Felipe Gripa Portfólio 2021
Co nt e ú d o 00
CURRICULUM VITAE+
04 - 05
01
MARÉ CIDADE
06 - 19
02
PARQUE DOS COQUEIROS
20 - 33
03
WOVEN GRASHOPPER
34 - 39
04
O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS
40 - 47
05
REPENSANDO A PRAÇA DA REPÚBLICA
48 - 51
06
MEMORIAL WILTON PAES
52 - 55
F E L I P E G R I PA
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Olá! Eu sou Felipe Gripa e estou no quinto ano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. A seguir, selecionei uma coleção de minha produção arquitetônica que reflete minhas paixões sobre a disciplina. Gosto de trabalhar em grupos grandes, lidar com projetos de diferentes escalas e também tenho interesse em teoria de arquitetura.
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Fe l i p e Gi a c o m i n Gr i p a
EDUCAÇÃO
2017+
T: +55 (11) 94258 2236
São Paulo, Brasil
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
São Paulo
Atualmente estudando para obter o diploma de bacharel em Arquitetura e Urbanismo
EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
2020 - 2021
PESQUISA
2020
C O N Q U I S TA S
E: felipeggripa@usp.br
DOLCE ARQUITETURA E CONSULTORIA
São Paulo
Trabalho principalmente em Análise Ambiental, modelando com Rhino 3D e gerando simulações com Grasshopper e Ladybug. Atuação em vários projetos e em diferentes estágios de design, incluindo estudos preliminares, pesquisa e anteprojeto.
O ESTUDO DA MORFOLOGIA URBANA: DEBATE CONTEMPORÂNEO NO BRASIL
São Paulo
Revisão bibliográfica das publicações mais relevantes em morfologia urbana no Brasil. 2018 - 2019
DO CONTEXTO AO PROJETO: ARTICULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETO PARA O PARQUE MUNICIPAL DA BRASILÂNDIA
São Paulo
Projeto paisagístico de um parque com foco no processo participativo da população local em situação de vulnerabilidade social. 2020
3º LUGAR UIARIO21 - MARÉ CIDADE
2020
MENÇÃO HONROSA PRÊMIO CURA - REFORMA COPAN
2019
PROJETO SELECIONADO PELA FAUUSP - 23ºARQUISUR
HABILIDADES SOFTWARE
AutoCAD, Rhino 3D, Grasshopper, SketchUP, Vray, Archicad, Photoshop, Indesign, Ilustrator, Twinmotion, GIS, Office 365 LÍNGUAS
Portugues (Nativo); Inglês (Toelf iBT); Sérvio (Avançado);
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Desenho Urbano
Rio de Janeiro
01.
2020
MARÉ CIDADE
A intervenção urbana na região da Maré, Rio de Janeiro, se desenvolve como uma resposta à necessidade de repensar a relação disruptiva entre o tecido da favela e a cidade. Partindo da premissa de que a região da Maré é dotada de uma urbanidade ímpar e vigorosa, a intervenção posiciona-se de forma a apoiar esta vitalidade urbana e expandi-la através da articulação de sistemas de espaços livres, infraestruturas urbanas, habitação e equipamentos públicos, democraticos e universalizantes. Todas essas questões podem ser melhoradas com uma proposta sensível de desenho urbano e paisagismo que visa revelar a Maré à cidade e integrá-la ao tecido urbano do Rio de Janeiro. Afinal, essa região é significativa para a metrópole onde atua, tão reconhecida em todo o país. Portanto, a intervenção pode ser vista como uma ponte que une fronteiras que não foram capazes de se conectar, uma intersecção entre espaços que coexistem, mas não podem compartilhar seu âmbito social. Procurou-se criar um sistema de intervenções, baseado principalmente no sistema de espaços livres, que inclui a recuperação e desenho de ruas, espaços públicos, oferta de habitação e integração no património material e imaterial local em uma nova ocupação urbana consciente.
