inferior ao esperado, não ultrapassando a casa de 0,6% de crescimento no período. O anúncio foi do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), logo nos primeiros dias de dezembro. Com este número, o PIB de 2012 não deve ser superior ao 1,5% como projetado pelo governo, acredita o doutor em economia e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. O aumento da economia nacional está longe dos 7,5% alcançados em 2010, e dos 2,7% registrados no ano passado. A desaceleração da economia nesses dois últimos anos deve-se, segundo Loyola, a pelo menos três fatores. O primeiro foi a permanência excessiva de estímulos do governo federal brasileiro visando a recuperação da economia, depois da queda do Lehman Brothers, em

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2008, resultando em um superaquecimento econômico e gerando a necessidade de desacelerar este crescimento. Outro aspecto que não pode ser ignorado é a crise mundial e as incertezas derivadas dos problemas econômicos europeus que afetaram, principalmente, os investimentos. Por último, Loyola acredita no esgotamento do “Precisamos de fato gerar modelo de crescimento mais investimentos" que o Brasil adotou nos últimos anos, baseado - Gustavo Loyola, Tendências Consultoria no consumo. “Na medida em que as famílias Embora o consumo esteja alto, o estão mais endividadas, em que não há recuperação dos sa- economista acredita que haja um lilários e dos rendimentos reais e que mite para o crescimento do endivia taxa de desemprego caiu, aponta- damento, prevendo que o consumi-se para um cansaço e fadiga neste dor não deixará de buscar crédito no mercado, mas o acesso a ele não modelo de crescimento”, avalia.

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acompanhará na mesma velocidade. “Há espaço bastante grande no Brasil para a ampliação, por exemplo, do crédito habitacional, que no Brasil ainda tem um taxa relativamente baixa neste tipo de financiamento”, diz o ex-presidente.

CONCESSÕES PÚBLICAS

Uma atitude positiva do governo federal, na avaliação de Loyola, tem sido a reativação dos investimentos, exemplo disso são as concessões de estradas, aeroportos e portos, que trarão investimentos privados para setores de infraestrutura. Na primeira quinzena de dezembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou o “Programa de Investimentos em Logística: Portos” - com ações e capital na ordem de R$ 54,2bi, além de novas regras regulatórias para portos - que tem o intuito de melhorar a infraestrutura e com isso, estimular o desenvolvimento do país. De acordo com relatórios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), entre os meses de maio e setembro deste ano, já foram investidos R$272,7bi em habitação, transporte e energia. “Trata-se de um movimento positivo; embora o governo não goste de usar a palavra privatização, é isso que está sendo feito. O governo federal está abrindo mão de preconceito ideológico e reconhecendo, de fato, que há necessidade de criar um ambiente para atrair investimentos privados para a infraestrutura”, destaca o economista.

PERSPECTIVAS

De acordo com levantamentos feitos pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o Custo Brasil, ou seja, o conjunto de fatores que influenciam e comprometem a eficiência e a competitividade da indústria nacional, deixa em média, 36,27% mais caro um produto brasileiro se comparado a um alemão ou norte-americano. Com a sinalização do Banco Central de que a Taxa de Juros Selic deva ficar em 7,25%, Loyola acredita que as perspectivas da economia para 2013 são melhores, aliadas a outras medidas tomadas pelo governo federal. “Acredito num crescimento na ordem de 3,5%. Os fatores que atrapalharam o aumento da economia em 2012 continuarão a existir, portanto, a margem para um crescimento maior me parece muito estreita”, crê Loyola. Se esta perspectiva de crescimento brasileiro for comparada com a de países desenvolvidos que passam por crises financeiras, como Grécia, Espanha e Itália, o indicador é positivo, afinal estas economias crescerão perto de zero. A previsão é que os Estados Unidos cresçam em torno de 0,2% e o Japão próximo a isso. Quando a comparação é feita com economias emergentes, como é o caso do México, Peru e Colômbia, o Brasil passa por uma desaceleração. “Isto se deve em virtude da não competitividade

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da nossa indústria, da intervenção constante na economia, que impõe restrições na entrada de capitais e que muda as regras do jogo frequentemente e de maneira abrupta. Isso gera incertezas e de fato afasta os investimentos”, diz. Para que haja desenvolvimento e vitalidade na economia, são necessários investimentos e reformas em um país que como o Brasil, custa caro e tem uma produção onerosa. Do campo à indústria encontram-se dificuldades para escoamento das produções, a infraestrutura deficiente encarece o preço dos produtos e sobre o valor final a ser pago pelo consumidor é imposta uma sobrecarga tributária. “Precisamos de fato gerar mais investimentos e aumentar a produtividade, caso contrário, a indústria brasileira não terá condições de concorrer e toda a ampliação do consumo doméstico será atendida pelas importações”, pontua o economista.

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CAPA

Fecomércio nas Texto: Ernani Buchmann

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asas do futuro D

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epois de muito tempo, a Federação do Comércio despediu-se da sua velha logomarca, agora aposentada. A imagem do Mercúrio, que segundo a mitologia possuía o dom da permuta, sendo por isso considerado o deus do comércio, deixa de representar a Fecomércio. Na esteira do mesmo processo que levou à modernização, este ano, das marcas do Senac e do Sesc, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo apresentou, em novembro, sua nova logomarca. Ela traduz o conceito da transformação e os valores que traduzem a atuação da CNC. O símbolo escolhido, a asa, possui linguagem iconográfica e representa o sonho, o resultado alcançado e a capacidade de realização. A Fecomércio, como filiada à Confederação e parte integrante do Sistema Comércio nacional, passa a utilizar a nova marca. O conjunto será completado pela menção das casas que compõem a entidade: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio de Pesquisas e Desenvolvimento. A nova marca simboliza, também, o voo permanente da Fecomércio em direção ao futuro. E nesta viagem todos os colaboradores do Sistema estão convidados a embarcar.

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REVITALIZAÇÃO

Nova Rua São Francisco é Dos quatro eixos a serem revitalizados no centro de Curitiba, três deles já foram entregues à população Texto: Karen Bortolini

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terceiro eixo do projeto de revitalização do centro de Curitiba foi entregue à população no dia 20 de dezembro, durante solenida-

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de. Pavimentação nova, calçadas com dois metros a mais de largura, arandelas fixadas na fachada e iluminação pública da nova Rua São Francisco foram concluídas. Um

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tapume conceitual, que resgata a história do local, foi fixado em um trecho da rua. Há previsão ainda que sejam pintadas todas as fachadas dos estabelecimentos comerciais. novembro

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entregue aos curitibanos

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, e o diretor de operações do Sebrae, Julio César Agostini, que

representam as entidades idealizadoras do processo de revitalização, descerraram a fita inaugural da nova rua. Também estavam presentes o presidente do Instituto de

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Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Clever Ubiratan Teixeira, e o administrador da Regional Matriz, Luiz Hayakawa. A iniciativa atende ao proje-

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REVITALIZAÇÃO

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o diretor de operações do Sebrae/PR, Julio Cezar Agostini; o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci e comerciantes locais descerraram a fita inaugural da Rua São Francisco

to Novo Centro, da prefeitura de Curitiba, que tem objetivo de criar novos atrativos para a cidade junto à sociedade civil. “A parceria com a Fecomércio PR está sendo muito forte para a cidade de Curitiba. Este é um jeito diferente de se administrar e quando contamos com parceiros há chance de dar muito mais certo. A região terá mais segurança, vai melhorar muito para o comércio, além dos eventos que podem ser feitos”, avalia Ducci. O administrador do Jockers Pub Café, Gustavo Dias, concorda que a revitalização trará muitos be-

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nefícios para os estabelecimentos. “Estamos há 11 anos nesta rua. Certamente teremos mais público, mais segurança e a ideia é que venham novos negócios na Rua São Francisco. Com isso, mais pessoas virão conhecer o Centro Histórico da cidade”, diz. A reforma da Rua São Francisco começou em maio de 2012 com intenção de incentivar a circulação de pessoas e movimentar o comércio. O trecho revitalizado inicia na Presidente Faria e se estende até Barão do Serro Azul. Parte da calçada histórica feita de

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grandes blocos de basalto negro foi preservada. O prefeito conta que o centro de Curitiba foi o que mais cresceu no Brasil, e que as entidades parceiras foram as responsáveis por isso. “A cidade está ficando muito bonita, agradável para morar e trabalhar”. Se a capital paranaense se destaca com este conceito inovador, outras cidades crescem os olhos para estes moldes. Como é o caso de Castro, Marechal Cândido Rondon, Francisco Beltrão, Londrina e Maringá, que também têm projetos semelhantes encabeçados pelo Sisnovembro

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tema Fecomércio. “É o Paraná como um todo se destacando no Brasil, ao mostrar que está se desenvolvendo”, disse o presidente Piana.

O INÍCIO

A gestora de projetos do Sebrae, Walderes Bello, conta que tudo começou com um projeto de estudo dos quatro eixos do centro da Cidade, que estavam degradados. “A convite do presidente Piana, que era presidente do Conselho do Sebrae. Iniciamos um diagnóstico da região, para entendermos as principais potencialidades, carências e problemas e, a

partir disso, inaugurar um plano de atratividades para a população. A finalidade é que se torne uma região com o devido valor que merece”, explica. Foram identificadas quatro grandes áreas que se destacam por suas características. A primeira foi a da Praça Tiradentes e Praça Generoso Marques, chamado Eixo Histórico. Por aí que começou o processo de transformação do antigo Paço Municipal em Sesc Paço da Liberdade, há cerca de quatro anos. O segundo foi o da Rua Riachuelo, denominado Eixo Conceito, em função da quantidade de móveis

usados. O terceiro Eixo, o da Rua São Francisco, foi chamado de Gastronômico, devido à quantidade de bares e restaurantes. E o último é o da Barão do Serro Azul, chamado de Eixo de Serviços Especializados.

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Piana avalia que esta etapa concluída representa um grande ganho para o comércio. “Desde que houve o restauro do Paço o centro passou a ter mais movimento, pois virou um atrativo à população. As pessoas começaram a transitar mais pelas ruas do entorno, pois estavam mais seguras e assim movimentar mais

Após a inauguração da rua, a população contou com uma feira gastronômica e show do Grupo Rosa Flô

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o comércio local. Agora a Rua São Francisco dá continuidade a este processo”. Ele destaca a questão da mão de obra qualificada na área gastronômica, pois com o aumento no movimento, haverá a necessidade de um bom atendimento e serviço gastronômico de qualidade. Para isso, o Senac pode prestar apoio com seus A Coral é uma das apoiadoras dos projetos de revitalização de Curitiba, com o projeto Tudo de Cor cursos de qualificação senso de conservação das cidades e CORAL profissional nas mais amplas áreas A Tintas Coral é uma das apoia- trabalha a responsabilidade social de de atuação. “Pretendemos transformar a São Francisco em uma passa- doras do projeto de revitalização forma muito positiva. São mais de rela gastronômica”, estima o presi- dos eixos do centro de Curitiba. O 100 realizados no Brasil, atendendo gerente de Marketing Institucional ao conceito de apoiar iniciativas reledente. Ele destacou ainda que o su- da Coral, Marcelo Abreu, conta que vantes para a comunidade. “Já particesso da revitalização pode ser a parceria iniciou em 2010, com o cipamos de outros projetos de restauampliado para todo o Brasil. “Re- projeto Tudo de Cor para Você, co- ro de prédios históricos de Curitiba, cebemos convites do Rio Grande ordenado por ele. “Unimos-nos à como a Igreja do Rosário e a Igreja da do Sul e de Santa Catarina para Prefeitura de Curitiba, ao Sebrae e Ordem, além do apoio ao Projeto Cotransformar este projeto, que ini- à Fecomércio PR, para apoiar os co- munidade em Cores, da Cohab, que capacitou os próprios moradores para ciou com a Fecomércio, em um merciantes locais”, conta. A ação conjunta iniciou na Rua a pintura de suas casas. programa nacional do Sebrae”. Abreu conta que o Tudo de Cor Riachuelo e todas as outras seguem o para Você, percorre por várias cidamesmo modelo. “Os donos dos estaINCENTIVOS A Fecomércio PR atuou na con- belecimentos pagam somente a mão des. “Participamos de pinturas em esquista da redução do IPTU e isenção de obra para a pintura das fachadas. tabelecimentos do Pelourinho, de 20 de até 100%, e outros incentivos fis- A Coral sede a tinta e o Ippuc apro- casas do bairro Bixiga em São Paulo, cais para quem recuperasse ou pin- va a cor da pintura, a Prefeitura faz o casas em Florianópolis, além de 1.500 tasse a fachada dos estabelecimentos calçamento. Em alguns casos, damos casas na comunidade Santa Marta, de todo o entorno do Paço da Liber- também apoio com a parte técnica, no Rio de Janeiro”, conta. Ele afirmou dade. Além disso, também negociou prestando consultoria aos pintores”, que a parceria se estenderá para a pintura das fachadas da próxima etapa, a o fornecimento de linhas de crédito explica. O projeto da Coral preserva o Rua Barão do Serro Azul. para os empresários.

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HOMENAGEM

Ordem do Pinheiro do Paraná Honraria é concedida a 46 personalidades que contribuíram com o desenvolvimento sociocultural, educacional científico e tecnológico do estado Texto: Karen Bortolini

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O governador Beto Richa concedeu a Ordem do Pinheiro do Paraná a personalidades que contribuíram com o desenvolvimento do estado

presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, recebeu a Ordem do Pinheiro do Paraná, em solenidade no Palácio Iguaçu. Esta é a maior honraria concedida pelo governo do Paraná a pessoas que contribuíram com o

desenvolvimento econômico, sociocultural, educacional, científico e tecnológico. No dia 19 de dezembro, data que foi realizado o evento, comemoram-se os 159 anos de emancipação política do Paraná. A comenda foi instituída em 1972. Neste ano,

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46 personalidades foram homenageadas, em três classes: Grã-Cruz, Comendador e a Grande Oficial, recebida pelo presidente Piana das mãos do governador Beto Richa, acompanhado da secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.

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HOMENAGEM

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, recebeu das mãos do governador Beto Richa a Ordem do Pinheiro do Paraná

Os homenageados representam uma mostra do perfil paranaense que respeita a convivência entre diferentes povos raças e credos. Hoje, o estado é composto por uma mescla de descendentes de poloneses, alemães, ucranianos, suíços, franceses, holandeses, japoneses, árabes e italianos que juntos promoveram o progresso do estado. É com essa ideia de valorizar a junção destes povos, que muito contribuíram com as atividades produtivas para o Estado, que o governador concede a honraria. “Um estado só é justo se for igual para todos. Igual em desafios e oportunidades, nas dificuldades e na fartura. Este é o Paraná que que-

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remos. E não basta querer, é preciso agir. E isso os paranaenses conhecem como poucos. O trabalho, e aqueles que trabalham, devem ser reconhecidos pelo esforço, dedicação e construção de um Paraná que tanto nos orgulha. Por isso prestamos esta homenagem a paranaenses de alma e coração que muito contribuíram para o desenvolvimento do estado e do Brasil”, disse Richa. Para ele, a outorga da Ordem do Pinheiro é um singelo, mas necessário reconhecimento a homens e mulheres que dedicaram suas vidas para promover um bem comum, nos mais diversos campos do saber, na vida pública, na música, no teatro, na indústria, na me-

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dicina, no direito, na comunicação, na literatura e no esporte. “Estas pessoas contribuem para que o Paraná seja um destaque no mapa do mundo contemporâneo. O lugar em que as conquistas da ciência se materializam em serviços para o homem do campo e da cidade”, concluiu o governador. “Fico muito grato em receber a maior comenda do Paraná. Espero ser merecedor dessa honraria, principalmente pelo Sistema Fecomércio, por nossos parceiros, presidentes de sindicatos. Divido esta homenagem a todos eles e também com minha família e com toda a diretoria do Sesc e do Senac”, disse o presidente Piana. novembro

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Luiz Fiani e Guta Stresser, jornalistas, como Aroldo Murá, líderes de entidades do estado, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho. “Recebo esta homenagem por professores, alunos e todos que ajudam a desenvolver e transformar o nosso estado. A UFPR comemora 100 anos em um período em que o Paraná ocupa um lugar de destaque, com um governo que prioriza a educação, a saúde e a infraestrutura. Comemoro na mesma data que celebramos o restauro do prédio da universidade na Praça Ordem Estadual do Pinheiro Santos Andrade”, comentou o reitor. HOMENAGEADOS Chloris Justen, segunda ocuTambém receberam a conde- pante da cadeira nº 24 e nova precoração atores paranaenses, como sidente da Academia Paranaense

de Letras, também recebeu a Ordem do Pinheiro do Paraná, pelos importantes serviços prestados à educação, cultura e cidadania. A pedagoga, escritora, editora e coautora de artigos e livros, afirmou que este é um reconhecimento por seus anos de dedicação ao trabalho. “As atividades na área da educação fazem parte da minha vida”, comentou.

