ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO
FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936
Jornal Espírita Fevereiro de 2015 - Nº 446 - Ano XXXV - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
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“Os mansos possuirão a Terra”... - Jesus Terrorismo Editorial Página 2
O fim dos tempos Página 6
O joio e o trigo Palestra Página 9
Conheça a história do Carnaval Página 27
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Editorial
Fevereiro de 2015
O
mundo está perplexo diante de tanta crueldade. Analisando o passado, a história da humanidade, vimos que atos de barbárie eram comuns. Os castigos eram praticados com a naturalidade de quem não sabe o que está por trás de tais atos, como o ciúme, a raiva, o egoísmo e o orgulho. O que torna esses atos muito difíceis de serem aceitos, são as lições que fomos aprendendo ao longo das vivências passadas, as reencarnações. O mundo progrediu muito tecnologicamente, tanto que sabemos das notícias assim que acontecem. Muitas vezes, acompanhamos tudo online, no mesmo momento. Estamos assim vivenciando aquilo que aprendemos na Doutrina Espírita, ou seja: devemos evoluir no sentido da intelectualidade e da moralidade, ou como também
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Terrorismo nas psicografias de Chico Xavier: seremos melhores quando conseguirmos nos elevar nas duas asas: a do saber e a do bem. Aprendemos também que nos aprimorarmos durante as várias existências terrenas no campo do saber, é muito mais fácil do que fazermos uma transformação de atitudes, colocarmos em prática os ensinamentos do Mestre Jesus, de amar o próximo como a nós mesmos e de vivermos como irmãos. O mal é muito barulhento, principalmente agora, quando um ato terrorista dizima muitas vidas, destrói famílias e sociedades organizadas. Por que nos causa “terror”? Porque acreditamos que os mundos devem progredir e a Terra está passando por uma transição, de mundo de expiações e provas para um mundo melhor, de regeneração. Muitos nos escrevem através do programa de TV: “Um Sentido
Para Sua Vida”, que não acreditam muito nessa ideia, porque parece que o planeta está piorando. As notícias são muito perversas: corrupção, tráfico intenso de drogas, alienação dos seres humanos tanto quanto à preservação da flora, da fauna, da água, do clima e etc. Consideram que o ser humano deveria estar meSilvia Cristina Puglia Diretora da Área de Divulgação lhor a essa altura, não podendo matar seus irmãos impiedosamente. tribuir para o progresso do nosConforme o livro de Edgar Ar- so planeta ao mesmo tempo em mond “Exilados da Capela”, em que tiveram novas chances para o um dos planetas do Sistema Cape- aprendizado e a prática do bem. la, aconteceu o mesmo que estaAssim está acontecendo agora, mos vivenciando agora. onde a maioria pratica o bem de Deus, que não castiga, mas edu- forma silenciosa e está assistindo ca, transferiu todos os que não os que não conseguiram amar veracompanharam a evolução daquele dadeiramente, como a última oporplaneta para a Terra. tunidade para reparar seus erros Com isso eles puderam con- em nosso planeta. Façamos preces para que esses terroristas consigam libertar-se do mal que está dentro deles, reformulando suas intenções e atitudes. Afinal, aprendemos com Jesus:
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Cidadão francês prestando homenagem aos mortos no atentado terrorista ao Jornal Charlie Hebdo * Capa: Pintura Mediúnica da FEESP. Médium: Alberto A. Goi
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CINEMA NA FEESP
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Sábado 28 de fevereiro 18 horas Salão Bezerra de Menzes Comentários e debates após o filme: Celisa Maria Germano Colaboração espontânea de 2 kg de alimento não perecível EXPEDIENTE
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Conselho Editorial Julieta Ignez Pacheco de Souza, presidente da FEESP, Maria Elizabete Baptista, vice-presidente, Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia, diretora da Área de Divulgação, e demais membros da Diretoria Executiva da FEESP Editor: Altamirando Dantas de Assis Carneiro (MTb 13.704) e-mail: divulgacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento do Jornal Espírita, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação O Jornal Espírita é uma publicação bimestral científica, filosófica e moral da Doutrina Espírita. Rua Maria Paula, 140, 3º Andar, Bela Vista,
São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3107-5544 Fundado em 1º de Julho de 1975 pelo Núcleo Espírita Caminheiro do Bem, registro nº 2.413, livro 33 de Matrículas de Oficinas Impressoras, Jornais, Revistas e outros periódicos, do 1º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, conforme despacho do Juiz de Direito da 2ª Vara de Registro. Transferido para a Federação Espírita do Estado de São Paulo em 16 de maio de 1990. Certificado de Registro na marca na classe 11.10 processo nº 815.511.973 publicada na “Revista da Propriedade Industrial” nº 1103, de 21/1/92, página 16. Distribuição para assinantes e Centros Espíritas: Livrarias e Editora Espírita Humberto de Campos da FEESP. Diagramação: TUTTO - 2409-5146 Impressão: TAIGA - 2409-7926
FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ 61.669.966/0014-25 Rua Maria Paula, 140, Bela Vista, CEP 01319-000, São Paulo - SP Tel.: (11) 3106-1619, 3106-5964, 3106-1200, 31065579, 3107-5279, 3107-1276, 3105-5879, 31155544 – Fax.: (11) 3107-5544 Portal: www.feesp.org.br - Email: feesp@feesp.org.br Diretoria Executiva: Presidente: Julieta Ignez Pacheco de Souza Vice-Presidente: Maria Elizabete Baptista Diretor da Área de Assistência e Serviço Social: Eli de Andrade Diretora da Área de Ensino: Zulmira Hassesian Diretora da Área de Assistência Espiritual: Maria de Cássia Anselmo Diretora da Área de Divulgação: Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia
Diretora da Área de Infância, Juventude e Mocidade: Vera Lúcia Leite Diretora da Área Financeira: Guiomar Cisotto Bonfanti Diretora da Área Federativa: Nancy César Campos Raymundo Presidente do Conselho Deliberativo: Afonso Moreira Junior Assistência Social da FEESP Casa Transitória Fabiano de Cristo CNPJ: 61.669.966/0002-91 Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2697-2520 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: (11) 3107-2023 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua Franca, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP
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Palestras
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Palestras Públicas na FEESP
Diariamente, a Federação Espírita do Estado de São Paulo abre suas portas a toda população de São Paulo, acolhendo aqueles que precisam de sentido ou consolo para suas vidas, bem como os que buscam conhecer o Espiritismo, através dos seus diversos cursos. Aos domingos, sempre às 10:00, é aberto um espaço especialmente destinado à realização de palestras sobre temas atuais, à luz do Espiritismo, que são muito esclarecedoras no sentido de entendermos melhor a problemática social em que vivemos. São abordados temas atuais, de forma a fornecer ferramentas de amor e fé, para enfrentar os desafios cotidianos. Para ajudar-nos
a refletir sobre esses diversos temas, contamos com oradores e palestrantes de alto gabarito, e conhecedores da doutrina espírita, que compartilham sua visão e experiência com o público presente. Nesses encontros alegres, contamos também com musicistas que se revezam, a cada semana, no palco do auditório Bezerra de Menezes, em apresentações que elevam e harmonizam a todos e o ambiente. Participe e divulgue. É sempre um prazer receber a todos! Confira, a seguir, as sinopses das palestras realizadas aqui na Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Jesus e o Terceiro Milênio Alexandra Strama
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“Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (Jo 15:16)
passagem evangélica que abre o nosso texto é encontrada no Sermão do Cenáculo, que João narra em seu evangelho nos capítulos 14 a 18, num dos discursos mais belos de Jesus, onde ele se mostra às claras. Logo após a última ceia com seus discípulos, Jesus os prepara para os momentos difíceis que eles enfrentariam, com a sua crucificação, porém, deixa, nos momentos finais, um doce alento quando afirma: “Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis” (João 15: 16). Os discípulos ficam intrigados com a frase, porém, logo entendem que o Mestre os deixaria, contudo, não deveriam temer o mundo sem o amparo de sua presença física. O importante Sermão do Cenáculo é “a entrada do Espírito na vida perfeita”, nas palavras do autor Cairbar Schutel, em “Parábolas e Ensinos de Jesus”.
Transportando os ensinamentos de Jesus para os dias de hoje, percebemos que o seu sermão de despedida anuncia o amanhã que semeamos agora, o mundo de regeneração, que tanto almejamos. O que se convencionou chamar de terceiro milênio começou exatamente em 1º de janeiro de 2001 e terminará em 31 de dezembro de 3000. Dos nossos dias atuais até lá, nos separam longos 985 anos, em que esperamos vencer as nossas mazelas e sermos merecedores de um mundo melhor, seja lá em quantas encarnações necessitaremos para tal fim. Governador espiritual de nosso planeta, Jesus é para nós o modelo
na que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava”. E tendo estado entre nós há tanto tempo atrás, ainda não aprendemos a doutrina cristã quanto deveríamos. Mas o próprio Cristo nos traça o roteiro para caminharmos confiantes rumo a um futuro tranquilo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (João, 14:6).
Alexandra Strama da perfeição moral que devemos copiar. Como explica-nos Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 625: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutri-
A moral do Cristo como transformadora do mundo Para que possamos vivenciar Jesus como verdadeiros homens do 3º milênio, muita coisa nos é pedida: “Se observais meus mandamentos permanecereis no meu amor, como guardei os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor” (João 15: 10). Tarefa longe de ser simples, visto que ainda nos embrenhamos
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nos vícios e imperfeições morais. Crianças espirituais, Jesus motiva-nos à maturidade emocial e espiritual, única ferramenta que poderá nos impulsionar à perfeição. Mas, vencendo os nossos males, Jesus promete-nos uma compensação: “Se me amais, observareis meus mandamentos, e rogarei ao Pai e ele vos enviará outro Consolador, para que convosco permaneça para sempre, o Espírito da Verdade” (João, 14: 15-17). “Aquele que tem ouvidos para ouvir, que ouça!” (Mateus, 13:9), exclamou Jesus. Surdos e cegos espirituais durante séculos de jornada, somos convocados a acordar com o advento do Espírito de Verdade, com as vozes dos Espíritos, que se levantaram a pouco mais de um século, reforçando tudo aquilo que o Mestre disse. Kardec assim reforça: “A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de que não há outra melhor” (“A Gênese”, Cap. 1, Item 56). Mais adiante, no mesmo item ainda diz: “O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da natureza”. Mais uma vez tomando o que diz a Codificação, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em comunicação de um Espírito Israelita, encontramos: “O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer en-
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tre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a Natureza está submetida, que se cumpre (...)” (Capítulo 1, Item 9). Finaliza Kardec no item 56 do Cap.1 de “A Gênese” acerca da moral do Cristo que transformará a humanidade: “Somente quando praticarem a moral do Cristo poderão os homens dizer que não mais precisam de moralistas encarnados ou desencarnados. Mas, também, Deus, então, já não lhes enviará”. E que moral é essa capaz de fazer evoluir os Espíritos e o mundo onde vivemos? Jesus é o Espírito mais evoluído que aqui esteve e até hoje é o maior semeador de ensinamentos morais capazes de curar todos os nossos males. Sim, claro que temos a consciência que nos mostra o caminho correto, quando nos desviamos dele, mas Jesus nos mostra claramente como devemos percorrê-lo: “Assim, em tudo, façam aos outros aquilo que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mateus, 7:12). O Grande Rabi da Galiléia ensina-nos que o que sentimos no coração determina quem somos e mostra-nos em que sentido devemos renovar os sentimentos: “Em verdade vos digo: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino
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dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos Céus” (Mateus,18:3-4). O homem do Terceiro Milênio: roteiro traçado por Jesus Então, que homem é esse que virá no transcorrer do presente milênio? Jesus propõe a revolução moral para vencermos o homem velho que teima em nos atrasar o progresso. “Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus” (Ma-
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Dá-nos a sabedoria para sobrevivermos ao sofrimento, tão comum em nossos dias de mundo de expiações e provas, e nos acena como dias melhores. “Não se turbe o vosso coração! Crede em Deus, crede também em mim”. (João, 14: 1). Ao acreditarmos verdadeiramente em Deus, somos confiantes de seu Amor, Sabedoria e Justiça. Tornamo-nos resignados e resilientes frente às adversidades, como Jesus diz na Prece Dominical: “Que seja feita a Tua Vontade,
Leandro Gomez e Denise Manzo
teus, 5:8). O puro de coração não enxerga maldade nas más intenções do próximo, somente imaturidade espiritual, tal como a criança mimada que quer ter tudo à força. “A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade.”, explica Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (Cap. 8, Item 3).
