PROJETO INTERDISCIPLINAR
ARQUITETURA & URBANISMO
TRAÇOS CLÁSSICOS
na arquitetura Montesclarense
2014
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A arquitetura clássica refere-se à arquitetura da Antiguidade Clássica, especificamente à arquitetura grega e de algum modo a toda aquela nela inspirada e baseada, como a arquitetura romana, do Renascimento ou do Neoclassicismo. Pode-se assim dizer que os elementos que compõem esta corrente arquitetônica são aplicados em diferentes contextos daqueles para os quais foram pensados inicialmente sem, no entanto, perderem a sua designação. (SUMMERSON, s/d)
OBJETIVO GERAL
METODOLOGIA
Analisar o uso dos elementos clássicos arquitetônicos presentes no centro de Montes Claros, a fim de retratá-los em catálogo.
Tipo de Estudo: Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa e de campo. Fonte de Dados: Os dados foram extraídos das construções situadas no centro de Montes Claros que possuíssem elementos clássicos. Diante disso seis construções foram selecionadas: Catedral, Sobrado dos Canelas, Policlínica, Gonçalves Chaves, Sobrado da Policia Militar, Solar dos Sertões.
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTOS:
A arquitetura de Montes Claros possui uma ornamentação natural da região, de uma cidade isolada que se cristalizou em estilo local. Os elementos clássicos presentes em tal arquitetura não se apresentam com tanta opulência, pode-se observar em algumas construções tradicionais a presença de frios cunhais e pilastras com captéis trabalhados em relevo, lembrando traços classicistas mas fugindo de qualquer influência tradicional.
1ª Etapa: Foi elaborada uma revisão de literatura, onde, pontuou-se conceitos e características dos elementos clássicos.
Justifica-se analisar os elementos clássicos do centro da cidade de Montes Claros, uma vez que estes permitem obterse conhecimento, devido sua relevância.
2ª Etapa: Foi feita uma pesquisa de construções situadas no centro da cidade de Montes Claros, contendo nestas, elementos considerados ou influenciados pela arquitetura clássica. 3ª Etapa: Elaboração do formulário de coleta de dados. 4ª Etapa: A fim de registrar os elementos clássicos apresentados nas construções, direcionou-se o projeto para a pesquisa de campo. 5ª Etapa: Foram coletados dados, que posteriormente foram transformados em documentos de análise 6ª Etapa: comparação dos documentos através de uma pesquisa bibliográfica para identificar a essência clássica.
POLICLÍNICA HERMES DE PAULA
CATEDRAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA
ESCOLA ESTADUAL GONÇALVES CHAVES
SOBRADO DA POLÍCIA MILITAR
SOBRADO DOS CANELAS
SOLAR DOS SERTÕES
04 10 14 16 22 26
ÍNDICE
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Fig. 01: Foto atualizada da Policlínica. Fonte: Acervo do grupo.
Policlínica
Doutor Hermes de Paula
D
e acordo com a história descrita pelo médico Hermes Augusto de Paula em seu livro, nos conta sobre a saúde em Montes Claros. Com o crescimento da população houve a necessidade de um centro de saúde com interesse de servir a coletividade e trabalhos voltados para serviços sanitários. Está assim redigido o Decreto 9.014, que criou o Centro de saúde de Montes Claros: “O presidente do Estado de Minas Gerais usando das
atribuições que lhe confere o art. 37 da constituição e de conformidade com o disposto no art. 61 do Decreto 8.115 de dezembro de 1927, resolve criar uma Delegacia Distrital de Higiene com sede em Montes Claros. A sua criação foi em 1929. Em julho desse ano, o Dr. Odilon Santos, transferido de Curvelo, instalou o centro de saúde com sede nesta cidade, estendendo sua ação aos diversos municípios circunvizinhos e tendo como auxiliar o Dr.
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João Ferreira Machado. Foram desenvolvidas várias atividades, aqui, algumas dessas atividades: polícia sanitária, higiene infantil, vacina Anti-Rábica, Tifo-Exantemático, Peste Bulbônica, Hansen, distribuição de leite e várias outras... Na época era conhecido pela população como posto de saúde. Em 1969, passou a ser chamado de policlínica Dr. Hermes Augusto de Paula.
