FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1936
JULHO DE 2014 Nº 904
O SEMEADOR Internacional ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO FUNDADO EM 1º DE MARÇO DE 1944
www.feesp.org.br e-mail: divulgacao@feesp.org.br
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FEESP
R$ 6,50
78 anos transformando vidas
Sumário
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Editorial
FEESP 78 anos. Um pouco da história de sua fundação.
5 Palestras públicas na FEESP 6 Conexões e estruturas em desfazimento 8 É necessária a guerra? 11 O livre arbítrio 16 Frutos 18 Licenciosidade 19 Sempre é tempo de recomeçar 20 Visão Espírita do aborto - aborto Programação de Palestras Públicas Roberto Vilmar Quaresma
Renato Costa
Roberto Watanabe
Leda Maria Flaborea
Paulo Henrique Wedderhoff Celisa Maria Germano
Vera Cristina Marques de Oliveira Millano
espontâneo e provocado
26 Notícia Internacional Umberto Fabbri
EXPEDIENTE Revista bimestral Assinatura anual: R$ 36,00 Fundado em 1º de março de 1944, por Marta Cajado de Oliveira (Diretora Responsável 1896/1989); Pedro Camargo “Vinícius” (Diretor Gerente - 1878/1966) e Cmte. Edgard Armond (Diretor Secretário - 1894/1982). Conselho Editorial Julieta Ignez Pacheco de Souza, presidente da FEESP, Maria Elizabete Baptista, vice presidente, Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia, diretora da Área de Divulgação, e demais membros da Diretoria Executiva da FEESP Editor: Altamirando Dantas de Assis Carneiro (MTb 13.704) E-mail: divulgacao@feesp.org.br As opiniões manifestadas em artigos assinados, bem como nos livros anunciados são de responsabilidade de seus autores e editores, não refletindo, obrigatoriamente, o pensamento da Revista O Semeador Internacional, de seu Conselho Editorial ou da FEESP. Redação: Rua Maria Paula, 140, Edifício Allan Kardec, 3º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 Ramal 224 Administração: Rua Maria Paula, 140 – Edifício Allan Kardec, 8º Andar, Bela Vista, São Paulo – SP, CEP 01319-000 – Tel.: (11) 3115-5544 – Fax.: (11) 3104-2344. Portal: www.feesp.org.br E-mail: divulgacao@feesp.org.br Registrado de acordo com os artigos 136131 do Decreto Federal 4.853 de 1939. CNPJ 61.669.966/0014-25 – Inscrição Estadual: 114.816.133.117 Assistência Social da FEESP: Casa Transitória Fabiano de Cristo, Av. Condessa Elizabeth de Robiano, 454, Belenzinho, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2797-2990 Casa do Caminho, Av. Moisés Maimonides, 40, Vila Progresso, Itaquera, São Paulo – SP, Tel.: (11) 2052-5711 Sede Santo Amaro: Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo – SP, Tel.: 3107-2023 Centro de Convívio Infanto-Juvenil D. Maria Francisca Marcondes Guimarães – Rua França, 145, B. Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP Diretoria Executiva: Presidente: Julieta Ignez Pacheco de Souza Vice Presidente: Maria Elizabete Baptista Diretor da Área de Assistência e Serviço Social: Eli de Andrade Diretora da Área de Ensino: Zulmira Hassesian Diretora da Área de Assistência Espiritual: Maria de Cássia Anselmo Diretora da Área de Divulgação: Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia Diretora da Área de Infância, Juventude e Mocidade: Vera Lúcia Leite Diretora da Área Financeira: Sonia Puggina Diretora da Área Federativa: Nancy César Campos Raymundo Presidente do Conselho Deliberativo: Afonso Moreira Junior Editoração: TUTTO (11) 2468-3384 Impressão: Gráfica Brasil (11) 3266-4554
Editorial
FEESP 78 anos
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Um pouco da história de sua fundação...
Desde 1919, quando o Dr. Bezerra de Menezes já assumira no plano espiritual o apostolado do espiritismo brasileiro , Edgard Armond e Chico Xavier já estavam encarnados e já existia a ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA SÃO PEDRO E SÃO PAULO, funcionando na Rua José Bonifácio e também o CENTRO ESPIRITA CELESTINO DOS SANTOS, com sede na parte alta da Ladeira da Memória... Os dirigentes desses dois Centros desprendidamente resolveram fundir seus patrimônios e formaram um só, dando posteriormente origem a FEESP. Primeiramente criaram a “Congregação Espirita de São Paulo”, o evento foi amplamente anunciado pela cidade como se pode ver através da circular abaixo:
O SEMEADOR Internacional
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E quando já estava na Presidência o Sr. João Batista Pereira, transferiu-se a sede para Rua Maria Paula e na inauguração foi decerrada uma Placa que até hoje está na FEESP - “CASA DOS ESPIRITAS DO BRASIL”. 4
Pedimos a JESUS que a FEESP continue sempre com dirigentes bem intencionados e possa continuar a ser o Farol a iluminar a humanidade. (Trechos extraídos do Livro 150 anos de espiritismo, Edições Feesp, Alceu Nunes). Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia
TODOS OS DOMINGOS NA FEESP FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ENTIDADE FEDERATIVA E ORIENTADORA DO ESPIRITISMO ESTADUAL
JULHO / 2014 06/07 10h 13/07 10h 20/07 10h 26/07 18h 27/07 10h
TEMA: CRIANÇA COM VISÕES E PESADELOS PALESTRANTE: Márcia Ribeiro Prasinos ATRAÇÃO MUSICAL: Gianpietro Saisi - Violino e piano TEMA: A CIDADE ESPIRITUAL EM SÃO PAULO PALESTRANTE: Verena Guimarães ATRAÇÃO MUSICAL: Coral e Orquestra Carlos Gomes TEMA: MAU OLHADO E FEITIÇARIA NA VISÃO ESPÍRITA PALESTRANTE: Marcos Antonio Galindo ATRAÇÃO MUSICAL: Denize Manzo e Leandro Gomes - Piano e violino SÁBADO - CINEMA NA FEESP FILME: O MISTÉRIO DA LIBÉLULA COMENTÁRIOS E DEBATES APÓS O FILME: Celisa Maria Germano TEMA: ENERGIA MENTAL E VIDA SAUDÁVEL PALESTRANTE: Bernardeth de Brito da Silva ATRAÇÃO MUSICAL: Marivone Caetano - Soprano e piano
AGOSTO / 2014 03/08 10h 10/08 10h 17/08 10h
TEMA: ESQUECIMENTO DO PASSADO E O COMA PALESTRANTE: Ana Lúcia Garippo ATRAÇÃO MUSICAL: Silviane Bellato - Soprano TEMA: HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE PALESTRANTE: Telma Craide ATRAÇÃO MUSICAL: Coral e Orquestra Carlos Gomes TEMA: A MORTE NA VISÃO DO ESPIRITISMO PALESTRANTE: Alexandre Caldini ATRAÇÃO MUSICAL: Yuri Jaruskevicius - Canto
na Área de Infância, 24/08 ENCONTRO DE JOVENS Informações Juventude e Mocidade - CINEMA NA FEESP 30/08 SÁBADO FILME: O SEXTO SENTIDO 18h COMENTÁRIOS E DEBATES APÓS O FILME: Celisa Maria Germano MEDIUNIDADE 31/08 TEMA: PALESTRANTE: Umberto Fabbri 10h ATRAÇÃO MUSICAL: Marco Antonio e Thiago Sivila
CONEXÕES E ESTRUTURAS
em desfazimento
Q Q
Roberto Vilmar Quaresma
uando a população imoral de uma determinada região se vê acuada pela falta de certa substância que a alimentava, todos do grupo sofrem por não mais perceberem o alimento do qual se nutriam. Obviamente a abstinência fará com que alguns sintam mais a ausência do que outros; o que é normal, pois aqueles que mais se importavam com o que lhes chegava mais insatisfeitos ficarão e, portanto, devido as suas condições espirituais, mais atormentados se mostrarão e mais desesperadamente agirão, demonstrando em suas ações a desorganização interior. Este é um dos quadros fortemente presentes hoje no Planeta Terra; isto porque, a conjuntura de grupos encarnados em sintonia com a perversidade dos desencarnados encontra-se em cisalhamento, devido às estruturas das trevas estarem sendo desfeitas pela atuação dos Benfeitores Espirituais, em atendimento as necessidades cósmicas de elevar a Terra a etapa Regeneração. Então, as inspirações e os fluidos percebidos pelos encarnados em sintonia, assim qualificados acima, têm o volume dos tóxicos mentais em decadência e, por sentirem a falta da substância energética doentia que os nutria em seus sentimentos, perdem o norte das ações e passam a agir desordenadamente e sem qualquer princípio protetor das ações contrárias. Situação facilitadora para neutralização das suas pertinências malignas. As Leis que regem o Universo são muito mais do que sábias. São Divinas. Quando o tempo solicita e a necessidade se faz para que determinadas condutas ou comportamentos sejam desarticulados, os pontos a serem desconectados sempre são aqueles que escondidos acionam os mecanismos aparentes, ou seja, primeiramente anula-se a causa acionadora daqueles, antecipadamente, enquadrados para produzirem os efeitos, se bem que, muitos dos executores dos feitos, também são a própria causa, em considerando o evento. Esta é a conjuntura que no momento ocorre no planeta e, em particular, no Brasil. Sabemos, aqueles que 6
