RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011
A N AT U R E Z A N ÃO P O D E S A I R D E C E N A .
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APRESENTAÇÃO Realizado de 15 a 19 de novembro de 2011, em Porto Velho, o Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo Ambiental – Festcineamazônia é uma tradição de 9 anos ininterrupto, sendo o maior festival da região e inspirador de outros projetos semelhantes no campo do audiovisual. O tema desta edição foi “Meio Ambiente é Tudo e Para Todos”, uma forma de despertar na sociedade a responsabilidade do individuo com o meio em que vive. Atraiu mais de 400 produções inscritas na fase seletiva que foram criteriosamente avaliadas e escolhidas as 45 mais relacionadas ao tema para concorrer à mostra competitiva. O Júri Técnico foi composto por três profissionais com vasto conhecimento e experiência em cinema. Entre os integrantes: Bete Bullara, formada em cinema pela Universidade Federal Fluminense, jornalista e fotógrafa, e faz parte da equipe do CINEDUC desde 1975; o jornalista e documentarista Zola Xavier, nascido em Rondônia com atuação no Rio de Janeiro, Produtor e Roteirista do documentário Caçambada Cutuba – A história que Rondônia não escreveu; e, Ira Maciel, Doutora em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo, pesquisadora e consultora na área de Educação, Cultura, Tecnologia da Informação, foi Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fundadora do Programa Cidadania e Direitos Humanos da UERJ, com diversos projetos que tecem a relação educação, cidadania e autonomia. Na etapa de seleção, o corpo de jurado foi soberano nas decisões com liberdade para definir as produções que mais contextualizam com a temática do Festcineamazônia. Por ser um evento internacional, além de filmes brasileiros, foram selecionadas produções da Argentina, Peru, Cuba e Grécia. Após essa fase iniciou-se os preparativos para a realização do festival, uma ação que envolve dezenas de profissionais de diversas áreas técnicas, que juntos consolidam o projeto que se tornou tradição em Rondônia e referência na Amazônia. Todo o empenho vale a pena quando, a cada exibição, o público se emociona em suas diferentes expressões, como resultado de que vale a pena fazer cinema na Amazônia, no Brasil e na América Latina. Neste relatório, sistematizamos as principais ações realizadas como forma de registro e documentação de um grande projeto que vem gerando novos públicos para o cinema brasileiro, discutindo a temática ambiental tendo o homem como centro, e estimulando a geração de novas produções que possam ampliar o acervo do audiovisual na América Latina. Os organizadores: JURANDIR COSTA & FERNANDA KOPANAKIS
FILME DE ABERTURA Além de um filme exclusivo da temática de cada edição, o Festcineamazônia traz sempre nas aberturas das exibições uma animação tendo como personagem o “Mapinguari”, mascote do festival. A animação desta 9ª edição foi dirigida pelo diretor Marcos Magalhães, um dos criadores do Anima Mundi - Festival Internacional de Animação do Brasil. Os desenhos do filme de animação tiveram os traços do talentoso artista Guy Charnaux. A produção teve apoio da PUC-RJ, inclusive na produção de áudio. Antes de cada mostra esse filme esteve na tela gigante durante todos os dias do festival.