assim na Terra como no Céu”. Praticaremos as Leis Divinas porque sabemos que são as únicas imutáveis e que nunca falham. Allan Kardec assim esclarece em “A Gênese” (Cap.1, item 14) sobre a Bondade e Justiça Divina: “Deus é soberanamente justo e bom. A providencial sabedoria das leis divinas se revela nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, não permitindo essa sabedoria que se duvide da sua justiça, nem da sua bondade (...). A soberana
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bondade implica a soberana justiça, porquanto, se ele procedesse injustamente ou com parcialidade numa só circunstância que fosse, ou com relação a uma só de suas criaturas, já não seria soberanamente justo e, em conseqüência, já não seria soberanamente bom”. Ao lado da humildade frente às Leis Soberanas, a confiança no futuro gera a fé inabalável. Mais uma vez, Jesus vem à frente quando nos adverte: “Ó raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?” E ensina, ao final da famosa
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passagem evangélica, em que os seus discípulos não se sentiam capazes de curar um obsidiado: “Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: ‘Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível”. (Mateus, 17:14 a 20) O Grande Mestre é categórico várias vezes nos Evangelhos que devemos nos transformar para melhor toda vez em que escolhemos o sofrimento. Mateus narra no capítulo 12 de seu Evangelho: “Quando o Espírito impuro sai do homem, perambula por lugares áridos,
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A FEESP está aberta de 2ª a sábado, das 8h às 21h30. Procure o DEPOE (Departamento de Orientação Espiritual) e você será atendido gratuitamente. Aos domingos a FEESP está aberta das 8h às 17h, com palestras públicas ou eventos e assistência espiritual
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procurando repouso, mas não o encontra. Então diz: ‘Voltarei para a minha casa, de onde saí’. Chegando lá, encontra-a desocupada, varrida e arrumada. Diante disso, vai e toma consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e vêm habitar aí. E, com isso, a condição final daquele homem torna-se pior do que antes.” (versículos 43 a 45). E o que falarmos a respeito do perdão e da indulgência que deveremos assumir? Pedro, na famosa pergunta a Jesus, questiona: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?”. E Jesus responde-lhe: “Não vos digo
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que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (Mateus, 18:15, 21 e 22). O homem do terceiro milênio não mais pensará em julgar o companheiro de jornada se ele próprio não está livre de mácula. “Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: — Deixa-me tirar um argueiro do teu olho —, vós que tendes no vosso uma trave? Hipócritas, tirai primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (Mateus, 7:3 a 5).
O fim dos tempos - A humanidade renovada Jesus já retornou a nós nas vozes dos Benfeitores Espirituais que nos trouxeram a Terceira Revelação. Relembrando os conceitos cristãos, os Amigos da Nova Era alertam para que mudemos o mundo, mudando primeiramente a nós mesmos e nos afirmam, categóricos, que já vivemos tal transformação. “A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses períodos de crescimento, está em cheio, há quase um século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará, até que se haja outra vez estabilizado em novas bases”, afirma o Espírito Dr. Barry em “A Gênese” (Cap.18, item 9). Jesus revive em nós, enfim, em plena atualidade, quando colocamos em prática a máxima: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (Mateus, 22:34 a 40.) O Doce Mestre revive ainda na mais
pura fraternidade, que certamente advirá nesse Terceiro Milênio. “A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social; mas, não há fraternidade real, sólida, efetiva, senão assente em base inabalável e essa base é a fé, não a fé em tais ou tais dogmas particulares, que mudam com os tempos e os povos e que mutuamente se apedrejam, porquanto, anatematizando-se uns aos outros, alimentam o antagonismo, mas a fé nos princípios fundamentais que toda a gente pode aceitar e aceitará: Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os seres. Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos; de que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer; que não dele, porém dos homens vem o mal, todos se considerarão filhos do mesmo Pai e se estenderão as mãos uns aos outros.” (“A Gênese” – Cap.18, item 17). E, finalizando com mais um ensinamento do Sermão do Cenáculo, temos Jesus a nos dizer: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque sem mim, nada podeis fazer.” (João, 15:5).
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Hábitos mentais
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E-460- “Vós sois um espírito que pensa”! RD- “Penso, logo existo!”. O pensamento é um atributo do espírito, “cria a vida que procuramos, através de nós mesmos até que nos identifiquemos um dia no curso dos milênios, com a Sabedoria Infinita e com Infinito Amor.” - Emmanuel Os fluidos espirituais são a atmosfera dos seres espirituais e servem de veículo do pensamento. Os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais através do pensamento e da vontade. Nossa mente é o espelho da vida, nosso coração é a sua face e nosso cérebro é o centro de suas ondulações gerando a força do pensamento, que tudo move, criando, destruindo e transformando para chegarmos a sublimação. Podemos comparar nossa mente com um escritório, subdivido em Departamentos: 1. Departamento do Desejo, onde se operam os propósitos e as aspirações, para o estímulo e o trabalho. 2. Departamento da Inteligência, aumentando o patrimônio da evolução e do conhecimento. 3. Departamento da Imaginação, juntando a riqueza dos ideais. 4. Departamento da Memória, arquivando tudo. Acima desses Departamentos encontra-se o gabinete da Vontade, que é a gerente esclarecida e vigilante, governando todos os departamentos da ação mental. Ela ilumina a Razão e é o leme das forças do nosso conhecimento. Só a Vontade é suficientemen-
Palestra
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Evangelina Muniz da Silva te forte para carregar a harmonia do Espírito. A Vontade é a maior potencia do Espírito. O Bem aumenta essa potência, enquanto o mal a diminui, causando o desvio do Amor. A Razão Humana é feita sob o modelo da Razão Suprema. (Imagem e semelhança de Deus). A Vontade é um dever diante da Razão. Cumpro a Lei que quero cumprir, pois tenho o Livre Arbítrio. O que caracteriza uma vontade pura, verdadeira é essa liberdade. Liberdade é o meu poder de escolha. Para sermos livres temos que nos fazer livres. Se somos livres e queremos permanecer livres, necessário se faz que usemos a gerente de nossas ações, ou seja, a Vontade, para transformar nosso pensamento. O Espírito é o único ser no Universo que tira de si o que não tem, através do Pensamento. Meus hábitos mentais me tornam infeliz? Trabalho, luto comigo mesmo, uso a razão, aciono a vontade e me torno feliz. Daí o “Conhece-te a ti mesmo”. Conhecer para transformar o que está contra as Leis Divinas e contra nossa felicidade. (História do Leãozinho). Basta que o Espírito pense coisas, para que esta coisa se reproduza, como basta compor uma
Evangelina Muniz Silva música para que ela se repercuta na atmosfera. A vida mental se inicia por vislumbres e percepções, a medida que o espírito se assenhoreia dos equipamentos do cérebro, que lhe decodificam as ondas do pensamento. Dos impulsos instintivos até a compreensão cósmica, abrem as comportas da comunicação para tornar-se lógico, antes de alcançar a etapa superior que é a identificação com Deus, Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas. O ser humano, vitorioso nas etapas anteriores pelas quais passou, ao atingir o momento da razão, trás inatos os Hábitos Mentais. São eles que passam a dirigir nossa conduta, porque todo pro-
grama de nossa existência começa no Pensamento. É no pensamento que estão as ordens a realizar e como preceder nessa realização. Após deixar as manifestações primitivas, busca-se agora o Valor Moral para alcançar novos patamares evolutivos. Se é no pensamento que está a diretriz de nossa conduta, pensar corretamente é nosso desafio para nossa transformação. Por causa de nossas vivências anteriores, marcamos nossos pensamentos de dor, angústia e pessimismo. São esses pensamentos que primeiro assaltam a nossa casa mental. É por isso que sem nos darmos conta, alimentamos nosso pensamento com negativismo, criando hábitos mentais baseados no sofrimento. Quanto menos evoluído o Espírito, mais pensa negativamente e consequentemente sofre mais. Construímos a ideia e sofremos, pois pensamos que tudo vai sair mal, não nos esforçando para substituir esse pensamento negativo por um positivo. É o caso do ciumento, egoísta e mal humorado. Guardamos conceitos destrutivos a respeito das pessoas, coisas e acontecimentos, alimentando vibrações mentais de cargas pesadas, impedindo o direcionamento correto da Vontade. Tornamo-nos vitimas desse pensamento que sustenta o campo das ideias, estabelecendo padrões negativos a respeito da vida. Assim, não alterando a forma
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de pensar, vivemos de mau humor, críticas doentias, falta de sorte, evitando assim nossa luta pelo êxito. Desde que todas as maneiras de evoluir, dependem do pensamento, é fácil pensar de forma variável, substituindo o negativo pelo positivo. A principio o indivíduo não acredita no êxito da mudança, mas devemos insistir, perseverar, abrindo um novo espaço no campo mental viciado, plantando sementes de otimismo e esperança. Depois, devemos valorizar tudo que encontramos a nossa volta, estabelecendo novos padrões de compreensão e nos libertando das idéias pessimistas. O novo hábito irá se implantando lentamente no subconsciente, até tornar-se parte integrante de nosso comportamento. Pensar bem ou mal é questão de hábito. Toda vez que ocorrer um pensamento negativo, doentio, malicioso, injusto, imediatamente
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vamos substituí-lo por um positivo, digno, saudável, confiante e amoroso. É o apelo de Jesus: Vigiai e Orai. Tudo o que se pensa, torna-se realidade, por isso a necessidade de pensar e agir pautando-nos sempre no Bem, na Justiça e no Amor. Paulo diz que: “Nada é feio, tudo depende de como vemos as coisas.” A Doutrina nos convida à transformação moral, para alcançarmos a Perfeição Relativa. Vamos então, modificar nossos pensamentos até que nossos defeitos se transformem em moralidade.