são estudiosos da Doutrina Espírita que, se “Os Tempos são Chegados” ¹, há processos entrando em ampliação para agilizar as necessidades dos tempos seguintes. Ora, vários desses processos encontram-se em ajustes; uns com suas estruturas já em movimento há algum tempo, porém sendo intensificadas; outros, agora entrando em articulação de forma mais definitiva e eficaz, por isso mesmo mais sentido e contundente. Não há mais espaço para fazimento ou refazimento de futilidades, e de ações não especializadas na Corrente do Bem. Toda movimentação que estiver se desenvolvendo através de princípios desonestos em relação à Lei Divina sofrerá derrocada, que deixará seus idealizadores, organizadores, participantes e simpatizantes a critério dos efeitos libertinos constituídos. E mais, a grande maioria dos pervertidos (encarnados) ao receber o impacto da desarticulação, ou seja, não mais recepcionar as energias maléficas, interiormente sentirá pânico, e, como a totalidade dos participantes desconhece o porquê da tormenta, passa a agir sob o estímulo da incerteza, produzindo comportamentos acentuadamente aflitivos e perturbadores. Tal sentimento operando em cada indivíduo, desse grupo imoral, é propiciador para torná-los desbalanceados em suas ações, facilitando aos atuantes nas leis vigentes, sobre a crosta terrestre, aprisioná-los, tirando-os desse circuito maligno. Conquanto, grande parte dessa população padecerá com a morte do corpo físico, imposta pelos cumpridores das leis dos homens. O fato é que essa temporada de acertos, necessária à passagem do tempo, traz o verso e o contraverso, porque acaba arrastando para os cumpridores da lei humana a inserção em erros, pode-se dizer lastimáveis. Embora as consequências para a multidão benigna passem a conceder rmelhores momentos para a vida sobre o solo denso, as pairagens espaciais nas camadas da atmosfera próximas da crosta, por período não dimensionável, é de sofrimentos inenarráveis, solicitando dos Benfeitores Espirituais compaixão ilimitada e trabalho sem fim.
Atendimento diário na FEESP sede Maria Paula
Na teia da vida cada qual se coloca onde sua bagagem mental o situa. Fica visto, então, que ampliar o conhecimento em torno das situações vivenciadas ajuda a promover no Ser equilíbrio espiritual. Pois, sabedor dos porquês das circunstâncias que o cercam, o ajuste se faz automaticamente pelos dados adquiridos e depositados na memória existencial que se entrelaça com a memória inconsciente, trazendo os parâmetros da compreensão à consciência. Agradeçamos a Deus os benefícios que estão sendo depositados sobre a Terra para torná-la amplamente iluminada, onde seus transeuntes poderão pousar os passos em estradas benfazejas, com obstáculos mínimos, e sentirem a paz acolhedora ao redor. Façamos todos, da gratidão, o motivo de bem-estar elevando-a a Deus, nosso Pai, por ajudar-nos a conquistas superiores, porquanto, mesmo os controvertidos, queiram ou não, a ajuda se estabelece para levá-los à regeneração, um dia. ¹ A Gênese – Allan Kardec, capítulo XVIII.
A FEESP está aberta de 2ª a sábado, das 8h às 21h30. Procure o DEPOE (Departamento de Orientação Espiritual) e você será atendido gratuitamente.
Roberto Vilmar Quaresma foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2011 e 2014. É expositor, palestrante e articulista espírita de revista e jornais. Contato: quaresmaroberto@ig.com.br
Aos domingos a FEESP está aberta das 8h às 17h, com palestras públicas ou eventos e assistência espiritual O SEMEADOR Internacional
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É NECESSÁRIA
a Guerra?
E E
Renato Costa
studar a Codificação é uma experiência fascinante, pois, por mais vezes que o tenhamos feito antes, a cada novo estudo sempre se encontra pontos novos para reflexão. Na parte 3ª, capítulo VI de O Livro dos Espíritos, intitulado “Da Lei de Destruição”, abordando o tema “Guerras”, Kardec fez a seguinte pergunta aos Espíritos: 744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra? R.: “A liberdade e o progresso.”
Kardec, como fez em muitas outras vezes, replicou para que a resposta ficasse ainda mais clara: 744-a. Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade, como pode frequentemente ter por objetivo e resultado a escravização? R.: “Escravização temporária, para esmagar os povos, a fim de fazê-los progredir mais depressa.” A resposta ao desdobramento é interessante, pois mostra que, mais que apenas ensinar, o sofrimento acelera o aprendizado. Numa situação de submissão, as pessoas são mais solidárias, aprendem a importância de se ajudarem mutuamente, tornam-se mais pacientes, mais tolerantes, impossibilitadas que estão de realizar tudo o que desejam. Um povo subjugado é obrigado a mudar seu modo de vida, o que muitas vezes é benéfico para ele e para outros povos. Um caso relativamente recente foi a invasão do Tibete pela China. O budismo tibetano, com toda sua riqueza de ensinamentos, era restrito a conventos encravados naquelas remotas alturas. Perseguidos em seu país, monges e estudiosos foram para a Europa e para a América, fundaram mosteiros, publicaram livros, divulgando por todo mundo ensinamentos milenares que antes estavam escondidos e eram do conhecimento de poucos. Mas não foi a liberdade a única consequência da guerra na resposta dos Espíritos. Eles também disseram que a guerra causa o progresso e, por algum motivo, Kardec não explorou essa parte da resposta. Em que sentido, a 8
guerra poderá causar o progresso? Examinando a história desde as mais remotas eras, veremos que as guerras e as invasões foram responsáveis no passado por levar conhecimento de uma parte a outra do mundo. No terceiro século antes de Cristo, o rei Alexandre III da Macedônia, que ficou conhecido como Alexandre Magno, levou conhecimentos e hábitos da Grécia para a Ásia e trouxe conhecimentos e hábitos da Ásia para a Europa. Duzentos anos mais tarde e por mais de um século, Roma absorveu conhecimentos dos gregos e espalhou pela Europa suas leis, costumes e técnicas de engenharia, preparando povos, ainda primitivos, para a civilização. Entre os séculos IV e V, os hunos, ao invadir a Europa pelo norte e depois descerem até a Itália causaram correntes migratórias dos povos que fugiam de seu avanço, colonizando regiões antes desabitadas. Na Idade Média e por muitos séculos após, os mouros, ao invadirem a península Ibérica e o sul da Itália, levaram para a Europa conhecimentos de astronomia e engenharia que haviam aprendido com os egípcios e os gregos. Hoje, o conhecimento é compartilhado por toda a humanidade pela TV e pela Internet, não há mais necessidade de guerras para prover esse progresso, mas no século XIX, quando foi escrita a Codificação, a resposta dos Espíritos fazia, como não podia deixar de ser, todo sentido. E hoje, será que ainda faz? Nações em guerra investem maciçamente em pesquisa para fins exclusivamente militares, mas, ao fim do conflito ou paralelamente a ele, muitas descobertas e invenções concebidas para a guerra acabam se tornando úteis para fins pacíficos. Em decorrência desse fato, a medicina, a engenharia, as ciências em geral e as tecnologias sofrem grandes avanços em decorrência das guerras. O progresso, no entanto, não está limitado ao conhecimento e aos avanços científicos e tecnológicos, pois, como todo espírita sabe, existe um aspecto do progresso que é mais importante: o progresso moral. Em que sentido, então, a guerra poderia fazer crescer o progresso moral? A resposta a essa pergunta está em parte no desdobramento que Kardec fez e que comentei mais acima.
