UM POSSÍVEL DIÁLOGO ENTRE ARQUITETURA E MODA 1
PROJETO DE REABILITAÇÃO DO TEATRO DE ARENA JAIME ZEIGER FERNANDA VASCONCELLOS ROMÃO
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Autor: Fernanda Vasconcellos Romão Orientador: Fabiana Mori Um Possível Diálogo Entre Moda e Arquitetura Trabalho Final de Curso (TFC) Centro Universitário Moura Lacerda Arquitetura e Urbanismo Ribeirão Preto 2015 3
I DID IT MY WAY
Frank Sinatra 4
Agradeço ao apoio dos meus amigos e ao amor da minha família.
À minha mãe. 5
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SUMÁRIO RESUMO; P.9 INTRODUÇÃO; P.11 CAP. 1 CONSTRUCAO DE ELEMENTOS; P.12 CAP. 2 ELEMENTOS DE CONSTRUCAO; P.18 CAP. 3 APLICAÇÃO DE CONCEITOS: PROJETO DE REABILITAÇÃO TEATRO ARENA; P.24 CAP. 4 O PROJETO; P.34 ANEXO: ORÇAMENTO, DIRETRIZES, LEGISLAÇÃO E NORMAS MUNICIPAIS; P.4 REFERÊNCIAS; P.57
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RESUMO
Com base nesse estudo pretendemos criar uma fonte bibliográfica para a busca do paralelo entre moda e arquitetura através da análise da exposição Skin and Bones: Parallel Practices in Fashion and Archtecture (Museu de Arte Contemporânea, Los Angeles, 2008). A exposição abrange a relação da interdisciplinaridade entre moda e arquitetura, tratando seus aspectos estéticos e funcionais. Tendo como principal foco a criação de um projeto de arquitetura, visamos o estudo para uma melhor adequação do projeto arquitetônico ao seu indivíduo usuário, tornando a obra sua própria vestimenta. Por fim, a conclusão desse estudo será a aplicação dessas características estudadas no projeto de reabilitação do Teatro Arena Jaime Zeiger, tendo elas como próprio partido arquitetônico. Essas características serão pontuadas e explicadas segundo a monografia desenvolvida.
Fonte Skin and Bones guide book9
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INTRODUÇÃO DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA E MODA
Na arquitetura, buscamos referência em Zevi que prega a construção a partir da valorização do vácuo. Assim, categorizamos como representação arquitetônica toda forma de interferência entre espaços em que o objetivo seja a permanência ou passagem de pessoas. Em determinados trechos vemos de forma clara a definição de Zevi sobre a arquitetura, colocando-a não como um conjunto de larguras, comprimentos e alturas dos elementos construtivos que contém o espaço, mais precisamente do vácuo, do espaço contido, do espaço interior onde os homens andam e vivem. (Zevi, Saber ver a arquitetura, p.18).
Mais adiante, Zevi coloca o vácuo como portador da arquitetura total, sendo secundários quaisquer adornos, coberturas e aberturas, decerto bastante úteis, mas ineficazes para fazer entender o valor da arquitetura, uma vez que se esqueça a sua essência, o substantivo que é o espaço. (Zevi, Saber ver a arquitetura, p.20). Trazendo o conceito da moda , segundo Lipovetsky, é a forma de representação pessoal de cada indivíduo segundo suas próprias referências, classes, época, corpos e ambiente. O princípio dela é a necessidade do singular, da identidade autônoma e da simples proteção e cobertura do corpo; tudo isso relacionado ao meio que o envolve. Tratando do estético comum e individual, Lipovetsky faz um paralelo entre indivíduo e sociedade, trazendo a moda como uma regra de um conjunto que faz deixar lugar para a manifestação de um gosto pessoal: é preciso seguir a corrente e significar um gosto particular. (Lipovestky, O império do efêmero, p.44). Sendo assim, tanto a arquitetura como a moda possuem coberturas (construção e vestimenta) que tratam do espaço como meio de influência e elemento de atuação. Nos dois casos essas coberturas possuem pontos comuns, estes pontos serão discutidos nesse estudo.
PARALELO ENTRE MODA E ARQUITETURA, SEGUNDO A ANÁLISE DA EXPOSIÇÃO SKIN AND BONES Através das referências citadas, partindo dos exemplos e conceitos usados na exposição Skin and Bones: Parallel Practices in Fashion and Archtecture, estabelecemos uma análise para sua posterior aplicação prática no projeto de reabilitação do Teatro de Arena Jaime Zeiger.
Fonte Imagens Site Daniel Libeskind
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CAP. 1 CONSTRUÇÃO DE ELEMENTOS Elementos conceituais cuja origem parte da somatória de elementos materiais e funcionais.
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ABRIGO
Shigeru Ban é um arquiteto japonês, homenageado com o Pritzker 2014, revolucionário na escolha e no uso de materiais como papel, madeira, plástico e contêineres, bem como pela sua dedicação ao trabalho humanitário. A foto retrata o abrigo humanitário criado por Shigeru para os refugiados de Ruanda.