“a prestar quase 9 milhões de atendimentos anuais”
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Grupo Portal do Som Devemos sempre agir de maneira que nossas ações sejam uma Lei Universal. A consciência moral é que vai legislar. Ela é quem dará as Leis a nós mesmos. O pensamento flui. E fluindo, atua na ambiência fluídica onde o individuo está inserido. Ex: A chegada de alguém bom ou mal altera o ambiente. Um bom exemplo é o Sermão da Montanha, onde Jesus visa a nossa mudança de comportamento, ou seja, visa a nossa transformação moral e pra isso se faz necessária a mudança pra bons pensamentos. Só transformamos, se nós nos transformarmos. Nas Leis Divinas e nas Naturais. A justeza comparece sempre. Justeza - tudo certo, nada sobra, nada falta. Tudo funciona como um relógio. Tudo é útil. Tudo é necessário. Todas as nossas experiências, tem a razão de ser e sua importância. Não existe acaso, sorte ou má estrela. Por mais adversa que pareça ser a nossa vida, sempre aparece o as-
pecto pedagógico do nosso crescimento individual e nossas potencialidades. Quanto mais difícil a caminhada, mais importante ela é, se soubermos nos portar diante dela com fé, resignação e esperança. Fé- sintonia com Deus. Resignação- testemunho do amor a Deus. Esperança- a nossa boa espera. A certeza de que vale a pena plantar, porque iremos colher, sem nos preocuparmos se o tempo fará ou não a semente germinar. Quando contrariamos a justeza e precisão da Lei, precisamos alinhá-la, aprimorando nosso modo de pensar e agir. Concluímos então, que os Hábitos Mentais podem ser alterados, desde que alteremos os nossos pensamentos. A Doutrina Espírita nos conclama a transformação; Jesus nos conclama a orar e vigiar, e nós, buscando a nossa Felicidade atendemos os dois chamados, pautando nossos pensamentos no bem.
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Separar o joio do trigo
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s dúvidas e questionamentos sobre o comportamento humano, atitudes, pensamentos e sentimentos são inerentes ao ser em processo evolutivo. E, refletindo nessas condições, Kardec pergunta ao Espírito da Verdade: “Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de Guia e Modelo?” E a resposta foi: “Vede Jesus” modelo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra (L. E. - Q. 625). Jesus é o Mestre, o Sábio, o Amor pleno que se fez presente entre nós, na dimensão física. Ensinou-nos, através de EXEMPLOS, parábolas, sermões e curas que os valores morais foram plantados potencialmente pelo Pai em cada ser que se individualiza na jornada evolutiva, no ato da criação. Fomos criados “simples e ignorantes”, ou seja, sem conhecimento (L.E. – Q. 115), com a tarefa de cultivarmos estes valores morais paulatinamente. Aprendendo e trabalhando rumo à perfeição relativa, conquistamos a verdadeira felicidade (G.E. – cap. XI). Jesus, nosso guia e modelo, auxilia-nos no progresso evolutivo, oferecendo-nos lições profundas através do Evangelho. E, o Mestre propõe, para nossa reflexão e vivência uma interessante parábola: “Parábola do joio” (Mt, 13: 24-30). Resumo: Separar o joio e o trigo na colheita. Quais os significados do joio e do trigo para o ser humano, entre o outros itens a serem analisados, nesta parábola?
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Nirley de Oliveira Lima Desperta a consciência, no reino hominal, o Espírito assume a responsabilidade dos seus atos e, à medida que a razão se desenvolve amplia-se o campo do livre arbítrio. O Espírito evolui diante dos obstáculos e desafios que obrigam-no a pensar, sentir e selecionar o que melhor lhe convém. A bondade de Deus deixa-lhe o mérito de se con-vencer pela razão que o educa e o transforma inte-riormente. (L.E. – Q. 802). “É necessário que o Espírito conheça o bem e o mal” (L.E. - Q. 634) pois “ a lei é a mesma para to- dos, porém o mal depende da VONTADE que se tenha para fazê-lo” (L.E. – Q. 636) implicando em res-ponsabilidade por aquele que o pratica. O mal surge no mundo pelo desrespeito aos seme lhantes e à Natureza. É a inobservância às leis de Deus (L.E. – Q. 630) inscritas na consciência de cada um (L.E. – Q. 621). Conhecendo Deus através dos seus atributos, pode-se conhecer o Bem, pois que Ele revela-se em suas obras. Somos filhos de Deus e portanto trazemos na es- sência espiritual as virtudes plantadas pelo Pai quando nos criou. Somos co-criadores e, nas infrações às leis divinas construímos o Mal existente temporariamente pois “toda árvore que não foi plantada pelo Pai será arrancada” (Mt 15: 11-13) . “É o joio (erva com
Nirley de Oliveira Lima princípio tóxico) eliminado no tempo adequado”. “O mal que me fazem, não me faz mal. O mal que eu faço é que me torna mau” - (Humberto Rohden) “O mal recai sobre aquele que o causou (L.E. – Q.639) que sofre as consequências do ato até mesmo quando deixa de fazer o bem (L.E. – Q. 642). Conduzir-se sob as leis divinas é conectar-se ao Criador cultivando, através do Bem praticado, o Amor que impulsiona todos os seres ao Pai. “As virtudes (trigais) são os indícios de progresso no caminho do Bem” (L.E. – Q.893). Resistir às más tendências (joio) até ao sacrifício pessoal em prol do próximo é caridade plena. Conduz o autor ao progresso e ao desenvolvimento moral. Fortalece o Espírito diante das paixões desenfreadas impedindo que o joio cresça e se multiplique. “As paixões são como um cava-
lo: útil quando go- vernado e perigoso quando GOVERNA” (L.E.– Q. 908). A vontade é força contumaz e soberana que en- contra os afins para a manifestação do Bem ou do Mal. Orar a Deus é haurir energias luminosas que auxiliam a criatura a harmonizar a condução das paixões que a sustentam no cumprimento dos desígnios da Providência. O egoísmo é a paixão exacerbada na ganância do Ter bens materiais em detrimento dos Bens espiri- tuais. É querer o joio e o trigo ao mesmo tempo para si. Colherá o trigo enfraquecido pela ação do joio não ceifado na época adequada. A criatura, re- fletindo apenas na economia inadequada, abriga-se sob o sofrimento implacável da desilusão e o do pre juízo moral. O trigo representa o Bem desenvolvendo-se ao la- do joio (Mal) cultivado pelo ser imprevidente e de-savisado, apesar dos infinitos alertas que o Cristo nos legou através do Evangelho. O Mal (joio) é relativo, o Bem (trigo) é absoluto: e- xistem e convivem conosco. “O Mal por ser de origem inferior, é limitado em todas as suas manifestações devidas exclusivamen- te às criaturas; o Bem possui caráter divino e seme- lhante aos tributos do Pai Excelso, traz em si a quali- dade de ser infinito em qualquer direção.” (O Espíri to da Verdade – autores diversos).
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O Bem e o Mal são forças vivas de natureza dife- renciada de combinações de pensamento, sentimen to e ação, cuja responsabilidade pertence ao emis- sor. Somos beneficiários ou vítimas de nossas próprias criações e, as virtudes são valores imperati vos no aprendizado disciplinado, consciente e evolutivo. As tentações forças vivas negativas irradiadas ou captadas por nós buscando sintonia e afinidade. Daí a necessidade constante da vigília e da oração. Planta-se o mal (joio), colhe-se sofrimento; planta- se o bem (trigo), colhe-se a felicidade e a alegria que o amor nos proporciona. A destruição é lei da Natureza (L.E. – Q. 728) necessária à renovação e melhoramento do ser vivo. É o remédio doloroso para a transformação do ser na jornada evolutiva, eliminando-se o joio e recolhen- do-se o trigo. “O progresso completo é o alvo a atingir (L.E. – Q 780-b) e ocorre passo a passo, desenvolvendo-se o senso moral e a inteligência. Pode haver um retarda mento nesta evolução, com a impressão da confusão e desordem. No entanto,
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os desígnios da Providência fazem o Bem surgir do Mal. (L.E. – Q.783). O orgulho e o egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso (L.E. – Q. 785). Representam o joio. As conquistas morais (trigo) revelam a verdadeira felici dade. O Evangelho é a pedra angular da revelação espiri- tual aprofundado no Consolador Prometido: o Espitismo que esclarece e liberta a criatura rumo à luz Maior do Pai. A Doutrina Consoladora, cuja essência traz os as- pectos da Filosofia, Ciência e Religião, ilumina a ca- minhada do Ser através do amor e da fé raciocina- da. Orienta a criatura como semear o Bem (trigo) e expurgar o Mal (joio) temporariamente presente. In centiva-a à renovação moral, através da Caridade e, amorosa, relembra o “Filho pródigo”
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João Maria Filho (Lc 15: 11-32) retornando ao Pai misericordioso. “A árvore é sempre boa mas os jardineiros são maus” (E.S.E. – cap. XVIII – Item. 16). Emmanuel, benfeitor de Chico Xavier, elucida-nos a respeito que o “serviço é de plantação e edificação com esforço e boa vontade” e induz-nos a “a- vançar na tarefa
confiada sem temor e com fé”... (Fonte Viva, cap. 68), pois o “agricultor que trabalha cedo recolhe a graça do celeiro farto”... (idem, cap. 31). O livre arbítrio é de cada um bem como a respon- sabilidade dos atos. Porém, o Pai nunca abandona os Seus filhos queridos. Muita paz!