FICHA TÉCNICA Policlínica Doutor Hermes de Paula Montes Claros – Minas Gerais Localizada em zona urbana Situado na rua Doutor Veloso, 169, Centro Foi construído a mando do Presidente do estado de Minas Gerais. Concluída no ano de 1929. Encontra-se em bom estado conservação, sendo submetido á reformas de conservação. Foi descaracterizado internamente por motivos de mudanças e adaptações para atender as necessidades da comunidade. Possui função hospitalar.
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Fig.02: foto do Centro de Saúde. Fonte: Diretoria de documentação e informação- divisão de pesquisa e documentação Regional de Montes Claros.
ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO Os materiais construtivos da época foram tijolinhos queimados, alicerce todo de pedra com argamassa de cal, o assentamento era com argamassa de cal, pois não havia disponibilidade do cimento na época. O prédio passou pela primeira ampliação pelos Arquitetos José Corrêa Machado e Márcio Lafetá, não intervindo na
estrutura já construída. O prédio passou pela segunda ampliação pelos arquitetos Eduardo Antônio Guimarães e José Corrêa Machado, foi feita uma intervenção interna, nivelando a laje, para construção do segundo pavimento, mas não interferindo na frente da edificação e no seu estilo neoclássico. Terceira ampliação feita
pelo arquiteto Eduardo Antônio Guimarães, por volta dos anos 80, acréscimo na lateral a frente da policlínica respeitando o estilo arquitetônico da edificação, tendo a preocupação do arquiteto de integração. A quarta reforma de ampliação foi feita pelo arquiteto Márcio César Júnior, na parte interna da policlínica.
DIAGNÓSTICO DA OBRA: 1- BASE: Se assemelha a ordem Jônica, pois possui um elemento diferenciado, o plinto que é constituído por um disco de pedra alinhado de maneira diferente. Fig.03: Base da Policlínica Dr. Hermes de Paula. Fonte: Acervo do grupo.
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2. FUSTE: Assemelha a ordem toscana, pois não apresenta caneluras. A ordem Toscana parece ficar perdida entre as outras, quase como uma variação imperfeita deixada de lado. Naturalmente o peso arquitetônico desta ordem é menor. Muitas vezes é interpretado como uma variação dórica, definida como protodórica. Fig.04: Foto da policlínica para detalhamento do fuste. Fonte: foto do acervo do grupo.
3. CAPITEL: Capitel assemelha-se a ordem Dórica é constituído de um equino (parte circular) e de um ábaco (parecido com um dado achatado).
Fig.05: Capitel da Policlínica. Fonte: Acervo do grupo.
CORNIJA 4. ENTABLAMENTO:
FRISOS
Entablamento assemelha-se ao de ordem Dórica, com conjunto de arquitrave lisa, friso com triglifos ampliados e cornija. ARQUITRAVE Fig. 06: Entablamento da Policlínica. Fonte: Acervo do grupo.
4. ARCO ROMANO: O desenho da porta principal baseia-se nas estruturas dos arcos romanos.
Fig.07. Imagem do Arco da Policlínica Doutor Hermes de Paula. Fonte: Acervo do grupo.
