Portfólio da ação da FEC

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| 2014

Versões | preto

FEC Fé e Cooperação

Fundação

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QUANTO TEMPO LEVARIA A IDENTIFICAR 10 PROBLEMAS QUE AFETAM O MUNDO EM QUE VIVE? 3 MINUTOS? Na FEC, juntamos competências, conhecimentos, experiências e meios para encontrar soluções de longo prazo. Acreditamos que cada pessoa deve ter as suas necessidades básicas asseguradas e a partilha dos bens e recursos comuns podem ser uma realidade. Aqui encontrará algumas soluções. Se nos quiser conhecer ou saber mais como trabalhamos, de mão dada, com parceiros e comunidades, visite-nos: www.fecongd.org | https://www.facebook.com/fundacaofecooperacao Quinta do Cabeço, Porta D, 1885-076 Moscavide | Portugal + 351 21 886 17 10


ÍNDICE BREVE APRESENTAÇÃO

PROJETOS FEC

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17

33

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ÁREAS DE ATUAÇÃO

ANGOLA

GUINÉ-BISSAU

MOÇAMBIQUE

9 Educação para o Desenvolvimento & Advocacia Social

19 Educação

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Cooperação para o Desenvolvimento

Saúde

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CRONOLOGIA DA ATIVIDADE 14

REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR — — INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

28 Outras áreas e projetos

30 Ideias em prática na FEC

35

53

Educação

Educação e Saúde

43

54 Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar

Saúde

46 Outras áreas e projetos

48 Ideias em prática na FEC

55 Outras áreas e projetos


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BREVE APRESENTAÇÃO

A FEC promove o desenvolvimento humano integral através da cooperação e solidariedade entre pessoas, comunidades e Igrejas, inspirada pelo Evangelho e pela Doutrina Social da Igreja Católica. A FEC, instituição com estatuto de utilidade pública, é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) reconhecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pela União Europeia. Criada em 1990 pelos bispos portugueses, é um órgão autónomo da Conferência Episcopal Portuguesa, que atua com dioceses, congregações religiosas e atores da sociedade civil para o reforço de capacidades de pessoas, comunidades e instituições, sobretudo, nos países de expressão portuguesa. É membro de várias redes, entre as quais: Plataforma Portuguesa das ONGD, Confederação Portuguesa de Voluntariado e Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade - CIDSE. O modo de trabalhar da FEC, tanto no Sul como no Norte, sintetiza-se na palavra COOPERAÇÃO. Através de uma co-operação, materializada em parcerias sólidas, no trabalho em Rede e na partilha de competências, responsabilidades e aprendizagens, a FEC contribui para uma maior justiça social e para um maior envolvimento de todos na construção de uma sociedade equitativa.

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valores

DIGNIDADE JUSTIÇA SOCIAL SOLIDARIEDADE GLOBAL CIDADANIA PARTICIPAÇÃO SUBSIDIARIEDADE princípios

PARCERIAS E REDES SUSTENTABILIDADE PROFISSIONALISMO TRANSPARÊNCIA visão

CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA HUMANIDADE ONDE CADA PESSOA POSSA VIVER COM DIGNIDADE E JUSTIÇA missão

PROMOVER O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL ATRAVÉS DA COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE ENTRE PESSOAS, COMUNIDADES E IGREJAS


Breve apresentação FEC

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ÁREAS DE ATUAÇÃO

+

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9

“Sensibilizar e mobilizar a sociedade portuguesa para a justiça social e o desenvolvimento sustentável”

Educação para o Desenvolvimento e Advocacia Social (ED & AS) objetivos específicos — Fomentar o trabalho em rede na sociedade

+

civil como meio de potenciar colaborações e capacitar para as questões do desenvolvimento; — Desenvolver ações de advocacia social e campanhas que envolvam a sociedade civil. — Promover o voluntariado missionário como instrumento de desenvolvimento, meio de encontro de culturas e agente multiplicador na sensibilização da sociedade portuguesa para as questões do desenvolvimento.

/ temas transversais: VOLUNTARIADO MISSIONÁRIO OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO CIDADANIA E DIVERSIDADE CULTURAL JUSTIÇA SOCIAL E DESENVOLVIMENTO


Breve apresentação FEC

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+ 2

“Construir parcerias sólidas e de longa duração que garantam a sustentabilidade das intervenções”

Cooperação para o Desenvolvimento

/ setores prioritários:

Educação

Saúde

Capacitação institucional

objetivo estratégico

objetivo estratégico — Melhorar o acesso das comunidades mais des-

vantagens competitivas FEC

vantagens competitivas fec

— Experiência acumulada nos últimos 10 anos. — Know-how reconhecido no sector da educação

