2007 RELATÓRIO FESTCINEAMAZONIA

Page 1

RELATÓRIO 2007


RELATÓRIO 2007

01

FESTCINE AMAZÔNIA: SUCESSO DE PÚBLICO

O sucesso e a importância que tomou o FestCine Amazônia para a cidade de Porto Velho, o Estado de Rondônia e toda a região norte brasileira puderam ser conferidos durante a realização da última edição, que aconteceu de 13 à 18 de novembro na capital rondoniense.

Tornando-se referência para toda a região norte e países vizinhos, o FestCine Amazônia integrou não somente os profissionais do audiovisual e produtores de cultura, mas trouxe em sua proposta aliar as questões ambientais e sociais às comunidades, tendo em seu público crianças, jovens, idosos, educadores, artistas, religiosos, acadêmicos, pesquisadores e grupos socialmente discriminados, chamando a sociedade para uma reflexão e ao mesmo tempo uma tomada de decisão diante dos problemas por que passa a natureza e, por extensão, o ser humano na região amazônica.

Tendo como título da 5ª Edição “Aquecimento Global” inovou quando abriu o evento não com a exibição de filmes, mas com uma exposição do artista plástico Flávio Dutka, no saguão do Hotel Vila Rica, mostrando, em suas obras, a reflexão diante do caos ambiental.


O artista plástico Flávio Dutka foi convidado para participar este ano do FestCine Amazônia, festival que em sua quinta edição aborda o tema Aquecimento Global, uma realidade que está transformando o planeta Terra. Dutka, que durante oito anos viveu em São Paulo , freqüentou durante dois anos um curso de Comunicação Social, mas descobriu na arte sua melhor forma de expressão. Paranaense de Iguatú, cidadão de Ouro Preto do Oeste e amazônida por opção, Dutka acredita na arte como forma de alerta, conceito adquirido após um contato com o escultor Franz Krajcberg, um dos ícones da luta contra a irracionalidade do homem em sua relação com a mãe natureza. FestCine Amazônia entrevistou Dutka, responsável por um dos trabalhos artísticos que ilustra o festival este ano. FCA Dutka, como surgiu este amor pela arte? Dutka Esta relação surgiu através da observação constante de todas as formas de arte, desde a música, escultura, pintura, literatura, toda e qualquer manifestação que o homem pode revelar. FCA Sua formação teve um direcionamento específico? Dutka

Não exatamente, mas posso dizer que o contato com a artista plástica Rita Queiroz

proporcionou-me um envolvimento mais intenso com os produtores de arte de Rondônia. Eu estava em Ouro Preto do Oeste em 1990, quando fui observado e convidado,pela Rita para expor o meu trabalho em Porto Velho. Isto acabou fazendo diferença, divulgou mais meu trabalho, pude participar de algumas exposições e impulsionou minha capacidade criativa. FCA Sua formação acadêmica é História, pela Universidade Federal de Rondônia. A visão de mundo foi muito alterada com esta opção? Dutka Só veio a acrescentar novas possibilidades de reflexão, e este foi um dos motivos pelo qual optei pelo curso de História. Na verdade a visão de mundo já havia sido bastante alterada na passagem por São Paulo. A passagem pelo curso de comunicação, bem como as constantes visitas a museus, galerias e centros culturais . Além, é claro da diferença entre São Paulo e a Amazônia forneceram muita informação. O mundo tem muitas formas de ser avaliado. A arte reflete isso. FCA - Qual tem sido o envolvimento com os artistas locais?

02


Dutka Faço parte do movimento conhecido como Coletivo Madeirista, um grupo de artistas que tenta despertar a consciência artística,discutir o conceito de Arte e artista, bem como refletir as relações indivíduo e coletividade dentro do conceito de periferia , o que nos rendeu um prêmio da Unesco, com mostra nos Emirados Árabes, com a nossa interferência urbana, O Inventário das Sombras, que fôra anteriormente selecionado, para a Bienal Internacional do México, realizada em Mérida, uma boa experiência com nossos hermanos latinos, e assim dialogar com a sociedade local e expor o talento dos radicados em Rondônia. A arte é transcendental e não deve ter fronteira!. FCA - Você poderia citar algumas exposições para ilustrar um pouco seu trabalho? Dutka Em 2005 estive representando o Estado de Rondônia no Salão Negro do Congresso Nacional Brasília/DF de 22/11 a 02/12, na exposição Artistas Plásticos Brasileiros. Também participei da quarta IV Bienal Internacional da UNE ocorrida no Pavilhão da Bienal Internacional de Artes, no parque do Ibirapuera em São Paulo , que aconteceu no ano de 2004. Já havia participado também em 2004 do décimo primeiro Salão de Artes de Rondônia SART. Neste mesmo salão marquei presença em 1992, em sua primeira edição. Este salão é patrocinado pelo governo estadual e é realizado em Porto Velho. Há outros eventos também, como a Feira de Cultura Studio Aberto TV Alamanda, Exposição Amazônia da Caixa Econômica Federal, primeira Semana de Cultura de Rondônia-SESC. FCA- Você tem exposições individuais? Dutka Sim, exposições como a de 1993 na Agência Central dos Correios de Porto Velho, em 1998 da exposição Metáforas, no SESI São Carlos/SP, em 1999 da exposição Metáforas, no Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia. Também expus trabalhos na Universidade de Rondônia por diversas vezes em eventos, além de espaços diferentes como o Zé Beer, um ponto de encontro de jovens da capital. FCA Qual é o seu envolvimento com a questão ambiental? Dutka Esta questão tem a ver com a vida. A arte pode não salvar, mas serve para refletir. Esse é o meu papel como artista, provocar reflexão. Se eu conseguir o primeiro passo pode haver alguma diferença. O artista é um catalisador na questão ambiental. O homem faz seu próprio destino. FCA - Explique um pouco dessa proposta estética utilizada no material impresso do Festcine Amazônia? Você está preparando uma exposição com esta temática? Dutka Quando fui convidado a contribuir com o Festcine Amazonia, abracei a idéia de imediato, pois sempre estive preocupado com o tema proposto para esse ano, Aquecimento Global. Então, não foi difícil desenvolver este tema, eu tenho muitos bons e grandes exemplos ao meu redor, não foi preciso ir muito além do Rio Madeira. FCA Na sua opinião qual o papel do Festcine Amazônia para a cultura regional? Dutka Trata- de uma idéia nobre, que permite o acesso das pessoas à informação, mais nobre ainda quando este meio de informação vem com outros valores agregados. Além de permitir que artistas de diversas formas de manifestações mostrem seus trabalhos produzidos. É lindo, quando um evento deste porte, que é o