Sob as condições de opressão em que os vencidos se encontram após uma guerra, muitos deles desenvolvem a solidariedade, a tolerância e a paciência. Não são apenas os vencidos, no entanto, que podem progredir moralmente em uma guerra. São frequentes os casos em que os horrores da guerra - crianças órfãs morrendo de fome, homens e mulheres aleijados, cadáveres por toda a parte, casas destruídas e pessoas aos farrapos alojadas em abrigos causam tamanha comoção interna em soldados do exército vencedor que, após a guerra, eles se enojam da vida militar, largam as armas e se tornam pacifistas. Agora que já entendemos a resposta dos Espíritos, que tal explorarmos a pergunta de Kardec? O leitor não estranhou nada na pergunta? Vamos repeti-la: 744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra? Se lermos as questões 742 e 743 veremos que não foram os Espíritos que disseram ser a guerra necessária. Vejamos: 742. Que é que impele o homem à guerra? R.: “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem - o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as cau-
sas, fazendo-a com humanidade, quando a que nos encontramos, de acelerar sente necessária.” nosso progresso material e moral. E nos planetas mais avançados, Como vimos nessa reposta, os haverá quem provoque a guerra? Espíritos disseram que são os ho- Será ela necessária? mens que, às vezes, julgam a guerNa Revista Espírita de agosto de ra necessária. Desse modo, se pode 1862, em uma série de perguntas concluir que ela poderia não existir e que Kardec faz ao Espírito Georo progresso, mesmo que demorasse ges, que havia ditado uma descrição mais, aconteceria. Mas continuemos do planeta Vênus, lemos o seguinte: analisando as perguntas de Kardec e as respostas dos Espíritos. 5. O caráter sob o qual descreveis os habitantes de Vênus leva-nos a 743. Da face da Terra, algum dia, a pensar que entre eles não haja guerguerra desaparecerá? ras, querelas, ódios e inveja. “Os homens só se tornam o que as pa“Sim, quando os homens com- lavras podem exprimir e seu pensamento preenderem a justiça e praticarem a limitado está privado do infinito. Assim, lei de Deus. Nessa época, todos os sempre atribuís, mesmo aos planetas supepovos serão irmãos.” riores, as vossas paixões e os vossos motivos inferiores, venenos depositados em vossos A resposta dos Espíritos à ques- seres pela grosseria do ponto de partida, tão 742 causa-nos uma reflexão pre- dos quais só vos curais lentamente. As diocupante. “No estado de barbaria, visões, as contendas e as guerras são descoos povos um só direito conhecem - nhecidas em Vênus, assim como entre vós o do mais forte”, disseram os Espí- desconheceis a antropofagia. ” ritos. Pois não é a lei do mais forte o direito ainda invocado pelas potênA expressão que grifei pode parecias, ao intimidarem com ações mili- cer estranha, num primeiro momentares governos que não seguem suas to, mas veremos que ela faz todo diretrizes? O “estado de barbaria” sentido. Se nossas paixões inferioainda sobrevive porque a humanida- res foram “depositadas pela grossede não aprendeu a evitar as causas ria de nosso ponto de partida”, isso dos conflitos e os governos, como quer dizer que desde hominídeos, reflexos que são dos povos que os isto é, quando ainda estagiávamos elegem, tampouco sabem fazê-lo. no reino animal, éramos violentos. A guerra existe porque nós, que Os estudos recentes do comporainda estamos no estado de barba- tamento dos chimpanzés, nossos ria, a causamos. Mas ela é ao mesmo parentes mais próximos, demonstempo necessária porque não há ma- traram que é comum os membros neira mais eficiente, no estágio em de um grupo agredirem e matarem O SEMEADOR 9 Internacional
membros de outros grupos. Observá-los hoje é observar como éramos há um milhão de anos atrás. Está claro, portanto, que o instinto violento veio conosco desde que éramos animais, o que explica a parte grifada da resposta do Espírito. Como podemos ver na última frase da resposta, por outro lado, a guerra um dia deixará de ser necessária para engendrar nosso progresso, o que nos permite concluir que a humanidade terrestre irá aos poucos aprendendo a evitar as causas das contendas. Como as sociedades nada mais são que um reflexo dos indivíduos que as formam, devemos, como espíritas que somos, nos empenhar ao máximo em nossa reforma íntima, procurando eliminar as causas de qualquer conflito, seja em pensamentos, palavras ou ações. Diz velho ditado que “quando um não quer, dois não brigam”. Pois sejamos sempre esse um que não quer. Mas não basta evitarmos nosso envolvimento em conflitos. Devemos, mais que isso, ser pacifi10
cadores, ensinando àqueles à nossa volta a eliminarem, eles também, as causas de conflitos. “Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus”, disse nosso Mestre Jesus. Esses pacíficos de que fala Jesus são os que já atingiram o estágio de plena paz interior. Quem vive em paz consigo mesmo, vive em paz com o mundo e irradia paz à sua volta. Se ainda estamos longe desse estágio, que pelo menos nos esforcemos para ficarmos em paz, o máximo de tempo que conseguirmos. É através do exercício contínuo que lograremos sucesso. Não importa quantas existências levaremos para nos tornarmos pacíficos, mas com certeza um dia isso acontecerá. Quando toda a humanidade for composta de Espíritos pacíficos, a Terra estará galgando mais uma transição além daquela que se aproxima, pois estará passando de Mundo de Regeneração para Mundo Feliz. Nessa ocasião, a Terra estará, finalmente, em paz.