— Parceiros com experiência significativa no

Em contextos frágeis, os recursos materiais são fundamentais para permitirem um processo de reconstrução em situações de (pós) conflito. No entanto, o reforço de capacidades humanas e institucionais é um elemento-chave para o desenvolvimento humano sustentável (PNUD 2008), contribui para a reinserção social, a distribuição eficaz e eficiente de recursos e a gestão de serviços sociais básicos para grupos mais vulneráveis. A capacitação institucional é uma área de trabalho central da FEC, quer com projetos exclusivamente dedicados na área, ou como ação transversal, nos projetos noutras áreas. Em qualquer dos casos, o reforço de competências das organizações é o nosso propósito de intervenção desde a primeira hora, desde 2001 na Guiné-Bissau, 2003 em Angola e 2011 em Moçambique.

vantagens competitivas FEC

Reforçar o acesso a educação de qualidade, formal e não formal, das comunidades mais desfavorecidas.

objetivo estratégico

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Reforçar os conhecimentos e competências dos parceiros no âmbito do ciclo do projeto e áreas técnicas.

ADVOCACIA SOCIAL

por outros parceiros e doadores. — Capital humano e institucional com competências específicas no setor da educação. — Metodologias próprias no âmbito da formação pedagógica e da gestão escolar. — Conhecimento de políticas de educação e experiência de advocacia junto de decisores. — Parceiros locais comprometidos e competentes no setor da educação.

favorecidas a serviços de saúde de qualidade, em particular cudados de saúde primários.

âmbito da Saúde (em particular nos cuidados de saúde primários). — Parceiros com serviços de saúde, recursos humanos e infraestruturas em zonas rurais que servem as populações mais isoladas e vulneráveis. — Recursos humanos de Saúde (através de parcerias) com experiência no âmbito da formação em países lusófonos.

— Competências técnicas alicerçadas numa vas-

ta experiência no ciclo de projeto. — Capital humano e institucional no âmbito da formulação, monitorização e avalição de projetos. — Parceiros motivados e que reconhecem necessidade de reforço institucional. — Relação de confiança e proximidade com parceiros, o que permite um trabalho de consultoria fundamentado em princípios de seriedade, aprendizagem e transparência. — Mercado em expansão nos países alvo e no seio da sociedade civil. — Possibilidade de replicação em vários países e junto de diferentes públicos-alvo. / setores transversais: GÉNERO

COMUNICAÇÃO SOCIAL


Breve apresentação FEC

+

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Cooperação para o Desenvolvimento 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 Educação Básica • GB Educação Básica • ANG Educação para a Saúde • Timor-Leste Capacitação Institucional Cáritas • GB

CRONOLOGIA DA ATIVIDADE

Educação Infância • GB Alfabetização • ANG Saúde Materno-Infantil • ANG Capacitação Institucional Cáritas • ANG Saúde Materno-Infantil • GB

Educação para o Desenvolvimento 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 Exposição Fotográfica Voluntariado

Rede Fé e Desenvolvimento Rede do Voluntariado Missionário Rede Autarquias

Exposição Fotográfica Guiné-Bissau

(desde 1996) Rede Bispos Lusófonos Programa Rádio Luso Fonias Exposição Fotográfica Angola


Breve apresentação FEC

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+

R3

REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR — — INOVAÇÃO & DESENVOLVIMENTO Na FEC, acreditamos nos 3 R em termos de desenvolvimento de projetos. Imaginamos ferramentas para Reduzir o tempo perdido; aprendemos com as boas e menos boas experiências (nossas e de outros) para Reutilizar as mais relevantes. Passo seguinte: Reciclar tudo.


PROJETOS FEC ◀

ANGOLA


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ANGOLA — Educação

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. Educação

48% da sociedade angolana tem menos de 15 anos; 26% das crianças entre os 6 e os 9 anos nunca frequentaram a escola. Só 51% das crianças com 6 anos de idade frequentam o ensino primário e a taxa líquida de frequência do ensino secundário, a nível nacional, é de 19%. A proporção de analfabetos em Angola é de 34%, a nível nacional, mas de 70% nas áreas rurais1. A FEC trabalha na educação em Angola desde 2004.

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Ensino Básico

Entre 2004 e 2006, as dioceses de Huambo, Lubango e Malanje e a FEC trabalharam para melhorar a qualidade do ensino das crianças em Angola. Para alcançar este desafio, implementaram-se várias ações para professores e diretores de escola do ensino básico através do Programa de Apoio ao Ensino Básico em Angola | PAEBA.

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Dados estatísticos retirados do Inquérito Integrado sobre o Bem-Estar da População em Angola, IBEP (2010)


ANGOLA — Educação

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Alfabetização & Educação Cívica

“Nos queremos estudar, aprender a falar, escrever, ler... Se não sabemos assinar também não podemos conseguir emprego. As palavras da equipa, nos dão coragem e anima a todos... Professores coragem!!!”

“Também é bonito saber escrever seu nome e receber carta dos familiares que estão longe. Com o tempo também quero ajudar a meus filhos nas tarefas da escola, agora sento vergonha de não poder ajudar.”