03


Festcine Amazonia, sai do centro e se realiza nas áreas periféricas, tornando-se um evento que faz juz ao seu propósito, vê a arte como meio de transformação, como meio de reflexão, discute assuntos reais e urgentes. Mais informações sobre o trabalho de Flávio Dutka e o Coletivo Madeirista, confira no site do Ministério da Cultura. http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=24498&more=1&c=1&pb=1 http://www.coletivomadeirista.tk/ http://www.orkut.com/Album.aspx?uid=2573373678384050084

04

Outro importante ponto conquistado pelo FestCine Amazônia foi a parceria com o CTAV, da Secretaria do AudioVisual do Ministério da Cultura, que juntamente com o Anima Mundi e a IBM, trouxeram à cidade oficinas de Animação para Adultos, Som para Imagem, Documentário e de Captação de Recursos, atraindo para a qualificação profissional mais de cem profissionais locais. Para Paulo Mendonça, diretor do Canal Brasil a qualificação e o intercâmbio com profissionais fora do grande eixo Rio-São Paulo é necessário diante da dimensão geográfica que é o Brasil.

OFICINAS

OFICINA 1. SOM PARA IMAGEM

DIAS 15, 16 e 17 de Novembro Horário: 08h30 Às 13 H00 Ministrante: Edwaldo Mayrinck Monteiro de Andrade Jr.


OFICINA 2. CAPTAÇÃO DE RECURSOS E ELABORAÇÃO DE PROJETOS

DIAS 14, 15 e 16 de Novembro Horários: Das 08h00 Às 12h00 E das 14h00 Às 17h00 Ministrante: Danielle Bertolini da Silva

OFICINA 3. "REALIZAÇÃO DE DOCUMENTARIO" - Da Idéia A Produção

DIAS 14, 15 e 16 de Novembro Horários: Das 08h00 Às 12h00 e das 14h00 Às 17h00 Ministrante: Márcia de Gusmão Paraíso Cavalcanti

OFICINA 4. ANIMAÇÃO

Dias 14, 15 e 16 de Novembro Horários: Das 08h30 Às 13h00 Ministrante: Marcos Magalhães

05

Local das Oficinas: Avenida Abunã 758, Bairro Olaria (Fundação Riomar)

OFICINA : SOM PARA IMAGEM

Currículo Resumido

Edwaldo Mayrinck Monteiro de Andrade Jr., formado em engenharia eletrônica em 1980, atua profissionalmente em áudio desde 1975. inicialmente com experiência em projetos e execução de equipamentos de áudio e em gravação e sonorização de música ao vivo. Ingressou na Universidade Federal Fluminense, Curso de Cinema no ano de 1983, sendo selecionado em 1985 pela Embrafilme para treinamento e especialização para no National Film Board of Canada; nas áreas de manutenção, instalação e operação de equipamentos de áudio cinematográficos. Funcionário do corpo permanente do CTAv desde 1985 , realizou, transcrições, gravações, mixagens e edições de som em diversas co-produções do CTAv. Projetou e supervisionou a instalação de equipamentos de


pós-produção de som dos estúdios do CTAv. Na área de treinamento e repasse de tecnologia ministrou pelo CTAv cursos de captação de som e sonorização de filmes em algumas capitais brasileiras. Como Coordenador Técnico do DECINE-CTAv / FUNARTE, instituição sucessora da EMBRAFILME, desenvolveu o projeto de renovação tecnológica do CTAv para a utilização de tecnologia digital dos estúdios de dublagem, restauração de som e mixagem, sendo este certificado para Dolby Digital. Atua também como editor de som em filmes de curta-metragem em seu estúdio e como professor da cadeira Estudos do Som na Escola de Cinema Darcy Ribeiro desde 2004.

Tópicos abordados

Primeiro dia História da introdução do som na película cinematográfica Fundamentos do som e do áudio Percepção auditiva

06 Segundo dia Gravação de som para imagem , microfones , gravadores e gravação O sinal analógico e o sinal digital A pós-produção de som

Terceiro dia Edição Analógica e digital A mixagem e masterização A Projeção cinematográfica e de vídeo.

OFICINA DE CAPTACAO DE RECURSOS E ELABORAÇAO DE PROJETOS

Danielle Bertolini

Jornalista pela PUC-SP, atua no audiovisual desde 1997 já tendo exercido as funções de produtora, roteirista, diretora e montadora. Dirige a Flor do Cerrado Produções Culturais, responsável pela realização Tudo Sobre Mulheres


Festival de Cinema Feminino de Chapada dos Guimarães desde. Atualmente é Diretora Administrativa da ABD Nacional (Associação Brasileira de Documentaristas) e Vice-Presidente da ABD-SP, além de vice-presidente da Região Centro-Oeste do Instituto Pensarte.

OFICINA DE ELABORAÇAO DE DOCUMENTARIOS

Marcia Paraiso é roteirista e diretora, trabalhando com audiovisual desde 1990, atuando especialmente na área de filmes ambientais e sociais. Dirigiu e roteirizou dezenas de vídeos educativos para Tv e instituições de formação. Há quatro anos trabalha na série Ecossistemas Brasileiros, que lhe rendeu prêmios para o episódio “Jalapão, sertão das águas”. Nos documentários, Márcia tenta relacionar a importância da cultura das populações tradicionais com a preservação do meio ambiente. Foi premidada também com o documentário “Ocupar, Resistir, Produzir”, sobre a questão da liderança e do feminino junto a mulheres do MST. Mestre pela Universidade Federal Fluminense, é também professora no curso de cinema e vídeo de Universidade do Sul de Santa Catarina.

OFICINA DE ANIMAÇÃO

07

Com MARCOS MAGALHAES Marcos Magalhães, animador, carioca, 43 anos, é o autor de "Meow!" (Prêmio do Júri em Cannes), "Animando" (filmado no National Film Board of Canada), "DoiS" (produzido na USC em Los Angeles) e de outras animações como o ratinho de massinha do programa "Castelo Rá-Tim-Bum". Coordenou o filme "Estrela de Oito Pontas", criado e animado por Fernando Diniz, artista do Museu de Imagens do Inconsciente. Foi responsável pelo Núcleo de Animação do acordo Brasil-Canadá (1985-87), o primeiro centro de formação profissional em animação no Brasil. É um dos criadores e diretores do Festival Internacional de Animação ANIMA MUNDI.


Oficina prática de animação, com informações básicas sobre as diversas técnicas de animação. Duração: 3 dias (com 4 horas diárias, total 12 horas aula) Turma: 25 alunos. Professor: Marcos Magalhães Monitor: Luciane Chio

Quarta 14/11: 09/13hs - 1a aula: Histórico da Animação, apresentação de filmes. Animação de uma caminhada.