Renato Costa foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP 2011 e 2014. É articulista, escritor e palestrante espírita. Contato: rsncosta@terra.com.br
O LIVRE-
arbítrio
E E
Roberto Watanabe
ste artigo se propõe a discorrer sobre o livre-arbítrio, uma das faculdades essenciais da alma humana, juntamente com a consciência de si, a razão e o senso moral. Ele é definido como a possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante (Dic. Houaiss). À primeira vista, essa definição parece implicar numa onipotência do ser humano, na medida em que este escolhe por sua própria vontade o que bem lhe aprouver. Sabemos, porém, que na prática essa escolha nem sempre se torna realidade, pois, se temos o nosso livre-arbítrio, os outros também o têm, e isso impõe limites à nossa vontade. Podemos, por exemplo, escolher trabalhar em determinada empresa, mas os dirigentes da mesma podem decidir não nos contratar. Podemos também eleger alguém como objeto de nossa afeição, mas esse alguém pode decidir não corresponder a essa afeição. Em consequência disso, corremos o risco de nos envolver em sentimentos de frustração, desânimo e pessimismo, e podemos até pôr em dúvida se o livre-arbítrio é de fato uma faculdade benéfica ao homem. Mas, por outro lado, podemos também tomar consciência de que o exercício do livre-arbítrio, de modo que favoreça a nossa evolução espiritual, exige certa dose de sabedoria. Em O problema do Ser, do Destino e da Dor, Cap. XXVI, o escritor espírita Léon Denis nos recorda alguns ensinamentos de Epiteto (50 – 138 d.C.), pensador da escola estoica que desenvolveu toda uma filosofia moral baseada no livre arbítrio. Em nossas vidas, dizia Epiteto, é essencial saber distinguir entre o que está e o que não está em nosso poder. As honras e as riquezas, por exemplo, não es-
tão em nosso poder, pois, da mesma forma que vêm também se vão, sem que possamos fazer muito a respeito. Também não está em nosso poder um estado de saúde permanente, pois estamos sujeitos a enfermidades que podem até nos levar desta vida. Enfim, tantas são as coisas que não estão em nosso poder que nos perguntamos se, afinal, resta algo que esteja. E a resposta de Epiteto é terminantemente positiva: sim, estão em nosso poder as nossas opiniões, aspirações, desejos e aversões. E a orientação do eminente pensador é clara: não de-
vemos tentar exercer o controle sobre o que não está em nosso poder. Se o fizermos, estaremos sujeitos à revolta e ao inconformismo diante, por exemplo, do infortúnio material ou da perda de um ente querido. Isso não quer dizer que não devamos nos esforçar pelo nosso conforto material ou pelo bem estar de nossos familiares e amigos, mas apenas termos consciência de que o destino de coisas ou pessoas está fora do nosso poder. Cientes disso, evitamos aqueles sentimentos negativos que nada resolvem na prática e somente nos prejudicam. Por outro lado, diz Epiteto, podemos e até mesmo devemos exercer o livre-arbítrio sobre tudo aquilo que O SEMEADOR 11 Internacional
está em nosso poder. Assim, está em nosso poder não nos aferrarmos às nossas opiniões, que estão na raiz de todo sentimento de intolerância e de conflitos intermináveis. Podemos, pelo contrário, acolher de bom grado a diversidade imanente à própria dinâmica da vida e, assim, desenvolver a tolerância e a indulgência não só em relação aos outros, mas também a nós mesmos. Em relação às aspirações e aos desejos, está em nosso poder não sucumbir à ambição, à cobiça e a concupiscência, que tantos males nos causam. Podemos, pelo contrário, aspirar e desejar somente o que seja lícito e esteja dentro de nossas possibilidades, cientes de que o essencial, em nossas vidas, é o progresso espiritual e não o material. Nesse sentido, já dizia o apóstolo dos gentios: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém” (I Cor, 6:12). Quanto às aversões, é importante nos conscientizarmos de que nossas reações negativas resultam, o mais das vezes, de uma impressão meramente subjetiva de nossa parte. Divaldo Franco, em suas palestras, costuma nos aconselhar dizendo o seguinte: “Se alguém me faz uma crítica e diz a verdade então o problema é meu, mas se não diz a verdade então o problema é dele”. Quer dizer, se é verdade então devo corrigir o que não está bem, mas se não é verdade então não há porque me aborrecer com o que foi dito. Epiteto também expressa o mesmo, 12
afirmando que não podemos escolher as circunstâncias externas de nossa vida, mas podemos escolher a maneira como reagimos a elas. Que possamos, assim, reagir com serenidade a tudo aquilo que nos acontece, confiantes de que o Pai Maior sempre deseja o melhor para nós. Todas essas recomendações podem ser sintetizadas no ensinamento dado a Kardec, quando este perguntou qual seria uma medida comum da felicidade e recebeu a seguinte resposta: “Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral, a consciência pura e a fé no futuro” (LE, p.922). É interessante observarmos quão pouco de nossas existências está sob nosso controle e, no entanto, constatarmos que esse pouco é mais do que suficiente para nos assegurar a referida felicidade. Vemos assim que o exercício correto do livre-arbítrio nos proporciona a alegria pela dádiva da vida que Deus nos concede, a sensação de leveza graças ao desapego em face de tudo o que não é essencial à nossa existência, e a serenidade diante das adversidades da vida. Tudo isso, coroado pela consciência do dever retamente cumprido. Afinal, vida feliz, diziam os pensadores estoicos, é uma vida virtuosa e esta, por sua vez, só depende de nós mesmos. Por isso, já dizia o Mestre: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt, 6:33).
Roberto Watanabe é expositor da Área de Ensino da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Contato: rowata@uol.com.br
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FRUTOS
O O
Leda Maria Flaborea
homem moderno vive a era da inteligência, trazendo frutos desenvolvimentistas nas áreas das Ciências tecnológicas, médicas, de progresso nos transportes, meios de comunicação, segurança, tendo por objetivo tornar sua vida mais confortável, mais segura e mais fácil possível. Frutos do uso racional da inteligência. Deve o homem, agora, ingressar em nova era: o tempo do desenvolvimento da humanidade, da sensibilidade, do autoconhecimento para aplicar, de forma equânime, todos os recursos que lhe foram colocados á disposição – para a evolução material – pela Misericórdia Divina. Mas, mesmo vivendo numa época de predominância de tudo que seja material, é indispensável que esse homem, responsável por tanto progresso, faça um balanço de como esses recursos estão sendo utilizados em benefício do próximo – e em seu próprio benefício – para que não se perca a utilidade de tantas descobertas. Se isso é verdadeiro para a vida física, muito mais o é para a espiritual. Não nos ateremos a questões irrelevantes ou contestações inócuas, para nos lembrarmos
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que mesmo diante de quadros aterradores, provocados pelo próprio homem, há pontos de luzes – obra desse mesmo homem – que são inquestionáveis. Almas existem que continuam lutando para que o bem prevaleça em situações que, às vezes, nos parecem sem saída ou sem sentido. E, mesmo essas almas, entregues ao trabalho no Bem, sentem o peso de todas as iniquidades praticadas pela humanidade que está sobre o planeta. Por essa razão, é necessário examinarmos a qualidade das nossas ações. É importante verificarmos de que modo estamos praticando os ensinamentos iluminados que Jesus nos deixou. O que estamos deixando de fazer, apesar de não ignorar como fazê-lo. O amor ao próximo como a si mesmo não se configura como letra morta, nesse momento pelo qual tanto o planeta como a humanidade que nele habita passam. Muito pelo contrário, nunca se fez tão necessário; nunca mesmo - na história da evolução humana, da qual somos seus agentes – percebermos a importância desse ensinamento; nunca a solidão esteve tão presente; nunca a miséria moral plantou tão fundas raízes; nunca
o medo e a angústia foram tão condutores das ações; nunca tamanho vazio existencial tomou conta do homem em seu caminhar. A presença desse vazio, dessa solidão que traz medos e angústias, entretanto, apesar do aparente mal que causam, é sinal de que é preciso modificar algo, preencher esse espaço para que essas dores passem. Todo o progresso material conquistado não resolve o problema da existência humana, porque ele não está na solução prática da vida física, do corpo, mas nas respostas que o Espírito busca, após haver saciado seus caprichos e desejos e resolvido seus interesses. Ele, o Espírito, quer saber, nessa etapa de sua existência, de onde veio, para onde vai, por qual razão sofre tanto – muitas vezes, mesmo possuindo tudo – e o que fa-
zer para mitigar esse sofrimento. O homem já está se cansando do que tem. A novidade já não o atrai e como criança em loja de brinquedo, percebe que nada é diferente. Então, ele se pergunta: “O que me falta? Por que esse vazio tão grande, essa insatisfação?” Falta o acordar para a vida do Espírito, a verdadeira vida. Para aqueles que já despertaram e que já iniciaram essa busca torna-se vital essa avaliação das ações, para que não se perca o esforço, para que a semeadura seja boa e a colheita farta. O homem que luta, que refaz caminhos, que tem a coragem de rever os enganos colherá os frutos doces da vindima do Senhor. Não sem razão, o meigo Rabi da Galiléia ensina-nos que pelos frutos seremos conhecidos.
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Leda Maria Flaborea é Pedagoga, expositora da Área de Assistência Espiritual da Feesp. Articulista de vários periódicos espiritas impressos e virtuais.