CONVIDADOS Nesta edição foram recebidos como personalidades convidadas especiais do Festival, o ator Gero Camilo atuante em teatro e cinema; o consagrado poeta amazonense Thiago de Mello com obras conhecidas em diversos países, sendo um colaborador do projeto desde a primeira edição; e Dinael dos Anjos, líder do movimento em Defesa da Vida e da Cultura do Rio Arapiuns. A presença desses ilustres profissionais foi uma forma de valorizar ainda mais o festival com pessoas que muito acrescentam nos objetivos deste projeto. THIAGO DE MELLO
GERO CAMILO
RICARDO DEL CONDE - MÉXICO
EROM CORDEIRO - FILME «O PALHAÇO»
MESTRE DE CERIMÔNIAS A atriz Ingra Liberato que ganhou notoriedade nacional interpretando Ana Raio na novela A História de Ana Raio e Zé Trovão pela extinta TV Manchete e retransmitida recentemente pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Profissional atuante desde os 7 anos de idade, Ingra deu brilho às cerimônias com seu talento e habilidade em lidar com o público. INGRA LIBERATTO
INGRA LIBERATTO
INGRA LIBERATTO
INGRA LIBERATTO
SHOWS Além de cinema e vídeo, o Festcineamazônia sempre traz atrações musicais para a integração cultural. Na noite de abertura, 15 de novembro, o público presente no Teatro Banzeiros prestigiou o show do cantor e compositor regional Rud Prado. Com o repertório do seu novo projeto, o “Acorde azul”, o cantor Rud conseguiu agradar com músicas que falam da natureza e do sentimento humano. Outro show na noite de abertura foi com o cantor Flávio Venturini, conhecido nacionalmente como um dos maiores compositores românticos. Na década de 1980 liderou o grupo 14 Bis no qual gravou entre tantos sucessos as músicas “Linda juventude” e “Todo azul do mar”. Com carreira solo de sucesso, Venturini tem parcerias com artistas consagrados como Milton Nascimento, Sá & Guarabira, Lô Borges, Beto Guedes e Renato Russo. O show de Flávio Venturini trouxe no repertório músicas consagradas e as mais recentes do projeto “Não se apague esta noite”. Com seu jeito mineiro de ser, Flávio Venturini conseguiu emocionar o público com suas canções e suave voz. RUD PRADO - ACORDE AZUL
RUD PRADO - ACORDE AZUL
FLÁVIO VENTURINI
FLÁVIO VENTURINI
PALESTRA TÉCNICA Para valorizar os produtores locais, o Festcineamazônia manteve a tradição de oferecer discussões técnicas que possam contribuir para a melhoria dos filmes e vídeos aqui produzidos. O cineasta e fotógrafo Bill Fogtmann veio contribuir palestrando sobre as novas tecnologias para a produção de audiovisual. Bill tratou do assunto passando por cada fase do processo de produção, apresentando as vantagens da utilização corretas das tecnologias como forma de dinamizar e reduzir custo nas produções de audiovisual. Conforme explicou, os recursos tecnológicos disponíveis no mercado favorecem a produção independente.
BILL FOGTMANN
BILL FOGTMANN
OFICINAS As oficinas técnicas realizadas durante o Festival são instrumentos importantíssimos para o aperfeiçoamento profissional. A cada ano são oferecidas gratuitamente com o objetivo de aprimorar os diretores, produtores, atores, e demais técnicos em audiovisual da região. Os conteúdos são aplicados numa construção de aprendizagem dentro dos elementos teóricos e práticos, favorecendo melhores assimilações e enriquecendo os profissionais com mais saber. Neste ano foram realizadas quatro oficinas em parcerias com o Centro Técnico Audiovisual (CTAv) do Ministério da Cultura. A oficina de “Produção” teve como orientadora Clélia Bessa, atualmente professora da disciplina de Produção I, do curso de Cinema da PUC-RJ. Ela é também diretora do Sindicato da Indústria Cinematográfica e Audiovisual (Sicav). Formada em Ciências Sociais (UFRJ), tem vasta experiência em produções de cinema com passagens pela TV Globo, Embrafilme, Synape Distribuidora e pelo CTAv. O engenheiro de som Edwaldo Mayrink que atua no ramo desde 1975, foi o ministrante da oficina de “Capacitação de som” oferecida pelo Festcineamazônia. Acumula a formação em cinema pela (UFF),é especialista pela National Film Board of Canada, integra o corpo técnico do CTAv, e já trabalhou em diversas produções de audiovisual no Brasil e exterior. Portadores de necessidades especiais acima de 14 anos foram contemplados com a oficina “O outro olhar”, com a utilização de audiovisual voltado à linguagem para deficientes auditivos. Essa oficina foi realizada como forma de inserção cultural de pessoas especiais e demais interessados no conteúdo. Foram ministrantes Miriam Cris Carlos, doutora em Comunicação e Semiótica, e o fotógrafo e roteirista Weriton Kernes, atuando no jornalismo e como documentarista. A jornalista Edneide Arruda ministrou a oficina “Faça você mesmo: blog, jornalismo on-line, vídeos e redes sociais”. Mestre em Mídia e Educação pela FE/UnB, Edneide estuda as interfaces existentes entre educação e comunicação. Fez parte da equipe de comunicação da Assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto, durante o Governo Lula.