DARCI PIANA

O presidente Piana recebeu a honraria por suas significativas contribuições ao longo de sua carreira. Economista e empresário, ocupou diversos cargos importantes. Atualmente, além de presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, é vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. É Cidadão Honorário de Curitiba, do Paraná e de diversas cidades do estado. Recebeu comendas e homenagens, medalhas e premiações por se destacar à frente desta instituição.

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Destaques presentes Além do vice-governador do Paraná, Flávio Arns, estavam presentes deputados estaduais, secretários de Estado, o presidente da Ocepar João Paulo Koslovski; o empresário e presidente do Movimento Pró-Paraná, Jonel Chede, que também é ex-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP); o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca; o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier; o diretor executivo da Fecomércio PR, Eduardo Gabardo; o diretor sindical da Fecomércio PR, Alberto Samways; o presidente da ACP, Edson José Ramon, que também foi homenageado; o vice-presidente da Fecomércio PR, Paulo Nauiack; o assessor da presidência da Fecomércio PR, Guilherme Piratello, o diretor de Educação e Tecnologia do Senac PR, Ito Vieira e a diretora de Suprimentos e Infraestrutura do Senac PR, Neiva Pasini.

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VIRADA Texto: Carolina Lara | Fotos: Bellé

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do Sesc

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CULTURA

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Arnaldo Antunes

Zeca Baleiro

Trio Quintina

Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba

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oi mesclando atrações nacionais a grupos locais que a curadoria da 3ª Virada Cultural procurou dar visibilidade aos artistas curitibanos. Com o tema “Faça Parte Dessa Mistura”, a terceira edição do evento proporcionou aos aficcionados por cultura uma programação diversificada que contemplou diferentes gostos e estilos. O evento atraiu um total de 250 mil expectadores em 24 horas de programação ininterrupta, nos dias 10 e 11 de novembro. Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, “as atrações da 3ª Virada surpreenderam e empolgaram o público, que lotou todos os palcos. Trata-se de um evento que deve estar permanente no calendário cultural do estado,” comentou Piana. No palco Riachuelo, Zeca Baleiro iniciou a maratona de apresentações, acompanhado pela Orquestra à Base Corda. Na sequência, quem subiu ao palco foi o grupo curitibano Trio Quintina, seguido por Arnaldo Antunes, que levou cerca de 17 mil pessoas à Praça Generoso Marques. O público acompanhou a interpretação de sucessos de várias fases de sua carreira e parte do repertório de seu último trabalho, o Acústico MTV. Para fechar o sábado (10), a Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba conduziu o espetáculo “Suítes e Tangos”. novembro

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Grupo Tholl

em misturar artistas de renome do cenário nacional com nomes da cidade, viu nesta virada a oportunidade de voltar parte das apresentações para a formação de plateia. Assim, as apresentações de domingo foram direcionadas para pais e filhos. “Os artistas que se apresentaram no sábado já são nomes consagrados. No domingo, aproveitamos para trabalhar a questão da formação de plateia, trazendo crianças e adolescentes, de forma a fazer crescer um novo público, que aproveite a dinâmica do centro da cidade e dos centros culturais”, explicou Celise. Dessa forma, o domingo (11) iniciou com o som da Bossa Nova. Roberto Menescal cantou com a pernambucana Andreia Amorim e com o Coral Curumim. Já o espetáculo “Par ou Ímpar”, apresentado pelos gaúchos Kleiton & Kledir e pelo grupo circense Tholl, encantou um público de 15 mil pessoas. Uma produção que mesclou música, teatro, dança e circo, e que transformou o palco em um verdadeiro picadeiro.

PALCO RUÍNAS - MUSICLETADA

Roberto Menescal

Kleiton e Kledir

FORMAÇÃO DE PLATEIA

A gerente executiva do Sesc Paço da Liberdade, Celise Niero, explicou que a curadoria do palco Riachuelo, formada por administradores culturais do Sesc e da Fundação Cultural, além de manter a preocupação

“O palco mais curitibano da virada”, como estava sendo designado pelos seus curadores, também recebeu o apoio do Sesc. As apresentações, tão ecléticas quanto seu público, mostraram nove bandas locais escolhidas a partir de três critérios: grupos curitibanos, autorais, e que tivessem lançado trabalhos recentemente. Para a gerente de Cultura do Sesc PR, Deborah Belotti, a ação do Sesc vem se ampliando de acordo com a demanda e com a capacidade da instituição em absorvê-las. “O Palco Ruínas – Musicletada, além de ser destinado a novos grupos locais, apresentou uma preocupação com a sustentabilidade que conversa com as nossas diretrizes”, explicou. Para Deborah, a proposta encaixou-se muito bem aos propósitos da Virada. Houve a ocupação saudável de um espaço do centro da cidade de forma segura e divertida.

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CULTURA

CONFRARIA DA COSTA

A banda Confraria da Costa, que encerrou a programação nas Ruínas São Francisco, fez todo mundo pular e cantar com seu rock pirata. A origem do grupo data de 1999, mas a decisão de desenvolver um trabalho 100% autoral veio há dois anos, quando adotaram o atual nome. “A proposta da Confraria da Costa é fomentar o caos, no sentido bom da palavra”, confidenciou o baixista, Luiz Guimarães. Com letras que falam de matar, beber e cantar no melhor estilo pirata, a proposta de entretenimento do grupo promove um verdadeiro espetáculo em que todos os músicos se apresentam a caráter.

Além de shows em diversos estados, em dois anos eles já colecionam dois CDs produzidos de forma independente. O primeiro, homônimo, é de 2010. Já o segundo, acabou de sair do forno: “Canções de Assassinato” foi lançado em 7 de dezembro. Para Guimarães, que também é técnico administrativo do Sesc, hoje há uma maior aceitação do público por bandas autorais do que há cinco anos. “As novas gerações estão saindo mais e procurando coisas novas”, comentou. Guimarães conta que escolheu trabalhar no Sesc justamente pelo trabalho que a organização realiza em prol da cultura, do bem social e da saúde.

Confraria da Costa

CORRENTE CULTURAL espaços. Neste ano, a Corrente aconte- a preços populares, tomaram conta de

Em Curitiba, a Virada Cultural faz parte de um movimento maior, a Corrente Cultural, que tem por objetivo divulgar as programações e os espaços de cultura da cidade, fazendo com que o público ocupe e usufrua desses

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ceu entre 3 e 11 de novembro, sendo encerrada com a Virada Cultural. Ao todo, 300 programações culturais (exposições, sessões de cinema, palestras, apresentações teatrais, shows, oficinas e programação infantil), gratuitas ou

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95 espaços da cidade. Com o objetivo de descentralizar a cultura no estado, outras quatro cidades do interior também tiveram a Virada Cultural: Maringá, Campo Mourão, Foz do Iguaçu e Cianorte.

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FORMATURA

EDUCAÇÃO pela vida e para o mercado de trabalho Parceria entre Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e Grupo Bom Jesus celebra formatura de 219 alunos do Colégio Sesc São José Texto: Isabela Mattiolli

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ferecer educação gratuita e de qualidade. Foi com esse princípio que o Colégio Sesc São José foi criado em 2009, início da parceria entre o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e o Grupo Educacional Bom Jesus. De lá para cá, duas turmas se formaram – a última delas no dia 14 de dezembro deste ano, com 219 alunos que concluíram o Ensino

Médio. O colégio virou referência nas áreas social, educação e capacitação para o mercado de trabalho. A cerimônia de formatura foi iniciada com a bênção de ação de graças feita pelo presidente da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Frei Guido. Apesar da Associação Franciscana Senhor Bom Jesus contar com diversas parcerias na área da educação, para o

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presidente da entidade, esta mantida com o Sesc, por meio do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, é única. “O nome do Bom Jesus com o Sesc só poderia resultar em uma conquista gloriosa. A nossa primeira intenção era direcionar e capacitar esses alunos para o mercado de trabalho. Hoje, estamos conscientes do potencial que temos também para a transformação social”, diz.

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FORMATURA

O presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, celebra a parceria com o Grupo Educacional Bom Jesus durante formatura dos alunos do Colégio Sesc São José. A gestora Pedagógica do CEPE Bom Jesus, Giselle Hummelgen; a coordenadora de Educação e Tecnologia do Senac Paraná, Carina Bechert – representando o diretor de Educação Profissional e Tecnologia do Senac PR, Ito Vieira; o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca; o presidente da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Frei Guido; o diretor de Relações Corporativas da FAE, Paulo Cruz – representando o diretor-geral da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Jorge Apóstolos Siarcos; o diretor de Educação e Cultura do Sesc PR em exercício, Júlio Alves; a gerente executiva do Senac Curitiba, Daniela Rosa; e a gestora do Colégio Sesc São José, Lucinéia de Carvalho Appel também compuseram a mesa de autoridades

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, parabenizou os alunos pela formatura e comentou sobre essa oportunidade. “Essa é a segunda turma formada pelo projeto em parceria com o Bom Jesus. Sei que é apenas o começo, mas acredito que vocês têm mais condições do que muitas pessoas que não tiveram essa oportunidade de um ensino de qualidade”, salienta. Ele ainda comentou sobre as parcerias que foram agregadas ao projeto do Colégio Sesc São José: o Senac, com o curso de capacitação em Auxiliar Administrativo voltado a alunos do segundo ano do Ensino Médio, e com o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), por meio da Universidade Livre do Mercado Imobiliário e Condominal

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(Unihab), que direcionou esses jovens para empresas filiadas a entidade, para um período de estágio. O diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca, acredita que o Colégio Sesc São José permite ao aluno sair ainda mais qualificado não só para o vestibular como para o mercado de trabalho. “Esse jovem se prepara para o ensino superior e também tem a oportunidade de se qualificar para trabalhar em um segmento que cresce a cada dia, que é o setor imobiliário”, observa. O vice-presidente da Fecomércio e presidente da Unihab, Luiz Carlos Borges, reforça essa ideia. “Os jovens querem ter oportunidades. O Colégio Sesc São José representou o primeiro passo, com um ensino de qualidade. Depois, o Senac entrou com a capacita-

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ção em contraturno escolar e, na sequência, a sociedade cede esse espaço para que eles entrem nas empresas e aprendam um ofício”, acrescenta. A aluna Sara da Silva foi uma das que se destacou nesse período e será efetivada pela empresa que estagiou. “Sair do curso e fazer um estágio no 3º ano foi muito bom. E sair com emprego é muito gratificante”, revela. A gestora do Colégio Sesc São José, Lucinéia de Carvalho Appel, considera que a instituição de ensino além do âmbito social, também é um projeto de vida. Ela comentou sobre os destaques que a turma teve durante os três anos de Ensino Médio, desde aprovação em vestibulares, olimpíadas escolares nacionais a trabalhos voluntários.

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SINDICATO

SINDILOJAS Garantia de defesa dos direitos e interesses do empresário da Região Oeste Texto: Silvana Kogus | Foto: Divulgação Sindilojas Foz do Iguaçu

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história começou quando um grupo de empresários de Foz do Iguaçu sentiu a necessidade de aumentar a força política da categoria. Em maio de 1981 a primeira reunião foi realizada resultando na criação de uma associação aprovada por unanimidade. Alguns anos mais tarde, os próprios empresários perceberam que o movimento tinha uma grande tendência de crescimento. Por isso, em 1986 a Associação Profissional dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens, Tintas e Materiais Elétricos e Eletrodomésticos de Foz do Iguaçu passou a se chamar Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu e Região (Sindilojas). Instalado no centro da cidade, o sindicato representa hoje mais de 2.500 empresas das regiões de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel

Carlos Rodrigues Nascimento

do Iguaçu e Itaipulândia. Entre as principais ações destacadas pelo presidente da entidade, Carlos Rodrigues Nascimento, estão a liberdade do comércio em abrir livremente suas portas com exceção dos dias 1º de maio, Páscoa, Natal e primeiro dia de cada início de ano: a assinatura do convênio com o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) garantindo a

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segurança de o empresário vender sem pagar nenhum tipo de mensalidade e a participação na organização da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu, um projeto do Sesc Paraná. “O comércio é um segmento de muita importância para o país porque é o maior empregador de mão de obra. O sindicato empresarial lojista, com suas ações definidas, mantém

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SINDICATO

as regras de desenvolvimento e o equilíbrio das ações laborais”, comenta Nascimento.

PARCERIA

Preocupado com a saúde dos associados, o Sindilojas realiza ações em parceria com o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR deslocando equipes de enfermeiras, nutricionistas, técnicos em enfermagem para realizar, sem custos, testes de glicemia, colesterol e aferir a pressão arterial dos empresários e funcionários. O sindicato também atuou diretamente junto à Federação e ao governo do estado na revitalização do antigo Hotel Cassino, hoje transformado em Hotel Escola, e abrigando as dependências do Senac.

O PRESIDENTE

GALERIA GUERREIROS Na área empresarial desde DO COMÉRCIO

1969, Carlos Rodrigues Nascimento ocupa também uma das vice-presidências da Federação do Comércio do Paraná. Iniciou sua trajetória no ramo contábil, passando pelos setores varejista, atacadista e supermercadista. Desde 1976 atua na área sindical em defesa ao setor empresarial. Para 2013, o sindicato pretende dar continuidade na política de aproximação com a categoria, buscando sempre a solidez da base sindical em defesa do empresariado. Investir em infraestrutura e manter a instituição em sintonia com todo o Sistema (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Fecomércio PR), além da integração com os demais sindicatos empresariais do país.

Em dezembro, o Sindilojas inaugurou uma galeria de homenagens a empresários da região que receberam desde a primeira edição, o título de Guerreiros do Comércio. Neste ano, por Foz do Iguaçu e região, o empresário homenageado foi Sadi Carvalho. “É justo que façamos isto em favor da história porque vencer em Foz do Iguaçu é realmente uma atitude de guerreiro” comenta o presidente Nascimento.

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O troféu “Guerreiro do Comércio” premia os empresários de destaque em todo estado. O evento faz parte do calendário oficial de eventos da Federação do Comércio do Paraná e acontece anualmente em Curitiba.

Galeria dos Presidentes • Gestão 1986/1986: Fouad Mohamad Fakih • Gestão 1986/1990: Omar Tosi • Gestão 1990/1990: Albino Bratch • Gestão 1990/2007: Omar Tosi • Gestão 2007: Carlos Rodrigues Nascimento

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PESQUISA

PESQUISA Conjuntural para o Sudoeste e Litoral Mudanças comportamentais e crescimento do comércio fizeram com que a Federação do Comércio do Paraná ampliasse as regiões assistidas pela Pesquisa Conjuntural, realizada mensalmente no Paraná Texto: Silvia Bocchese de Lima

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umentar a atratividade de um empreendimento, melhorar seu desempenho e a competitividade são objetivos comuns a empresários de qualquer setor da economia. Para retratar a realidade econômica do estado e balizar o empresariado com dados referentes ao entorno do seu comércio, mensalmente a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR), em parceria com o Sebrae/PR, realiza a Pesquisa Conjuntural. Trata-se de uma aná-

lise que engloba os principais segmentos do comércio varejista e de onde são retirados indicadores que permitem avaliar e acompanhar a sua performance. A pesquisa já é realizada em seis regiões do estado e, a partir de dezembro deste ano, o Sudoeste e o Litoral do Paraná também serão incluídos. Serão analisados, inicialmente, dois ramos de atividade: o setor de supermercados e de concessionárias de veículos. Para a coordenadora de pesquisa

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da Fecomércio PR, Priscila Andrade Takata, as duas novas regiões têm características próprias e desempenhos distintos em suas atividades econômicas. “A Região Sudoeste foi escolhida em virtude de sua ascensão no cenário estadual e havia o anseio por parte dos empresários em ter acesso aos resultados. O Litoral apresenta uma característica atípica, como o fato de ser portuário e turístico. Em ambas, precisamos saber o comportamento de compra e de venda”, pontua Priscila.

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PESQUISA

Diferente da metodologia de pesquisas existentes no mercado, que analisam empresas com o número mínimo de 20 colaboradores, a Pesquisa Conjuntural engloba empreendimentos independentemente do seu tamanho. “Em nossos estudos, estratificamos as empresas e cada uma tem um peso diferente, para que possamos fazer um diagnóstico completo do comércio. Este é nosso diferencial. Trabalhamos desde micro a grandes empresas”, enfatiza a coordenadora.

a empresa está inserida no mercado, com informações estratégicas para o crescimento do negócio. “O empresário consegue observar-se no cenário de que faz parte. Este relatório permite que ele acompanhe o andamento da sua empresa e sua evolução. O empresário passa a olhar seu empreendimento com outros olhos e de que maneira pode melhorar e crescer”, avalia.

