Jornal Espírita ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO
FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936
R$ 4,50
Março|Abril de 2016 - Nº 452 - Ano XL - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
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Manaus, Boa Vista, Santarém, Rio Branco, Ji-Paraná e Macapá / Via Aérea
Campanha de Brinquedos da FEESP foi sucesso na Casa Transitória Pág. 28
A benção da Adoção Pág. 04
A felicidade não é deste mundo Pág. 09
A mensagem dos Três Reis Magos Pág. 12
Encontro de Educadores Espíritas Pág. 25
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Editorial
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Nascidos para vencer “Ninguém renasce, no mundo físico, para sofrer, senão para reeducar-se, para recuperar-se dos delitos infelizes, para crescer na direção de Deus” Joanna de Ângelis Jesus e Vida, psicografia de Divaldo Franco, LEAL.
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ossa vinda no planeta Terra é feita com base numa programação para êxito, para a vitória. Ainda que o sofrimento seja uma realidade que não se pode negar e atinge a todos nós, a finalidade da vida não é sofrer. As situações dolorosas que todos experimentam não se constituem em finalidade da existência, mas, apenas, num mecanismo divino de advertência para correção de caminho quando nos distanciamos da rota de felicidade que Deus traçou para todos nós. A lição espiritual ensina que temos três grandes objetivos em nossa passagem pela Terra: 1) reeducação; 2) recuperação e 3) crescimento interior. Invertendo um pouco a ordem acima exposta, poderíamos rapidamente resumir dizendo que: a) nascemos para nos recuperar dos erros cometidos em existências passadas; b) essa recuperação se fará pela reeducação dos nossos sentimentos e c) a realização das etapas anteriores, automaticamente, nos fará crescer na direção de Deus. Os problemas que hoje nos cercam estão loca-
lizados nas áreas em que precisamos realizar o processo que acima nos referimos (recuperação + reeducação + crescimento). Vamos exemplificar: Imaginemos que temos problemas de relacionamentos com um filho. Sentimos que ele tem uma inexplicável aversão por nós, que ele não gosta da nossa presença, irrita-se conosco facilmente, gosta de nos contrariar e não faz questão alguma de ser agradável conosco. Não encontrando nenhuma causa nessa vida que justifique tal situação, é quase
certo que a causa esteja numa outra existência, Silvia Cristina Puglia numa outra experiência Diretora da Área de Divulgação que tivemos com ele, na qual provavelmente, o ontem fomos agressivos, hoje nos prejudicamos de alguma reeducamos para sermos mais paforma. Imaginemos, também, que, ter- cíficos. Se ontem estivemos muito minada aquela experiência, ficaram distantes, hoje nos reeducamos ainda marcas dolorosas no espírito para sermos mais próximos. Aquele comportamento que o dele, marcas que causamos com atitudes egoísticas e orgulhosas. filho reclama de nós, muitas vezes, é No mundo espiritual, onde nos en- o comportamento que tivemos com contramos depois da morte, ele está ele ontem. O sentimento que faltou infeliz, porque tem mágoas nossas no passado é o sentimento que a e nós também não estamos felizes situação provacional de hoje está pelo mal que lhe fizemos. Como nos exigindo ter. E, assim agindo, Deus é bom e misericordioso, nossa isto é, reeducando-nos, estaremos volta ao planeta é programada para crescendo na direção de Deus, o que essa desarmonia seja superada. que significa, em última análise, E é possível supor que nós voltemos crescer na direção do amor que nos na condição de pais e ele, na condi- faz felizes. Quantas vezes o problema é ção de filho nosso. Nós não nos lembraremos do o próprio socorro que Deus nos que ocorreu. Mas a animosidade dá para nos livrarmos de um mal de hoje nos permite deduzir que maior? A cirrose por exemplo, não fomos aprovados na expe- não seria um socorro em forma riência anterior com ele e, agora, de enfermidade, através do qual estamos em regime de recupe- Deus está ajudando o alcoólatra a ração espiritual. E faremos isso deixar o vício? Como vimos não reeducando os nossos sentimen- estamos na Terra para sofrer, mas, tos. Se ontem fomos egoístas, sim, para nos reeducar. Então, a hoje nos reeducamos para sermos cirrose não é um castigo e sim, mais amorosos. Se ontem fomos uma professora que está ensiorgulhosos, hoje nos reeducamos nando o alcoólatra a se reeducar, para sermos mais humildes. Se a aprender ter controle sobre os
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seus instintos, a amar a si mesmo, aprendizados que ele, voluntariamente, não desejou fazer. Em sã consciência, ninguém gostaria de passar por uma experiência dolorosa, para chegar a resultados positivos, mas é assim que muitas vezes acontece, porque, via de regra, o sofrimento ainda tem o “poder de convencimento”, maior do que todos os bons conselhos que recebemos de pais, amigos, livros, ou nos templos religiosos. Por isso, problemas são mestres disfarçados e muito especiais, porque trazem situações às nossas necessidades de crescimento. Sendo o problema um mestre, é fácil concluir que ele nos deixará quando aprendermos a lição que
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Conselho Editorial Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Fátima Luisa Giro Paulo Sergio de Oliveira Editor: Altamirando D. de Assis Carneiro (MTb 13.704) e-mail: redacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento do Jornal Espírita, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação O Jornal Espírita é uma publicação bimestral sobre o movimento Espírita. Rua Maria Paula, 140, 3º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 ramal 224 Fundado em 1º de Julho de 1975 pelo Núcleo Espírita Caminheiro do Bem, registro nº 2.413, livro 33 de Matrículas de Oficinas Impressoras, Jornais, Revistas e outros periódi-
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ele nos trouxe. Para facilitar esse processo teórico e prático, apresento esses conselhos valiosos de Elaine Harrison, os quais devem ser praticados desde já: 1) Aceite a responsabilidade pela sua vida. Quando você aceita responsabilidade por sua vida como ela está agora, então, aceita a possibilidade de mudança. 2) Passe alguns momentos refletindo sobre onde você se encontra na vida agora e reconheça como tudo está, “como está” devido as suas escolhas/decisões/ações. 3) Selecione uma coisa em sua mente com que você não se sente feliz e aceite a sua participação na criação disso. Isso pode
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parecer um pouco difícil se você acha que circunstâncias/ pessoas/trabalho moldaram sua vida de uma certa forma, mas, se conseguir, de fato, aceitar que você escolheu permanecer nesta/ neste circunstância/ relacionamento/trabalho, então começará a recuperar o seu poder. É hora, então, de mudarmos o slogan da nossa vida. Nada de “nascidos para sofrer”. Agora é hora de “nascidos para vencer”!
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Distribuição para assinantes e Centros Espíritas: Livrarias e Editora Espírita Humberto de Campos da FEESP.
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Diretora da Área de Assistência Social Nancy Cesar Campos Raymundo social@feesp.org.br Diretora Área de Ensino Fátima Luisa Giro ensino@feesp.org.br Diretora Área Espiritual Vera Cristina Marques de Oliveira Millano espiritual@feesp.org.br Diretora Área de Divulgação Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia divulgacao@feesp.org.br
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Transcrevemos o texto de José Carlos de Lucca do livro “Socorro e Solução” pág 137.
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cos, do 1º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, conforme despacho do Juiz de Direito da 2ª Vara de Registro. Transferido para a Federação Espírita do Estado de São Paulo em 16 de maio de 1990. Certificado de Registro na marca na classe 11.10 processo nº 815.511.973 publicada na “Revista da Propriedade Industrial” nº 1103, de 21/1/92, página 16.
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Diretoria Executiva: Presidente Zulmira da Conceição Chaves Hassesian presidente@feesp.org.br
Diretora Área Infância, Juventude e Mocidade Vera Lúcia Leite infanciamocidade@feesp.org.br Diretora Área Financeira Guiomar Cisotto Bonfanti financeiro@feesp.org.br Diretora Área Federativa Regina Helena Tuma Carlim federativa@feesp.org.br Assistência Social da FEESP Casa Transitória Fabiano de Cristo CNPJ: 61.669.966/0002-91 Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2797-2999 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: (11) 3107-2023 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua Franca, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP (12) 3916-3981
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Palestra
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Palestras Públicas na FEESP
Diariamente, a Federação Espírita do Estado de São Paulo abre suas portas, acolhendo aqueles que precisam de sentido ou consolo para suas vidas, bem como os que buscam conhecer o Espiritismo, através dos seus diversos cursos. Aos domingos, sempre às 10:00, é aberto um espaço especialmente destinado à realização de palestras sobre temas atuais, à luz do Espiritismo, que são muito esclarecedoras no sentido de entendermos melhor a problemática social em que vivemos. São abordados temas atuais, de forma a fornecer ferramentas de amor e fé, para enfrentar os desafios
cotidianos. Para ajudar-nos a refletir sobre esses diversos temas, contamos com oradores e palestrantes de alto gabarito, e conhecedores da doutrina espírita, que compartilham sua visão e experiência com o público presente. Nesses encontros alegres, contamos também com musicistas que se revezam, a cada semana, no palco do auditório Bezerra de Menezes, em apresentações que elevam e harmonizam a todos e o ambiente. Participe e divulgue. É sempre um prazer receber a todos! Confira, a seguir, as sinopses das palestras realizadas aqui na Federação Espírita do Estado de São Paulo.