Romeo Longe , 38 anos , Formando da Comunidade Agostinho Neto

Antónia Ancedo, 38 anos, Formanda da Comunidade de Agostinho Neto

2009 — 2012:

2011 — 2012:

Educação em Movimento

Educação Sustentável

Em 2009, a Diocese de Luena desafiou a FEC a apoiar o seu trabalho de alfabetização de jovens e adultos na província do Moxico, com o objetivo de chegar mais longe e a mais pes-soas e integrá-las no sistema formal de ensino. O que fizemos? — Reforçámos as competências de uma equipa de formadores de alfabetizadores itinerante. — Adaptámos o Método Dom Bosco à realidade local. — Elaborámos um estudo sobre o papel da Cáritas de Angola e da Promaica na alfabetização em Angola, avaliando a importância destas organizações locais no desenvolvimento comunitário. Somámos à formação de alfabetizadores outras dimensões, como a saúde individual e comunitária, cidadania e direitos humanos e técnicas agrícolas e alargámos a outros públicos, como sejam os reclusos da prisão de Luena.

O que conseguimos? — Formámos 373 alfabetizadores e 250 líderes comunitários. — Acompanhámos 172 turmas de alfabetização com cerca de 4.400 alfabetizandos. — Envolvemos 3.427 participantes em reuniões comunitárias e ações de sensibilização em cidadania e direitos humanos. — Editámos e publicámos livros, manuais e brochuras sobre alfabetização, direitos cívicos, saúde comunitária e outros temas. Parceiros & Financiadores Cooperação Portuguesa | Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Diocese de Luena, Direção Provincial de Educação do Moxico, Congregação dos Salesianos de Dom Bosco, FEC.

Com o objetivo de promover a sustentabilidade integrada da educação na província do Moxico, complementou-se a intervenção de educação e pós-alfabetização da Diocese de Luena, dando continuidade ao projeto Educação em Movimento. A Diocese de Luena continua de forma autónoma estas atividades.

O que conseguimos?

O que fizemos?

Parceiros & Financiadores

— Confeção da Mala de Leitura e preparação do seu conteúdo pedagógico.

Cooperação Portuguesa | Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Diocese de Luena.

— Formação de curso de promoção da leitura, através do método da Mala de Leitura. — Aplicação do método da Mala de Leitura. — Itinerância e acompanhamento das Malas de Leitura. — Atividades de sensibilização e formação para a melhoria das técnicas construtivas locais.

— Levámos 20 malas de leitura itinerantes, 600 livros e material didático a 9 escolas e 2 centros de alfabetização. — Formámos 29 pessoas em técnicas de arquitetura e construção melhorada com materiais tradicionais.



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Saúde

1 em cada 39 mulheres morre devido a complicações no parto. A percentagem de nascimentos assistidos por pessoal de saúde qualificado está estimada em 47%, com taxas de mortalidade materna muito acima da média regional e continental. A taxa de mortalidade neonatal é de 42 por 1.000 nados-vivos; a taxa de mortalidade em menores de 5 anos de idade em 195 por 1.000 nascidos vivos. A esperança média de vida para um angolano é de 52 anos2. A taxa de 0.05 médicos x 1.000 habitantes, no setor público, é 20 vezes menor que a recomendada pela OMS e a de enfermeiros 3 vezes menor. Luanda concentra 68% dos médicos do país, não obstante apenas 25% da população nacional residir nesta província3. A FEC trabalha na saúde em articulação com os parceiros locais. Iniciou em 2009, com a Cáritas de Angola, trabalho em saúde materno-infantil e formação de recursos humanos.

Relatório do Desenvolvimento Humano, PNUD (2012) Organização Mundial de Saúde, OMS (2010), Análise dos recursos humanos da saúde (RHS) nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), G. Dussault. et al., Human Resources for Health Observer, 2. 2

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ANGOLA — Saúde

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Saúde Materno-Infantil

2009 – 2014: Diagnóstico da Saúde Materno-Infantil nas unidades de saúde da Igreja Católica em Angola 2012 – 2014: Recolha de dados sobre postos, centros e hospitais católicos a nível nacional e criação de uma base de dados georreferenciados online, que permitirá a gestão da informação de forma integrada. Trabalhamos com a Comissão Episcopal da Saúde da Igreja Católica de Angola, a Cáritas Angolana e as Comissões Diocesanas de Saúde das dioceses.

A 1ª fase deste projeto ganhou o 2º prémio de boas práticas de responsabilidade social da SinAse, na categoria de trabalho social, atribuído em 2012.

Forvida Capacitação de recursos humanos de saúde em Angola. O projeto aposta no reforço das competências técnicas de 180 enfermeiros, parteiras e gestores de 75 unidades de saúde nas províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Bié e na cultura de coordenação e partilha de informação e boas práticas entre os subsistemas de saúde público e da Igreja Católica em Angola. O que fazemos? — Formamos técnicos em saúde materno-infantil e em gestão de saúde de 60 unidades de saúde da Igreja Católica e de 15 de unidades de saúde públicas. — Desenvolvemos, com a Escola Superior de Enfermagem de São Francisco das Misericórdias, materiais pedagógicos e sebentas especializadas. — Desenvolvemos um protocolo de cooperação entre a FEC, a Cáritas de Angola, a Comissão Episcopal da Saúde da CEAST e o MINSA e as Direções Provinciais de Saúde.

