HABITAÇÃO SOCIAL

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Fernando Moreno Perea

Habitação Social

Trabalho de Graduação Interdisciplinar II apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Central Paulista, sob orientação da Profa. Dra. Débora Marques de Almeida Nogueira

São Carlos 2020


LISTA DE FIGURAS Figura 1 Modelo do tanque de evapotranspiração com bananeira ................................ 16 Figura 2 Construção do tanque de evapotranspiração. .............................................................. 16 Figura 3 Processo de construção do Jardim Filtrante. ............................................................... 16 Figura 4. Vista aérea da cidade de São Carlos. ......................................................................... 17 Figura 5. Região da Fábrica Facchini e Giometi.

Fonte: TRUZZI, 2008. .................. 18

Figura 6. Vista aérea da área do projeto. Fonte: Google Earth. ................................................. 19 Figura 7. Área do projeto, vista Leste. Fonte: Google Earth ..................................................... 19 Figura 8Área do projeto, vista Oeste. Fonte: Google Earth ...................................................... 20 Figura 9 Área do projeto, vista Sul. Fonte Google Earth. ......................................................... 20 Figura 10 Mapa Viário. Base de dados: GIANEIS, 2019. ........................................................ 21 Figura 11 Mapa ocupação. Base de dados: GIANEIS, 2019. .................................................... 22 Figura 12 Mapa gabarito. Base de dados: GIANEIS, 2019. ...................................................... 22 Figura 13 Mapa do entorno. Base de dados: GIANEIS, 2019. .................................................. 23 Figura 14 Estrutura do módulo Steel Frame. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. .................................................................................................... 25 Figura 15 Reforço estrutural com grandes vãos. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ....................................................................................... 25 Figura 16 Piso em deck do módulo steel frame. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ....................................................................................... 26 Figura 17 . Piso em deck módulo Steel frame, longarinas laterais. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ................................................................. 26 Figura 18 Módulo em Steel Frame estruturação do telhado. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ...................................................................... 27 Figura 19 Estrutura da parede. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ........................................................................................................................ 27 Figura 20 Isolamento termoacústico em lã de rocha. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ....................................................................................... 27 Figura 21 Paginação do master board. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi ...................................................................................................... 28 Figura 22 Estruturação do piso. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ........................................................................................................................ 29 Figura 23 Eletrodutos passados entre os vãos da estrutura da parede. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi .................................................................. 29 Figura 24 Parede hidráulica de sistema PEX. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi. ..................................................................................................... 29


1

SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 6

2

JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 7

3

OBJETIVO ................................................................................................................................... 8

4

EMBASAMENTO TEÓRICO....................................................................................................... 9 4.1

DIREITO A MORADIA ........................................................................................................ 9

4.2

DÉFICIT HABITACIONAL.................................................................................................. 9

4.3

PROGRAMAS HABITACIONAIS NO BRASIL ................................................................... 9

4.3.1 4.4

HABITAÇÃO SOCIAL ....................................................................................................... 11

4.4.1 4.5

CRONOLOGIA HABITACONAL .............................................................................. 10

O QUE É HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL .................................................... 11

PLANO DIRETOR .............................................................................................................. 11

4.5.1

ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL ........................................................... 12

5

ARQUITETURA MODULAR ................................................................................................... 12

6

PERMACULTURA- CONCEITO ............................................................................................... 13 6.1

CAPTAÇÃO E REUSO DAS ÁGUAS PLUVIAIS .............................................................. 14

6.2

CAPTAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUAS NEGRAS ..................................................... 15

6.3

CAPTAÇÃO E REUSO DAS ÁGUAS CINZAS.................................................................. 16

7

A CIDADE DE SÃO CARLOS .................................................................................................. 17

8

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ............................................................................................... 18

9

8.1

VIÁRIO .............................................................................................................................. 21

8.2

OCUPAÇÃO ....................................................................................................................... 22

8.3

GABARITO ........................................................................................................................ 22

8.4

ENTORNO.......................................................................................................................... 23

O PROJETO ............................................................................................................................... 24 9.1

DIRETRIZES DO PROJETO .............................................................................................. 24

9.2

ESTRUTURAÇÃO DO MÓDULO ..................................................................................... 25

9.2.1

ESTRUTURA DAS PAREDES................................................................................... 27

9.2.2

ESTRUTURA DOS PISOS ......................................................................................... 28

9.2.3

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................................................... 29

9.3

INSTALAÇÕES HIDRAULICAS ....................................................................................... 29


9.4

IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................ 30

9.5

MÓDULO 1 ........................................................................................................................ 33

9.5.1

PERSPECTIVA MÓDULO 1 ...................................................................................... 33

9.5.2

PLANTA BAIXA E CORTES ..................................................................................... 35

9.5.3

PLANTA DE FUNDAÇÃO ........................................................................................ 36

9.5.4

DETALHAMENTO DO MÓDULO ............................................................................ 37

9.5.5

ESTRUTURA DA PAREDE ....................................................................................... 38

9.5.6

DETALHAMENTO DO FORRO, COBERTURA, PISO E PLACAS CIMENTÍCEAS 39

9.5.7

DETALHAMENTO DAS ESCADAS E OPÇÕES MODULARES .............................. 40

9.5.8

ESTRUTURA DO MÓDULO E SISTEMA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO ................ 41

