UAI CAFÉ
FEIRA DO CONHECIMENTO 2021
ANO 1-NÚMERO 1 CURSO G9 NOVEMBRO/2021 ITAJUBÁ-MG
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º ANO
TEMA 300 anos de Mineiridade: os sonhos não envelhecem
SLOGAN "Sou do Mundo, sou Minas Gerais"
S U M Á R I O
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LINHA DO TEMPO
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ENTREVISTA CAIO TATAMIYA
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PONTA DE AREIA
........................................................................................... PÁTRIA MINAS ..........................................................................................................................4 POEMA: MEU REFÚGIO MINEIRO.......................................................................................5 LINHA DO TEMPO .............................................................................................................6 a 8 PALAVRAS CRUZADAS ..........................................................................................................9 HISTÓRIA E POLÍTICA NA CRIAÇÃO DE MINAS GERAIS..................................................................................................................................10, 11 e 12 ATIVIDADES ECONÔMICAS: AGRICULTURA..............................................,...........................13 INDÚSTRIA TÊXTIL E SIDERÚRGICA................................................................................ 14 e 15 ENTREVISTA CAIO TATAMIYA - CAFÉ..............................................................................16 a 22 PONTA DE AREIA .............................................................................................................................23 ARQUITETURA, ASPECTOS RELIGIOSOS E GASTRONOMIA .........................................................................................................................................................24 e 25 HISTÓRIA DO CAFÉ E A FERTILIDADE DA TERRA + PROCESSO DE EXPANSÃO DO CAFÉ .....................................................................................................................................................26 CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO CAFEEIRA NO SÉCULO XX + MUDANÇAS FAVORECIDA PELO CAFÉ ............................................................................................................27 CAÇA PALAVRAS ..............................................................................................................................28
ENTREVISTA
31 a 34 46 38 ..................................................................... JOGOS
CIO DA TERRA
DO BRASIL PARA O MUNDO ...............................................................................................................29 ENTREVISTA: HEMERSON PEREIRA E PATRÍCIA RIBEIRO EXPORTAÇÃO...................................................................................................................................30 e 32 HISTÓRIA DO CAFÉ (LENDA) + TRAJETÓRIA DO CAFÉ PELO MUNDO ................................33 PRINCIPAL ATIVIDADE ECONÔMICA DAQUELA ÉPOCA .........................................................34 CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE CAFEEIRA ...........................................................................35 O QUE NÓS TEMOS COMO HERANÇA TRAZIDAS PELA EXPANSÃO DO CAFÉ .................36 CURIOSIDADES DO CAFÉ ....................................................................................................................37 JOGO DA MEMÓRIA ..............................................................................................................................38 DE GERAÇÃO A GERAÇÃO .................................................................................................................39 ENTREVISTAS: ALEXANDRE- CAFÉ ......................................................................................40 a 43 CLUBE DA ESQUINA..............................................................................................................................44 MORRO VELHO.......................................................................................................................................45 CIO DA TERRA .......................................................................................................................................46 RELATO DA CONSTRUÇÃO DA REVISTA ..............................................................................47 e 48 QUIZ GERAL............................................................................................................................................49
"Pátria Minas"
Marcus Viana dizia: “Adoro permear os temas ecológicos e espirituais em meus trabalhos. Esse sentimento de interação com o Universo é inevitável, somos parte de um todo. A minha música é o meu jeito de me manter ligado à energia maior da criação”. As palavras do compositor e multi-instrumentista Marcus Viana revelam muito de sua história. Autor de grandes sucessos, suas músicas, letras e sons são universais, combustível perfeito para o romance cósmico, sideral. E Pátria Minas foi uma dessas suas músicas
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Meu refúgio mineiro Mariane Marques Marcondes
Procurando um refúgio Encontrei uma estradinha Andei por ela inteira Me deparei com montanhas lindas
Aquela cidade me chamava Me encantava,dizendo "Esta será sua morada, até que não seja mais nada"
Cheguei a Minas Gerais Lugar lindo de se olhar Cheguei a Minas Gerais Lugar mais lindo que o mar
Senti o cheiro incrível Do café sendo preparado Do pão de queijo saindo do forno Oh,povo requintado
E que sabor maravilhoso Sabor de pedacinho do céu noiva no altar da igreja de Ouro Preto Seu esposo levantando o véu
Tiradentes estava certo Lutas seriam necessárias Para eternizar este paraíso Onde o céu parece sempre estar aberto Uma moça me sorriu O trem apitou Um homem passou ao meu lado, com seu típico "Uai,sô" Minas Gerais E seu turismo sem igual Quem passa por aqui Apenas pensa: "Uau" Minas Gerais Com paisagens que parecem desenhos Cultura sem igual Que orgulho que eu tenho!
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Minas Gerais - 300 anos de Mineiridade: Palavras-cruzadas VERTICAL: 1 - Atração turística muito conhecida em Minas Gerais. Inaugurado em 1881 em pelo imperador D. Pedro. 2 - Grupo criado na década de 1960, em Belo Horizonte. 3 - Foi criador da música "Cio da Terra" e fundador do Clube da Esquina. 4 - Música composta por Milton Nascimento e Chico Buarque. 5 - O café mais caro já existente.
HORIZONTAL: 2 - Principal atividade econômica do século XIX.
6 - Foram pessoas responsáveis por uma grande arrecadação de dinheiro para a economia brasileira.