A benção da adoção
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planeta Terra é um educandário, onde nós viemos para aprender. Necessitamos de professores durante nossa vida para nos ensinar e orientar. Quais são os nossos primeiros educadores? Nossos pais, ou quem os substitua, podendo ser familiares, instituições, sociedade ou pais adotivos. O ser humano não pode dispensar a convivência familiar, porque o instinto gregário que lhe comanda a existência faz com que busque pertencer a um grupo. A psicanálise nos esclarece quando diz que nós nos constituímos através do desejo do outro, precisamos ser desejados e olhados por esse outro. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. “O homem é um animal social, porque é um ser naturalmente carente, que necessita de coisas e de outras pessoas para alcançar a sua plenitude” - Aristóteles. Analisando a citação acima descrita, podemos dizer que o homem precisa viver em sociedade. Não vive sozinho, pois todo ser humano, desde que nasce até o momento em que morre, precisa da compa-
Elaine dos Santos Vellei nhia de outros seres humanos. É importante lembrar que o ser humano precisa da companhia de seus semelhantes não somente para atender às suas necessidades materiais, mas também e principalmente para as suas necessidades emocionais e espirituais. A Família Vejamos a definição de família segundo o dicionário Michaelis: 1- Conjunto de pessoas, em geral ligadas por laços de parentesco, que vivem sob o mesmo teto, particularmente o pai, a mãe e os filhos. 2 Conjunto de ascendentes, descendentes, colaterais e afins de uma linhagem ou provenientes de um mesmo tronco; estirpe. 3 - Pessoas do mesmo sangue ou não, ligadas entre si por casamento, filiação, ou mesmo adoção, que vivem ou não em comum; parentes, parentela. Vejamos a opinião de alguns autores sobre a família: “A família consanguínea é uma experiência evolutiva, na qual os
sentimentos de amor se apuram; a responsabilidade se agiganta nos deveres que mantemos em relação à vida, ao próximo e a nós mesmos; a tolerância e a compreensão se dilatam em exercícios que alcançarão a comunidade inteira” Victor Hugo – Árdua Ascensão. “Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles que a compõe, a família terrestre é formada, assim,
de agentes diversos, porquanto nela se reencontram, comumente, afetos e desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis, ante as leis do destino”. Emmanuel – Vida e Sexo. “A família é mais do que o resultante genético... São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas e árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais e elevadas que se cimentam nos liames da concepção divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra” Joanna de Ângelis – Estudos Espíritas. “Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consanguinidade, mas os da comunhão de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e após sua encarnação”. O Evangelho Segundo Espiritismo – Cap. 14 – Honrai a vosso pai e a vossa mãe. Podemos dizer que a família é educandário de elevado significado para formação da personalidade e desenvolvimento afetivo, indispensável recurso do amadurecimento psicológico, do conhecimento e da
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experiência vivida. A forma como as coisas são programadas, para acontecer em nossas vidas, às vezes impressionam. Há coisas na vida que simplesmente devem acontecer, pois foram devidamente programadas no outro plano, quando lá estávamos, para que pudéssemos, quando aqui na Terra, dar continuidade em nosso aprendizado; e a conclusão desse programa já é uma vitória imensa, um sinal de que continuamos nos mantendo firmes e fortes em nosso propósito nessa encarnação. Uma dessas formas que pode acontecer em nossa vida é a adoção. Adotar uma criança é dar a oportunidade de uma vida digna e cheia de amor para uma alma, geralmente vinda do sofrimento, e que juntos poderemos mudar essa história. Adoção pode ser uma chance de oferecer uma família para crianças que não tiveram a possibilidade de serem criadas pelos pais naturais, assim como propiciar filhos aos pais que não puderam tê-los. A origem do termo vem do latim “adoptare”, significando considerar, cuidar, acolher. Viramos pais de uma criança não gerada biologicamente por nós mesmos, que a princípio não possuía vínculo nenhum conosco, trazendo incertezas quanto ao seu desenvolvimento, preocupações com sua educação, mas que também preenche uma lacuna dos pais adotivos, lacuna essa de poder amar e conviver com uma criança. Muitos são os conflitos internos desses pais quanto a criação desse filho adotivo. Contar ou não sobre a adoção? Como fazer isso? Quando? Aqueles que adotam de coração um filho sentirão que as dificuldades serão amenizadas, porque o laço de afetividade pura se sobrepõe a qualquer angústia momentânea, que é sempre uma oportunidade de aprendermos a amar mais.
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Quando o casal começa a conversar sobre a possibilidade de adotar uma criança, inicia-se a etapa chamada Gestação Emocional da Adoção, que continua através da ansiedade pela chegada da criança, como as preocupações e a idealização que os pais fazem nesse período (sexo, cor de olhos, da pele, peso etc.). Existem os temores quanto à herança biológica (doenças, má-formação) e a herança comportamental. Quando a criança adotada chega ao lar é um parto emocional. A expectativa de como será esse encontro, de como a criança reagirá, desperta muita ansiedade. Nessa ocasião, que será de grande emoção, os pais poderão ter reações as mais diversas e confusas, tais como medo, insegurança, alegria. Esses sentimentos também permeiam o universo dos pais biológicos quando têm seus filhos. Necessidade da encarnação “A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios
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cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência”. O Evangelho Segundo Espiritismo – Cap. 4 – Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo. Levando em conta que a constituição dos laços de família é uma necessidade do Espírito, a família terrena também é um instrumento para a construção da família espiritual. Desta forma ao adotar uma criança, devemos estar conscientes de que assumimos a responsabilidade da problemática do ser adotado. O Espírito Joanna de Ângelis nos alerta que os filhos recusados em outras etapas alcançar-nos-ão o lar ou a intimidade por processos transversos. Portanto, se pensamos em adotar uma criança, podemos estar adotando um ser que de alguma maneira está relacionado com a nossa vida anterior. Somos todos irmãos, ligados por um mesmo laço: cada indivíduo que passa em nossa vida, “deixa um pouco de si e leva um
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pouco de nós”- Fernando Pessoa. “Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir”. O Evangelho Segundo Espiritismo – Cap. 14 – Honrai a vosso pai e a vossa mãe. “As heranças e parecenças físicas são decorrências dos gametas; no entanto, o caráter, a inteligência e o sentimento procedem do Espírito que se corporifica pela reencarnação, sem maior dependência dos vínculos genéticos com os progenitores”. Joanna de Ângelis – SOS Família A origem físico-psíquica que é constituição de caráter vai estar presente pela vida toda. Um Espírito problemático, rebelde, será assim pela sua história e não pelo lar que o adotou. Ao aprender e assimilar o afeto que foi a ele dedicado poderá mudar o seu rumo proporcionando um salto no seu progresso intelectual, moral e espiritual. Encontramos em O Livro dos Espíritos, questão 208: “Os Espíritos dos pais têm a missão de desenvolver os dos filhos pela educação”. Esse mandato parece muito apropriado tanto a filhos naturais quanto a filhos adotados. A educação é a maneira correta de criar condições e oportunidades para que se dê o processo educativo ou evolutivo, através
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desses ensinamentos o indivíduo possa ser tocado para que ele próprio, pelo seu livre arbítrio, mude o seu interior. Como nos ensina Paulo Freire, “o homem se educa a si mesmo”, porém facilitado pela condição educacional que o ambiente familiar oferece e o meio que o cerca. O espiritismo é muito claro quanto a questão da adoção: é um ato de amor e caridade. A adoção deve ser de coração, pois esse é laço indestrutível, permanente. Os chamados filhos adotivos são os filhos do coração, estão unidos a nós por indestrutíveis laços espirituais. Se analisarmos, durante nossa vida, adotamos, em circunstâncias diferentes, várias pessoas sejam elas amigos, pai, mãe, irmãos, parentes, vizinhos, afilhados etc. Não percebemos que isso é uma adoção; é carinho, amizade, companheirismo e que estamos nos ajudando mutuamente. Na nova configuração familiar vemos famílias se constituindo, tendo filhos do atual casamento, filhos que vêm de uniões anteriores., Nessas famílias existe a convivência com pessoas vindas de famílias diferentes com gostos, costumes e evolução diferentes, e acabam sendo filhos adotivos naturalmente. Sendo assim adotar uma criança como filho deveria ser algo fácil e simples de se fazer; seria necessário distribuir afeto, carinho, educação, oportunidade, respeito e, acima de tudo, considerar esse ser como filho de Deus e nosso irmão, pois a única diferença está na forma como chegou até nós : biológico, adotado ou agregado. Vemos em O Livro dos Espíritos na pergunta 205: “Segundo algumas pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família, com o fazê-los
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anteriores à existência atual”. - “Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consanguinidade”. Essa questão nos ensina que a doutrina da reencarnação amplia a função dos laços de família enquanto proposta de vivência da fraternidade entre Espíritos afins, e mesmo não afim, mas que têm ajustes a realizar na sua convivência, tanto entre os chamados filhos legítimos como os filhos adotivos. Podemos inferir com segurança que, em se tratando de Espíritos encarnados numa ou noutra condição, não há nenhuma diferença. Os chamados filhos do coração podem ser entendidos assim em toda a extensão que esta expressão possa conter quanto às corresponsabilidades paternais e filiais. A formação de um lar é um planejamento que se desenvolve no Mundo Espiritual, assim como filhos biológicos, nossos filhos ado-
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tivos também são companheiros de vidas passadas. E nossa vida de hoje é resultado do que angariamos para nós mesmos, no passado. Assumir os cuidados com uma criança que se encontra sozinha no mundo é formar as bases para se criar um ser humano mais feliz onde estaremos vivenciando o ensinamento de Jesus quando nos disse: “- Amarás o teu próximo, como a ti mesmo”. Dessa forma não estamos trazendo para dentro de nossas casas filhos sem pai nem mãe, mas sim, grandes afetos nossos de passadas reencarnações, Espíritos com quem temos alguma ligação. A maternidade biológica pode ser um acidente, pode não ter sido desejada, e a vontade de Deus pode se expressar independentemente da nossa. Mas quando adotamos, nós estamos escolhendo por vontade própria, pelo coração e pela mente. A ligação emocional entre pais e filhos, não se dá pela concepção, mas pela relação afetiva que se estabelece. Recebendo no lar a abençoada experiência da adoção, Deus sinaliza aos cônjuges estar confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros
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que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que ontem não souberam fazer. Guardemos no coração a certeza de que Jesus está nos confiando a responsabilidade sagrada de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e amparo. Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos veio aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia. “Os genitores sentem Imensa alegria da oportunidade de haver recebido nos braços da afetividade Espíritos de variada procedência, amigos de ontem ou adversários de épocas anteriores, que se reuniram pela consanguinidade ou não, a fim de encontrarem o rumo da paz, ensaiando recomeços e reparações, em processos penosos de expiação ou em tarefa missionária de redenção”. Joanna de Ângelis – Constelação Familiar. Quando conseguimos aliviar o caminho de nosso semelhante seja, dando uma família; propiciando educação intelectual e moral. Ensinar a ser filho é oportunidade de aprendizagem para tornarnarmo-nos genitores, amparando, dando amor e sendo úteis , estamos praticando a caridade, trabalhando por nós mesmos e pelos outros. Esta é A benção da Adoção! Poucas situações na Terra são tão compensadoras em termos de Vida Eterna quanto a adoção, porque ela nos convoca a nos educarmos, para melhor educar; esse é o lema a ser adotado por todas as criaturas no seu progresso de conscientização das responsabilidades que lhes dizem respeito durante a existência carnal.