Quinta 15/11: 09/13hs - 2a aula: Exercício de desenho. Princípios da animação. Storyboard

Sexta 16/11: 09/13hs - 3a aula: Filmagem de recortes e stop-motion.

Para as crianças, atividades como o Joguinho da Amazônia e o robô ambiental hibrido, em parceria com a Petrobras e a SEMED, associados ao projeto a Escola Vai ao Cinema, atraíram a atenção e a participação de mais de 1000 crianças e jovens, inclusive de cidades como Candeias do Jamari, que vieram à cidade em caravana junto com seus professores.

OFICINA DE ANIMAÇÃO A ESCOLA VAI AO CINEMA PARCERIA COM A SEMED Secretaria Municipal de Educação e IBM

08


PIXILATION

Este nome esquisito é para a animação de pessoas de carne e osso, como se fossem bonecos! Os participantes se fantasiam e criam estórias e movimentos absurdos que eles mesmos executam, fazendo poses quadro-a-quadro. Pessoal: 2 monitores (1 RJ e 1 RO). O atendimento será de seis pessoas a cada dez minutos. Idade mínima: 6 anos. Espaço mínimo para montagem: 20m2.

09

RECORTES

Várias partes de uma imagem podem ser separadas e colocadas em movimento. O público vai recortar e montar personagens imantados e conferir o resultado na hora, como nas demais oficinas. Pessoal: 2 monitores (1 RJ e 1 RO). São atendidos doze participantes a cada 20 minutos, em média. Idade mínima: 8 anos. Espaço mínimo para montagem: 20m2. ROBÔ AMBIENTAL HÍBRIDO O trabalho de pesquisadores que atuam na região amazônica, especificamente onde há a construção do gasoduto que ligará Coari a Manaus, terá um importante coadjuvante: o Robô Ambiental Híbrido. A criação é de uma equipe de cientistas que integra o Projeto Ferramenta Cognitiva para a Amazônia (Cognitus), um dos três traçados do Projeto Potenciais Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e Gás na Amazônia (Piatam), desenvolvido em parceria com a Universidade Federal da Amazônia (Ufam) e a Petrobras. JOGUINHO DA AMAZÔNIA O jogo tem como base as pesquisas realizadas pelas varias áreas temáticas do Piatam, principalmente aquelas voltadas para o modo de vida das populações ribeirinhas da Amazônia e que são estudadas pelo Projeto.


Aos pesquisadores e comunidade acadêmica, debates sobre as questões ambientais pontuaram o FestCine Amazônia. O auditório da UNIR lotou nos dias dos debates sobre Paisagens Amazônicas e Aquecimento Global, ambos com a presença de renomados pesquisadores e personalidades ligadas ao desenvolvimento sustentável e à defesa ambiental.

10

DEBATES Paisagens Amazônicas Dia: 14 de novembro de 2007. Horas: 08h00 às 12h00 Local: Auditório da Universidade Federal de Rondônia Entrada Franca Coordenação: Nilza Menezes (FestCinemazônia)


Convidados: Drª Rosa Kliass arquiteta paisagista, considerada uma das mais importantes na história do Paisagismo brasileiro moderno e contemporâneo. Elenira Mendes - coordenadora da Fundação Chico Mendes, defensora do Meio Ambiente e das questões Amazônicas.

11 Aquecimento Global Dia: 16 de novembro de 2007. Horas: 08h00 às 12h00 Local: Auditório da Universidade Federal de Rondônia Centro Entrada Franca Coordenação: Nilza Menezes (FestCineamazônia) Convidados: Marina Silva - Ministra do Meio Ambiente Thiago de Mello - Poeta amazonense e defensor da Amazônia e dos direitos do homem Nelson Cabral de Carvalho - Gerente Setorial de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras - Região Norte. Dr. Luiz Hildebrando Pereira da Silva - pós-doutor em parasitologista pelo Instituto Pasteur de Paris, doutor pela USP e Diretor do Centro de Pesquisas em Medicina Tropical (Cepem). Antonio Alves poeta acreano


A Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, por problemas de ultima hora, enfrentados em sua agenda enviou um vídeo falando sobre a importância do debate e também uma carta justificando sua ausência.

MENSAGEM DA MINISTRA DO MEIO AMBIENTE MARINA SILVA

12 Minha saudação a todos e a todas. Lamentavelmente minha agenda de compromissos não permite estar pessoalmente presente, mas fiz questão de enviar a mensagem que agora está sendo lida pela organização do Festival, a quem agradeço o convite para dirigir-me a vocês. Não é novidade para muitos dos que aqui estão o crescente grau de preocupação que a humanidade tem dispensado ao processo de aquecimento global. Não faz muito tempo, falar em “mudanças climáticas” não fazia qualquer sentido - a não ser para cientistas ou admiradores dos gêneros de ficção. Nos dias de hoje, infelizmente, não há como não dar importância a um processo que, se não for tratado como prioridade mundial, poderá afetar de modo irreversível a toda a população do planeta. Todos seremos vítimas, sem distinção quanto ao credo, à cor, ou à condição financeira, pois esse é um caso de democracia trágica: o risco de extinção seria muito alto para grande parte da biodiversidade do globo terrestre. Todos podem e devem entender o que está ocorrendo para, conscientes, tomar parte na solução do problema. Nunca foi tão necessário o entendimento entre os homens. Não se trata de buscar somente a Paz, mas de estabelecer condições plenas para a perpetuação da espécie humana e também as demais espécies que coabitam o planeta. Não se trata também de opção política ou de crença religiosa: quando o assunto é aquecimento global, o quadro que melhor ilustra essa drástica situação é imaginarmos a todos numa única embarcação, tal como a de Noé, com a diferença de que, nesta arca, buscamos mais do que terra firme; estamos todos a busca daquilo que chamamos FUTURO. Por essa razão considero o Festival de Cinema Ambiental de Rondônia mais que um projeto de artes