DINÂMICA

A dinâmica da Pesquisa Conjuntural consiste na escolha prévia da empresa, selecionada no banco de dados da Fecomércio PR. Um documento assinado pela presidência da entidade legitima o convite ao empresário, que será visitado por um pesquisador. “O empresário não precisará repassar os dados a este pesquisador, mas uma autorização para que o contador da empresa o faça. Por isso, o trabalho dos contadores é essencial para a nossa pesquisa”, releva Priscila. Hoje, 1,3 mil empresas participam da pesquisa em todo o Paraná, o que permite analisar dados de vendas, compras, nível de emprego, faturamento e folha de pagamentos. Todas as informações são confidenciais e ao empresário que participa da pesquisa é entregue o Relatório Individual de Desempenho, o qual permite visualizar a maneira como

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Cidades e regiões contempladas pela pesquisa • Região Metropolitana de Curitiba • Região Oeste • Região Sudoeste • Londrina • Maringá • Foz do Iguaçu • Ponta Grossa • Litoral

Serviço O empresário que tiver interesse em participar deve enviar e-mail para pesquisa@fecomerciopr.com.br, ou pelo telefone (41) 3883-4541. A pesquisa completa está disponível para download no site www.fecomerciopr.com.br

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PERFIL

A cultura humanística personificada Texto: Ernani Buchmann

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duardo Rocha Virmond, presidente da Academia Paranaense de Letras até o início do próximo ano, quando será sucedido por Chloris Casagrande Justen, é advogado desde 1952. Formado pela Faculdade de Direito da UFPR, Virmond destacou-se desde cedo pela bagagem intelectual. Sua coluna diária, chamada Letras & Artes, publicada inicialmente na Gazeta do Povo e, mais tarde, no Diário do Paraná, nos anos 1950, era conhecida por abordar temas polêmicos e explosivos, sobre teatro, música, artes plásticas e literatura. No Direito, tem atuação destacada desde aquela época. Foi sócio de escritório do jurista e político José Rodrigues Vieira Neto e, ainda hoje, mantém-se em atividade. Presidiu as três entidades mais importantes da sua área: o Instituto de Direito Tributário do Paraná, o Instituto dos Advogados do Paraná, este durante dois mandatos, e a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná.

Na OAB/PR, sua gestão alcançou repercussão nacional com a VII Conferência Nacional dos Advogados, realizada em Curitiba, em 1978. Na ocasião, foi levantada a bandeira pela restauração da democracia no Brasil e pela anistia aos exilados políticos. O discurso que proferiu na abertura do evento, “O aperfeiçoamento do arbítrio”, no Grande Auditório do Teatro Guaíra, foi interrompido inúmeras vezes por aplausos. Nele, estavam contidas as ideias que alimentaram o processo político que, dez anos depois, seria consumado com a promulgação da nova Constituição Federal e, a seguir, as eleições diretas para Presidente da República. Virmond é membro honorário da Associação Brasileira de Críticos de Arte, da Aliança Francesa e do British Council. Faz parte do Instituto Brasileiro de Filosofia.

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Nos anos 1990, foi secretário da Cultura e, a seguir, secretário da Justiça e da Cidadania do Paraná. Em 2009, recebeu da OAB/ PR a Medalha Vieira Neto, maior honraria concedida pela instituição. Dois anos depois, assumiu a presidência da Academia Paranaense de Letras. Eduardo Rocha Virmond representa um tipo de brasileiro cada vez mais raro: o homem que se dedica à valorização da cultura. Ele é uma referência para as novas gerações, que podem aprender muito com este intelectual de linguagem acessível e nenhuma afetação.

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TURISMO

Quando o caminho é Mais do que uma estrada, a PR-410, ou Estrada da Graciosa como é mais conhecida, é uma via que transporta turismo, memórias e a história do Paraná Texto: Giana Andonini

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o destino

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TURISMO

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onge da movimentação das BRs, a Estrada da Graciosa é um caminho alternativo para quem quer conhecer o lugar que desde o século 18 liga – da capital ao litoral – pessoas, memórias e histórias do desenvolvimento da economia paranaense. Com tantos atrativos, a própria estrada que leva a Morretes, Antonina e Paranaguá se transformou em um passeio turístico. Em uma mescla de paralelepípedos, ladeados por hortênsias e cercados de uma natureza exuberante, o caminho oferece uma experiência inspiradora para os turistas. O percurso requer atenção dos motoristas: pelas curvas, tipo de calçamento e constante neblina, a visibilidade costuma ser prejudicada. Toda esta cautela permite que o turista vá devagar e se conecte mais com a natureza do local. Assim, a Graciosa se configura como uma boa opção para quem quer fugir da rotina do ambiente urbano. Os vi-

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sitantes podem aproveitar o passeio e parar nos recantos, que possuem churrasqueiras para uso gratuito, banheiros, lanchonetes e uma ótima vista para fotografias. Finalizada em 1873, sua importância está na história que carrega. Por muito tempo ela foi uma das mais importantes infraestruturas para desenvolvimento paranaense. MEMÓRIAS EM PAVIMENTO Por cerca de 100 anos, a Estrada da Graciosa foi a única ligação rodoviária entre Curitiba e o litoral. Os principais produtos escoados pela estrada foram a madeira, o mate e o café. A Graciosa teve também grande influência na construção da primeira ferrovia do estado. O engenheiro responsável pela construção, Antônio Rebouças, foi também o engenheiro que desenvolveu o projeto da estrada de ferro, uma das mais antigas em funcionamento do país. Ao contrário do que muitos turistas pensam, a Estrada da Gracio-

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sa não começa no portal em Quatro Barras localizado próximo ao acesso pela BR 116. O caminho original tem início no Trevo do Atuba, em Curitiba. Antes de chegar ao portal, o caminho passa ainda pelas cidades de Pinhais e Colombo. A aposentada Lizete Rute Andretta, de 77 anos, mora próximo ao Trevo da Cruz há 60 anos, um dos pontos onde a Estrada da Graciosa tem início. Em uma época em que os almoços de domingo eram salvos pelas compras de última hora no Armazém do Seu José da Silva, localizado também na estrada, ela observava pela janela de casa a movimentação rumo ao Porto de Paranaguá. “Os caminhões iam tão devagar que os meninos pulavam e iam de carona, em pé mesmo”, conta. O percurso guarda também outros pontos históricos, como o local onde ficava o pinheiro em que Dom Pedro II descansou, em 1880. A árvore foi destruída por um raio no fim do século XX, e hoje um obelisco re-

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lembra a passagem histórica no local: “À sombra deste pinheiro, diz a tradição, em 21 de maio de 1880, descansaram o Senhor D. Pedro II, a família imperial e a Imperial Comitiva no seu caminho para Curitiba”.

atenção”, comenta Robert. E o cenário quase cenográfico não encanta somente quem vem de fora. Quem convive com a estrada todos os dias não se cansa das belezas e mistéPERSONAGENS rios que a Graciosa ofereDO PERCURSO ce. Maria Teresa Pires da Chácaras, diversos comércios Silva trabalha no Recande cerâmica e jardinagem, oficinas to Bela Vista há sete anos mecânicas, um cemitério, o Cen- e não troca o ar puro e a tro de Treinamento do Coritiba, paisagem privilegiada por a escola Bom Jesus Internacional, nada. “Já vi rastro de ono Parque da Ciência Newton Frei- ças, dizem que tem ETs, re Maia, além de condomínios de eu mesma já escutei gritos alto padrão e clubes de campo são na mata à noite. Mas adoro alguns dos atrativos da Estrada da morar aqui, é bem melhor Graciosa, quando ela está ainda em que na cidade”, alega. seu início. A partir do portal, são 37 Da janela de sua casa, Lizete acompanhou o desenvolvimento da Estrada da Graciosa quilômetros em plena Mata Atlântica, com uma paisagem exuberante. Para Wilson Alves da Silva, que trabalha próximo ao portal da Estrada, a região é um dos locais mais bonitos do Paraná. Apaixonado pela Graciosa, ele faz bicos com talhamento em madeira de paisagens do local. “Quero que as pessoas deem mais valor para essa região”, conta. A Graciosa recebe visitantes de diversas origens todos os dias. Para os turistas estrangeiros R. IC. Baig (Índia) e Robert Tiede (Estados Unidos) a boa propaganda dos colegas de trabalho os fez optar pelo passeio. “O frio está atrapalhando um pouco, mas a vista é linda. Nos falaram muito que o caminho era colonial e a natureza chamava a Orgulhoso, Wilson coloca na madeira a paixão pelas paisagens da região www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

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TURISMO

No Recanto Bela Vista, Maria Teresa conhece turistas de todo o país

Da antiga estação, Sueli faz papel de guia de turismo e faz propaganda da cidade para quem passa

DESTINOS Iguarias culinárias, artesanato, arquitetura colonial e clima de interior formam o cenário das cidades de Morretes e Antonina, onde a Estrada da Graciosa desemboca. Com uma população de apenas 15 mil habitantes, Morretes é famosa pela sua gastronomia, centro histórico e pelas suas opções de ecoturismo. Nos fins de semana, a cidade se transforma em um centro de atração turística, quebrando o clima bucólico rotineiro. Eventos culturais ao longo do ano movimentam a cidade, como o Festival de Inverno. Já Antonina chama a atenção pelos sobrados coloridos tipicamente coloniais e pela paisagem da baía de Paranaguá. A servente Sueli Pires trabalha na antiga Estação Ferroviária de Antonina há 10 anos, onde funciona a sede da Secretaria de Turismo e Esportes. Apaixonada pela cidade, Sueli afirma que adora receber turistas e dar informações, mesmo não sendo uma atividade de sua função. Ela dá as dicas para aproveitar a cidade. “O lugar mais bonito aqui é a Ponta da Pipa, e depois o Rio do Nunes. O pôr do sol na Ponta da Pipa é lindo”, indica.

Ponta da Pipa, em Antonina

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Confira as opções para aproveitar o seu passeio: Gastronomia: O prato típico da região é o Bar-

reado, preparado em panela de barro e feita com pedaços de carne e farinha de mandioca. O cozimento dura três horas e o prato é servido com banana da terra e laranja de acompanhamento. Localizado à beira do Rio Nhundiaquara, o restaurante Madalozo é um dos mais tradicionais de Morretes. Ele oferece a especialidade acompanhada de frutos do mar e aperitivos típicos pela média de R$40 por pessoa.

City Tour: Nas cidades, aproveite para conhecer

os diferentes comércios de artesanato da região. Visite também os pontos históricos, como os museus, as igrejas, a centenária Ponte Velha em Morretes e a antiga Estação de Trem em Antonina. Como souvenier, souvenier a dica é trazer para presente as tradicionais balas de banana, cachaças e mel da região.

Atividades radicais: Para quem gosta de

adrenalina, a região oferece diversas atividades radicais. Trekkings no Parque Estadual do Marumbi, boia cross nas águas do Rio Nhundiaquara, rafting no Rio Cachoeira, caminhadas pelos saltos dos Macacos e o percurso do Caminho do Itupava são algumas das opções que os aventureiros de plantão podem aproveitar.

Passeio de Trem: Uma alternativa para curtir

a Serra do Mar é fazer a descida de trem. As viagens são ofertadas pela empresa Serra Verde Express e percorrem os 110 quilômetros da ferrovia. Os preços variam entre R$57 (econômico) e R$270 (trem de luxo). No trajeto, o turista contempla belezas como a Garganta do Diabo e a queda d’água Véu da Noiva.

Pousadas:

Morretes possui uma variedade de pousadas, campings e hotéis que se misturam à natureza. Para se desconectar da cidade e relaxar, uma opção é a pousada Hakuna Matata, que tem infraestrutura completa com piscinas, campo de futebol, bar, Jacuzzi e playground playground, em meio a 600 mil metros quadrados de jardins e bosques naturais.

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HISTÓRIA

Uma viagem histórica Texto: Ernani Buchmann

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s caminhos terrestres a cortar o chão do Paraná têm suas origens na ocupação indígena, anterior ao descobrimento. O Caminho do Itupava é um bom exemplo: pavimentado com pedras, foi durante séculos a principal ligação entre o nosso litoral e o primeiro planalto. O Caminho do Peabiru é outra trilha de muita história. No Paraná, ele vai de leste a oeste, e foi trilhado, já em 1541, por D. Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, que partiu com sua caravana da foz do Rio Itapocu, em Santa Catarina. As rotas dos Tropeiros também remontam aos tempos mais antigos. A principal delas cruzava o estado saindo de Viamão no Rio Grande do Sul, com destino a Sorocaba, em São Paulo. O vau que permitia atravessar o Rio Iguaçu ficava próximo à Balsa Nova, de onde as tropas subiam a Serrinha, hoje Serra de São Luiz do Purunã. Outra passagem importante foi a que gerou a criação da Vila da União, origem das cidades de Porto União e União da Vitória. Havia também a rota tropeira que vinha pelos campos de Guarapuava, descendo a Serra da Esperança para chegar aos Campos Gerais. Outras trilhas evoluíram de simples caminhos a estradas carroçáveis. Mais tarde, novas vias foram acrescentadas, melhorando-se o pavimento ao longo do

tempo. No início do século XX, já se usava no Paraná o piso em macadame, invenção do engenheiro escocês John McAdam. É desta época, 1907, a primeira viagem de automóvel realizada entre Curitiba e Joinville, tendo como participantes o empresário Francisco Fido Fontana, proprietário do primeiro automóvel em Curitiba, sua esposa, o então senador Cândido de Abreu e o major Felinto Braga. A aventura é descrita no livro História de Joinville, de Carlos Ficker, do qual extraímos o trecho abaixo:

Fizeram os excursionistas uma viagem cheia de aventuras. As impressões que tiveram de São Bento, Campo Alegre e Joinville transcrevemos a seguir do jornal curitibano:

“ chegar o automóvel ao “Ao povoado de Lençóes, um dos moradores, ao avistal-o correo desnorteado e com susto conseguiu pular uma cerca; só depois que o vehiculo parou, este patrício animou-se, e, aproximando-se dos excursionistas, disse: - Voucês me pregaram um susto! Quando vi o ronco e O interessante diário curitibano olhei p’ra traz, pensei que era o “A Notícia”, traz, em sua edição de tal alifante...” 29 de maio de 1907, a descrição da viagem feita de automóvel de Curi(...) tiba a Joinville, pelos Srs. F. Fontana e sua Exma. Senhora, o senador “Pouco antes de chegar a Cândido de Abreu e major Felinto Joinville, ao entrar em uma Braga. curva em corte, o automóvel encontrou duas carroças e o Acompanharemos os heroicos carroceiro que vinha em sentiviajantes na sua expedição de au- do oposto, ao avistal-o, abantomóvel “Oldsmobile”, de Curiti- donou as redeas espantado. ba a Joinville, no ano de 1907. O Disse ele que momentos antes “Commercio de Joinville”, em 25 tinha ouvido, ao longe, roncos de maio, assim comenta o acon- e berros cuja origem não podia tecimento histórico da vinda do explicar, e que quando menos primeiro automóvel: esperava, surgiu a sua frente isto, que ele nunca antes viu, Esses ilustres excursionistas nem ouviu falar... gastaram 4 horas do Rio Negro à Villa de São Bento ape‘Por este motivo ficou admizar de terem encontrado a es- rado, porque jamais pensou que trada em má condição devido um carrinho pudesse andar sem às chuvas. ser puchado por cavalos”.

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ESPORTE

Corredor desde 1976, Gilson Luiz Bartholomei, carrega este esporte como filosofia de vida. Participante de todas as etapas do Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua, em Curitiba, desde a primeira edição, o atleta relembra que corria em provas do Sesc desde os anos 1980. “Se juntar todas as pessoas que ajudei começar a correr daria para montar uma prova!”, brinca.