Fonte Skin and Bones guide book
Como exemplo da relação de abrigo citado pela exposição, usamos a criação de abrigos de emergência de papel feitos pelo arquiteto Shigeru Ban para guerra civil de Ruanda. Segundo o guia de exibição da exposição Skin and Bones, o abrigo foi construído a partir da tecnologia sustentável e de baixo custo desenvolvida por Shigeru Ban. Os abrigados usaram da estrutura de tubos de papel, proposta pelo arquiteto, associando-as aos plásticos fornecidos pela ONU, resultando no teto e estrutura do abrigo. Com baixa produção de resíduos e de fácil adaptabilidade, a ideia de S.Ban explorou ao máximo a capacidade dos abrigos temporários criados.
Como exemplo de associação, segundo o guia da exposição, usou-se a vestimenta da marca Vexed Generation. Nela, a marca aplica seu principal preceito de trabalho: roupas que sirvam como forma de resistência. A peça dada foi desenvolvida como um abrigo para percorrer a cidade de bicicleta com segurança. A jaqueta traz a proteção dos órgãos vitais através do: capuz de proteção para a cabeça e uma máscara de proteção para o rosto (contra identificação). (Skin & Bones, exhibition guide, 2008).
Fonte Imagens Skin and Bones guide book
Jaqueta Vexed Genation Formada por Adam Thorpe , ex- estudante de ciência e Joe Hunter, anteriormente um estudante de artes gráficas; a marca Vexed Generation mostra novamente que a roupa pode ter significado e valor além do mero efeito de superfície ou preço real.
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IDENTIDADE No caso da identidade, a exposição coloca como uma das referências o museu do holocausto, de Daniel Libeskin. Nele, diversas referências simbólicas são usadas nas entrelinhas de seu percurso, como a estrela de Davi estilhaçada. Nesse caso, segundo o site Vutruvius (2007), no momento em que o arquiteto estilhaça a estrela, esta deixa de ser um signo e se torna um símbolo: representa um sentimento de revolta quanto à barbárie sofrida pelos judeus e a necessidade de se explicitar o fato sem eufemismos Através dessa citação podemos identificar a intenção do arquiteto de não apenas se fazer passar, mas sim de demarcar a identidade de um povo por suas emoções, transformando seu visitante. Museu do holocausto, D. Libeskind Daniel Libeskind, nascido na Polônia, filho de sobreviventes do holocausto. Na obra destacada, Daniel destaca o uso de elementos simbólicos e subjetivos para a representação do sofrimento e agonia sofridos no holocausto.
Fonte Skin and Bones guide book
Fonte Imagens Site Daniel Libeskind
Como exemplo da peça de roupa usada pela exposição, é colocado o designer Hussei Chalayan com sua criação: uma saia. Nela, o usuário pôde vesti-la como roupa ou usá-la como móvel, posteriormente levando-a consigo. Nessa proposta Chalayan expressa sua preocupação através de experiências de troca de lares. Turco cipriota, o designer que vive no exterior, leva sua real identidade e cultura com a migração, fato exemplificado com a consistência material e mobilidade ergonômica da peça criada. Vestimenta H. Chalayan Hussein Chalaian é um estilista turco cipriota formado em Londres onde desenvolveu peças de grande repercussão por seu experimentalismo. Exemplo disso é a saia usada como exemplo na exposição. 16
Sobre o elemento volume, usamos a referência do museu de arte contemporânea de Tel Aviv de Preston Scott Cohen Inc., citado na exposição. Neste projeto, segundo o memorial encontrado no site do próprio arquiteto, a principal questão projetual era a construção de um museu num terreno de formato triangular, o que prejudicaria sua funcionalidade já que os espaços expositores necessitariam áreas de formatos contínuos, neutros e retangulares para suas galerias. Como solução, o arquiteto usou de uma estrutura volumétrica partindo do princípio de torção de superfícies que conectam os ângulos diferentes entre o meio inserido e o espaço construído.
Fonte Imagens Site Preston Scott Cohen Inc.
Museu de arte contemporânea de Tel Aviv de Preston Scott Cohen Inc. Preston Scott Cohen, arquiteto americano, tem por suas principais obras o uso da sua visão geométricas nas suas construções cujo uso define certo movimento em suas formas.
VOLUME
Fonte Imagens Site Preston Scott Cohen Inc.
Fonte Imagens Skin and Bones guide book
No caso da roupa, citamos o exemplo da exposição: o vestido de Yeohle Teng. Em seu tabalho, Yeohle tem a geometria como fator principal de base em suas concepções. Neste vestido, tanto o tecido como a disposição do mesmo, em forma de camadas sobrepostas, acarretam na criação de um volume que altera o formato original do corpo que dele utilizar, destacando-o como suporte de uma escultura.