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Catedral
Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida
M
ontes Claros é um município brasileiro no norte do estado de Minas Gerais. Pertence à microrregião homônima e Mesorregião do Norte de Minas, localizando-se a norte da capital do estado, distando desta cerca de 422 km.2 Ocupa uma área de 3.582,034 km², sendo que 38,7 km² estão em perímetro urbano e os 3.543,334 km² restantes constituem a zona rural.8 Em 2013 sua população foi estimada pelo IBGE em 385 898 habitantes. A sede tem uma temperatura média anual de 22,65 °C e na vegetação do município predomina uma mistura entre cerrado e caatinga. Em relação à frota automobilística, em 2009 foram contabilizados 120.436 veículos. Com uma taxa de urbanização da ordem de 90 %, o município contava em 2009 com 224 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,770, considerando-se assim como alto em relação ao país. Montes Claros foi emancipada no século XIX, tendo, há bastante tempo, a indústria e o comércio como importantes atividades econômicas, sendo considerada um polo industrial regional. Atualmente é formada por dez distritos, sendo que é subdivida ainda em cerca de 200 bairros e povoados. Conta com diversos atrativos naturais, históricos ou culturais, como os Parques Municipal Milton Prates, Guimarães Rosa e Sapucaia, que são importantes áreas verdes, e construções como a Catedral de Nossa Senhora Aparecida e a Igrejinha dos Morrinhos, além dos vários sítios arqueológicos. A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida está localizada na cidade de Montes Claros no Norte de Minas Gerais, no Brasil. Situada na Praça Pio XII, no centro da cidade, construída entre 1926 e 1950. Possui três torres sendo que a mais alta impressiona pela altura de 65,08 metros, equivalente a um prédio de vinte andares, sendo uma das maiores de Minas Gerais, é capaz de abrigar 3.000 pessoas. Conforme alguns moradores mais antigos, a planta da edificação chegou à cidade através de um cônego belga, Jerônimo Lambien, a pedido do então arcebispo de Montes Claros, dom João Antônio Pimenta. Devido à sofisticação e complexidade da obra, que iria exigir bastantes recursos financeiros, o pro-
jeto só começou a ser implementado por volta de 1926, quando a Igreja local conseguiu um bom dinheiro ao vender uma parte das suas terras ao governo, para implantação da estrada de ferro da Central do Brasil. Foi o mestre de obras Francisco José Guimarães deu início à construção da igreja.
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Croquiretratando fachada da Catedral e Semi Coluna, feito pela aluna Dardanny Goular
Combinação Arquitetônica de coluna e arco de volta perfeita característica da arquitetura romana.
Croqui retratando arcos, feito pelo aluno Luiz Mateus 2º periodo
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SEMI-COLUNA: Capitel de ordem coríntia, que é detalhado em forma de sino invertido e decorado com folhas acanto. Fuste liso, sem caneluras, lembrando por vezes a coluna de ordem Toscana que foi desenvolvida na época romana.
Croqui retaratando fuste e capitel, feito pelo aluno Gabriel Braga.
Elementos que lembram frisos em triglífos característico da Ordem dórica. Semi-colunas de Ordem Toscana, com base circular, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples, com aneletes.
(Croqui retratando Frisos) feito pela aluna Larissa Freire
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Escola Estadual
Gonçalves Chaves O
nome da Escola é uma homenagem à família Chaves, tradicional na cidade de Montes Claros. Antônio Gonçalves Chaves Filho foi presidente da Província de Santa Catarina, Deputado e Senador da República. Formado em Direito, exerceu os cargos públicos de Promotor de Justiça em Diamantina, Juiz Municipal em Montes Claros e Juiz de Direito em Rio Pardo, Montes Claros e Mariana. A Escola Estadual Gonçalves Chaves guarda um mérito: foi a primeira escola pública a ser instalada em Montes Claros, cidade do Norte de Minas. Em 2009, a Escola completará o seu centenário. Nos meados dos anos 1906 começo do século xx foi proposta duas instalações
do Grupo Escolar Gonçalves Chaves , que ocorreram em 1909 e 1927 Há de se considerar que até o ano de 1906 , quando proposto o modelo mineiro de grupo escolar ,o ensino elementar ocorria de forma precária em escolas isoladas ou aulas avulsas . Nelas faltavam , entre outras coisas ,materiais escolares ,e funcionavam em espaços “improvisados’’ inicialmente funcionava juntamente com a antiga Escola Normal de Montes Claros .E , somente em 1927 passa a funcionar no prédio construído para tal fim e, sobretudo ,espelhado na arquitetura e nas exigências propostas para demais grupos escolares Sobre o prédio onde foi instalado provisoriamente o Grupo Escolar Gonçalves Chaves ,podemos afirmar
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que o mesmo não obedecia ao modelo arquitetônico idealizado especificamente para os grupos escolares mineiros . No entanto ,o prédio escolhido e adquirido pela municipalidade trazia em si alguns aspectos importantes a serem ressaltados . Esse prédio tinha um certo “status” social dentro da comunidade montes clarense .Nele já funcionava a Escola Normal de Montes Claros ,o que de certa forma fazia do local uma referência como “espaço educativo ”.Também geograficamente o prédio localizava-se na região central da cidade, ou seja, na “melhor” parte dela, área destinada à construção das “melhores” casas ,assim circundada pelas moradias das famílias mais abastadas da cidade.