LICENCIOSIDADE
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Paulo Henrique Wedderhoff
liberdade é uma conquista da evolução. Quanto mais evoluído, mais consciente e quanto mais consciente, menos tutelado é o ser. Para controlar os excessos no uso e no abuso da liberdade temos as consequências do livre pensar, falar e agir. Entre as consequências temos de um lado a alegria e no outro extremo a dor. A dor não é necessariamente uma punição natural. É antes um alarme indicando que um limite foi ultrapassado e que precisamos reavaliar nossas ações. Quando encarnamos, vamos aprendendo a operar o corpo, a usar as coisas, a compreender o mundo, as leis naturais e as regras humanas. Dependendo das instruções e das experiências que vivemos, vamos testando os limites da nossa liberdade. Como nossa natureza rejeita limites, aos poucos vamos nos dando licença para avançar em todas as direções. Queremos tudo, pegamos tudo, fazemos tudo o que não nos impedem de fazer. Se não houvesse educação por parte de pais, professores e responsáveis, poderíamos nos tornar parecidos com algumas espécies de animais. À medida que conquistamos a liberdade para sermos diferentes, avançamos no sentido de romper limites. Quando isso vem seguido da devida responsabilização pelas consequências, temos a licença contida pelas regras e normas sociais. São os freios morais criados pelo processo de sensibilização educacional. Quando deixamos de respeitar o outro; os bens e direitos do outro; a coisa pública é sinal que os freios morais não estão funcionando e a licenciosidade se instalou. A licenciosidade se revela no afrouxamento dos costumes de comportamento e se espalham para todas as áreas da ação humana. 18
A corte e o namoro lento e gradual dá lugar à licença para a intimidade instantânea. A pessoa perde valor e se torna objeto. A vida se desvaloriza. O exemplo de alguém que joga um papel de sorvete no espaço público serve de licença para se jogar todo tipo de lixo em todos os lugares. Os rios se enchem de garrafas, sacolas, pneus, sofás e esgotos. O mar é o destino final do lixo que começa na poluição do meio mental e invade o meio material. A licença para usar o outro, vira licença para comprar favores, e desviar recursos públicos. A corrupção ativa e passiva é a licença para o ganho rápido no curto prazo e o endividamento moral no longo prazo. Quem se dá a licença para operar fora das leis morais, está ensinando seu próximo a incorrer no mesmo erro. Sem lembrar de que é imortal e sem saber que está sujeito à lei da reencarnação, desconhece que ao voltar encontrará os efeitos da sua própria licenciosidade irresponsável em seus retornos à escolaridade terrena. A moderna pedagogia precisa descobrir e revelar que somos todos alunos e professores na escola compulsória da Terra e da qual só nos libertaremos após nossa graduação moral.
Paulo Henrique Wedderhoff foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP 2011 e 2014. É articulista, escritor e palestrante espírita.
SEMPRE É TEMPO
de recomeçar...
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Celisa Maria Germano
aulo de Tarso, em sua segunda carta aos Coríntios, item 5:17, diz: “Assim é que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” Nosso irmão Paulo de Tarso, ao escrever mais uma carta aos Coríntios, nos chama a atenção para observarmos aqueles irmãos, que embora se diziam crentes, utilizavam o nome de Jesus para usufruírem de vantagens materialistas, suprindo assim, suas necessidades imediatistas. Desde a vinda do Mestre de Nazaré, usam Seu nome com o propósito de construir grandes templos, ostentações luxuosas para reverenciar Àquele que nasceu em uma estrebaria. Ainda em Seu nome, acharam justificativas para as guerras sangrentas. Grande contra senso, pois o Nazareno veio nos ensinar a amar e não a odiar; a paz e não a guerra, quando se deixou aprisionar, foi o exemplo da não-violência, ao mesmo tempo que dá testemunho da não-acomodação. Em cada gesto Seu, um ensinamento exemplificado. Numa das Suas maiores máximas: “Amar a Deus acima de tudo, e ao próximo com a si mesmo”, sintetiza nossa caminhada. Amar é exercer a caridade. E o que é caridade? Quem é caridoso? Todos! A caridade não é só um ato de dar alguma coisa, mas principalmente de dar-se. Caridade começa com o respeito ao próximo. E o que é respeitar? Um conjunto de atitudes simples, como ao dizer: por favor, com licença, muito obrigado, que atualmente, estão em desuso. Cantar para Jesus é lindo. Vivenciar Jesus é divino. Em Sua passagem por este planeta, nos deixou o maior código moral e ético, é só vivenciar. O momento é de rever conceitos e reavaliar atitudes. Em Seu Evangelho, Jesus já nos alertava, capítulo XVIII, “Muitos os chamados e poucos os escolhidos”, item 16, Reconhece-se o cristão pelas suas obras, temos
o ecoar dos ensinamentos como meio de vida. Quando realmente, encontrarmos o Cristo, será como se encontrássemos a nossa estrada de Damasco, e como aconteceu com Saulo de Tarso, a necessidade de realizar o bom combate, ou seja, a luta contra nossos sentimentos inferiores se fará, para renascermos num novo ser. Estar com Jesus é vivenciar seus ensinamentos. Contraditório usar Seu nome para continuar nos mesmos erros. Há mais de dois mil anos a história deixou registro o não aprendizado, e nos dias de hoje, ainda assistimos aos mesmos equívocos. Várias e várias instituições religiosas, em nome de Jesus, usam de seus ensinamentos, sem, no entanto, o íntimo renovado. Hoje, seu nome virou sinônimo de “pop star”, músicas cantadas por conjuntos e cantores diversos. Movimentos diferentes atraem milhares e milhares de pessoas de todo o país, para grandes encontros; as intenções são boas, porém vemos o Cristo refletido em suas atitudes? O modelo do Mestre, ainda não está exemplificado na vivência diária de cada um. O momento é oportuno para essa reflexão: O que significa ser cristão, seguir Jesus Cristo? Jesus estará verdadeiramente em nós, quando em nós, Seu exemplo fizer parte do nosso dia a dia. Por enquanto, ainda está no verbo; coloquemos na ação. Sempre é tempo de recomeçar.
Celisa Maria Germano foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP 2011 e 2014. É articulista, escritora e palestrante espírita.