O que conseguimos? — 67 enfermeiros e 43 parteiras formadas em saúde materno-infantil. — 53 gestores de unidades de saúde mais habilitados e formados em gestão de saúde. — Instalação de 6 bibliotecas azuis da OMS nas dioceses alvo do projeto, como forma de dar acesso a recursos bibliográficos especializados em saúde para atividades de autoformação. — Realizámos várias reuniões e encontros entre os agentes do sistema de saúde da Igreja Católica e do Ministério da Saúde de Angola.

Parceiros & Financiadores Cáritas de Angola, Comissão Episcopal da Saúde da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Cooperação Portuguesa| Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias, Fundação Calouste Gulbenkian, Millennium Angola, Ministério da Saúde de Angola, Ministério da Saúde de Portugal (ACS).


ANGOLA — Outras áreas e projetos

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OUTRAS ÁREAS E PROJETOS

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“Das coisas interessantes, que eu assinalo como importantes, uma das primeiras seria a relação construída. O sentido de confiança entre as instituições. Seria um testemunho que podíamos replicar para os outros parceiros com quem a Cáritas trabalha. A frontalidade, a transparência na abordagem e na realização das atividades são bastantes exemplares.” Eusébio Guengo – Diretor da Cáritas de Angola

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Consultoria financeira & gestão de ciclo de projetos

2010: Formação na área de contabilidade e finanças com ferramenta Mango: Cáritas de Angola. 2011 – 2012: Projeto Twendela Kumwe Capacitação institucional da Cáritas de Angola, concebido e implementado com a Direção Geral da Cáritas Angolana. 2012 – 2014: Projeto Forvida Planeamento e execução conjunta de cursos de formação permanente de técnicos de saúde (enfermeiros, parteiras e gestores) com as Comissões Diocesanas de Saúde das dioceses de Luanda, Benguela, Huambo e Kuito. O que fizemos? — Formação em gestão de organizações sociais de 338 formandos da Direção Geral da Cáritas, das Cáritas Diocesanas e outras

organizações que trabalham com cerca de 76.000 pessoas. — Assessoria na Elaboração do Manual de Procedimentos da Direção Geral da Cáritas de Angola. — Conceção e edição conjunta do website da Cáritas de Angola. — Elaboração conjunta da brochura de boas práticas na gestão de projetos da Cáritas de Angola. Parceiros & Financiadores Cáritas de Angola, Comissão Episcopal da Saúde da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Cooperação Portuguesa| Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias, Fundação Calouste Gulbenkian, Millennium Angola, Ministério da Saúde de Angola, Ministério da Saúde de Portugal (ACS).

Advocacia e elaboração de instrumentos técnicos Participação em grupos de trabalho Desde 2010 Comissão Episcopal da Saúde da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé.

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Produção de pareceres, suportes e materiais

2013 Workshop de Acompanhamento do Roteiro de Atividades Multidisciplinares da Saúde Materno-infantil da responsabilidade do Ministério da Saúde de Angola e da Organização Mundial da Saúde.

2013 Construção de programas de formação, materiais didáticos e sebentas para os Cursos de Formação Permanente em Saúde Materno-Infantil de Enfermeiros, Parteiras e Gestores com a Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias, a Cáritas de Angola e o Ministério da Saúde de Angola.

A partir de 2013 Comité Técnico de Acompanhamento das Mortes Maternas e Infantis da responsabilidade do Ministério da Saúde de Angola.

2013 Início da elaboração do Policy Paper sobre boas práticas na Formação Permanente de Recursos Humanos de Saúde em Angola.


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ANGOLA — Ideias em prática na FEC

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NA FEC

IDEIAS EM PRÁTICA “Com o método de fazer circular a mala de leitura na escola a cada mês, é possível que, no final do ano letivo, cada aluno possa ter lido 120 livros, ou pelo menos contado com este universo de leitura. A proposta é muito importante sobretudo nesta região de Cazombo e Cavungo, onde há milhares de crianças e jovens carentes de livros para leitura.”

João Lúcio Gomes – formando mala de leitura, Alto do Zambeze – Cazombo

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Desenvolvimento e implementação do portal GeoCooperação Uma base de dados online georeferenciada com informações várias sobre as unidades de saúde da rede da Igreja Católica em Angola, em articulação com a Cáritas de Angola e consultoria da Positive Benefits e da Ambisig.

Suporte à implementação das malas de leitura no Moxico Malas que ao circularem por várias instituições educativas, permitiram o acesso dos estudantes a cerca de 600 livros e vários materiais didáticos

Apoio à publicação do livro Arquitetura de Terra no Moxico Reúne informação sobre técnicas melhoradas de arquitetura e construção com materiais tradicionais, em colaboração com a Diocese do Luena e o Arquiteto Maurício Ganduglia.


