Museu de Arte de São Paulo São Paulo, São Paulo, Brasil
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© flickr Rodrigo_Soldon
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Conteúdo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.............................. 4 Lina Bo Bardi..................................................................................................... 7 MASP pelas palavras da autora.............................................................. 12 Fatos sobre o Museu de Arte de São Paulo...................................... 18 Instruções de montagem.......................................................................... 19 Lista de Materiais.......................................................................................... 87 Referências...................................................................................................... 88
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© masp.art.br
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Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (mais conhecido pelo acrônimo MASP) é uma das mais importantes instituições culturais brasileiras. Um avantajado paralelepípedo de concreto e vidro, suspenso por dois pórticos que são um feito da engenharia.
num belvedere, uma das exigências do projeto. O edifício é considerado um importante exemplar da arquitetura brutalista brasileira e um dos mais populares ícones da capital paulista, sendo tombado pelas três instâncias de proteção ao patrimônio: IPHAN, Condephaat e Conpresp.
O vão livre que resulta desta configuração consiste
Em construção (© Hans Günter Flieg)
Em construção (© acervo Estadão)
Em construção (© arquivo.arq.br)
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A relação de Lina Bo Bardi com o MASP inicia-se muito antes das obras do edifício na Avenida Paulista. Já em 1946 ela convenceria seu marido, Pietro Maria Bardi, a aceitar a proposta de Assis Chateaubriand para fundar o Museu de Arte de São Paulo. Em 1947, as primeiras instalações do Masp são realizadas à rua 7 de Abril, ano em que também projeta a sede
Perspectiva de uma proposta aventada por Lina (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
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dos Diários Associados. Em 1951, projeta as novas instalações do Masp, ainda na 7 de Abril, mesmo período em que começa os estudos para o Museu de São Vicente. Em 1957, finalmente, inicia o projeto definitivo do Masp na Av. Paulista.
Cavaletes MASP (© arquivo.arq.br)
O MASP possui a mais importante e abrangente coleção de arte ocidental da América Latina e de todo o hemisfério sul, em que se notabilizam sobretudo os consistentes conjuntos referentes às escolas italiana e francesa.
aproximadamente 8 mil peças. O acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O museu também abriga uma das maiores bibliotecas especializadas em arte do país.
Possui também extensa seção de arte brasileira e pequenos conjuntos de arte africana e asiática, artes decorativas, peças arqueológicas etc., totalizando
Vista lateral (© flickr Rodrigo_Soldon)
Cavaletes (© harpersbazaar)
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Lina Bo Bardi Lina Bo Bardi foi uma das mais icônicas arquitetas do século XX. Seu legado extrapola o campo da arquitetura, pois ela também contribuiu para a cenografia, artes plásticas, desenho de mobiliários e design gráfico.
Casou-se com Pietro Maria Bardi em 1946 e, mudou-se para o Brasil, onde desenvolveu a maior parte de sua trajetória. Naturalizou-se brasileira em 1951.
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Nascida em Roma, na Itália, em 1914, a história de vida de Lina foi marcada pela guerra, criatividade e muito trabalho. Estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma durante a década de 1930.
Apaixonada pelo Brasil, Lina Bo Bardi preocupava-se com o cenário político e com a influência da arquitetura no convívio e cotidiano das pessoas. Assim, suas obras
Lina no MASP (© arquivo.arq.br)
A sala de estar da Casa de Vidro, 1952 (© Fernando Albuquerque)
retratam a crença da artista, que acreditava que projetos não eram só construções, mas também poesia e serviço coletivo. Foi professora, escritora, designer gráfica, editora de revistas, cenografista, figurinista e curadora de exposições. Foi também autora de diversos projetos de arquitetura de destaque no Brasil, como MASP (Museu de Arte de São Paulo); Casa de Vidro (sua residência em
SESC Pompéia (© paulisson miura)
Lina na obra do MASP (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
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em São Paulo), Sesc Pompéia, Solar do Unhão e Teatro Oficina. Lina manteve sua intensa produção cultural até a sua morte, na Casa de Vidro no dia 20 de março de 1992, fazendo jus ao sonho declarado de trabalhar até o final: ela deixa os projetos expressivos para a nova sede da Câmara de São Paulo e para o Centro Cultural Vera Cruz.
Cadeira Bowl por Lina Bo Bardi (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
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“O que eu poderia dizer é que não existem tupiniquins; existem brasileiros. Claro, eu disse que o Brasil é o meu país de escolha e por isso meu país duas vezes. Eu não nasci aqui, escolhi esse lugar para viver. Quando a gente nasce não escolhe nada, nasce por acaso. Eu escolhi o meu país.”- Lina Bo Bardi
Lina Bo Bardi (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
© TV Gazeta
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Perspectiva do Belvedere (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
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MASP pelas palavras da autora Os museus novos devem abrir suas portas, deixar entrar o ar puro, a luz nova. Entre passado e presente não há solução de continuidade. É necessário entrosar a vida moderna, infelizmente melancólica e distraída por toda espécie de pesadelos, na grande e nobre corrente da arte. É neste novo sentido social que se constituiu o Museu de Arte de São Paulo, que se dirige especificamente à massa não informada, nem intelectual, nem preparada.