Barreiras
Canais
Hierarquia
Espaços Livres
Barreiras Diluídas
Sistema de Mobilidade
Novas Hierarquias
Sistemas de Espaços Livres
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MARÉ CIDADE
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Estação Intermodal
Centro Cultural
Ruas Recuperadas
Habitação
Apropriação de Galpões
Novas Travessias
Quadras e Espaços Livres
Novas Ruas
Viário Existente
1:500
MARÉ CIDADE
Diagramas de Intervenção
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A pressão pela moradia é contínua na região e nesse sentido buscou-se propor lotes para habitação para garantir que aumentasse o déficit na área. Inspirada nos projetos de Demetre Anastassakis, a proposta busca atingir alta densidade e intersecção entre os espaços público e privado, evitando a condominização do espaço. Além disso, essa lógica de projeto habitação, aproximando serviços e empregos da população.
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MARÉ CIDADE
Inserção das Habitações
e a qualificação urbana não e, ao mesmo tempo, criar a o consegue unir comércio e
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Genius Locci
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Implantação do Grafitti
Intervenção no Córrego
Para restabelecer a relação da Maré com sua história e intensificar suas próprias narrativas, era importante intervir de forma a ressignificar sua relação com a água. Nesse sentido, os grafites foram propostos para remeter ao passado histórico da Maré, levando em consideração o enfrentamento constante da água. Além disso, o córrego que atualmente passa pela Rua Darcy Vargas é tratado como um parque linear próximo ao terminal de ônibus, com uma grande praça que dá a melhor oportunidade de contato visual com a água.
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A apropriação do armazém segue o objetivo de diluir a segunda barreira que enclausura a Maré e dotá-la de novos espaços p usos. As intervenções foram pensadas de forma a utilizar o grafite histórico e a colaboração do povo da Maré para que a apro construção coletiva. Esses espaços também podem dar lugar ao intenso mercado de rua visível na região. Além disso, essa potencial para servir de passagem para pedestres, diluindo o tamanho dos grandes blocos industriais e permitindo novos c
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MARÉ CIDADE
Apropriação dos Galpões
públicos, fomentando novos opriação do espaço seja uma as intervenções têm grande caminhos no tecido urbano.
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A qualificação da rua buscou potencializar o mais poderoso vetor do espaço público. Cada rua com seu caráter particular f urbano leve e modular para intensificar o uso da rua ao mesmo tempo sem criar barreiras no espaço. A Avenida Brasil é um soluções mais revolucionárias. Nessa lógica, uma qualificação do acesso local à Avenida Brasil e do desenho das passarelas b
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Intervenção na Avenida Brasil
Travessias
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foi tratada de forma a qualificar o espaço dando substância à apropriação do povo. Além disso, foi proposto um mobiliário m importante ponto de intervenção. Devido aos enormes investimentos públicos já realizados neste eixo, decidimos evitar buscou promover uma melhor relação dos pedestres com este espaço.
Ruas
1:250
Darci Vargas
Bitencourt Sampaio
Flávia Farnesse
Teixeira Ribeiro Mobiliário Urbano
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Desenho Urbano
Florianópolis
02.
2020
Parque dos Coqueiros
O projeto buscou compreender as estruturas do local de forma a potencializá-las. Primeiramente, a força do anel pavimentado é reconhecida como a estruturação do projeto e, assim, os sistemas de hierarquia se constituem, e até mesmo novos elementos são inseridos nesta hierarquia, intensificando-a, como é o caso do caminho pavimentado que atravessa o centro do parque. Os blocos dispostos de forma casual, como se colocados livremente no solo, ganham coesão com o novo tecido espacial promovido pelo promontório. O promontório é o grande articulador dos elementos do parque, promovendo a coesão das partes com o todo. O edifício comercial dentro do parque busca se inserir na paisagem sem afetá-la. Para tanto, foi semi-enterrado no promontório criado na área central do parque e, assim, o projeto, além de funcionar como abrigo para as atividades comerciais que ocorrerão no local, também será servem de miradouro para as belas vistas agora realçadas pelo promontório e arrematadas pelo dossel acima do edifício. Sua estrutura foi projetada para ter grandes vãos para permitir a variedade de usos: várias lojas e restaurantes conseguem tornar o espaço adaptável às suas necessidades, facilitando o rodízio quando necessário.