OFICINA DE CAPTAÇÃO DE SOM, COM EDWALDO MAYRINK
OFICINA DE CAPTAÇÃO DE SOM, COM EDWALDO MAYRINK
OFICINA DE CAPTAÇÃO DE SOM, COM EDWALDO MAYRINK
OFICINA DE CAPTAÇÃO DE SOM, COM EDWALDO MAYRINK
OFICINA «FAÇA VOCÊ MESMO», COM EDNEIDE ARRUDA
OFICINA «FAÇA VOCÊ MESMO», COM EDNEIDE ARRUDA
OFICINA «O OUTRO OLHAR» COM MIRIAM CRIS CARLOS E WERITON KERNES
OFICINA «O OUTRO OLHAR» COM MIRIAM CRIS CARLOS E WERITON KERNES
OFICINA «O OUTRO OLHAR» COM MIRIAM CRIS CARLOS E WERITON KERNES
OFICINA «O OUTRO OLHAR» COM MIRIAM CRIS CARLOS E WERITON KERNES
HOMENAGEADOS Personalidades do cinema e do meio ambiente sempre são lembrados no Festival. A cada edição nomes recebem homenagens especiais pelos trabalhos prestados ao cinema nacional e a defesa ambiental. Três personalidades subiram ao palco do Festcineamazônia 2011 para receber o troféu Mapiguari, sendo: Orlando Senna – roteirista e diretor, integrou o movimento cultural que gerou o Cinema Novo, o Cinema Marginal e a Tropicália. No cinema trabalhou em produções como: “Iracema – uma transa Amazônica”, “Gitirana”, “Diamante bruto”, “O rei da noite”, “Coronel Delmiro Gouveia”, e “Opera do malandro” com Chico Buarque. Foi secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura e diretor da TV Brasil. Jornalista e escritor, Orlando Senna atuou ainda na música ao lado de consagrados como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé. Almir Narayamoga Surui – líder indígena da etnia Paiter Surui em Rondônia, o cacique Almir é conhecido mundialmente pelo trabalho de resgate cultural do seu povo e defesa do meio ambiente, com projetos ambientais audaciosos. Eleito como o 53º homem de visão empreendedora do mundo, por utilizar tecnologia como forma de difusão cultural e para fiscalizar a terra indígena contra exploradores ilegais de madeira. Foi idéia do cacique Almir fazer parceria com o Google Earth para implantar o um sistema onde os índios monitoram e registram possíveis invasões em suas terras. Ursula Depeiza Maloney – descendente de barbadianos e filha ferroviário da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, a professora Ursula possui graduação em Comunicação e Expressão pela UFRS e licenciatura em Letras pela UFPA. Com mais de quatro décadas de experiência pedagógica ajudou na gestão educacional de Rondônia tendo ocupado cargos técnicos e diretivos em escolas públicas e na Secretaria de Estado da Educação. Como educadora sempre se preocupou com a preservação histórica e do patrimônio cultural rondoniense.
ORLANDO SENNA
ORLANDO SENNA
ORLANDO SENNA
ALMIR SURUÍ
URSULA DEPEIZA MALONEY
URSULA DEPEIZA MALONEY
MOSTRAS PARALELAS Além da Mostra Competitiva que é a principal do Festcineamazônia, o festival realiza paralelamente outras mostras como forma de levar audiovisual para comunidades sem salas de projeção e para formar novos públicos para o cinema brasileiro. Cinema no Beiradão – esta mostra levou cinema e vídeo para a comunidade ribeirinha de Cujubim Grande, no Baixo Rio Madeira, no dia 16 de novembro. Foi exibido o filme “O Palhaço” dirigido e atuado por Selton Melo. Por ser lançamento, parte do elenco do filme esteve presente à mostra. Uma viagem de barco pelo rio Madeira levou os convidados e equipe do Festcineamazônia até a comunidade de aconteceu a mostra. CINEMA NO BEIRADÃO
CIMEMA NO BEIRADÃO
Cinema no Terreiro – esta mostra foi criada para dar espaço à cultura afro-descendente. A cada edição é levada a um Terreiro como forma de promover integração cultural. Nesta edição o escolhido foi o Terreiro de Mina Santa Bárbara, no bairro Vila Tupi, zona Sul de Porto Velho. Foi exibido no dia 18 de novembro, como produção convidada, o filme “Jardim das Folhas Sagradas”, do diretor Pola Ribeiro . CINEMA NO TERREIRO