9.6

9.6.1

PLANTA BAIXA ....................................................................................................... 42

9.6.2

PLANTA HUMANIZADA ......................................................................................... 43

9.6.3

CORTES ..................................................................................................................... 44

9.6.4

ELEVAÇÃO ............................................................................................................... 45

9.6.5

PERSPECTIVAS ........................................................................................................ 46

9.7

MÓDULO 2 ........................................................................................................................ 47

9.7.1

PLANTA BAIXA ....................................................................................................... 47

9.7.2

PLANTA HUMANIZADA ........................................................................................ 48

9.7.3

CORTES .................................................................................................................... 49

9.7.4

ELEVAÇÃO ............................................................................................................... 50

9.7.5

PERSPECTIVAS ........................................................................................................ 51

9.8

MÓDULO 3 ........................................................................................................................ 52

9.8.1

PRIMEIRA E SEGUNDA ETAPAS ........................................................................... 52

9.8.2

FUNDAÇÃO .............................................................................................................. 54

9.8.3

PLANTA BAIXA ....................................................................................................... 55

9.8.4

PLANTA HUMANIZADA ......................................................................................... 56

9.8.5

CORTES ..................................................................................................................... 57

9.8.6

PERSPECTIVA ......................................................................................................... 59

9.9 10

MÓDULO 2 ........................................................................................................................ 42

POSSIBILIDADES DE MÓDULOS ................................................................................... 60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 63


1

INTRODUÇÃO Segundo Raquel Rolnik “Moradia não é um teto e quatro paredes”. Moradia é

muito mais que isto. É preciso considerar melhorias nos aspectos habitacionais, urbanos e na condição de vida. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, art.6º, diz que o direito à moradia é fundamental. Este direito deve considerar a grande diversidade de condições climáticas, culturais e habitacionais existentes no país. Apesar disto, no Brasil existe um déficit habitacional que já ultrapassa 7,5 milhões de habitações. O cálculo do déficit habitacional considera os seguintes critérios: habitações precárias, coabitação familiar, ônus excessivo do aluguel e adensamento excessivo em domicílios alugados. (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2018) O déficit habitacional está diretamente associado às deficiências do estoque de moradias (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2018). Junto a isto, pode-se considerar também a redução de crédito para financiamento, o alto índice de desemprego e redução na renda familiar, que estão correlacionados à crise financeira no país (ECONOMIA UOL, 2019). Diversos programas têm tentado solucionar os problemas do déficit habitacional ao longo das décadas. A primeira tentativa surgiu no governo Vargas, no período de 1930 a 1945, com a criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). Em 2009, criouse o programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Por não considerarem aspectos qualitativos, as habitações de caráter social, se tornaram um ponto chave na segregação espacial e social (BONDUK, 1998). Neste contexto, faz-se necessário pensar em estratégias mais críticas e integrativas no processo de construção das habitações sociais. Partindo deste princípio, o Estatuto da Cidade (Lei nº10.257 de 10 de julho de 2001) regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, que estabelecem diretrizes gerais da política urbana, dentre elas, a utilização de áreas subutilizadas dentro do perímetro urbano, para a construção de habitações sociais (BRASIL, 2001), com o objetivo de garantir cidades mais equitativas, sustentáveis e democráticas.

6


O Plano Diretor é uma das ferramentas criadas pelo Estatuto da Cidade (BRASIL, 2005), que é responsável por garantir que as habitações sociais sejam localizadas em áreas com saneamento básico, sistema viário e acessibilidade por transporte coletivo através dos dispositivos como, parcelamento, edificação e utilização compulsórios; IPTU progressivo no tempo; desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública; consórcio mobiliário e outros (MINISTÉRIOS DAS CIDADES). A regularização fundiária urbana, de acordo com a lei n°13.456/2017, estabelece normas gerais como o objetivo de desenvolver e identificar núcleos urbanos informais que devam ser regularizados, afim de garantir acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, promover integração social e a geração de emprego e renda; prevenir e desestimular a formação de novos núcleos urbanos informais. Estes dispositivos possuem em comum, garantir a função social da propriedade, para que além de satisfazer os direitos individuais do proprietário, a terra atenda o interesse público. Considerando também que, o acesso a água potável é fundamental para a manutenção da vida e que a questão dos recursos hídricos em diversos países apresenta um grande desafio para as autoridades responsáveis (PALMIER, 2001), faz-se necessário pensar em alternativas que garantam esse direito, sem que a população dependa exclusivamente do sistema público de gestão de recursos hídricos. A Permacultura é uma técnica que possui alternativas viáveis de reuso da água pluvial e cinza, garantindo esse direito e reaproveitando um recurso que cada vez mais necessita de atenção e cuidado.

Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi analisar e identificar os dispositivos legais que possibilitem a produção de habitações em áreas já consolidadas, proporcionando um projeto habitacional de interesse social adequado para atender de forma ampla às necessidades das famílias em situações de vulnerabilidade em contraposto aos moldes hoje produzidos.

2

JUSTIFICATIVA Atualmente, no Brasil e no mundo, observa-se condições de moradia em que,

pessoas se aglomeram em auto construções e não tem acesso a uma infraestrutura básica e adequada como, água, luz e esgoto.