Vestimenta Yeohle Teng Yeohle Teng nasceu na Malásia e mudou-se para NY onde estudou moda onde iniciou seu trabalho como estilista. Suas peças de design único ganharam exposição permanente no Metropolitan Museum of Art em NY. 17
DESCONSTRUÇÃO
No elemento desconstrução, a referência arquitetônica citada pela exposição é a casa de Santa Monica de Frank Gehry. Neste projeto, o arquiteto recria sua antiga casa de família e, através da desconstrução, cria um ambiente totalmente novo e inusitado. Sua entrada torna-se quase imperceptível entre os ângulos exteriores criados, suas paredes internas são descascadas tornando elementos estruturais como o prego e madeira aparentes, revelando a casa por uma nova perspectiva. Tratando do elemento desconstrutivo relacionado, segundo o guia da exposição, como exemplo de vestimenta utilizado o guia cita o vestido do estilista Martin Margiela. Feito de diferentes pedaços de vestidos novos e vintages, Margiela desconstrói a forma convencional de criação e através de seu acervo criando uma peça totalmente nova e inusitada tal qual a casa de Frank Gehry.
Martin Margiela é um estilista belga, fundador da casa de moda Maison Margiela . Ele se formou na Academia Real de Belas Artes na Antuérpia. É famoso pela aplicação de tecnicas grunge da moda como a desconstrução, reciclagem e acabamento cru.
Fonte Imagens Site Archdaily
Casa de Santa Monica, F. Gehry Desconstrução de estampas: recorte de diferentes vestidos e união destes para criação de um completamente novo.
Frank Gehry é um arquiteto canadense, vencedor do Pritzker, famoso por suas obras esculturais desconstrutivas. No caso retratado, analisamos sua própria residência localizada em Santa Mônica. Desconstrução casa-pardrão: exposição da estrutura, reformulação de sua fachada.
Fonte Imagens Skin and Bones guide book
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CAP. 2 ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO Elementos de caráter funcional e material.
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PELE Elementos ligados ao aspecto da superfície de cobertura e design das construções, tanto construções como vestimentas.
GRAVURA/ TEXTURA
Através da análise da referência da exposição Skin and Bones, relacionamos um dos exemplos de gravura/textura como elemento de construção. Segundo o guia da exposição, sobre a prática da gravura/ textura na arquitetura alguns arquitetos têm optado por embrulhar edifícios em estampados exuberantes, muitas vezes para emprestar um elemento narrativo à estrutura, refletindo sua identidade ou contexto de sua utilização (...). Como exemplo do uso da estampa modular citada, a Fundação Architecture em Londres inovou com a instalação Hairywood criada pelos arquitetos do escritório 6a e a designer Eley Kishimoto. Segundo o site da própria fundação, a instalação se mostra como uma casa de verão urbano como um espaço público que desafia as percepções do que a arquitetura pode ser e suas diferentes perspectivas.
O espaço define-se por uma torre pública de 6,3m em cima de uma plataforma com abertura direta para a rua. A torre se tornou um elemento de interação das pessoas com a rua e a galeria da fundação onde o público poderia se conhecer, almoçar ou mesmo servir como um ambiente de fuga pessoal para privacidade. O corte a laser feito para a torre feito por Kishimoto foi inspirado especificamente nos cabelos da Rapunzel de Dark Madeira Wander, uma coleção de roupas de sua própria autoria em parceria com Wakako Kishimoto inspirada pela história de uma princesa aprisionada em uma torre que escapa e foge através de uma madeira escura só para encontrar o seu próprio conto de fadas.
Vestimenta Mark Eley e Wakako Kishimoto Ambos designers e casados, o galês Mark Eley e a japonesa Wakako Klahlmoto fazem juntos suas criações levando sua carga étnica e aplicando em suas criações.
Fonte Imagens Skin and Bones guide book
Hairwood tower, 6ª arquitetura Nesse projeto podemos analisar a relação direta com a estampa aplicada na roupa de Mark Eley e Wakako Klahlmoto. Nos dois, o desenho geométrico usado na estampa da roupa e na fachada da arquitetura, são da mesma origem. O estúdio 6ª arquitetura é formado por dois arquitetos britânicos Rob Williams e Brian Muehlbauer. 22
TRAMA Tratando desse elemento de pele conceitual, citamos aqui como exemplo arquitetônico dado pela exposição a casa de praia Carbon beach house de Testa and Welser, em Los Angeles. Conhecidos por sua ousadia no uso de materiais super tecnológicos e inovadores, Testa e Welser desenvolveram construção a partir da ideia da integração dos sistemas de superfícies e estrutura. A concha exterior e todas as placas de piso interior e partições são fabricados de fibra de carbono e painéis celulares que são montados como um favo de mel e unidos por uma fita de fibra de carbono infundida com resina que aparece no exterior da construção, como se fosse apenas um elemento decorativo. (Skin& Bones, exhibition guide, 2008).