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Comece a correr você também, agora! Sesc Paraná mobiliza 23 mil pessoas ao pedestrianismo com as etapas do Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua Texto: Karen Bortolini

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s números evidenciam que cada vez mais pessoas estão praticando atividades físicas, e com isso ganhando saúde e qualidade de vida. O Sesc Paraná contribuiu no combate ao sedentarismo e mobilizou, somente neste ano, 23 mil pessoas a participar das provas do Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua. Não é novidade que os benefícios da corrida ou caminhada são inúmeros, mas os motivos para se exercitar são particulares. Por ser individual e de rendimento pessoal ele pode inibir o início. Mas a fórmula é bem simples. O mais indicado é começar com uma caminhada leve e, depois de alguns dias, intercalar com minutos de trote em ritmo confortável até que o organismo acostume. Lembrando que a resposta do organismo varia de pessoa para pessoa. Ir aumentando os minutos de corrida e diminuindo os de caminhada gradativamente é o mais aconselhado. Não coloque metas que não poderá superar, não pressione seu organismo, tampouco se exija demais. Inicie com poucos quilômetros. E conforme seu rendimento, aumente as distâncias aos poucos. Seguindo estes passos, e sempre com orientação de um profissional, correr 5km não será mais um grande desafio. Não se desespere se o tempo não for aquele que almejava. Vá aumentando aos poucos a velocidade, isso é um processo natural do organismo, e de minuto a minuto alcançará seus SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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ESPORTE

objetivos. Eles são pessoais. O que leva alguém a correr pode ser a perda de peso, o ganho de disposição, mas também um momento de organização do pensamento, e meditações. Então, a motivação está dentro de si. Quando o treino já for confortável é hora de iniciar em uma prova de curta distância. A de 5km do Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua é uma das mais indicadas, pois além de contar com excelente organização, tem suporte médico, valores acessíveis e preços especiais para comerciários e dependentes. O ritmo é contagiante, e quando menos esperar aquele também será seu ambiente social. Se ainda não arrisca a corrida, o mais indicado é participar da Caminhada da Família, que envolve desde crianças até a terceira idade em percursos

de quatro quilômetros. Quando os 5km ficarem “curtos”, as distâncias nos treinos podem ser aumentadas de quilômetro a quilômetro, assim musculatura e cardiorrespiratório não sentirão, ou pouco sofrerão com o esforço. Ao correr sete quilômetros confortavelmente, é hora de tentar uma corrida de 10km! Conseguido mais este passo, a corrida já fará parte de sua vida, como se fosse um vício saudável, que pode ser exercitado ao longo dos anos. Muitos ultrapassam por várias categorias ao longo dos anos, podendo manter a distância de 10km, ou ousar em quilometragens ainda maiores.

PR realizou as 20 etapas do circuito neste ano em 19 cidades do estado. As provas tiveram início em fevereiro, em Cornélio Procópio e foram finalizadas, em Curitiba. “Além dos 23 mil participantes, 150 mil pessoas prestigiaram o circuito. Temos a certeza que contribuímos muito neste ano com o pedestrianismo e o esporte, gerando qualidade de vida aos comerciários e dependentes”, avalia o coordenador do projeto, Tiago Lara.

ETAPA FINAL

A Etapa Final do Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua aconteceu no dia 25 de novembro, com CIRCUITO EM 2012 largadas ao lado do Sesc da EsquiMuitas pessoas já aderiram à na, em Curitiba. Aproximadamente prática no Paraná inteiro. O Sesc 2.200 pessoas foram inscritas das Equipe de trabalho. A organização do Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua é um diferencial da prova

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provas de 5km, 10km e da Caminhada da Família, que foi feita num percurso de 3,5km. Participaram da última etapa do ano primeiros colocados das dezenove anteriores realizadas nas outras cidades. O vice-presidente da Fecomércio PR, Paulo César Nauiack, salientou a dificuldade do percurso, devido às intensas subidas. “A infraestrutura do Sesc estava maravilhosa, a organização fantástica, mas largar em um quilômetro de subida é algo inusitado. A altimetria exige muito do atleta, mas isso é bom porque gostamos de superar nossos limites”, disse. O coordenador do circuito salienta que a proposta do percurso é realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). “Ela quem sugere e direciona os trajetos que podem ser feitos. Neste ano fizemos um percurso de duas voltas de 5km, diferente do ano passado, por isso ficou mais pesado”, explicou.

PREMIAÇÃO ESPECIAL

Em 2012, os atletas participantes de mais etapas, e com mais vitórias no circuito ganharão estadia, com direito a acompanhantes – cônjuges e filhos -, para passar um fim de semana no Centro de Turismo e Lazer-Sesc Caiobá, entre o período de abril a outubro de 2013. Gainete Ferensovicz, que correu na categoria 45 a 49 anos,

é cliente assíduo da prova, e ganhou esta premiação especial. Ele participa desde 2007 e já venceu 18 etapas. “Foi o Sesc que me incentivou a correr. Não é fácil conciliar a vida profissional a de atleta amador. Agradeço ao Sesc por este presente e por ter sempre este cuidado conosco”, disse.

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Vencedores 5km

Feminino 1º lugar geral

Katiuscia Graziela

Curitiba

23min23s

Masculino 1º lugar geral

José Estevão Perruti

Cianorte

17min27s

Feminino 1º lugar geral 2º lugar geral 3º lugar geral

Rosiane Cristina Marines Adriana Isabel Cristina

Apucarana xx Palmeira

43min49s 44min22s 45min02s

Masculino 1º lugar geral 2º lugar geral 3º lugar geral

Alexandro Pereira Diego dos Santos Luiz Carlos de Souza

Palmas Paranavaí Santo Antônio da Platina

33min35s 33min39s 33min57s

10km

Confira os resultados completos pelo site http://www.sescpr.com.br/eventos/circuito-sesc/ e veja no início do ano as datas do circuito de 2013.

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EDUCAÇÃO

A jornada dos heróis Como jovens comuns saíram da sua zona de conforto e conquistaram o ouro na maior competição de educação profissional das Américas [

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Texto e fotos: Giana Andonini Enviada especial

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que faz de um jovem comum um campeão? A resposta poderia ser a dedicação constante. Os vários meses de treinamento. O foco, a disciplina. Ou ainda o apoio e orientação dos treinadores e de toda a equipe de educação envolvi-

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da. Para Ueslei Felipe de Oliveira e Aline Christina Rivolli, alunos do Senac Paraná que ganharam o ouro na maior competição de educação profissional das Américas – a Olimpíada do Conhecimento –, a resposta é o conjunto disso tudo, somada a um diferencial: a vocação.

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Não só para a profissão escolhida. Mas para vencerem e se tornarem heróis de suas próprias histórias. A jornada para o pódio começou há meses, com as etapas estaduais e com o treino diário de março a novembro de 2012. Ueslei é aluno egresso do Senac Curitiba novembro

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Ueslei e seu instrutor Gilberto: simulados garantiram preparo para a competição

e competiu na categoria de Serviço de Restaurante, com outros seis jovens. Aline, também do Senac Curitiba, competiu na modalidade Cabeleireiro, com outros 15 competidores. Os dois alunos ganharam a medalha de ouro e também um prêmio de aluno destaque em suas categorias. Aline conquistou ainda um terceiro prêmio, o de melhor desempenho de toda a delegação do Paraná, composta por alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Senac. A Olimpíada do Conhecimento colocou à prova as habilidades técnicas e o conhecimento de jovens de todo o Brasil. Considerada uma grande avaliação da educação profissional no país, o torneio ocorreu de 12 a 18 de novembro, no Parque de Exposições Anhembi, em São Paulo. Ao todo, foram 640 jovens que participaram de provas em 54 modalidades, envolvendo diversos setores da

Há poucos dias da competição, a instrutora Marijane e a aluna Aline repassam os últimos detalhes nos treinamentos

indústria e do comércio. Organizado pelo Senai e pelo Senac, o evento trouxe diversas atividades paralelas, como as competições internacionais WorldSkills Americas e a Júnior World Championship. Além de um torneio de robótica, uma exposição competitiva de inovações, e mostras sobre a história do desenvolvimento da indústria e sobre o futuro da educação profissional no Brasil. Nos quatro dias de evento aberto ao público, mais de 250 mil pessoas visitaram o local, a maioria deles jovens. O Senac participou do evento com 60 competidores, de 22 regionais, em quatro modalidades. De acordo com o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, o excelente resultado conquistado foi consequência do treinamento e da dedicação dos alunos e dos diversos profissionais do Senac PR que acompanharam os jovens na jornada. "A medalha de ouro também

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demonstra a excelência do nosso ensino, consolidando nossa instituição como modelo na formação de profissionais para o trabalho no setor do comércio de bens, serviços e turismo", avalia. Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, o desempenho de Aline e de Ueslei garantem ao empresariado o retorno do investimento que é feito na educação profissional no Paraná. “Isso mostra que o Senac está a altura das expectativas dos nossos empresários. Este foi apenas o primeiro passo para estes alunos, que agora têm uma batalha maior na Alemanha, entre a elite da profissão deles. E é uma batalha que precisa ser compartilhada com todos”, afirmou. Em janeiro de 2013, os dois jovens participarão de uma seletiva para garantir uma vaga no torneio mundial WorldSkills, que ocorre em julho, na Alemanha.

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EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO QUE VALE OURO Muito da relevância da Olimpíada do Conhecimento para o Senac está na troca de experiências que ocorre entre alunos, instrutores e funcionários de diversas regionais. Segundo a coordenadora regional da Olimpíada do Conhecimento no Paraná, Rafaela de Andrade Vieira, o ouro foi o resultado de um trabalho muito bem feito por uma equipe integrada e de diferentes profissionais. “Nós fizemos a diferença! Trazer dois ouros para o Paraná, mais uma aluna que teve a maior média da delegação do estado significa muito. Espero que isso reflita diretamente em todas as escolas do nosso estado”, alega. Além de coordenadora, Rafaela participou como delegada técnica e presidente do júri da modalidade de Panificação e Panificação para PCDs. Mais do que um desafio profissional, a experiência trouxe para ela um crescimento pessoal. “Foi uma oportunidade única e brilhante. Eu acredito muito na olimpíada e nas evoluções que ela pode trazer para o nosso trabalho, em questões como metodologia de ensino e avaliação por competência”, afirma. Assim como Rafaela, os instrutores Gilberto Pereira Dias (Serviço de Restaurante) e Marijane Pagliosa (Cabeleireiro) tiveram outras responsabilidades no evento, no papel de avaliadores. Gilberto participou como avaliador da competição em 2010 e nesta edição percebeu diferenças. “O nível técnico dos competidores estava superior, e os avaliadores mais coerentes. Existem diferenças regionais, mas podemos dizer que a Olimpíada do Conhecimento eleva bastante a padronização do serviço do Senac. É importante esta padronização em nível nacional, para que a marca Senac seja reconhecida e valorizada no mercado”, avalia.

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O aluno Ueslei Felipe de Oliveira em seu último dia de prova

A JORNADA DO HERÓI Identificada pelo americano Joseph Campbell, a teoria da "Jornada do Herói" versa sobre um padrão de narrativa que se repete em dramas, mitos, histórias e até no desenvolvimento humano. Ela descreve uma típica aventura do arquétipo conhecido como "O Herói": o personagem que sai de sua zona de conforto e alcança grandes feitos em nome de um grupo, uma tribo ou uma civilização. O herói é a figura central de uma história. Segundo Campbell, qualquer pessoa, de qualquer origem ou formação, é o herói do seu próprio mito, ou

seja, da história da sua própria vida. Em sua obra "O Herói" de Mil Faces, o autor mostra como os diferentes heróis que a humanidade já conheceu (Apolo, Buda, Jesus, Maomé), traçaram uma jornada que é marcada pelas mesmas passagens. Coincidência? Ou seria apenas o divino brincando de roteirista? Coincidência ou não, essas passagens não se repetem apenas nas histórias de heróis famosos. Os heróis do cotidiano, em menores proporções, também passam pelas etapas identificadas por Campbell. E não foi diferente com a jornada que culminou no pódio de Ueslei e Aline. novembro

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Funcionários do Senac PR recepcionaram os vencedores com muita festa na chegada em Curitiba

OS HERÓIS Segundo a teoria, o início da jornada se dá com o herói em seu mundo ordinário. Logo, há o chamado para a aventura e juntamente a recusa, pelo medo do desafio num primeiro momento. Então há o encontro com o mentor, que irá aconselhá-lo e mostrar o caminho durante a jornada. Em certo momento, o herói cruza a fronteira. É o fim do ato 1 nas histórias, e também o momento em que o herói deixa o seu mundo normal, para em breve adentrar o mundo espe-

cial, ambiente no qual a parte mais intensa de sua jornada acontecerá. No caminho, ele encontrará testes, aliados e inimigos. Com seus aliados, ele se preparará para o grande desafio. Vencido o grande desafio, o herói faz a sua jornada de retorno ao mundo ordinário. Agora, ele já não é mais a mesma pessoa. Foi transformado pela experiência. Em seu retorno, ele traz para casa o tesouro ou prêmio conquistado, e leva ao mundo o elixir, em benefício de todos. Para Aline, o “chamado para a

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aventura” começou quando criança. Brincar com bonecas e pentear seus cabelos era uma de suas brincadeiras preferidas. Para os amigos e a família a brincadeira parecia vocação. “Tudo ficava sempre muito bonito, por isso falavam que era um dom. Mas depois que cresci, queria fazer arquitetura. Não deu certo entrar na faculdade, e acabei fazendo o curso de cabeleireiro no Senac”, conta. Quando o chamado para participar da competição surgiu, veio também o receio. “Foi meu pai que me incentivou e me

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EDUCAÇÃO

NOS BASTIDORES Enquanto Aline fazia o módulo E e se concentrava na criação de um cabelo colorido e fashion, um grupo de meninas adolescentes a admirava. Ao meu lado, uma estudante do Senai SP deixa escapar para as amigas: “Que tudo! Fazer cabelo de homem é bem mais legal, porque você cria mais. Mulher já chega com uma ideia pronta no salão, é chato”. Curiosa, pergunto o que ela está achando da criação. “Está demais”. Questiono se ela faz algum curso na área de beleza e ela confessa: “não, faço mecânica. Foi meu pai que quis. Mas trabalho em salão desde os 12 anos, e é o meu sonho”. Explico que Aline é competidora do Paraná, que foram meses de treinamento e que ela poderá ir para a Alemanha, dependendo do resultado. Os olhos da jovem brilham e nos despedimos. No dia seguinte, enquanto Ueslei participa da prova do módulo 2, de serviço de bistrô, dois senhores o acompanham com atenção. Eles são garçons de uma das lanchonetes que atendia os visitantes da feira. Um deles comenta em tom de “puxar papo”: “Olha esses meninos que bonitos, por isso que ninguém mais quer um velho como eu”, brinca. Respondo com uma risada e um “que nada! O Sr. é garçom?”. Ele me confessa que está na profissão há trinta anos e que acha que já está na hora de parar. “Mas essa moçada vai dar conta do recado”, diz, encerrando a nossa conversa. Sem saber, Aline e Ueslei inspiraram muitos que por ali passaram.

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Aline e suas criações: busca pela perfeição marcou o seu desempenho na competição

convenceu. Eu não tinha ideia de onde podia chegar. Hoje eu percebo a recompensa”, explica. Em todas as jornadas, o mentor tem o papel fundamental de incentivar o herói a aceitar os desafios, mostrando o caminho e o levando a descobrir seu próprio potencial. Na jornada dos jovens, os instrutores Gilberto Pereira Dias (Serviço de Restaurante) e Marijane Pagliosa (Cabeleireiro), com diversos outros instrutores e analistas de educação do Senac, foram decisivos para que o sucesso ocorresse. "O pódio foi o resultado de um processo intenso para o Ueslei. Ele teve que aprender técnicas novas e o que fez a diferença foi ter sido treinado por outros instrutores especialistas envolvidos no processo

do serviço de restaurante, como na cozinha, no café e no preparo de bebidas", conta Gilberto. Ao aceitar o desafio e adentrar no mundo especial, os heróis iniciam o seu preparo. De março a novembro, Ueslei e Aline treinaram entre quatro a seis horas diárias. “Os alunos simularam situações reais. Foi também uma forma de trocar experiências com os outros alunos do Senac, que não estavam na competição, mas que viam nos dois um estímulo para se dedicarem ao curso”, comenta a analista Emile Meireles, que fez parte da equipe do Senac de suporte à delegação do Paraná. Com os treinos, os jovens deram um verdadeiro salto profissional. “No dia a dia de

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Da esq. para a dir.: A analista de educação, Cristine Frankl; o instrutor Gilberto Pereira Dias; a instrutora Marijane Pagliosa; a aluna Aline Cristina Rivolli; a coordenadora regional da Olimpíada do Conhecimento no Senac PR, Rafaela de Andrade Vieira; a analista de educação, Emile Meireles; o aluno Ueslei Felipe Oliveira e a analista de educação, Elmari Pontes, na cerimônia de premiação

um salão os pedidos são muitos comuns, e a gente não tem muita chance de testar novas técnicas e colorações. Com o treinamento deu para criar mais, porque vai além do comercial”, conta Aline. Para Ueslei, os treinamentos o auxiliaram a desenvolver não só a técnica, mas também as suas competências pessoais. “Melhorei minha postura, a forma de atender e de me comunicar”, afirma. Na competição, os jovens encontraram os seus testes, aliados e inimigos. Os testes foram realizados nos quatro dias de prova, em

sete módulos para Aline e quatro módulos para Ueslei. As provas de Cabeleireiro envolviam atividades como realizar um penteado criativo com realce de cor e corte e coloração masculino estilo avant garde. Já as provas de Serviço de Restaurante envolviam atividades como o serviço de banquete, jantar fino e de bistrô. Os aliados na jornada foram os apoios das analistas de educação Emile Meireles, Cristine Frankl e Elmari Pontes. Além dos instrutores Gilberto e Marijane, e da coordenadora regional da Olimpíada do Co-

