Revista ID

Page 1


a rEvIsTa A revista i-D é uma revista britânica dedicada a moda, música, arte e cultura jovem. Foi fundada pelo designer e exdiretor de arte da Vogue Terry Jones em 1980. A revista é conhecida por sua inovativa fotografia. Em 2017 a revista comemora 37 anos de existência, e é uma das revistas mais vendidas, e com seu estilo irreverente e corajoso, i-D não tem medo de percorrer as fronteiras da fotografia de moda e muito menos os temas a que se propõe. Hoje é considerada fonte de inspiração para os apaixonados por moda e cultura. Entre as modelos brasileiras que já estamparam a capa da revista podemos destacar Gisele Bundchen, Raquel Zimmermann e Isabeli Fontana. O fato é que indiretamente somos nós, os consumidores que financiamos essa escravidão moderna. Ao mesmo tempo, somos nós, os consumidores, os únicos que podem mudar essa situação, pois sem o nosso consumo a roda não gira. Observar, compreender, absorver e inspirar novas ideias. Melhorar o mundo para ser fashion.


It's tImE tO iNsPiRe.


PrOpOsTa O que você está vestindo hoje? Você já parou para pensar a origem dessa peça? As condições em que ela foi produzida? Pare por alguns segundos e sinta o tecido da sua roupa e olhe a etiqueta. O que você está tocando é muito mais do que um tecido, você esta tocando uma história. Cada peça de roupa do nosso guarda roupa conta uma história. Cada etiqueta representa a marca dessa história. Pensando nesse contexto, o editorial dessa revista procurou refletir sobre o verdadeiro custo da moda: a preocupação com a origem das peças que utilizamos. A moda, que é ligada ao luxo e à beleza, mascara uma realidade nada glamorosa em seus bastidores. A escravidão no mundo da moda pode aparecer em uma variedade de formas desde a colheita do algodão, fiação da fibra em fios e na costura da roupa até chegar ao produto final. A diferença entre escravidão e do trabalho mal remunerado podem ser vagos e a indústria da moda é uma tênue linha. Essa tênue linha resulta em diversos casos onde pessoas são submetidas a condições desumanas de trabalhos para alimentar uma cadeia rápida de novos produtos para consumo e um mercado cada vez mais lucrativo. Por outro lado, é importante ressaltar que muitas das grandes marcas e outras empresas não possuem controle total de suas cadeias de fornecimento, além de grande parte de trabalho de fabricação de coleção de roupas hoje ser terceirizado e o rastreamento de todos os passos da matéria-prima até o produto final é muito difícil, tornando assim mais fácil de situações exploração ilegal passarem despercebidas. A ONG Free2Work vem acompanhando as marcas bem conhecidas, tais como Zara, Gap, H & M, Levi, Bershka, Pull & Bear, Forever 21 e Adidas (para citar algumas) e as classificou em uma escala de A a F de “políticas, transparência, rastreabilidade, monitorização e formação ou direitos trabalhistas“. Poucas marcas receberam um A e a maioria delas tirou notas de D a F. A China é o pais mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de pessoas, também é a maior fabricante e exportadora do mundo. E por isso, é uma das principais vítimas dessa realidade. Sua rápida modernização e

urbanização juntamente com um grande fluxo de migração da população que vive no campo para os grandes centros, teriam sido o alicerce da escravização de muitas pessoas. Atualmente, a população escravizada é de cerca de 3,2 milhões de pessoas. O fato é que indiretamente somos nós, os consumidores que financiamos essa escravidão moderna. Ao mesmo tempo, somos nós, os consumidores, os únicos que podem mudar essa situação, pois sem o nosso consumo a roda não gira. Observar, compreender, absorver e inspirar novas ideias. Melhorar o mundo para ser fashion.


A eScRaViDÃo mOdErNa É definida como posse ou o controle de uma pessoa privada de seus direitos usando violência ou ameaça de violência para manter esse controle, com a intenção de exploração. É barata e é descartável O fato é que indiretamente somos nós, os consumidores que financiamos essa escravidão moderna. Ao mesmo tempo, somos nós, os consumidores, os únicos que podem mudar essa situação, pois sem o nosso consumo a roda não gira. Observar, compreender, absorver e inspirar novas ideias. Melhorar o mundo para ser fashion.


WhAt aRe yOu wEaRiNg

ToDaY?

A moda, que é ligada ao luxo e à beleza, mascara uma realidade nada glamorosa em seus bastidores. A escravidão no mundo da moda pode aparecer em uma variedade de formas desde a colheita do algodão, fiação da fibra em fios e na costura da roupa até chegar ao produto final. A diferença entre escravidão e do trabalho mal remunerado podem ser vagos e a indústria da moda é uma tênue linha. Essa tênue linha resulta em diversos casos onde pessoas são submetidas a condições desumanas de trabalhos para alimentar uma cadeia rápida de novos produtos para consumo e um mercado cada vez mais lucrativo. Já parou para pensar na origem dessa peça? As condições com que ela foi produzida? Pare por alguns segundos e sinta o tecido da sua roupa. O que você está tocando é muito mais que um simples tecido, você está tocando em uma história. Cada peça do nosso guarda roupa conta uma história diferente, cada etiqueta representa a marca dessa história. Pensando nesse contexto, o editorial desssa revista buscou refletir sobre o consumo excessivo de produtos de mão de obra barata.


fonte: http://thegreenestpost.bol.uol.com.br/5-empresas-envolvidas-com-trabalho-escravo/ Acesso em 09/06/17.


fonte: http://thegreenestpost.bol.uol.com.br/5-empresas-envolvidas-com-trabalho-escravo/ Acesso em 09/06/17.