O trabalho da dupla em novos materiais tecnológicos trouxe interesse de designers contemporâneos de moda como Yoshiki Hishinuma cujo vestido Out 2Way Dress propõe uma ideia de união de peças de construção em sua realização. No vestido, seu design gráfico com tiras de fitas aparentes e aleatórias tem sua função tanto estrutural, no momento em que fixa cada elemento da peça, como também de privacidade, sendo que as fitas estejam estrategicamente posicionadas para esconder determinadas partes do corpo. (Skin& Bones, exhibition guide, 2008). Carbon beach house de Testa and Weiser Testa e Weiser é um escritório de arquitetura locado em Los Angeles formado por Peter Teslt e Devin Weiser. O estúdio se destaca por sua arquitetura conceitual e técnicas inovadoras integrando materiais de alta tecnologia.
Fonte Imagens Skin and Bones guide book
Yoshiki Hishinuma, Out 2Way Dress
Fonte Imagens Skin and Bones guide book
Yoshiki Hishinuma é um designer japonês. Trabalhou por anos com Issay Miyake, outro designer já mencionado. Em 1992 criou sua própria marca de roupas usando da alta tecnologia de matérias e técnicas de costura em suas peças. Admirador de Testa and Weiser, Hishinuma criou o Out2WayDress a partir do mesmo jogo de trama e transparência encontrados na Carbon Beach House. 23
DOBRA
Tratando do elemento de dobra/drapeado, arquitetos e designers tem traduzido seu uso em tecidos flúidos ou mesmo em materiais rígidos. Através da manipulação dos materiais, é possível mudar sensações como passar a fluidez de uma seda para a rigidez do aço; da mesma forma em que designers obtêm por meio de técnicas de modelagem e costura criar tecidos quase tão rígidos quanto metais, tratando-os como esculturas. (Skin& Bones, exhibition guide, 2008). Como referência da exposição citamos a casa de Shigeru Ban. Usando dessa ideia convencional de cortina, Ban cria na Curtain Wall House: uma cortina gigante de dois andares de cobertura para o exterior da construção.
Em conjunto com uma série de portas de vidro deslizantes, a cortina proposta oferece proteção aos dois lados da casa, criando um casulo de privacidade através de um elemento inusitado. (Skin& Bones, exhibition guide, 2008). Nesse mesmo conceito de inversão de papeis, Yoji Yamamoto cria por meio de dobras de tecido sobrepostas, uma jaqueta de volume e estrutura tal qual uma obra escultural, mostrando como a manipulação de materiais interferem nas sensações e aspectos de sua finalização.
Vestido Yohji Yamamoto Yohji Yamamoto é um renomado designer japonês. Filho de costureira, Yamamoto desenvolveu desde cedo seu talento. Suas principais características é o uso excessivo do preto e da cultura japonesa em suas criações.
Shigeru Ban, Curtain Wall House Usando do tecido, Shigeru Ban desenvolveu uma forma não convencional de cortina, elevando sua escala para a cobertura dos dois pavimentos de construção.
Fonte Skin and Bones guide book
Fonte Imagens Skin and Bones gallery guide
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ESTRUTURA Por meio de elementos como balanço e suspensão, desenvolvemos uma análise no quesito estrutural da construção de ambas peças (edifício e vestimenta).
BALANÇO
Usando desse compartilhamento de técnicas de construção, exemplificamos através da estrutura de balanço obras de construção semelhante. Na referência arquitetônica, usamos o Instituto de arte contemporânea de Boston, por Diller Scofidio + Renfro. Destaquem no uso de novas técnicas e processos construtivos Diller Scofidio + Renfro desenvolveram uma obra aterrada construída em vidro transparente, translucido e metal opaco; criando uma pele externa que confunde a distinção entre as paredes, janelas e portas (Skin and Bones, exhibition guide, 2008). Quanto à peça de roupa utilizada como exemplo citamos Victol & Rolf com o vestido/jaqueta azul gelo. Na peça, várias camadas de tecidos em forma de colares se sobrepõe a partir dos ombros do modelo, empilhando tecido em camadas ao limite de seu peso para alcançar a sensação de balanço na roupa.