RESPOSTAS:
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Fonte: CONECTEEDUCAÇÃO
A história na criação de Minas Gerais O desbravamento de Minas se iniciou no final do século 17, por meio de bandeirantes, em busca de ouro e pedras preciosas. No início do século 18, a região tornou-se um importante centro econômico da colônia, com rápido povoamento. No entanto, a produção de ouro começou a cair por volta de 1750, levando Portugal a criar formas cada vez mais rígidas de arrecadação de impostos, o que resultou no mais conhecido movimento político e histórico de Minas Gerais - A Inconfidência Mineira.
da infra-estrutura de transportes. Esse avanço trazido pelo café incentivou um primeiro surto de industrialização e essas indústrias que começaram a surgir eram de pequeno e médio portes, que eram concentradas principalmente nos ramos de produtos alimentícios. O predomínio da cafeicultura acabou se alterando, lentamente, na década de 1950, no processo de substituição de importações, a indústria ampliou ainda mais a sua participação na economia brasileira.
Por muitos anos, apesar dos avanços advindos da produção de açúcar, fumo e algodão, Minas Gerais continuou baseando sua economia nas grandes fazendas. O lento avanço da economia de Minas Gerais, como o de toda a colônia, foi acelerado com a advento da produção e exportação de café.
Já na década de 1970, a economia mineira passou por mudanças estruturais graças a um grande volume de investimentos que ela recebeu. Daí, nesse período as coisa mudaram, o Estado reverteu a perda de posição relativa no contexto nacional. E a partir disso iniciou-se então um processo de adensamento e diversificação da sua estrutura industrial, da criação de novos setores industrias e também de ampliação da inserção nacional e internacional da inserção nacional e internacional da economia mineira.
A cafeicultura foi introduzida aqui em Minas no começo do século XIX e rapidamente já se transformou na principal atividade econômica e no agente indutor do povoamento e desenvolvimento
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A política na criação de Minas Gerais O aumento dos impostos acabou suscitando em um dos principais movimentos anticoloniais do século XVIII: a Inconfidência Mineira. Inspirados pela Revolução Francesa de 1789, diversos intelectuais, religiosos e proprietários rurais se reuniram com a intenção de livrar o estado do domínio português. O alastramento dos ideais republicanos deixou a monarquia lusitana em alerta, principalmente com a suspeita de conspirações que ameaçassem a estabilidade do governo.
Fonte: Research Gate
Neste movimento de insurreição, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi acusado de traição e enforcado em frente à multidão no dia 21 de abril de 1792. Com os embargos em torno do minério, o estado de Minas Gerais só conseguiu estabilizar sua economia com a comercialização do café, que deu gás para o investimento maciço em transportes e a exportação do produto a outras regiões.
Fonte: O Estado de Tocantins
Com os embargos em torno do minério, o estado de Minas Gerais só conseguiu estabilizar sua economia com a comercialização do café, que deu gás para o investimento maciço em transportes e a exportação do produto a outras regiões.
Jogue o jogo e aproveite a música
Que música é essa? através do QRcode na última questão! https://wordwall.net/resource/22190292
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Atividades econômicas com ênfase na agricultura Minas Gerais possui as melhores condições climáticas para a plantação de trigo, por isso há uma
de alta produção no estado; Junto ao ciclo da cana açúcar começou o cultivo do tabaco para exportação. O trigo foi trazido para a Minas Gerais pelos imigrantes europeus, inicialmente para o triângulo, onde encontravam-se instalados. Nessa região foram conduzidas as primeiras pesquisas com o cereal, de forma que, desde meados dos anos 1920, já se conhecia o potencial da triticultura no estado. Em Minas Gerais, a produção foi crescente e o tabaco da região de Baependi, no Sul de Minas, se tornou mercadoria de exportação através da demanda do Rio da Prata. Em meados do século XVIII a capitania tornou-se autossuficiente na produção de tabaco.
Fonte: FPOP
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A principal atividade econômica do fim do século XIX até o inicio do século XX era o café que substituiu a exploração das jazidas e trouxe riquezas e investimentos para o estado. A cana de açúcar teve uma grande produção no sul e sudeste de Minas Gerais por muito tempo especificamente no período do Brasil Império durante 1500 a 1822 a renda obtida a pelo comércio de açúcar atingiu quase duas vezes a do ouro e de todos os outros produtos agrícolas juntos como café e algodão.
Fonte: Dinheiro Rural
Industria Têxtil em Minas Gerais A produção doméstica dos fios difundiu-se enormemente em Minas Gerais, em particular no início do século XIX. Segundo Gustavo da Silva (especialista neste assunto) esta técnica foi trazida à província de Minas Gerais pelos colonizadores;
Fonte: Blogconsistem
Fonte: FCEM
O período de maior produção têxtil em Minas Gerais também foi no início do século XIX, pela popularidade deste tipo de indústria aqui no Brasil, com muitas pessoas importantes para a industria têxtil estando em vários vilarejos.
Industria Siderúrgica em Minas Gerais Minas Gerais abriga o começo de nossa história na siderurgia. No território de Ouro Preto, próximo aos limites de Congonhas, abrigamos o início da história da indústria de ferro no Brasil: a Fábrica Patriótica; A siderurgia marca a paisagem e a vocação econômica deste rico território, no coração das Minas Gerais, que no final representa história, cultura e trabalho.
Fonte: Rijeza
Fonte: Fiscalti
Não apenas uma memória de pedra e cal, mas um sítio histórico que nos deixa pistas do fazer mineiro, do patrimônio imaterial e cultural, da herança intangível que ajuda a construir o respeito a esse monumento e aos homens que o ergueram no passado. É ainda como se os rastros da pequena Fábrica preservassem a cultura de Minas Gerais, forjada pelo mais puro ferro.
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“Veja só, a agronomia pode te levar a lugares diferentes. É um campo profissional muito amplo. Me descobri nessa atividade profissional, que atua no meio rural, e escolhi a agronomia por acaso. Moro na cidade, mas trabalho na zona rural.”