CINEMA NO TERREIRO
Cinema no Circo – montada numa lona de circo, essa mostra leva cinema para comunidades da periferia da Capital. O bairro escolhido foi o Ayrton Senna, na zona Leste. Além de exibições de audiovisuais, a mostra sempre premia o público com um show circense, fazendo a integração cultural de cinema e circo. Mostra Orlando Senna – realizado nos dias 16, 17 e 18 de novembro no Audiocine do SESC Esplanada, sempre à noite, a mostra exibiu para um público específico os filmes: “Cinema Novo” de Orlando Senna, “Diamante Bruto” de Andrei Miralha, “Brilhante” de Zeini Cruz, e “Iracema – Uma transa Amazônica” de Orlando Senna. Mostra Latino Americana – criada para dar espaço e divulgação de produções latino-americanas, essa mostra conseguiu reunir excelente público no dia 17 de novembro, no Audiocine do SESC Esplanada. Foram exibidos os filmes: “Los Argentinos”, direção de Ernesto Cabellos Diamián (Argentina); “Los Bolivianos”, direção de Orlando Senna (Bolívia); “Panelas e Sonhos”, direção de Ernesto Cabellos Diamián (Peru); e “Emergencia MX – Mexico em Emergencia Nacional”, dirigido por Ricardo Del Conde e outros. A Escola Vai ao Cinema – essa mostra existe como espaço para a difusão do cinema brasileiro e para a formação de público, a partir da consolidação de uma nova geração consciente das responsabilidades humanas com o planeta. Os filmes escolhidos para essa mostra são os que apresentam linguagem apropriada, de forma que facilita a assimilação das mensagens dos roteiros. Estudantes de escolas públicas são levados ao cinema como atividade extra-classe, integrando práticas pedagógicas com produções de audiovisual. Foi realizada dias 17 e 18 de novembro, durante o dia, no Teatro Banzeiros.
A ESCOLA VAI AO CINEMA
A ESCOLA VAI AO CINEMA
FILMES CONVIDADOS O Festcineamazônia sempre traz filmes especiais que estão em lançamento ou que possuem roteiros dentro da temática do festival, como forma de ampliar as discussões e promover melhor desenvolvimento Crítico do público especializado. Nesta edição foram os convidados: O VENENO NOSSO DE CADA DIA – documentário polêmico que registra as manobras da indústria alimentícia para adulterar os cálculos de IDA – Ingestão Diária Aceitável para produtos agrotóxicos, resíduos de plásticos e o aspartame. Esse filme , dirigido pela francesa Marie-Monique Robin, foi exibido em 16 de novembro. GITIRANA – ficção brasileira que narra a história de Ciça em busca do reino de Miramar, onde não existe fome e miséria. Exibido em 17 de novembro, na Mostra Orlando Senna que assina a direção e roteiro. EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS – ficção brasileira dirigida por Beto Brant e Renato Ciasca, que relata contradições para desvendar as três vértices de uma paixão incandescente em meio a floresta Amazônica. Exibido em 17 de novembro. NICINHA – UM TRANSE AMAZÔNICO – de Beto Brant é um documentário brasileiro da louca vida de uma mulher que em busca do amor se perde entre homens sórditos. A produção foi exibida em 17 de novembro. PANDEMONIUM – é um documentário brasileiro de Jorge Bodanzsy que debate a questão ecológica a partir do desmatamento, poluição e desperdício de combustível fóssil. Exibido em 18 de novembro. CLEMENTINA DE JESUS – RAINHA QUELÉ – documentário brasileiro dirigido por Werinton Kernes contando a história de vida de Clementina de Jesus, ícone da cultura negra brasileira. Exibido em 19 de novembro durante o encerramento do festival, o filme traz testemunho de vários artistas e personalidades que conviveram com Clementina de Jesus.