Vestido Victor & Rolf Fundada pelos designers Viktor Horsting e Rolf Snoeren, é uma marca holandesa criada em 1993. Fonte Imagens Site Diller Scofidio + Renfro
Instituto de Arte Contemporânea de Boston, por Diller Scofidio + Renfro Diller Scofidio + Renfro é um escritório de arquitetura americano interdisciplinar que engloba o uso de artes visuais Fonte Skin and Bones guide book
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CAP. 3 APLICAÇÃO
DE
CONCEITOS:
PROJETO DE REABILITAÇÃO TEATRO ARENA
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LEVANTAMENTO DA ÁREA Sobre a HIERARQUIA VIÁRIA, a área ao redor do morro tem proximidade a eixos de circulação importantes da cidade como as avenidas Francisco Junqueira, Meira Junior e Treze de maio; cruzando a área em todas as direções. No quesito vias coletoras, a área possui ruas de grande circulação por sua proximidade a centros de grande fluxo como o Senai e o Complexo esportivo da cava do bosque. Tratando das vias locais, estas dispõe de fácil acessos e em razoável estado de pavimentação. VIAS LOCAIS AVENIDAS VIAS COLETORAS
Quanto ao estudo de USO E OCUPAÇÃO, notamos a área ao redor do Morro do São Bento predominantemente de uso misto, de interesse social e parte do quadrilátero histórico central. Analisando o mapa, podemos concluir: - Proeminente ligação com as áreas de interesse social por atividades indiretas - Proximidade da rota turisticas de edificios hitoricos da cidade. - Preocupação com a acústica devido a moradia ao redor e a área de parque urbano. ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL USO MISTO ÁREA ESPECIAL PARA PARQUE URBANO ÁREA ESPECIAL QUADRILÁTERO CENTRAL
Analisando o mapa de CURVAS DE NIVEL da cidade de Ribeirão Preto, verificamos que o Teatro Arena foi construído em uma das partes da área da antiga pedreira do Morro do São Bento; sendo sua parte excedente a área de intervenção proposta
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O TEATRO HISTÓRICO Em 1969 foi inaugurado o Teatro de Arena idealizado e construído por Jaime Zeiger. Locado numa meia-encosta, em uma área de aproximadamente 6 mil metros quadrados, o prédio faz parte do Complexo Cultural do Morro do São Bento que contém juntamente com o teatro o atual edifício da Secretaria da Cultura e o Teatro Municipal. Segundo o site da prefeitura de Ribeirão Preto, Jaime Zeiger realizou pesquisas em vários países da Europa e Oriente Médio para a escolha do local ideal: a topografia que favoreceria a qualidade acústica do teatro. Este teatro foi o primeiro teatro de arena construído no interior do Estado de São Paulo. Durante o ano de 1986 o teatro sofreu algumas reformas e foi reinaugurado em 1987, além da reforma mais recente determinada em 2014. Viveu e sobreviveu no período da ditadura militar servindo de palco para importantes manifestações de caráter revolucionário tendo como protagonistas Gilberto Gil, Vinicius de Moraes e os Novos Baianos. Atualmente, o teatro conta com a mesma equipe de administração do Teatro Municipal, havendo propostas para criação de sua administração independente.
Fonte Site da Prefeitura de Ribeirão Preto
Analisada pelo Google Earth, podemos ver a proeminente área verde do Morro do São Bento rodeada de construções de uso misto, especial do quadrilátero histórico central e de interesse social I. Todas com gabarito Maximo de dois pavimentos, ou 8 metros, segundo item da lei de tombamento da área dada.
Fonte Site da Prefeitura de Ribeirão Preto
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SOBRE A ACÚSTICA Quanto à acústica do teatro, segundo dados coletados do TFG de Regina M. V. Gomes, Teatro de Arena- Complexo Cultural, 1994; através do estudo acústico do teatro, sendo ele proposto também para apresentações musicais, seriam desnecessárias muitas superfícies refletoras (como a concha acústica). Segundo GOMES, contando com a inclinação da plateia (25 graus), e direção do vento, a parede do palco em 3 planos retos, e o espelho d'água, estes contribuem para uma distribuição homogênea do som.
REFORMAS NECESSÁRIAS Entre os problemas identificados estão a necessidade de criação de uma secretaria administrativa especifica do teatro e, com isso, sua sede. Quanto à estrutura do teatro, é necessária a criação de infraestrutura como área de armazenamento para a equipe técnica, novos camarins e readequação da bilheteria existente.
Fonte Site da Prefeitura de Ribeirão Preto
Detalhe do espaço para espelho acústico projetado ao redor do palco, sem água para prevenção de insetos. Tratamento da água do sistema acústico, possível mudança de liquido
RELAÇÃO DE ENTORNO Complexo Morro do são bento> O Complexo Cultural Prof. Antônio Palocci - Secretaria da cultura, MIS. - Escola do Bosque. - Zoológico Municipal -Teatro Municipal. - Teatro de Arena. - Jardim japonês. - Cava do bosque - centro esportivo.
Fonte Site da Prefeitura de Ribeirão Preto
Vista da área lateral de permanência ao fundo da plateia. Destaque para o paisagismo local com iluminação spot adequada.
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VEGETAÇÃO E TOPOGRAFIA MORRO DO SÃO BENTO Quanto à vegetação do Morro do São Bento, ela é considerada elemento condicionante para o tombamento da área que abriga vegetação nativa da mata atlântica sendo ela preservada pela Lei Estadual nº 6131 de 27 de maio de 1988, tornando esta dada área destinada à preservação da flora e da fauna nacional (APA área de preservação ambiental e UC unidade de conservação). Esta área corresponde a um fragmento de vegetação Mata Atlântica dentro do perímetro urbano de Ribeirão Preto e é considerada um Parque Urbano. Entre as espécies encontradas no local estão o angico e a aroeira, além de abrigar uma comunidade de bugios, espécie ameaçada de extinção. Fonte Site Prefeitura de Ribeirão Preto
O SOLO
Fonte Site Prefeitura de Ribeirão Preto
A FLORESTA Ocorrem no Parque Municipal Morro do São Bento: a Floresta Mesófila Semidecídua ou Floresta Latifoliada Tropical e uma subdivisão desta, denominada Floresta Decídua ou Floresta Caducifólia.