audiovisuais, entretenimento e informação cultural, é uma oportunidade de discussão e compreensão de problemas ambientais muito importantes por parte da sociedade rondoniense. Por muito tempo, e ainda hoje, se pensou que cabia ao Estado, através de seu governo, resolver problemas como esse. Mas isso é um engano. O mundo mudou, e hoje não há “plano de governo” que se sustente sem a efetiva participação social e das demais esferas de Poder, como o Legislativo e o Judiciário. Quando se trata de questões relacionadas ao meio ambiente, então, governo e sociedade passam a ter a obrigação moral de atuar juntos, pois a saúde do planeta Terra já dá sinais de estafa e desgaste, o que diminui nossa margem de erro. Sabemos que a emissão de gases de efeito estufa não é somente culpa de uns poucos países industrializados. Mesmo o Brasil, que durante a maior parte dos seus 500 anos foi um País eminentemente agrário, tem também sua parcela de responsabilidade no processo de aquecimento global. A principal fonte de aumento da concentração atmosférica de dióxido de carbono desde o período pré-industrial se deve ao uso de combustíveis fósseis. A mudança no uso da terra tem contribuindo com uma parcela menor, mas significativa. No caso do Brasil, o desmatamento ainda é a maior fonte de emissões de CO2 e, portanto, o setor florestal vem recebendo grande atenção na definição de políticas e ações de governo voltadas à redução de emissões, com destaque para o bioma florestal amazônico. Como mais uma contribuição brasileira para o regime internacional de combate a mudanças climáticas, destaco a apresentação formal, no âmbito da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, da Proposta de Incentivos positivos para a redução de emissões provenientes do desmatamento nos países em desenvolvimento. Essa proposta será tratada como parte das negociações da Conferência das Partes da Convenção, que deverá tomar uma decisão quanto aos próximos passos relacionados ao tema de redução de emissões provenientes do desmatamento, no próximo mês de dezembro, em Bali, na Indonésia.

Se considerarmos as medidas governamentais tomadas contra o desmatamento na Amazônia a partir do ano de 2002, constataremos que tais medidas evitaram a emissão de mais de 442 milhões de toneladas de CO2 (supondo-se que a taxa de desflorestamento em 2006 tenha sido a mesma que em 2004). Esses números não são obra do acaso, mas fruto de um esforço coletivo que se configurou no Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. Essa iniciativa teve como principais resultados quantitativos uma redução da área desmatada no período de 2004-2005 em relação ao período de 2003-2004 da ordem de 31% e de 2005-2006 em relação a 2004-2005 de outros 25%. Os resultados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais indicam uma redução adicional da área desmatada no período de 2006 a 2007. O Governo está elaborando uma proposta de Política Nacional de Mudanças Climáticas, que é responsabilidade do executivo federal e formulando a estratégia para a elaboração de um Plano Nacional para Mudanças Climáticas, que é um espaço de responsabilidade de toda a sociedade brasileira. Os eixos da proposta da Política Nacional que será apresentada ao Congresso nacional são: mitigação; adaptação; divulgação e capacitação; pesquisa e desenvolvimento. Em breve os debates chegarão a todo o país

13


e os rondonienses terão oportunidade de dar sua contribuição na formulação de sugestões e no no acordo de todo o país que deve abrigar o Plano Nacional para Mudanças Climáticas. Julguei necessária a apresentação desses dados como maneira de dar uma noção introdutória à platéia daquilo que o governo está fazendo em relação a tão preocupante momento. O Presidente Lula e todos os Ministérios estão empenhados em tomar atitudes concretas que ajudem a solucionar problemas e que fortaleçam em todo o Povo Brasileiro o orgulho de pertencermos a um “País bonito por natureza” como cantam nossos poetas populares e, principalmente, pela natureza. Desejo a todos um grande Festival! Marina Silva Ministra de Estado do Meio Ambiente.

14

O poeta Thiago de Mello presente ao encontro declamou o poema abaixo e destinou o uso exclusivo para a produção do Festival. Pequeno ABC

Dentro dela cabe o mundo,

do Festcine

mundo, mundo, o giramundo

Amazônia

do geraldo mundo sarno

para salvar

e cabe o sonho profundo

a fl oresta

de amor, que essa casa tem. Como o amor é tão bonito !,

Thiago de Mello

haja mãos para dizer.

O que é o meio ambiente ? É simplesmente uma casa.

Amor: dar e receber.

Só que grande já demais.

Como ela gosta de dar !

Do tamanho do universo.

Sabe que é sempre a melhor maneira de receber.


O seu nome é lindo: TERRA,

um jeito para ensinar

Céu e chão da Natureza.

a alegria de viver.

É a Gaia do mito grego. Já não é mais um segredo

Mas da multidão de seres

que ela é um ser vivo também.

que ela inventou, pois um deles chamado humano, que se fez

E vive de inventar vida.

das virtude dos seus verdes,

Cada coisa que ela cria

a cobiça converteu

- pode ser nuvem, lajedo,

em maldoso desumano

sumaumeira, vagalume

que lhe vem varando os âmagos

é pra dar contentamento

com lâmina envenenada

a quem mora dentro dela.

de fogo e de ingratidão.

Mora a flor e o beija-flor,

Eita-ferro! A Natureza

mora o ninho e o passarinho,

sabe ser mãe, mesmo assim,

a criança e a esperança,

queimada e compadecida,

mora o tempo e o passatempo.

persiste fiel à bondade, que é seu destino e seu dom.

Sua invenção poderosa? O manancial que não cessa.

Floresta, casa da Vida,

Sua glória e sua festa

Minha prenda preferida,

foi ter plantado a Floresta,

cabocla suburucu,

coração verde da Casa,

popa de lancha, bandeira

feito de verdes e escamas,

no vento, turqueza azul.

bromélias e matrinchãs,

Senhora sempre menina,

de várzeas e terras firmes,

criança que não se cansa

de boto de olho na moça

de repartir a esperança.

lavando roupa na beira, de gavião e bem-te-vi,

Como é bom poder cantar !

de terra roxa alagada,

Firme de voz e de timbre,

capim azul canarana,

celebro este Festival,

coruja cantando aflita

que não deixa a Natureza

dizendo adeus pras estrelas,

sair de cena e rebrilha

de caboclo plantador

no milagre do cinema,

de maniva pra farinha,

pela mão cheia de estrelas

de tudo a floresta faz

de Fernanda e Jurandir

15


com o Antonio de permeio

A exibição dos filmes foi dividida dentro da Mostra

e a arte de Carlos Levy,

Competitiva, Mostra Paralela, Mostra Petrobras e com os

levados e pelo fulgor

diversos filmes convidados. Filmes também foram

deste Porto Velho inteiro.

exibidos e apresentados ao público em projetos como Cinema no Terreiro, Cinema no Bairro, Cinema no Circo e

Assim bem aconchegada

Cinema no Beiradão.

pelo poder que perdura, a mata te estende a mão. Por isso cantando vou, seguindo o rumo da luz que Mariana me mostrou, pelo caminho das pedras que seu Diga abriu,diamante de grande sabedoria.

Filho da Terrra, a Floresta é a mais luminosa benção que a Natureza te deu.

PROGRAMAÇÃO MOSTRA COMPETITIVA

Dos seus troncos malferidos,

DIA 13/11/07 (Terça-Feira)

quando anoitece, ouve bem, Das 19h00m às 22h30m

se ergue pungente clamor.

ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA

Não é canto de guariba, nem silvo de curupira.

VÍDEO INSTITUCIONAL

É a mata pedindo ajuda.