7


Cidadãos que habitam essas moradias ficam sujeitos a riscos que vão desde desabamentos e incêndios, que levam quase toda a comunidade a extinção, deixando famílias inteiras sem oportunidade de recomeço, até enchentes, que é outro fator de destruição de vidas e sonhos, pois as construções sem critério levam pessoas a construir em áreas de risco. Neste contexto, pode-se destacar também a pandemia do novo Coronavírus (covid-19), que por apresentar um grande potencial de contaminação, encontra um ambiente favorável para sua disseminação em comunidades em que todas as questões de moradia adequada foram negligenciadas ao longo da história. Assim, as construções de habitações impactam diretamente em aspectos importantes da nossa sociedade, tais como, sociais, ambientais e de saúde pública e por isso devem sem considerados durante a criação de um projeto. Este trabalho usou o sistema construtivo modular (do tipo Steel Frame), que é uma técnica amplamente utilizada nos Estados Unidos e tem como característica a construção em módulos pré-fabricados. A construção modular, em média, é finalizada em 1/3 do tempo da construção convencional, é mais sustentável, apresenta funções mais rápidas e mais baratas, com menor intervenção no terreno e estrutura autoportante do módulo (balanços e sobreposições) e maior possibilidade de personalização. Segundo Alejandro Aravena, é uma técnica eficaz para reduzir o déficit habitacional.

3 OBJETIVO Este trabalho teve por finalidade: - Apresentar solução habitacional que atenda às necessidades de moradia, por meio da construção modular, levando em conta aspectos importantes como, localização, mobilidade, inclusão social e acesso a sistemas de saúde, lazer, ensino, por meio dos dispositivos legais que possibilitam a construção de habitações em áreas já consolidadas. - Evitar que, sistemas como os que são implantados e replicados nos dias de hoje, continuem a servir de habitação de exclusão. Além destes aspectos, outro essencial que foi considerado, foram as habitações precárias e insalubres, que compõem a maior parte das favelas do país e leva milhões de pessoas a condições sub-humanas, deixando-as vulneráveis a todo tipo de adversidade.

8


4 EMBASAMENTO TEÓRICO 4.1 DIREITO A MORADIA Os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1998 regulamentam e estabelecem diretrizes gerais da política urbana, dentre elas mecanismos para que se possa fazer uso de áreas subutilizadas dentro do perímetro urbano para habitação social adequada e politicamente correta como, Peuc (Parcelamento, edificação IPTU progressivo no tempo e da dívida pública), Zeis de vazio e Zeis ocupada.

4.2 DÉFICIT HABITACIONAL O cálculo do déficit habitacional é realizado a partir dos dados coletados pelo IBGE. No Brasil, o déficit habitacional já ultrapassa 7,5 milhões de habitações (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2018) e considerando as diretrizes que regulamentam o direito à moradia, este valor representa tanto um déficit qualitativo quanto quantitativo (JOÃO PINHEIRO, 2018). Neste contexto, surge uma segregação espacial, pois os aspectos quantitativos consideram apenas aspectos como o capital e não se preocupam com os aspectos qualitativos como, acesso a transporte público, saneamento básico, saúde e educação. Uma moradia digna, deve-se prioritariamente estar inserida dentro da cidade, que possibilitará às pessoas acesso a outros direitos essenciais como: direito de ir e vir, direito a saúde, educação e meio ambiente saudável. Quando as habitações estão nas franjas da cidade e não existe condições para que essas pessoas cheguem aos equipamentos públicos, também é uma forma de segregação. É desejável que se combata esta prática, onde o capital se sobrepõe ao direito essencial de moradia digna. Assim, com as falhas nas políticas públicas, há um crescente número de moradias informais, ocupações em prédios abandonados, autoconstrução e presença de vazios urbanos são reflexos de uma sociedade com déficit habitacional.

4.3 PROGRAMAS HABITACIONAIS NO BRASIL

9


4.3.1

CRONOLOGIA HABITACONAL

Segundo Bonduki (1998), as transformações econômicas, desde a introdução do complexo cafeeiro no Brasil, promoveram um elevado crescimento populacional e as cidades se desenvolveram de modo rápido e pouco organizado. Neste contexto, a construção dos cortiços se deu de modo emergencial. Na década de 30, durante o governo Vargas, teve-se a criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAP’S), que era voltado para construção de habitações para trabalhadores formais. Com a lei do Inquilinato, que congelava os aluguéis, a construção de habitações para locação foi desestimulada e muitos indivíduos foram expulsos de suas residências, sendo necessário buscar abrigo em regiões periféricas, que deu início as construções das favelas. Com o golpe militar em 1964, o IAP’S foi dissolvido e foi instalado o Banco Nacional de Habitação (BNH). Além de construir moradias com pouca qualidade e baixa metragem, afim de reduzir dos custos das construções, esta política não reconhecia a necessidade de subsídios da população de baixa renda, com isso, o acesso a moradia continuou limitado e as autoconstruções, que constituem as favelas continuaram a crescer nas franjas das cidades (BONDUKI, 2004). Desde de o fim do BNH, em 1968 até 2001, com a criação do Estatuto da Cidade, o Brasil ficou sem políticas habitacionais, o que gerou um elevado déficit habitacional. Com o objetivo de democratizar o acesso à terra urbana, habitação digna e sustentável, por meio de políticas de investimentos e subsídios, o Governo Federal, com auxílio da Caixa econômica federal, criou em 2009 o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), que teve como objetivo primário, a construção de 1 milhão de moradias, com a finalidade de reduzir o déficit habitacional (CAIXA ECONOMICA FEDERAL). O PMCM tem por objetivo resolver quantitativamente o déficit habitacional, no entanto, não consideram fatores qualitativos importantes como, fácil acesso à serviços públicos de saúde, educação, profissional e de convívio social e com isso, as principais críticas a este programa são em relação a baixa qualidade nos espaços, nos materiais e nas técnicas construtivas. Além disso, a falta de participação popular no processo de concepção do projeto, a falta de incentivos que promovam reconhecimento, identidade e vizinhança são outros aspectos amplamente criticados, que promovem uma desarticulação da população residente com o contexto urbano. Segundo pesquisa realizada pelo CAU/BR e pelo Instituto Datafolha em 2015, mais de 85% da população brasileira constrói e reforma sem orientação de arquitetos e urbanistas ou engenheiros. Somando esse dado a milhões de pessoas sem acesso à 10