O estilo do atual prédio foi inspirado nas antigas rancharias mineiras . Prédio sólido ,de pé direito alto (altura do piso ao forro ) grandes e altas janelas ,possibilitando uma ótima ventilação ,para uma cidade quente como Montes Claros. Escola Estadual Gonçalves Chaves situada na Praça Doutor João Alves, 14Centro, MG, 39400-507, ocupando área fronteira da quadra contígua à Praça Dr. João Alves. A edificação desenvolve-se em pavimento único de partido horizontalizado coberto em telhas francesas. A volumetria mostra corpo principal horizontalizado precedido de pórtico em três arcos abatidos, suportados por pilastras com base e corpo de secção quadrangular. Este pórtico marca o eixo da simetria da edificação sendo ladeado, no corpo principal, por dois panos de fachada de mesma composição. Os panos laterais recebem cada um deles três vãos em verga reta percorridos por moldura única que os envolvem, alteando-se nas sobrevergas. Os vãos são vedados por esquadrias em duas folhas de abrir de madeira e vidro com bandeiras fixas. Toda a fachada reveste-se externamente de tijolinhos formando com os demais elementos arquitetônicos, jogo de formas, texturas e coloração, elementos de composição da fachada. Gradil em mureta baixa, de alvenaria com grades de ferro entre pilaretes quadrados, cerca o terreno que por sua situação integra-se à praça Dr. João Alves.
O atual prédio foi construído em meados da década de 20, ocupando área fronteira da quadra contígua à Praça Dr. João Alves. A edificação desenvolve-se em pavimento único de partido horizontalizado coberto em telhas francesas. A volumetria mostra corpo principal horizontalizado precedido de pórtico em três arcos abatidos, suportados por pilastras com base e corpo de secção quadrangular. Este pórtico marca o eixo da simetria da edificação sendo ladeado, no corpo principal, por dois panos de fachada de mesma composição. Os panos laterais recebem cada um deles três vãos em verga reta percorridos por moldura única que os envolvem, alteando-se nas sobrevergas. Os vãos são vedados por esquadrias em duas folhas de abrir de madeira e vidro com bandeiras fixas. Toda a fachada reveste-se externamente de tijolinhos formando com os demais elementos arquitetônicos, jogo de formas, texturas e coloração, elementos de composição da fachada. Gradil em mureta baixa, de alvenaria com grades de ferro entre pilaretes quadrados, cerca o terreno que por sua situação integra-se à praça Dr. João Alves. Do latim, arco designa um elemento construtivo em curva. Esta estrutura tem como função a utilização em portas, janelas, pontes e aquedutos, distribuição de carga e uma forte influência decorativa. Este é um tipo de arco abatido ou rebaixado, que pos-
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sui forma achatada em que o valor da flecha é inferior a metade do raio, é composto por três curvas de centros diferentes e pode ser aplicado em vários elementos arquitetônicos. Pode ser usado como janelas, retábulos, ou neste caso como portais. Outro elemento presente nesta imagem é o frontão, que é o conjunto arquitetônico que possui forma triangular e decora o topo da fachada principal do prédio. Entre suas principais partes estão: a cimalha(base), e as empenas(os dois lados que fecham o triângulo). O capitel apresenta dimensões do estilo dórico, que surgiu nas costas do Peloponeso, ao sul e teve seu auge no século IV a.C. É o mais simples das três ordens gregas que em geral define um edifício de caráter baixo e sólido. A coluna não possui base e o fuste desta tem formato de um prisma devido a construção ter sido realizada em uma época já com influencia da arquitetura moderna. Com o trabalho, percebemos que como todo município brasileiro Montes Claros sofreu com o impacto de diversas influências culturais. Sendo assim, nenhuma obra pode ser considerada completamente clássica, como estes elementos se apresentam mesclados e indefinidos entre suas ordens em muitas delas. Em suma, podemos concluir que, a obra tem um estilo Neocolonial, com a presença de alguns elementos clássicos.