HOMENAGEM GERALDO SARNO FILMES CONVIDADOS

A Floresta é a tua Casa.

MAPINGUARI O DEFENSOR DA FLORESTA

Cuida dela com amor.

Direção: Caó Cruz. Animação (5 min) - BA EU CARREGO UM CINEMA DENTRO DE MIM Direção: Eryk Rocha. Documentário (28 min) - RJ

Porto Velho, 16, novembro, 2007 No 5* Festival

MOSTRA GERALDO SARNO

( Os direitos deste poema pertencem ao Festival de Cinema da Amazônia

VIRAMUNDO

) Direção: Geraldo Sarno Documentário (40 min). 16 mm. 1964/65

16


COMPETITIVA NA CORDA BAMBA Direção: Marcos Buccini. Animação (5 min) PE

TÃO LONGE, TÃO PERTO Direção: André Constatin. Documentário (14 min) RS

LAMENTO Direção: Kim-Ir-Sem Pires Leal. Experimental (03 min) GO

CAGUAYO Direção: Elena Sierra, Jennifer Galvin e uliana Duarte. Documentário (05´12´´) GO

17 CUITÁ, A PEDRA DO BENDEGÓ Direção: Marcelo Rabelo. Documentário (15 min) - BA

NADA CONSTA Direção: Santiago Dellage. Ficção (08 min) - DF

PRIMEIRO MOVIMENTO Direção: Érica Valle. Animação (06 min) RJ

IDENTIDADES EM TRÂNSITO Direção: Marcio Câmara e Daniele Ellery. Documentário (19 min) - CE

BICHO PRETO NASCE BRANCO Direção: Ângelo Lima. Documentário (14 min) - GO


SEU PITA SOCIAL CLUBE Direção: Thyego Lopes. Documentário (15 min) PB

DIA 14/11/07 (QUARTA-FEIRA) Das 19h00m às 22h30m

ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA VÍDEO INSTITUCIONAL HOMENAGEM RITA QUEIRÓZ

FILMES CONVIDADOS

MARCAS DA AMAZÔNIA Direção: Jurandir Costa. Documentário (15 min) RO

COMPETITIVA

TAINÁ-KAN, A GRANDE ESTRELA Direção: Adriana Figueiredo. Animação (15 min) RJ

18


O CHAMADO DA SAMAUMA Direção: Fernando Kuraeim. Ficção (03 min 57 seg) RJ

CAIAPÓ METUTIRE Direção: Renato Dura e Flavio Barone. Documentário (26 min) SP 200 G Direção: Estevan Santos. Ficção (5 min 10 seg) SP

GENTE HERÓICA Direção: Rodrigo Valle. Documentário (09 min) GO

INPOLITICAMENTE INCORRETO Direção: Mauricio Câmara e Pedro Breitam. Ficção (17 min) - RS

19 GUERRA E PAZ NO SERTÃO DOS GERAIS Direção: Leandro Caetano. Documentário (22 min) GO

SALAR DE UYUNI Direção: Marília Hughes. Documentário (11 min) BA

FILME CONVIDADO MOSTRA GERALDO SARNO

VIVA CARIRI Direção: Geraldo Sarno. Documentário (37 min) CE (1970)

DIA 15/11/07 (QUINTA-FEIRA) Das 14h00m às 17h30m


ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA VÍDEO INSTITUCIONAL COMPETITIVA

AS MÃOS DA MAE BARRO Direção: Gavin Andrews. Documentário (15 min) - AP

EM TRÂNSITO Direção: Elton Rivas. Documentário (25 min) - MT

BALLONS Direção: Jonas Brandão. Animação (01 min 16 seg) SP

TINHA A GATA GIOCONDA Direção: Ivan Spacek. Animação (8 min) SP

MENINOS DE AREIA Direção: Cacau Rhoden. Ficção (04 min 55 seg) - SP

MAIS OU MENOS UM? Direção: Wilmar Ferraz. Ficção (15 min) - GO

CIDADE VAZIA POR DENTRO E CHEIA POR FORA Direção: Paulo César de Paula. Documentário (5 min) MG

MALABARES Direção: Maithê Lorena e Sexy Jannuzzi. Documentário (10 min) RJ

MBYÁ REKO VIDA GUARANI Direção: Eonir Teresinha Malgaresi. Documentário (12 min 30 seg) - SC

20


MULTIPLICADORES Direção: Renato Martins e Lula Carvalho. Documentário (20 min) RJ

FILME CONVIDADO MOSTRA GERALDO SARNO

DEUS É UM FOGO Direção: Geraldo Sarno. Documentário (80 min) - 1987

DIA 15/11/07 (QUINTA-FEIRA)

Das 19h00m às 22h30m

ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA

VÍDEO INSTITUCIONAL FILME CONVIDADO MOSTRA GERALDO SARNO EU CARREGO UM SERTÃO DENTRO DE MIM Direção: Geraldo Sarno. Documentário.

COMPETITIVA OH! OH! OH! UMA HISTORIETA DE NATAL Direção: Marcello Laruccia. Animação (05 min 28 seg) SP

NOSSO AMOR É TÃO BONITO Direção: Anna Costa e Silva. Ficção (06 min 38 seg) - RJ

BOA VIAGEM IBANTU Direção: Vincent Carelli. Documentário (18 min) PE

21


DA UTILIDADE DOS ANIMAIS Direção: Betânia Victor. Ficção (09 min) DF

LEONEL PÉ-DE-VENTO Direção: Jair Giacomini. Animação (15 min) - RS

O HOMEM LIVRO Direção: Anna Azevedo. Documentário (14 min) RJ

LEMBRANÇAS DA LIBERDADE Direção: Rafael Jardim. Experimental (01 min 30 seg) RJ

URUBUS TÊM ASAS Direção: Marcos Negrão e André Rangel. Documentário (15 min) RJ

O PARCELEIRO Direção: Zacarias Pena Verde. Documentário (18 min) RO

A HISTÓRIA SECRETA DO TELEMARKETING Direção: Bia Flecha. Ficção (05 min 54 seg) SP

22


ATÉ SEMANA QUE VEM Direção: Mauricio Franco e Paulo de Tarso Disca. Documentário (07 min) - SP

OVER DOSE DIGITAL Direção: Marcos Debrito. Ficção (15 min) - SP

FILME CONVIDADO 500 ALMAS Direção: Joel Pizzini Documentário (109 min). 35 mm - SP

DIA 16/11/07 (SEXTA-FEIRA) Das 14h00m às 17h30m

ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA VÍDEO INSTITUCIONAL FILME CONVIDADO

HOMEM ESTÁTUA Direção: Marcos Magalhães. 35 mm (09 min). 2007 - RJ

COMPETITIVA

CALANGO Direção: Alê Camargo. Animação (8 min) DF

KAHEHIJEGU UGUHUTU O MANEJO DA CÂMARA Direção: Coletivo KUIKURO de Cinema. Documentário (11 min) PE