Do Campo ao Cafezinho Caio Tatamyia tirou um pedacinho do seu tempo para conversar conosco sobre a história e o processo de expansão do café Quando ouvimos falar sobre a agronomia, logo pensamos que os agrônomos trabalham com plantas, bichos e solo, o que é uma parte da verdade. Porém, além disso, eles trabalham com as pessoas, que vivem e operam no meio rural. Possuem um setor de pesquisa sobre novas variedades, novas formas de plantio e cultivo, preparo do solo e extratos culturais. Além do comércio internacional, que é responsável por levar os produtos produzidos ao exterior. Toda essa cadeia produtiva está, de um certo modo, vinculada ao café, ou seja, desde as pessoas que produzem o fruto até a sua exportação. Com base nessas informações e com o que conhecemos sobre esse ramo, decidimos fazer uma entrevista com algum profissional da área.
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Caio Tatamiya Rodrigues, nasceu em São Paulo, na capital, e é formado em agronomia pela Universidade de Viçosa, localizada na Zona da Mata, em Minas Gerais. Ele trabalhou com a agricultura familiar, o que lhe deu várias oportunidades de trabalho e o levou para diferentes áreas do nosso país. Morou por dez anos na Chapada Diamantina, na Bahia, desenvolvendo projetos de acesso à água, segurança alimentar e assistência técnica à agricultura familiar, no município e no sertão. Atualmente, trabalha como produtor orgânico, com sua família, na cidade de Cristina (MG), e deu início a um projeto juntamente à população atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG), que foi um grande desastre industrial que matou diversas pessoas.
Possui um escritório em Belo Horizonte, onde fica sediado, e acompanha, juntamente a sua equipe de mais de 130 profissionais, dez municípios da região da Bacia do Paraopeba, onde tentam entender os danos sofridos e como será o processo de reparação do município. Participa de uma associação de produtores agroecológicos em Maria da Fé (MG), que faz parte de uma rede de certificação participativa no Sul de Minas. “Veja só, a agronomia pode te levar a lugares diferentes. É um campo profissional muito amplo. Me descobri nessa atividade profissional, que atua no meio rural, e escolhi a agronomia por acaso. Moro na cidade, mas trabalho na zona rural.” Confira o nosso bate-papo!
Como você acha que a agronomia atuará daqui a alguns anos? Acho que vai ter uma atuação muito importante. Lógico que a expectativa é que retomaremos um processo de industrialização, que desenvolvesse uma indústria metalúrgica, de aço, de metais, automobilística e geração de energia renovável, basicamente, por conta do estado em que moramos. Minas Gerais possui um histórico muito grande de mineração. Um exemplo, na região em que atuo, em Belo Horizonte, o minério de ferro é transportado por meio de uma esteira até o porto, no Espírito Santo. Porém, não sabemos se essas renovações acontecerão. Então, as atividades primárias, seja na agricultura ou na área extrativa, vão continuar tendo um papel muito grande, já que em nosso estado elas são importantes para a economia e na geração de empregos. Se eu não me engano, Minas é o segundo estado com maior número de agricultores familiares no Brasil. É um campo de atuação profissional muito grande e que deve sim, continuar importante.
Fonte: Arquivo do Canva
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Qual foi o processo de expansão do café?
Qual a origem do café?
O café começou a se desenvolver na região do Rio de Janeiro, na época em que era a capital federal do Brasil. O Jardim Botânico, por exemplo, era uma grande fazenda de café e hoje guarda várias espécies da mata atlântica. Sua produção começou a subir e a se desenvolver, até chegar na região do Vale do Paraíba, no sul de Minas. Logo depois, se expandiu para a região de São Paulo, que atualmente também possui um polo importante em sua produção. Essa expansão aconteceu por conta da mão de obra escrava, que na época não eram mais considerados “vindos da África”, era o comércio interno.
Geralmente, nós temos uma visão de que o café veio diretamente de Minas Gerais, mas isso não é verdade. O café foi trazido da região da África Oriental. Isso é uma coisa interessante, que nos ajuda a entender um pouco o mundo. Um exemplo, pensamos que a cultura italiana se define na macarronada, mas na verdade, o macarrão veio da China, o trigo veio da região da África e o tomate veio das Américas. Muitas vezes, dizemos que a gastronomia define um povo, mas os povos se formaram dessa relação, um com os outros.
Fonte: Arquivo do Canva
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Fonte: Arquivo do Canva
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Quais os pontos que devem ser considerados na hora de implantar uma lavoura de café? De maneira sintética, seria importante observar os aspectos ambientais, sociais e econômicos na implantação da cultura de café. Como ambientais, poderíamos identificar a altitude do terreno, qual a face de exposição ao sol, o tipo de solo, o acesso, a presença ou não de água, assim como a legislação ambiental, se essa área está em área de preservação permanente e se a reserva legal do terreno está sendo observada. No ponto de vista social, seria importante pensarmos não só na família ou no empreendedor que está implantando essa lavoura. Devemos pensar nos seguintes pontos: é a própria família que vai trabalhar? O empreendedor irá contratar pessoas para trabalhar? Existe essa disponibilidade de trabalhadores? Seria importante observar isso também. E do ponto de vista econômico, seria importante fazer a avaliação sobre os custos envolvidos na implantação da lavoura. Precisamos pensar que é uma lavoura que vai começar a sua fase produtiva a partir do segundo, terceiro ano, mas que vai atingir um patamar de produção maior a partir do quinto ano, isso tem que ser levado em consideração. Você vai ter uma outra fonte de renda alternativa? Você vai fazer integração da lavoura do café com outras culturas? Seja produção animal, gado leiteiro ou gado de porte, seja com culturas anuais, como hortaliças e grãos. Essa questão da integração produtiva é uma coisa importante a ser considerada também.