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Palestra Março|Abril de 2016
A difícil missão da Mãe de Jesus
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oda vez que temos de escrever sobre Maria de Nazaré é sempre uma tarefa muito complexa e que demanda muita atenção, pois deve ser realizada com muita responsabilidade e respeito. Maria de Nazaré é a “personalidade sublimada”, conforme Emmanuel em A Caminho da Luz, livro psicografado por Chico Xavier, que foi escolhida para desempenhar a missão complexa e desafiadora de ser a mãe do Messias, Jesus Cristo, em sua encarnação missionária. Diz-nos Emmanuel, que quando chegou o tempo previsto para a vinda do Cristo, as entidades angélicas do sistema solar, movimentaramse “nas proximidades da Terra, adotando providências de vasta e generosa importância” que foram levadas a efeito. “Escolhem-se os instrutores, os precursores imediatos, os auxiliares divinos.” Assim num trabalho planejado e de grande relevância no mundo espiritual, processou-se a escolha daqueles que auxiliariam Jesus em sua missão de libertação pelo amor por excelência. Todos esses colaboradores do Cristo prontificaram-se a exercer a sua missão, cada qual conforme as determinações do alto e do planejamento realizado, cabendo ao Espírito amigo e meigo que assumiu entre nós a identidade de Maria de Nazaré, a tarefa magnânima, porém muito complexa, de ser a mãe de Jesus, e que estaria conduzindo os passos do Messias até que ele pudesse, pessoalmente, conduzir toda a humanidade nas veredas do amor,
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Paulo Oliveira do qual foi o principal agente e exemplo incontestável. Assim, a missão de Maria começa, portanto, no plano espiritual, quando aceita fazer parte da equipe de Jesus. Vários anos depois, Maria de Nazaré, encontrando-se com idade aproximada entre 14 e 16 anos, em certa tarde, sentindo as aragens do crepúsculo próximo, estava absorta concluindo suas tarefas diárias, elevava a Deus suas orações de agradecimento pela vida, pela família composta por seu pai Joaquim e sua mãe Anna. Nesse momento de total ligação espiritual com Deus, ela percebe a presença de uma luz intensa, que aureolava um ser que pairava à sua frente, mais parecendo uma estrela que caíra do céu e se transformara em figura humana. Era Gabriel, Espírito angélico da equipe direta de Jesus que vinha lhe trazer a notícia maravilhosa do nascimento do Messias, anunciando-lhe que ela tinha sido escolhida para receber em seu ventre o Mestre da Luz, que vinha com o propósito de modificar a paisagem espiritual do planeta, por meio da semeadura dos ensinos evangélicos, no coração humano. Gabriel saúda Maria dizendo: - “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! ...Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor
Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim.” (Lucas 1:28-33) Diante daquela inusitada notícia, ficou intrigada quanto a saudação que ela recebera: “Cheia de graça” – o que queria aquele emissário divino dizer com tais palavras. Estar plena da graça de Deus queria dizer que Maria, como Espírito purificado, já estava com Deus e que, portanto, teria todas as condições para, no decorrer de sua vida, demonstrar toda a sua fortaleza moral e fé inabalável nos desígnios supremos. Sua disposição para cumprir a vontade de Deus era tal que, simplesmente, com coragem e confiança na Providência divina, responde ao anjo com as emblemáticas palavras que lhe caracterizariam por toda a sua vida: - “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lucas 1:38) Em nossa modesta condição de
Espíritos ainda imperfeitos temos enorme dificuldade para entender a missão de Maria de Nazaré. Ela não pede maiores explicações, não exige saber quais serão as consequências e nem mesmo o que irá ganhar por assumir tal tarefa. Ela simplesmente, aceita o encargo, logicamente expressando todo o seu cabedal de espírito sublimado, assumindo uma das missões mais difíceis já desempenhadas neste nosso mundo terráqueo. Educar um filho é sempre uma missão, conforme o descrito na questão 582 de O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec. Sendo uma missão, portanto, terá o missionário que assumir as responsabilidades de sua ação junto àquela criança que Deus colocou em suas mãos, recolhendo as consequências advindas do seu cumprimento. Dessa forma, nós podemos imaginar, mesmo que parcamente, o nível da responsabilidade assumido pelos pais de Jesus, em especial por Maria de Nazaré, que se dedicou com amor, carinho, compreensão e renúncia àquele filho que lhe vinha dos mais altos planos da vida, e que desempenharia espinhosa e árdua missão entre os homens. Para entendermos um pouco melhor a missão de Maria, vamos, por um momento, sem querer nos comparar, pensar em nossas famílias. Na condição de pais, pretendemos constantemente buscar o melhor para nossos filhos, preocupando-nos com seu bem-estar. Sofremos diante de suas dores e nos alegramos com suas alegrias. Isso é natural, para a maioria dos
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pais e mães encarnados, que desejam estar ao lado de sua prole, para que possam sentir-se amparada em sua caminhada. Agora, imaginemos dentro de nossa condição limitada, como se sentiu Maria ao perceber que seu filho muito amado, sendo rejeitado e mortificado pela ignorância humana, nada podia fazer para impedir o sofrimento daquele que lhe encantara os dias com a luz de suas palavras e de seus sorrisos. De qualquer forma, precisamos entender que quando Maria afirmou: “Eu sou a serva do Senhor” ela realmente queria dizer isso, ou seja, que compreendia que sua vida seria marcada pela renúncia e pela prática do amor incondicional. Maria de Nazaré, respaldada por sua posição espiritual superior, aceitava aqueles fatos dolorosos e tristes, que lhe causavam pesar profundo, como parte da missão que assumira diante de Deus. E, alicerçada pela própria fé inabalável, sofreu, mas sem revoltar-se, preocupando-se mais em buscar o filho amado para ofertar-lhe sua presença amorosa, tentando amenizar as dores e sofrimentos atrozes pelos quais passava. Seu exemplo de fé deve inspirar a todos nós ao enfrentarmos as dificuldades da vida, os obstáculos que se apresentam em nosso caminho, com esperança, fé e coragem, pois sabemos que não estamos desamparados pela misericórdia infinita, que nos acolhe e nos trata como seus
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filhos queridos, que, entretanto, à guisa de proteção, não nos retira as oportunidades de aprendizagem, visando à nossa renovação interior conforme os padrões do amor e da luz, atitude essa consistente com o papel paterno. Deus é o primeiro e maior Educador de almas! Maria tinha a intuição vívida, embora toldada pelos efeitos provocados pela encarnação na matéria, de que haveria de cumprir os passos de uma estrada árdua, acompanhando o caminhar de seu filho querido, Jesus de Nazaré, que desde cedo apresentava condições excepcionais de consciência e clareza de sua missão terrena. Ela havia sido advertida por Simeão, sacerdote no templo de Jerusalém, quando fora levar Jesus para a apresentação e purificação conforme as determinações da Lei de Moisés, que lhe disse: “...e a ti Maria, uma espada traspassará tua alma! – para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações.” (Lucas 2:35) As preocupações de mãe sempre pesaram em seu coração, estando Jesus ao seu lado, agravando-se quando o Mestre partia em suas viagens missionárias no sentido de pregar a palavra de Deus. A ausência de notícias torturava-a, embora nunca esmorecesse em sua fé. Esse é um fato comum a toda aquela que assume a função de mãe, o de se preocupar com os filhos desejando vê-los bem, em paz e felizes. No entanto, é preciso
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compreender que cada Espírito tem sua trajetória e necessidades individuais, e que não há como afastar ou eliminar os obstáculos do caminho dos próprios filhos, pois isso é uma tarefa individual e que por mais que os amemos, às vezes, muito pouco ou quase nada podemos fazer por eles, restando-nos oferecer preces a Deus para que possam ser iluminados e protegidos, e que escolham os caminhos consoantes às práticas evangélicas. Também, como qualquer mãe humana, quando Jesus retornava a Nazaré, depois de suas caminhadas pelas redondezas e cidades mais distantes, ela ficava feliz por estar de novo ao lado do filho amado, embora a consciência lhe advertisse que aquele homem, nada comum, trazia uma palavra que contestava os que dominavam o cenário político e social de então, e que isso lhe renderia sérias consequências. Certamente a profecia de Simeão, mencionada anteriormente, de que aquele menino fora posto no mundo “para queda e soerguimento de muitos em Israel, e para ser um sinal contestado”, e que uma “espada traspassaria seu coração materno”, permanecera em sua alma como alerta constante. A raiva, a inveja, o rancor, o medo de perder posições de vantagem material fizeram com que os principais do templo de Jerusalém e do poder romano, levassem a cabo uma história de amor e doação não compreendida, retribuindo com so-
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frimento e dor toda dedicação e esforço despendido pelo Mestre Jesus. Esse fato foi de tal envergadura para todos nós que até hoje trazemos na memória, como o maior momento de insanidade do espírito humano. Após o retorno do Mestre aos planos da luz e do amor, Maria vai para Éfeso, levada pelo apóstolo João Evangelista para viver naquela cidade em uma casa humilde, onde ele poderia cuidar melhor dela consoante o pedido do Mestre ainda cruz: - “Mãe eis aí teu filho. Filho eis aí tua mãe!” Passa diversos anos atendendo aos desamparados da sorte que lhe vinham buscar as bênçãos e o amparo materno. A esses que lhe chegavam de todas as regiões, estendia ela os braços amorosos com o intuito de acolhê-los e ampará-los. No plano espiritual, Maria continua cuidando de todos nós, e especialmente aos que por decisão própria resolveram abreviar a própria vida, pelas vias do suicídio. Maria de Nazaré, com sua Fraternidade composta por Espíritos de elevada hierarquia, recebem, amparam e encaminham a esses nossos irmãos que se deixaram levar mais pelas dúvidas e desesperança do que pela fé em Deus, demonstrando assim que não há ninguém desamparado e que seu amor de mãe nos acompanha a todos. Assim, é justo e certo que quando estamos diante de situações aflitivas recorramos ao amor materno de Maria que jamais nos negará consolo e amparo. Que o exemplo de Maria de Nazaré ao lado de Jesus sempre, resignada e submissa à vontade de Deus, possa nos inspirar para termos coragem diante das situações difíceis que enfrentamos, dandonos a coragem e força necessárias para caminharmos em direção da Luz e da Perfeição.
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A felicidade não é deste mundo
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esde tempos imemoriais, na própria origem da humanidade, nos momentos iniciais desta jornada pelo reino hominal, o Espírito encarnado busca vencer a dor e as vicissitudes, as angústias e os medos, buscando tranquilidade e segurança. Nesta busca, um conceito foi se formando: o da felicidade. Vivemos tentando definir este sentimento, tendo ele passado pelas mais diversas ideias e jamais sendo obtido em sua plenitude pelos habitantes deste planeta. Na Grécia surgiu a ideia de que a felicidade se nutre do belo, através da cultura do Espírito. Epicuro, filósofo grego do período Helenista, acreditava que a chave da felicidade é a sabedoria. Sócrates, no momento derradeiro da sua existência, afirmou: “O homem não são suas vestes, seu invólucro, mas seu Espírito”. Posteriormente o ideal epicurista sofreu violenta transformação, passando essa Escola a representar um conceito deprimente, por expressar gozo, posse, prazer sensual. Os continuadores deste filósofo fixaram o epicurismo nas lutas pela propriedade, ensinando que o homem somente experimenta felicidade quando pode gozar, seja através do sexo desgovernado ou mediante o estômago saciado. Fomentaram a máxima: possuir para gozar, ter para sobreviver, esquecidos de que a posse possui o seu possuidor, não poucas vezes, atormentando-o, por fazê-lo escravo do que tem. Este conceito permanece até hoje, para muitos, como sinônimo de felicidade.