23


O GRANDE DIA Direção: Antonia Fontes Salles. Ficção (07 min) RJ

OFICINA PERDIZ Direção: Marcelo Diaz. Documentário (19 min) RJ

MÁGOA DE VAQUEIRO Direção: Dustan Oeven e Moises Cabral. Animação (06 min) GO

FEIRA LIVRE Direção: Isaac Chueke. Documentário (18 min) RJ

OUTRAS OPÇÕES AGUARDE Direção: Caco Souza. Ficção (05 min 56 seg) SP

O PROFESSOR DA FARINHA Direção: Manuel Lampreia Carvalho. Documentário (20 min) - RJ

SUMIDOURO Direção: Cris Azzi. Documentário (18 min 30 seg) MG

A ÁRVORE DO DINHEIRO Direção: Marcos Buccini e Diego Credidio. Animação (05 min) - PE

FILME CONVIDADO

RAIMUNDA, A QUEBRADEIRA Direção: Marcelo Silva. Documentário (52 min). 52 min. TO

24


DIA 16/11/07 (SEXTA-FEIRA) Das 19h00m às 22h30m

ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA VÍDEO INSTITUCIONAL

HOMENAGEM CANAL BRASIL COMPETITIVA

VIDA MARIA Direção: Márcio Ramos. Animação (8 min) - CE

BORRALHO Direção: Arturo Sabóia e Paulo Eduardo Barbosa. Ficção (17 min) MA

QUANDO O TEMPO CAIR Direção: Selton Melo. Ficção (15 min) RJ

MAMÃE ANDAVA ARMADA Direção: Lucia Correa. Documentário (05 min) MG

DOC. 08 Direção: Christian Schneider. Documentário (20 min) - RS

14 BIS Direção: André Ristum. Ficção (24 min) SP

CHARAKAPÁ ARTE DO URUCUM Direção: Lula Sampaio e Juliana Corso. Experimental (2 min 33 seg) GO

25


PERDIDO NO MEIO DO NADA Direção: Fábio Mazaia e Rodrigo Eba. Animação (9 min) SP

OSSÁRIO: ARTE MENOS POLUIÇÃO Direção: Felipe Briso, Jennifer Galvin e Uliana Duarte. Documentário (03 min 50 seg) - SP

PROFETAS DA CHUVA E DA ESPERANÇA Direção: Márcia Paraíso. Documentário (15 min) SC

ESPETO Direção: Guilherme Marback. Ficção (16 min) - SP

FILME CONVIDADO

26 LUTZENBERGER: FOR EVER GAIA Direção: Frank Coe. Documentário (52 min). 2007 - RS

DIA 17/11/07 (SÁBADO)

Das 19h00m às 22h30m

ABERTURA FESTCINEAMAZÔNIA

VÍDEO INSTITUCIONAL HOMENAGEM CHICA XAVIER

FILME CONVIDADO

MADEIRA MAMORÉ FERROVIA DO DIABO


PREMIAÇÃO

O Cinema no Terreiro, exibido em dois terreiros de matriz afro, atingiu seu ápice com a fala da atriz Chica Xavier, que ressaltou que ações como a do FestCine Amazônia “são de uma importância fundamental, tanto para trazer à luz a realidade da religião afro, quanto para integrar socialmente as pessoas que, de uma forma ou de outra, são discriminadas socialmente”. Este projeto irá ocorrer regularmente ao longo do ano.

27

CINEMA NOS TERREIROS

DIA 15/11/07 (QUINTA-FEIRA) Horário: 20h30

TERREIRO ILÊ AXÉ OGUN DAJOLEKAN DO BABALORIXÁ HILTON DE OGUN Endereço: Rua Percy Holder 3923 Bairro Caladinho

DIA 16/11/07 (SEXTA-FEIRA) Horário: 20h30

TERREIRO TENDA ESPÍRITA CABANA DE OXÓSSI BABALORIXÁ PAI TIÃO DE OXÓSSI Endereço: Rua das Castanheiras Nº. 7243 Bairro Nova Esperança


Já os projetos Cinema no Circo e Cinema no Bairro, fizeram o caminho inverso do público. Ao invés das pessoas irem ao cinema, a projeção foi levada às pessoas no local onde elas moram, formando assim uma nova platéia e propiciando há muitos o primeiro contato com a arte cinematográfica.

28

CINEMA NOS BAIRROS

BAIRRO FLORESTA

PRAÇA DA AVENIDA CAMPOS SALES

DIA 14/11/07 (Quarta-Feira) Das 19h00m as 22h30m


BAIRRO NACIONAL

QUADRA NOVA ESTRADA DO BELMONT (Próximo A Associação dos Moradores)

DIA 15/11/07 (Quinta-Feira) Das 19h00m Às 22h30m

BAIRRO JK

CASA BRASIL AVENIDA MAMORÉ

DIA 16/11/07 (Sexta-Feira) Das 19h00m Às 22h30m

CINEMA NO CIRCO

DIAS: 14, 15 e 16 De Novembro (Das 19hs Às 22h30) LOCAL: Rua Andréia C/ Rua Antônio Rivaldi

Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe Bairro 4 De Janeiro

29


E assim foi também com o Cinema no Beiradão. Atravessando o Rio Madeira, toda a equipe e convidados se deslocaram até a comunidade do outro lado do rio, onde pessoas que nunca tiveram contato com a magia da sétima arte ficaram extasiadas diante da telona. Nos próximos seis meses, mais onze comunidades ribeirinhas receberão filmes e conhecerão trabalhos voltados ao debate da defesa ambiental.

CINEMA NO BEIRADÃO

Dia 14/11/07 19h30min Comunidade São Sebastião Rio Madeira Mostra Competitiva

30


E uma bandeira foi levantada durante a 5ª Edição do FestCine Amazônia: a luta contra a homofobia com a Mostra Arco Iris. Voltada para o público GLBT, a exibição do filme Bombadeira trouxe reflexões e debates acirrados.

MOSTRA ARCO ÍRIS

DIA 14/11/07 (QUARTA-FEIRA) Horário: 21h00 Local: Zé Beer

31


Mas o FestCine Amazônia não fica apenas na data das exibições. Nos seis meses próximos, todas as capitais da região norte do Brasil recebem a Mostra Itinerante, além de várias cidades de Rondônia. E países como Peru e Bolívia também estão inclusas no roteiro da equipe, discutindo e debatendo problemas ambientais da Amazônia e questões sociais em comum.