Os solos predominantes do Parque Municipal Morro do São Bento são o Litólico e o Latossolo Roxo. O solo menos expressivo em área é Roxa Estruturada. Todos eles se formaram em produtos da decomposição do basalto. O Litólico é um solo muito raso, cinza escuro, com aproximadamente 30 cm de profundidade, assentado diretamente sobre o basaltoíntegro/ consolidado ou o parcialmente decomposto. Ele armazena pouca água disponível para as plantas. O Latossolo Roxo é um solo argiloso muito profundo, muito poroso e vermelho escuro. Armazena muita água disponível para as plantas.
Árvores de destaque: peroba - rosa, jequitibá branco, ipê roxo, jequitibá rosa, pau d'alho, bálsamo, angico e aroeira
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TÉCNICOS ARENA
CAMARINS BANHEIROS
PALCO
Escala 1:500
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Corte A
Corte B
Escala 1:500
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PROJETOS DE REFERÊNCIA BOMBAY SAPPHIRE, HEATHERWICK Estufa da destilaria Bombay Sapphire, estúdio Heatherwick O estúdio Heatherwick foi contratado para levar o plano urbanistico e design para uma nova destilaria da empresa Bombay Sapphire para o sul da Inglaterra. O local foi originalmente operado como um moinho de milho e desenvolvido para a fabricação de papel para produzir notas de banco. Ao longo dos dois séculos seguintes ele cresceu em um complexo industrial em expansão, resultando em um acúmulo de mais de quarenta edifícios que fez o local caótico e confuso. Para trazer clareza ao local não seria o suficiente simplesmente restaurar os edifícios históricos existentes, precisariam revelar o projeto através de sua reabilitação e usar algum dispositivo em torno do qual se organizaria tudo. Desse modo, o estúdio desenvolveu a idéia de construir dois entrelaçamentos de estufas botânicas como um dos destaques do pátio central, uma tropical e outra mediterrânea, para abrigar e cultivar as dez espécies de plantas que proporcionam o gim Bombay Sapphire, sua particularidade; criando assim um elemento de ligação entre todo o programa. Pontos de referência: - Projeto de reabilitação de toda destilaria como proposta de revelá-la. - Criação de um elemento central inovador como ligacao do conjunto proposto com o conjunto criado. - Estabelecimento de uma ligação entre a paisagem antiga e a nova proposta.
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W A N D E R L JACOB+MACFARLANE
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A intenção de Jakob + MacFarlane é criar um projeto que unam todos esses elementos programáticos: restaurante, clube, cinema ao ar livre; formando uma intervenção chamada de Wanderlust. Este novo projeto está localizado dentro de um outro projeto anterior Os Docks - cidade da moda e design, projetada por Jakob + MacFarlane para reabilitação da região das docas da cidade de Paris ao longo do Rio Sena. Wanderlust é espalhado por uma área de 2000m ² de superfície ao ar livre, com vista direta para o rio Sena e edifícios circundantes. Sobre esta superfície, a intenção era imaginá-la como uma grande plataforma sobre a qual foram criadas uma série de micro espaços e atmosferas unidas para formar uma espécie de descontinuidade continua. O espaço no terraço abriga até 400 pessoas para o almoço e jantar, 100 pessoas para o cinema, 200 pessoas para o clube no interior e 150 pessoas para o restaurante. Três estruturas de aço verde são projetadas para serem colocados entre estas áreas de atividade. Todos os móveis são projetados por Jakob + MacFarlane que imaginou-os no mesmo vocabulário do restante do projeto: vernacular e provisório. O conceito arquitetônwico de Wanderlust visa materializar um sentido de provisório de programação experimental e eclética urbana no coração da cidade para criar um sentido de descoberta e distensão.
Fonte Imagens Site Wanderlust
Fonte Imagens Site Wanderlust
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CAP. 4
O PROJETO Levantamento de dados para criação do projeto
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CONCEITO A VEGETAÇÃO Determinada como área de parque urbano, a vegetação do Morro do São Bento trata-se de uma floresta nativa, cenário e elemento do projeto do Teatro de Arena. Além de suas características paisagísticas, a vegetação da área cobtribui no conforto termico do teatro, colocando o ambiente com uma temperatura mais amena. Considerando essa importância, concluimos que a leitura do local nada mais é que o resultado do projeto através de sua paisagem: a vegetação. Sendo assim, como partido arquitetônico, sublinhamos essa interação paisagem/ projeto propondo algo que siga a forma orgânica projetual, tornando a construção e seu meio um só discurso. Através da imagem ao lado verificamos o formato orgânico exposto pela massa de arborização do parque, esse elemento tornase definitivo para elaboração do projeto.
Fonte Imagens Google Maps; Imagem do Morro do São Bento
PARTIDO ARQUITETÔNICO Trantando do partdo inicial, propomos a elaboração de um projeto que conflua com as características anteriormente pontuadas propondo um dircurso entre a moda e arquitetura segundo a análise da exposição Skin and Bones pontuando no projeto os elementos de construçõo e construção de elemento mencionados.