Sobrado da
Polícia Militar
C
aracterização do município: O município de Montes Claros ocupa uma área de 3.470 km². A cidade situa-se a 650 m de altitude e localiza-se a 16° 42’ 32’’ S e 43° 51’ 52’’ W. Histórico da cidade de Montes Claros: A cidade de Montes Claros tem suas origens ligadas a fazenda de mesmo nome criada na primeira década do século XVIII; posteriormente, em 1769, Alferes José Lopes de Carvalho, então proprietário da Fazenda dos Montes Claros, requereu licença para erigir uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição e São José, que foi construída nos fundos da atual igreja situada na Praça Dr. Chaves, ao redor da qual enquanto largo ainda, fazendeiros das vizinhanças vieram construir suas casas domingueiras, para descan-
sar das labutas da semana, dar uma prosa com os compadres e, mensalmente, receber graças do santo ofício. Formou-se o Arraial, que passou a se denominar Formigas. Desenvolvendose o Arraial, que se dedicava principalmente ao comércio de gado, no início do século XIX, absorveu os vizinhos povoados de Tabua e Cruzeiro. No ano de 1831, o Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de formigas foi elevado a Vila – Vila de Montes Claros de Formigas, sendo a paróquia criada em 1832, por decreto de Regência. No dia 3 de julho de 1857, pela Lei n.º 802, a Vila foi elevada a categoria de Cidade, com a denominação de Montes Claros. No século passado, com o grande desenvolvimento acontecido no município, este se tornou centro polarizador do Norte Mineiro.
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Histórico da obra: Sua construção deu-se inicio em 1920, foi construída pelo governo do estado com a finalidade de funcionar como cadeia e fórum. Teve como responsável o construtor José Augusto de Castro. O prédio foi inaugurado em 1923, sediou a cadeia, já o fórum foi em 1957, quando passou a abrigar o comando do 10º Batalhão da Policia Militar. Com a construção do quartel definitivo e a consequente mudança do comando, o prédio passou a abrigar o colégio Tiradentes (da Polícia Militar de Minas Gerais). Geográfico: O clima é semi-árido, com vegetação predominantemente de cerrado, com suas várias tipologias – cerradão, campo-cerrado, cerradinho, campo
livre, veredas, etc. -, reflexo das condições ambientais locais. Ocorre ainda a presença de áreas de transição cerrado/ caatinga. O município encontra-se dentro da bacia do Rio São Francisco, da sub -bacia do Verde Grande. Econômico: O Produto Interno Bruto - PIB - de Montes Claros é o maior de sua microrregião, destacando-se na área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2008, o PIB do município era de R$ 3 462 739, 125 mil. 390 147 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 9 665,14 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda é de 0,707. De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2008, 9 497 unidades locais, 9 127 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes e 130 045 trabalhadores, sendo 70 691 pessoal ocupado total e 59 354 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 691 296 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,2 salários mínimos.
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS CONSTRUÇÃO Alvenaria A alvenaria é uma técnica de confecção de muros utilizando tijolos, lajotas ou pedras de mão, aglutinados entre si por meio de uma argamassa. Tem-se a possibilidade de ter sido utilizado alvenaria pelo menor custo comparado ao concreto armado, já que, com base no contexto histórico da obra, ela teve que contar com ajudas financeiras. Revestimento O Gesso em pó é empregado massivamente na construção: misturando com água proporciona um revestimento eficaz e estético para paredes internas e tetos. Sua utilização substitui com vantagens de rapidez, custo e acabamento os revestimentos convencionais.
Mapa da localização da Edificação.
Social/IBGE - População: 385 898 hab. Estatísticas IBGE/2013.