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Mário Sérgio Vellei Muitos cultivam a convicção de que a felicidade é ter uma vida tranquila, sem problemas, mas o que seria da nossa existência sem os desafios? São eles que nos movem, são eles que nos fazem levantar pela manhã e sair em busca do pão de cada dia. O excesso de tranquilidade nos paralisa, nos torna pessoas desinteressadas em aprender e progredir. As dificuldades têm função educativa e, se bem aproveitadas, tornam-se lições de valor incalculável. Como conseguiríamos desenvolver a compaixão sem a compreensão da dificuldade do outro? Passarmos por problemas facilita a nossa compreensão. A expectativa de uma vida tranquila e sem problemas nos levaria a uma vida aborrecida e sem valor. Atualmente o pensamento atingiu o período tecnológico, estabelecendo a chamada “sociedade de consumo”. A felicidade torna-se a busca incessante da aquisição e renovação dos bens materiais; é necessário possuir tudo o que é oferecido pela mídia; criam-se nas pessoas novas necessidades fundamentadas unicamente no desejo dos fabricantes de vender seus produtos. As pessoas se sentem obrigadas a seguir essas tendências, mesmo que não percebam, e se tornam infelizes e desesperançadas. Jesus e a Felicidade Se formos ao Novo Testamento veremos, no Sermão do Monte,
mesmos, com a prática constante da caridade.
verdadeira obra prima dos seus ensinamentos morais, Jesus nos mostrando a ventura dos aflitos, que serão consolados, numa clara alusão de que as aflições por nós sentidas são passageiras e que a forma que passamos por elas tem imenso valor para o nosso aprimoramento moral. Encontramos em Mateus 5:12 Jesus nos dizendo com todas as letras: “Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. Jesus preconizou que o homem deve viver no seu mundo, mas sem pertencer a ele, ou seja, sem nos tornarmos escravos dos bens materiais, atribuindo-lhes o valor adequado à manutenção da nossa existência terrestre. Ele nos disse também que o seu reino não é deste mundo, anunciando que existem lugares melhores do que a Terra, planeta azul onde predominam os sentimentos inferiores, que nos afastam do bem e do amor. Deixou-nos também que a chave da felicidade é amarmos ao próximo como a nós
Visão da doutrina espírita Tanto antigamente quanto hoje em dia, encontramos relatos de uma falta de perspectiva, de um vazio presente nas pessoas que, independentemente de sua condição social, das suas posses e do modo de vida voltado ao cultivo do prazer, as faz sentirem-se tristes, longe da felicidade tão desejada. Neste sentido, encontramos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 5, Bem-aventurados os aflitos, no seu item 20, a instrução do Espírito Cardeal Morlot que inicia o seu relato da seguinte maneira: “Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! Exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo.”” Quando vamos ao livro de Eclesiastes, que faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica, que vem depois do Livro dos Provérbios e antes de Cântico dos Cânticos, não encontramos a frase “a felicidade não é deste mundo” escrita de forma direta, mas um relato que pretende ensinar os caminhos para melhorar a vida e atingir a felicidade. Vemos uma crítica às ilusões que um determinado sistema de sociedade apresenta como ideal (riqueza, poder, ciência, prazeres, status social, trabalho para enriquecer etc.) e coloca uma pergunta fundamental: Que proveito tira o
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homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol? Ou seja, para onde dirigimos o nosso esforço diário, o que desejamos da nossa existência? Existe ali a noção de que a felicidade em nosso planeta não é plena, que a felicidade não é deste mundo. Mas por quê? Encontramos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos capítulos 2 e 3, os motivos que levam a esta conclusão. No capítulo 2, temos a justificativa para a frase que Jesus disse a Pilatos quando questionado se ele era rei. Jesus responde: “Meu reino não é deste mundo”. Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade alcançará e devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. A resposta do Divino Mestre também nos faz considerar a existência de outros lugares, ou mundos, onde a vida prospera em condições diferentes daquelas que temos aqui.
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No capítulo 3, de O Evangelho Segundo o Espiritismo – Há muitas moradas na casa de meu Pai – podemos ver que a casa do Pai (Deus) é o Universo, onde existem diversas categorias de mundos habitados, cada um adequado às condições evolutivas dos Espíritos que nele reencarnam. Temos assim mundos primitivos, onde a existência é toda material, onde reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral, ali encontramos Espíritos no início da sua jornada evolutiva, experimentando as primeiras lições da sua existência. Em seguida temos os mundos de expiação e provas, entre os quais temos a Terra, este nosso planeta de aprendizado, onde predomina o mal, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias. Temos a seguir os mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar renovam as forças, e têm um maior progresso moral. Após, temos os mundos ditosos ou felizes onde o bem sobrepuja o mal e finalmente os mundos celestes
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ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. Aqui na Terra, mundo de expiação e provas, vivemos uma mescla de momentos de alegria e tristeza, de felicidade e amargura, de bem estar e sofrimento, típicos do aprendizado que devemos obter para seguirmos adiante em nossa jornada evolutiva. Desde tempos remotos, como, por exemplo, os romanos com seus “Campos Elíseos” até os dias atuais, pressentimos ou sabemos intimamente que existem mundos melhores do que este em que estamos atualmente. Isso nos impulsiona a caminhada, nos faz desejar sermos pessoas melhores, sermos merecedores de ser admitidos em mundos onde as dificuldades são compreendidas como bênçãos e não como castigo. Podemos pensar então que, se estamos em um planeta onde a felicidade se resume a momentos felizes, não temos aqui pessoas felizes? Temos diversos exemplos na humanidade de Espíritos elevados que encontraram a felicidade em valores muito distantes dos bens materiais. Francisco de Assis, Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e tantos outros eram felizes, mesmo sem as condições que imaginamos como ideais. Existem Espíritos que encarnam entre nós para exemplificar o código de conduta mais adequado à nossa existência; vêm eles aqui para nos mostrar o lado certo que devemos olhar para encontrar a felicidade. Se partirmos do princípio de que somos seres em constante evolução, que aprendemos a cada nova experiência iremos compreender que os elementos que compõem as condições que imaginamos como ideais são transitórios. Veremos assim que é necessário mudar o foco da nossa
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busca e assim alcançar os valores trazidos por estes benfeitores, que se baseiam em servir ao próximo com a prática da caridade. Na questão 920 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos dizem que não podemos encontrar a felicidade completa na Terra, pois a vida nos foi dada como prova ou expiação, mas que depende de nós suavizarmos nossos males e sermão tão felizes quanto possível na Terra. Suavizar os nossos males passa necessariamente pela compreensão e consequente aceitação das dificuldades que vivenciamos. No capítulo 5 de - O Evangelho Segundo o Espiritismo – Bem aventurados os aflitos- encontramos diversos itens que nos esclarecem as causas anteriores, atuais e até mesmo futuras das nossas aflições. Esclarece que não somos castigados por Deus, que a todos nós ama, mas sim educados por Ele. A Terra é uma grande escola e, como tal, passamos pelas mais diversas disciplinas, objetivando a nossa formação. Quando aceitamos a nossa condição de aprendizes e não de mestres, as dificuldades continuam existindo, mas a nossa percepção as conduz à sua verdadeira importância. Não devemos dar valor maior ou menor que o necessário às nossas provas neste planeta. Assim como na escola, podemos passar a vida reclamando ou aproveitando as lições. Não são somente os Espíritos elevados que nos dão exemplos de felicidade verdadeira. Apesar das dificuldades que naturalmente encontramos em nossa existência terrestre, vemos em nosso dia a dia pessoas comuns, no sentido social da palavra, que experimentam um estado de felicidade que muitas vezes não julgamos possível na situação em que se encontram. Temos como exemplo os artistas
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os artistas de rua, não aquelas pessoas que foram obrigadas a sê-lo por falta de opção melhor, mas aquelas que acham que expor a sua arte é o melhor, independentemente da remuneração obtida com seu trabalho. A satisfação de fazer o que gosta é melhor que a recompensa financeira. Em um cruzamento de ruas em São Paulo, vimos um grupo de artistas que se apresentava para os veículos que aguardavam o semáforo abrir. Violinista, bailarina, palhaço e malabarista estavam se divertindo na frente dos carros. Ao voltarem para a calçada para aguardar pela nova apresentação se mostravam pessoas sorridentes, conversando alegremente. Isso nos faz pensar sobre o quanto, ou de que precisamos para “suavizarmos nossos males e sermos tão felizes quanto possível na Terra”. Onde será que encontraremos a
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felicidade? Dentro ou fora de nós? Existem centenas de livros e publicações, pessoas nos trazendo as mais diversas fórmulas para nos sentirmos felizes. Isso mostra o quão difícil é nos sentirmos bem. Com certeza não são os bens materiais que nos trazem a felicidade, pois como encontramos no livro “Uma razão para viver” de Richard Simonetti, “a felicidade não é uma estação, na viagem da existência; é uma maneira de viajar”.
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A doutrina espírita nos esclarece de forma muito racional e objetiva as razões e os porquês daquilo que nos acontece e sentimos. Se formos sintetizar a maneira de encontrarmos a felicidade dentro de nós mesmos, basta olharmos para o nosso interior e não para fora, como costumamos fazer. Lá encontraremos a semente da verdadeira felicidade, o amor verdadeiro, o amor que transcende a matéria e nos coloca em comunhão
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com o Divino. Todos nós temos a felicidade verdadeira dentro de nós, basta cultivá-la e ela crescerá, atrofiando os sentimentos que nos deixam infeliz. Se dermos prioridade ao perdão, à compreensão, à caridade, ao invés do orgulho, da vaidade, ambição, melindres, não haverá espaço dentro de nós para a tristeza. Finalizando, encontramos na obra Céu e Inferno de Allan Kardec que a completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos. Isso significa que a nossa rota para a felicidade plena passa pela nossa evolução moral, pela prática da caridade e do amor (verdadeiro) ao nosso semelhante.
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A mensagem dos três Reis Magos Adriana Pulcina Miranda
“E, tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do Rei Herodes, eis que uns Magos vieram do Oriente a Jerusalém, perguntando: Onde está o Rei dos Judeus, recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-lo.” Mateus 2:1-2
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evangelista, Mateus, o único que menciona a visita dos Magos a Jesus, e, no seu relato, ele não diz quantos eram os Reis Magos, nem mesmo o nome deles. Sabemos apenas que eram mais de um, pois ele faz a citação no plural. Diziam-se guiados por uma estrela e vinham render-lhe homenagens. Mateus, também não os nomeia Reis, mas, Magos. Não há nenhuma referência à suposta condição de Reis, como são conhecidos. Eles desenvolviam as ciências naturais, a medicina, a astronomia e o culto. Os Magos recebiam o título de sacerdotes e sábios. Isto lhes conferia muita influência sobre a sociedade. Os Reis também os recrutavam para que fizessem parte do seu conselho. De onde vieram os Magos? Não se sabe ao certo, entretanto, três lugares disputam a honra de ter sido o berço desses notáveis personagens: a Pérsia, a Arábia e a Caldeia. Qual Era os Nomes dos Reis Magos? Mateus, não informa especificamente os nomes dos Magos do oriente. A tradição os chamou Melchior, Gaspar e Baltazar, representando três raças – a semítica, a branca europeia e a negra. Melchior era o mais velho, barba e cabelo longo grisalho, trouxe ouro. Gaspar, o jovem, sem barba e loiro, trouxe a mirra. Baltazar, o negro, totalmente barbado, trouxe o incenso.