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Os Siameses e a Doutrina Espírita
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uando visualizamos a Beleza da Criação, nos impressionamos, ao mesmo tempo, com a delicadeza e a complexidade expressas em cada criatura, em cada ser, componente do grande concerto do Universo. Da mesma maneira que nos deparamos com a suavidade e a delicadeza de uma flor, com o perfume distinto exalado por cada uma delas, encontramos a graça e a força contidas no reino animal, espelhadas nas mais diferentes maneiras, nas mais variadas espécies que o compõem. Que diríamos, então, da diversidade na espécie humana? O corpo físico, fruto da evolução de milhares de séculos, é por si só, um universo que vem sendo desvendado e compreendido, passo a passo, pela Ciência. Seu funcionamento intrincado traduz por si só rara beleza e um entrelaçamento inimagináveis ao olhar macroscópico, somente podendo ser alcançado na análise microscópica, subatômica, de seus elementos. A nossa preocupação com o belo, de certa forma, associa-se com a nossa preocupação com a vida, e em como pensamos que ela deveria ser manifestada. Porém, esquecemo-nos, que dentro da variedade e diversidade da Criação, a Vida, que é a sua marca estuante, é encontrada em infinitas formas e variados matizes, muitas vezes, bem diferentes da nossa limitada percepção sensorial e vibracional. Por isso, sentimo-nos, em determinadas situações, perplexos com certas circunstâncias que observamos relacionadas à vida, quando ela se apresenta fora do
paradigma de que podemos concebê-la e aceitá-la. Ao primeiro momento, incompreensível, à nossa limitada visão das coisas, caso, ponderada de forma equilibrada, traz-nos a oportunidade para reflexões mais profundas a cerca de nossa própria atuação, seja no mundo físico, seja no espiritual. Cremos que entre tantas situações desse gênero, temos a questão dos gêmeos siameses. Do ponto de vista da Ciência Médica, gêmeos conjugados ou siameses, como mais conhecidos popularmente, são aqueles gêmeos idênticos que apresentam seus corpos unidos por um ou mais segmentos físicos, traduzindo uma malformação congênita. A ligação física pode-se efetuar por um ou mais órgãos, ou por diversos segmentos do corpo, o que, em uma grande parte dos casos, inviabiliza a gestação e a sobrevivência dos recém- nascidos. Esses gêmeos são classificados de acordo com a região do corpo pela qual se encontram unidos. É comum ouvirmos a denominação de gêmeos xifópagos, como sinônimo de gêmeos conjugados ou siameses, devido aos relatos na literatura médica e que alcançaram repercussão pública, onde os gêmeos apresentavam-se ligados pelo processo xifoide. Esta estrutura anatômica é um apêndice terminal do osso esterno, que se localiza na região anterior do tórax e ao qual as costelas se unem. A menção mais antiga aos gêmeos conjugados pode ser encontrada já no Período Neolítico, do qual foi
Maria Elisabete Rey
descoberta uma figura em mármore de uma deusa de duas cabeças, datada aproximadamente de 6500 a. C, em uma escavação ao sul da Turquia. Esculturas em argila com faces e crânios duplicados foram localizadas ao se escavar uma pequena cidade mexicana, denominada Tlatilco, que existiu há 3000 anos. Outras referências a essa condição, vem sendo relatadas na História Humana, sendo uma delas, a figura do deus Janus, constituída de duas faces que olham em direções opostas, embasadas na mesma porção superior do corpo. De acordo com a antiga Mitologia Romana, esse deus representava a dualidade e Janus era tido como o senhor dos portais e das transições. No século XVII, Ambroise Paré, importante cirurgião francês, descreveu em sua obra, vários casos de gêmeos conjugados, discorrendo sobre todas as configurações anatômicas associadas a essa condição
que conhecemos atualmente. Entretanto, a expressão gêmeos siameses, propriamente dita, surgiu no século XIX, com os gêmeos xifópagos, Chang e Eng Bunker, nascidos em 1811, em Siam, atual Tailândia. Os gêmeos de Siam, daí o termo, siameses, mudaram-se para os Estados Unidos e passaram a se exibir em atividades circenses, sendo conhecidos mundialmente e fazendo fortuna. Aos 42 anos, casaram-se com duas irmãs inglesas, tendo uma prole extensa e vindo a falecer aos 63 anos, com poucas horas de um em relação ao outro. Vários médicos da época foram chamados a opinarem acerca da possibilidade de separação cirúrgica dos irmãos, porém, a maioria dos profissionais contraindicou o procedimento, pelo risco de morte que corriam. Outros relatos de gêmeos conjugados que tiveram uma sobrevida semelhante podem ser encontrados na literatura médica. Infelizmente, isso não ocorre em boa parte dos casos. Na maioria das vezes, a morte ocorre intraútero ou horas após o nascimento. A incidência desses casos na população geral é em torno de 1 a cada 100.000 nascimentos, dependendo da região geográfica analisada, sendo mais comum na África e Índia. Acomete três vezes mais os fetos de sexo feminino que o masculino. Como citado anteriormente, os gêmeos conjugados ou siameses são gêmeos idênticos, ou como são chamados cientificamente, monozigóticos ou univitelinos. Apresentam-se, portanto, com as mesmas características genéticas, inclusi-
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ve, pertencendo sempre ao mesmo sexo. A complicação decorre da divisão incompleta do óvulo fecundado entre o 13º e o 15º dias após a concepção, ocasionando um desenvolvimento anormal dos dois embriões, devido à ligação física persistente entre eles, em algum segmento ou órgãos do corpo, resultando na condição dos gêmeos conjugados ou siameses. Não há dúvida alguma para a Ciência de que se trata de dois seres distintos, embora unidos por segmentos do mesmo corpo físico. Várias causas são aventadas para que isso ocorra, como fatores ambientais e genéticos, os quais ainda não estão bem estabelecidos. Há casos onde a separação cirúrgica é possível, embora cercada de inúmeros cuidados. Existem, no entanto, situações, onde o compartilhamento de órgãos vitais, como o coração ou o cérebro, dificulta ao extremo ou mesmo impede o procedimento cirúrgico. Nestas circunstâncias, duas vidas caminharão juntas, por breve ou longo tempo, em condições especiais de intimidade que a maior parte de nós desconhece. Em relação à Medicina, isso suscita vários questionamentos do ponto de vista ético, em relação à melhor conduta visando manter e favorecer os dois seres, além da necessidade de se considerar os pais e familiares das crianças envolvidas. E a Doutrina Espírita? O que ela nos diz a cerca dessa questão tão delicada? Encontramos a seguinte pergunta em O Livro dos Espíritos: 212- Nas crianças cujos corpos nascem ligados, e que têm certos órgãos comuns, há dois Espíritos, ou seja, duas almas? - Sim, mas a sua semelhança faz que muitas vezes não vos pareçam mais do que uma. Vejamos que os Espíritos Supe-
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riores afirmam categoricamente à Kardec que se trata de dois Espíritos distintos conjugados em uma mesma ligação física. Unidos biologicamente, podem compartilhar certos órgãos e determinadas funções biológicas. Mas qual seria o objetivo de tal aproximação? Como assinalamos previamente, a Criação favorece a Vida em todas as suas manifestações, mesmo que ainda não possamos compreender o alcance de várias das circunstâncias que se apresentam à nossa limitada visão. O Dr. Ricardo Di Bernardi, em sua obra Gestação: Sublime In-
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riência reencarnatória. Em o livro O Perispírito e Suas Remodelações, de autoria de Luiz Gonzaga Pinheiro, encontramos explicação semelhante em relação gênese espiritual dos gêmeos siameses, quando é reportado um caso de dois irmãos que desencarnaram aos quatro anos de idade, em consequência a essa mesma condição. A Doutrina Espírita nos assinala que sentimentos intensos como o ódio são capazes de ocasionar graves desequilíbrios energéticos entre os seres que o abrigam, por meio da postura mental condicio-
Nelson e Vilma tercâmbio, no capítulo intitulado Xifópagos, relata-nos que quando duas entidades espirituais ligam-se à esfera perispiritual materna e ao fluido vital do óvulo, ao ocorrer a fecundação, esse óvulo, influenciado por duas energias espirituais diferentes, tenderia a se bipartir, originando gêmeos univitelinos ou idênticos normais. No caso dos gêmeos conjugados, essa divisão não se daria de forma completa. Isso ocorreria, continua o médico, devido à fixação patológica de ligação e o intercâmbio negativo energético- vibratório existente entre os dois Espíritos envoltos nessa expe-
nada, em geral, durante várias décadas e mesmo séculos. Em tais situações, doloroso processo obsessivo instala-se e esses Espíritos podem se reencontrar repetidas vezes, seja no mundo material, seja no espiritual, sem aproveitar as oportunidades que a Providência Divina a todos concede, de abrandar a severa inimizade e dissipar as grandes mágoas e conflitos, dos quais se fazem portadores. A interferência fluídica ocorre em tal intensidade entre os dois seres, que lhes ocasiona tamanha desorganização perispiritual, resultando em grave comprometimento
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físico, culminando nessa condição anômala, em decorrência à Lei de Causa e Efeito. Temos na literatura espírita, procedente da lavra do Espírito Humberto de Campos, por meio da psicografia de Francisco C. Xavier, uma triste história narrada no volume Contos e Apólogos, no capítulo denominado Seara do Ódio, onde a futura mãe repele, de seu ventre, repetidamente, o futuro filho, devido às adversidades do passado existentes entre eles, acarretando um processo reencarnatório expiatório definido pelo autor espiritual como xipofagia. No que tange aos pais dos gêmeos conjugados, não poderiam de maneira nenhuma, estarem inseridos nesse processo doloroso se não estivessem de alguma forma afinados aos Espíritos que retomam a experiência carnal, com vínculos estabelecidos, provavelmente, em largas bases no passado. No presente, os pais deverão servir como alicerces, do ponto de vista físico e espiritual, dessa nova etapa de reajustamento, que se desenrola a todos os envolvidos nesse trâmite. Secundados pelos pais, familiares e os Bons Espíritos, os adversários do pretérito terão a grande oportunidade, de intimamente reunidos, desfazerem os laços do ódio cristalizado e de tecerem um novo convívio, embasado no auxílio mútuo e fraterno, no perdão, construindo a ponte da reconciliação, por meio da catalisação de sentimentos renovadores radicados no amor. Paulatinamente, em dependendo de cada caso, isso conduzirá ao reequilíbrio espiritual e à reconstituição perispiritual, estabelecendo um padrão progressivo de normalidade também no corpo físico, a ser alcançado em outras reencarnações. A terapia espírita pode contribuir e muito, em todo esse pro-
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cesso, através da prece e da fluidoterapia, de onde vertem doações energéticas benfazejas que possibilitam auxiliar o reequilíbrio dos espíritos assim interligados, abrandando suas dores e sofrimentos. Todo esse esclarecimento científico - espiritual que recebemos promove-nos material para reflexão em relação às nossas atitudes e os nossos sentimentos frente aos nossos relacionamentos, frente àqueles que compartilham conosco a jornada reencarnatória. Não é por acaso que Jesus nos ensinou a buscar a reconciliação com o nosso semelhante e exercitar a dádiva do perdão, para que nos libertásse-
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mos de sintonias contrárias ao nosso equilíbrio e nos mantivéssemos saudáveis, física e espiritualmente. Adverte-nos o Mestre: Reconcilia-te sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 8) Buscar com todas as nossas forças estender a compreensão, o entendimento, o véu do esquecimento sobre os atos menos dignos do
nosso próximo, voltando-nos para o nosso íntimo, verificando em nós aquilo que se faz imperioso ser transformado, empreendendo o cultivo das virtudes morais que pavimentarão o caminho do aprimoramento espiritual, evitando, assim, dissensões e conflitos que trarão desequilíbrio e sofrimento desnecessário às nossas vidas. Sendo a Vida, a maior dádiva do Pai aos seus filhos, deve ser sempre respeitada nas suas mais diversas expressões, mesmo quando momentaneamente apartadas de nossa capacidade de compreensão. Nenhum de nós, filhos do Pai Celestial, está relegado ao esquecimento
TA O ES PÍ RI
DO DO ES TA
ou muito menos à indiferença por parte da Providência Divina. Se tudo que vivenciamos deriva de uma causa, mesmo que desconhecida, a Lei Divina nos dirige, de modo que possamos ter o aprendizado necessário para nossa evolução e para nosso crescimento espiritual, contando sempre com a Misericórdia que é exalada em todos os momentos de nosso caminhar. Jamais olvidemos que o Mestre, representante supremo do Amor entre nós, conduz-nos sob sua égide caridosa, à luz do seu Evangelho, bússola norteadora aos espíritos imortais, na edificação do Reino dos Céus em nós.