PROJETOS FEC ◀

GUINÉ-BISSAU


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. Educação

Pessoas dos 7 aos 17 anos representam ¼ da sociedade guineense, num universo em que 47,5% dos homens e 78,9% das mulheres são analfabetos e apenas 43,6% das crianças matriculadas na 1ª classe atingem a 6ª classe. A FEC trabalha na educação desde 14 Janeiro de 2001 no interior da Guiné-Bissau.

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Educação de Infância & Empregabilidade

Desde 2008 que a Diocese de Bissau, Cáritas da Guiné-Bissau e FEC trabalham para aumentar a possibilidade das crianças na Guiné-Bissau terem educação. Para alcançar este desafio, temos trabalhado na criação do Curso de Educadoras de Infância, na construção de modelos de jardins-de-infância locais, na profissionalização de educadoras de infância e sua articulação no mercado de trabalho. Apresentamos também dados, documentação e pareceres para trazer ao centro da discussão a educação de infância como direito humano acessível a todos.

2009 – 2014: Bambaran di Mindjer Qualificação das mulheres e capacitação da educação de infância. («Bambaran» significa, em crioulo, o pano com que as mulheres aconchegam os filhos às costas; proteção e segurança. Mindjer: mulher).


GUINÉ-BISSAU — Educação

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«As perspetivas de sustentabilidade do projeto parecem muito boas, pois a grande maioria dos benefícios do projeto são autossustentáveis ao nível das comunidades, da igreja e da sociedade civil em geral». Results Oriented Monitoring (ROM) da Comissão Europeia (março 2013)

O que fazemos? — Formamos e acompanhamos 12 jardins-de-infância privados e comunitários em gestão escolar, na área administrativa e pedagógica. — Desenvolvemos dinâmicas pedagógicas e adquirimos materiais adequados a 1700 crianças dos 3 aos 6 anos. — Sensibilizamos para que pelo menos 55% de meninas entrem em jardins-de-infância. — Assessoramos a equipa docente e de gestão do curso profissionalizante de educadores de infância a nível pedagógico, jurídico, da comunicação, gestão e administração.

O que concretizámos? — Formámos 113 mulheres em educação de infância, 57 já estão no mercado de trabalho. — Formámos 21 formadores em áreas específicas da pequena infância. — Criámos e adquirimos equipamento e materiais didático-pedagógicos adaptados à pequena infância guineense para o Curso de Educadoras de Infância e para 12 jardins-de-infância. — Realizámos a avaliação para certificação de qualidade de 12 jardins-de-infância com UNICEF e Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich (parecer positivo).

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«A formação teve grande importância na minha vida, porque através desta formação mudei a minha forma de me enquadrar com as minhas crianças e a forma de conviver, fazer com que os pais integrem na vida das crianças. Nós não estamos a educar só as crianças (...), estamos a educar também os pais, fazer com que os pais saibam o que é que a criança precisa concretamente. (...) Os pais agora conhecem os direitos das crianças». Tuquinha Nhaga, formanda

— Fomos avaliados externamente pela Comissão Europeia (fevereiro 2013), como sendo eficientes, eficazes, com capacidade de antecipar impactos negativos e de sustentabilidade.

Parceiros & Financiadores Ministério da Educação da Guiné-Bissau, Comissão Europeia, Cooperação Portuguesa| Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Conferência Episcopal Italiana, Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino, Cáritas da Guiné-Bissau, Associação de Pedagogia Infantil da Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich.


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Educação Integrada

2012 – 2016: Programa Integrado de Educação

Depois de vários ciclos de projeto (2001 – 2012), reuniram-se parceiros, financiadores, comunidades para trabalharmos a nível nacional na educação de infância, no ensino básico, no ensino secundário, em gestão e administração escolar, com profissionais de educação, comunidades e junto de decisores políticos para dar relevo à educação como forma de combate à pobreza. Introduzimos novas dimensões como gestão participativa, educação cívica, necessidades educativas especiais, educação para a saúde, nutrição e saneamento, usando metodologias de medição e de avaliação de progresso.

O que concretizámos? — Formámos e acompánhamos 600 «mamés» (mães) e educadores de infância, 1800 professores do ensino básico, 600 professores do ensino secundário, 500 diretores de escola e comités de gestão. — Realizámos ações de sensibilização junto de 303 pais, líderes comunitários e entidades estatais para a integração de crianças no pré-escolar e transição no ensino básico (proteção/direitos, educação, saúde, água e saneamento). — Criámos e dinamizámos hortas escolares. — Criámos uma carteira de formadores locais de educação de infância, educação básica, ensino secundário e de gestão e administração escolar. — Construímos estruturas locais comunitárias para a educação de infância (djemberens). Parceiros & Financiadores Câmara Municipal de Cascais, Cáritas Guiné-Bissau, Conferência Episcopal Italiana, CIEE - Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino, Comissão Europeia, Cooperação Portuguesa| Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Fundação Calouste Gulbenkian, PLAN Guiné-Bissau, UNICEF.