FICHA TÉCNICA: Nome da obra: Sobrado da Polícia Militar Data: Início: 1920 - Inauguração: 1923 Responsável pela obra: José Augusto de Castro Localização: Situado na esquina da Rua Camilo Prates com a Rua D. João Antonio Pimenta – Centro – Montes Claros – MG. Cliente: Governo do Estado.
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Croqui do Aluno Raul Alves
Prefácio: É de grande relevância a produção de um catálogo para que, como estudantes de Arquitetura e Urbanismo possam aprender e reconhecer os elementos arquitetônicos clássicos encontrados em construções no centro da cidade de Montes Claros. A decisão de estudar os elementos encontrados na edificação do Prédio da Polícia Militar de Minas Gerais, e a força de sua expressividade histórica e arquitetônica, estando localizado no entorno principal e referencial histórico da cidade, além de subsídios que demonstrem a necessidade e a importância da preservação, de modo a resguardar a história da cidade de Montes Claros, Minas Gerais e do país.
Croqui do Aluno Raul Alves
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Pináculo: O ponto mais alto de um edifício; é uma alvenaria empregue como arremate.
Platibanda: Faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício, tendo a função de esconder o telhado. Ornamento característico durante o estilo gótico.
Cornija: Faixa horizontal que se destaca na parede servem de arremate superior e que arca o inicio do telhado de quatro águas.
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Friso: espaço compreendido na parte superior do entablamento que separa a cornija da arquitrave. Barra ou faixa pintada, esculpida ou com inscrições. Faixa para divisão ou ornamentação de uma superfície de parede; ocupam tanto quanto o exterior como o interior do edifício.
Arquitrave: Uma trave horizontal que se apoia em duas ou mais colunas.
Entablamento: Conjunto de arquitrave, friso e cornija.
Frontão: O conjunto das fachadas oriental e ocidental. A formação do frontão é somente inspirada nos frontões clássicos, traçando linhas do pináculo ate as fachadas oriental e ocidental percebe-se a formação de um triangulo, assim como eram representados no período clássico.
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Glifos: estes se apresentam como dois sulcos duplos centrais e dois meios-sulcos nas laterais.
Esquadrias: é o nome genérico usado para denominar portas, janelas, portões, marcos, caixilhos, venezianas, persianas, gradis, etc.
Arcos: Designa um elemento construtivo em curva, geralmente em alvenaria, que emoldura a parte superior de um vão (abertura, passagem) ou reentrância suportando o peso vertical do muro em que se encontra.
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Sobrado dos Canelas Principais atividades econômicas de Montes Claros: indústria, comércio e pecuária. Indústria Esse setor alcança um impulso maior a partir de 1965, com a chegada da energia elétrica da CEMIG, e com o início da participação efetiva da SUDENE no desenvolvimento Industrial da Região. Na Montes Claros de hoje a principal ati-
vidade econômica passou a ser representada pelo Setor. As indústrias aqui instaladas se consolidaram e, entre elas podemos destacar a maior fábrica de Leite Condensado do Mundo (NESTLÉ), uma das três fábricas de insulina da América Latina (NOVONORDISK, antiga BIOBRÁS) atualmente, uma das mais modernas fábricas têxtis (COTENOR) e a quinta maior fábrica de cimento do Brasil (LAFARGE, antiga MATSULFUR).
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Conforme quadro anexo, destacamos as empresas industriais aqui instaladas, por Ramo de Atividade, principais produtos fabricados e matéria-prima utilizada, sendo elas, na sua maioria instaladas no Distrito Industrial de Montes Claros. Pontos Turísticos Parque Municipal Milton Prates, Parque Sapucaia, Parque Guimarães Rosa.
FICHA CATALOGRÁFICA Caracterização do município, Histórico, Geográfico, Econômico, social, IBGE. O Município de Montes Claros está situado na Bacia o Alto Médio São Francisco, ao Norte do Estado de Minas Gerais.