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PROGRAMA
Partindo da necessidade de apoio ao teatro, proposmos um programa que englobe atendimento aos artistas e usuários do teatro mais um centro capacitativo cultural para implementação da reabilitação e uso do mesmo.
ADMINISTRAÇÃO
Sobre a área administrativa, havia a necessidadde de espaço para a criação de um núcleo administrativo independente para o teatro; assim, deixando de depender da administração do teatro Municipal. Nesse caso, foi projetada uma sala panorâmica para atendimento de funcionários mais uma recepção locada logo na entrada do prédio. ÁREA 225 M2
APOIO AO TEATRO
Sobre a área de apoio ao teatro, determinamos a criação e um camarim devidamente equipado de copa, área de descanso, banheiros e espaço suficiente para a preparação do artista. Outra preocupação foi a privacidade do mesmo, isolando a área do restante do projeto, mais próxima ao teatro e de fechamentos e aberturas estratégicamente pensados. Ainda sobre a privacidade, instalamos painéis móveis para a cobertura do artista entre o percurso de saída do camarim até sua entrada no palco. ÁREA 165M2
CENTRO CAPACITATIVO
Sobre o centro de capacitação, este foi projetado para maior aproveitamento dos espetáculos fornecidos pelo teatro e pela soma cultural e social gerada pelo mesmo. Para isso, foram criadas salas de aula de música e teatro providas de palco e paines acústicos planeados, além da proposta de sala única no caso de maiores necessidades de espaço ÁREA 320 M2
NÚCLEO SOCIAL
Quanto a área de maior uso comum, criamos uma lanchonete locada logo na entrada da construção, permitindo fácil acesso para os alunos, artistas e usuários do teatro durante a noite. Além disso construimos arquibancadas as costas do prédio da lanchonete para suporte ao cinema ao ar livre proposto. Quanto ao entorno do projeto, colocamos bancos únicos ligados ao mesmo desenho do piso. Além dos elementos citados, propomos a colocação de equipamentos eletrônicos de uso interativo para exposição de documentos históricos do teatro. ÁREA 308 M2
CIRCULAÇÃO E ACESSOS Sobre a circulação, prevemos o uso do entrorno do prédio confluindo ao eixo central de circulação entre os três bolocos de construção além da livre circulação ao teatro. Quanto aos acessos, esses dividem-se entre o principal, pelas coberturas sobrepostas do nível da rua até o projeto chegando ao teatro equipados de duas escadas rolantes e um elevador panorâmico, o acesso técnico lateral para entrada de carros e ao de emergencia com o uso de rampas. Sobre os camarins, seu acesso e circulação são menos expostos para melhor privacidade do artista que dele usufruir.
ÁREA TOTAL+143M2 W.C.= 1161m2 41
TÉCNICOS
Implantação: Cobertura 1 42
Implantação: Cobertura 2
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Planta 44
Elevação A
Elevação B
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Elevação C
Elevação D
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Corte CC’
Corte BB’
Corte AA’
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ESTUDO
Estudo cobertura
Estudo acessos
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PERSPECTIVAS
Vista acesso principal cobertura 2
Vista pelo teatro 49
Vista lateral teatro
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MEMORIAL DESCRITIVO COBERTURA
Utilizamos como cobertura uma marquise de forma orgânica fazendo alusão ao formato da massa de copas de árvores do morro do São Bento em vista aérea. Sendo a vegetação a identidade principal da área, a marquise torna-se a união dos blocos orgânicos do projeto, seu principal elemento identitário.
ILUMINAÇÃO
Sobre a iluminação, valorizamos a natural, usando de inúmeras aberturas ao redor da construção. Outra fonte de iluminação utilizada foi a zenital, proveniente de aberturas na própria cobertura (marquise). O uso da iluminação natural, além de mais econômico, contrubui para o diálogo orgânico proposto ao projeto.
Marquise orgânica
EQUIPAMENTOS
O projeto contém casa de máquinas e caixa dagua subterranea. Seu sistema de captação de água é atraves de uma calha sobre a marquise impermeabilizada e inclinada em 1%. Os acessos são equipados com um elevador panorâmico acesível e duas escadas rolantes.
Laje nervurada
ESTRUTURA
Utilizamos laje nervurada de 8 cm com espaçamento máximo de 10 metros entre pilares. Para o desenho dos pilares, propomos a quebra do desenho padrão retilínio e usamos formas irregulares, fazendo alusão aos troncos das árvores do local: a estrutura orânica das copas das árvores cuja imagem foi levado à marquise.
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MATERIALIDADE
Sobre a materialidade, utilizamos o concreto aparente em cascas de concreto armado, vidro e painéis de madeira. O uso desses materiais justificam-se por seu diálogo com a área locada. Apesar de atuais, não se comtrapõem a obra do Teatro de Arena e mantem seu diálogo quanto a paisagem do morro do São Bento, prevalecendo aberturas para seu melhor usufruto.
