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quem ĂŠ tavi gevinson
Tavi Gevinson é uma blogueira de moda e uma feminista que incentiva todos a abraçar a sua complexidade (e ainda é super cool).
especial para a New York Fashion Week. Seu site para adolescentes, Rookie, teve um milhão de visualizações dentro de cinco dias de lançamento em setembro de 2011.
Nascida em abril de 1996, Tavi Gevinson começou a blogar aos onze anos e logo se tornou um ícone de moda de boa-fé. Em 2009, ela apareceu na capa da revista Pop e foi convidada como convidada
Atualmente ela é a editora-chefe e fundadora do rookiemag.com e escreve thestylerookie.com e escreveu para várias publicações, incluindo Harper’s Bazaar, Jezebel, Lula, Pop e a revista GARAGE.
Com quinze anos, Tavi Gevinson teve dificuldades em achar fortes modelos femininos para adolescentes — então ela construiu um espaço onde elas pudessem encontrar umas às outras. Em TEDxTeen, ela ilustra como as conversas em sites tipo a Rookie, sua revista online descontroladamente popular para e por garotas adolescentes, estão colocando uma complexa, nova, indesculpável, incerta e rica face ao feminismo moderno.
ainda tentando entender por tavi gevinson
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Há quatro anos exatamente eu comecei um blog sobre moda chamado Style Rookie. Em setembro de 2011, eu comecei uma revista online para garotas adolescentes chamada rookiemag.com. Meu nome é Tavi Gevinson, e o título da minha palestra é “Ainda descobrindo”. A qualidade MS Paint dos meus slides é uma decisão criativa de harmonizar com o meu tema hoje, e não tem nada a ver com a minha inabilidade de usar o PowerPoint.
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Então, eu edito este site para garotas adolescentes. Eu sou uma feminista. Eu sou meio que uma nerd da cultura pop, e eu penso muito sobre o que faz uma personagem feminina forte. Você sabe, filmes e séries de TV, essas coisas têm influência. Meu próprio site. Eu acho que a questão do que faz uma personagem feminina forte é frequentemente mal interpretada. Nós temos essas super mulheres bidimensionais que talvez tenham uma qualidade que aparece bastante, estilo a
Mulher Gato, ou ela usa bastante sua sexualidade, e isso é visto como poder. Mas elas não são personagens fortes que por acaso são mulheres.
Elas são completamente achatadas, basicamente personagens de cartolina. O problema disso é que as pessoas esperam que as mulheres sejam assim tão fáceis de entender, e as mulheres estão furiosas com elas mesmas por não serem tão simples, quando, na verdade, as mulheres são complicadas, as mulheres são multifacetadas — não porque as mulheres são loucas, mas porque as pessoas são loucas, e as mulheres por acaso são pessoas.
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As falhas são a chave. Eu não sou a primeira pessoa a dizer isto. O que faz uma personagem feminina forte é uma personagem com fraquezas, com falhas, que talvez não seja imediatamente amável, mas eventualmente relacionável.
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Eu não gosto de reconhecer um problema sem também reconhecer aqueles que estão trabalhando para consertá-lo, então só quero reconhecer séries como “Mad Men”, filmes como “Bridesmaids”, onde as personagens femininas ou protagonistas são complexas, multifacetadas. Lena Dunham. A série dela na HBO estréia no próximo mês, “Girls”. Ela disse que queria começá-la porque ela sente que cada mulher que ela conheceu era simplesmente um pacote de contradições, e isto pode ser dito de todas as pessoas, mas você não vê muitas mulheres sendo representadas assim. Parabéns, galera!
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3:15 Esse é um diagrama científico do meu cérebro na época em que eu estava, em que eu comecei a assistir aquelas séries.
Mas eu não sinto isso. Eu ainda sinto que existem alguns tipos de mulheres que não são representadas desta forma, e um grupo que nós vamos focar hoje são as adolescentes, porque eu acho que adolescentes são especialmente contraditórias e ainda estão se descobrindo.
Eu estava terminando o fundamental, começando o ensino médio — eu sou uma estudante universitária agora — e eu estava tentando reconciliar todas essas coisas que você ouve que você não pode ser quando Nos anos 90 existia “Freaks and você está crescendo como uma Geeks” e “My So-Called Life”, e garota. Você não pode ser intelisuas personagens, Lindsay Weir gente e bonita. Você não e Angela Chace, quero dizer, a pode ser uma feminista premissa das séries era apenas que também tem interesse que elas estavam tentando se em moda. Você não pode descobrir. Essas séries duraram se importar com roupas apenas uma temporada cada, e se não for para o bem do eu ainda não vi nada como que as outras pessoas, aquilo na TV desde então. normalmente homens, pensam de você.