UL O DE SÃ O PA
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Encontros Espirituais durante o sono. Como e porque acontece. Nelson Ávila Filho
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as, o que é o sono? O sono é um estado em que cessam as nossas atividades físicas motoras e sensoriais, e além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos. Então, o sono é muito importante, porque dormimos cerca de um terço de nossas vidas, e no estado do sono, os nossos Espíritos ficam livres, mas ligados ao corpo por uma espécie de fio condutor, designado por Kardec como “rastro luminoso” ou “laço fluídico”, por meio do qual passam as impressões e as vontades da alma até o nosso cérebro. Então, o resultado do sono é o sonho, conceituado pelos orientadores da Codificação Espírita como “(…) a lembrança do que o Espírito viu durante o sono”. E, é interessante, porque muitas vezes nós dizemos: esta noite eu não sonhei. Mas será que todas as pessoas sonham? Sim, todas as pessoas sonham, uma vez que o Espírito continua em plena atividade enquanto o corpo físico dorme, assim, praticamente sonhamos todas as vezes que dormimos. O que acontece é que, apenas não nos recordamos dos acontecimentos ocorridos na dimensão espiritual, como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, já que tais impres-
aqueles que a alma registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente e plasmadas no períspirito”. Já nos sonhos espirituais, “a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e afetiva, facultando meios de nos encontrarmos com parentes, amigos, instrutores e, com inimigos”.
sões não chegaram ao Espírito por meio dos órgãos do corpo. E, o sono ainda nos possibilita oportunidades de progresso espiritual, pois consta no livro Obras Póstumas que “quando dormimos, vamos para junto dos seres que nos são superiores, viajamos, conversamos, e nos instruímos com eles”. O QUE SÃO OS SONHOS Muito bem, então, todos nós temos necessidade de dormir, não é mesmo? E, quando dormimos nós sonhamos. Então, o que são os sonhos? Os sonhos são as lembranças dos acontecimentos ocorridos durante o sono, e os sonhos, em sua generalidade, não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas. Tanto é, que no Evangelho Segundo o Espiritismo, consta que “o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e morais, e enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos”. Por isso a importância de termos uma boa conduta moral, com boas companhias, leituras e músicas, porque as nossas companhias do
Nelson Ávila Filho dia, na maioria das vezes, serão as da noite, ou seja, o nosso pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que estejam na mesma sintonia que a nossa. TIPOS DE SONHOS E, quanto aos tipos de sonhos, será que temos apenas um tipo de sonho quando dormimos? Não, pois, Martins Peralva, em seu livro ‘Estudando a Mediunidade’, no capítulo XVII, descreve três tipos de sonhos que podemos ter: comuns, reflexivos e espirituais. Os sonhos comuns seriam resultantes das atividades cerebrais do indivíduo, ou seja, se referem as nossas preocupações do dia-a-dia. E, os sonhos reflexivos, são
EXEMPLOS DE SONHOS ESPIRITUAIS Muito bem, como vemos através os sonhos espirituais nós podemos nos encontrar com parentes, amigos e instrutores espirituais. Vamos ver como isso acontece, através de alguns exemplos: Participação em reuniões no plano espiritual. As obras espíritas relatam sonhos espirituais, onde ocorrem encontros para esclarecimento ou reuniões de estudo e palestras envolvendo grande número de encarnados. Como exemplo citamos o capítulo 8, chamado no plano dos sonhos, do livro “Missionários da Luz”, do Espírito André Luiz, Psicografia do nosso querido Chico, que narra a existência de uma escola no plano espiritual onde havia cerca de 300 alunos matriculados, todos encarnados e desdobrados através do sono, mas com um comparecimento constante de apenas 32 deles, que assimilavam as lições. Já no livro Os Mensageiros, também de André Luiz com psi-
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cografia do Chico, Aniceto, espírito instrutor, narra que: “Muitos amigos encarnados revelavam boa vontade na recepção dos conselhos, mas grande incapacidade de retenção. Entre eles e nós existe um espesso véu. É a muralha das vibrações”, diz o espirito Aniceto. “Eis porque raramente estão lúcidos ao nosso lado”. Aniceto amplia a instrução: “vejam aquela jovem encarnada (chamava-se Nieta), em conversa com a vovozinha que trabalha conosco em Nosso Lar. André Luiz observa que uma anciã (avó desencarnada), de olhos brilhantes, abraçava-se à neta.” A calúnia, Nieta (continuava a avó), é uma serpente que ameaça o coração, entretanto, se a encararmos de frente, veremos que a serpente não tem vida própria. É víbora de brinquedo a se quebrar como o vidro, pelo impulso de nossas mãos. E, vencido o espantalho, em lugar da serpente, teremos conosco a flor da virtude. Não temas, querida! Não percas a oportunidade de testemunhar a compreensão de Jesus!...” E, André Luiz, intrigado, pergunta ao orientador. - Esta irmã se lembrará de tudo, ao despertar no corpo físico? Aniceto complementa: “o fenômeno, é mais de união espiritual que de percepções sensoriais, porque a jovem está recebendo consolações, de Espírito a Espírito”, e ao despertar, Nieta(a neta) não se recordará das minúcias deste encontro que acabamos de presenciar.” Afirmará que grande conforto lhe invadiu a alma e, no fundo, compreenderá a mensagem consoladora que lhe foi concedida.”
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PORQUE NÃO NOS LEMBRAMOS DOS SONHOS? Muito bem, como vimos, todos nós temos possibilidades de ter os sonhos chamados espirituais, onde entramos em contato com parentes, amigos e espíritos superiores, assim, cabe uma questão. Por que nós temos dificuldades de recordarmos os sonhos, principalmente
tões úteis a nossa evolução nesta encarnação. Procuram afastar-nos do mal, fortalecem-nos moralmente e apontam-nos a maneira certa de respeitarmos as Leis Divinas, entretanto, ao despertarmos, embora não nos lembremos dos sonhos espirituais, eles ficam no fundo de nossa consciência, em forma de intuições,
os sonhos espirituais? A resposta é a seguinte: As pessoas que não se lembram dos sonhos é porque os acontecimentos vividos ou lembrados durante o sono não foram registrados no cérebro físico, ficaram apenas registrados no períspirito. Mas, o fato de não nos lembrarmos dos sonhos não significa que não tenhamos sonhado, ou seja, sempre que dormimos, vivemos uma vida no plano espiritual, e apenas não recordamos. Pois, através dos sonhos se valem os nossos amigos espirituais para dar-nos conselhos e suges-
como ideias inatas, que aparecem de repente, nos ajudando. COMO NOS PREPARAR PARA DORMIR Assim, nos momentos que precedem o sono devemos fazer uma higiene mental, utilizando a reflexão e recorrendo à prece. Tanto é que, Alan Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo, nos ensina a orar, antes de dormir, assim: “Minha alma vai estar por alguns instantes com os outros espíritos. Venham os bons espíritos ajudar-me com seus conselhos. Faze, meu anjo guardião que ao
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despertar, eu conserve durável e salutar impressão desse convívio”. Por isso, o exercício da oração deve ser reforçado pelo estudo, vigilância com os hábitos diários, cuidados com a alimentação, atenção com a saúde física e o nosso desejo sincero de servir e amar.•. CONCLUSÃO: Assim, somente a prática do bem e das virtudes nos levarão, através do sono, às colônias espirituais onde fruiremos a companhia de mentores espirituais elevados, receberemos bom ânimo para a luta diária, e ouviremos lições enobrecedoras. . Porque, nos ensina a Bíblia no Salmo 4.7: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro”. Desse modo, façamos nossas preces ao deitar, mas temos que compreender também que é de grande valia a maneira pela qual passamos o dia, por isso, cultivemos bons pensamentos, falemos boas palavras e pratiquemos bons atos a favor do próximo, evitando a ira, o rancor e o ódio. E de manhã, elevemos a Deus, a nossa prece de agradecimento pela noite que nos concedeu pelo repouso do nosso corpo fisico e pela liberdade que foi concedida aos nossos espíritos imortais para receberem os conselhos, dos nossos parentes, amigos ou benfeitores espirituais que nos acompanharam durante a noite de sono. Assim, vemos que, ninguém está desamparado, porque, mesmo quando nossos corpos físicos estão descansando, Deus nos concede, através dos bons espíritos, a benção do amparo e do aprendizado para superarmos todas as dificuldades que estamos passando.
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Nossa Estrada de Damasco
amasco, atual cidade da Síria no século VIII AC. Fazia parte do poderoso reino de Aram. A cidade era um próspero Centro de comércio e artesanato. Possuía uma grande colônia judaica e também uma expressiva quantidade de seguidores do “caminho” futuros cristãos. O sinédrio, maior organização judaica dos primeiros séculos, temerosa pelo progresso religioso dos “caminheiros”. Resolve montar uma estratégia para frear o avanço desta seita que tinha por líder espiritual, Jesus. Para essa importante missão sinedrina deveria ser escolhido um executor inteligente, enérgico defensor dos interesses sacerdotais com “formação rabínica e com profundos conhecimentos das Leis Judaicas estruturadas no Mosaísmo. Saulo de Tarso foi o escolhido, pois tinha a seu favor o fato de ter sido um emérito discípulo de Gamaliel, o grande “Rabino do judaísmo”. Saulo era versado em idiomas, falando com fluência o grego, aramaico e hebraico além de diversos dialetos regionais. Sua missão, aprisionar o maior número possível de “Cristãos”, partindo-se da cidade de Damasco, onde um dos líderes mais proeminente era Ananias conhecido pelo apelido de “velho caminheiro”. Saulo parte para a missão acompanhado de comitiva composta de vários soldados com destino a cidade de Damasco, porém, ao se aproximarem da cidade, subitamente uma luz fulgurante à semelhança de um raio brilhou ao seu redor, nesse momento, aturdido
João Batista do Valle
Palestrante João Batista do Valle pelo fenômeno luminoso, caiu de sua montaria e ouve uma voz com inefável interrogação: “Saulo, Saulo, porque me persegues”? Ele então pergunta: Quem és tu Senhor? Eu sou Jesus a quem persegues. Saulo fica cego durante os próximos três dias em que nada comeu ou bebeu. Ananias foi solicitado por Jesus para que fosse até a residência de Judas que ficava na rua direita a fim de curar a cegueira temporária de Saulo, no que foi prontamente atendido e por meio de imposição de mãos e preces, curou Saulo que a partir de então passou a se chamar Paulo que significa “Pequeno”, naquele momento transpõe a barreira que separava o judaísmo do cristianismo, Todos nós tivemos também, em sentido subjetivo, nossa estrada de damasco que em nosso caso, ao
aceitarmos o chamamento da espiritualidade como apelo a nossa consciência e assim nos tornarmos espíritas kardecistas cristãos. Assim como Paulo aceitou a responsabilidade de seguir e divulgar os ensinos de Jesus, nós também ao aceitarmos os postulados espíritas assumimos o compromisso moral da caridade, tendo por base a reforma íntima. Para tanto, se faz necessário o estudo sistemático das obras da codificação Kardequiana na fortificação da razão, pois temos de conhecer para melhor servir conforme recomendação da espiritualidade através do espírito de verdade “Filhinhos amai-vos e instruí-vos”, daí a necessidade de despertar nosso sentimento de caridade, aquisição de conhecimento e pautar nossas ações com discernimento. Paulo curou a cegueira acometida
na visão de Jesus, quando chegou a Damasco, em sentido subjetivo a Federação Espírita do Estado de São Paulo pode ser comparada a Damasco do Espiritismo, porque muitos aqui veem em busca da cura da cegueira psíquica, origem das mais diversas patologias psicobiofísicas. Na Federação Espírita também encontramos Jesus representado pelos seus ensinamentos, pois nossa doutrina é a lídima representante do puro cristianismo sem rituais e dogmas, e também por ser ela o consolador prometido pelo Cristo. Entre Paulo e nós, existe a diferença quanto à finalidade os objetivos, ele foi a Damasco com a missão rabínica de aprisionar os cristãos para futuras condenações. Muitos que vem a Federação, que seria subjetivamente a Damasco, não para perseguir ou condenar, mas sim com finalidade de conhecer a Doutrina comprometendo-se de se reformar moralmente libertando-se do anacronismo causador de bloqueios em seu roteiro de evolução. Devemos incorporar na mente, principal atributo do espírito, a boa semente simbolicamente denominada de trigo, por Jesus, porém aí também poderá proliferar a semente do mal em forma de joio. Para Santo Agostinho, o mal não foi criado por Deus, porque o mal é a consequência da perda daquilo que é bom, portanto o bem é endógeno e o mal exógeno. E finalmente não se esquecendo da recomendação do espírito de verdade, amai-vos e instruí-vos, pois também conforme advertência Kardequiana, o verdadeiro espírita se reconhece pela sua transformação moral.