O Medo de Herodes A Palestina era governada por Herodes, o Grande. Quando chegaram a Jerusalém, os Magos, primeiramente, visitaram Herodes, o Rei da Judeia, e, perguntaram quem era o Rei que tinha nascido, pois tinham visto aparecer a sua estrela. Em contato com os Magos, ao ouvir notícia do nascimento de uma criança que seria coroada Rei dos judeus, Herodes sobressaltou-se. Seu poder estava ameaçado! Astuto, tratou-os com gentileza e lhes recomendou que partissem a procura do menino que, segundo a profecia, estaria em Belém. Na volta, que o informassem. Pretendia visitá-lo. Certamente a estrela não fornecia uma localização exata, então eles se dirigem à capital do país, em Jerusalém. Porém após perguntarem pelo Messias, logo se espalha esta notícia que chega ao conhecimento de Herodes. Herodes, rei tirano, sanguinário, odiado por seus súditos, que só estava no trono por uma vasta trama de alianças com os romanos, já havia praticado atos de extrema violência por muito menos. Ele se desespera
ao saber que tinha um “rival” poderoso, predito pelas profecias. Herodes temia ser destronado pelo Messias e planeja uma forma de combatê-lo antes que este se tornasse poderoso o suficiente para vencê-lo. Herodes convocou todos os seus sacerdotes e escribas para que descobrissem o local do nascimento do Redentor. Herodes fingindo ser também um súdito do Messias, escondendo suas reais intenções sanguinárias, envia os Magos a Belém, a fim de saber onde estava o Salvador, e assim, aniquilar o que ele pensava ser uma ameaça ao seu reino temporal. Sabendo agora a direção a seguir, os Magos tiveram uma maravilhosa surpresa ao saírem de Jerusalém. À noite, brilhava diante deles, novamente a estrela, , cujo brilho mostrava-lhes o caminho
seguro a trilhar. A certo ponto da caminhada, a estrela se detém, e eles entendem que era ali que estava o Rei, a quem de tão longínquo país tinham vindo adorar. Felizes, adoraram a Jesus. Os Magos reconheceram a sublime origem e a divindade de Jesus. Nem sua pobreza, nem a simplicidade do lugar foram capazes de esfriar a fé dos Magos. O costume oriental os impedia de que se aproximasse de uma grande personalidade, sem nada para oferecer. Por isso os Magos oferecem a Jesus, presentes como uma forma de homenagem em sua plenitude de fé. Os presentes – ouro, incenso e mirra, esta última é uma planta de cuja casca sai uma resina de aroma agradável, porém de gosto amargo, usada na antiguidade como incenso, remédio, e, que também podia ser usada para embalsamar cadáveres. Simbolicamente: o ouro representa autoridade sobre as coisas materiais; o incenso, autoridade sobre as coisas espirituais; e, a mirra, poder e autoridade sobre as enfermidades e sobre as questões materiais e espirituais; o bálsamo usado para aliviar o sofrimento do povo. Após render as homenagens ao menino Jesus, ali os Magos repousaram. Avisados por um anjo para não passarem pelo palácio de Herodes, os Magos partiram para as suas terras, cada um por um caminho, não passando por Jerusalém. Nesta mesma noite, por sua vez,
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José sonhou com um anjo que lhe recomendou fugir para o Egito, porquanto Herodes pretendia matar o menino. Partiu, de imediato, com Maria e Jesus. Não tendo notícias dos Magos e pressentindo que fora enganado, Herodes ficou furioso e mandou que seus soldados matassem, em Belém e cercanias, todos os meninos com a idade de até dois anos. Segundo estimativas, considerando-se a população da época, perto de 25 a 30 crianças foram barbaramente mortas para que o enviado celeste não sobrevivesse. A salvo com Maria e Jesus no Egito, José lá permaneceu até a morte de Herodes (4d.C.), quando outro anjo lhe recomendou, em sonho, que retornasse à Palestina. Obediente à orientação angélica, o carpinteiro regressou a Nazaré, onde Jesus viveria até o início de seu apostolado. Daí o chamarem “o nazareno”. A visita dos Magos evidencia que o nascimento de Jesus repercutiu além da Palestina, sob o ponto de vista espiritual. Certamente, em todas as latitudes, pessoas dotadas de grande sensibilidade, que hoje chamaríamos médiuns, foram informadas a respeito ou pressentiram que estava chegando nosso governador espiritual, com uma gloriosa mensagem de renovação para a Humanidade. Dentre as inúmeras denominações que receberam os médiuns, em todos os tempos, Mago é uma delas. Especula-se a respeito da estrela. Seria um cometa? Ou a conjunção de dois ou três planetas? Na Gênese, uma das obras codificadas por Allan Kardec, este afirma que aquela luz não podia ser uma estrela. É que na época, com poucos recursos astronômicos, eles acreditavam que pontos luminosos fossem estrelas. Acrescenta: “En-
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tretanto, por não ter como causa a que lhe atribuíram, não deixa de ser possível o fato da aparição de uma luz com o aspecto de uma estrela.” E, elucida que, um Espírito pode aparecer sob a forma luminosa, ou transformar uma parte do seu fluido perispirítico em foco luminoso. Nenhuma hipótese astronômica ajusta-se perfeitamente à estrela que guiava os Magos. Pode ter sido um fenômeno mediúnico. Médiuns videntes, só os Magos enxergavam a estrela que apontava para o oriente. Outro fenômeno, envolvendo esta passagem evangélica, são os sonhos. Assim, os Magos foram avisados em sonho para evitar o retorno por Jerusalém, poderiam receber informações sobre a localização do menino sem o aparato da estrela. José foi encaminhado ao Egito, e, depois foi recomendado que retornasse à Galileia por meio de sonhos. O Espiritismo nos dá a explicação, muito simples: Enquanto o corpo dorme nosso Espírito transita pelo continente espiritual. Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito, durante o sono. Podendo ser composto de desejos, visões e sentimentos que se formam de maneira independente dos objetos exteriores, e até mesmo do que vivenciamos no nosso dia a dia. Lucidez espiritual durante o sonho é proporcional ao nosso estado evolutivo. A visita dos Magos e suas dádivas originaram as tradições de presentes no Natal. Nos dias de hoje, também podemos presentear a Jesus não só em uma data específica, mas em todos os dos dias, com os “nossos tesouros”, esforçando-nos para vencer as bar-
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reiras da imperfeição e buscar a luz do amor. Os Magos guiados pela luz da estrela buscavam um caminho para um novo tempo, uma nova era de esperança e fé. Nós somos convidados, todos os dias, a seguir este caminho, contemplando a luz do amor que Jesus nos ensinou. Mas ainda parece que o amor verdadeiro está bem distante de nós, e, que não temos os olhos de ver. Por meio de Jesus colocado na manjedoura, um tabuleiro como alimento para animais, o Evangelho ensina-nos que, se quisermos deixar a condição de animalidade em favor de uma espiritualidade mais autêntica, é preciso que tenhamos
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o Cristo, ou a Boa Nova por ele proposta, como alimento definitivo de nossas almas. Condição esta confirmada por ele mesmo quando mais adiante nos afirma: “Eu sou o pão da vida.” Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. O nascimento de Jesus representa o início de uma nova era em que a justiça se converte em amor e fraternidade pura, através de sua exemplificação, meta essa a ser alicerçada em nossos corações. Antes era o homem biológico, depois o homem espiritual. Somos filhos do Criador e d´Ele recebemos como herança todos os Seus atributos de amor. E, para tomarmos posse dessa herança vamos seguir esta estrela, que é o Evangelho, para encontrar Jesus, descobrindo, assim, nossos próprios tesouros, para render-lhe homenagens, trazendo o Cristo no coração e na mente. As lições do seu Evangelho nos convidam ao grande esforço de cooperação e de doação no bem, ao qual devemos aderir voluntariamente, sem falsas expectativas, mas conscientes do trabalho que nos cabe realizar.
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Alcançando a liberdade Marcia Ribeiro Prasinos lcançando: alcançar, chegar a, encontrar ou tocar, atingir, vencer, conseguir o que se
pretende. Liberdade: estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. Poder de exercer livremente a sua vontade. Condição do ser que não vive em cativeiro. Isenção de todas as restrições, exceto as prescritas pelos direitos legais de outrem. Independência, autonomia. Livre-arbítrio – “Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” (Gênesis-1:26). Ao contrário dos animais, que basicamente agem por instinto, nós somos um reflexo de nosso Criador no sentido de que somos capazes de demonstrar qualidades como amor e justiça. E, assim como ele, nós temos livre-arbítrio. O poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer seguir. A expressão é utilizada por diversas religiões, como o catolicismo, o budismo, o espiritismo etc. O real significado de livre-arbítrio tem sentidos religiosos, psicológicos, morais e científicos. Para algumas pessoas, livre-arbítrio, significa ter liberdade, que muitas vezes confundem com desrespeito e falta de educação. Cada um realmente tem direito de fazer o que quiser com sua vida e escolher qual caminho quer seguir, desde que não prejudique ninguém. Livre-Arbítrio (De Libero Arbítrio) foi uma obra da autoria de Santo Agostinho. Este livro, que tem data de 395 d.C., foi escrito na
forma de diálogo do autor com o seu amigo Evódio. Nesta obra, Santo Agostinho elabora algumas teses a respeito da liberdade humana e aborda a origem do mal moral. Muitas vezes a expressão livre-arbítrio, tem o mesmo significado que a palavra liberdade. No entanto, Santo Agostinho diferenciou claramente esses dois conceitos. O livre-arbítrio é a possibilidade de escolher entre o bem e o mal; enquanto que a liberdade é o bom uso do livre-arbítrio. Isso significa que nem sempre o homem é livre quando põe em uso o livre-arbítrio, depende sempre de como usa essa característica. Assim, o livre-arbítrio está mais relacionado com a vontade. Porém, uma distinção entre os dois é que a vontade é um ato ou ação, enquanto que o livre-arbítrio é uma faculdade. Os espíritas acreditam que toda ação tem uma reação. Para eles, o livre-arbítrio vai depender do quanto o Espírito é evoluído moralmente e intelectualmente. Para o espiritismo, o livre-arbítrio é válido quando ele proporcionar um aprendizado, uma evolução. Já para a filosofia, o livre-arbítrio tem origem no “Determinismo”, que defende que todos os acontecimentos são causados por fatos anteriores. Para a ciência da filosofia,
vive em conjunto? O livre-arbítrio é um presente valioso de Deus, porque nos permite escolher amá-lo de ‘todo o coração’.