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Atualmente, o solo está sendo bastante poluído pela introdução de substâncias químicas e ações humanas. Como fazer para recuperá-lo? Atualmente, existem diversas técnicas consagradas que são utilizadas na recuperação de solos degradados. Eu destacaria as técnicas físicas, mecânicas e as técnicas biológicas. Entre as técnicas físicas, a gente poderia citar o terraceamento, o plantio em curva de nível e principalmente, o manejo da água no solo, para evitar a formação de enxurradas e erosão superficial. Do ponto de vista biológico, poderíamos citar desde a recomposição de matas ciliares, a recomposição florestal, mas também plantio de policultivos, ou seja, diversas espécies diferentes de plantas plantadas ao mesmo tempo que vão cumprir papéis diferentes, inclusive podendo ser aproveitadas na produção. Uma técnica que vem se consolidando bastante, que atua nessa perspectiva, são sistemas agroflorestais, que inclusive, podem ser associados à produção de café.
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No nosso estado, quais são os melhores tipos de café para ser plantado? A melhor variedade ou a variedade mais adequada para o estado de Minas Gerais, é o que a gente chama de Coffea arabica, que é esse café que a gente costuma tomar. O estado de Minas tem características de solo, de clima e de relevo, que favorecem a produção do café de qualidade. Como o café gourmet, por exemplo, que é aquele que vai conseguir pontuações mais altas nos concursos de café e por consequência pode ser comercializado por um preço superior. Agora dentro das variedades de Coffea arabica, você vai ter que observar qual cultivar que está mais adaptado para sua região e qual que é o sistema produtivo que você vai implantar, porque mesmo dentro do Coffea arabica, você vai ter, por exemplo, o Catucaí Amarelo, o Catuaí vermelho, o Sabiá... Então, você tem diversas variedades que tem adaptações diferentes ao sistema de cultivo. Por exemplo, nos cultivos orgânicos, uma variedade que tem se destacado bastante é o Araras, que tem tido uma boa produção e tem conseguido uma qualidade interessante.
Quais as influências do trabalhador no plantio do café?
As influências do trabalhador no plantio e no cuidado dos tratos culturais da cultura do café são muito grandes, porque os trabalhadores são aqueles que você responsáveis por todas as tarefas seja a roçada, capina e a colheita se vai ser uma colheita seletiva ou se vai ser uma colheita por derriça que a gente chama então é muito importante dentro da lavoura do café da cultura do café que os trabalhadores compreendam todos os ciclos da cultura e às exigências uma boa produção.
Quais as principais diferenças entre o café orgânico e o café comum? Tem alguma diferença na preparação do solo? A grande diferença entre os sistemas orgânicos produção e sistemas convencionais é que os sistemas orgânicos de produção devem seguir um plano de manejo orgânico, ou seja, um conjunto de técnicas e de procedimentos que estão autorizados pela legislação brasileira. Em relação ao preparo do solo é importante destacar: o sistema orgânico de produção não admite utilização de queimadas e nem a utilização de adubos químicos solúveis assim como não admite o uso da utilização de herbicidas, fungicidas e inseticidas. Então o sistema de produção orgânico vai privilegiar a utilização de adubos naturais, sejam eles de origem animal como por exemplo o esterco de curral embutido e a compostagem ou seja ele produtos de origem vegetal como cobertura morta e podas de árvore ou até mesmo fontes minerais, como por exemplo os postos de rochas podem ser o fosfato natural e calcário.
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Como sabemos, os agroquímicos são utilizados para combater pragas, porém são muito prejudiciais para as plantas. Em uma plantação de café orgânico, o que é utilizado para substituir os agrotóxicos? Os sistemas orgânicos de produção partem da compreensão de que um solo sadio gera uma planta sadia que gera um alimento sadio. A ocorrência de pragas ou doenças, são manifestações de um desequilíbrio ambiental no sistema de produção e hoje apesar de você poder utilizar um conjunto de produtos seja para combater pragas ou doenças dentro de sistemas orgânicos de produção que podem ser causas naturais, defensivos naturais ou produtos biológicos. O mais importante é você ser capaz de identificar que tipo de desequilíbrio está ocorrendo e atuar sobre as causas desse desequilíbrio e não sobre as suas consequências.
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"Ponta de Areia" Ponta de Areia, ponto final Da Bahia-Minas, estrada natural Que ligava Minas ao porto, ao mar Caminho de ferro mandaram arrancar Velho maquinista com seu boné
Lembra o povo alegre que vinha cortejar Maria fumaça não canta mais Para moças, flores, janelas e quintais Na praça vazia um grito, um ai Casas esquecidas, viúvas nos portais
O intuito desta comunicação é pensar a canção “Ponta de Areia” gravada no disco Minas. Analisa - se tanto os elementos musicais quanto poéticos, no intuito de entender como a canção conta a história da Estrada de Ferro Bahia - Minas, ao articular as práticas de convivência histórico subsequente, ou seja, de desativação do trem promovida pela ditadura militar.
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Fonte: Wikipedia
Arquitetura Minas Gerais tem o mais importante acervo arquitetônico e artístico do período colonial brasileiro. A arquitetura mineira barroca desenvolveu-se no Brasil entre o século XVII e a primeira metade do século XVIII, sendo que, da mesma maneira como aconteceu na Europa, o barroco mineiro também influenciou o desenvolvimento urbano de várias cidades. e nos traz algumas características peculiares. Pinturas e esculturas com temas cristãos, ornamentos em ouro e materiais nobres, imagens revestidas com película de ouro e santos em relevo. Essas são algumas das características observadas nas obras barrocas mineiras. Desenvolveu-se principalmente nas regiões de Ouro Preto, Congonhas, Mariana, Diamantina, Serro, Sabará, Tiradentes, Caldas e São João Del-Rei. Artistas mineiros como Aleijadinho e Mestre Athaíde, deixaram suas obras em muitas cidades mineiras através de pinturas, esculturas, madeira, entalhamento em gesso e pedra sabão.