moradia no país, é de fato importante levar em consideração a quantidade de famílias atendidas por um programa de habitação social, mas soluções desconectadas a redes de transporte e serviços básicos, que negam o direito à cidade desses moradores, são, no mínimo, paradoxais.

4.4 HABITAÇÃO SOCIAL

4.4.1 O QUE É HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL Segundo o relatório de 2016 do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), existem 881 milhões de pessoas vivendo em favelas nas cidades dos países em desenvolvimento, e se estima que até 2025 é provável que outras 1,6 bilhão de pessoas precisem de moradia adequada e acessível. Com essas perspectivas, muito se tem discutido sobre Habitação de Interesse Social (HIS) e sobre como projetos realizados nesse âmbito podem ser uma solução para o déficit habitacional. A Habitação de Interesse Social, em termos gerais, é aquela voltada à população de baixa renda que não possui acesso à moradia formal e nem condições para contratar os serviços de profissionais ligados à construção civil. Segundo o ONU-HABITAT, habitação acessível é aquela adequada em qualidade e localização, que não custa tanto a ponto de impedir seus moradores de arcar com outros custos básicos de vida ou ameaçar seu gozo de direitos humanos básicos. Quando se fala em Habitação de Interesse Social, entra em jogo uma série de interesses e interessados. Nessa perspectiva, os protagonistas são - ou deveriam ser - os futuros moradores, não apenas enquanto indivíduos, que precisam de casas para morar, mas também como parte da sociedade, na qual a rede de relações estabelecida com a vizinhança e com a cidade assume grande relevância no projeto.

4.5 PLANO DIRETOR Segundo o Plano Diretor de São Carlos, Habitações de interesse social compreendem unidades habitacionais destinadas a moradia de famílias de baixa renda e em situações de vulnerabilidade social, que pode ser provida tanto pelo setor público,

11


quanto pela iniciativa privada, desde que atentam critérios de interesse público, como os descritos abaixo: HIS1: Destinadas a famílias com renda total de até 3 salários mínimos; HIS 2: Destinadas a famílias com renda total de 3 até 6 salários mínimos. O Progresso e Habitação (PROHAB) e a Secretaria Municipal de Habitação e desenvolvimento Urbano (SMDHU) são responsáveis pela administração da gestão e operacionalização e pelas políticas urbanas e habitacionais do município (PLANO DIRETOR, 2016).

4.5.1

ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL Ainda segundo o Art. 87 do Plano Diretor, as Áreas de Especial Interesse Social

são porções do território caracterizadas pela necessidade e potencialidade de se atender ao interesse social, em dois aspectos: I - Áreas já destinadas predominantemente à moradia de população da baixa renda que necessitam de melhorias urbanísticas, recuperação ambiental e regularização fundiária de assentamentos precários e irregulares, e que podem também receber novas unidades habitacionais de interesse social, correspondendo às Áreas Especiais de Interesse Social dos tipos 1 e 2 II - Áreas ociosas, dotadas de boa infraestrutura e aptas a receberem empreendimento destinados prioritariamente à implantação de novas Habitações de Interesse Social (HIS), além de equipamentos sociais, infraestruturas, áreas verdes comércios e serviços locais, que correspondem às Áreas Especiais de Interesse Social dos tipos 3 e 4. As AEIS do tipo 3 são áreas de domínio público vazias, adequadas para receberem empreendimentos de Habitação de Interesse Social e as AEIS do tipo 4 são áreas a serem demarcadas em terrenos ociosos que possuam no mínimo 5.000 m² (cinco mil metros quadrados), constituídos por um imóvel, parte de um imóvel ou conjunto de imóveis contíguos de mesmo proprietário, localizados na área urbana consolidada (PLANO DIRETOR, 2016).