GUINÉ-BISSAU — Educação

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Educação Inclusiva

2012 – 2015: Bambaran di Mininu

Observatório Nacional dos Direitos das Crianças na Guiné-Bissau. Ter direito a ser pessoa é uma conquista, sobretudo, quando se mede menos de «1 palmo e meio». Em 2011, a Cáritas da Guiné-Bissau desafiou a FEC a apoiar no reforço de uma rede nacional de identificação, acompanhamento e articulação com as famílias e comunidades de situações de violação dos direitos da criança. Com o Hospital Pediátrico de Bôr, a rede nacional de 24 Centros de Recuperação Nutricional e a Casa de Acolhimento Bambaram pretende-se promover cuidados de saúde, orientações nutricionais e acolher situações de violência, em articulação com o Instituto da Mulher e da Criança tutelado pelo Estado guineense. Cerca de 40% das crianças na Casa Bambaran têm necessidades educativas especiais. A FEC está neste momento a implementar propostas de intervenção para a criação de um jardim-de-infância inclusivo que integre crianças com e sem necessidades educativas especiais.

O que fazemos? — Formação aos profissionais da Casa Bambaran, dos Centros de Recuperação Nutricional e do Hospital Pediátrico de Bôr na identificação e encaminhamento de situação de abuso. — Integração e acolhimento de, pelo menos, 75 crianças (0-12 anos) em situações de risco e abandono. — Reabilitação e equipamento da Casa Bambaran para acolher crianças, algumas portadoras de deficiência mental. — Implementação de um Sistema de Identificação, Recolha de Dados, Sinalização e Sensibilização de crianças em risco, em articulação com entidades estatais e não-governamentais no país. Parceiros & Financiadores Cáritas Guiné-Bissau, Comissão Europeia.


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Saúde

24% das famílias pobres levam entre 15 minutos e uma hora de tempo para ter acesso à água potável. O rácio de médicos por habitante é de 1 para 7000 e de enfermeiro de 1 para 3000, mais de 44% da população necessita de caminhar mais de 60 minutos para chegar ao centro de saúde mais próximo. A mortalidade infanto-juvenil ronda os 158 óbitos por cada 1000 nascimentos; a mortalidade de menores de 5 anos é de 158 por cada 1.000 nados vivos; morrem 800 mulheres em cada 100.000 grávidas, a malnutrição afeta o crescimento de mais de um terço das crianças com menos de 5 anos. A esperança média de vida para um guineense é de 48,6 anos. A FEC trabalha na saúde de duas maneiras: através da educação e do reforço e articulação com os parceiros locais. Iniciou em 2009, com a Cáritas da Guiné-Bissau, o apoio a candidaturas e projetos especificamente de saúde.

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GUINÉ-BISSAU — Saúde

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Saúde Materno-Infantil & Educação para a Saúde

2010 – 2012: Maternidade Sem Risco

Através das Casas das Mães em Gabú e Bafatá, geridas pela Cáritas da Guiné-Bissau, e de deslocações às aldeias procurou-se melhorar o acesso aos cuidados de saúde materna e infantil e do VIH/SIDA, malária e outras doenças de elevada prevalência na Guiné-Bissau. Trabalhámos em parceria com as Casas, a Cáritas da Guiné-Bissau, a Câmara Municipal de Cascais, o CRS e a Conferência Episcopal Italiana. O que fizemos: — Melhorámos o acesso aos serviços de saúde das grávidas nas regiões de Bafatá e Gabú. — Sensibilização de 339 mulheres grávidas sobre saúde materna. — Atividades de demonstração culinária. — Organizámos clínicas móveis de serviços de saúde pré-natal.

O que conseguimos: — Assistimos 120 grávidas com alto risco obstétrico. — 117 visitas de 2 médicos e 4 parteiras à Casa das Mães, durante 12 meses. — 2.200 grávidas beneficiaram de serviços de saúde pré-natal em clínicas móveis. — Participação de 30.742 grávidas em sessões de sensibilização sobre comportamentos que favorecem a saúde materna. Parceiros & Financiadores: Cáritas Guiné-Bissau, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Cáritas Guiné-Bissau, Catholic Relief Services, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Câmara Municipal de Cascais.

2011 – 2014: Processos comunitários de desenvolvimento em estados frágeis – uma experiência piloto na Guiné-Bissau

A Fundação Calouste Gulbenkian juntou a FEC, o VIDA e a Faculdade de Medicinada Universidade do Porto para combater Doenças Transmissíveis Negligenciadas na região de Cacheu através da saúde, educação e investigação. O que fizemos: — Desenvolvemos instrumentos de sensibilização e formação. — Realizámos campanhas de prevenção, distribuição massiva de medicamentos. — Campanha de rastreio das Doenças Transmissíveis Negligenciadas. — Concebemos o programa de formação de Ciências Integradas, com enfoque nas questões da educação para a saúde.