Fonte: BDMG' cultura
Fonte: Susconecta
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Fonte: Gastrô
Gastronomia
A gastronomia mineira tem grande foco nas comidas caseiras, feitas no fogão à lenha, que era tão comum no final do século XIX e “comecin” do século XX; Além disso, são feitas e servidas na hora, o que faz com que fiquem ainda mais gostosas, com várias opções de queijo e receitas derivadas, além do típico "cafezin" coado na hora. Para o almoço,comumente costelinha de porco, angu, tutu de feijão, couve refogada e canjiquinha. Porém, no final do século XIX e começo do século XX, os alimentos mais consumidos eram o azeite, o café, a cachaça e os queijos diversos. Ou seja, foram mínimas as mudanças, o que faz com que essa cultura seja melhor ainda!
Fonte: Proteste
Aspecto religioso: Em Minas Gerais, na época da mineração, acreditava-se na salvação que a igreja prometia. Por conta disso, havia, e ainda há, sinais em diferentes locais sobre o catolicismo. Por conta disso, o catolicismo é muito valorizado em Minas Gerais e em outros locais. Em Ouro Preto existem 13 igrejas monumentais, com altares banhados a ouro e imagens sacras, nos estilos barroco e rococó. Minas Gerais recebeu muitos turistas por conta das igrejas em Ouro Preto e em Tiradentes.
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Fonte: Guia de Destinos
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História do café Fertilidade da terra
Processo de expansão do café
O café chegou ao Brasil em 1727 na Região Norte, nos estados da Amazônia e Pará, trazido por Francisco de Melo Palheta, mas como o solo não era propício para o grão, a atividade não se desenvolveu. Durante o Segundo Reinado, o café foi introduzido na região do Vale do Paraíba, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e se expandiu para Minas Gerais, devido ao clima e solos favoráveis, principalmente em relação à “terra roxa”, muito favorável para a plantação.
A primeira exportação de café ocorreu em 1800, quando foram exportadas somente 13 sacas, mas logo, em 1820 o Brasil já era considerado o maior exportador de café. A cafeicultura evoluiu muito, de forma que, em 1845 o Império Brasileiro produzia 45% do café mundial. Porém, em 1850, a lei Eusébio de Queirós foi estabelecida permitindo a proibição do tráfico negreiro, assim houve grande escassez de mão de obra na cafeicultura, diminuindo a produção.
Fonte: Coffee & Joy
Fonte: Abiccom
Entre os anos de 1857 e 1886, o preço do café variou bastante, aumentando e abaixando, devido às geadas que atrapalhavam a produção. A atividade cafeeira, que aumentava cada vez mais, manteve o café como principal produto de exportação do Império, que acabou em 1889. Os grandes latifundiários produtores de café, os chamados “Barões do café'' foram responsáveis pela maior parte da arrecadação de dinheiro para a economia brasileira. Fonte: Café & Economia
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Fonte: Hamorim
Crescimento da produção cafeeira século XX Entre 1920 e 1930, as vendas de café contribuíram com mais de 70% do total da receita de exportação. O êxito desta
orientação, entre 1906 e 1920, explica a já
Fonte: Mundo Educação
Que música
é essa? "No sertão
da minha terra" Janela do Café mencionada expansão da lavoura cafeeira na década de 1920. Os Estados Unidos e os países europeus estavam muito relacionados à boa economia que o café trazia e se tornaram essenciais.
Mudanças favorecidas pelo café O café proporcionou várias mudanças ocorridas entre o século XIX e XX, entre elas podemos citar a concentração de capital na região sudeste e o processo de urbanização, onde houve muitos deslocamentos para o espaço urbano. Já em Minas Gerais houve o aumento de pessoas empregadas; a substituição da exploração de jazidas pela cultura do café, que trouxe mais investimentos e riquezas; além da criação de mais ferrovias e indústrias no estado. Também tem o êxodo rural, onde os moradores do campo foram para as cidades, que estavam crescendo com a atividade; a poluição dos solos, junto a sua contaminação e degradação, desmatamento e queimadas, além da crise agrícola.
Fonte: Escola Kids
Fonte: Época Negócios
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Minas Gerais - 300 anos de Mineiridade: Caça Palavras
- Foram grandes latifundiários produtores de café.
- Foi o principal produto agrícola em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX.
- O café mias caro já existente, composto pelo nome de um pássaro.
- Esse cidadão foi enforcado no Rio de Janeiro e seu corpo foi esquartejado em quatro partes e espalhados pela estrada de acesso à Ouro Preto.
- Comida típica de Minas Gerais, degustada no café da manhã e no café da tarde.
- Criado na década de 1960, em Belo Horizonte. RESPOSTAS:
- Foi uma música composto por Milton Nascimento e Chico Buarque.
- Era o estado mais povoado do século XIX.
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Do Brasil para o Mundo Hemerson Pereira e Patrícia Ribeiro contam-nos sobre a exportação do café e sobre a empresa em que trabalhamo
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A CarmoCoffees é uma empresa que reúne centenas de cultivadores e produtores de café, de Carmo de Minas. Como o solo, o trabalhador rural e o café se encaixam perfeitamente no nosso subtema da Feira do Conhecimento 2022, realizamos uma entrevista com o controller da empresa, Hemerson e com a agrônoma, Patrícia. O Hemerson é formado em economia pela Facesm e contabilidade pela faculdade de Trevisan. Nascido em Itajubá, atua na mesma empresa há 4 anos. Dentro da CarmoCoffees ele trabalha em parceria com os diretores, cuidando da parte administrativa e operacional. A Patrícia é formada em técnica em alimentos e engenharia agronômica e atualmente atua na empresa CarmoCoffees a 1 ano e 3 meses. Ela trabalha na área de sustentabilidade e cadeia de fornecimento de café, além de verificar a produção das fazendas, questões trabalhistas e ambientais, de acordo com a legislação.