5

ARQUITETURA MODULAR A arquitetura modular, sistema composto por componentes separados que se

acoplam ou se justapõem, iniciou-se em 1833, com a construção da igreja Santa Maria 12


em Chicago, no estilo de wood frame, o que possibilitou que ela fosse montada e desmontada 3 vezes. Surgiu como uma forma de suprimir a necessidade de realizar projetos com orçamentos previsíveis, obras limpas, sustentáveis, espaços inteligentes e com design, que se relacionem com aspectos de adaptabilidade e leveza. Kisho Kurokawa, um dos precursores da arquitetura modular, no Japão, que arquitetou o edifício Nakagin Capsule Tower, participou do movimento “Metabolistas”, que tinham uma ideia de arquitetura mutável, que pudesse ser montada e desmontada conforme a vontade do indivíduo. Com a revolução industrial, após a Segunda Guerra Mundial, tem-se o início da pré fabricação no estilo Steel frame, nos Estados Unidos. Nos anos 90, devido a desastres naturais, como furacões e terremotos, houve um aumento no uso do Steel frame e o mercado passou de 500 casas construídas com esse modelo, em 1992, para 500.000, em 2004 Em são Paulo, a primeira obra no estilo Steel frame ocorreu em 1998, com a construção do o condomínio de casa de alto padrão, que foi executado em 100 dias. Os tipos de construções modulares existentes são: Wood frame, Steel frame, containers e concreto. A tecnologia usada para este projeto será a de Steel frame, que pode ter 3 tipos de módulos: módulos de 4 lados fechados, módulos que não resistem a cargas quando empilhados e módulos de gaiolas estruturais (SAVASSI, 2020), sendo este último utilizado para o projeto.

6 PERMACULTURA- CONCEITO Dentro deste contexto, o conceito da Permacultura se faz necessário por utilizar de técnicas que auxiliam na resolução destes problemas da vida moderna, inclusive ao que diz respeito à conservação da água e seu reuso. Para Bill Mollison, criador do método da Permacultura, Permacultura é (…) trabalhar com a natureza e não contra ela (…) é olhar os sistemas em todas as suas funções ao invés de tirar apenas um fruto deles, e de permitir que os sistemas demonstrem sua própria evolução” (MORROW, 2010). De acordo com Mollison & Slay (1991), a Permacultura é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis. A palavra em si não é somente uma 13


contração das palavras “permanente” e “agricultura”, mas também de cultura permanente, pois culturas não podem sobreviver muito sem uma base agricultural sustentável e uma ética do uso da terra. Em primeiro nível, a Permacultura lida com as plantas, animais, edificações e infraestruturas (água, energia, comunicações). Todavia a Permacultura não trata somente desses elementos, mas, principalmente, dos relacionamentos que podemos criar entre eles por meio da forma em que os colocamos no terreno. O objetivo é a criação de sistemas que sejam ecologicamente e economicamente viáveis, que supram suas próprias necessidades, não explorem ou poluam e que, assim, sejam sustentáveis em longo prazo. Além disso, a Permacultura é baseada na observação de sistemas naturais, na sabedoria contida em sistemas produtivos tradicionais e no conhecimento moderno, cientifico e tecnológico. Bill Mollison estabelece três parâmetros fundamentais para a ética da Permacultura (LEGAN, 2011): - O cuidado com o planeta Terra deve ser fundamento ético de qualquer atividade humana; - O cuidado com as pessoas e as demais espécies que habitam este planeta estabelece o respeito intrínseco pela vida; - A partilha dos excedentes deve servir ao planeta e às pessoas. A abundância só existe quando se faz uma partilha justa dos excedentes. Água limpa é prioridade em qualquer sistema permacultural. Em muitas regiões a água é um recurso escasso, e até mesmo onde é suficiente não é coletada e distribuída de forma eficiente. Estima-se que 80 litros de água por dia seriam suficientes para uma pessoa viver com qualidade, mas hoje as populações de países desenvolvidos gastam em média mais do que o dobro disto. Destes 80 litros, apenas 6 litros devem ser de água potável, o restante desta água é utilizado para a limpeza (LEGAN, 2011). A captação das águas pluviais e o tratamento das águas cinzas são necessárias para a introdução do reuso da água no meio urbano. Ainda segundo LEGAN (2011), a entrada no terceiro milênio deve prever o decréscimo dos níveis de água limpa juntamente com o crescimento da população humana que utiliza este recurso.

6.1

CAPTAÇÃO E REUSO DAS ÁGUAS PLUVIAIS Sendo a água parte do patrimônio do nosso planeta, esta deve ser

manipulada com racionalidade, preocupação e moderação, não devendo ser desperdiçada, 14


poluída ou envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Para tanto, sugere-se então, a adoção da captação da água da chuva como uma das ferramentas de gestão da água (SILVEIRA, 2008). A captação da água de chuva constitui alternativa eficaz, como forma de disponibilizar água “de boa qualidade” em diversas regiões e ainda controlar a vazão nos escoamentos superficiais das cidades. Em vários países, esta é uma prática corriqueira até em grandes cidades onde a casa tem abastecimento público. Na Austrália, em algumas regiões, residências optaram pela captação de água de chuva em suas moradias, principalmente pelo alto custo do abastecimento público (BUENO, 2012). Cerca de 11 milhões de brasileiros não tem acesso à água através da rede de abastecimento. Em áreas rurais, apenas 9% das pessoas têm água potável vinda de redes de tratamento, ou seja, 91% dessa população conseguem autossubsistência com relação à água, sem assistência pública (LEGAN, 2011). A captação da água dos telhados é uma solução prática e confiável para o abastecimento de água potável. A água da chuva normalmente precipita limpa, entretanto indústrias e poluição humana intensa impossibilitam o uso da água que cai sobre as casas. Por isso, avaliar a região é importante antes de instalar um sistema de captação. A água da chuva é um recurso natural de valor ainda subestimado. No meio urbano, ela pode ser facilmente coletada para uso caseiro e reduzir o valor da conta mensal de água. Ainda pode prover uma água sem cloro e reduzir os custos de infraestrutura da comunidade.