o indivíduo faz exatamente aquilo que tinha de fazer, seus atos são inerentes a sua vontade, e ocorrem com a força de outras causas, internas ou externas. Kardec em O Livro dos Espíritos, questão 825, pergunta: “Haverá no mundo posições em que o homem possa jactar-se de gozar de absoluta liberdade?” “Não, porque todos precisam uns dos outros, assim os pequenos como os grandes.” Liberdade é um ponto de difícil entendimento, na interpretação das leis naturais. O homem não pode ser livre, do modo que pensa ser; toda liberdade é relativa aos Espíritos, de conformidade com a sua evolução espiritual. Ninguém pode proclamar ante os seus irmãos de ter plena liberdade, porque ninguém pode viver só; uns precisam dos outros e todos de Deus. Como, desse modo se pode achar que se é livre, e de que não precisa dos irmãos, quando se
Liberdade Natural Todos têm uma liberdade natural. Entretanto, juntamente com ela deve haver o respeito às criaturas, nossas irmãs, e aos nossos deveres para com elas. Ultrapassar os limites - até onde podemos ir - é violência aos que nos cercam e que nos ajudam a viver. Como podem os grandes viver sem os pequenos e os pequenos sem os grandes, se todos fazem parte de um todo? Somos muito infantis para entender verdadeiramente todas as leis criadas por Deus. Convém estudar o que suportamos agora e confiar em Jesus, que ele, pelo Seu amor ao rebanho, faz descer a revelação quando estivermos preparados para tais eventos de luz. Vangloriar-se de fazer o que se quer, pela posição que ocupada, quando no mundo, é ignorância, pois somente Deus tem total liberdade. Devemos saber que Deus sempre está a favor da educação dos Seus filhos, desperta os valores que todos carregam no coração. Sempre queremos demais, almejamos o que não merecemos e quase sempre nos envaidecemos com aquilo que não nos pertence. Somente chegando à maturidade espiritual é que entregamos ao Senhor todos os nossos sentimentos e pensamos com Jesus, pedindo a Ele que faça em nós a Sua vontade e não os nossos desejos. Não há ninguém no mundo que pode ostentar que goza da liberdade absoluta. Li-
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berdade absoluta, somente Deus, o Criador. O ser, com o tempo e a purificação dos sentimentos, irá despertar dos dons de vida, gozar da tranquilidade de consciência e “viver em pleno céu”, descobrindo esse paraíso dentro de si. A liberdade natural não é liberdade total; a primeira (Liberdade natural) é bênção de Deus para a alegria e a esperança dos Seus filhos, portanto estamos seguros n’Aquele que é o princípio e a vida de todas as criaturas. Que Jesus nos bendiga para entendermos melhor as leis que podemos assimilar. Leon Denis cita que “a vida é uma vibração imensa que enche o universo e cujo foco está em Deus. Cada alma, centelha destacada do foco divino, torna-se, por sua vez, um foco de vibrações que irão variar, aumentar de amplitude e de intensidade de acordo com o grau de elevação do ser. Toda alma tem, portanto, sua vibração particular e diferente, seu movimento próprio, seu ritmo e a representação exata de seu poder dinâmico, de seu valor intelectual, de sua elevação moral em liberdade. As almas que vibram uníssonas reconhecem-se e chamam-se através do espaço; daí as atrações, as simpatias, a amizade, o amor! Os artistas, os sensitivos, os seres delicadamente harmonizados conhecem essa lei e sentem seus efeitos. A alma superior é uma vibração na posse de todas as suas harmonias. A entidade psíquica penetra com suas vibrações todo o seu organismo fluídico, o perispírito, que é sua forma e sua imagem, a reprodução exata de sua harmonia pessoal e de sua luz. Pela encarnação essas vibrações irão reduzir-se, amortecer-se sob o invólucro carnal. O foco interior poderá projetar ape-
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nas uma radiação enfraquecida e não contínua. Entretanto, no sono, no sonambulismo, no êxtase, desde que seja aberta para a alma uma saída do envoltório de matéria, o corpo físico, que a oprime e priva, restabelece a corrente vibratória e o foco retoma toda a sua atividade. O espírito novamente se encontra em seus estados anteriores de poder e liberdade. Tudo o que estava adormecido acorda; suas inúmeras vidas se reconstituem, não apenas com os tesouros de seu pensamento, recordações e aquisições, mas também com todas as sensações, alegrias e dores registradas em seu corpo fluídico. Essa é a razão pela qual a alma, no transe, vibrando as recordações do passado, afirma suas existências anteriores e reata a cadeia misteriosa de suas transmigrações. Os menores detalhes de nossa vida registram-se em nós e deixam traços perpétuos. Pensamentos, desejos, paixões, atos bons ou maus, tudo fica fixado, tudo fica gravado em nós. Durante o curso normal da vida, essas lembranças se acumulam em camadas sucessivas, e as mais recentes acabam por apagar, pelo menos aparentemente, as mais antigas. Parece que esquecemos aqueles mil detalhes de nossa
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existência dissipada. Entretanto, basta, nas experiências hipnóticas, evocar os tempos passados e levar de novo o indivíduo, pela vontade, a uma época anterior de sua vida, na mocidade ou no estado de infância, para que essas recordações reapareçam em massa. O indivíduo revive seu passado, não apenas com o estado de alma e a associação de ideias que ele tinha nessa época – ideias às vezes bem diferentes daquelas que professa atualmente, com seus gostos, hábitos e linguagem, mas também reconstituindo automaticamente toda a série de fenômenos físicos contemporâneos daquela época. Isso nos leva a reconhecer que há uma correspondência íntima entre a individualidade psíquica e o estado orgânico. Cada estado mental é associado a um estado fisiológico; a evocação de um, na memória dos indivíduos, traz imediatamente a reaparição do outro. (Denis, Léon – O Problema do Ser, do Destino e da Dor. Cap. VIII – Estados vibratórios da alma – A memória.) Jesus aproveita esta potência da alma, ensina: Não julgueis, a fim de não serdes julgados; porquanto sereis julgados conforme houverdes
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julgado os outros; aplicar-se–a convosco a mesma medida de que vos tenham usado para com os outros. (Mateus, 7:1 e 2.) “Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”, disse Jesus. Essa sentença faz da indulgência um dever para nós, porque ninguém há que não necessite de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de julgar alguém por uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. Com a criação deste mecanismo de responsabilidade íntima quanto às situações vividas, o homem alcança as regiões do livre-arbítrio, da vontade realizadora e liberta-se do jugo pesado e do fardo atroz da obrigatoriedade fatalista de viver em um mundo de infelicidade. Ele se percebe construtor, Homo Faber e Homo Sapiens, tecendo considerações novas em sua mente e galgando novos patamares em sua existência. É-lhe possível, assim, compreender os erros alheios a partir da compreensão de seus próprios erros. Percebe que a indulgência é um mecanismo que lhe facilita a vida e lhe felicita a alma, percebe-a como criadora de campos de vida, de oportunidades de refazimento e de recomeços. Percebe na prática do perdão um intenso manancial de bênçãos e de vida. Uma nova era tem início em sua história. E a liberdade será exercida com responsabilidade conforme a Lei divina determina. Assim o Ser alcança finalmente a liberdade: não julgar, agir com misericórdia, que é igual a amar de todo o coração, de toda a alma e de todo entendimento, de todas as próprias forças...
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Jesus ressuscitou Lázaro no mesmo corpo?
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essurreição (em lat i m : re s u r re c t i o , em grego: anastasis) significa literalmente “levantar; erguer”. O seu significado literal é voltar à vida; Letargia (do latim lethargia: lethe — esquecimento e argia — inação) é a perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica, dando ao corpo a aparência de morte. A Ressurreição de Lázaro é um dos milagres atribuídos a Jesus, conforme João 11:1-46, no qual Jesus ressuscita Lázaro de Betânia de volta à vida, depois de quatro dias de sepultamento. A ressurreição inicia uma sequência de eventos que levará à crucificação de Jesus, e consequentemente revelar a glória de Deus. Espírito Conforme Allan Kardec: “40. A ressurreição de Lázaro, digam o que disserem, de nenhum modo infirma este princípio”. Ele estava, dizem, havia quatro dias no sepulcro; sabe-se, porém, que há letargias que duram oito dias e até mais. Acrescentam que já cheirava mal, o que é sinal de decomposição. Esta alegação também nada prova, dado que em certos indivíduos há decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte, havendo em tal caso cheiro de podridão. A morte só se verifica quando são atacados os órgãos essenciais à vida. E quem podia saber que Lázaro já cheirava mal? Foi sua
Albertina A. Veigas Corceiro irmã Maria quem o disse. Mas, como o sabia ela? Por haver já quatro dias que Lázaro fora sepultado, ela o supunha; nenhuma certeza, entretanto, podia ter.” (A Gênese, Cap. XlV, nº 29.). Os fatos que o Evangelho relata e que foram até hoje considerados milagrosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma. (A Gênese, capítulo XV, item 1). O princípio dos fenômenos psíquicos repousa nas propriedades do fluido perispiritual, que constitui o agente magnético. Jesus não veio derrogar as leis da natureza, mas pelo fenômeno da dupla vista, sabia que Lázaro não estava morto. A natureza do Cristo, não impedia de ressuscitar Lázaro, mas não iria contrariar uma ordem natural estabelecida por Deus, que criou leis perfeitas. Na morte do corpo físico há o desligamento dos laços que prendem ao perispírito, portanto, sendo impossível a volta do EspíritoEspírito ao corpo. Espírito Na passagem de Lázaro, no Evangelho de João, Marta interroga a Jesus de maneira impaciente “se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Uma atitude egoísta, porque Jesus deveria largar tudo e socorrê-los. Se ele demorou, porque sabia que Lázaro não estava morto, desta forma, poderia atender outras pessoas que também neces-
A mulher sunamita (2Reis 4.32-37) • O homem que foi encostado nos ossos de Eliseu (2Reis 13.2021) •
No Novo Testamento: • O filho duma viúva (Lucas 7.11-15) • A filha do Jairo (Lucas 8.4142; 49-55). • Lázaro (João 11.1-44) • Muitos santos que haviam morrido, depois da morte de Jesus (Mateus 27.52). • Jesus (Mateus 28.1-8) • Tabita (Atos 9.36-43) • Êutico, o jovem que dormiu e morreu durante o sermão de Paulo! (Atos (20.9-10) sitavam de seus cuidados. Jesus chorou, mas será que o choro não teria sido pelo desespero e falta de confiança, ou mesmo, da entrega de Lázaro em querer desistir de viver? Jesus disse que: “Não são doze as horas do dia? Se alguém anda durante o dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo, se alguém anda durante a noite, tropeça, porque nele não há luz.”. Quem anda na luz não tropeça, mas, quem anda durante a noite tropeça, o que significa a preferência pelas coisas mundanas, os desvios morais, ao invés das preocupações com o Espírito. Temos vários relados na Bíblia fazendo referências a ressurreição: No Antigo Testamento: • O filho da viúva (1Reis 17.17-24)
E vários casos de emancipação da alma (viagem astral) como de Paulo e João Evangelista: O 3° Céu do Apóstolo Paulo de Tarso: “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu”. (Coríntios 12,2) “... e me transportou em espírito até uma grande e elevada montanha, e me mostrou a Santa Cidade, Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus”. (Apocalipse 21,10) Conforme Platão, no Livro A República, Livro X, de 614b a 621b, ele narra o “Mito de Er”. É um relato transmitido oralmente, de alguém que retornou do Hades (mundo dos mortos). O médium Francisco Cândido
