Semana da leitura 2018

Page 1



Só Ouvir Ler (ou ler para…)

11h10

Em função do nível se ensino, selecionar o texto e proporcionar aos alunos o momento de leitura do mesmo. Seguem-se propostas de textos do JI ao Secundário…



AS CORES DA EMOÇÃO Era uma vez um monstro Nem feliz, nem zangado, Nem triste, nem assutado. Fica calmo ó monstro Tu estás é baralhado! Ouve lá com atenção As cores da emoção! Com o amarelo, vivo a alegria Sempre contente e sorridente! Ouve lá com atenção As cores da emoção!

Com o vermelho, estou zangado Nada tem piada, nem uma risada! Ouve lá com atenção As cores da emoção! Com o preto, escondo o medo Da escuridão ou do ladrão… Ouve lá com atenção As cores da emoção!

Jardim de Infância

Com o verde, viva a calma Da paz que te satisfaz! Ouve lá com atenção As cores da emoção!

Com o azul, revelo a tristeza Se existir maldade ou saudade… Estas são as tuas emoções Ouve lá com atenção Cada uma no seu lugar, As cores da emoção! Nunca as vais trocar E nunca as deixes de expressar

Sala dos 3anos Ano Letivo 2016/2017 Concurso “Palavras e Ideias”



Jardim de Infância



Jardim de Infância



1ยบ ciclo



Gosto da escola Quando vou à escola Tenho muito que fazer Jogo às escondidas e à bola Mas também tenho que aprender. Na escola aprendo a escrever A ler e a contar Mas o que mais gosto de fazer É com os meus amigos brincar. A professora é minha amiga Nunca a vou esquecer Ajuda-me em tudo o que preciso Ensina-me a crescer. Dinis Miguel Sousa Oliveira, 4º ano, CE de Almagreira, 2017

1ºciclo



Insetos inventados E se inventarmos o gafanhoto não cantava à noite, cantava ao sol. E se inventarmos o caracrio, em vez de apanhar sol, apanha frio. E se inventarmos O abelhote, enfia o mel, no nosso pote.

E se inventarmos o mosquetão, anda às voltas, de um belo cão.

E se inventarmos a moscarada, e todos eles comentam, que ela é charada. E se inventarmos o zangueta, os humanos acertam-lhe com uma seta. Afonso Vicente, 4.º ano, EB1 da Machada (2015/2016)

1º ciclo



Na Escola Na escola vou aprender, Que futuro irei ter, Médico, engenheiro ou doutor, O que importa é o meu valor. 2º ciclo

Nas aulas e nos recreios, Todos devo respeitar, Para falar levanto o dedo, Não quero incomodar. Nos intervalos posso brincar, Jogar à bola ou correr, Mas sempre com cuidado, Pois ninguém quero magoar.

Tomás Cordeiro, 6º ano, 2015-2016



A minha cadela De pelo cinzento Coleira amarela Parece um peluche Mas é uma cadela. Ladra e resmunga. Parece uma fera Com umas festas Vira primavera. Princesa lá de casa Tratada como uma rainha Às vezes tenho ciúmes! - Hei! A mãe é minha!

Sentada no sofá Bem descansada Roubou- me o lugar Estou amuada!

Melhor amiga, não tenho. Está sempre lá. Quando estou triste Uma lambidela me dá. Bárbara Godinho Nunes – 4º K, 2017

1º ciclo



Adolescência Cara adolescência, Já perdi a minha inocência, O que queres mais de mim? Cheguei até aqui Agora só quero sumir Não sei quem sou Não sei quem quero ser Só quero desaparecer. Perdida não estava Perdida agora estou Perdida ficarei? Não quero estar ali Não quero estar aqui Só quero fugir. Sara Oliveira 7ºH, 2018

A minha donzela Sempre que acordava de manhã, Abria a minha janela: E lá estava ela, A minha donzela. Uma donzela muito especial O seu cantar parecia O som de uma flauta transversal, O que me enternecia.

Já quis tanto mudar o mundo Já quis ser poeta inventor Já tanto e tanto vi num só segundo Sentindo a brisa e o calor

Quando nos conhecemos, Ela de mim fugia. Mas com o tempo Tudo se alteraria. Agora já cresceu E já sabe que em mim pode confiar, Ouve o chiar da persiana Tomás Marques E não foge a voar. 7ºH, 2018 Do que ninguém suspeitava Era de quem do medronheiro me espreitava Uma fêmea pintassilgo afinal Era ela a minha donzela especial.

Porque o sol luminoso se põe Quando os meus olhos se fecham Porque a luz radiante do Amor Abre as portas do meu desejo

3º ciclo

Porque a vida dá o melhor de si, Oportunidades várias para ser feliz. O que o mundo traz sem fugir Vai fazer o universo inteiro sorrir Talvez se eu cantar alto Alguém me possa ouvir, Para ajudar quem me ajudou A deste vazio escuro sair.

Rita Martins, 9ºA, 2018



secund ário

Quem sou eu? “Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.” * Clarice Lispector É noite. Outra vez insone e com um milhão de perguntas sonolentas na minha mente. Faz frio e o cheiro de café inebria os meus pesadelos despertos. Caminho pesadamente em direção ao espelho da minha biblioteca, pois hoje a minha alma anseia pela resposta a apenas uma pergunta: “quem sou eu?”. Fito o meu reflexo no espelho e ele fita-me de volta, indagando, sondando e perscrutando a minha alma em busca de respostas. Lembro-me de todas as vidas que vivi, depositadas em cada livro da minha estante. Sei que já fui uma poderosa rainha medieval. Já fui um fugitivo à lei e em oposição, um famoso detetive belga. Interrompo brevemente a evocação, para mais um gole preocupadamente despreocupado de café, lembrando-me então que também já fui apenas uma escritora de artigos viciada em cafeína, com uma cota considerável de deceções. Sou depositária do meu passado, o traquejo do meu presente e a incógnita do meu futuro, unidos como uma colcha de retalhos, indelével, mas efémera. Sou todas as doces gargalhadas que dei e as amargas lágrimas que verti. Sou cada ciclo lunar que se renova e se finda. (cont.)


Sec. (cont.)

Sou aquela que pisa propositalmente em poças de água apenas para sentir, momentaneamente, a doce nostalgia da infância e do tempo em que a vida era fácil e o riso leve. Sou em parte um quebra-cabeças com fragmentos de todas as pessoas que conheci. Sou um esboço inacabado e promissor. Sou aquilo que toco, cheiro, vejo, experimento e ouço. Sou a chuva veranil de meu país e sou a brisa primaveril da nação em que hoje habito. Sou os amores arrebatadores que li e até mesmo vivi. Sou toda aquela dor asfixiante de perdas escritas por grandes mestres literários que já não caminham entre nós. Sou a bala que matou aquele homem! Sou o lenço que a bela donzela ofereceu ao seu amado. Sou toda a paz que habita no caos. Eu sou a pequena estrela que brilha, na vastidão do meu Universo interior. Sou a Natureza que respiro, que toco! Sou a luta dos oprimidos, fiz de minha força um contributo. É manhã, chove. Já não sou nada disso. Tenho saudades de mim. Olho-me outra vez no espelho, querendo saber… “e então , quem sou eu?” ------------------------------Brenda Almeida 12º ano



Doce poesia – Ler e passar poemas na BE = doces… Traços do Ser… escritor – Exposição na BE


Edição: Fernanda Gomes


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.