REVESTIMENTO
Usamos piso elevado para o interior da construçao e passagem da fiacao. Piso elevado
CONFORTO
Quanto ao conforto térmico, utilizamos da extensão da laje como uma forma de impedir a iluminação direta sobre os diversos fechamentos em vidro. Além disso, propomos a instalação de ar condicionados nas salas para melhor atendimento ao calor da cidade, apesar da temperatura do local ser atenuada pela vegetação. Sobre o conforto acústico, utilizamos de painés móveis revestidos de espuma sonex em todas as salas de aula, esses mesmos painéis podem ser ajustados para a utilização de salas de aulas duplas ou até mesmo tripla.
MOBILIÁRIO FIXO E PROPOSTO - Balcão lanchonete - Arquibancada cinema - Tela de projeção cinema - Projetor para cinema - Ar condicionado - Painéis de madeira - Painéis acústicos móveis - Palco para salas de aula - Painéis interativos eletrônicos - Elevador panorâmico - Ecada rolantes
Escada rolante Monjuic, Espanha.
Elevador panorâmico do Porto, Portugal
Espuma acústica 52
POSSÍVEL DIÁLOGO MODA/ARQUITETURA Através do produto final do projeto elaborado, confrontando com o estudo proposto pela análise da exposição Skin and Bones, chegamos a pontuação das características encontradasnesse dado discurso entre a moda e a arquitetura.
Considerando as características conceituais expostas (CONSTRUÇÃO DE ELEMENTOS), pontuamos a DESCONSTRUÇÃO de elementos orgânicos como a massa das copas das árvores locais e seus respectivos troncos para a possível criação da IDENTIDADE do projeto, integrando o mesmo à sua área. A copa das árvores foi representada pela marquise do projeto, sendo ela não apenas a cobertura da construção mas também seu acesso e ABRIGO em torno do projeto e do próprio teatro através de seu extenso BALANÇO, invadindo a área das arquibancadas tratando assim, não apenas de elementos conceituais mas também funcionais, materiais e estruturais (ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO). ABRIGO Extensão da marquise IDENTIDADE Marquise e pilares DESCONSTRUÇÃO Abstração de elementos orgânicos do entorno para criaçaõ de elementos construtivos do projeto. BALANÇO Extensão e estrutura marquise
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ANEXO Orçamento, diretrizes e legislação 55
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Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
Segundo o site de consulta orçamentária federal, checando o município de Ribeirão Preto, verificamos ser a cultura o terceiro órgão com maior número de convênios, sendo inferior apenas a orgãos de maior necessidade como educação e saúde.
Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
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Quanto aos recursos municipais disponíveis verificamos uma quantia susbtancial de verbas se comparadas a setores como esportes, ambiente, negócios juridicos etc, porém, se comparados a orgãos de maior necessidade, a cultura se encontra numa classificação baixa de orçamento disponíveis
Fonte: site da secretaria da cultura de Ribeirão Preto
Como fundo de investimento, encontramos o fundo Pró cultura. Nele seria possivel a utilização de parte de sua arrecadação para a construção do projeto.
Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
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Além do fundo Pró Cultura, temos a fundaçao D. Pedro II como incentivadora de obras ligadas a cultura do município, outra fonte de recursos possível.
Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
Quanto as atividades propostas para 2015 em relação ao teatro de arena: revitalização do teatro de arena e redefinição de uso e revisão do Morro do São Bento com vistas para integrar toda a área (Zoológico, Cava do Bosque) e transformação em um novo Parque da Cidade.
Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
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Quanto ao direcionamento orçamentário da cultura, verificamos gastos especificos para obras e fundos de reserva, materiais permanentes e manutenção de equipamentos, sendo desta fatia um possível financiamento da obra proposta neste estudo.
Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
Quanto as diretrizes de 2015, para secretaria da cultura encontram-se verbas direcionadas para construção e reforma de centros culturais.
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Quanto à legislação relacionada ao projeto de reabilitação do teatro de arena, analisamos primeiramente a lei de preservação da área do Morro do São Bento através de sua criação. Nela, define-se a área como de preservação da mata atlântica nativa e como uma área de fins científicos, culturais, recreativos e ao Ecoturismo.
Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
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Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
Quanto ao seu entorno, a lei delimita o gabarito das construções ao redor, colocando seu limite de dois pavimentos, ou seja, 8 metros de pé direito. Além disso, limitou-se o uso do solo dessa região não sendo admitidas a ele áreas comerciais, industriais ou de prestação de servico que emitam ruídos, odores, gases e afins; sendo que estas comprometeriam a fauna e flora da area de preservação.
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Fonte: site da prefeitura de Ribeirão Preto
Quanto a manutenção da área dada, no dado artigo 6 da mesma lei verificamos a preocupação com a conservação e recuperação do parque, tratando a possivel necessidade de parcerias governamentais e organizacoes não governamentais para este fim. Nos ítens de manutenção citados estão desde limpeza, segurança, conservação de equipamentos, jardins etc; citando a lei 8104 de parcerias para conservação e providências.
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AVALIAÇÃO 17/11/2015 Avaliador 1 NOTA:
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