O que conseguimos: — Criámos o Manual de Educação para a Saúde. — Formámos 14 Técnicos de Saúde; 120 Agentes de Saúde Básica e Matronas. — Formámos 32 agentes educativos. — Transmitimos 400 spots publicitários de sensibilização. Parceiros & Financiadores: Associação VIDA, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Direção Regional de Saúde de Cacheu, Direção Regional de Educação do Cacheu, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Fundação Calouste Gulbenkian.


GUINÉ-BISSAU —Outras áreas e projetos

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OUTRAS ÁREAS E PROJETOS

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 Consultoria financeira & gestão de ciclo de projetos

Desde 2005 Desenho participativo de propostas, captação de fundos, acompanhamento da sua aprovação, em articulação com financiadores e parceiros de áreas técnicas. Financiadores Comissão Europeia, UNICEF, Plan GB, SNV, Cooperação Portuguesa, Cooperação Alemã, Cáritas da Alemanha, Câmaras Municipais de Santa Maria da Feira, Cascais, Faro, Portimão, Santarém, Vagos, Conferência Episcopal Italiana, Secretariado de Luta Contra a SIDA, Fundação Calouste Gulbenkian. 2011 Formação na área de contabilidade e finanças com ferramenta Mango: Cáritas Guiné-Bissau, Comissão de Projetos das Dioceses de Bissau e Bafatá, equipa técnica de gestão da Diocese de Bafatá.

Monitorização & avaliação de projetos Desde a primeira hora, projetos de saúde, educação/formação, segurança alimentar e área de direitos humanos em Angola (2003), Guiné-Bissau (2002) e Moçambique (2011).

Condução de processos de seleção de pessoal Cáritas da Guiné-Bissau, Diocese de Bafatá, Rádio Sol Mansi, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Cáritas de Angola.

Advocacia e elaboração de instrumentos técnicos Participação em grupos de trabalho Desde 2011 Grupo Técnico de Apoio as Reformas Sectoriais Educativas (GTARSE) da responsabilidade do Ministério da Educação da Guiné-Bissau. 2011 Atelier sobre a Pequena Infância (19-20 out.), da responsabilidade do Ministério da Educação guineense e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) . Desde 2010 Grupo Local de Educação da responsabilidade do Ministério da Educação da Guiné-Bissau. -

Produção de pareceres, suportes e materiais 2013 Assistência Técnica de avaliação da qualidade dos cursos de alfabetização (dimensão ensino-aprendizagem e gestão e administração escolar) desenvolvidos pela ONG TESE no projeto Rede de Escolas Luz Bin. 2012 Publicação do Policy Paper “A arma da esperança na Guiné-Bissau: Educação Para Todos. Contributos da Igreja Católica 2005-2007”.

2012 Estudo sobre o Papel da Igreja Católica na Guiné-Bissau em setores sociais prioritários. 2012 Revista Guineense de Educação e Cultura (3 números). 2011 Produção das «Orientações Curriculares para a Educação de Infância – Formação integral da criança até entrada no ensino básico», da responsabilidade do Ministério da Educação guineense, em colaboração com UNICEF, INDE, PASEG, Cooperação Portuguesa e FEC. 2009 Avaliação de Impacto da Intervenção da FEC nas escolas de autogestão de Oio. Desde 2008 até hoje Construção de planos de estudo e programas do Curso de Educadoras de Infância (bacharelato para licenciatura) em articulação com a Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino, Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich.


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GUINÉ-BISSAU —Ideias em prática na FEC

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NA FEC

IDEIAS EM PRÁTICA Criação de modelos e infraestruturas educativas em zonas isoladas e desfavorecidas

— Centros de Desenvolvimento Educativos descentralizados (bibliotecas de várias dimensões em zonas isoladas) com experiência da sub-região em colaboração ativa com Fundação Calouste Gulbenkian; — Djemberens ou estruturas arquitetónicas comunitárias para a pequena infância, inspirados nas experiências locais guineenses, da sub-região e das Escolas Amigas da Criança | EAC da UNICEF;

— Jardim Inclusivo, motivados pelo surgimento de crianças com necessidades educativas especiais, algumas com deficiências profundas, em conjunto com a Casa Bambaran gerida pela Congregação Marianitas, com ampla experiência na América Latina e com o Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho

Conceção de uma linha editorial para agentes educativos de língua oficial portuguesa Com ilustrações de contexto

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Campanha Aprender Sem Medo – Manual de Pedagogia Positiva Da prática de atos de violência nas escolas, e com experiência da Plan em outros países, a FEC concebeu o manual e uma metodologia para combater as situações de violência de uma forma positiva e adaptada à realidade guineense.

Criação e implementação do Sistema IRSS — Identificação, Recolha de Dados, Sinalização e Sensibilização De crianças vítimas de maus tratos na Guiné-Bissau, em articulação com Cáritas da Guiné-Bissau e o Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho.