DEBATE Temas polêmicos que envolvem o meio ambiente sempre têm espaço para debate durante o festival. O Teatro Banzeiros ficou lotado na manhã de 16 de novembro para o debate sobre o envenenamento da população brasileiro com o alto consumo de agrotóxicos inseridos na cultura agrícola. A base das discussões foi o longametragem “O veneno está na mesa”, um filme de Silvio Tendler. Os debatedores foram: a advogada Letícia Rodrigues da Silva, gerente de Normatização da Anvisa/Ministério da Saúde; o professor Artur de Souza Moret, da Universidade Federal de Rondônia (Unir); e o cineasta Silvio Tendler, diretor do filme tema do debate. A discussão teve alto nível de conteúdo despertando no público o interesse em difundir mais as questões relacionadas à preservação da saúde através de alimentação saudável, e de combater ao uso indiscriminado de agrotóxicos. DEBATE
DEBATE
DEBATE
DEBATE
FESTCINEAMAZÔNIA EM LIVRO «VIAGENS DE CORES E SONHOS» O livro “Viagem de Cores e Sonhos”, editado por Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, foi lançado durante a abertura do Festcineamazônia, na terça-feira, 15 de novembro, no Teatro Banzeiros, em Porto Velho. Trata-se de um documentário fotográfico, histórico e literário da mostra itinerante do festival, que percorre capitais brasileiras, cidades e povoados da Amazônia, além de países Latino-americanos, África e Portugal. O livro faz parte de um convênio do Instituto Madeira Vivo (IMV) com o Ministério da Cultura através de emenda parlamentar do então deputado Eduardo Valverde. Para a edição, os diretores buscaram talentos como o ilustrador Manuel Gibajas (Peru), o designer Renato Monteiro de Carvalho, e a inspiração poética de Carlos Moreira, que conseguiu dar palavras para a expressão da vida sem redundância com as ricas imagens. No acervo estão fotografias de treze autores que integraram as equipes ao longo das viagens. As imagens registram os mais de 60 mil quilômetros percorridos, levando cinema e vídeo ambiental aos distintos lugares. A mostra itinerante do Festcineamazônia integra o cinema com música, artes circenses, poesia e estimula a criação e o debate sobre a temática ambiental tendo sempre o homem como o centro do meio em que vive.
LANÇAMENTO DO LIVRO DO FESTCINEAMAZÔNIA «VIAGENS DE CORES E SONHOS»
LANÇAMENTO DO LIVRO DO FESTCINEAMAZÔNIA «VIAGENS DE CORES E SONHOS»
JORNALISTA ISMAEL MACHADO LANÇA O LIVRO "SUJANDO OS SAPATOS» Uma viagem pela Amazônia profunda’. É assim que o jornalista Ricardo Kotscho define ‘Sujando os sapatos-O caminho diário da reportagem’, do repórter Ismael Machado. “Ao terminar de ler este livro, eu me senti como se estivesse voltando de mais uma reportagem pelas profundezas da Amazônia, com a vantagem de não ter saído de casa”, diz um dos mais importantes repórteres que o Brasil já conheceu a respeito do livro. ‘Sujando os sapatos...’ toma emprestado de Ricardo Kotscho, a própria definição de que lugar de repórter é na rua, sujando os calçados para ir atrás de histórias, testemunhando a História e contando para leitores e telespectadores. É essa a matéria-prima do livro. Uma coletânea de reportagens feitas pelo jornalista Ismael Machado ao longo de três anos, entre 2008 e 2011, como repórter especial do jornal Diário do Pará. São reportagens em garimpos, aldeias indígenas, terras quilombolas, comunidades ribeirinhas, nas estradas e rios paraenses ou mesmo de gente anônima no centro de Belém. Como característica primordial entre elas, o fato de que há, nos textos reunidos no livro, uma busca constante pela humanização dos relatos, pela voz dos que geralmente não tem voz na imprensa. O livro é patrocinado pelo jornal Diário do Pará, por intermédio do diretor-presidente Jader Filho. O texto de ‘orelha’do livro foi escrito pelo diretor de redação do Diário, Gerson Nogueira e há um texto introdutório do jornalista Lázaro Magalhães, editor de grande parte das reportagens que estão inseridas na obra e que foram anteriormente publicadas nas páginas dominicais do Diário do Pará. O projeto gráfico é da designer Anna Leal. JORNALISTA ISMAEL MACHADO LANÇA O LIVRO "SUJANDO OS SAPATOS"
JORNALISTA ISMAEL MACHADO LANÇA O LIVRO "SUJANDO OS SAPATOS"
JÚRI DA MOSTRA COMPETITIVA Para maior isenção e valorização dos produtores que disputaram as premiações cobiçadas do Troféu Mapinguari, o festival convidou personalidades com amplos conhecimentos para compor o corpo de jurados que escolheu os melhores filmes, vídeos, artistas e técnicos em diferentes categorias. Soberano em suas decisões, o júri foi composto por: BILL FOGTMAN
CÂNDIDA ALBERTO DA FONSECA
BILL FOGTMAN - Nasceu nos Estados Unidos e atua como fotógrafo e cineasta no Brasil. Co-fundador da Sky Light Cinema, produtora cinematográfica do Rio de Janeiro. É fundador e membro efetivo da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), como diretor de fotografia, engenheiro de som e finalizador, com direito de uso da sigla ABC após seu nome. Seu último trabalho foi como produtor executivo e produtor de finalização do filme de longa metragem "Capitães da Areia" de Cecilia Amado, da obra de Jorge Amado, recém-lançado no Brasil. Como produtor executivo e supervisor de projetos, participou nos últimos 20 anos de importantes filmes de longa metragem do cinema nacional, como "Tieta do Agreste", "Estorvo", "O Xangô de Baker Street", "O Veneno da Madrugada", e "Brasileirinho", entre outros, de diretores importantes como Cacá Diegues, Ruy Guerra, Miguel Farias Jr. e Mika Kaurismäki.