6.2

CAPTAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUAS NEGRAS As águas negras são provenientes das águas do vaso sanitário e contém grande

quantidade de resíduos, como fezes e urina (GALBIATI, 2009). A evapotranspiração é uma técnica da permacultura que consiste em sistema construído com um tanque de alvenaria com entulho moído, brita, areia e solo composto. Em sua superfície são cultivadas plantas que necessitam de muita água, como a bananeira e a taioba. Essas plantas são responsáveis pelo processo da evapotranspiração, uma vez que se nutrem das águas negras e por meio do processo de evaporação devolvem a água para o meio ambiente. 15


Figura Figura 2 Construção do tanque de evapotranspiração.

1

Modelo

do

tanque

evapotranspiração com bananeira

6.3 CAPTAÇÃO E REUSO DAS ÁGUAS CINZAS Outra grande fonte de água a ser reutilizada são as águas cinza. É grande demais a quantidade de água cinza poluente que vai para os rios e oceanos, já que a natureza não dá conta de limpar e diluir as impurezas desse excedente (MORROW, 2010). Águas cinzas são águas servidas que foram utilizadas para limpeza. A água cinza é aquela que sai das pias, do banho e da lavagem de roupas. Têm sabão, fibras e outros resíduos, mas não tem coliformes fecais (LEGAN, 2012). A partir do momento que o ser humano tem consumido grande quantidade

de

necessidades poluição

das

água

diárias,

para

as

existe

a

com

os

fontes

despejos dos esgotos deste mesmo uso. A utilização da água por várias vezes será muito útil para um futuro onde este produto será escasso e caro (BUENO, 2012). Desta Figura 3 Processo de construção do Jardim Filtrante.

reaproveitamento

forma,

o

das

águas 16

de


cinzas, torna-se indispensável para revertermos o risco imensurável de colapso da capacidade dos ecossistemas, que abastecem a humanidade de matéria prima e energia, suportarem a escala de destruição, depredação e devastação dos recursos naturais, fundamentais para a vida. Neste projeto, as águas cinzas serão redirecionadas ao Jardim Filtrante.

7

A CIDADE DE SÃO CARLOS A cidade de São Carlos está localizada no estado de São Paulo, a 231 quilômetros

da capital. Segundo o IBGE (2017) a população estimada da cidade é de 251.983 pessoas no ano de 2019. Seu surgimento oficial ocorreu de 1857, com a criação da primeira capela e da Rua São Carlos,

atualmente

conhecida

como

Avenida São Carlos, que estruturada de

Figura 4. Vista aérea da cidade de São Carlos. Fonte: TRUZZI,2008

Norte a Sul, foi o eixo principal para o desenvolvimento da cidade. A expansão cafeeira foi a base inicial da economia de São Carlos e também o fator propulsor para o seu desenvolvimento. Neste contexto, com a construção da ferrovia, que ligava a cidade ao porto de Santos, iniciou-se a expansão urbana e a atração de imigrantes, o que promoveu o surgimento dos primeiros loteamentos que seguiam as regras da Câmara (TRUZZI et al., 2008). Em 1950, com o desenvolvimento de outros eixos de transporte, como o rodoviário, bem como o crescimento da industrialização, a população de baixa renda se dissipou para a periferia da cidade em decorrência da especulação imobiliária no centro da cidade (LIMA, 2007). O plano diretor surgiu em 1962 com novas diretrizes de loteamento e formas de expansão urbana. Atualmente, a cidade leva o título de Capital da Tecnologia, devido a excelência dos polos de pesquisa e pela presença de três universidades, Universidade São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e faculdade particular Universidade Central Paulista (UNICEP).

17


8 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA O projeto proposto será realizado no bairro Centreville, próximo ao centro da cidade de São Carlos e ao parque Chaminé. A Avenida Comendador Alfredo Maffei, que é um eixo que liga a parte Leste a Oeste, dá acesso à região do projeto. A

área

apresenta

uma

infraestrutura adequada, pois verifica-se

próximo

equipamentos públicos como, escola

Arlindo

Bitencourt,

Figura 5. Região da Fábrica Facchini e Giometi. CICA (Parque Centro Esportivo Fonte: TRUZZI, 2008. Dario Placeres Cardoso Júnior),

centro comercial de São Carlos e centro industrial da cidade, acesso a toda a infraestrutura de saneamento básico, acesso a transporte público, ruas pavimentadas, no entorno ainda verifica-se a existência de ciclovia ligando a cidade a vários pontos, o que possibilita a mobilidade dos futuros moradores deste projeto e no entanto, é inutilizada, o que caracteriza um considerado vazio urbano. A utilização destes vazios urbanos apresenta como objetivo diminuir o déficit habitacional existente na cidade de São Carlos. O terreno possui um declive em direção à Avenida Comendador Alfredo Maffei e aproximadamente 20.000 m2 de área.

18


Figura 6. Vista aérea da área do projeto. Fonte: Google Earth.

Figura 7. Área do projeto, vista Leste. Fonte: Google Earth

19


Figura 8Área do projeto, vista Oeste. Fonte: Google Earth

Figura 7. Área do projeto, vista Norte. Fonte: Google Earth

Figura 9 Área do projeto, vista Sul. Fonte Google Earth.