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Xavier era conduzido caminho a ser trilhado pelo seu guia espiriaté chegar ao estado de tual, Emmanuel, com Espírito puro. A pedra frequência, e visitava é o bloqueio, a falta de lugares no mundo escoragem de prosseguir. piritual de forma lúJesus deu uma nova cida, inclusive relata oportunidade para o a sua visita à Cidade amigo, e talvez a entreEspiritual Nosso Lar. ga pela letargia ou caAssim como o relato talepsia provocasse em de vários médiuns, que Lázaro uma vontade de ao acordar, descrevem desencarnar. A médium o que viram. Yvone do Amaral PeConforme Bezerra reira, portadora desta de Menezes: faculdade de catalepDoutor Bezerra de sia, conseguia um estaMenezes argumenta, do de lucidez, também em uma mensagem que conhecida como viaconsta do livro Recorgem astral. A viagem dações da Mediunidaastral é muito comum de de Yvonne Pereira: desde a antiguidade, e “A catalepsia, tal muitas pessoas tentam como a letargia, não é desenvolvê-la, mas que uma enfermidade físipode levar a um estado ca, mas uma faculdade cataléptico, e pode ser Ressurreição de Lázaro. 1889-90. Por Van Gogh, atualmente no Museu Van Gogh, em Amsterdã. que, como qualquer perigoso, se a pessoa outra faculdade menão estiver preparada dianímica, mal orientada se torna A intervenção de Jesus para des“A catalepsia e a letargia, tam- moralmente. Neste sentido, o alerta prejudicial ao seu possuidor.”. pertar Lázaro foi providencial, já bém poderão ser exploradas pela Dr. Bezerra de Menezes para os “Dos casos citados nos Evange- que se tratava de uma catalepsia ou mistificação e pela obsessão de processos obsessivos. lhos cristãos, todavia, destaca-se o letargia, pois sabia que o amigo não inimigos e perseguidores invisí“Um distúrbio vibratório podede Lázaro pela sua estranha par- estava morto. Pode ser também, que veis, degenerando então em um rá ter várias causas, e uma delas ticularidade. Aí vemos um estado Lázaro estivesse passando por uma estado mórbido do Perispírito, será o próprio suicídio em passacataléptico superagudo, porque experiência mística, mas pela fra- tendência viciosa das vibrações da existência”. Um distúrbio viespontâneo, relaxamento dos elos queza do seu corpo, ou mesmo pela perispirituais (...)” (Recordações bratório agudo poderá ocasionar vitais pela depressão causada por vontade da libertação, não voltou, e da Mediunidade, de Yvonne A. um estado patológico, um transe uma enfermidade, fato patológi- somente com a intervenção de Jesus Pereira, pp 11 a 22). cataléptico (queda de vibrações co, portanto, provando o desejo para reanimá-lo. O magnetismo de Conforme Dr. Bezerra de Mene- e, portanto, distúrbio vibratório). incontido que o Espírito encar- Jesus foi fundamental para retirá-lo zes, Jesus pode ter interferido no “O alcoólatra poderá renascer nado tinha de deixar a matéria desta condição e animá-lo com o processo da ressurreição de Lázaro, predisposto à catalepsia porque para alçar-se ao infinito, e onde o fluido vital. não somente para provar que era o o álcool lhe viciou as vibrações, próprio fluido vital, que anima os A intervenção de Jesus dá a enviado de Deus, mas também, para anestesiando-as, o mesmo aconorganismos vivos, se encontrava Lázaro uma segunda chance de livrá-lo de processos obsessivos tecendo aos viciados em entorpequase totalmente extinto” repensar suas atitudes de desânimo após seu desencarne. Quando não centes, todos considerados suiciConforme Bezerra de Menezes, e aproveitar a existência, conforme há vontade de viver, as vibrações das pelos códigos da Criação.” Lázaro foi acometido por uma en- sua programação reencarnatória. negativas da tristeza podem favore- (Recordações da Mediunidade, fermidade que culminou em uma O desânimo é sempre uma porta cer o assédio de entidades enfermas psicografado por Yvone Pereira). depressão. A depressão é um fato aberta para os processos obsessivos e perturbadoras. O suicídio consciente ou indireto que leva o ser a uma perda da von- e para depressão. A pedra entre Lázaro e Jesus são são formas de fuga da vida física. tade de viver. Conforme Bezerra de Menezes: os obstáculos, entre o homem e o O indireto está relacionado a vários
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fatores como os vícios físicos e morais, mas também, o desânimo pela vida. No caso do suicídio, conforme Bezerra de Menezes, causa um distúrbio vibratório no períspirito que se refletirá em existência futura, podendo facilitar o estado cataléptico ou letárgico. Conforme Emmanuel: “O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os trabalhadores da Terra”. [...] Lázaro não podia ser feliz tão só por revestir-se novamente da carne perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o Espírito alcança do Mestre Divino a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos... exonerado da angústia, do remorso, do medo... A sensação do túmulo de
impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto...” (Livro Caminho Verdade e Vida, mensagem 112, psicografada por Francisco Cândido Xavier). A renovação de Lázaro é a proposta de renovação para a humanidade inteira. A existência na Terra é sempre oportunidade de ascensão espiritual. Aproveitar a reencarnação até o último momento pode ser a libertação dos grilhões do passado. Lázaro recebeu uma ordem de Jesus para despertar, não somente do corpo, mas o despertar para novas oportunidades oferecidas pela existência. O retirar a pedra e revitalizá-lo, não somente de energias curadoras, mas principalmente de luz espiritual. Conforme Bezerra de Menezes: “Os letárgicos e os catalépticos, geralmente, veem tudo que se passa ao seu redor e o que se diz e faz,
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sem que possam exprimir o que estão vendo e ouvindo, pois percebe tudo isto pelo Espírito, que tem consciência de si, mas não pode se comunicar”. A letargia e a catalepsia são dois tipos de fenômenos de emancipação do Espírito em relação ao seu corpo físico.” (Recordações da Mediunidade, psicografado por Yvone Pereira). O sepulcro significa a sombra dos erros, do desânimo, da falta de fé, dos desvios morais, da falta de coragem para caminhar em direção à luz. O Cristo devolveu a Lázaro o poder da visão espiritual, de novas possibilidades de crescimento moral. A passagem é uma mensagem para a humanidade sair do sepulcro milenar e despertar para a renovação interior, para novos caminhos de ascensão espiritual. A existência na Terra é oportunidade de evolução moral e inte-
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lectual. Aproveitá-la é administrar os talentos que Deus nos confiou. A maior decepção do Espírito é desencarnar e perceber o tempo perdido, o arrependimento de não ter feito o que se propôs a fazer, antes de reencarnar. A lição de Lázaro é para sairmos da zona de conforto e aproveitar o tempo que nos resta na Terra. Os últimos segundos de um homem pode ser o momento de iluminação, de libertação da culpa, de reflexão, do pedido de perdão, etc. A mensagem mais importante de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo se morrer, viverá. 11: 26 E todo o que vive e crê em mim não morrerá, por todo o sempre”. A ressurreição para uma nova proposta de vida, a iluminação interior, o despertar da consciência, crendo em seu Evangelho como roteiro de luz.
Codificação Espírita ALLAN KARDEC OBRAS DO AUTOR PARA ESTUDOS FILO CIENTÍFICOS E REL SÓFICOS, IGIOSO DA DOUTRI NA ESPÍRITA I - O LIVRO DOS ESPÍR
ALLAN KARDEC , ESTUDOS FILOSÓFICOS OBRAS DO AUTOR PARA O DA DOUTRINA ESPÍRITA CIENTÍFICOS E RELIGIOS
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Com capas novas e totalmente revisados.
ITOS .............................. II - REVISTA ESPÍR ........................................ ITA .............................. .................. 1857 ........................................ III - REVISTA ESPÍR ............................ 1858 ITA .............................. ........................................ IV - REVISTA ESPÍR ........................... 1859 ITA .............................. ........................................ V - O LIVRO DOS MÉDIUNS .................... ........................... 1860 ........................................ VI - REVISTA ESPÍR ............................. 1861 ITA .............................. ........................................ VII - REVISTA ESPÍR ........................... 1861 ITA VIII - REVISTA ESPÍR ...................................................................... .......................... 1862 ITA .............................. ........................................ IX - O EVANGELH O SEGUNDO O ESPIR ........................ 1863 ITISMO.................... X - REVISTA ESPÍR ................................ 1864 ITA.............................. ........................................ XI - O CÉU E O INFE ............................. 1864 RNO .............................. ........................................ XII - REVISTA ESPÍR ITA.............................. ........................ 1865 ........................................ XIII - REVISTA ESPÍR .......................... 1865 ITA .............................. ........................................ XIV - REVISTA ESPÍR ........................ 1866 ITA .............................. ........................................ XV - REVISTA ESPÍR ITA ........................ 1867 XVI - A GÊNESE .......... ...................................................................... .......................... 1868 ........................................ XVII - REVISTA ESPÍR ........................................ ITA.............................. ..................... 1868 XVIII - INICIAÇÃO ........................................ ESPÍRITA .................... ....................... 1869 ........................................ XIX - OBRAS PÓST UMAS .............................. .......................... 1869 ........................................ ........................ 1890
.................................... 1857 .................................................... I - O LIVRO DOS ESPÍRITOS ................................. 1858 .................................................... ...... 1859 II - REVISTA ESPÍRITA ............. .................................................... ............. ............. ............. TA ...... 1860 III - REVISTA ESPÍRI .................................................... ............. ............. ............. TA 1861 IV - REVISTA ESPÍRI .................................................. ............. ............. ............. NS V - O LIVRO DOS MÉDIU ............................................. 1861 ............. ............. ............. VI - REVISTA ESPÍRITA ............. ............................................ 1862 .................................................... ............................. 1863 VII - REVISTA ESPÍRITA ............. ............. ............. .......................... VIII - REVISTA ESPÍRITA ....................................... 1864 DO O ESPIRITISMO............. IX - O EVANGELHO SEGUN .................................. 1864 .................................................... X - REVISTA ESPÍRITA............. .......................................... 1865 .................................................... ............................... 1865 XI - O CÉU E O INFERNO ............. .................................................... XII - REVISTA ESPÍRITA .......................................... 1866 .................................................... ............................. 1867 XIII - REVISTA ESPÍRITA .................................................... ............. TA ESPÍRI A REVIST XIV ............................................ 1868 .................................................... .................... 1868 XV - REVISTA ESPÍRITA .................................................... ............. ............. ............. E XVI - A GÊNES ......................................... 1869 .................................................... 1869 XVII - REVISTA ESPÍRITA ............................................... ............. ............. ............. TA XVIII - INICIAÇÃO ESPÍRI .......................................... 1890 .................................................... XIX - OBRAS PÓSTUMAS
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Palavras da Presidente Pág. 02
O natal na visão espírita Pág. 04
e Amor, caridad e o verdadeiro Espírita. Pág. 14
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ais, filhos e o futuro é um tema que atinge a todos nós, independentemente da idade que tenhamos e nos faz lembrar o médico inglês, Ronald Gibson, que ao iniciar uma de suas conferências cita quatro frases:
1°- “A nossa juventude adora luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus.” Sócrates filósofo grego (470-399 a.C.) 2º- “Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível.” Hesíodo poeta grego (720 a.C.) 3º- “Nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.” (Um sacerdote de 2000 a.C.) 4º- “Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente... A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.” (Estava escrita num vaso de argila nas ruínas da Babilónia, hoje Bagdá, e tem mais de 4000 anos, autor desconhecido) Mas, como diria Gonzaguinha, eu acredito é na rapaziada....