CÂNDIDO ALBERTO DA FONSECA - Bacharel em Comunicação Social em Jornalismo – Universidade Gama Filho Rio de Janeiro (1979), Mestre em Ciências da Comunicação - Universidade Nova de Lisboa/Portugal (1992). Trabalhou como ator em diversas montagens teatrais. No cinema ganhou Prêmio do MINC para escrever o roteiro “SNI - Relatório Final O Terrorista Che Guevara passou por aqui” (2008); e possui trabalhos de produtor, roteirista e diretor em dezenas de filmes e vídeos, dentre esses: direção, roteiro e produção do vídeo em “Rosane Bonamigo Na Arte” (2004); direção, roteiro e produção do vídeo “ Fórum de Cultura” (2003); direção, roteiro e produção do Vídeo “ Peaberu” (2001), direção, roteiro e produção executiva do DOC “Sasha Siemel, o caçador de onças”Vencedor de Mato Grosso do Sul do DOCTVIII; roteiro, produção executiva e direção do curta metragem “Os Filmes Cegos de Angel Larrea” (2008).
ALEJANDRO FUENTES ARZE
ALEJANDRO FUENTES ARZE – Natural de Cochabamba (Bolívia) é diretor e produtor de audiovisual. Já dirigiu mais de 600 produções entre reportagens e documentários. Em 2008 foi o ganhador do Prêmio Personagem do Ano concedido pelo jornal El Deber. Nos anos de 1990 foi premiado como diretor e produtor do programa GALAREPORTER, na categoria melhor programa da Bolívia. Em 1996 ganhou o Prêmio Nacional de Jornalismo Televisivo outorgado na cidade de La Paz. Como professor universitário desde 1987 é titular da cadeira de Audiovisuais em várias universidades. Idealizou, fundou e dirige a Fundação Audiovisual (Fundav) desde sua criação em 2001, e fundou e dirigiu o Festival Internacional de Cine Digital (Fenavid) desde 2001. A partir de 2007 criou e dirige o Festival Infantil Audiovisual em Santa Cruz de La Sierra. Tem experiência como jurado em festivais internacionais de curtas-metragens no Peru e Argentina.
LUCIANO GILETTA
LUCIANO GILETTA - Participou como fundador da Rede de Cinemas Itinerantes da América Latina e Caribe (São Paulo, 2011). É diretor, roteirista e editor de filmes. Atua também como professor de audiovisual e ministra oficinas de cinema educativo em escolas públicas. Desde 2006 é co-diretor do Festival Itinerante de Cinema Latino Americano. Com o projeto La Cinta Corta em percorrido diferentes comunidades e povoados da Argentina, Bolívia, Equador, Peru e outros países com projeções feitas em espaços públicos como praças, ruas, clubes, e escolas divulgando o cinema autentico produzidos por novos cineastas latinos-americanos. É formado em Produção de Meios Audiovisuais e está concluindo Licenciatura em Cinema e TV. Já participou de diversas produções em filmes e vídeos de publicidades. Roteirou e dirigiu os curtas-metragens “Mananas de Sol” e “Habitaciones Vacias” com os quais foi premiado e homenageado em diversos festivais internacionais.