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Implantação Parque
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1:1500
01.
Edifico Comercial
02.
Espelho d’água
03.
Administração
04.
Pier & Belvedere
05.
Quadras & Arqui.
06.
Transporte Público
07.
Deck de Concreto
08.
Passarela da Costa
09.
Topografia Construída
10.
Fileira de Coqueiros
11.
Estacionamento Pista de Ciclismo Caminhos
07
Acessos
Seção Transversal 03
1:125 04
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Diagrama da Topografia Construída
Como aspecto predominante do projeto, a topografia construída consegue organizar melhor a hierarquia de usos do parque, bem como construir com a paisagem aspectos de leitura espacial. A partir da nova topografia, o parque é reorganizado para receber os programas de uso.
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Usos
Fluxos
Paisagismo Camadas de Infraestruturas
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Planta do Edifício Comercial 28
1:500
PA R Q U E D O S C O Q U E I R O S
O edifício comercial foi pensado de forma que a sua utilização possa ser configurada e reconfigurada ao longo do tempo, deixando o espaço flexível para diferentes tipos de organização. A topografia construída é integrada ao edifício permitindo a utilização de sua cobertura como laje de acesso, enfatizando os visuais gerados em direção ao mar.
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Seção Transversal 1:50
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PA R Q U E D O S C O Q U E I R O S
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Diagrama Estrutural
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2 3 4
1. 2. 3. 4. 5 6 7
Estrutura de Concreto Armado Janela Maxim-Ar 0,45x0,45m Lastro de Brita Placa de Concreto 5x70cm
5. Placa Porosa 6. Manta Impermeabilizante 7. Arrimo de Flexão 8. Tubo Dreno Ø10cm 9. Junta de Expansão: EPS & Mastique 10. Waterstop 11. Laje Radier 12. Lastro de Areia
6 3 8 3 12 11
1:50 32
9 10
Detalhe das Interfaces
Montagem do sist. de formas flexíveis
dos pilares
2. Concretagem da viga-mãe
3. Inflamento:
formas flexíveis
4. Concretagem
5. Desmontagem
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1. Lançamento
da casca
das formas flexíveis 33
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Estrutura Leve
São Paulo
2018
Woven Grasshopper
03.
Com diminuição do uso pelos automóveis, o Elevado João Goulart agora tem planos de se tornar um parque elevado da cidade de São Paulo. A par da proposta dessa proposta de transformação, este projeto visa inserir uma estrutura neste espaço para perceber quais os limites e potencialidades desta mudança. A estrutura foi pensada como um abrigo temporário e foi instalada em uma curva ao longo da rodovia que abre suas vistas, através da Avenida São João, para um dos edifícios mais emblemáticos de São Paulo: o Edifício Altino Arantes. A forma da estrutura foi concebida a partir de uma análise a priori da forma funicular das tiras de bambu. A estrutura secundária acoplada à primeira tem a função de receber o empuxo gerado a partir da estrutura principal de forma a estabilizar o conjunto. Toda a estrutura foi previamente testada em Grasshopper e Kangaroo, certificando-se de que as tiras de bambu resistiriam ao estresse exigido pela forma.
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ESCOLA DA CIDADE
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21 jun
21.JUNHO
ENVIRONMENT
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21.DEC
ENVIRONMENT
Análise Ambiental
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Modelo de Papel
Simulação de Esforços
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ENVIRONMENT Análise Ambiental da Estrutura
Detalhes Estruturais
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WOVEN GRASSHOPPER
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Reforma
São Paulo
04.