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Há quanto tempo a empresa CarmoCoffees está na área de exportação?
Qual o país que mais consome café da Carmocoffes?
A CarmoCoffees foi fundada há 13 anos, sempre focada na exportação sendo que 90% vai para outros países e 10% no mercado interno.
Atualmente os países que mais consomem o café da empresa são os Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Coreia do Sul e Austrália.
Quais as mudanças causadas pelo avanço tecnológico na exportação do café?
Qual a cidade do Sul de Minas Gerais que mais exporta café?
O avanço tecnológico contribuiu para a segurança alimentar, sendo que os clientes começam a ficar mais exigentes e as empresas mais preparadas. Contribuindo de forma positiva.
Uma das maiores cooperativas do mundo está em Guaxupé, Minas Gerais.
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Existe alguma dificuldade no processo de exportação do café? O processo de exortação é algo muito dinâmico. Atualmente em um período de pandemia as maiores dificuldades enfrentadas são na cadeia logística, falta de navio e contêiner que é utilizado para colocar as sacas de café durante a exportação. Recentemente houve uma queda de produção no Brasil e problemas com geada que algumas vezes matam a planta ou diminui a capacidade de produção.
Existe alguma preparação específica no grão do café para que ele seja exportado? Patrícia: Desde a colheita até o café ser exportado ele passa por vários processos. Então a colheita é planejada para que haja uma maior porcentagem de grãos maduros, para que a bebida seja de qualidade. Durante o armazenamento do café são utilizadas máquinas tecnológicas para que o processo tenha uma boa eficácia e esteja de acordo com as exigências dos clientes.
Imagens do armazém da Carmo Coffees em Três Corações (MG)
Hemerson: Durante o processo é necessário separar os melhores grãos para que as pessoas tenham acesso a qualidade. O café sofre um processo de industrialização que tem o intuito de remover defeitos, cores diferentes, impurezas, tudo que tira o perfil do cafe, ou seja, ele sofre um tratamento para que ele chegue no perfil ideal.
Arquivo da internet
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Imagens do armazém da Carmo Coffees em Três Corações (MG)
Como funciona o processo de exportação do café? A operação se inicia na fazenda, onde o produtor cuida da lavoura e colhe os frutos. O café é enviado para um armazém, onde o mesmo será separado e limpo, e após este processo ele é ensacado e enviado para a exportação. Cada tipo de grão tem uma precificação e cada produtor trabalha com um tipo de grão. A empresa por sua vez terá a função de comprar esses grãos do produtor e realizar o processo de industrialização do café, que é levado para o porto e enviado em navios para o seu destino.
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História do café - Lenda Fonte: Supremumcafe
Tudo começou quando, um dia, um pastor havia percebido algo estranho nas plantas da região onde morava. Percebeu que, quando as suas cabras comiam um fruto, elas ficavam mais animadas e com energia. Como estava curioso para saber o porquê, ele levou, para o monge, a planta que continha o fruto estranho. O monge lhe disse que esse fruto “pertencia ao diabo” e que precisava ser queimado, urgentemente. Quando esse fruto foi queimado, o monge sentiu o cheiro do nosso atual café. Existem outras versões da lenda, que dizem que o monge, na verdade, não queimou o fruto. Ele ferveuo e experimentou-o. Assim, percebeu que o café o deixava mais agitado e passou a consumi-lo diariamente, nas noites de reza.
Trajetória do café pelo mundo
Fonte: Café Jandaia
O café teve uma longa trajetória pelo mundo inteiro. O grão, originário da Etiópia, foi logo levado para a Arábia, já que era considerado uma planta milagrosa e precisava manter seu privilégio. Ainda tendo sua fama milagrosa, o café passou a ser usado no Egito e Turquia durante o século XVI, ainda sendo utilizado em preces. Já no século XVII o café foi introduzido na Inglaterra e Itália para ser consumido por diversas classes sociais, era um produto acessível. A partir daí, o consumo do café se disseminou por diversas partes da Europa.
Que música é essa?
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Principal atividade econômica daquela época Com cerca de 2 milhões de habitantes, Minas Gerais era o estado mais povoado do século XIX, então a cultura do café substituiu a exploração das jazidas e começou a se expandir no início do século XIX, e já no final do século, se tornara a principal atividade econômica de Minas Gerais.
A expansão do café alavancou muito a economia brasileira, principalmente a do sudeste, pois muitos moradores de outros países, como imigrantes vindos da Europa, vieram para a região. O mercado mundial do café ampliou à medida que o produto passava a ser um produto cotidiano, e não mais um artigo de luxo e a participação do Brasil no mercado mundial aumentou de 20%, no século XIX, a 50%, no século XX.
Características da atividade cafeeira O ápice da economia cafeeira durou mais de 100 anos, entre os anos 1800 e 1930. Isso contribuiu para se tornar a principal atividade econômica, além de vários outros fatores, como a queda nas exportações de alguns produtos, por exemplo, a cana de açúcar, o algodão e o cacau. Além do grande desenvolvimento no Sudeste, com seus lucros obtidos através da atividade cafeeira, permitindo assim, o investimento na urbanização e industrialização da região.