19 O SEMEADOR Internacional
VISÃO ESPÍRITA DO ABORTO Aborto espontâneo e provocado
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Vera Cristina Marques de Oliveira Millano
Doutrina Espírita traz a todos que com ela se encontram, orientações, consolo e esperança. É revelação fundamental para que possamos nos livrar da culpa e do remorso, sentimentos que nos aprisionam e inclusive nos abrem as portas para delicados processos obsessivos. Sabemos que Deus sempre nos estará oferecendo oportunidades de reabilitação para nossas faltas. Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar aqueles que o praticaram. O que se pretende é evitar, a partir de agora, a execução de um grave engano, de sérias consequências individuais, como para a sociedade, como também evitarmos a sua legalização. Mesmo porque a tarefa desta doutrina é recuperar a pureza, a grandeza e as verdades trazidas pelo maior Espírito que este planeta conheceu que é JESUS. E foi justamente Ele, que, diante da mulher adúltera argumentou: “Atire a primeira pedra aquele que nunca pecou!” E em seguida disse:- “Ninguém te condenou. Eu também não te condeno; vá e não tornes a pecar!”, deixando claro que todos terão oportunidade de recomeçar, reparar e reaprender, pois se pudéssemos lembrar de todo nosso passado, nesta e em outras reencarnações, ficaríamos assombrados diante de muitas de nossas atitudes de outrora. A Terra é, pois, um grande hospital onde o engano e a fragilidade são doenças de todos. Mas Deus sempre aguarda os filhos pródigos em sua Casa. E a prova do perdão e da misericórdia de Deus é que Ele permite retornarmos ao plano físico da vida, recomeçar as lições não assimiladas, não aprendidas e com a benção do esquecimento do passado, termos sempre a oportunidade de tentar novamente, recomeçar e desenvolver a prática grandiosa de nos amarmos uns aos outros. A Bibliografia Espírita é rica em informações que nos ajudam a entender a importância da vida e a valorizar a reencarnação desde o início do seu processo. Recebemos estas informações através das obras da Codificação Espírita, reveladas pelos Espíritos Superiores e organizada por Allan Kardec; através da mediunidade Apostólica de Francisco Cândido Xavier (pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz) e do médium Divaldo 20
Pereira Franco (pelo Espírito de Joana de Ângelis). A Doutrina Espírita é ciência, filosofia e religião e sua postura diante dos problemas não é pautada em crenças, credos, mas nas revelações transmitidas pelos Espíritos Superiores, confirmadas cientificamente. Milhares de irmãos nossos, que estão no Plano Espiritual já se manifestaram através de diversos médiuns, em diferentes partes do globo Terrestre, comprovando a imortalidade da alma. Em “O Livro dos Espíritos”, encontramos as perguntas 357 à 360, feitas por Allan Kardec aos Espíritos da Equipe Verdade. Diante destas orientações tão claras a respeito do assunto em questão, vale a pena relembrarmos algumas orientações doutrinárias que nos auxiliarão a entender esta posição firme da equipe do Espírito Verdade em defesa da vida fetal. A Doutrina dos Espíritos defende o DIREITO DE VIVER, pois VALORIZA A VIDA. Somos Espíritos imortais, criados por Deus simples e ignorantes. A VIDA DO CORPO É TEMPORÁRIA. O ESPÍRITO É IMORTAL. É através da várias encarnações que, no contato com a matéria e através do convívio social, vamos desenvolvendo e educando as faculdades doadas pelo Criador, trabalhando as virtudes, corrigindo nossos defeitos e angariando conhecimentos intelectuais, para que possamos assim desenvolver as duas asas do crescimento e da evolução que são: a ASA DA SABEDORIA e a ASA DA MORAL. Para evoluir precisamos REENCARNAR. Na Espiritualidade, no período que antecede a cada reencarnação, assumimos luminosos compromissos, como nos explica o Benfeitor Emmanuel na magistral obra “VIDA E SEXO”, capítulo 17. Portanto, aquele Espírito que o casal comprometeuse a receber espera ansioso pela nova vida. Uma gestação inclui uma preparação criteriosamente programada. Não sabemos quem é este Espírito que chega de repente em nossas vidas: um grande afeto, alguém que nos foi muito caro, ou um desafeto com quem desejamos ardorosamente nos reabilitarmos. Assumimos compro-
missos perante nós, Deus e o Espírito que chega. Quando rejeitado, desperta do outro lado, sentindo-se traído pelos pais. Temos nestas situações Espíritos aptos e prontos a perdoar a irresponsabilidade da mulher ou do casal, mas poderá ocorrer, também, de entregar-se à revolta e ao desespero, pois esta oportunidade foi negada pelo egoísmo dos pais. Poderá tornar-se um grande inimigo, quando perdeu a oportunidade de tornar-se um amigo amoroso, se não sofresse o crime do aborto. Daí surgem inúmeros processos obsessivos com consequências bastante perturbadoras. Estatísticas comprovam que, infelizmente, a prática de abortamento vem crescendo em nosso país. Nossos jovens estão com uma visão muito materialista da vida, e isto está provocando uma deterioração dos valores humanos. Vale tudo para ser feliz! Mas onde está esta tal felicidade, que a cada dia parece tão distante? Não está fora de nós. Está dentro de nós, no encontro com nossos reais compromissos e conquistas que viemos buscar nesta nossa experiência no plano físico. Conversar e instruir nossos jovens, com diálogo franco e aberto, onde vale a pena esclarecer que: “SE O AMOR É LIVRE, NÃO PODE SER AMOR, PORQUE O AMOR É COM RESPONSABILIDADE”. (Francisco Cândido Xavier). O melhor caminho é o uso da sexualidade com a consciência dessa responsabilidade. E é exatamente a atitude responsável dos jovens enamorados que mostrará aos Espíritos a eles ligados que haverá uma oportunidade para a reencarnação mais à frente, em condições muito mais propícias ao bom êxito do projeto que os traz de volta à vida carnal. A Dra. Priscilla Coleman, profes-
sora de Desenvolvimento Humano e Estudos Familiares da “Bowling Green State University”, realizou uma pesquisa com 1.000 mulheres para descobrir as diferenças entre as adolescentes que tinham dado à luz e as que tinham praticado o aborto diante de uma gravidez inesperada. Ela constatou que as adolescentes que procederam ao aborto manifestaram cinco vezes mais necessidade de ajuda psicológica do que as que tiveram seus filhos. A pesquisadora afirma que “ser mãe na adolescência é inevitavelmente uma experiência que implica dificuldades, mas a ocorrência de problemas psicológicos com a prática do aborto é muito maior do que com a condução da gravidez”. Levar à frente, sozinha, uma gravidez inesperada é realmente um ato de superioridade, que evidencia as verdadeiras heroínas em espírito, por resistirem com coragem às influências sombrias para a prática do aborto impiedoso. Apesar de a situação ser delicada e envolver dificuldades imensas, tanto a mãe, como o filho são Espíritos que caminham para a evolução e que responderão por seus atos. Na consciência desta mãe apresenta-se a ideia iluminada
de que é preferível sofrer as incompreensões e o abandono dos familiares e do parceiro sexual a praticar o aborto. Muitas vezes os pais alegam não se encontrarem preparados para exercer a paternidade e a ocorrência da gravidez provoca rejeição, insegurança, impulso de fuga do compromisso de assumir um filho, demonstrando ignorância da importância de uma reencarnação para o espírito imortal e dos compromissos indispensáveis que precisamos assumir e realizar com empenho e dedicação. Deixando-se levar pelo egoísmo, estreitam a visão em seus desafios do momento, suas dificuldades, carreira profissional, crises conjugais, preservação da própria liberdade, desemprego e alegam que interromper uma gravidez constitui uma saída menos dolorosa do que assumir um filho que lhe traria dificuldades. Os casais preocupamse com problemas importantes, mas secundários, deixando sempre para mais tarde a chegada do filho. É uma medida lógica quando usada por meios legais dentro de uma programação honesta. Mas, quando, apesar desses cuidados, a concepção se realiza, julgando que o problema O SEMEADOR 21 Internacional