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nhecimento no Paraná, Rafaela de Andrade Vieira. E o apoio foi além do profissional: a analista Emile foi uma verdadeira mãe. Todos os dias, auxiliava Ueslei a passar a sua roupa, já que a apresentação é um critério importante no serviço de um garçom. Já os inimigos foram mais sutis: o nervosismo, a insegurança, a distração, o ambiente diferente, o cansaço e a inevitável comparação com os outros competidores. Como em todo desafio, chega a hora da grande batalha. O cenário? O pavilhão de exposições do Parque Anhembi, repleto de stands com

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EDUCAÇÃO

Os vencedores Ueslei e Aline foram homenageados pelo presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana e pela diretoria do Senac PR

provas simultâneas de 54 ocupações profissionais, além da movimentação dos eventos paralelos. Mesmo em um ambiente tão agitado, os jovens não perderam o foco. Para a instrutora Marijane, o desempenho de Aline foi brilhante e ela causou impacto na competição. “Ela foi muito elogiada pelos outros avaliadores, inclusive pela sua postura, organização da bancada e trabalho em equipe", afirma. O segredo de todo o impacto? A constante busca pela perfeição. Marijane se inspirou em uma palestra que assistiu com um psicólogo especialista em treinamento para atletas. A principal lição que tirou foi não mudar a estratégia, e executar na competição exatamente o que foi treinado. "Ela

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me dizia para ficar até o último segundo da prova olhando para o cabelo, até não achar mais nenhuma imperfeição", explica a vencedora. Vencida a batalha, a jornada dá ao herói a sua merecida recompensa. No evento de encerramento, que contou com a apresentação de atores globais e de representantes do Senai e do Senac de todo o Brasil, os jovens receberam as medalhas de ouro pelo primeiro lugar. Representando a dificuldade de conquistar o prêmio de melhor aluno na modalidade, eles receberam também um troféu composto por uma estrela prisioneira – uma peça de difícil produção por ser lapidada a partir de um bloco maciço. Aline ganhou um terceiro troféu, pelo melhor de-

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sempenho na delegação. Junto aos prêmios, vários flashs e entrevistas com a imprensa. A conquista anuncia que o retorno para o mundo ordinário está próximo. Ao fim da jornada, o herói retorna a casa e dá continuidade à sua caminhada, mas agora transformado. Leva consigo o elixir: o prêmio ou recompensa que tem o poder de mudar o mundo, com sua inspiração e exemplo. No retorno de São Paulo, os alunos foram recepcionados com muita festa, balões, apitos e faixas pelos funcionários do Senac PR. Além da recepção, foi organizado um evento surpresa de homenagem aos alunos, que contou com a presença do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; do diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier; da gerente executiva do Senac Curitiba, Daniela Rosa e do diretor da divisão de Educação e Tecnologia, Ito Vieira. O diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, apontou o significado que o ouro tem para a instituição. “A competência do bem servir está em falta e esta é uma demonstração da qualidade do preparo que os alunos do Senac tem para oferecer ao mercado”, comenta. Para os alunos e os instrutores, a volta para casa teve uma única sensação: a de dever cumprido.

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Contribuição Sindical Empresarial. Mais foco para seu crescimento. Procure o seu sindicato empresarial até 31 de janeiro e passe a contar com todo o suporte que você precisa para identificar novas oportunidades, fortalecer sua empresa e conquistar seus objetivos.

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CENTENÁRIO

UFPR faz 100 anos Símbolo da capital paranaense, a primeira universidade do Brasil celebrou o seu centenário com uma programação intensa Texto: Giana Andonini

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leita em 1999 como símbolo da cidade de Curitiba, a UFPR é a primeira universidade do Brasil. Em 2012 ela completou 100 anos com uma programação intensa, envolvendo acadêmicos, parceiros e a comunidade em geral. No dia 19 de dezembro, data de fundação da universidade, ocorreu a cerimônia oficial de celebração, com uma sessão solene e apresentação ao público da fachada restaurada do prédio histórico da instituição. A criação da UFPR em 1912 foi liderada por Victor Ferreira do Amaral e Nilo Cairo. Mas a sua idealização é anterior: no fim do século XIX, o político Rocha Pombo já sonhava com a construção da universidade. Na época, ela representava um esforço dos intelectuais em desenvolver o Paraná e também uma ousadia. A Universidade do Paraná iniciou com apenas 97 alunos e cinco cursos superiores: Direito, Engenharia, Farmácia, Odontologia e Medicina. Ao longo do tempo, a instituição passou por diversos períodos marcantes, como a recessão econômica após a primeira guerra mundial e uma consequente lei que determinou o fechamento de todas as universidades do país. Ou ainda a federalização, que ocorreu em 1951, e marcos políticos como as manifestações durante o regime militar e pró-impeachment impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

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CENTENÁRIO

Os 100 anos trouxeram marcas e números para a instituição, mas também desenvolvimento intelectual, econômico e político para o Paraná. Atualmente, a UFPR oferece 112 habilitações na graduação e 111 cursos de mestrado e doutorado. Conta com mais de 30 mil alunos, 2.280 professores e 3.640 técnicos administrativos e alcançou o 7º lugar no Ranking Universitário Folha (RUF), pesquisa realizada pelo Jornal Folha de São Paulo, que avaliou 232 instituições de ensino superior. É hoje um polo de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação, sendo, por exemplo, a maior fonte de patentes do estado. Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e também ex-aluno da UFPR, Darci Piana, a

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universidade beneficia com pesquisas, estudos e resultados milhares de pessoas em todo o estado. “Esta é uma universidade aberta, parceira permanente. É deste encontro da iniciativa privada com o setor de educação pública que se faz parte da grandeza deste país”, avalia. Em novembro de 2012, Darci Piana recebeu, em nome da Fecomércio PR, o diploma de “Homenagem do Centenário”. Outorgado pela UFPR a associações de classes e de serviços, instituições de ensino, conselhos profissionais, instituições governamentais e a empresas públicas e mistas, o diploma reconhece as contribuições no desenvolvimento da ciência, tecnologia, cultura e inovação dessas organizações. “Uma grande universidade é tão

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grande e relevante quanto às parcerias que desenvolve com a sociedade”, afirma o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho. Para fomentar o registro de memórias da UFPR e de seus protagonistas, a universidade criou em 2009 um Comitê Executivo dos 100 anos. Foram também lançados diversos editais para desenvolver a pesquisa da história da Universidade Federal entre a comunidade acadêmica. As celebrações culminaram com uma sessão pública solene do Conselho Universitário (Coun), no Teatro Guaíra, em 19 de dezembro. No mesmo mês, a programação final de eventos comemorativos contou com apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná, novembro

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caminhada e pedalada, um Culto Ecumênico, o lançamento de livros históricos no Teatro da Reitoria, uma Sessão Solene na Câmara Municipal de Curitiba, jantar para estudantes e servidores no Restaurante Madalosso, e apresentação da Orquestra Filarmônica da UFPR. Além de um baile realizado no clube Santa Mônica. CELEBRAÇÃO O dia do centenário da UFPR, em 19 de dezembro, foi marcado pela celebração oficial da programação dos 100 da universidade, em uma sessão pública solene do Conselho Universitário (Coun). O evento contou com a presença de diversas autoridades do Paraná, representantes de instituições, ex-reitores, comunidade acadêmica, além do secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Amaro Lins, representando o ministro da educação, Aloizio Mercadante.

Durante a cerimônia, o reitor Zaki Akel Sobrinho foi reconduzido ao cargo para a gestão 2013-2016. Akel apresentou o Relatório de Atividades de 2012 e foram homenageados estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade. Um selo comemorativo do centenário foi lançado em parceria com os Correios. Também ocorreram apresentações do Coro e da Orquestra Filarmônica da UFPR. Após a solenidade, foi realizada a apresentação da fachada restaurada do prédio histórico, com uma iluminação cênica. Em seu pronunciamento, Akel destacou a UFPR como uma das mais importantes instituições de ensino entre as cidades brasileiras e da América do Sul. “É digno lembrar que foi com muita luta, sangue, suor e lágrimas que a Universidade Federal do Paraná alcançou os objetivos dos seus fundadores, ao construir uma identidade educacional, cultural e cidadã para o estado”, pontua.

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O governador do Paraná, Beto Richa, reforçou a importância que a universidade teve no desenvolvimento do estado e afirmou que ela é um orgulho para todos os paranaenses. “Nesses 100 anos de existência, a instituição se projetou como o mais importante núcleo gerador de ideias e de formação da inteligência paranaense. De seus bancos acadêmicos, saíram os quadros profissionais que mais contribuíram para o nosso desenvolvimento econômico, social, cultural e cientifico ao longo de todo o século XX”, afirmou. O presidente da Fecomércio PR, Darci Piana, destaca a parceria com a universidade. “A parceria com a UFPR representa muito, por ser a Universidade Federal do Paraná a nossa mais tradicional e mais conceituada entidade de ensino superior. A Universidade precisa ser permanentemente valorizada e, para tanto, não temos hesitado em oferecer a colaboração do Sistema Fecomércio”, alega.

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PRODUÇÃO PARANAENSE

BONS VINHOS com sabor paranaense

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Divulgação Vinícola Dezem

Além de produzir bons vinhos finos, vinícolas paranaenses desmistificam o néctar dos deuses e provam que ele está ao alcance de todos Texto: Carolina Lara

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uem nunca falou mal dos vinhos brasileiros que atire a primeira pedra. Pois para a surpresa dos desavisados, não só o Brasil produz excelentes vinhos, como o Paraná está entrando neste mercado que tem tudo para crescer. Um dos casos promissores é o da vinícola Franco-Italiano, localizada em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Com uma produção média de 60 mil litros ao ano (30% vinhos finos e 70% vinhos coloniais), a Franco-Italiano segue a linha de vinícola boutique, ou seja, seus produtos são encontrados apenas na loja da propriedade. Segundo o responsável pela vinícola, Fernando Camargo, o foco não está na distribuição. “Nós não temos condições de competir com vinhos importados ou com outras vinícolas nacionais maiores. O nosso diferencial está na qualidade”, afirma.

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Divulgação Vinícola Franco-Italiano

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PRODUÇÃO PARANAENSE

A Vinícola Franco-Italiano, em Colombo, produz em média 60 mil litros de vinho por ano

HERANÇA

O nome Franco-Italiano traduz a herança da família de Camargo. Tanto os bisavós paternos, que eram franceses e colonizaram a região de Colombo, quantos os bisavós maternos (italianos), eram agricultores. Produziam vinho para consumo próprio. Ao unirem a propriedade “francesa” com as barricas de madeira “italianas”, formou-se a vinícola Franco-Italiano. Já de posse dos pais de Camargo, a produção, que no início era exclusiva de vinhos de mesa, os chamados coloniais, passou por um processo de diversificação. Em 2000, com a entrada de Camargo no

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O instrutor do Senac e sommelier, Efrem Latczuk, faz parte de um grupo que produz o próprio vinho

negócio, iniciou-se a fabricação de vinhos finos. Para aprimorar cada vez mais seus vinhos e elaborar produtos de qualidade, desde 2000 a vinícola Franco-Italiano mantém um projeto de mapeamento do terroir (o conjunto de características do solo, clima e topografia de uma região) brasileiro. Com a contratação de dois enólogos, iniciou-se o trabalho de pesquisa dos microclimas para descobrir quais as melhores espécies de uva de cada região. Os profissionais acompanham 22 propriedades viníferas, que vão de Minas Gerais até a divisa com o Uruguai,

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no Rio Grande do Sul. Quando os melhores frutos são encontrados, inicia-se uma parceria em que a Franco-Italiano não apenas compra sua matéria prima, mas passa a administrar os vinhedos, uma forma de garantir o melhor produto final. Para isso, a vinícola conta também com um engenheiro agrônomo.

PRODUTOS

Não é à toa que desde que lançou seu produto destaque, o vinho Censurato, todas as edições foram premiadas em concursos. O vinho é produzido a partir de safras especiais e envelhecido em barris de carvalho.

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Carolina Lara

Carolina Lara

O engenheiro Cirilo Cavalli supreendeu-se com os vinhos produzidos pela Franco-Italiano

O nome Censurato representa um protesto ao preconceito que o vinho sofreu quando do seu surgimento. Convicto de que seu produto era bom, e cansado de ser desmotivado pelos profissionais do vinho que não acreditavam em um produto feito em Colombo, Camargo passou a promover degustações às cegas, em que o seu vinho concorria com outros sul-americanos na mesma faixa de preço do Censurato. “Das sete degustações organizadas, o Censurato ganhou as sete”, contou Camargo. Na categoria de vinhos finos, além do premiado Censurato, a vinícola oferece também duas

Fernando Camargo sonha em poder fazer com que as pessoas tenham satisfação em consumir vinhos brasileiros

versões de espumantes, também medalhistas: o Cuvée Brut, criado a partir do método francês champenoise, o mesmo utilizado para elaboração do champagne; e o Moscatel. Há ainda o vinho Sincronia, que pode ser encontrado em diferentes versões de branco, tinto e vinho de sobremesa.

DESCOBERTA

Amante do vinho desde 2007 e acostumado a consumir pelo menos duas garrafas da bebida por semana, o engenheiro Cirilo Cavalli aceitou a proposta de descobrir um vinho paranaense. Cavalli contou que antes de

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ir conhecer a vinícola, entrou no site para dar uma olhada. “Eu fui esperando encontrar apenas um bom rótulo, mas me surpreendi”, contou. “O valor que a vinícola está colocando é muito justo, é um ótimo custo benefício”. Da experiência surge mais uma opção para consumo. Cavalli pretende incluir o novo vinho em seu repertório. “É mais uma opção para eu ter dentro de casa”, afirmou. Assim como Cavalli, outras pessoas estão apostando nas produções locais, ou até mesmo arriscando fazer o próprio vinho. O instrutor do Senac Curitiba e sommelier, Efrem Latczuk, participa há cinco anos de

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PRODUÇÃO PARANAENSE

duto entre os melhores do país.

CONCÓRDIA DO OESTE

uma confraria do vinho que se reúne mensalmente para degustar e estudar produtos do mundo inteiro. Da confraria surgiu um novo grupo em 2009, o Wine Club, que produz o próprio vinho na vinícola de Camargo, a Franco-Italiano. São 50 participantes que se cotizam para a compra da uva e fabricação do vinho. Cada cota dá direito ao associado de ficar com 48 garrafas da safra anual. Em 2012, o vinho Tannat 2010, produzido pelo Wine Club, foi premiado com medalha de prata no VI Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. A premiação colocou o pro-

Outra vinícola que está se destacando no mercado de vinhos finos paranaenses e que também tem produtos premiados em concursos nacionais e internacionais é a Dezem, localizada no distrito Concórdia do Oeste, em Toledo. Inaugurada em 2005, produz apenas vinhos finos, incluindo espumantes. As uvas, todas cultivadas na propriedade, dão origem a um portfólio de 12 diferentes produtos que somam uma produção anual de aproximadamente 50 mil garrafas. A distribuição não fica restrita ao Paraná, mas chega a diversos estados como São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro. O projeto da vinícola nasceu da paixão de Amélio Dezem, que faz questão de cuidar para que o local seja digno de cartão postal. Tanto cuidado resulta em visitação intensa de turistas, que buscam não só o passeio, mas a degustação. Para o administrador da vinícola, Lucas Dezem, a ideia de uma vinícola paranaense desperta bastante curiosidade nas pessoas. “Elas vêm e se surpreendem, não só

com a beleza do local, mas também com os vinhos”, comentou.

SONHO

Um denominador comum une todos esses personagens: a paixão pelo vinho. A bebida é encarada por eles com simplicidade. E foi justamente a naturalidade com que o viticultor encara seu produto que cativou Cavalli. “Quando comecei a fazer degustações direto nas propriedades, fui criando uma imagem mais clara de quem é o viticultor, que é um apaixonado pelo vinho, que te serve sem nenhuma frescura”, confidenciou. “A experiência de fazer uma degustação, de estar em contato com o produtor, é muito legal. A vida dele acaba exposta no vinho”, completou. Para Camargo, o que move a paixão pelo mundo do vinho é exatamente isso, reconhecimento. “Eu tenho o sonho de poder fazer com que as pessoas tenham orgulho e satisfação em tomar vinhos brasileiros. Se eu conseguir contribuir para que as pessoas tenham um pouco mais de patriotismo, já farei minha parte por um mundo melhor”, desabafou.