Fonte: commons.wikimedia Fonte: mundoeducacao
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O que nós temos como herança trazida pela expansão do café Uma das principais heranças que o café nos deixou foi o desenvolvimento da região mineira. A criação de ferrovias facilitou o transporte do café e os lucros da atividade possibilitaram a industrialização, o que promoveu o desenvolvimento urbano de Minas Gerais. Os escravizados eram comprados pelos cafeicultores para praticar a mão de obra escravizada, por meio do tráfico negreiro, nas lavouras e depois o trabalho passou a ser praticado por imigrantes europeus. A vinda desses povos para o Sudeste influenciou a formação da população, deixando um legado nos dias de hoje na cultura de Minas.
O grande cultivo do café no século XIX e no século XX também nos deixou uma herança simbólica, pois hoje em dia ainda há grande produção do grão no nosso estado, que é conhecido mundialmente pelos melhores cafés. Portanto, expansão do café em Minas Gerais fez o café mineiro ser muito famoso e o nosso estado ser uma referência global na produção.
Fonte: Leilão de Arte/
Fonte: Pinterest
Curiosidades do café - O café estava de acordo com os princípios do Alcorão, que condena o consumo de bebidas alcoólicas; - A origem do nome café se deu na Arabia, a planta era conhecida como Kaweh, que significa força;
- Existem dois tipos de café: o arábica (mais tradicional, mais delicado e é mais agradável ao paladar) e o canéfora (usado para fazer o café instantâneo, com um sabor mais forte e mais resistente).
- Um dos cafés mais caros é o Café do Jacu. A colheita desses grãos é feita no pé das árvores, onde as aves deixam seus dejetos. Depois ele é levado para limpeza;
Fonte: Spotify
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Minas Gerais - 300 anos de mineiridade: Jogo da Memória Esse foi um jogo criado pelo aplicativo "Wordwall", e nele abordamos os seguintes temas:
Café; Minas Gerais: História e cultura; Clube da Esquina (História e fundadores); Cio da Terra (Compositores).
Espero que gostem!!!
ACESSO AO JOGO:
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De Geração a Geração
Alexandre Carvalho Ribeiro Junior é um estudante de agronomia, que é um curso muito amplo e pode ser voltado a todas as áreas de estudo que estão próximas à produção agropecuária. Ele trabalha com exportação e comercialização direta de cafés especiais, onde ligamos o produtor de cafés especiais diretamente com torrefadores europeus.
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A sua família já produzia café ou isso começou com você?
É um ramo da minha família. Quem começou tudo lá atrás foi a minha avó, mãe do meu pai, Dona Neném. Ela começou com um pequeno sítio em Santa Cruz da Prata - MG, onde ela começou trabalhando sozinha e aos poucos estruturou toda uma fazenda voltada para a produção de cafés. Com o passar dos anos meu tio, Guy Carvalho, filho da minha avó, começou cuidar da fazenda junto com ela e hoje atua gerenciando a fazenda como um todo e com ele, trouxe mais conhecimentos e nós voltamos a produção de cafés especiais.
Você saberia dizer como e o porque sua família começou a produzir café?
Minha avó ficou viúva muito cedo, e precisava encontrar algum meio de conseguir mais dinheiro para dar mais qualidade de vida para a sua família. Então ela juntou essa dificuldade com a paixão que ela tem pela vida no campo para começar a produzir cafés.
Você mantém algum costume, alguma rotina que seus familiares tinham na colheita ou no plantio do café?
Além do dia-dia de levantar bem cedo para começar a colheita ou até mesmo o plantio, minha avó tinha a cultura de sempre em alguns cantos perto dos talhões de café plantar outra cultura, como laranja, limão, manga, banana e mandioca, para que sempre que alguém tivesse que trabalhar em algum local longe da sede tivesse lá alguma fruta para comer ali ou mesmo para levar para casa depois do serviço. É uma pratica comum ter um pomar na fazenda, mas sempre achei curioso o que motivou ela a plantar essas frutíferas tão bem distribuídas na propriedade.
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Como vocês ou suas famílias começaram a produzir café?
Minha avó ficou viuvá muito cedo, e precisava encontrar algum meio de conseguir mais dinheiro para dar mais qualidade de vida para a sua família. Então ela juntou esse e dificuldade com a paixão que ela tem pela vida no campo para começar a produzir cafés.
Vocês fazem exportação? Nós atualmente fazemos algumas vendas para a exportação de cafés pela cooperativa, e fazemos algumas vendas de lotes de cafés especiais para a Illy Cafés.
O avanço da tecnologia facilitou algum processo da produção do café, comparando antigamente com hoje em dia? Facilitou toda a cadeia cafeeira, trouxe muito mais qualidade de vida a todos que trabalhamos nela. Para nós também foi essencial para que pudéssemos trabalhar com cafés de maior qualidade.
O sabor do café mudou de alguma forma?
Além do dia-dia de levantar bem cedo para começar a colheita ou até mesmo o plantio, minha avó tinha a cultura de sempre em alguns cantos perto dos talhões de café plantar outra cultura, como laranja, limão, manga, banana e mandioca, para que sempre que alguém tivesse que trabalhar em algum local longe da sede estivesse lá alguma fruta para comer ali ou mesmo para levar para casa depois do serviço. É uma prática comum ter um pomar na fazenda, mas sempre achei curioso o que motivou ela a plantar essas frutíferas tão bem distribuídas na propriedade.
Você acha que dá muito trabalho a produção de café?
Bastante, é uma cultura complexa, com várias etapas, com vários desafios todo ano, mas quando feita com atenção e paixão pela atividade, pode ser bem recompensadora.