Criação de modelos de avaliação de progresso De professores (Índice de Capacidade Letiva), educadores de infância (Índice de Capacidade Letiva), formadores (Índice de Capacidade Formativa) e diretores de escola, (Índice de Capacidade de Gestão e Administração Escolar) inspirados no Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD e na necessidade de criar ferramentas de progresso inexistentes na Guiné-Bissau. A FEC concebeu um Índice comparativo para analisar a evolução da aquisição de competências dos formandos.


PROJETOS FEC ◀

MOÇAMBIQUE


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MOÇAMBIQUE — Educação & Saúde

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.+ Educação e Saúde

Trabalhamos com Moçambique desde 2000, no reforço dos nossos parceiros. Abrimos escritório em 2011. Ponto de partida: experiência na educação, saúde e capacitação institucional em Angola e Guiné-Bissau; uma análise atenta das necessidades e pedidos em Moçambique. Numa lógica de maior eficiência de recursos, de potenciar sinergias, partilhamos recursos com a ONGD espanhola CESAL. Objetivo: rentabilizar tempo, experiências, escritório e recursos humanos. Com os parceiros oferecemos o que temos: competências, capacidade de análise de dados e identificação de oportunidades.

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MOÇAMBIQUE — Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar

Desenvolvimento Rural & Segurança Alimentar Com uma população estimada, em 2011, em 24,5 milhões, 70% dos moçambicanos vivem em espaço rural, sendo que 59,6% vivem com menos de 1,25USD por dia. 79,9% dos moçambicanos vivem da agricultura de pequena escala, 43% dos agregados familiares cultivavam, em 2008, menos de 1 hectare, recorrendo a técnicas pouco rentáveis para o seu sustento. Sem rendimentos para aceder a produtos manufaturados, juntamente com o escasso conhecimento da população sobre necessidades nutritivas, são muitos os agregados familiares que ficam em situação de insuficiência alimentar e nutricional aguda. A situação de má nutrição afetava 56% dos moçambicanos4.

2013 – 2015: RUFARO - Projeto integrado para a redução da pobreza na região do Dondo, província de Sofala

Desde 2010 que a fundação moçambicana FLVIDA desafia a FEC a potenciar as atividades de desenvolvimento rural junto das famílias do Dondo. Em parceria e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, desenharam um modelo sustentável de rentabilização agro-florestal e de cuidados de saúde que envolve cerca de 66 famílias do Bairro do Dondo, num total 439 pessoas, 200 crianças, com impacto junto de 370 famílias da região num total de 2.461 pessoas. O que fazemos? — Estudos de mercado e viabilidade dos solos com a atribuição de hortas comunitárias e concessão de exploração florestal. — Distribuição de material de exploração e formação e tutoria hortícola e de gestão agro-florestal.

— Apoio ao Centro Nutricional do Dondo como mecanismo de controlo e resposta rápida aos casos de malnutrição/saúde, em articulação com as escolas públicas e com o Centro de Saúde do Dondo. — Promoção de refeições centrais para crianças das escolas públicas. — Formação em cuidados nutricionais e alimentação saudável a partir de produtos locais. — Reforço de competências organizacionais da FLVida para potenciar a exploração sustentável agrícola e florestal. Parceiros & Financiadores Fundação Lusalite Vida (FLVida), Fundação Calouste Gulbenkian.

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OUTRAS ÁREAS E PROJETOS

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2000 – 2003 Em 2000 foram dados os primeiros passos num projeto com a duração de três anos, comum a vários países, que teve como objetivo promover a qualidade da emissão e o trabalho em rede das rádios católicas dos países lusófonos. Neste âmbito, em Moçambique, foram desenvolvidas, durante três anos, atividades de capacitação de várias rádios católicas comunitárias e procurou-se constituir a associação nacional de rádios católicas. Desde 2011 Criação de uma parceria de cooperação estratégica com a ONGD CESAL. 2012 - até hoje Apoio ao desenvolvimento do polo de Maputo da Universidade Católica de Moçambique. 2011 – 2015 Capacitação Institucional da Fundação moçambicana FLVida ao nível da definição de procedimentos financeiros e administrativos, logísticos e técnicos, agrícolas e florestais, formação e tutoria de quadros da organização.

A CESAL encontrou na FEC o parceiro perfeito em Moçambique nesta visão de cooperação, que parte do que é positivo em qualquer pessoa e sempre orientada para a subsidiariedade e parceria com outras organizações e instituições que compartilham essa visão. Pablo Llano – Diretor CESAL

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SETSAN 2008


Ficha técnica Edição FEC | Fundação Fé e Cooperação Design, Composição e Paginação Inês Fortunato Textos Catarina Lopes Susana Réfega Fotos FEC Organização e Produção Executiva Ana Patrícia Fonseca

FEC | Manual do logo

Versões | 6

Versões | cor

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