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Entenda a diferença entre vinhos de mesa e vinhos finos Vinho de mesa (colonial)

• produzido a partir de espécies conhecidas como americanas ou uvas de mesa, as mesmas destinadas para a fabricação de sucos e consumo in natura; • coloração opaca; • aroma forte e sabores simples.

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Vinho fino

• feito das uvas europeias, da espécie Vitis vinífera, que são menores e têm a casca mais grossa. A espécie conta com mais de cinco mil variedades; • aspecto límpido e brilhante; • aroma e sabores mais diversificados e complexos.

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VOCAÇÕES PARANAENSES

Matinhos: do Sambaqui ao veranista Formada por 36 balneários, cidade litorânea encontra no turismo sua vocação primeira Texto: Isabela Mattiolli

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VOCAÇÕES PARANAENSES

O Centro de Turismo e Lazer - Sesc Caiobá completou um ano de sua reinauguração, em dezembro atraindo um bom número de visitantes a Matinhos

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onta-se que o primeiro vestígio da presença humana no litoral paranaense foi encontrado no Sambaqui de Matinhos. Esses povos foram chamados de sambaquis e viveram na região entre três e cinco mil anos atrás. No século XIX, foi a vez dos índios Carijós e, com a vinda dos europeus, a miscigenação da região foi uma constante. Matinhos foi fundada em 1938 e emancipada como município em 1967. Hoje conta com uma população de, aproximadamente, 30 mil habitantes – esse número sobe para 300 mil na alta temporada, uma vez que a principal vocação do município está relacionada ao turismo. “Sem dúvida

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a vocação comercial de Matinhos está ligada ao turismo, com o comércio e a área de serviços. Porém é uma cidade que tem um potencial enorme de crescimento”, revela o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Matinhos (Acima), Adalto Mendes Lüders. De acordo com o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Matinhos, Ruy Hauer Reichert, o município vem tendo o aumento de 20% de veranistas ao ano. Ele credita esse número aos investimentos feitos na área do turismo e desenvolvimento. “O engordamento da orla é um projeto que deve aumentar ainda mais essa estatística. Ao todo serão realizadas obras em 6,5

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km da praia e a ideia é que até o fim de janeiro o projeto executivo fique pronto e vá para licitação”, planeja. Assim como esse, vários outros projetos estão em andamento, como a duplicação da Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, a restauração da Rua Roque Vernalha, a construção do Mercado Municipal e de um novo terminal rodoviário, que deve movimentar ainda mais a cidade, segundo o secretário. Outro ponto que ativa o turismo da região é a realização de eventos durante todo o ano. O Réveillon e o Carnaval são os mais famosos, porém também há diversas iniciativas na área do esporte – como o Sesc Triathlon, e outros na área de gastrononovembro

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O Sesc Triathlon é um dos eventos esportivos realizados anualmente no município

mia, como a Festa da Tainha. O prefeito de Matinhos, Eduardo Antônio Dalmora, concorda que a primeira vocação da cidade é o turismo, porém a ideia é agregar outras áreas. “A educação é uma delas, hoje temos a UFPR Litoral, mas o intuito é atrair instituições de Ensino Superior. Outra inclinação é a indústria, que também pode contribuir e muito para o desenvolvimento do município”, prevê.

maio de 2005 e iniciou suas atividades em agosto do mesmo ano. O governo federal, junto ao governo do Paraná e às prefeituras de Antonina, Guaratuba, Guaraqueçaba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná integram o projeto. “Além da universidade propriamente dita, a UFPR Litoral é um projeto de desenvolvimento. Também é inédito no mundo, pois convida a população litorânea a participar e erguer o litoral trabalhando DESENVOLVIMENTO com o ensino em todos os níveis”, POR MEIO DO ENSINO explica o diretor da UFPR Litoral, O campus da UFPR Litoral foi o Valdo José Cavallet. primeiro passo para a concretização A universidade tem aproximadessa outra aptidão no município. O damente dois mil alunos – 80% projeto UFPR Litoral foi lançado em oriundos de escolas públicas e mowww.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

radores do litoral. Em torno de 600 estudantes são de Matinhos. Em contramão a outras universidades, a UFPR Litoral também tem um desenho diferente do vestibular. “O estudante que deseja ingressar na instituição deve estar sintonizado com o que acontece aqui, por isso o foco da avaliação está nos saberes litorâneos”, diz o diretor. Atualmente, a universidade oferece três cursos técnicos (Agroecologia, Gestão Imobiliária e Gestão de Turismo), além de 11 cursos de Educação Superior (Artes – Licenciatura, Ciências – Licenciatura, Fisioterapia, Gestão Desportiva e do Lazer, Gestão e Empreendedorismo, Gestão Pública, Gestão de Turismo, Informática e Ci-

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VOCAÇÕES PARANAENSES

Um dos espaços do Centro Cultural da UFPR Litoral voltados à comunidade

dadania, Linguagem e Comunicação – Licenciatura, Orientação Comunitária, Saúde Coletiva, Serviço Social) e a Especialização em Serviço Social. Todos esses cursos têm em comum o foco na educação eman-

cipatória e cada aluno egresso desenvolve um projeto voltado à comunidade litorânea desde que inicia o primeiro ano letivo. “Com ele [projeto] podemos compreender muitos entraves no litoral, como

também suas potencialidades. Esses projetos têm o objetivo de transformar alunos em cidadãos ativos, protagonistas para o trabalho local. A intenção é que esse estudante fique e desenvolva a região”, reforça Cavallet.

Observatório de Conservação Costaneira do Paraná O pesquisador do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Leandro Pereira, é membro do Observatório de Conservação Costaneira do Paraná – grupo formado por 35 profissionais que pretende analisar, voluntariamente, projetos de políticas públicas e infraestrutura previstos para o litoral paranaense. “A ideia do grupo é subsidiar tecnicamente algumas decisões do setor público do estado. Para isso o grupo foi formado com profissionais de diferentes áreas que atu-

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am no litoral do Paraná”, exemplifica. Lançado em novembro de 2012, o primeiro tema debatido pelo Observatório permeou o Zoneamento Econômico Ecológico em que, de acordo com Leandro Pereira, falta entrosamento com diferentes instituições. “Nesse projeto, especificamente, existem pontos que devem ser melhorados, porém também conta com alguns que tecnicamente fazem sentido. O interessante seria deixar

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isso um pouco mais claro”, adianta. Existem, ainda, outras propostas do Observatório para o fomento do litoral, nos quais a cidade de Matinhos deverá entrar em pauta. “Como o grupo foi formado recentemente, procuramos agir com cautela, porém há diversos projetos de desenvolvimento que devem ser analisados. Matinhos, como é um dos principais municípios do litoral do Paraná, também deve entrar nessa análise”, comenta o pesquisador.

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Além dos projetos, a comunidade mantém uma relação estreita com a instituição. O Centro Cultural da UFPR Litoral e o Laboratório Móvel de Ciência são espaços utilizados tanto por acadêmicos como pela população local. “Oferecemos projetos de teatro, dança, música e tudo isso é gratuito”, acrescenta Valdo Cavallet. O projeto de educação para o futuro, como afirma o diretor da UFPR Litoral, prevê que nos próximos 30 anos o litoral tenha se tornado uma alternativa de qualidade de vida também fora da temporada. Stela Maris Bittencourt cursou Gestão Ambiental na UFPR Litoral e, assim como os demais alunos, desenvolveu um projeto que envolveu a questão ambiental. A ideia saiu dos limites da universidade e se transformou no Pico do Livro – único sebo do litoral paranaense. “Pensei no sebo, pois ele tem essa característica da reciclagem, da acessibilidade”, defende. O Pico do Livro começou a funcionar em 2006 com um acervo de dois mil livros e um espaço reduzido. Depois, o projeto cresceu. “Compramos um imóvel e montamos um espaço que já chegou a contar com 15 mil obras, hoje, gira em torno de 10 mil. Fomos comprando alguns acervos de bibliotecas particulares e muita coisa à base de troca”, recorda. As obras mais procuradas, de acordo com ela, são literatura estrangeira e brasileira, autoajuda, literatura infanto-juvenil

e exotérico. Fora isso também tem vinis e peças antigas. O Pico do Livro também virou um espaço alternativo de convivência. “O nosso público principal sempre foi os moradores da cidade e o pessoal da própria UFPR.

Temos um deque onde o pessoal pode jogar xadrez, um espaço para as crianças com jogos educativos, uma rede, enfim, é um local bem agradável para o pessoal se reunir, conversar, trocar livros e ideias”, pontua.

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Um ano do Centro de Turismo e Lazer - Sesc Caiobá Desde que foi reinaugurado, em 16 de dezembro de 2011, o Centro de Turismo e Lazer - Sesc Caiobá tem movimentado o município de Matinhos. Dados da Assessoria de Planejamento do Sesc PR indicam que a unidade finalizou o curto período de atividades em 2011 com 673 hóspedes. De janeiro a novembro de 2012, 14.980 pessoas hospedaram-se no Sesc Caiobá. Esses números superaram as expectativas, como comenta o gerente executivo da unidade, Leonir Vicenzi. “Neste primeiro ano, o Centro de Turismo e Lazer teve lotação completa nos períodos de média e alta temporada. Na baixa temporada, que corresponde aos meses de maio a setembro, também tivemos bastante demanda, devido a eventos realizados nas instalações e que atraíram bom número de pessoas”, conta. Os turistas vieram de diversas regiões brasileiras e a satisfação, segundo o gerente executivo, foi considerada excelente. Vincenzi credita esse sucesso às instalações do atual Centro de Turismo e Lazer - Sesc Caiobá, que passou de 58 unidades habitacionais para 137, após a reforma e ampliação da área. “O diferencial do Centro de Turismo e Lazer - Sesc Caiobá é, sem

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dúvida, o conforto que as instalações permitem aos hóspedes. Isso somado à localização do hotel, torna-o um dos melhores meios de hospedagem e lazer do litoral do Paraná”, afirma. Se as expectativas nesse primeiro ano de atuação foram superadas, 2013 promete ser ainda melhor. “Tudo indica que este ano não haverá ociosidade nos períodos de baixa temporada”, analisa Vicenzi. As unidades do Sesc e do Senac no município também ofertam diversas ações voltadas à comunidade. Enquanto a unidade do Sesc oferece atividades esportivas, por exemplo, o Senac qualifica para o mercado de trabalho. Outro número expressivo do Sesc Caiobá é na geração de empregos. “Com a reinauguração, 150 empregos foram gerados”, aponta o gerente executivo. Embora o hotel ofereça uma gama de atividades aos hóspedes, Vincenzi afirma que a presença dos visitantes também movimenta não só o turismo, mas o comércio da região. “Muitos dos hóspedes passeiam por outras cidades do litoral paranaense, e cada um quer levar uma lembrança daqui para alguém”, observa.

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SINDICATO

FORÇAS e resultados multiplicados

Com o slogan “multiplicando forças e resultados”, o Sindicomércio atua há quatro décadas, defendendo os interesses do empresário do comércio da Região Sudoeste do estado Texto: Silvia Bocchese de Lima

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epresentar legalmente doze categorias do comércio varejista de Pato Branco e Região Sudoeste do estado é uma das principais atribuições do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Pato Branco e Região (Sindicomércio), além de defender os interesses coletivos da categoria ou individuais dos seus integrantes. O sindicato que começou como uma associação, na década de 1970, trabalha com o slogan “multiplicando forças e resultados”, que não se resume a uma ferramenta de marketing, como destaca o presidente marketing da entidade, Neuri Nilo Garbin. “A combinação dessas palavras é a mais pura expressão do espírito do sindicato, desde a sua criação. Diretores e colaboradores do Sindicomércio multiplicam forças e colhem resulta-

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dos com muito trabalho e dedicação ao comércio varejista de 41 municípios da região”, pontua Garbin. À frente do Sindicomércio há seis anos, Garbin participa da diretoria há pelo menos 18 anos e, em janeiro de 2013, passará o comando da entidade para o empresário Ulisses Piva. Garbin acredita que o trabalho desenvolvido pelo sindicato promoveu a integração com a comunidade e a posição do

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Sindicomércio em relação ao poder público possibilitou regulamentações e benefícios em prol dos empresários. Com mais de quatro mil empresas representadas pelo sindicato e 630 associados ativos, o Sindicomércio é também um dos realizadores da Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Pato Branco, a Expopato, que neste ano chegou a sua 15ª edição. Neste ano, 311 expositores participaram da

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feira, que teve superávit de R$323,5 mil e público superior a 140 mil pessoas. Para Garbin, desde a implementação do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, a Região Sudoeste ganhou visibilidade no cenário estadual. Prova disso é o programa VarejoMais, que já levou qualificação e novas ferramentas de gestão aos empresários; a conquista dos núcleos do Sesc e do Senac em Palmas e dois núcleos do Senac, nos municípios de Barracão e Dois Vizinhos. “Não apenas comerciantes e comerciários são beneficiados em Pato Branco, pela parceria com o Sistema Fecomércio. Toda a comunidade usufrui dos serviços da Unidade do Sesc, uma referência no Paraná e, em 2013, a nova sede do Senac qualificará toda a região, totalizando 1.200 atendimentos diários”, avalia. O sindicato possui instituída a Comissão Multi-Sindical de Conciliação Prévia (CMSCP), que evita o acúmulo de processos na Justiça do Trabalho. “Isto facilita, tanto ao empregador quanto ao empregado, dando a possibilidade de um acordo mais rápido e bom para ambas as partes”, destaca Garbin. Pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é possível haver a negociação entre o sindicato patronal e dos empregados no comércio. “Uma vez por ano na data-base, é convocada a Assembleia Geral, com o objetivo de instalar o processo de

negociações coletivas. No caso do Sindicomérico, ela ocorre dia 1º de junho”, diz Garbin.

• Gestão 1970/1974: Zefredo Edgard Karkle

SERVIÇOS

A atuação do Sindicomércio não se resume a questões legais. Aos seus associados são oferecidos serviços, como por exemplo, o SPC, que disponibiliza informações cadastrais sobre pessoas físicas e jurídicas. Os empresários também têm à disposição um plano de saúde empresarial – convênio corporativo com descontos especiais. Além disso, convênios firmados com o Sindicomércio permitem que os proprietários e colaboradores das empresas associadas tenham acesso a serviços médicos, odontológicos e treinamentos, sem limites de uso. O associado do Sindicomércio também tem a sua disposição a infraestrutura da sede do sindicato, com auditório climatizado com 98 lugares, salas de treinamento, salão de festas, campo de futebol suíço e uma videoteca empresarial, com DVDs de treinamento para empréstimos aos associados e seus colaboradores.

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Presidentes do Sindicomércio

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• Gestão 1974/1977: Gomercindo Palagi • Gestão 1977/1980: Claudio Roberto Barancelli • Gestão 1980/1983: Claudio Roberto Barancelli • Gestão 1983/1986: Claudio Roberto Barancelli • Gestão 1986/1989: Claudio Roberto Barancelli • Gestão 1989/1992: Claudio Roberto Barancelli • Gestão 1992/1995: Ciro Conte Chioquetta • Gestão 1995/1998: Ciro Conte Chioquetta • Gestão 1998/2001: Ciro Conte Chioquetta • Gestão 2001/2004: Ciro Conte Chioquetta • Gestão 2004/2007: Ciro Conte Chioquetta • Gestão 2007/2010: Neuri Nilo Garbin • Gestão 2010/2013: Neuri Nilo Garbin

Sindicomércio em números 12 41 4 mil 630

categorias representadas municípios representados legalmente empresas representadas no Sudoeste associados ativos

Fonte: Sindicomércio

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ESPORTE

SESC CAIOBÁ sedia finais dos Jogos Comerciários

Cerca de 250 finalistas disputaram as partidas no litoral paranaense e uniram esporte, confraternização e turismo Texto: Karen Bortolini

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liar confraternização, turismo e esporte foram os objetivos atendidos nas finais dos Jogos Comerciários do Paraná 2012, em que os 250 participantes disputaram as partidas decisivas em Matinhos e Guaratuba, nos dias 10 e 11 de novembro. Foi a terceira e última fase do ano. A primeira delas foi realizada no período entre julho e setembro e contou com a participação de 6,5 mil inscritos. Destes, 1,5 mil foram

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classificados para a segunda etapa, em outubro, nas cidades de Pato Branco, Campo Mourão, Guarapuava e Ponta Grossa. Neste ano, os Jogos Comerciários contemplaram as modalidades xadrez, vôlei de praia, futsal, tênis de mesa para os gêneros masculino e feminino, basquetebol masculino e truco, este em categoria única. Os finalistas, ou seja, os primeiros colocados de cada modalidade da segunda fase, ficaram hospedados no

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Centro de Turismo e Lazer - Sesc Caiobá, com jogos disputados no Ginásio de Esportes e nas dependências do Sesc e no estádio José Richa, em Guaratuba, onde foram realizadas algumas partidas do futsal. “Nosso centro de esportes, lazer e turismo do litoral, com menos de um ano está recebendo comerciários de todo Paraná. Sem dúvida esta é uma grande confraternização em que quase sete mil atletas participaram da competição”, destacou

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o diretor regional do Sesc Paraná, Dimas Fonseca. O Sesc, braço social do Sistema Fecomércio, tem a competência de desenvolver atividades que primem pela qualidade de vida e o bem-estar de comerciários e seus dependentes, e os projetos de esporte elaborados pela entidade atendem estes valores, conforme explica o diretor. “Quero também agradecer aos empresários que permitiram a participação de seus colaboradores-atletas nesta grande competição que se estendeu pelo Paraná e finalizou no litoral”. Os Jogos Comerciários iniciaram há oito anos e o projeto ampliou gradativamente, a cada edição. Ganhou mais abrangência, participantes, modalidades e reconhecimento. Todos os anos é feita uma avaliação do evento, com feedback dos colaboradores e dos atletas, para que ele seja aprimorado. “É um projeto muito bem organizado. Parabenizo todos os gestores das unidades executivas do Sesc, o diretor de Esportes e Lazer do Sesc Paraná, Marcus Vinicius de Mello e toda sua equipe”, destacou o diretor

regional.