2020
O Jardim das Delícias Terrenas A casa é o nosso lugar no mundo. Neste último ano esta afirmação foi ressignificada e a habitação ganhou um novo papel no nosso codiciano. Junto com o crescimento dos escritórios domésticos, nossas estruturas sensíveis são abaladas mais uma vez, tornando ilógica a segregação entre público e privado. Nesse sentido, as estruturas de nossa privacidade não estão mais presas às barreiras físicas, mas sim às barreiras virtuais. A maneira como nos olhamos mudou do espaço para nossos objetos. Nesse sentido, três elementos são a chave de nossa proposta: 1) a dissolução da hierarquia doméstica; 2) a desconstrução do espaço cartesiano para repensar o desenho de uma habitação do ponto de vista de uma arquitetura paisagística; 3) uma privacidade persuasiva, que se mostra ao redor para o prazer dos voyeurs. Portanto, o espaço, embora unificado, não pode ser compreendido à primeira vista, só pode ser vivenciado por fragmentos de uma vista serial. A imagem completa da casa não pode ser capturada, pelo menos o morador captura esses fragmentos enquanto se move pela casa.
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Planta
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1:100
O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS
Os cubos de policarbonato funcionam como elementos organizadores do espaço. Desde a sua disposição inicial, todo o projeto está pensando de forma complementar a esta nova hierarquia espacial produzida.
Planta de Demolição
Proposta de Fluxos
Seção 43
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Corte Longitudinal
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O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS
Visão Seriada
Seção Transversal 1:50 45
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O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS
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São Paulo
Intervenção Urbana
05.
2019
Repensando a Praça da República
A Praça da República na cidade de São Paulo tem grande valor histórico para a sociedade paulista. A praça foi palco de diversas lutas sociais e manifestações culturais ao longo do tempo de sua existência, mas, acima disso, a praça se comporta como um marco. Representa a conquista do que os paulistas chamam de novo centro, local cuja ocupação foi difícil devido à necessidade de atravessar o rio Anhangabaú. Além disso, a praça também está equipada com a antiga Escola Caetano de Campos, atual Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Desta forma, a intervenção procurou restabelecer o sentido da Praça da República, reabilitando a memória do antigo jardim de infância, local que fazia parte da praça, mas que foi demolido. Desse modo é possível acessar o mirante instalado acima da atual Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, permitindo um visual nunca antes alcançado pelos paulistanos.
Jardim de Infância Original 49
Campos 2 0 2 1
Intervenção Caetano de Ca
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Implantação 7d
Diagrama
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Planta Baixa
Pers
ampos
67,45m
63,45m
59,45m
55,45m
rspectiva explodida
Implantação
Perspectiva Ilustrada
20
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40
REPENSANDO A PRAÇA DA REPÚBLICA
Diagrama Estrutural
30
Seção Transversal 1:50 51
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Design
São Paulo
06.
2019
Memorial Wilton Paes
O edifício Wilton Paes de Almeida foi um projeto modernista dos anos 60, produzido por Roger Zmekhol e tombado pela CONPRESP em 1992. Com o esvaziamento do centro da cidade, o prédio foi abandonado pelos seus proprietários e há alguns anos foi ocupado pelo Movimento de Luta por Moradia Digna (LMD). No dia 1º de maio de 2018, após 90 minutos sendo consumido pelas chamas, o prédio desabou. Nesse dia, 146 famílias ainda viviam na ocupação. A proposta busca produzir um memorial para o local, uma estrutura que imite não só o prédio, mas o momento da queda do prédio. Um memorial pelas vítimas, pelo descaso público em relação às ocupações na Cidade de São Paulo e por aqueles que pretendem usar a cidade como meio de expoliação.
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M E M O R I A L W I N T O N PA E S
Obrigado!
Felipe Gr ipa felipeggripa@usp.br +55 (11) 94258 2236