SUELY RODRIGUES
SUELY RODRIGUES – Atriz e diretora de teatro com vasta atuação profissional nos palcos de Rondônia e outros estados. Com mais de 30 anos de carreira, 19 desses dedicados ao Raízes do Porto, entidade cultural que fundou, integra e exerce a direção artística. Durante sua vida com o teatro, a diretora recebeu diversos prêmios e participou de importantes festivais pelo Brasil, passando por São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Amazonas, entre outros.
JURADOS DE VÍDEO-REPORTAGEM AMBIENTAL Outro corpo de jurados foi composto especificamente para escolher as melhores produções na categoria Vídeo-reportagem Ambiental (nacional e rondoniense). Foram eles: EDINEIDE ARRUDA
EDNEIDE ARRUDA – Jornalista com mestrado em Mídia-Educação (FE/UNB)com atuação várias empresas de comunicação em Rondônia e outros estados. Integrante da equipe de comunicação social do Palácio do Planalto tem amplo conhecimento e grande interesse pela questão ambiental.
OSMAR SILVA
OSMAR FERREIRA DA SILVA – Um dos primeiros jornalistas a acreditar em Rondônia, tendo fundado o jornal impresso O Parceleiro um dos mais antigos de Rondônia. Exerceu importantes cargos públicos no estado, inclusive o de Secretário de Estado da Justiça. Como pioneiro, acompanhou o surgimento e desenvolvimento de Rondônia como estado e conhecedor da problemática ambiental.
MARCUS DO AMARAL
MARCUS DO AMARAL - Diretor do jornal diário Folha de Rondônia, com circulação estadual. Esse periódico tem sido um dos defensores do desenvolvimento sustentável de Rondônia. Amaral também é produtor cultural, além de atuar em publicidade.
JURADOS
JURADOS
JURADOS
JURADOS
JURADOS
JURADOS
PREMIAÇÃO Os júris técnicos escolheram as melhores produções que receberam as estatuetas do Mapinguari, mascote do festival, um ser lendário da Amazônia que mitologicamente é o defensor da floresta e dos animais que nela vivem. O Troféu Mapinguari contemplou os seguintes vencedores: PRÊMIO DANNA MERRIL – MELHOR DOCUMENTÁRIO ELEGANTE E FURIOSO – Direção: ANA PAULA GUIMARÃES PRÊMIO MAJOR REIS – MELHOR ANIMAÇÃO (02 VENCEDORES) MURAGENS CRONICAS DE UM MURO, Direção ANDREI MIRALHA (PA) e NO BAQUE, Direção de CARLON HARDT (PR) PRÊMIO VITOR HUGO – MELHOR FICÇÃO TIMING – Direção: AMIR ADMONI (SP) PRÊMIO MANOEL RODRIGUES FERREIRA – MELHOR EXPERIMENTAL UR (AGUA) - Direção: VILLARIAS (Espanha) PRÊMIO CHICO MENDES – MELHOR ROTEIRO O CASO LIBRAS - Direção: MELISE MAIA (RJ) PRÊMIO MARINA SILVA – MELHOR MONTAGEM TIMING – Direção: AMIR ADMONI (SP) PREMIAÇÃO
PREMIAÇÃO
PRÊMIO POVOS INDÍGENAS DE RONDONIA – MELHOR TRILHA SONORA Música de STRAUSS no vídeo UR (AGUA) Direção: VILLARIAS (Espanha) PRÊMIO SILVINO SANTOS – MELHOR FOTOGRAFIA Fotografia de JANICE DAVILA, do filme PÁGINAS DE MENINA – Direção: MÔNICA PALAZZO (SP) PRÊMIO CAPÔ (MAURICE CAPOVILLA) – MELHOR LINGUAGEM TIMING – Direção: AMIR ADMONI (SP) e NO BAQUE – Direção: CARLON HARDT (PR) PRÊMIO DE MELHOR DIREÇÃO Diretor WAGNER NOVAIS, do filme TEMPO DE CRIANÇA (RJ) PRÊMIO MELHOR ATOR Ator JOSÉ WILKER, do filme A MELHOR IDADE – Direção: ÂNGELO DEFANTI (RJ) PRÊMIO MELHOR VIDEO RONDONIENSE O VIDEO ILHA DO JACÓ – Direção: MARCELO BICHARA PRÊMIO MELHOR VIDEO REPORTAGEM AMBIENTAL NACIONAL CASA DOS SONHOS E ECOLOGICAMENTE CORRETA – Direção: RODRIGUES DA SILVA (PB) PRÊMIO MELHOR VIDEO REPORTAGEM AMBIENTAL RONDONIENSE CIDADANIA NA BEIRA DO RIO – Direção: ADRIEL DINIZ PREMIAÇÃO