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Pais, filhos e o futuro Celisa Maria Germano Assim como vimos, este conflito de gerações e valores não é um privilégio dos tempos modernos em que vivemos, por isso proponho ampliar nossa perspectiva sobre o assunto, Pais e Filhos, Filhos e Pais e onde tudo começa: no lar. Ao nascer, o filho não traz um manual de educação; cabe, portanto, aos pais, a grande responsabilidade da educação ética e moral desta criança. Jean-Jaques Rousseau, (17121778) filósofo suíço, dizia: “A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.”. Portanto, o que seria educar? Educar vem do latim educare: 1. Promover educação 2. Transmitir conhecimento, instruir 3. Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança, ou seja, preparar o indivíduo para o futuro. Ser pai e ser mãe é muito fácil do ponto de vista biológico. Ser pai e ser mãe como Espíritos conscientes, condutores da educação, é muito diferente. A responsabilidade em ser mãe é muito grande, pois está associada à parte divina, são os laços da família fortalecidos pela reencarnação. Segundo fontes de estudos de pediatras da USP, UNICAMP, UNIP o útero é a matriz emocio-
nal. No segundo mês de gestação, o embrião já percebe o humor da mãe, no quarto mês reage a sons e toques, no sexto percebe o que acontece ao seu redor, pois os fetos possuem a capacidade de estesia, (aísthesis gr – sensação), a sensibilidade mental, emocional e espiritual, que é a facilidade de perceber e captar informações, sobre as mudanças no meio externo e interno e a elas reagir através das sensações. Quais as sensações que queremos transmitir aos nossos filhos? Depende de nós! Alegria ou tristeza? Amor ou rancor? Segurança ou insegurança? A escolha é nossa! Também vamos encontrar nos estudos de Enrique Pichon Rivière, (1907-1997), psiquiatra e psicanalista suíço, em seu trabalho de como nos tornamos pessoas, ele divide o processo em cinco ambientes para a formação do Ser: 1º- ambiente: o útero (primeiras experiências emocionais);
2º- ambiente: a família, o lar (vivenciar com a família valores morais e éticos); 3º- ambiente: o primeiro social (vizinhos, amigos, começa a ampliar seus conhecimentos. Mas tudo começa no lar); 4º- ambiente: a escola (papel da escola é permitir acesso a novos conhecimentos e experiências); 5º- ambiente: o mundo (como meio social, econômico, e político); Como estamos vendo, a tarefa educar é ajudar o outro a evoluir. Semear, despertar, desenvolver, estimular, exemplificar, amar. A criança é a semente que Deus nos confia, cujo crescimento sadio, cabe a nós. Portanto, sua educação permeia todos. Somos todos educadores. Educar é tarefa complexa. O que ensinar? Como ensinar? Para que ensinar? É preciso dizer não! Impor limites! O não também é amor! Pesquisas mostram que o desenvolvimento educacional tem forte relação com a família e a comunidade. Quando os pais acompanham o estudo dos filhos, melhoram a chances de aprendizado. O processo pedagógico precisa da parceria Escola & Pais, pois nas últimas décadas, a sociedade mudou, valores éticos e morais se transformaram e os pais ficaram inseguros com a relação à formação dos seus filhos. Grandes transformações marcaram o século XX: na ciência, na medicina, na tecnologia. Surgem como cultura de massa, primeiro o rádio, depois a TV, revolucionando costumes, valores,
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atitudes. E o século XXI? A era da Internet, ao invés de um meio de comunicação de massa, passa a ser uma rede mundial da qual todos participam e onde todos geram conteúdo e já está na maioria dos lares. Crianças de todas as idades interagem através de aplicativos. Os blogs, sinônimo de qualquer registro ou diário, onde elas podem declarar quem são, o que querem e o que pensam, tudo com apenas um clic. Pais, filhos e o futuro. Século XXI, educação terceirizada. Conflito entre Ter ou Ser. Passaram para terceiros a responsabilidade da formação dos filhos, esquecendo os compromissos assumidos. Resultado, filhos carentes, mal-educados, sem limites, valores equivocados, cuja formação fica poluída, mesclada, deteriorada, sem imagem. Passa a ser uma presa do consumismo e sem perceber é consumido.
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Crise de valores. Valores em conflitos. Sensação de impotência dos pais. Educar não precisa ser tarefa para superpais ou supermães, precisa de valores afetivos. Nos pais a formação, na escola a informação, na vida a aplicação. Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) educador, professor de Allan Kardec, dizia: “A escola deve ser a continuação do lar. É no lar que se encontra o fundamento de toda cultura verdadeiramente humana e social.” O conhecimento é para o homem um tesouro inesgotável. O conhecimento liberta. É um processo cumulativo e gradual. É feito degrau por degrau, não pula etapas e exige disciplina. Tudo num crescente, nada acontece num clic. Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, em seu livro, Obras Póstumas, diz: “...é pela educação mais do que pela instrução que se transformará a humanidade.” Pais, se faz necessário humildade e paciência, firmeza e energia. Rever nossos conceitos e reavaliar nossos valores. Reencantar o fazer educacional. No Mestre dos mestres, Jesus, temos o exemplo máximo de modelo moral, de mestre da Humanidade, de pedagogo da nossa educação espiritual e professor das almas matriculadas na Terra. Da antiguidade à atualidade o caminho para a verdadeira Educação está alicerçado no Amor. Lembremos Pitágoras (580-497 a.C.) matemático e filósofo grego: “Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” Mais do que nunca essa assertiva é válida para os dias de hoje. Pais, a criança é a semente do futuro que Deus nos confiou, mas ninguém colherá frutos melhores, sem os adubos da educação.
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Atendimento diário na FEESP sede Maria Paula A FEESP está aberta de 2ª a sábado, das 8h às 21h30. Procure o DEPOE (Departamento de Orientação Espiritual) e você será atendido gratuitamente. Aos domingos a FEESP está aberta das 8h às 17h, com palestras públicas ou eventos e assistência espiritual
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Local: Auditório Bezerra de Menezes Rua Maria Paula, 140 Bela Vista - SP
Dia 30 de Abril 2 SESSÕES Sábado 15h e 18h
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Encontro Março|Abril de 2016
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AIJM - 16º ENCONTRO DE EDUCADORES ESPÍRITAS – 2016
MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS E JOVENS
O
16º Encontro de Educadores Espíritas da FEESP, realizado desde 2001 pela Área de Infância, Juventude e Mocidade (A.I.J.M.), aconteceu nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2016, com palestras e atividades pedagógicas durante todo o sábado e o domingo, preparadas com o objetivo de oferecer diretrizes para a aplicação da Educação Espírita para a Infância e Juventude, instrumentalizando os Educadores presentes, da FEESP e das Casas Espíritas, através do método construtivista e da utilização de material concreto para aulas práticas e dinâmicas, bem como de didáticas específicas para cada faixa etária. O tema deste ano, “Mediunidade nas Crianças e Jovens”, segundo Vera Lucia Leite, diretora da A.I.J.M., foi escolhido tanto em homenagem aos 155 anos de O Livro dos Médiuns, quanto pela necessidade de se abordar e esclarecer essa questão, com a qual os educadores espíritas se deparam frequentemente, não apenas nas tarefas da educação espírita, mas também nas vivências familiares, profissionais e sociais. Todas as atividades, bem como a decoração e os trabalhos apresentados, mantiveram o foco no tema. Assim, ao adentrar o saguão no térreo da sede da FEESP, à Rua Maria Paula, 140, os participantes foram surpreendidos por uma exposição com painéis e áudio, em homenagem a Chico Xavier, Dival-
Cristhine Almeida
do Pereira Franco e Ivonne Pereira, que desde a infância apresentaram a mediunidade bastante desenvolvida. Além disso, havia também uma belíssima réplica “do quintal” da casa de Chico, quando ele era criança, com esculturas da educadora da A.I. J.M., Isamara Vieira, que retratou os únicos momentos de paz do Chico, ainda menino, quando ele residia
com a madrinha, mas conversava com o Espírito de sua mãe, Maria João de Deus, já desencarnada, e recebia da genitora consolo e carinho, sob a sombra de uma árvore frutífera, nos fundos da casa. No salão nobre Dr. Bezerra de Menezes, o evento foi iniciado com um breve vídeo, preparado especialmente para essa ocasião, retratando as experiências desses três médiuns admiráveis, cujos exemplos de vida refletem os ensinamentos de Jesus, a responsabilidade e o compromisso com a mediunidade. Nos dois dias do Encontro, o público presente pode desfrutar de
duas palestras repletas de ensinamentos, pautadas na codificação e nas atividades desenvolvidas na FEESP: “MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS E JOVENS” e “AS ASSISTÊNCIAS ESPIRITUAIS PARA CRIANÇAS E JOVENS NA FEESP”, proferidas respectivamente, no sábado pela expositora Maria de Cássia Anselmo, ex-diretora da A.I.J.M. e da Área de Assistência Espiritual, e no domingo, pela expositora, escritora e atual diretora da Área de Assistência Espiritual, Vera Milano e equipe. Ambas, trouxeram aos educadores, e ao público presente, uma contribuição valiosa no que se refere aos temas desenvolvidos, promovendo grande interesse na plateia. Quanto às oficinas pedagógicas
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e práticas para a sala de aula, os educadores puderam participar da elaboração de duas aulas completas, preparadas segundo o plano de aula e os livros das Edições FEESP, utilizados nas salas de Educação Espírita da A.I.J.M.. No sábado, com o tema ALMA, PERISPÍRITO E CORPO FÍSICO, do Livro Brincando e Aprendendo o Espiritismo, volume 4 e no domingo, com o tema O POSSESSO DE CAFARNAUM, do livro Jesus já falava no Espiritismo, volume 2. Em ambos os trabalhos, os participantes foram orientados passo a
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passo, pelos educadores da A.I.J.M., que com muita dedicação e empenho compartilharam suas vivências e experiências, ensinando os grupos com muito afeto e atenção. O Encontro apresentou também aos educadores duas oficinas muito interessantes e essenciais para a aplicação das aulas: A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS, com as pedagogas e contadoras de histórias Simone Jarcovis e Fátima Simões, que envolveram os presentes com grande estímulo e alegria, e, para finalizar houve a oficina de RECURSOS PEDAGÓGICOS, com a
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construção e aplicação das técnicas do Teatro de Varas, Varal e Painel revelador, materiais que quando construídos e utilizados, tornam as aulas mais interessantes e lúdicas. Durante os dois dias, o Encontro proporcionou também, ao público, o acesso à livraria da FEESP, sorteios de livros e telas, almoço servido no restaurante que fica no mezanino, promovendo assim uma grande integração entre todos. Enfim, através da união de esforços dos educadores e coordenadores da A.I.J.M., sob direção da diretora Vera Lucia Leite, o Encontro atingiu
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o objetivo geral de proporcionar aos participantes uma reciclagem de metodologia e estratégias específicas para a preparação e aplicação de aulas de educação espírita, ressaltando a importância e a seriedade de educar os Espíritos que chegam à Terra, à luz da doutrina espírita, com comprometimento e seriedade, pois realizando essa tarefa na infância, desde bem cedo estamos garantindo a educação verdadeira que traz o aprendizado pautado nos verdadeiros valores: os valores morais e espirituais, para a formação integral do ser.
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Carta de agradecimento pela Campanha de Brinquedos Dezembro de 2015
Q
ueridos irmãos espíritas, Talvez não existam palavras sufi cientes e significativas o bastante, que me permitam agrade cer a todos com o devido merecimento. Por iniciativa da nossa querida Silv ia Puglia (Diretora da Área de Divulgação), tivemos a oportunida de de organizar em 2015 a “Camp anha dos Brinquedos de Natal”, para nos sas crianças da Assistência Social da FEESP. Levamos não apenas brin quedos, mas alegria, atenção, esp era nça e o nosso carinho para as ma is de 79 crianças da creche Bez erra de Menezes, 98 crianças da creche Me imei, 48 crianças do Projeto Fab ianinho da subsede Casa Transitória Fabiano de Cristo (Belém). As meninas ganharam bonecas que falam e os meninos carrinhos de fricção. Todos novos e embalado s. As famílias ainda puderam gan har também roupas novas, doces e itens para higiene pessoal. A aju da e apoio de todos foram de valor ine stimável, porque tudo estava imp regnado com o carinho e amor. Sabemos que grande parte da col aboração foi realizada pelo Conse lho Deliberativo da nossa FEESP que abraçou a campanha. Só gratidão é pouco... Obrigada por acreditar nos projetos sociais da FEESP. Gostaríamos de poder contar sem pre com o apoio e auxílio de tod os nas próximas campanhas. De min ha parte, podem contar com o esf orç o e dedicação em todo o trabalho para a edificação do bem e do am or ao próximo. Que o Senhor da Vida abençoe a todos! Fraternalmente, Diretora da Área de Assistência
Zulmira Hassesian Presidente da FEESP
Nancy Cesar Social da FEESP
Nancy Cesar Raymundo Diretora da Área de Assistência Social da FEESP
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No site WWW.tvaberta.TV.br ao vivo às 12h! Os programas já apresentados encontram-se no Portal da FEESP. www.feesp.org.br ou no YouTube www.youtube.com/umsentidoparasuavida Novidade: Toda sexta-feira, às 20:00, o programa estará disponível também no portal da FEESP.