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Eu estava tentando entender tudo aquilo, e eu me senti um pouco confusa, e eu disse isso no meu blog, e eu disse que eu queria começar um site para garotas adolescentes que não tivesse esse empoderamento de personagens femininas fortes de uma só dimensão.
centes e pedi às pessoas para enviar seus textos, suas fotografias, o que fosse, para ser um membro da nossa equipe.
Eu recebi aproximadamente três mil e-mails. Meu diretor de editorial e eu então juntamos uma equipe, e setembro passado nós lançamos. E este é um Eu acho que uma coisa que pedaço da minha primeira carta pode ser muito alienante sobre como editora, essa ideia errada do feminismo é que as garotas pensam que Eu não quero nem pensar para ser feministas, elas tem sobre o que torna alguém que viver sendo “apenas uma garota ado-
“
perfeitamente consistente em suas crenças, nunca sendo inseguras, nunca tendo dúvidas, tendo todas as respostas.
E isto não é verdade, e, na realidade, conciliar todas as contradições que eu estava sentindo ficou mais fácil uma vez que eu entendi que feminismo não era um livro de regras mas uma discussão, uma conversa, um processo. Então eu disse no meu blog que eu queria começar esta publicação para garotas adoles-
lescente comum”. Parece que indústrias inteiras são embasadas nessas mesmas questões. Quem é a típica garota adolescente? O que ela quer? (E, muitas vezes, Como conseguimos sua permissão?)
Eu não tenho as respostas. Rookie não é um guia de
Como ser uma Adolescente.
Não é um panfleto sobre
Como ser uma Mulher Jovem. É, simplesmente,
um monte de texto e arte que nós adoramos e nas quais acreditamos.
”
5:44 onde eu digo que na Rookie nós não temos todas as respostas, nós também estamos ainda descobrindo. O ponto não é dar às garotas as respostas, e nem mesmo dá-las permissão para achar as respostas por elas mesmas, mas temos a esperança de inspirá-las a entender que elas podem dar à elas mesmas esta permissão, elas elas podem fazer suas próprias perguntas e achar suas próprias respostas, e na Rookie nós temos tentado fazer um lugar legal para tudo isso ser descoberto. Então eu não estou dizendo “Seja como nós”, e “Nós somos modelos perfeitos”, porque nós não somos, mas nós só queremos ajudar a representar as garotas de uma forma que mostre aquelas dimensões diferentes. Eu quero dizer, nós temos artigos chamados “Sobre levar você mesma a sério: Como não se importar com o que as outras pessoas pensam de você”, e também temos artigos como, “Opa - Eu estou descobrindo! Ha ha” Se você usar
isso, você consegue qualquer coisa. Nós também temos artigos chamados “Como parecer que você não estava chorando em menos de cinco minutos”.
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Com tudo isso dito, eu ainda aprecio de verdade aquelas personagens em filmes e artigos como aqueles em nosso site, que não são só sobre ser totalmente poderosa, talvez achando aceitação com você mesma e auto estima e suas falhas e como aceitá-las. O que eu quero que vocês levem da minha palestra, a lição de tudo isto, é simplesmente ser Stevie Nicks. É tudo o que vocês têm que fazer. Porque a minha coisa favorita sobre ela, além de, tipo, tudo, é que ela sempre tem sido indesculpavelmente presente no palco, e indesculpável sobre suas falhas e sobre reconhecer todos os seus sentimentos contraditários e ela te faz ouvi-los e pensar sobre eles, então por favor sejam Stevie Nicks.
”
https:// www.ted.com/ talks/ tavi_ gevinson_ a_ teen_ just_ trying_ to_ figure_ it_ out
GEVINSON, Tavi, 1996. Uma Adolescente Apenas Tentando Entender / Tavi Gevinson; ilustrações de Tavi Gevinson. TEDxTeen, 7"30', março de 2012. Tradução Mariana Athayde e Fernanda Zanette Revisão Wanderley Jesus Adaptação Fernanda Zanette Projeto Gráfico Fernanda Zanette Tipografias Brandon Text e Abril Text Universidade do Estado de Minas Gerais — Escola de Design Disciplina Prática Projetual III Profs. Daniela Martins e Ricardo Portilho Aluna Fernanda Zanette Gomes