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Como foi que escolheu essa profissão? Antes de entrar na graduação, fiz meu ensino médio com técnico em agropecuária, integrado e isso me ajudou bastante, e também fiz alguns testes vocacionais com auxílio de psicóloga e com isso decidi qual seria o curso que iria concorrer. E já na universidade que tive mais contato com a profissão e tive muita afinidade com a cafeicultura e a cada vez que ia estudando e compreendendo mais da atividade, minha paixão pelo ramo aumentou.
Existe alguma preparação específica do solo para o plantio do café? Sim. É preciso primeiramente é preciso planejar o plantio, fazendo análise do terreno quanto a exposição do sol e preparo do solo para evitar lixiviação, em seguida preparar o terreno para que se possa fazer a calagem e adubação para enfim fazer o manejo certo para receber as mudas de café no terreno
Minas Gerais possui um clima característico, sendo, no inverno, frio e seco, e no verão, quente e úmido. Isso influencia no desenvolvimento do plantio e na produtividade da primeira safra? Por quê? O clima de MG é extremamente favorável à produção de cafés, principalmente nas áreas de temperaturas mais amenas de altitudes maiores que 750 metros acima do mar. Para o cafeeiro a condição de verão chuvoso é adequado pois é o momento que a planta precisa de bastante água para produzir seus grãos e se manter crescendo, e o período de inverno mais seco para o cafeicultor é interessante pois é o momento que está colhendo e secando o seu café. No entanto vale a pena pontuar que extremos climáticos como longos períodos secos com altas temperaturas, e períodos de temperaturas muito baixas não são benéficas ao café, pois influenciará diretamente na sua produtividade e capacidade de crescimento. E essa foram as nossas perguntas
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CLUBE DA ESQUINA Acabamos de escutar uma música feita por uns dos integrantes do clube da esquina o Cio da Terra, por que não falar um pouco sobre eles? Clube da Esquina é um termo usado para se referir a um grupo musical criado na década de 1960 em Belo Horizonte - Minas Gerais. , composto por por exemplo Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, tenho certeza que já ouviu falar de algumas músicas deles Como paisagem da janela, Lô Borges conta que esse nome surgiu por acaso, após um amigo com melhores condições financeiras convidar os músicos para se divertirem em um clube frequentado pela classe alta da cidade. Então, um deles respondeu: “Uai, Nosso clube é aqui na esquina! so ”
Jogo sobre Clube da Esquina
Têm-se por exemplo uma espécie de fundição das inovações trazidas pela Bossa Nova com elementos do jazz e do rock – como inspiração os Beatles. Nos anos 70, esses artistas tornaramse referência de qualidade na música MPB pelo alto nível de performance, com isso suas inovações influenciaram a nível mundial. Não é mole não?
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"Morro Velho" No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão se deu Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada
Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás de passarinho Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada
Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante Não esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho ao deus-dará
Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha prá apresentar Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar E seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha.
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“Morro Velho” faz parte da história. Foi gravada em 1977 no álbum “Elis”. Na música, Milton fala da amizade dois meninos, um branco e um negro, que vivem no campo, faz uma análise instintivamente das desigualdades sociais e do preconceito racial.
Este QR code te levará a uma versão da música em forma de poema
"O Cio da Terra"
Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra a propícia estação E fecundar o chão Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra a propícia estação E fecundar o chão Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra a propícia estação E fecundar o chão
Cio da Terra é uma canção composta por Milton Nascimento, com a letra de Chico Buarque, lançada em 1977. A música aborda o ciclo do trabalho agrário, dizendo que estes fatos são frutos de uma transformação da natureza, tal como o trigo que se transforma em pão. (Forjar no trigo o milagre do pão)
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RELATO DA CONSTRUÇÃO DA REVISTA
Arquivo Pessoal
Para conhecer melhor os recursos e a forma como poderíamos criar nossa revista, tivemos uma palestra com a jornalista e dona da revista Guia da Mantiqueira, Kelly Cristina. Formada na Universidade de Braz Cubas, em Mogi das Cruzes (SP), Kelly nasceu em Cristina (MG) e mora, atualmente, no município de Itajubá (MG), onde também teve seu primeiro trabalho no Jornal O Sul de Minas, como repórter. Se mudou para São Paulo (SP) e durante os 15 anos em que morou lá, trabalhou em duas diferentes editoras. Nelas, exerceu o cargo de editora e analista de comunicação. Além do jornalismo, Kelly possui proficiência em outras áreas de comunicação, como o marketing e as mídias sociais.
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Durante a palestra entendemos como funciona a formatação e a montagem de cada estrutura de uma revista, a organização e a harmonia entre as páginas. Aprendemos sobre como organizar o nosso "miolo", ou seja, o conteúdo que será apresentado. Não devemos usar muitos textos e sim, muitas imagens. É sempre bom colocar cores na decoração, mas que não cansarão a vista do leitor. E o mais importante: deve haver uma harmonia entre títulos, textos e imagens. Em nossa conversa, Kelly nos apresentou diferentes plataformas que poderíamos usar na construção da nossa revista, uma delas é o Canva. Uma ferramenta bastante conhecida, principalmente por ser fácil de manusear. Ela possui diversos recursos, como animações, diferentes Templates e conversão em QRcode. Tudo isso e muito mais, em uma só plataforma. Por fim, ela nos mostrou um site simples que poderíamos usar para postar a nossa revista online, o Issuu. Um site fácil para o leitor acessar e para nós, editores, postarmos o nosso trabalho. Lá, a revista ficará em formato normal, já conhecido, e todos terão acesso. Com essa conversa, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre processo de criação e formatação de uma revista.
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300 Anos de Mineiridade: Quiz Geral
Para finalizar a nossa revista, nós, os alunos do Curso G9, preparamos para vocês um quiz geral, falando sobre todos os temas abordados na revista, para praticar o que aprenderam.
Esperamos que gostem!!!
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