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Área de Ensino da FEESP comemorou o encerramento de suas atividades com belíssima festa no salão Bezerra de Menezes no dia 14/12/2014
ea nsino es E e d Área ta Ign res da EESP Julie o t e r i D aF Souza ente d Presid Pacheco de
o de Filosofia Diretor do curs ora nabe, exposit Roberto Wata s te representan Vera Braga e dos alunos
rso de Exposito Diretora do Cu ete Rey, exposi res Maria Elizab ra tolomeu Cruze tor Antonio Bar s o n s dos alu e representante
Oradora da tu rma de expositore s Juliana
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Diretora da Área de Ensino Zulmira Hassesian
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Ed. Curso rama, o d a t r Direto lexandra S o e A icard nica Mediú itor Pedro R alunos expos tantes dos en repres
Diretora do C urso Aprendiz es do Evangelho Fátima Luisa G iro, expositora Mar ia Oliveira e representante s dos alunos
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Artigo
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Casamento, traição e paixão
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screver sobre casamento, traição e paixão seria inconsistente se tratássemos apenas as questões atuais. Nós, espíritas, que acreditamos em reencarnação, e entendemos seus objetivos, precisamos também compreender todos os momentos históricos que levaram as pessoas: homens, mulheres e crianças a tomarem comportamentos não aceitáveis pela sociedade. Se pelos relatos Históricos, o livro mais reproduzido é a Bíblia e nela já identificamos que, em relação ao gênero, a mulher é condenada de imediato, sendo a razão dos erros de Adão e culpada por todas as dores de todas as mulheres; neste mesmo livro as mulheres foram responsáveis pela morte de João Batista, pelo enfraquecimento de Sansão e por tantas outras iniquidades. Devemos nos reportar que, apesar da Bíblia conter relatos de inspiração divina, muitas interferências devem ter ocorrido por ter sido escrita só por homens, em uma sociedade intensamente patriarcal, em que eles controlavam tudo e as mulheres não tinham direito a nada, sequer saber ler e escrever, e apenas, os chefes, os religiosos, é quem controlavam as sociedades. As maldades imputadas às mulheres ficaram estigmatizadas pelos séculos seguintes, sendo intensificadas na Idade Média como pessoas demoníacas e envoltas em bruxarias. O corpo feminino era apenas considerado uma incubadora da semente da vida, esta de responsabilidade do homem. Há quantos séculos nossos pre-
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Valdete Zorate
conceitos estão sendo enfatizados e estão em nossos arquivos mentais e espirituais? Alguns históricos aqui relatados o são para fazermos as reflexões necessárias dos hábitos e costumes sociais, e certamente serão poucos diante de tantos milênios de vida no planeta Terra. Somente com o Novo Testamento, com os relatos das ações e das palavras de Cristo, as mulheres foram enxergadas como dignas de respeito e qualidades. Isso só ocorreu quando Cristo questionou os que condenavam a mulher adúltera, quando Ele se referiu à Maria com o vocábulo “Mulher”. Em outro momento Cristo se aproximou de Maria Madalena, aceitou seu carinho e devoção perante todos, e fez dela sua primeira testemunha da Ressurreição. Neste momento Ele causou um espanto na sociedade patriarcal e realizou um resgate do “Feminino” nas Escrituras. Avicena (Séc. X), médico do Oriente Médio, orientava a esco-
lha das mulheres, como parceiras sexuais, de acordo com o tamanho e formato dos seios (grandes e firmes, bons. Pequenos, ruins. Flácidos, inadequados). Então, do séc. X ao XXI mudamos em quê? A poligamia, hoje censurada por várias culturas ocidentais, ainda é praticada por culturas do Oriente Médio e Extremo Oriente, e é citada no Antigo Testamento com o relato de Jacó, que teve duas mulheres, duas concubinas e seus doze filhos com as mulheres e com as concubinas. Desses filhos originaram-se as doze tribos de Israel. Como nossos hábitos foram plasmados ao longo dos milênios em nossas reencarnações? No Egito, com os papiros de Turim descobertos em 1822, apareceram cenas eróticas heterossexuais e homossexuais, sadomasoquismo, um homem com várias mulheres, assim como objetos usados nas práticas sexuais. No entanto, este documento só foi divulgado em
1973, e ainda com vários papiros sendo censurados pelo puritanismo de alguns dos arqueólogos. Na Roma Antiga, antes de Cristo, eram comuns os senhores da alta sociedade selecionarem crianças das famílias mais carentes, e iniciá-las nas artes da guerra e nas práticas sexuais. Só que, naquela época, a pedofilia não era considerada crime ou desvio de comportamento, e sim uma grande honra para a família da criança. Havia leis que desaconselhavam o celibato por causar problemas mentais, e solteiros ou os casais sem filhos sofriam sanções do império. A lei era ter filhos, obrigatoriamente. O adultério feminino, se descoberto, era penalizado com a morte, e executado pelo próprio marido traído. Quando ocorresse um estupro, se a mulher não conseguisse gritar por socorro, e era virgem, seria queimada viva, como castigo por não ter gritado. Isso só seria evitado se ela concordasse em se casar ( !!! ) com o estuprador. Os gregos quando invadiam outros países, raptavam as mulheres e as vendiam como escravas sexuais, ou as mantinham, como fonte de renda, pela prostituição. E havia uma hierarquia entre elas: com instrução intelectual e cultural – maior valor; dançarinas que tocavam flauta – custo médio; vendidas pelas famílias – menor valor. Algumas prostitutas eram viúvas e enxergavam a venda do corpo como única fonte de sobrevivência, e estas mulheres eram as únicas a manusear o dinheiro, o que causava ressentimento nos
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homens. Homens jovens (ainda na puberdade e com poucos pelos no corpo) também se prostituíam com homens mais velhos. Com a Cristianização de Roma, o casamento, antes um acordo somente entre as famílias, tornou-se uma maneira da Igreja ter o do controle da sociedade, e os casamentos passaram a ser arranjados mais como objetivos políticos e econômicos. Nesse período proibiu-se o divórcio, pois era difícil devolver terras, valores de dotes. Os casamentos eram verdadeiros investimentos financeiros. Na Idade Média, nos países da Europa, o Senhor Feudal era o primeiro a ter relações com a noiva de qualquer um de seus vassalos. Direito nunca declinado e se o noivo não concordasse, seria morto. Em algumas regiões a noiva deveria ser deflorada não pelo seu marido, mas pelo seu avô materno. No caso dele ter falecido, um primo materno executaria a tarefa. Na Europa (pagã) após alguns séculos dos hábitos de incesto e poligamia, estes foram considerados condenados por Deus na Europa, agora Cristianizada, por causarem deformidades e/ou deficiências mentais nos filhos dos casamentos consanguíneos. Nos séculos XI – XIII somente a Igreja Católica era responsável por autorizar os casamentos em toda a Europa Cristianizada. Quando ocorre a Reforma Protestante (séc. XVI) e criação da Igreja Anglicana o divórcio fora autorizado, tirando a hegemonia do catolicismo. Com a Revolução Francesa e a formação do Estado laico, iniciou-se o casamento só no civil. No Brasil o primeiro registro é de 1890, em Uberlândia. Casar por amor, era algo impensável na Antiguidade ou na Idade Média. Amor e casamento só come-
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çam a andar juntos a partir da Revolução Industrial. Somente em meados de 1930 as mulheres deixam de ser propriedades dos pais e dos maridos. Na segunda metade do século XX, após a liberação sexual com o surgimento da pílula anticoncepcional, as relações sexuais nos casamentos não visam apenas à procriação, mas uma fonte de prazer a dois, e com a possibilidade de permanecer ou não, ao lado de alguém que lhe faça feliz emocionalmente. Com este histórico de variações de atividades sexuais a dois, a três ou mais, com parentes próximos,
e agressivas. É gostoso SEMPRE começar? Será mesmo que o Brasil tem a cultura de “que não seja imortal, posto que seja chama, mas que seja infinito enquanto dure”? Quando nos apaixonamos, sentimos essa emoção pela pessoa em si ou pelo o que ela poderá agregar de valor social e material a nós? Selecionamos alguém apenas pelo aspecto físico e prazer sexual? Esta não seria uma forma primitiva de seleção? Relacionamentos pela Internet, sem contato físico, é traição também? E na Internet, os relaciona-
por interesses financeiros, com sexos diferentes ou com o mesmo sexo, em qual aspecto a sociedade de hoje, do século XXI, mudou? Se há tantas pessoas disponíveis, por que investir em uma relação que está já desgastada? Ou mesmo optar por viver só? Por que buscar paixões fora do casamento? É só o físico e os anseios de posições sexuais diferentes? É uma tentativa de sentir novamente a adrenalina do início? As paixões são avassaladoras, rápidas, possessivas, loucas, doentias
mentos são descartáveis ou podem sair do virtual e facilitar um envolvimento pessoal? Segundo o pesquisador Pierre Levy, filósofo especializado em mídias de informação e comunicação, em seu texto sobre “Ética do Amor”: “quem não se ama usa os outros para preencher as próprias deficiências”. Vale a pena manter o traidor ao lado? E se for um traidor habitual, como confiar novamente? Interessante a pesquisa que demonstra que o (a) traidor (a) contumaz
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é intransigente em perdoar a falha da (o) parceira (o). A possibilidade de trocar de parceiro (a) constantemente daria mais chances de encontrar a pessoa certa, ou fragilizaria a habilidade de aprender a conviver com alguém? Onde é melhor tentar encontrar alguém: nas baladas, em barzinhos? Após bebidas e danças com som em alto volume, o corpo está mais preparado para o sexo, por toda a excitação do álcool e da música, mais do que para o Amor. Como encontrar alguém que queira um compromisso, se o procuro em locais de sexo fácil sem o menor afeto? O que os costumes atuais estão estimulando nos jovens? Há casamentos, onde cada um sabe das escapadas do outro, e permanecem juntos por questões sociais e financeiras pois fica mais vantajoso manter-se com os infiéis do que dividir o patrimônio. Estatisticamente 40% dos casamentos realizados resultarão em divórcios. Esses comportamentos estariam presentes em nossos genes, em nossa forma de sermos “educados”, em nossa cultura social ou em nosso perispírito? Ou em todos esses componentes juntos? Ao longo da História das Sociedades, vimos movimentos de excesso de luxúria seguido de outros de contenção comportamental. Imagino que algo ocorrerá brevemente na sociedade, pois a desvalorização dos envolvimentos afetivos beira à insanidade. Os comportamentos atuais dificilmente se transformarão em Amor. O amor é antes de tudo, ético. Nosso prazer momentâneo não pode estar acima de uma relação de cumplicidade e companheirismo, ainda que as formas físicas tenham se transformados ao longo do tempo.