QUALIDADE

A coordenadora dos Jogos Comerciários do Paraná, Amaralina Bomfim, destacou que foram meses de trabalho da equipe do Sesc Paraná, para que fosse oferecido conforto, qualidade e segurança aos comerciários e empresários participantes. “Este fim de semana mostrou que a equipe está de parabéns,

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pois foram atingidos os principais objetivos dos jogos: o congraçamento esportivo, a integração, a oportunidade de viajar, fazer novas amizades e retornar motivados a suas empresas, pensando sempre na qualidade de vida”, explica. Pedro dos Santos, integrante da equipe vencedora do Futsal no Módulo Verde, conta que este foi um desafio muito grande, pois foram várias etapas. “Iniciamos em Cam-

SERVIÇO: raAmais e S Confi ISTEM F E C informações, O M É R C I O S Ecomo S C S E resultados N A C P R 79 fotos pelo site www.sescpr.com.br/ jogosco-


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ESPORTE

po Mourão e conseguimos atingir nosso objetivo de sermos campeões, graças ao foco, união e determinação de nossa equipe. Levar esta vitória para nossa cidade significa muito. Tudo foi maravilhoso aqui, a receptividade, o hotel”, disse. Já as vencedoras do Vôlei de Praia, Andriele Moreira e Paula Reinauer, dizem que voltam com a sensação de dever cumprido. “Retorno realizada principalmente pela maneira que fui tratada, pois me senti em casa”, comentou Adriana. Paula destacou a estrutura do Sesc Caiobá e dedicou sua medalha de ouro à entidade.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

O destaque foi a presença do

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ex-tenista Fernando Meligeni, o Fininho, medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003, em Santo Domingo, República Dominicana. “Tenho a oportunidade de trabalhar há muito tempo com o Sesc em São Paulo e esta é minha primeira vez no Paraná”, conta. Para ele, o evento promove confraternização, além da busca pela vitória. “Os Jogos Comerciários são um exemplo de como disseminar o esporte de forma descontraída, mostram também que todos têm a possibilidade de praticar esportes, independente de ser profissional ou amador”, opina. Meligeni destaca que são vários os benefícios de se praticar atividades físicas. “Você acorda melhor, mais disposto, tem vários ganhos

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com a saúde, sem falar que socializa com várias pessoas, e o Sesc oferece essa possibilidade”, finaliza.

PREMIAÇÃO

Na terceira fase receberam troféus os primeiros, segundos, terceiros e quartos colocados de cada modalidade. Participaram da premiação o diretor regional do Sesc Paraná, Dimas Fonseca; o assessor da presidência da Fecomércio para Assuntos do Litoral, Sérgio Juarez Tavares; o diretor de Turismo da Prefeitura de Matinhos, Maurício Farias, que representou o prefeito Eduardo Dalmora, e gerentes executivos do Sesc.

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LEGISLAÇÃO

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LOGÍSTICA Reversa em debate

Diálogo entre governo, comércio, indústria e população é fundamental para que a logística reversa aconteça na prática Texto: Giana Andonini

Autoridades da Fecomércio PR, empresários e repreentantes de sindicatos reuniram-se para debater a logística reversa

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s impactos e ações relacionadas à implementação da Lei nº 12.305/2010 que visa instituir a logística reversa em diversos setores, tem preocupado empresários, sindicatos e a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR). As principais dúvidas em debate estão na operacionalização deba deste processo. Custos elevados, locais para armazenamento, forma

de realizar a coleta e multas pelo descumprimento da lei são algumas das inquietações. Em novembro, a Fecomércio PR reuniu empresários e representantes de sindicatos para um debate sobre o assunto. Na programação, explanações do vice-presidente, Paulo Nauiack e palestra com a gestora de Meio Ambiente, Cristiane Baluta, e com o engenheiro ambiental,

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Marcelo Murassawa. O encontro também teve explanações sobre as implicações legais da lei, com o advogado Marlus Arns de Oliveira, e apresentação de um case sobre logística reversa com o engenheiro e diretor do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Materiais de Construção no Estado do Paraná (Simaco), Eduardo Cury Guimarães. Para o presidente do Sistema Fe-

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LEGISLAÇÃO

comércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a implementação equivocada desta lei pode acarretar problemas para o empresariado paranaense. “Temos que encontrar um caminho, com base em apoio de especialistas, para que possamos fazer o nosso papel e resolver este problema, apresentando uma resposta que seja compatível de ser cumprida”, explica. Algumas questões importantes relacionadas ao tema precisam ser melhor discutidas. Por exemplo: um consumidor que quiser devolver sua geladeira com anos de uso, e não tiver mais a sua nota fiscal, poderá devolvê-la em qualquer loja que venda o produto? Como será a sua destinação para a indústria fabricante? Onde armazenar e quem pagará por isso são questões ainda sem resposta. Segundo Paulo Nauiack, a Logística Reversa é uma

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questão complexa devido a sua transversalidade em diversos fatores. “Além dos fatores econômicos e tributários, é preciso levar em conta a educação da sociedade e a mudança de cultura”, alega. Com o diretor executivo da Fecomércio PR, Eduardo Gabardo, Paulo Nauiack participa de um grupo técnico temático nacional sobre o assunto, organizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Como representantes, eles são os multiplicadores deste debate em nível estadual. Em março deste ano, a Fecomércio PR solicitou à Câmara Municipal de Curitiba mais prazo para a adaptação do setor às exigências da lei. O pedido foi para que houvesse mais diálogo entre governo, comércio, indústria e população, pois este alinhamento é fundamen-

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tal para que a logística reversa seja implantada. Outra preocupação da Fecomércio é que os pequenos comerciantes não sejam lesados com as punições previstas pela nova lei, por não terem o devido suporte para a adoção das medidas necessárias para a adaptação. “Não existe crítica nenhuma à lei, mas sim à imposição de uma data inviável

Entenda o que é a Logística Reversa Segundo o Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), a logística reversa “planeja, opera e controla o fluxo físico e de informações, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo”. A ideia é que a vida de um produto não termina com a sua entrega ao cliente, assim como a responsabilidade da empresa sobre o destino dele no chamado pós-uso. As principais metas desta lei estão focadas no reaproveitamento das matérias-primas contidas nas mercadorias descartadas e a destinação correta e segura de resíduos complexos.

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para que propostas efetivas para equacionar esse problema sejam apresentadas”, afirma Nauiack. Muitas das cadeias produtivas não estão preparadas para receber os resíduos que serão descartados pelos consumidores. Diversos setores serão impactados neste processo de adequação à nova lei. Alguns exemplos são o comércio de baterias automotivas, pilhas, produtos eletroeletrônicos e seus componentes, lâmpadas, pneus, cigarros e resíduos da construção civil. Para o presidente da Federação das

Associações de Comerciantes de Material de Construção do Estado (Fecomac PR), Rogério Martini, a preocupação dos sindicatos é fazer o melhor, mas é necessário ter cautela e mais diálogo com o governo. “Nós não estamos preparados e precisamos de orientações práticas sobre esse processo. Só no nosso setor são mais de 4,5 mil lojas no estado. O impacto é grande”, afirma. Segundo a gestora ambiental Cristiane Baluta, a principal necessidade é criar uma maior sinergia entre os setores indus-

triais e comerciais. “O primeiro passo seria elaborar um diagnóstico e então um plano de ação, para depois elaborar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS) para as empresas”, explica. Para atender ao Edital de Chamamento nº 001/2012, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), a Fecomércio PR elaborou uma proposta que inclui seminários em Curitiba e em cidades do interior para discussões e troca de experiências a fim de encontrar soluções.

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Entenda a mecânica de funcionamento da Logística Reversa

Fonte: Relatório da 3ª Reunião do Grupo Técnico de Trabalho de Meio Ambiente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Assessoria de Gestão das Representações (AGR)

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NATAL

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NATAL

Um Natal de sonho

Espetáculo no Sesc Paço da Liberdade leva público ao mundo mágico da tecnologia em 3D Texto: Isabela Mattiolli

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O Natal de sonhos do Sesc Paço da Liberdade encantou o público que compareceu à Praça Generoso Marques nos três dias de espetáculo

Praça Generoso Marques mais uma vez serviu de palco para o público que foi acompanhar o espetáculo Natal no Paço nos dias 11, 12 e 13 de dezembro. A fachada do Sesc Paço da Liberdade ffoi transformada no mundo de sonhos de um menino, por meio de técnicas avançadas de animação em 3D e projeção mapeada. “Esta é uma técnica de computação gráfica capaz de criar ilusões visuais de volume e tridimensionalidade por meio da reprodução de projeção de filmes sobre superfícies diversas. A mesma permite que um vídeo seja projetado, sem distorção, independente das formas, do local a serem projetadas, adaptado à estrutura”, define o diretor-artístico do espetáculo, Pablo Colbert. Acrobatas, músicos e bailarinos interagiram com esse cenário lúdico, no qual a imaginação de um menino levou o público à era dos

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dinossauros, ao fundo do mar e até a um castelo de doces. Produzido pelo Sesc Paço da Liberdade e pela Tempo Arte Produções, o espetáculo contou ainda com música ao vivo da Soulution Orchestra e com a dança do Estúdio Flor de Lótus. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, prestigiou o evento. Ele lembrou que este é o quarto ano em que o Sesc Paço da Liberdade reforça a programação natalina de Curitiba. “A preocupação do Sesc com a cultura da cidade e do estado do Paraná é muito forte e o Natal no Paço é um dos reflexos disso”, pontuou. A presidente do Instituto Municipal de Turismo, Juliana Vosnika, representou o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. Segundo ela, espetáculos a céu aberto e gratuitos – como o Natal no Paço, vêm ao encontro do que a prefeitura de Curitiba tem feito nos últimos anos

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NATAL

e citou outros eventos que são realizados na cidade nesse período de Natal, como a Galeria da Luz e o Natal do HSBC – coral do Palácio Avenida, entre outros. “Esses espetáculos fazem de Curitiba a capital do Natal”, salientou.

PROGRAMAÇÃO NATALINA

Além do Natal no Paço, a unidade contou com uma vasta programação natalina. A começar pela “Árvore Iluminada”, na Praça Generoso Marques, formada por quatro mil vasos de flores distribuídos em nove metros de estrutura metálica com centenas de pontos de luz. No período de 3 a 21 de dezembro, a criação coletiva “Memórias de Natal” esteve disponível para os frequentadores do Sesc Paço da Liberdade registrarem suas histórias natalinas. Desde o ano passado, o livro reúne boas histórias, sendo elas reais ou imaginadas. Nos dias 4, 5, 18 e 19 de dezembro a música tomou conta da unidade. O “Meio-dia Musical” foi realizado na hora do almoço, na sacada do Sesc Paço da Liberdade, com canções de Natal e música instrumental tocadas em duo (violino e piano). Nesses dias também aconteceu o “Tardes de Dezembro”, com Herculano Araújo Junior e seu piano, num repertório de clássicos natalinos, propiciando aos frequentadores da unidade um fim de tarde agradável no Café do Paço.

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INOVAÇÃO

INOVAÇÃO em pauta no Senac O desenvolvimento de uma cultura de inovação nas organizações torna-se essencial para o atendimento às novas demandas do atual contexto global Texto e foto: Giana Andonini

Funcionários do Senac em visita técnica ao Laboratório de Criatividade

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ovas competências, maior conectividade, relações em rede e avanços tecnológicos formam o atual contexto econômico e

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social, que exige maior atenção das organizações para a inovação. Imerso nesse contexto, o setor de educação tem ainda a preocupação com o perfil das novas gerações: se-

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dentas por metodologias de ensino inovadoras, mais interativas e atrativas. O Senac PR entende e participa desse processo de mudança que ocorre em nível mundial. novembro

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Para o diretor de Educação e Tecnologia do Senac, Ito Vieira, essa demanda do novo contexto exige mudanças, como o desenvolvimento de uma cultura de inovação na instituição. “Temos uma quantidade muito grande de jovens que querem ousar, ser competentes, desenvolver suas inteligências e construir um mundo novo. E precisamos nos preparar para atender essas pessoas”, explica. A inovação em uma instituição pode ocorrer em diversos campos: em produtos, serviços, procedimentos, atitudes, comportamentos e modelos de gestão e liderança. “A inovação só é plena quando o resultado

GT Idea

“Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes". – Albert Einstein –

gera valor, seja ele financeiro, de benefícios ou de soluções. A Olimpíada do Conhecimento, por exemplo, é uma inovação. Com a nossa participação, foi possível conhecer novas realidades e novas soluções e trazer isso para o Senac. É uma fonte importantíssima de informações e dados para nós”, afirma Vieira. Mas, resultados inovadores não decorrem de epifanias ao acaso. O famoso cientista da computação, Alan Kay, já alertara uma vez: “A melhor

Na busca para antecipar-se às necessidades sócioeducacionais desse novo contexto, o Senac PR dá os primeiros passos para avançar na questão: a instituição iniciou um grupo de trabalho em inovação, o GT Idea. O grupo tem como objetivo promover uma cultura de inovação, que resulte posteriormente em melhorias nos processos e tecnologias educacionais. Multidisciplinar, a equipe é formada por funcionários de diferentes áreas do Senac. “O grupo será como um agente de mudança, um provocador. Está sujeito a ajustes, e espero que se dissemine isso para o Sistema e seja tratado estrategicamente”, comenta Vieira. O GT Idea é desenvolvido pela Divisão de Educação e Tecnologia, por meio das Coordenadorias de Educação e Tecnologia (CET) e Educação a Distância (CED). Segundo a coordenadora da CET, Carina Barbara Ribas Bechert, a ideia surgiu enquanto a equipe realizava o planejamento estratégico para 2012 e percebeu a necessidade de ampliar as iniciativas de inovação e tecnologia na educação. “Nós já contamos com iniciativas pontuais, como os quadros interativos, as tags nas apostilas, cursos com materiais digitais, a Webtv, um projeto piloto do curso de idiomas com um software interativo e a própria Olimpíada do Conhecimento. Mas percebemos que a inovação precisava ser repensada e ampliada”, explica. Desde que se iniciaram os encontros em 2012, o grupo

maneira de prever o futuro é inventá-lo”. Segundo Vieira, é preciso que haja atenção e esforços para que a cultura de inovação seja criada, e assim gere resultados para a organização. “Tem início com a inteligência de mercado, passando pela definição de processos e depois pelo desenvolvimento de competências, para termos recursos humanos para atender efetivamente esta demanda. Hoje mais do que nunca, quem quer trabalhar com inovação tem que ter especificidade, método e consistência”, comenta.

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buscou fundamentar-se teoricamente e conhecer diferentes experiências e processos inovadores voltados para a educação. Em dezembro, os funcionários realizaram uma visita técnica ao Centro Internacional de Inovação no Senai, da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com o objetivo de trocar experiências e trazer exemplos para o Senac. Na visita, os funcionários conheceram o laboratório de criatividade e as diferentes iniciativas que, articuladas, fazem parte da cultura inovadora da instituição, como a Bússola da Inovação. O grupo foi recepcionado pelo gerente executivo do Centro Internacional de Inovação, Filipe Cassapo, e pelos consultores em Gestão da Inovação, Ieda Tacla e Iuri de Alencar. “A inovação é um imperativo para as empresas no novo contexto econômico e social, que é multipolar, conectado, veloz e com baixas barreiras de entrada”, comenta Cassapo. No próximo ano, o grupo pretende continuar as pesquisas e iniciar atividades que desenvolvam a cultura de inovar na instituição. “Acredito que 2012 foi um marco para a mudança no que diz respeito à inovação. Nossa proposta é continuar esse trabalho em 2013, ampliando para outros setores e criando uma verdadeira cultura de inovação”, explica Carina.