20


8.1

III

VIÁRIO

Segundo o plano diretor da cidade de São Carlos,

a

área

escolhida

para

o

desenvolvimento do projeto está na Zona de Ocupação Induzida (zona 2) e

estruturar

a

intensificando

e

paisagem

urbana

consolidando

a

ocupação existente e estimulando a ocupação

de

vazios

urbanos,

aproveitando a infraestrutura local e promovendo a função social da cidade e

apresenta as seguintes diretrizes: I promover a ocupação de vazios urbanos

propriedade.

existentes, aproveitando a infraestrutura

IV qualificar a oferta de transporte

local e promovendo função social da

coletivo e demais infraestrutura da

cidade e da propriedade.

região.

II promover o maior aproveitamento da terra

urbana

com

o

aumento

da

densidade construtiva e populacional. III promover melhoria na mobilidade

A região apresenta fluxo de transporte público e ciclovia com 1,5 km de extensão na Av. Comendador Alfredo Maffei (GIANEIS, 2019).

urbana, IV consolidar a centralidade dos bairros existentes na região. V manter áreas verdes significativas. VI Garantir a diversidade de usos e a compatibilização dos mesmos com o uso residencial. Coeficientes: CA1,4/CO=70%/CP=15% Ainda segundo o plano diretos da cidade de São Carlos (2016), o eixo estruturante apresenta como funções:

Figura 10 Mapa Viário. Base de dados: GIANEIS, 2019.

I incentivar o adensamento da área. II estimular a implantação de uso misto entre, habitação, comércio e serviço.

21


8.2 OCUPAÇÃO O

bairro

Centreville

é

caracterizado por ser de uso misto, com predominância

de

unidades

habitacionais. Próximo a região central há

predominância

de

unidades

comerciais, além de conter em seu entorno equipamentos públicos de educação, saúde, transporte e lazer e portanto, estes equipamentos não farão parte do projeto a ser desenvolvido. A área escolhida é um vazio urbano, sendo adequada para a construção de

Figura 11 Mapa ocupação. Base de dados: GIANEIS, 2019.

habitação social (GIANEIS, 2019).

8.3

GABARITO

O bairro Centreville é formado em sua maioria por habitações térreas, exceto no seu entorno imediato em que há duas grandes torres de 20 andares cada uma, que destoam da característica do bairro. Por este motivo, a escolha do projeto a ser

desenvolvido,

será

de

unidades habitacionais térreas para manter a característica atual do bairro (GIANEIS, 2019). Figura 12 Mapa gabarito. Base de dados: GIANEIS, 2019.

22


8.4 ENTORNO Pelos raios traçados no entorno da área do projeto, verifica-se a presença de educação pública no raio de 200m e nos

demais

serviços

proximidade

públicos,

com

equipamentos

esportivos públicos e praças, com acesso bem facilitados pela localização da área (GIANEIS, 2019).

Figura 13 Mapa do entorno. Base de dados: GIANEIS, 2019.

23


9 O PROJETO 9.1

DIRETRIZES DO PROJETO

A caracterização do projeto tem por objetivo propor uma nova possibilidade de construção de habitação social.

OBRAS MAIS LIMPAS

MENOR INTERVENÇÃO NO TERRENO

POSSIBILIDADE DE PERSONIFICAÇÃO

MAIS SUSTENTÁVEL

MÓDULOS PRÉ FABRICADOS

ORÇAMENTO PREVISÍVEL

24


9.2 ESTRUTURAÇÃO DO MÓDULO

Figura 14 Estrutura do módulo Steel Frame. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

Figura 15 Reforço estrutural com grandes vãos. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

25


Figura 16 Piso em deck do módulo steel frame. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

Figura 17 . Piso em deck módulo Steel frame, longarinas laterais. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

26


Figura 18 Módulo em Steel Frame estruturação do telhado. Fonte: Curso

online-

Fórmula

da

arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

9.2.1 ESTRUTURA DAS PAREDES

Figura 18. Isolamento termoacústico em lã de vidro. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

Figura 19 Estrutura da parede. Fonte: Curso onlineFórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe

Figura 20 Isolamento termoacústico em lã de rocha. Fonte:

Savassi.

Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

27


Diretrizes para conforto térmico

Isolamento térmico apropriado

Películas Low-E nos vidros

Ventilação cruzada

Cobertura com telhas isotérmicas

Tinta térmica com nanotecnologia

Orientação solar

Proteção das aberturas contra incidências de raios solares

Fachada ventilada

9.2.2 ESTRUTURA DOS PISOS

Figura 21 Paginação do master board. Fonte: Curso onlineFórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi

28


Figura 22 Estruturação do piso. Fonte: Curso online- Fórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

9.2.3

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Figura 23 Eletrodutos passados entre os vãos da estrutura da parede. Fonte: Curso onlineFórmula da arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi

9.3 INSTALAÇÕES HIDRAULICAS

Figura 24 Parede hidráulica de sistema PEX. Fonte: Curso online-

Fórmula

da

arquitetura modular (módulo 3). Felipe Savassi.