Terreno do MASP durante a construção (© acervo MASP)
A finalidade do Museu é formar uma atmosfera, uma conduta apta a criar no visitante a forma mental adaptada à compreensão da obra de arte, e nesse sentido não se faz distinção entre uma obra de arte antiga e uma moderna. No mesmo objetivo, a obra de arte não é localizada segundo um critério cronológico, mas apresentada quase propositadamente no sentido de produzir um choque que desperte reações de curiosidade e de investigação.
Perspectiva da construção vista da Av. 9 de Julho (© arquivo.arq.br)
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O novo Trianon-Museu é constituído por um embasamento (do lado da avenida Nove de Julho) cuja cobertura constitui o grande Belvedere. O “Salão de baile”, pedido pela Prefeitura de 1957, foi substituído por um grande hall cívico, sede de reuniões públicas e políticas. Um grande teatro/auditório e um pequeno auditório/ sala de projeções completam este “embasamento”.
gue-se o edifício do Museu de Arte de São Paulo. O edifício, de setenta metros de luz, cinco metros de balanço de cada lado e oito metros de pé direito livre de qualquer coluna está apoiado sobre quatro pilares, ligados por duas vidas de concreto protendido na cobertura, e duas grandes vidas centrais para sustentação do andar que abriga a pinacoteca do Museu.
Acima do Belvedere, no nível da avenida Paulista, er-
O andar abaixo da pinacoteca, que compreende os es-
Perspectiva, desenho por Lina (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
Perspectiva embaixo do vão (© Inigo Bujedo Aguirre)
critórios, sala de exposições temporárias, livrarias, etc., está suspenso em duas grandes vidas por meio de tirantes de aço. Uma escada ao ar livre e um elevador/ montacarga em aço e vidro temperado permitem a comunicação entre os andares. Todas as instalações estão à vista. O acabamento é dos mais simples. Concreto à vista, caiação, piso de pedra-goiás para o grande hall cívico,
Auditório (© Hans Günter Flieg)
vidro temperado, concreto à vista com caiação para o edifício do Museu. Os pisos são de borracha preta tipo industrial. O Belvedere é uma “praça”, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Há também áreas com água, pequenos espelhos com plantas aquáticas.
Auditório (© wikiarquitetura)
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O conjunto do Trianon repropõe, em sua simplicidade monumental, os temas hoje tão impopulares do racionalismo. Procurei recriar um “ambiente” no Trianon. E gostaria que lá fosse o povo, ver exposições ao ar livre e discutir, escutar música, ver fitas. Até crianças, ir brincar no sol da manhã e da tarde. E retreta. Um meio mau gosto de música popular, que, enfrentado “friamente”, pode ser também
Vista do Parque Trianon (© arquivo.arq.br)
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um “conteúdo”. O tempo é uma espiral. A beleza em si não existe. Existe um período histórico, depois muda o gosto, depois vira bonito de novo. Eu procurei apenas no Museu de Arte de São Paulo retomar certas posições. Não procurei a beleza, procurei a liberdade. Os intelectuais não gostavam, o povo gostou: “Sabe quem fez isso? Foi uma mulher!”
Estudo do logotipo (© Instituto Lina Bo e P. M. Bardi)
© Benjamin Thompson
Vista aérea da Av. Paulista (© wikiarquitetura)
© CASACOR
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Corte longitudinal do projeto do MASP
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Corte frontal do MASP
Fatos sobre o Museu de Arte de São Paulo Área do Terreno:................... 5.420 m² Área Construída:.................. 11.000 m² Período de Construção:.... 1956 - 1968 Tipo de Construção:........... Uso público Construção:........................... Contrutora Figueiredo Ferraz Projeto Estrutural:................ José Carlos de Figueiredo Ferraz
Estrutura:......................... Concreto Nº de Pavimentos:........ 5 Localização:.................... São Paulo - São Paulo – Brasil Tombamento:................. CONDEPHAAT (1982); CONPRESP (1992); IPHAN (2008) Site Oficial:...................... www.masp.art.br
MASP (© Folha de São Paulo)
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Referências Créditos dos textos Instituto Lina Bo e P. M. Bardi ArchDaily Coleção Obras Fundamentais Coleção Lina Bo Bardi Créditos das imagens Instituto Lina Bo e P. M. Bardi arquivo.arq.br Folha digital CASACOR ArchDaily
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