ReFeRÊNcIaS


EsTiLo O estilo grunge surgiu por volta dos anos 90, para caracterizar quem gostava do estilo musical, nos EUA, mais especificamente em Seattle. Uma de suas maiores inspirações surgiu com o cantor Kurt Cobain, do Nirvana, dando os primeiros passos para o estilo de se vestir. O estilo trabalha muito com camisas xadrez de flanela, calça jeans rasgada e tênis All Star ou botas de couro, sempre com roupas mais largas e despojadas, além de um ar desleixado (o termo original grunge significa sujeira, imundície). O estilo é bem popular entre adolescentes, jovens e pessoas do meio do rock e requer muita atitude. O estilo grunge teve uma repaginada recentemente e se tornou uma tendência pelas passarelas do mundo, trocando a camisa de flanela por tecidos mais nobres, como a seda, trazendo mais sofisticação ao estilo.



IlUmInAçÃO 1/125 sec. f/11 ISO: 100


EdIçÃO



CaPaS



DeMoNsTrAÇÃO






rEvIsTa


ReNaTa ScHmOrAnTz pHoToGrApHy mArílIa lEiS jUnE 2017

It's tImE tO iNsPiRe.



It's tImE tO iNsPiRe. What are you wearing today? Have you stopped to think about the origin of this piece? The conditions under which it was produced? Stop for a few seconds and feel the fabric of your clothes and look at the label. What you're playing is so much more than a fabric, you're playing a story. Every piece of clothing in our wardrobe tells a story. Each label represents the mark of this story. Thinking in this context, the editorial of this magazine sought to reflect on the true cost of fashion: the concern with the origin of the pieces that we use. Fashion, which is tied to luxury and beauty, masks an unglamorous reality behind its scenes. Slavery in the fashion world can appear in a variety of ways from cotton picking, spinning the yarn to yarn and stitching the garment until it reaches the end product. The difference between slavery and low paid work may be vague and the fashion industry is a thin line. This fine line results in a number of cases where people are subjected to inhumane working conditions to feed a fast chain of new consumer products and an increasingly profitable market. On the other hand, it is important to emphasize that many of the big brands and other companies do not have total control of their supply chains, in addition to much of the clothing collection manufacturing work being outsourced today and tracking all the steps of the raw material, Raw until the final product is very difficult, thus making it easier for illegal exploitation situations to go unnoticed. The NGO Free2Work has been following the

well-known brands such as Zara, Gap, H & M, Levi, Bershka, Pull & Bear, Forever 21 and Adidas (to name a few) and rated them on a scale from A to F , Transparency, traceability, monitoring and training or labor rights. " Few brands received an A and most of them scored from D to F. China is the most populous country in the world with more than 1.3 billion people, it is also the largest manufacturer and exporter in the world. And so it is one of the main victims of this reality. Its rapid modernization and urbanization along with a large flow of migration from the population living in the countryside to the great centers would have been the bedrock of enslavement of many people. Currently, the enslaved population is about 3.2 million people. The fact is that we indirectly are the consumers who finance this modern slavery. At the same time, we, the consumers, are the only ones who can change this situation, because without our consumption the wheel does not spin. Observe, understand, absorb and inspire new IDeas. Improve the world to be fashion.

Photography Marília Leis Felipe C. Nogueira Photography assistance Styling Stéfani de Lio and Le cia Cunha

Photography Marília Leis Felipe C. Nogueira Photography assistance Styling Stéfani de Lio and Le cia Cunha

Photography Marília Leis Felipe C. Nogueira Photography assistance Styling Stéfani de Lio and Le cia Cunha

Hair Stéfani de Lio Make up Stéfani de Lio Studio Unisinos Priscila Serpa assistance Gabriel Vidal assistance Editor Felipe C. Nogueira Model Renata Schmorantz

Hair Stéfani de Lio Make up Stéfani de Lio Studio Unisinos Priscila Serpa assistance Gabriel Vidal assistance Editor Felipe C. Nogueira Model Renata Schmorantz

Hair Stéfani de Lio Make up Stéfani de Lio Studio Unisinos Priscila Serpa assistance Gabriel Vidal assistance Editor Felipe C. Nogueira Model Renata Schmorantz



3.2 mIlLiOn

eNsLaVeD pEoPlE In

ChInA

China is the most populous country in the world with more than 1.3 billion people, it is also the largest manufacturer and exporter in the world. And so it is one of the main victims of this reality. Its rapid modernization and urbanization along with a large ow of migration from the population living in the countryside to the great centers would have been the bedrock of enslavement of many people. Currently, the enslaved population is about 3.2 million people.




ChIlDrEn While it is illegal to employ children, many secret investigations have shown that child labor is frighteningly common in the apparel industry, especially in that country. But you only see a bar code.




JeAnS Jeans is mainly composed of cotton, one of the most exploited jobs in China. Brands such as Victoria's Secret, Forever 21 and Nike had their names involved with slave labor scandals and did nothing about it.






PhOtOgRaPhY MaRílIa LeIs StYlInG StéfAnI dE LiO aNd LeTícIa CuNhA HaIr StéfAnI dE LiO MaKe uP StéfAnI dE LiO StUdIo UnIsInOs PrIsCiLa SeRpA aSsIsTaNcE GaBrIeL ViDaL aSsIsTaNcE EdItOr FeLiPe C. NoGuEiRa MoDeL ReNaTa ScHmOrAnTz


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.