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E por falar em amor, ele existe mesmo ou é apenas um tema de poesia e da literatura da fase do Romantismo? O amor verdadeiro poderá ser vivenciado aqui no planeta Terra? Há relacionamentos que duram 40, 50, 60 anos com sintonia espiritual e amorosa entre as duas pessoas, que até se comunicam com o olhar. Eles riem das próprias dificuldades, ajudam-se mutuamente com muita cumplicidade, vão a festas, pois são ótimos parceiros de salão; viajam, pois ambos querem novos lugares e experiências; leem livros e comentam opiniões entre si. Mesmo que vivam horas de lazer separados, cada um com seus amigos (as) não haverá fatos que cortem seus laços afetivos. Quando um deles fica acamado, identificamos a dedicação intensa e cheia de carinho para o (a) companheiro (a) de jornada, são bons amigos e amantes. Quem já sentiu essas sensações é um privilegiado, e deve ter encontrado o (a) companheiro (a) da jornada atual, há várias encarnações, em todas as situações possíveis. Sim, é possível sentirmos um verdadeiro amor aqui no planeta Terra, só depende da evolução espiritual de AMBOS..
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Valdete Zorate dos Santos Após lermos poucos fatos Históricos em relação às experiência do Homem em nosso planeta, induzindo-nos às reflexões; com o conhecimento das reencarnações e do aprendizado espiritual, talvez consigamos fortalecer nosso Autoconhecimento, identificar nossas tendências emocionais, comportamentais e espirituais, intensificar nossa Reforma Íntima, nossos propósitos de Mudanças e quem sabe, um dia, possamos encontrar nosso (a) companheiro (a) de Alma em Evolução e sentir dentro de nós o real e verdadeiro sentimento do Amor. Do livro do Congresso Espírita FEESP 2014
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Entrevista
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Entrevista no programa “Um Sentido Para Sua Vida” Educação
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ilvia Cristina Puglia – Gostaria que você desse uma definição de educação. Cristhine Almeida - Educação é um tema muito amplo e fica difícil fazermos uma única definição num tema tão grandioso como esse. Porém, se buscarmos uma definição no dicionário, por exemplo, nós teremos uma definição objetiva. Ela é definida como instrução, conhecimento, mas a educação em si é muito mais do que isso. Então nós poderíamos dizer que a educação é uma base, aonde devem estar muitos princípios que vão auxiliar o ser a ter um comportamento ético, moral, um conjunto de ações que nós oferecemos para que alguém possa viver melhor em sociedade, na família, enfim em todos os âmbitos sociais. Silvia – Você poderia citar alguns educadores que contribuíram com educação no mundo? Cristhine – A nossa base de estudo para a educação são os educadores que contribuíram para que entendêssemos esse processo que é tão grandioso. Nós exaltamos a educação, pois é através dela que tudo se concretiza. É onde o ser humano se torna realmente apto a investir na sua transformação e na sua evolução. Então eu poderia dizer que quando nós fazemos uma lista de educadores, podemos correr o risco de esquecer algum porque são muitos, mas quando
Silvia Cristina Puglia entrevista Cristhine Almeida eu listo os educadores eu gosto de começar dizendo que grandes educadores são as mães. Mesmo com as falhas de todo os seres humanos, para mim, elas estão no topo daqueles que educam, porque uma mãe, ela tem total abnegação para influenciar positivamente o seu filho, para que seu filho se torne uma pessoa educada. Até mesmo porque é o primeiro contato da criança. Então, nós podemos citar na antiguidade Sócrates, que nos deixou verdadeiro tratado de educação 400 a.C. Depois podemos citar Comenius, um líder religioso tcheco, que traçou bases de uma educação inclusiva, uma educação para todos,
tirando a ideia de uma educação exclusiva para a nobreza e o clero. Podemos citar mais para frente, por exemplo, Pestalozzi. Foi o mestre de Allan Kardec e podemos dizer até que foi um pedagogo universal, pois ele criou tratados não apenas para educação escolar, mas também para família, política, religiosa. Podemos citar então, Kardec. Sabemos que ele não foi apenas o Codificador da doutrina espírita, ele foi um verdadeiro exemplo, um educador por excelência, que durante mais de 30 anos se dedicou realmente a educar, ensinar, traçar diversos conceitos que auxiliassem a educação do seu país e também do mundo. Também
temos Eurípedes Barsanulfo, Maria Montessori, Gandhi, irmã Dulce, todos aqueles que exerceram ao longo das nossas civilizações, história e educação, influencias positivas ensinando sobre ética, moral, ciências etc, são considerados educadores. Mas gostaria de finalizar minha lista citando o maior de todos. O pedagogo por excelência, o maior que a Terra já recebeu que é logicamente o Mestre Jesus. Porque Jesus trouxe os ensinamentos da forma mais pura e simples e que até hoje todos os ensinamentos cabem na nossa vivencia. Silvia – Quais são os critérios que uma educação completa deve englobar? Cristhine – As famílias se preocupam muito em educar os seus filhos, mas muitas vezes, a família pensa que educação é colocar a criança em uma boa escola. Muitas pessoas confundem a educação com essa passagem de conhecimento intelectual. Claro que esse conhecimento faz parte sim da educação, porém a educação completa é a que compreende desde a parte biológica, quando a criança nasce e ganha os seus primeiros cuidados higiênicos, etc. Isso tudo já é uma educação que nós estamos ofere-
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cendo para a criança. Além desses cuidados básicos, deve-se pensar da educação no sentido ético, moral, a educação religiosa que é muito importante. O individuo que cresce com uma vivencia religiosa, ele se torna um ser muito mais pleno e faz muita diferença. E claro, a educação intelectual, como dissemos, ela faz parte, mas não é a única e nem podemos pensar que precisamos educar para ter um bom comportamento. É muito mais do que isso, pois a educação completa, que nós precisamos sim nos preocupar de oferecer às nossas crianças, aos nossos jovens, precisa abranger todos esses critérios. Silvia – Explique a metodologia da educação espírita. Cristhine – Na educação espírita nós traçamos uma metodologia onde nós nos baseamos na teoria do Construtivismo. E embora pareça ele não é algo novo, não é da pedagogia nova, Sócrates já praticava o Construtivismo, Jesus já praticava essa teoria, que é a metodologia onde o aluno, seja uma criança, um jovem ou até um adulto, ele deve aprender construindo o próprio conhecimento. A verdadeira educação é aquela onde nós despertamos a consciência dessa pessoa que está aprendendo, aderindo voluntariamente às informações para o seu próprio bem estar, físico, mental e espiritual. Construindo o seu próprio aprendizado. Silvia – Muitos pais delegam a escola a função de educar, principalmente nos dias de hoje onde os pais trabalham muito e as crianças acabam ficando mais tempo sozinhas, O professores dão conta disso? E os educadores espíritas? Cristhine – Tanto os professores quanto os educadores espíritas, pois apenas há a diferença entre uns e
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outros que reside no conteúdo. A escola passando conteúdo informativo e o educador espírita o conteúdo formativo. Ambos podem dar conta, mas essa não é uma função apenas do professor ou do educador espírita. A função primordial da educação básica tem que ser da família, dos pais, daqueles que convivem com a criança, com o jovem. E isso não pode ser só um momento para educar, precisa ser em tempo integral. O adulto precisa ter uma postura educativa o tempo todo e isso não é fácil. Todo momento é uma oportunidade de nós educarmos. A escola contribui muito com isso logicamente. Um professor bem responsável, bem comprometido. Um educador espírita também bem preparado poderá contribuir sim com a educação da criança através do seu próprio exemplo, pois nós temos que entender que educação é exemplo. A teoria é essencial também, porque ela sistematiza, registra aquele conjunto de ações, porém o que fica mesmo para cada criança que vai sendo educada é o exemplo. Silvia – Porque é mais difícil educar hoje com toda essa tecnologia avançada? Cristhine – Hoje em dia o desafio está maior. Não só por conta da tecnologia, mas também nós já estamos recebendo na Terra, espíritos que já vem com uma bagagem diferente. Uma autonomia maior, uma personalidade mais aflorada. Tudo isso junta-se com esse momento, com essas facilidades, essa tecnologia e os pais se sentem bastante perdidos mesmo, porque não seria justo dispensar toda essa tecnologia, pois é essa a geração dela, porém é necessário, e cabe aos pais e educadores colocar o limite. Devem esclarecer aos filhos, alunos, educandos, quais são os benefícios
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e também os malefícios. Esses malefícios, são que com o excesso de tecnologia, a facilidade em excesso, ela tira o desafio de ir em busca, porque temos tudo mais fácil. Além disso, a tecnologia não pode substituir a escrita, a construção mental, a leitura, etc. Nós temos que mostrar isso para a criança e desde cedo ela consegue entender. Ao mesmo tempo em que não podemos deixar de usufruir da tecnologia nas nossas aulas, no nosso processo educativo. Devemos utilizar, mas com limites claros, muito diálogo e acompanhar o que a criança está usando, principalmente a respeito da internet. Silvia – Como Allan Kardec abordou o tema educação na Codificação espírita? Cristhine – A Codificação espírita é altamente educativa. É uma das características primordiais da Doutrina, que é um tratado educativo. Ela o tempo todo nos alerta como deve ser a nossa atitude, nosso comportamento, como devemos agir. Isso é educação. Kardec sendo um grande pedagogo que foi, ele não iria codificar a doutrina de uma outra forma que não fosse uma atividade extremamente educativa. Em muitos momentos em que estudamos a doutrina espírita, todos os livros, nos percebemos que estão citadas formas de se educar e formas de se agir pela educação. Kardec nos diz algo muito interessante: “Quando nós entendermos o que é educação e tratarmos a educação como tratamos o intelecto, conseguiremos manejar as características e realmente educar”. Diz ainda que “Somente quando extirparmos o orgulho e o egoísmo de nós mesmos e ensinarmos isso às nossas crianças é que conseguiremos educar integralmente, formando a base da nossa educação”.
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Silvia – Você diria que a educação é a base do progresso? Cristhine – Sim, sem dúvida. Assim como também está na codificação, que sem a educação nós jamais teremos o progresso, nem individual e nem coletivo, porque somente progredindo individualmente pela educação, é que nós vamos colaborar com processo de progresso coletivo. A educação abrange também, a educação ambiental. Não somente a nossa postura conosco mesmo, mas também com nosso próximo, com o nosso planeta, com os nossos recursos naturais. Então aqueles que têm uma educação ambiental, que entendem que a ecologia precisa estar em pauta quando educamos, quando ensinamos, Eles terão mais facilidade para se adaptar nesses momentos. Silvia – Qual a pedagogia que Jesus utilizava? Cristhine – Poderíamos resumir dizendo que é a pedagogia do amor, porque Jesus, mesmo nos momentos em que Ele advertia com mais seriedade, fazia isso com muito amor. Isso é um exemplo para nós, pois nós podemos sim educar às vezes com alguma rigidez, mas não deixando o amor de lado. Então a pedagogia de Jesus é aquela que Ele ensinou diante da natureza, diante da realidade de cada um. Por isso nós dizemos que Jesus já nos deu o exemplo do construir a si mesmo, do construtivismo. Porque Jesus educava a partir da realidade de cada uma daquelas pessoas que Ele convivia. Mostrava os exemplos que aquelas pessoas viviam. Fica muito mais fácil aprender, quando são utilizados critérios da minha realidade e é isso que Jesus fazia. Usando exemplos dos costumes da época, os pescadores, os artesãos, pastores, etc. Jesus foi realmente o pedagogo do amor por excelência.