FICHA TÉCNICA
Metodologia do IBGE Macro região: Nordeste Micro região: Montes Claros
Sobrado dos Canelas Montes Claros – MG
Data da Criação 12.04.1707 - Fundação Fazenda de Montes Claros 13.10.1831 - Criação da Vila das Formigas
Localizado na Zona Urbana
Data da Emancipação 03.07.1857 - Elevação de Vila das Formigas à Categoria de “Cidade de Montes Claros”.
Situado na rua Dr. Veloso, nº 6, Praça Dr. Chaves, Centro Montes Claros
Município de Origem Serro Frio Lei Orgânica 01.05.1990
Foi construído a mando da Sr. Firmiana Alves Maurício Concluída no ano de 1932
Posição da Sede Latitude : 16 43’ 41” Longitude: 43 51’ 54” Altitude : 638 metros
Encontra-se em um bom estado de conservação
Área do Município de Montes Claros 3.576,76 Km2
Foi descaracterizado internamente por motivos de mudanças e adaptações para atender as necessidades dos moradores
Área da Cidade 97 Km2 Clima Quente e Seco. FONTE: IGA - Instituto de Geociências Aplicadas
Possui função residencial
Dia do Município: 03 de julho – aniversário da cidade Localização: Norte de Minas Gerais Área: 3.470 Km2 População: 336.132 habitantes Clima: Tropical Temperatura: Média anual de 24,20º. Vegetação: Predominância de Cerrados com ocorrência de áreas de transição cerrado/caatinga. Distancia da Capital: 418 Km
ELEMENTOS CLÁSSICOS IDENTIFICADOS Colunas em volutas Capitel compósito Frisos Frontão Arcos romanos
É Tombada pelo município de Montes Claros Atualmente não está sendo restaurada
MATERIAIS USADOS NA CONSTRUÇÃO A construção foi feita com Tijolo maciço 7X25 cm, sendo uma construção convencional e moderna. As alvenarias de tijolos estruturais foram utilizadas massivamente na construção. O cenário técnico-construtivo foi propício ao uso do bloco derivado do barro, material empregado como vedação.
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CROQUIS DA OBRA Croqui Fachada Frontal Coluna em voluta com capitel de ordem compósita Frisos Arcos Romanos Referência ao Frontão
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Solar dos Sertões O
Casarão se encontra em processo de restauração com recursos da Fundação Banco do Brasil. São investimentos na ordem de R$ 334.299,98. A intenção é transformar o casarão num complexo de promoção à cultura cujo propósito é contribuir para a valorização do patrimônio material e imaterial, além do fortalecimento organizacional dos povos e comunidades tradicionais dos Norte Minas.
O Solar dos Sertões, considerado um dos mais notáveis e importantes imóveis históricos de Montes Claros, é composto por uma casa grande, com traços finos de uma arquitetura eclética, que ao longo de sua existência sofreu intervenções dos moradores que ali residiram. O local foi palco de discussão e orquestração dos grandes acontecimentos sociais e políticos do século XIX no Norte de Minas. Constru-
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ído, em 1856, pelo então capitão José Rodrigues Prates, o Solar pertenceu inicialmente à sua família até passar à família de José Thomaz de Oliveira, fundador do primeiro Jornal da cidade, a Gazeta do Norte, em 1918. Em 28 de setembro de 1999, o Casarão foi tombado pelo Patrimônio Histórico do Município e regulamentado pelo Decreto 1761 de 28 de Setembro de 1999. O prédio foi habitado até abril de 2004.
FICHA TÉCNICA Local: Praça Dr. Chavez (praça da Matriz), 152, Rua Dr. Velozo, Montes Claros, Mg. Área total: 726,7 metros quadrados Área construida: 574,64 metros quadrados Volume concreto total: 1,38 metros cúbicos Altura: 9 metros Custo: R$ 334.299,98 Cliente: CAA – Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Projeto: Projeto de arquitetura e restauração do antigo “Solar dos Oliveira” para o “Solar dos Sertões” Construção: MVA Engenharia
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Croqui feito pela estudante de arquitetura Maria Clara Rezende.
Coluna da ordem j么nica no interior do Solar dos Sert玫es.
Balaustres de uma das escadarias.
No lado de fora, as colunas apresentam caracter铆sticas de ordem D贸rica.
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