surgiu em hora errada, recorrem ao aborto que não é justo e nem caridoso. Para justificar-se muitas vezes apoiam-se na opinião de juristas e grupos equivocados ou de políticos irresponsáveis, desejosos de ampliar popularidade, que ainda desconhecem as Leis Divinas que regem nossa vida. A vida e as necessidades do Espírito imortal não é um assunto teosófico, religioso, mas sim a realidade transcendental que envolve a todos nós. Alguns grupos alegam ser direito da mulher realizar ou não o aborto, argumentando ser o filho propriedade da mãe e como ele não tem identidade própria e a mãe tem, ela possui o direito de decidir se ele vai viver ou morrer. Este argumento é utilizado inclusive como estímulo para a legalização do aborto nas leis humanas. Realmente não somente a mulher nesta situação tem o direito de escolher ser mãe ou não. Todos nós somos livres para realizar nossas escolhas nos diversos caminhos da vida. Mas é necessário que a mulher tome esta decisão antes da concepção, utilizando-se dos recursos anticonceptivos da ciência médica. Mas quando o outro ser passa a existir, o direito à vida, se sobrepõe ao direito de escolha da mulher, como explica o Manifesto Espírita do Movimento Espírita Brasileiro publicado em dezembro de 1998 na revista “Reformador”: “O corpo em questão não é mais o da mulher, visto que ela abriga durante a gravidez um outro corpo, que não é de forma alguma uma extensão do seu. O seu direito à escolha precede o ato da concepção e se subordina ao direito absoluto à vida. O Espiritismo, admitindo a presença de um Espírito reencarnante no nascituro, considera que a mulher não tem o direito de 22
lhe negar o direito à vida”. Com esse ato a mulher estará, além de negar ao próximo uma oportunidade que lhe foi concedida, decidindo sobre o destino de uma vida que, embora gerada em seu ventre, NÃO LHE PERTENCE. A Legislação Brasileira admite o aborto em caso da mulher ter sido vítima de estupro. Importante lembrarmos que no caso da gravidez como resultado de um ato violento, a expulsão do feto não irá apagar, na mãe, as marcas da violência. Além disto, não foi a criança que cometeu o crime de estupro. Ela também é vítima neste processo, e reencarnará através de uma relação violenta. No caso de estupro, melhor seria a mulher levar à frente a gravidez, e caso não se sinta com condições psicológicas de criar a criança que a entregue para adoção. “O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher” (Idem do Manifesto Espírita). Mesmo quando os pais são portadores do vírus HIV, a ciência médica já dispõe de recursos para preservar o bebê. A gestante soropositiva, desde a concepção até o nascimento de seu bebê, e mesmo no pós-parto, deve adotar uma série de cuidados para evitar a transmissão do vírus para seu filho, pois há o risco da chamada transmissão vertical. Durante a gestação, a mulher grávida soropositiva tem a oportunidade de receber medicamentos que ajudam na redução da possibilidade de infecção de seu filho pelo HIV. A gestante deve, também, estar ciente da possibilidade da realização de cesárea eletiva (realizada antes do início do trabalho de parto), como modo de evitar a transmissão do HIV para seu filho. Após o parto, a mãe deve se abster de amamentar seu filho
com leite materno, utilizando-se de leite do tipo “fórmula infantil”. Em 12 de abril de 2012 o Supremo Tribunal Federal decidiu que a mulher tem direito a escolher interromper gestação de feto anencéfalo. É o chamado aborto eugênico ou piedoso. As alegações dos senhores juízes revelam não terem nenhuma visão da nossa realidade espiritual. É necessário sabermos que somos regidos por leis Divinas, perfeitas e imutáveis. E que desconhecemos as necessidades individuais de cada um de nós. Muitas vezes precisamos reencarnar e viver, mesmo que seja por um minuto! Precisamos respeitar todos os desígnios de Deus, como vimos acima na pergunta 360 de “O Livro dos Espíritos” onde os Espíritos alertam que “em tudo isto vede a vontade de Deus e a sua obra, e não trateis levianamente as coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da Criação, que às vezes são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar”. Muitas vezes aquele espírito precisa somente sentir a manifestação de amor e carinho dos pais, sentir-se amado, para que possa iniciar a reconstrução da sua própria história. Portanto, somente podemos entender e aceitar o aborto terapêutico quando a vida materna estiver ameaçada, pois é preferível preservar a vida que já existe do que aquela que está em formação. Diante de todas estas colocações e consequências do aborto, torna-se urgente divulgar a transcendência da vida e o planejamento familiar é fundamental. Sem dúvida ele está ligado ao livre-arbítrio dos casais, onde cada casal precisa saber o que faz, com responsabilidade, de modo
que a família se forme para cooperar na realização do bem de todos e devido a todos. O método preventivo será sempre a melhor solução para a realização de um planejamento familiar. Os anticoncepcionais são extremamente úteis como elementos de socorro às necessidades do casal que, querem a união, mas não estão em condições de realizarem o ideal da paternidade. Nesse caso a anticoncepção viria em seu auxílio. Desde que a Ciência proporcionou à mulher e ao homem recursos impeditivos à procriação quando esta não é desejada, é ético e profundamente moral, utilizarmo-nos desses mecanismos. Melhor utilizar-se do anticonceptivo do que abortar. Por outro lado, o aborto espontâneo, aquele que surge independente da vontade dos pais, gera um trauma muito grande. Muitas vezes o Espírito que se vai reencarnar elege o programa ao qual se submeterá durante a reencarnação. Mas chega determinado momento em que o Espírito sente-se impossibilitado de exercitar as tarefas para as quais se programou, arrepende-se e desiste da reencarnação, produzindo um aborto espontâneo. Em outros casos, segundo “O Livro dos Espíritos” pergunta 199: “A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que deverá terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.” Nos casos do aborto espontâneo sempre será terapêutico o recurso da prece, do Evangelho no Lar para que tenham paciência, possam superar o período de dor e possam
perseverar na busca da paternidade e da maternidade. Devemos preservar e respeitar a vida, como e onde ela se manifeste. Não somos autores da vida, não cabe a nenhum indivíduo interrompê-la. Ela é a maior dádiva que a mente humana pode contemplar. E o nosso maior inimigo é o desconhecimento. Qualquer tentativa de tornar legal o ato imoral de matar, esse ato permanecerá como uma agressão às Leis Divinas. É de suma importância buscar conhecer a nós mesmos, encontrarmo-nos com nossa realidade espiritual, com nossa essência, sabermos onde realmente começa a vida, a importância de viver, de fazer o bem. Educar nossos jovens para que utilizem a energia sexual com dignidade e respeito. Homens e mulheres responderão por suas escolhas, pois o homem é também responsável pelas escolhas do casal. Muitas vezes o parceiro masculino condiciona o prosseguimento do relacionamento se ela abortar. Somente algumas heroínas preferem ter o filho a ter um companheiro dessa natureza. É preciso que sejamos realmente pais e mães de verdade. Não é necessário sermos pais ou mães biológicos, não por imposição, mas no sentido verdadeiro e profundo destas palavras, onde o sentimento que predomina é a dignificação e a elevação moral dos Espíritos. Jesus foi o mensageiro Divino que veio nos ensinar a valorizar a vida, entender a dor e confiar em Deus em todas as situações, assumindo enfim a postura de Seus filhos, com a gloriosa missão de alcançar a plenitude e sermos instrumentos do amor em suas infinitas manifestações por toda a Criação.
Vera Millano foi conferencista do Congresso Espírita da FEESP de 2014. É expositora, palestrante e articulista espírita de revista e jornais.