32


REGULAMENTO FESTCINE AMAZÔNIA

Debate: Aquecimento Global 1.- DATA E LOCAL Art. 1º - O FESTCINE AMAZÔNIA Festival de Cinema e Vídeo Ambiental se realizará na Cidade de Porto Velho, Estado de Rondônia, Brasil no período de 13 a 17 de novembro de 2007. 2.- DA FINALIDADE Art. 2º - O FESTCINE AMAZÔNIA tem a finalidade de divulgar e exibir obras audiovisuais, curta e média metragens, de ficção, documentários, animações e experimentais, com temática ambiental, produzidas em qualquer parte do mundo, desde que legendadas ou faladas na Língua Portuguesa. Cada participante poderá inscrever até três trabalhos realizados a partir de 2000. 3.- DA INSCRIÇÃO Art. 3º - Estão aptos a se inscreverem os filmes (35 ou 16 mm), Vídeos produzidos em qualquer formato, com duração máxima de 26 minutos. Parágrafo Único: Obras com tempo superior a 26 minutos, poderão ser inscritas e exibidas nas mostras itinerantes dos bairros e cidades, fora de competição. Art. 4º - As inscrições estão abertas no período de 1 de junho a 31 de agosto de 2007 através de preenchimento de formulário próprio a disposição dos interessados no site e ainda o envio do seguinte material : a- Preferencialmente Fita Mini DV/NTSC, DVD ou VHS/NTSC do filme/vídeo; * Todos os trabalhos serão projetados digitalmente b- Cartazes e fotos do filme/vídeo e dos realizadores, para produção gráfica do catálogo e divulgação. Parágrafo Único: Para confirmação da inscrição é indispensável o envio do material acima especificado, para que os filmes e vídeos constem no catálogo do Festival. A data final para a postagem é 31 de agosto de 2007. ENDEREÇO PARA ENVIO: FESTCINE AMAZÔNIA Rua: Paraguai, 320 - Morada do Sol 2 - Bairro Embratel CEP: 78900-970 Porto Velho RO Brasil INFORMAÇÕES: Www.cineamazonia.com -

e-mail: fest_cine@hotmail.com

Art. 5º - Os filmes e vídeos inscritos não serão devolvidos, as fitas serão arquivadas no acervo do FESTCINE AMAZONIA para posterior doação à entidades ligadas com a temática ambiental.

33


Parágrafo Único: As fitas Mini DV, DVD´s, CD's e VHS do acervo do FEST CINEAMAZÔNIA poderão, a critério dos organizadores, ser utilizadas em mostras culturais e ambientais em eventos nacionais ou internacionais ou entidades afins, sempre sem fins lucrativos, com entrada franca. Art. 6º - Os Produtores/Realizadores das obras serão informados da exibição após o dia 01 de outubro de 2007 e divulgados no site: www.festcineamazonia.com.br Art. 7º - A Coordenação do FESTCINE AMAZÔNIA se reserva no direito de convidar, diretores e filmes de longa metragem, que possam contribuir para a qualidade do evento e a discussão da questão ambiental. 4 DA SELEÇÃO Art. 8º - Uma Comissão de Seleção indicada pelos organizadores, selecionará, dentre as obras inscritas, aquelas que participarão da mostra competitiva tendo total autonomia para desclassificar as obras que, segundo seu julgamento, não se enquadrarem nos critérios de seleção do FESTCINE AMAZONIA ou não atenderem às exigências do presente regulamento. § Único: É vedada a participação na Comissão de Pré-Seleção, no Júri Oficial ou nas estruturas de organização do FESTCINE AMAZONIA de pessoas físicas ou jurídicas com qualquer vínculo com produções inscritas no Festival. 5 - DA PREMIAÇÃO UNIFICAÇÃO DE BITOLAS Todos os participantes (filmes e vídeos) concorrem igualmente ao Troféu Mapinguari . Art. 10º - Será constituído um Júri com membros de destacada atuação audiovisual ou ambiental, e que serão coordenados por um presidente, responsável pelas atas de reuniões, sendo as decisões soberanas e irrecorríveis. Prêmio para Melhor Filme ou Vídeo - 1 câmera de vídeo Digital Prêmio Danna Merril: Melhor Documentário Prêmio Major Reis: Melhor Animação Prêmio Vitor Hugo: Melhor Ficção Prêmio Manoel Rodrigues Ferreira: Melhor Experimental Prêmio Chico Mendes: Melhor Roteiro Prêmio Marina Silva: Melhor Montagem Prêmio Povos Indígenas de Rondônia: Melhor Trilha Sonora Prêmio Silvino Santos: Melhor Fotografia Prêmio Capô (Maurice Capovilla): Linguagem Prêmio Melhor Direção

34


Prêmio Melhor Ator Prêmio Melhor Atriz Júri Popular Prêmio Thiago de Mello Prêmio ABD-RO/Lídio Sohn - Documentário Competição de Vídeos Rondonienses: Melhor Produção Rondoniense Melhor Diretor Melhor Roteiro Melhor Montagem Melhor Trilha Sonora Original Categoria de Vídeo Reportagem Ambiental: Melhor Reportagem Ambiental Rondoniense Melhor Reportagem Ambiental Nacional Parágrafo Primeiro: Serão admitidos outros prêmios e menções honrosas oferecidos por instituições nacionais ou internacionais desde que previamente aprovados pela organização do evento sendo a escolha e a entrega dos mesmos de responsabilidade das instituições que os proporem. 6.- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 9º - A organização do Festival reserva-se o direito de exibição, sem ônus, em cinema e televisão, de extrato da obra selecionada para efeito de divulgação do evento. Art. 10º - A Comissão Organizadora do evento não se responsabilizará por imagens e/ou músicas de terceiros utilizadas nos trabalhos inscritos, sendo que todo e qualquer ônus por problemas de direitos autorais recairão exclusivamente sobre o produtor/realizador do vídeo. Art. 11º - As obras participantes poderão ser exibidas, em um prazo igual ou inferior a 2 anos, em salas de cinema, em sessões não comerciais, tvs abertas ou fechadas, salvo restrição expressa por seu realizador/produtor. Parágrafo Único: A restrição deverá ser colocada em formulário próprio enviado a organização do FESTCINEAMAZONIA. Art. 12º - É obrigatório o preenchimento, impressão e assinatura da ficha de inscrição disponível no site www.cineamazonia.com este procedimento vincula o participante a aceitação deste regulamento.

35


Art. 13º - Os casos omissos a este Regulamento serão analisados pela organização do FESTCINEAMAZONIA.