29


9.4 IMPLANTAÇÃO

30


31


32


9.5 MÓDULO 1 9.5.1 PERSPECTIVA MÓDULO 1

33


34


9.5.2 PLANTA BAIXA E CORTES

35


9.5.3 PLANTA DE FUNDAÇÃO

36


9.5.4 DETALHAMENTO DO MÓDULO

37


9.5.5 ESTRUTURA DA PAREDE

38


9.5.6 DETALHAMENTO DO FORRO, COBERTURA, PISO E PLACAS CIMENTÍCEAS

39


9.5.7 DETALHAMENTO DAS ESCADAS E OPÇÕES MODULARES

40


9.5.8 ESTRUTURA DO MÓDULO E SISTEMA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO

41


9.6

MÓDULO 2

9.6.1 PLANTA BAIXA

42


9.6.2 PLANTA HUMANIZADA

43


9.6.3 CORTES

44


9.6.4 ELEVAÇÃO

45


9.6.5 PERSPECTIVAS

46


9.7 MÓDULO 2 9.7.1 PLANTA BAIXA

47


9.7.2

PLANTA HUMANIZADA

48


9.7.3

CORTES

49


9.7.4 ELEVAÇÃO

50


9.7.5 PERSPECTIVAS

51


9.8 9.8.1

MÓDULO 3 PRIMEIRA E SEGUNDA ETAPAS

52


53


9.8.2 FUNDAÇÃO

54


9.8.3 PLANTA BAIXA

55


9.8.4 PLANTA HUMANIZADA

56


9.8.5 CORTES

57


58


9.8.6

PERSPECTIVA

59


9.9

POSSIBILIDADES DE MÓDULOS Devido

a

uma

característica

predominante da arquitetura modular, sua maior personalização, bem como sua estrutura autoportante, foi possível criar essas possibilidades de tipologia com os módulos apresentados anteriormente.

60


61


62


10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ART. 182 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 88. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657746/artigo-182-da-constituicao-federal-de1988. Acesso em setembro 2019. Acesso em: Setembro, 2019. Brasil. Estatuto das cidades lei 10257/01. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/101340/estatuto-da-cidade-lei-1025701. Acesso em: Setembro, 2019. Brasil - Ministério das Cidades. Política Nacional de Habitação. Cadernos M.Cidades nº 4, Brasília, 2005. BONDUKI, Nabil. Origens da habitação social no Brasil: Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria. São Paulo: Estação Liberdade, 1998/2004. Bonduki, Nabil. “Urbanização no Brasil pós-golpe de 1964”. In Communicare – Revista de Pesquisa da Faculdade Cásper Libero Vol 4, nº 2, 2º semestre 2004. CAIXA ECONOMICA FEDERAL. Minha Casa Minha Vida. Disponível em: http://www.caixa.gov.br/voce/habitacao/minha-casa-minha-vida/Paginas/default.aspx. Acesso em: Setembro, 2019. ECONOMIA UOL. Déficit Habitacional. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/01/07/deficit-habitacionale-recorde-no-pais.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: Setembro, 2019. FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Déficit de moradias no país já chega a 7,7 milhões. Disponível em: http://abc.habitacao.org.br/deficit-de-moradias-no-pais-ja-chega-a-77milhoes/. Acesso em: Setembro, 2019. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit Habitacional no Brasil 2010-2014. Disponívelem:http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/consultaDetalheDocume nto.php?iCodDocumento=76871. Acesso em: Setembro, 2019. IBGE. São Carlos, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sao-carlos. Acesso em: Setembro, 2019. GALBIATI, A Tratamento domiciliar de águas negras através de tanque de evapotranspiração. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://repositorio.ufms.br:8443/jspui/bitstream/123456789/1163/1/Adriana%20Farina %20Galbiati.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2020. GIANEIS, J. Trabalho de Graduação interdisciplinar II do curso de Arquitetura e Urbanismo Unicep- Habitação Social. São Carlos, 2019. LEGAN, Lúcia. Criando habitats na escola sustentável: livro do educador. Pirenópolis, GO: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Ecocentro IPEC, 2009. 63


LEGAN, Lúcia. Soluções sustentáveis – Uso da água na Permacultura. 2ª Ed. Pirenópolis – GO: Calango, 2011. LIMA, Renata. O processo e o (des)controle da expansão urbana de São Carlos (18571977). São Carlos, 2007. MINISTÉRIO DAS CIDADES. - Cartilha - Como produzir moradia bem localizada com os recursos do programa Minha casa minha vida? Implementando os instrumentos do Estatuto da Cidade! Organização de Raquel Rolnik, textos de Raphael Bischof, Danielle Klintowitz e Joyce Reis. Brasília: Ministério das Cidades, 2010. 132 p.: il. MOLLISON, Bill & SLAY, Reny Mia. Introdução à Permacultura. Tyalgum, Austrália: Tagari Publications, 1991. MORROW, Rosemary. Permacultura Passo a Passo. Pirenópolis, GO, Mais Calango Editora, 2010. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS. Plano Diretor, 2016. http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/utilidade-publica/plano-diretor.html. Acesso em: Maio, 2020. PALMIER, L.R. A necessidade das bacias experimentais para a avaliação da eficiência de técnicas alternativas de captação de água na região semi-árida do Brasil. In: 3º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS O SEMI-ÁRIDO. Paraíba, 2001. Anais. Paraíba: ABRH, 2001, p.8.1 CD –ROM. SAVASSI, F. Curso online- Fórmula da arquitetura modular. 2020. SILVEIRA, Bruna Quick. Reuso da água pluvial em edificações residenciais. Monografia (Especialização em Construção Civil) – Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. TRUZZI O. Café, indústria e conhecimento- São Carlos uma história de 150 anos. São Carlos: EdUFScar; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.

64


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