PREMIAÇÃO
O Júri da Seleção da 9ª edição do Festcineamazônia concedeu MENÇÃO HONROSA aos seguintes filmes e vídeos: A atriz KETTELLEN COUTINHO, do filme TEMPO DE CRIANÇA, dirigido por WAGNER NOVAIS; ao ator MESTRE ANDRÉ, do filme AQUÉM DAS NUVENS, dirigido por RENATA MARTINS (SP); e aos documentários: ACERCADACANA, dirigido por FELIPE PERES CALHEIROS (PE) e ELOGIO DA GRAÇA, direção de JOEL PIZZINI (RJ). Também foi homenageado o filme CLEMENTINA DE JESUS – RAINHA QUELÉ, direção de WERINTON KERMES e HERON COELHO (SP); e a proposta SATIRA DA ANIMAÇÃO – RAI SOSSAITH, dirigido por THOMATE (SP). O vídeo reportagem ambiental REVISTA DO CINEMA BRASILEIRO, direção de MARCO ALTERG (RJ) também foi homenageado. Foram concedidos ainda os seguintes PRÊMIOS ESPECIAIS: PRÊMIO CTAV para o vencedor da categoria MELHOR FILME RONDONIENSE, o vídeo ILHA DO JACÓ – direção de MARCELO BICHARARI; PRÊMIO CTAV para o vencedor da categoria MELHOR CURTA BRASILEIRO, ao filme A VERDADEIRA HISTÓRIA DA BAILARINA DE VERMELHO, direção de ALESSANDRA COLASANTI e SAMIR ABUJAMRA. O Festcineamazônia ainda concedeu outra MENÇÃO HONROSA ao vídeo documentário SOLDADOS DA BORRACHA, direção de CESAR GARCIA LIMA (RJ). O prêmio MELHOR FILME foi para A VERDADEIRA HISTÓRIA DA BAILARINA DE VERMELHO, Direção: ALESSANDRA COLASANTI e SAMIR ABUJAMRA.
PREMIAÇÃO
PREMIAÇÃO
CONCLUSÃO Ao final de mais uma edição, a nona do projeto, constatamos que os objetivos foram alcançados a partir da satisfação do público e da repercussão na mídia. Os esforços concentrados valeram a pena por abrir novos olhares para a temática ambiental, para a valorização a arte e cultura brasileira e latina-americana, e como instrumento social do diálogo e discussões. Fazer audiovisual neste nesta América é um desafio que se dobra ao realizar um grande projeto na região Amazônica, distante dos grandes pólos do cinema, mas que atrai por ser a mais valiosa concentração de biodiversidade do planeta. Nossos agradecimentos ao público que prestigiou cada sala e cada sessão; aos diversos profissionais envolvidos na realização; aos artistas, técnicos, personalidades, autoridades, diretores e produtores que compreenderam a importância do projeto, estando lado a lado; à imprensa que valorizou e deu eco as discussões; e aos patrocinadores que acreditaram que o projeto Festcineamazônia é um bem coletivo que merece crescer mais a cada realização. Por tudo e por todos valeu a pena sonhar, porque o meio ambiente é tudo e para todos e a natureza não pode sair de cena.
MATERIAL GRÁFICO CARTAZ «SHOW MUSICAL»
OUTDOOR
CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DO FESTCINEAMAZÔNIA
CONVITES
MATERIAL GRテ:ICO BANNER DE INTERNET
CAMISETA
ANÚNCIO DE RODAPÉ PARA JORNAL
ANÚNCIO DE JORNAL
JORNAL
BANNERS
PORTAL DE ENTRADA PARA O FESTIVAL
BLOCO DE NOTAS
VEÍCULO PERSONALIZADO
CRACHÁ
FAIXAS
CERTIFICADO
A N AT U R E Z A N ÃO P O D E S A I R D E C E N A .
Fundação Iaripuna
CULTURA
Secretaria de Educação Secretaria de Esporte Cultura e Lazer
FM
O GOVERNO DA COOPERAÇÃO
Secretaria do Audiovisual