Os funcionários que participam do GT Idea são: Ana Paula Costa de Oliveira Kamizi, Carlos Eduardo Lengning, Daniela Cristina Rabitz, Jane Carla Claudino Tosin, Kelly Midori Tamura, Rafaela de Andrade Vieira, Roberson de Lima.

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MÚSICA

SALVE o compositor Sétima edição do Fejacan apresenta ao público 27 músicas representando oito Texto: Isabela Mattiolli | Fotos: Fábio Akira

O festival de música popular é uma característica do Brasil”. Foi com essa frase que o cantor e compositor Guilherme Arantes se dirigiu ao público e aos músicos participantes do Festival Jacarezinhense da Canção (Fejacan), antes do show que faria para encerrar as duas noites da mostra não competitiva.

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Por ter esse caráter tão brasileiro, os festivais desde sempre levaram uma amostra daquilo que musicalmente era produzido no país. O Fejacan é um desses bons exemplos. Realizado desde 2006 pelo Sesc PR e pela prefeitura da cidade de Jacarezinho, a mostra leva músicos de vários estados brasileiros priorizando a diversidade e qualidade dessas

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canções. Completando sua sétima edição neste ano, o Festival recebeu 279 músicas inscritas – dessas, 27 foram selecionadas pela curadoria da mostra e apresentadas nos dias 8 e 9 de novembro, no Cine Iguaçu, em Jacarezinho. Músicos de oito estados apresentaram, em duas noites do evento, músicas que passeiam novembro

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popular estados brasileiros

por diversos ritmos: do samba à guarânia – gênero musical paraguaio, porém também executado por músicos no Brasil.

HISTÓRIA

O Festival Jacarezinhense da Canção faz parte do calendário cultural de Jacarezinho. Em 1981, quando foi realizada sua primeira

edição, o Fejacan possuía formato diferente do executado hoje. Na época, tinha caráter competitivo e só podiam-se inscrever para ele músicos da cidade e região. Esse formato perdurou até o início de 1990, tendo uma pausa de mais de 15 anos. Em 2006, o gerente executivo do Sesc Jacarezinho e do Núcleo

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de Santo Antônio da Platina, Sergio Tiburcio, e a prefeita da cidade, Tina Toneti, firmaram uma parceria e realizaram pela primeira vez a mostra sem caráter competitivo, ampliando as fronteiras para que músicos de todo o país pudessem inscrever-se no Fejacan. Para Tina, retomar o Fejacan junto ao Sesc foi um ato de valo-

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MÚSICA

rização da boa música brasileira. O novo formato permitiu a contemplação e não a competição entre estilos musicais. "Agradeço ao Sesc pela parceria de sete anos para a realização do Fejacan. Com esse apoio, alcançamos o objetivo do festival que é trazer cultura e música para a nossa população", pontua. Tiburcio fez um panorama do primeiro Fejacan em parceria com a prefeitura, com o realizado neste ano. “Ficamos radiantes com os resultados obtidos com esses anos de parceria. Recordo de uma conversa informal que tivemos com a prefeita Tina Toneti em março de 2006, que convergiu para a volta do festival. E vendo o resultado deste ano, a satisfação é muito grande”, comemora. De acordo com a técnica de Atividades do Sesc Jacarezinho, Elaine Stramare, a experiência de organizar o Fejacan é inexplicável. “Ao longo desses sete anos de trabalhos, além de levar particularidades de cada estado participante, a mostra fomenta a cultura, movimenta a economia local e difunde a música brasileira. Sinto em cada abraço de chegada e partida dos músicos uma semente plantada”, comenta. O Fejacan já ultrapassou fronteiras, na opinião da gerente de Cultura do Sesc PR, Deborah Belotti. “O Festival Jacarezinhense da Canção está com a qualidade que todos desejamos. Para mim é uma grande satisfação acompanhar de perto e verificar a evolução do projeto”, observa.

A MOSTRA

Músicos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte apresentaram-se nas duas noites do Fejacan, no Cine Iguaçu. No primeiro dia (8), 14 músicas animaram o público de aproximadamente 600 pessoas. A última noite (9), contemplou 13 canções, além do show do cantor e compositor Guilherme Arantes. A mostra foi um marco para a cantora e compositora Elizabeth Freitas. Esta foi a primeira vez que ela saiu profissionalmente do Rio Grande do Norte.

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Natural de Mossoró, Elizabeth só havia circulado pelas cidades próximas. Ela foi selecionada pela mostra com duas canções: “Eu, você, o reggae e o mar” e “Dois”, apresentadas nos dias 8 e 9 respectivamente. “Eu já havia me inscrito no Fejacan em 2009, mas não fui selecionada. Este ano, quando recebi o edital do festival por e-mail, me inscrevi na mesma hora”, revela. Veterano no Festival Jacarezinhense da Canção, o cantor e compositor Luiz Salgado, de Araguari (MG), foi selecionado este ano com as músicas “João sem chão” e “Carcará, guardião do deserto”. Esta é a quarta vez que ele participa da mostra e diz sentir-se em casa. “Sempre sou muito bem recebido no festival e na cidade. É como se estivesse em casa”, declara o mineiro. A exemplo de edições anteriores, uma atração é escolhida para fechar a mostra. Neste ano, o cantor e compositor Guilherme Arantes levou ao palco do Cine Iguaçu um repertório que marcou época. Antes de iniciar o show, o cantor revelou à apresentadora do Fejacan, Sara Presoto, sua aproximação com festivais de música, assim como o realizado em Jacarezinho. “Logo que comecei a compor, tive a sorte de ser primo do Solano Ribeiro, que idealizou o Festival da Música Popular Brasileira, realizado primeiro na TV Excelcior e depois passou a ser feito por outras emissoras”, lembra.

Confira abaixo a sequência de músicas apresentadas nas duas noites do Fejacan 2012: 1ª noite – 8 de novembro Canção

Intérprete

Cidade

01

Reza

Mirianês Zabot

São Paulo SP

02

O chafariz de mumbeca II

Raul Misturada & Mazin Silva

Curitiba PR

03

Carro de boi

Philipe Moreira Sales & Dobinha

Caruaru PE

04

Samba da comida moderna

Tonho Costa

Londrina PR

05

João sem chão

Luiz Salgado

Araguari PR

06

Em outra

Lucas & Rômulo

Teresina PI

07

Luna Serena

Lucas & Rômulo

Teresina PI

08

Pra Mendonza

Deisy Araújo

Diadema SP

09

Rancheira violada

Valdir Verona

Caxias do Sul RS

10

Motor

Thiago Augusto

São Paulo SP

11

Coração poeta

Kátya Teixeira

São Paulo SP

12

Eu, você, o reggae e o mar

Elizabeth Freitas

Mossoró RN

13

Te esperei para dançar

Dona Chica

Joinville SC

14

Perdoei

Dona Chica

Joinville SC

Canção

Intérprete

Cidade

01

Dois mundos

Vanessa Croge

Maringá PR

02

Minguilim

Adolar Marin

São Paulo SP

03

Forró nº 01

Philipe Moreira Sales & Dobinha

Caruaru PE

04

Carretel

Cláudio Chaves

Ponta Grossa PR

05

Dois

Elizabeth Freitas

Mossoró RN

06

Viola Encantada

Agnaldo Araújo

Campinas SP

07

Vem comigo

Kátya Teixeira

São Paulo SP

08

Alma estradeira

Marcos Catarina

Belo Horizonte MG

09

Ode ao compositor popular

Marcos Catarina

Belo Horizonte MG

10

Com toda razão

Rodolfo Bittencourt

Porto Alegre RS

11

Carcará, guardião do deserto Luiz Salgado

Araguari MG

12

Aquilo lá

Noneto de casa

Tatuí SP

13

CNP

Noneto de casa

Tatuí SP

2ª noite – 9 de novembro

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MÚSICA

FEJACAN NAS ESCOLAS

Além de disseminar a boa música feita em diversas regiões brasileiras, o Festival Jacarezinhense da Canção também busca contribuir para a formação de plateia – começando nas escolas. A exemplo do ano passado, o projeto "Fejacan nas Escolas" acontece paralelamente ao festival. Nele, músicos selecionados para compor a mostra não competitiva também visitam instituições de ensino do município, promovendo a interação junto a alunos do Ensino Fundamental. Tiburcio frisa que o Fejacan nas Escolas foi inserido na programa-

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ção do Festival em moldes semelhantes ao realizado na Mostra de Música Cidade Canção (Femucic), de Maringá (PR). Neste ano, oito escolas participaram do projeto. A Escola Municipal Ruth Pimentel Rocha foi uma das contempladas e, de acordo com a diretora da instituição, Maria Aparecida Pinheiro da Cunha, a ação, além de ser uma atividade diversificada, também amplia a visão dos alunos. “As nossas crianças, de modo geral, têm pouco acesso à cultura e por esse motivo, o Fejacan nas Escolas é uma oportunidade única, pois

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os alunos passam a ter uma noção maior da diversidade cultural e musical do país”, completa. Os músicos Philipe Moreira Sales & Dobinha gostaram dessa experiência de levar a música instrumental regional do agreste pernambucano a escolas paranaenses. “A experiência foi maravilhosa e positiva. Nas escolas, mostramos um pouco da nossa cultura, o pífano, a música de Jacinto Silva. As crianças cantaram conosco uma música de Luiz Gonzaga em homenagem ao seu centenário, todos participaram com interação”, conta Philipe Moreira Sales.

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COMÉRCIO FÓRUM

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Impacto social e lucro ao mesmo tempo? Empresa curitibana incentiva a comercialização de produtos de microempreendedores e promove acesso a mercado para artesãos de todo o Brasil Texto: Giana Andonini

A artesã Edna Mesadri é uma das participantes da rede Solidarium

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magine uma empresa que desafia os tradicionais conceitos do capitalismo, aliando lucro e impacto social ao mesmo tempo. Parece difícil de entender como é possível, mas é. A Solidarium, fundada em 2007 em Curitiba, tem o impacto social em seu DNA. A empresa se encaixa em um conceito recente e ainda pouco conhecido no Brasil, o de negócio

social. Não é uma ONG, não é uma associação, não é uma cooperativa. É um empreendimento com o objetivo de resolver um problema social, mas que possui o formato jurídico de uma empresa convencional. A Solidarium baseia-se também no conceito de Comércio Justo, no qual produtos ou serviços obedecem a alguns princípios e critérios, como a preservação do meio

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ambiente e garantia de pagamento de preços justos aos pequenos produtores. “No Brasil, existem 8,5 mi de artesãos, sendo que destes, dois milhões vivem abaixo da linha de pobreza. Como brasileiros não podemos tolerar isto” argumenta Tiago Dalvi, CEO e fundador da Solidarium. A empresa faz uma ponte entre artesãos de todo o Brasil e consumidores, por meio do portal

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COMÉRCIO

Tiago Dalvi, CEO e fundador da Solidarium, iniciou a empresa com apenas 19 anos

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Solidarium.net, de grandes redes varejistas, pequenas lojas e também da exportação para Europa e Estados Unidos. Entre os produtos comercializados, a linha que faz mais sucesso é a de joias e bijuterias. Outra linha que tem destaque em vendas é a de produtos sustentáveis, que reutilizam materiais como redes de pesca. Estes artesanatos, além de belos e funcionais, contribuem para o desenvolvimento sustentável. Em sua gestão, o negócio inovador tem referência nos modelos tradicionais de administração. “As referências de gestão são as mesmas, o que muda é a inclusão de um novo indicador no dashboard, que é o de impacto social. Este indicador tem o mesmo peso que o lucro, pois sem ele não há negócio”, explica Tiago. No negócio, o artesão comercializa o seu produto pelos canais de venda da empresa, e esta fica com uma taxa de comissão de 10%, a menor do mercado neste ramo. Tiago explica que apesar de ser inovadora, a Solidarium possui concorrentes, como alguns portais que comercializam artesanato pela internet. Mas como negócio social, a empresa é única neste ramo. “Para o cliente, o que distingue é a exclusividade de ter um produto com um conceito diferente e um serviço mais completo”, afirma. A Solidarium aposta também na participação em feiras internacionais para garantir

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uma maior visibilidade, como a Feira Maison & Objet, que ocorre em Paris, e a Gift, em Nova Iorque. Entre as inovações no modelo de gestão da empresa está o programa Embaixadores Solidarium. No programa, todos saem ganhando. “Qualquer pessoa pode indicar um artesão para entrar na plataforma. Quem indicar ganhará uma comissão de 5% sobre a venda dos produtos do artesão indicado. A ideia é incentivar pessoas a apoiar a nossa

causa e dar a elas um retorno financeiro pela participação”, conta o empreendedor. Hoje a Solidarium possui 1.500 lojas ativas em seu portal, 6.000 artesãos beneficiados diretamente e mais de 15 mil produtos à venda. A empresa tem clientes corporativos de peso, como Natura, Walmart, Renner, Tok&Stok, Exxon Mobil, Furukawa e Docol. Tiago e sua equipe já conquistaram diversos reconhecimentos, como o Prêmio

Empreendedor Social de Sucesso em 2011, da Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios. No mesmo ano, o empreendimento foi reconhecido como uma das cinco maiores inovações para o desenvolvimento econômico e social pela Fundação Ebay e Ashoka. Confira no quadro abaixo como funciona a Solidarium.net, plataforma que aproxima os consumidores aos artesãos de todo o Brasil.

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Solidarium.net Para ampliar a sua atuação, a empresa passou por uma transição na comercialização dos produtos com a criação do portal Solidarium.net, em junho deste ano. Na nova plataforma, qualquer artesão, cooperativa ou associação pode ndo criar o seu perfil e colocar os seus produtos à venda. Mais do u m u se e rm o Transf que um site de e-commerce, a Solidarium.net tem a finalidade de ser uma ponte entre consumidores e vendedores e assim criar um movimento de combate à pobreza por meio do acesso ao mercado. “Não é só um site de venda, é um ambiente para o artesão desenvolver o seu negócio”, conta Tiago. No portal, cada artesão cadastra a sua própria loja virtual, sem custo. A comissão a Solidarium é paga somente quando ocorre a venda. É uma maneira de ajudá-lo a ter mais visibilidade, colocando-o em contato direto com o consumidor final, e consequentemente, elevando a sua renda e qualidade de vida. No primeiro ano de operação, a meta da Solidarium.net é alcançar 10 mil artesãos ativos e mais de 250 mil produtos listados. Vendas corporativas, acesso a matérias-primas e serviços de design estão entre os diferenciais da plataforma. A ideia é que o feedback ao artesão e a consequente evolução dos produtos ocorra de maneira mais orgânica. É pelo site também que qualquer pessoa pode se tornar um embaixador Solidarium e indicar artesãos. SERVIÇO: www.solidarium.net

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CASE DE SUCESSO

Educação profissional faz a vida despertar Pensionista de 66 anos reencontra no Senac a alegria de viver Texto: Carolina Lara | Foto: Toninho Matos

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uperação, cura, felicidade. Além de preparar para o mercado de trabalho, a educação profissional também traz novas perspectivas de vida, podendo tirar as pessoas de quadros de depressão, devolvendo a autoestima e a alegria de viver. Essa é a história de Cacilda Hoy Fernandes, de 66 anos, aluna do Senac Campo Mourão. Cacilda está há um mês livre dos antidepressivos e tranquilizantes. “Graças a Deus estou me desintoxicando”, desabafa. O quadro de depressão, lembra, veio há aproximadamente um ano e meio. “Eu só queria dormir, sentia-me triste e não saía de casa.” A volta por cima ela atribui aos cursos que fez no Senac. “Todos me tratam muito bem, nunca senti descriminação por causa da minha idade. Os professores são educados e bem formados.” Cacilda já está fazendo o quarto curso, sendo que três foram por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e

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Emprego (Pronatec). O primeiro foi Operador de Supermercado, depois ela fez o de Auxiliar de Crédito e Cobrança, e agora está cursando Informática para a Maturidade e Depilador. “Hoje sou outra pessoa, muito mais feliz. Comecei a viver de novo e não quero mais parar”, conta aliviada. “Minha filha diz que estou ligada 24 horas por dia na tomada”. Viúva há seis anos, Cacilda mora sozinha e se mantém com a pensão que recebe desde a morte do marido. “Quando terminei o se- Cacilda Hoy Fernandes gundo curso, tentei trabasalão de beleza, planeja fazer o curlhar como auxiliar de crédito e cobrança mas, com a minha so de Cabeleireiro em 2013, abrir idade, encontrei muitas barreiras”, um salão em casa e atender com a neta, que já é maquiadora. “Estou contou. Com a adversidade, uma nova parada há quase 30 anos, sei que essuperação. Ela, que já foi dona de tou desatualizada.”

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