1ª edição do Chá das Cinco

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SALVADOR

SALVADOR SÁBADO 1/11/2014

COMPORTAMENTO “Chá das Cinco” reuniu ontem, pela tarde, apreciadores de movimentos que resgatam o passado

REGIÃO METROPOLITANA

A5

Adilton Venegeroles / Ag. A TARDE

Grupos revivalistas desfilam nas ruas do Pelourinho FERNANDA SOARES

Quando o ponteiro do relógio marca 17 horas na Inglaterra, é chegada a hora de apreciar uma bela xícara de chá. A tradição, que é datada do século XIX, não é celebrada somente em terras europeias. Ontem, a partir das 16h, foi realizado o evento Chá das Cinco no Pelourinho, reunindo apreciadores da arte revivalista – que procura resgatar tradições de épocas passadas. Idealizado por grupos revivalistas baianos e o coletivo Rock Difusão, o evento contou com passeio fotográfico no museu Tempostal, na Praça das Artes, e na chocolateria Marrom Marfim, encerrando com apresentação solo do violoncelista Lucas Oliveira.

Personagens

O baiano Scott Pohl, integrante do Pic Nic Vitoriano de Salvador, explica que a ideia surgiu como uma espécie de nostalgia, em meio ao fascínio pela cultura e costume de épocas passadas. “A inquietação de querer viver toda aquela atmosfera fez com que resolvêssemos criar o evento, que está na sua primeira edição”, diz. Para participar, a produção reuniu um público seleto, com a presença dos grupos Lolitas de Camaçari, Pic Nic Vitoriano de Salvador, um casal gótico de João Pessoa (PB)

TEATRO

Dramaturgo Matéi Visniec cumpre agenda em Salvador DANIELA CASTRO

Um dos nomes mais celebrados da dramaturgia europeia contemporânea, o romeno Matéi Visniec cumpre agenda cultural em Salvador, depois de participar de uma das mesas mais empolgantes da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Visniec dividiu a atenção da plateia com o baiano Marcio Meirelles, que volta a recebê-lo no Teatro Vila Velha hoje e amanhã, às 20 horas, para a apresentação do espetáculo Porque Hécuba, montado a partir de texto do dramaturgo romeno. As apresentações integram a programação do Fiac (Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia), que, ainda hoje, promove o lançamento da obra homônima. Visniec volta ao TVV terça e quarta para assistir a montagens de outras duas obras suas: O Último Godot, às 19h, e A Mulher como Campo de Batalha, às 20h30. Sãooportunidadesdeconhecer o autor depois da memorável passagem por Cachoeira, durante a qual o dramaturgo compartilhou reflexões sobre a relação entre a escrita e a dramaturgia. “O teatro é minha vida, mas não quero subir no palco. Dar essas palavras é como dar minha alma ao diretor e aos atores. Confio plenamente neles”, declarou. A relação com a realidade política também foi tema das intervenções de Matéi Visniec: “Quando era um jovem escritor engajado na Romênia era fácil criticar o regime, porque o mal era visível. Nas grandes sociedades de consumo, o mal não é tão visível. É muito mais complicado ser um escritor engajado hoje do que na época de Stalin”.

e alguns adeptos da arte revivalista de Lauro de Freitas. É necessário desenvolver o dresscode (código de vestimenta) de movimentos como Renascentismo, Rococó, Era Vitoriana e releituras gótica, steam punk e lolita. Maria Bolena, do grupo Lo-

litas de Camaçari, crê que a moda era esteticamente mais bonita em outros séculos. “Seguindo nossas preferências, buscamos o resgate, de forma retrô utópica, dos hábitos, costumes e, principalmente, da moda de antigamente”, afirmou.

Com roupas de época, grupo visitou praça das Artes e participou de sessão fotográfica


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