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Cinema
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Conversando com Renato Prieto Silvia Cristina Puglia entrevista o ator Renato Prieto sobre o filme “A menina índigo”
Silvia Puglia - Quem teve a ideia de transformar em filme esse assunto? Renato Prieto - O diretor Wagner de Assis, o mesmo que dirigiu os filmes “A Cartomante” e “Nosso Lar” e tem a consultoria do americano Harold Arper. Ele já havia comentado comigo que tinha vontade de transformar o assunto em filme já que esta ideia já consta em livros publicados em vários países... Então, ele amadureceu a ideia, me convidou e claro eu feliz, aceitei o convite para atuar no filme. Silvia - Qual é o seu personagem? Renato - Eu faço o Jair, um jardineiro que tem uma relação bem bonita com a menina Sofia (a Menina índigo). Serão momentos emocionantes e farão as pessoas pensarem sobre vários aspectos da vida e sua simplicidade. Juntos, eles combinam que vão colorir o mundo, ele com suas flores e ela com tinta. Silvia - Quem vai ser a menina índigo? Renato - Uma jovem atriz chamada Letícia Braga (9 anos). A Letícia foi escolhida através de teste. Estão também no elenco o Murilo Rosa que faz o pai e a Fernanda Machado que faz a mãe da menina Sofia.
Murilo Rosa, Fernanda Machado e Renato Prieto Silvia – Como estão os preparativos? Renato - Já nos encontramos para fazer a leitura do texto seguido de um bom bate papo onde fizemos novas amizades e trocamos ideias sobre os personagens. Agora, as filmagens já começaram e as locações da filmagem são sempre no Rio de Janeiro. Está tudo caminhando muito bem e na paz... Silvia – Há previsão de estreia?
Renato Prieto e Silvia Puglia
Renato - Nesse momento eu não saberia responder a essa pergunta... Acredito que seja para segundo semestre de 2015. Silvia – O assunto “crianças índigo” foi bem recebido pelo elenco e a equipe? Renato - Todos estão muito empolgados com o filme e o belo roteiro escrito pelo Wagner. Nos encontros onde todos estavam presentes senti uma bela união e a empolgação de um novo trabalho que traz uma bela mensagem. Silvia – Os atores são todos espíritas? Renato - Costumo dizer que o primeiro passo para você fazer bem as suas escolhas (no nosso caso representar) é ter talento /conhecimento. Preparo seguido de comprometimento, dedicação, amor, etc... Se além desses itens a pessoa também for espírita acredito que
tudo tende a correr muito melhor já que seu colega de trabalho tem conhecimento do assunto que está sendo abordado, mas, temos que concordar que ser espírita não significa que a pessoa tenha talento para esta ou aquela tarefa... Não perguntei, honestamente, se todos são espíritas, mas vi diante de mim que Wagner escolheu muito bem todos os componentes da equipe, só vi gente do bem e comprometida. Silvia – Você considera importante esse assunto para o momento atual da humanidade? Renato - Acho que precisamos apostar em ideias/assuntos que ajudem aos seres encarnados a um melhor entendimento das várias mudanças que vem acontecendo no nosso belo planeta... Então posso garantir que o filme traz belas mensagens além de ser uma oportunidade para pensarmos no assunto.
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Matricule-se e usufrua desses magníficos conhecimentos
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PALESTRAS PÚBLICAS AOS DOMINGOS E EVENTOS DA FEESP Sede Central – Rua Maria Paula, 140 – Bela Vista – São Paulo
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01/02 CONSCIÊNCIA E VIDA Roberto Watanabe 10h PALESTRANTE: ATRAÇÃO MUSICAL: TEMA:
domingo
08/02 OBSESSÃO NO COMA Magali Sola Santos 10h PALESTRANTE: ATRAÇÃO MUSICAL: 14 e 15/02 das 9h às 18h
02/03 TEMA: A MEDIUNIDADE DE FRANCISCO 10h CÂNDIDO XAVIER PALESTRANTE: Maria Oliveira dos Santos ATRAÇÃO MUSICAL: Andrea Bien
Denise Manzo e Leandro Gomes ESPECIAL
domingo
MARÇO / 2015
08/03 TEMA: A MULHER E A 10h MEDIUNIDADE domingo
Marco Antônio Rodrigues e Thiago Sivila
ENCONTRO DE CARNAVAL Informações e incrições: www.feesp.org.br
22/02 SOLIDÃO E 10h SOLIDARIEDADE TEMA:
PALESTRANTE: Ana Cristina Cavallo ATRAÇÃO MUSICAL: Orquestra e Coral Carlos Gomes da FEESP
PALESTRANTE: Sueli Ribeiro ATRAÇÃO MUSICAL: Denise Perez Manzo e Isis Biaziolo de Oliveira
15/03 TEMA: A TENTAÇÃO DE JESUS Lila Esther D’Alessandro 10h PALESTRANTE: ATRAÇÃO MUSICAL: domingo
Orquestra e Coral Carlos Gomes
22/03 TEMA: O CONHECIMENTO 10h LIBERTA domingo
PALESTRANTE: Rosânia Dela Bruna ATRAÇÃO MUSICAL: Marcos Antonio Silva e Silvia Órfão
29/03 TEMA: LEI DE AÇÃO E REAÇÃO Nemer Tarraf 10h PALESTRANTE: ATRAÇÃO MUSICAL: domingo
Denise Perez Manzo e Leandro Gomes
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Fevereiro - um mês com várias escolhas
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novo mês de Fevereiro nos proporciona a bênção de novas características, pois dá, principalmente, a oportunidade clara de utilizar os nosso livre-arbítrio e escolher o caminho que pretendemos seguir. É o que comprovamos com a existência de uma espécie de missão de algumas pessoas famosas, evidenciadas, por exemplo, com a coincidência de dois Espíritos igualmente evoluídos que se uniram para a formação do Espiritismo. O nascimento de ambos propiciou uma aproximação e um trabalho em comum, com Pestalozzi e Allan Kardec baseou-se em seus ensinamentos para formar a Codificação do Espiritismo, seguindo os métodos de ensino que criou e cujo curso foi seguido por Allan Kardec e que o ajudou a formar a base para a Codificação do Espiritismo. Verificamos então, que ambos tiveram uma missão comum, Pestalozzi dedicando-se aos órfãos desamparados e Allan Kardec lançando o lema “Fora da Caridade não há salvação!” Allan Kardec nasceu em 1804 enquanto Pestalozzi morreu 23 anos depois, em 17 de fevereiro de 1827. Na obra de Léon Denis, “O Gênio Céltico e o Mundo Invisível”, encontramos as seguintes frases muito esclarecedoras: “A partir da vida do espaço, compromissos são assumidos entre certos Espíritos para reencarnarem, nos mesmos meios para aí prosseguirem uma evolução conjunta.” Como já nos disse o próprio Allan Kardec, o Espírito, no seu re-
gresso ao espaço, procura os grupos de almas em vibrações harmônicas com as suas próprias visões e os seus sentimentos. As novas características dessa época que iniciamos, apesar disso, apresentam a existência de fatos muito diversos:
Carnaval
O primeiro deles, sem dúvida, é a instituição do Carnaval, período de alguns dias em que a humanidade se vê frente a frente com desregramentos e libertinagens proporcionados pela matéria, que suplanta o espírito. O Carnaval originou-se do Entrudo, como sua primeira manifestação, quando havia três dias de violência, arremessos de baldes de água, de ovos, de vassouras, tintas
e gesso atirados no rosto e na roupa dos incautos. Essas atitudes possibilitavam dar asas à vontade de satisfazer a agressividade de diversas maneiras. Não tardaram a ser substituídas por algo que pertencia às tradições da Antiguidade que a Igreja recuperou e à
qual deu o nome de Carnaval, que significa “abstenção de carne”, isto é proibição de comer carne durante a Quaresma. Estranhamente, há uma frase de Jesus a esse respeito que foi ignorada pela Igreja dogmática em Mateus 15:11 - “Não é o que entra pela boca que contamina o homem; mas o que sai da boca, isso é o que o contamina.” A estreia do novo Carnaval deu-se no Rio de Janeiro com a primeira “carreata” de carros alegóricos, no dia 28 de fevereiro. Pensa-se que sua origem foi na Grécia, em meados dos anos 600 a 520 a.C, quando os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção, que passou a ser a comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C., antes da Quaresma. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo e nas várias festividades por todo o planeta, mostram hoje fortes influências cariocas. O Carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior Carnaval do mundo, mas, por alguma razão, há
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Léon Denis
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E a lista é extensa: Nossa Senhora de Lurdes, Nossa Senhora de La Salete, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Graças. E outras mais, com nomes semelhantes. Na verdade a aparição de um Espírito superior é muito possível, segundo o Espiritismo, embora não
poucos anos, o Carnaval de Nova Orleans (que era considerado mais escandaloso que o do Rio), foi inesperadamente prejudicado pela invasão destruidora da Natureza e a cidade ainda não conseguiu se recuperar totalmente.
Aparições de Maria mãe de Jesus
Lembramos também que: Ao lado do Carnaval, outra ocorrência inteiramente oposta em conteúdo, é digna de registro e teve seu início no dia 12 de fevereiro de 1858, quando o mundo tomou conhecimento das “milagrosas” aparições de Nossa Senhora de Lourdes, vistas por uma camponesa chamada Bernadete. É sabido que a aparição teria dito a Bernadete: “Eu prometo fazer você feliz, não neste mundo, mas no próximo”.
Allan Kardec garanta que esse Espírito seja realmente o da Mãe de Jesus. Seriam Espíritos Superiores, que, preocupados com o atraso do nosso planeta, estariam aparecendo em vários lugares, apresentando-se como
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Nossa Senhora, e tomando o nome dessas localidades. É a explicação sugerida por Allan Kardec ao falar sobre o fenômeno de aparições de Nossa Senhora em La Salete. Tudo isso reflete um retrato das possibilidades oferecidas pelo mês de fevereiro, apresentadas em sentidos opostos de utilidade, selvageria e moral. Deus, em sua infinita sabedoria, sabendo do nosso atraso como planeta, oferece, com toda a certeza, as opções diversas que esse atraso demonstra. Podemos aceitar o significado que têm os encontros combinados de Espíritos para fazer evoluir nosso mundo, como também podemos aceitar uma moralidade baixa que só irá atrasar a nossa evolução, ou apoiar também toda a violência selvagem de que muitos jovens, até bem criados, estão possuídos, mas também podemos nos alegrar, sabendo que Deus sempre estará presente nos oferecendo os caminhos opostos à violência, para que possamos evoluir sempre e mais. Essa violência, aliás, vem atestar mais uma vez o atraso do nosso planeta representado por nosso país, que está chegando a mostrar características selvagens, com a destruição de patrimônios por uma multidão enfurecida, incêndios de meios de transporte por simples questão de
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Alceu Nunes - Escritor espírita preferências por um ou outro clube esportivo, a aceitação do sexo desenfreado e outras atitudes sem a menor justificativa moral, como as barbaridades que ocorrem diariamente e que a mídia de um modo geral, provoca e patrocina, visando o lucro fornecido pelos anunciantes. É também o que acontecia com os divertimentos no século passado, dos quais o melhor exemplo é o Entrudo, que, infelizmente, durou muitos anos. Em contrapartida, percebemos a revolta da Natureza, quanto a eventos insólitos, de carnaval ou sexo, como nos casos do tsunami na Tailândia, considerada o paraíso mundial do sexo livre e em Nova Orleans. Para nosso conforto e esperança, no caso do presente mês de Fevereiro, ele será sempre uma oportunidade de utilizar o nosso livre-arbítrio e a nossa Reforma Íntima para decidir qual o caminho a seguir.
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