Livros Edições FEESP 150 ANOS DE ESPIRITISMO Alceu Nunes ALÇANDO UM VÔO MAIOR Martha Gallego Thomaz ALMAS GÊMEAS NA DIMENSÃO DO TEMPO *PRELO Roberto Vilmar Quaresma ALVINHA Silvia Hiss ANDRÉ LUIZ EM REFLEXÃO Luiz Rodrigues da Cruz AOS PAIS E EDUCADORES DE CRIANÇAS Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia APOCALIPSE, O José de Sousa e Almeida APRENDENDO COM AS EPÍSTOLAS Luiz Rodrigues da Cruz BEZERRA DE MENEZES Canuto de Abreu BRINCANDO E APRENDENDO O ESPIRITISMO - VOLUME I Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia BRINCANDO E APRENDENDO O ESPIRITISMO - VOLUME II Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia BRINCANDO E APRENDENDO O ESPIRITISMO VOLUME III Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia BRINCANDO E APRENDENDO O ESPIRITISMO - VOLUME IV Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia BURRINHO INTELIGENTE, O Genésio Loureiro Rocha CALENDÁRIO ESPÍRITA Francisco Candido Xavier CARLOS IMBASSAHY - O HOMEM E A OBRA Nazareno Tourinho CARNEIROS DE PANÚRGIO, OS Adolfo Bezerra de Menezes CASA ASSOMBRADA, A *PRELO Adolfo Bezerra de Menezes CASARÃO DO GENERAL Cid Camargo CASOS CONTROVERTIDOS DO EVANGELHO Paulo Alves Godoy CASTÁLIA Wilson Ferreira de Melo CATECISMO ESPÍRITA León Denis CÉU E O INFERNO, O - LUXO Allan Kardec CÉU E O INFERNO, O - NORMAL Allan Kardec CISCO CÂNDIDO XAVIER Umberto Fabbri COLETÂNEA DO ALÉM Francisco Candido Xavier CONGRESSO ESPIRITA FEESP 2011 - EDIÇÃO LUXO Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia CONGRESSO ESPIRITA FEESP 2011 - EDIÇÃO NORMAL Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia CONGRESSO ESPÍRITA FEESP 2014 - REENCARNAÇÃO: “É PRECISO NASCER DE NOVO” Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia CORUJA DO BOSQUE, A Roberto Alves Toledo CRISTÃO MODERNO, O Gerson Luiz Tavares CRISTÍADAS Edison Cavalheiro Ramos CRÔNICAS EVANGÉLICAS Paulo Alves Godoy CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO - 1 ano Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian
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CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO - 2 ano Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian CURSO BÁSICO ESPIRITISMO - 1 ano Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian CURSO BÁSICO ESPIRITISMO - 2 ano Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian CURSO EDUCAÇÃO MEDIÚNICA - 1 ano Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian CURSO EDUCAÇÃO MEDIÚNICA - 2 ano Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian CURSO ESPÍRITA DE EDUCADORES ESPÍRITAS - CEPE Federação Espírita do Estado de São Paulo CURSO O QUE E O ESPÍRITISMO Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian CURSO PARA DIRIGENTES E MONITORES DE PRÁTICA MEDIÚNICA (CDM) Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia DA GÊNESE AO APOCALIPSE Natalino D’ Olivo DEUS POR TESTEMUNHA Maria Aparecida Caetano Salles DEUS, ESPÍRITO E MATÉRIA Manuel de Oliveira Portásio DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTES Vlademir Lisso EM BUSCA DO MESTRE Pedro de Camargo (Vinicius) ESCRAVO DOS ESCRAVOS, O Rosa Freua de Carvalho ESPIRITISMO EM SUA EXPRESSÃO MAIS SIMPLES Allan Kardec ESTUDO E PRÁTICA DE ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL Coordenação Geral Maria de Cassia Anselmo EVANGELHO DE REDENÇÃO Paulo Alves Godoy EVANGELHO MISERICORDIOSO Paulo Alves Godoy EVANGELHO NO LAR Maria Tonietti Compri EVANGELHO NO LAR NOSSO ENCONTRO COM A PAZ Vera Cristina Marques de Oliveira Millano EVANGELHO PEDE LICENÇA Paulo Alves Godoy EVANGELHO POR DENTRO, O Paulo Alves Godoy EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - EDIÇÃO BOLSO Allan Kardec EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - EDIÇÃO BOLSO LUXO Allan Kardec EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - EDIÇÃO LUXO Allan Kardec EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - EDIÇÃO LUXO COMEMORATIVA 150 ANOS ESE Allan Kardec EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - EDIÇÃO NORMAL Allan Kardec EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO PARA INFÂNCIA Maria Helena Fernandes Leite EXPERIÊNCIAS A LUZ DO EVANGELHO NO LAR Maria Tonietti Compri FENÔMENOS DE TRANSPORTE Enesto Bozzano FILOSOFIA ESPÍRITA – TOMO II Manoel Pelicas São Marcos FILOSOFIA ESPÍRITA E SEUS TEMAS Manoel Pelicas São Marcos
FLORESTA ENCANTADA Maria Helena Fernandes Leite FORMIGUINHA FAVO DE MEL Maria Helena Fernandes Leite GÊNESE, A - EDIÇÃO LUXO Allan Kardec GÊNESE, A - EDIÇÃO NORMAL Allan Kardec GOTAS DE ENERGIA Genésia Loreiro Rocha GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO Paulo Alves Godoy GRILO E O VAGALUME, O Maria Helena Fernandes Leite HISTÓRIAS SOBRE REENCARNAÇÃO Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia INSTITUTO DE CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL Martha Gallego Thomaz INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA Herculano Pires JESUS CRISTO A LUZ DO MUNDO Paulo Alves Godoy JESUS JÁ FALAVA NO ESPIRITISMO - VOLUME I Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia JESUS JÁ FALAVA NO ESPIRITISMO - VOLUME II Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia JESUS JÁ FALAVA NO ESPIRITISMO - VOLUME III Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia JESUS JÁ FALAVA NO ESPIRITISMO - VOLUME IV Coordenação Geral Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia JUBILEU DE OURO - CORAL CARLOS GOMES Coral Carlos Gomes JUNTOS NO INFINITO Álvaro Basile Portughesi LEIS DE AMOR Francisco Candido Xavier LIVRO DOS ESPÍRITOS, O - EDIÇÃO LUXO Allan Kardec LIVRO DOS ESPÍRITOS, O - EDIÇÃO NORMAL Allan Kardec LIVRO DOS MÉDIUNS, O - EDIÇÃO LUXO Allan Kardec LIVRO DOS MÉDIUNS, O - EDIÇÃO NORMAL Allan Kardec LOUCURA SOB NOVO PRISMA, A Adolfo Bezerra de Menezes MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS, AS Paulo Alves Godoy MEDIUNIDADE NA BÍBLIA (A) Henrique Neyde Gimênez MEDIUNIDADE, FERRAMENTA DIVINA *PRELO Umberto Fabbri MESTRE LOUIS PASTEUR (O) Neyde Prado Zuhlke MOMENTOS DE PRECE Paulo Alves Godoy NA ESCOLA DO MESTRE Pedro de Camargo (Vinicius) NA ESTRADA COM JESUS Roberto Vilmar Quaresma NASCER DE NOVO Umberto Fabbri NOÇÕES DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA Manoel Pelicas São Marcos NOS TEMPOS DE JESUS *PRELO Umberto Fabbri NOVOS RUMOS A MEDICINA - VOLUME I Inácio Ferreira NOVOS RUMOS A MEDICINA - VOLUME II Inácio Ferreira
OBRAS POSTUMAS - EDIÇÃO LUXO Allan Kardec OBRAS POSTUMAS - EDIÇÃO NORMAL Allan Kardec PADRÕES EVANGÉLICOS, OS Paulo Alves Godoy PARÁBOLAS (AS) José de Sousa e Almeida PEDRINHO Rosa Freua de Carvalho PÉROLAS NO CORAÇÃO Maria Aparecida Caetano Sales POLIOBIOGRAFIA DE UM ESPÍRITO, A *PRELO Renato Costa PORQUE CREIO NA IMORTALIDADE DA ALMA Oliver Lodge PSIQUIATRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO Inácio Ferreira PUREZA DOUTRINÁRIA Ary Lex QUANDO JESUS TERIA SIDO MAIOR Paulo Alves Godoy QUANDO O AMOR FALA MAIS ALTO Amílcar Del Chiaro Filho QUATRO SERMÕES DE JESUS Paulo Alves Godoy REFORMA ÍNTIMA - ORIENTAÇÕES A EDUCADORES ESPÍRITAS Coordenação Geral Zulmira da Conceição Chaves Hassesian REVELAÇÕES DA REVISTA ESPÍRITA Alceu Nunes SÍNTESE DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS Benedito Godoy Paiva TEMAS ATUAIS NA VISÃO ESPÍRITA Wlademir Lisso TEMPO DE DESPERTAR Richard Simonetti TEMPO TERRA, O *PRELO Roberto Vilmar Quaresma TESOUROS DA REVISTA ESPÍRITA Alceu Nunes UM SENTIDO PARA SUA VIDA Marina Mallet UMA FAMÍLIA FELIZ Durval Ciamponi UMA FAMÍLIA IMPERIAL Rosa Freua de Carvalho UMA LUZ ATÉ A ETERNIDADE Maria Caetano Sales VIAGEM DE UMA GOTINHA DE ORVALHO, A Maria Helena Fernandes Leite CD CD - MINHA TERRA - FEESP Maestro Sylvio Tancredi
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25 O SEMEADOR Internacional
Notícia Internacional
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Umberto Fabbri dos Estados Unidos
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Centro Espírita Bezerra de Menezes lançou o Bezerra News, seu jornal eletrônico na Internet, trazendo textos em Espanhol, Português e Inglês. O Bezerra de Menezes já havia colocado no ar via Internet a Rádio Bezerra Online, também nas três línguas mencionadas. Com o jornal eletrônico o Centro complementa seu importante trabalho de divulgação da Doutrina Espírita em terras americanas. Por estar situado em Miami (EUA), cuja população da cidade possui cerca de 50% de latinos de língua espanhola, além de uma grande colônia de brasileiros, o jornal escrito nas três línguas amplia seu poder de divulgação. Parabenizamos o esforço dos voluntários e colaboradores do Bezerra de Menezes por mais esta conquista.
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