JURADOS DE PRÉ-SELEÇÃO MOSTRA COMPETITIVA

NILZA MENEZES

Poeta e Pesquisadora. Mestra em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Especialista em História do Brasil pela PUC/MG. Bacharel em História pela Universidade Federal de Rondônia UNIR. Coordenadora do Centro de Documentação Histórica do Tribunal de Justiça de Rondônia. Autora de diversos livros de poesia dentre eles: POÇÕES E MAGIA, A LOUCA QUE CAIU DA LUA, 50 MULHERES, FRUTA AZEDA COM SAL E FEITURA. Realizou diversos trabalhos de pesquisa destacando-se os estudos sobre a presença da mulher caribenha na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré EFMM, CHÃO DAS CINCO NA FLORESTA e ainda sobre as origens do antigo bairro do Mocambo. É autora das histórias de vida da artista plástica Rita Queiroz e em parceria com Fabíola Holanda escreveu o livro sobre a vida do ex-governador de Rondônia, o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira. Desenvolve pesquisas sobre gênero e religião.

36 HUMBERTO OLIVEIRA Jornalista por convicção e cinéfilo por paixão desde o seis anos. Iniciou suas atividades jornalísticas em 1993 colaborando semanalmente no 2º caderno do Jornal “O Povo” em Fortaleza, como comentarista de cinema e vídeo. Também em Fortaleza participou do Curso de Cinema e Vídeo da Casa Amarela Eusélio Oliveira e do 1º Cine Ceará. Colaborador para o Caderno de Cultura do Jornal Alto Madeira em duas colunas semanais intituladas 24 quadros por segundo e Memória do Cinema Nacional de 1997 a 2000. Atualmente atua como assessor de imprensa da Faculdade FIMCA. Mantém um blog sobre cinema e cultura chamado Almanaque no site www.rondoniaovivo.com. Durante seis anos foi redator, produtor e diretor de comerciais para TV assim como documentários em diversas agências de propaganda situadas em Porto Velho. De outubro de 2005 a fevereiro de 2006 ministrou curso prático de roteiro para cinema e televisão para os acadêmicos da Faculdade Uniron.

SARA XAVIER

É jornalista, professora universitária, pesquisadora na área de semiótica.

JURADOS DE MELHOR REPORTAGEM AMBIENTAL Divino Caetano é jornalista de rádio, jornal impresso e televisão em Rondônia. Trabalhos ambientais de grande destaque foram "O Vale do Guaporé", em 2000, que mostrou a beleza natural do Guaporé. Fauna, flora e os ribeirinhos na atividade extrativista na Reserva Ecológica de Curralinho, em Costa Marques. E "Festa Botawa", em 2002, acontecimento anual do povo indígena Tenharin, do Sul do Amazonas, que apresentou pela


primeira vez aspectos culturais da etnia, como a cura, a crença, a culinária e a dança. Paulo Queiroz Bezerra é jornalista, 34 anos de profissão, começou fotógrafo (jornal O NORTE João Pessoa/PB), depois repórter e redator desta publicação. Em RO desde 1978, trabalhou em todos os diários da capital como repórter ou articulista - função atual em O ESTADÃO. Funcionário federal desde 1981, foi Secretário-adjunto de Estado de Comunicação (1995-99), titular do Decom do Governo (2000-03), assessor do TRT-RO e da Unir em cuja Secom é lotado. Foi fotógrafo de cena do filme "O Salário da Morte", de Linduarte Noronha (1974). Ricardo Borges Leite é formado em Comunicação Social - habilitação em jornalismo pela UNISUAM RJ; Pós-Graduado em jornalismo e mídia pela Uniron e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Lucas. Ex-diretor da Tv Educativa em 86/87; ex-assessor de comunicação de vários órgãos do governo do Estado e desde 2000 ocupa o cargo de Relações com a Mídia e coordenador de projetos culturais e sociais da Brasil Telecom nas filiais Rondônia e Acre.

PROGRAMAÇÃO - REPORTAGEM AMBIENTAL DIA 16/11/07 (Sexta-Feira) Das 8h30m às 11h30m MUDANÇAS CLIMÁTICAS ECO SENADO Direção: César Mendes Pereira. Reportagem Ambiental (10 min) DF COOPERATIVA SUSTENTÁVEL GUAJARÁ-MIRIM Direção: Emerson Barbosa. Reportagem Ambiental (3 min 5 seg) RO ARCO DO DESFLORESTAMENTO Direção: Pedro Werneck. Reportagem Ambiental (25 min) RJ DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ECO SENADO Direção: César Mendes Pereira. Reportagem Ambiental (10 min) DF HABITOS DO SAGÜI-DE-CABEÇA-PRETA Direção: Rebeca de Oliveira Varella Barca. Reportagem Ambiental (14 min) RO “GLOBO ECOLOGIA” UM DESAFIO PARA A FLORESTA AMAZÔNICA Direção: Raiz Savaget. Reportagem Ambiental (21 min) RJ BIODIVERSIDADE ECO SENADO Direção: César Mendes Pereira. Reportagem Ambiental (10 min) DF NATUREZA 2005. O COMEÇO DO FIM? Direção: Sidney Torres. Reportagem Ambiental (16 min 45seg) AC

37


IGATU CAMINHOS DE PEDRAS Direção: Mariana Alves Campos. Reportagem Ambiental (25 min 07seg) - RJ .

PREMIAÇÃO MELHOR REPORTAGEM AMBIENTAL Melhor Vídeo Reportagem Ambiental Nacional “Igatu, Caminhos De Pedras”, De Mariana Alves Campos, do Rio De Janeiro. Melhor Reportagem Ambiental Rondoniense “Cooperativa Sustentável Guajará Mirim”, De Emerson Barbosa. JURADOS MOSTRA COMPETITIVA

38 EMANOEL FREITAS Ator, apresentador, gestor e produtor de eventos culturais com pós graduação em gestão empresarial pela Universidade da Amazônia. Há 12 anos se dedica ao cinema brasileiro como diretor financeiro de 1995 a 1998 do Coletivo de Realizadores de Audiovisuais da Amazônia - CRAVA, presidente de 1998 a 2003 da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas do Pará - ABDeC-PA, secretário executivo e diretor financeiro de 1999 a 2003 da Associação Brasileira de Documentaristas - ABD Nacional, coordenador de 2000 a 2003 do Convênio Nacional da ABD, conselheiro desde 2000 da Câmara Setorial de Produção Cultural da Associação Comercial do Pará, conselheiro de 2004 a 2005 da Associação de Produtores e Cineastas do Norte e Nordeste - APCNN, secretário geral de 2005 a 2006 e conselheiro desde 2007 do Fórum Nacional de Eventos Audiovisuais Brasileiros - FÓRUM DOS FESTIVAIS, secretário executivo desde 2005 do Congresso Brasileiro de Cinema - CBC e diretor financeiro desde 2006 da Associação Brasileira das Film Commissions - ABRAFIC. Atualmente é proprietário da EF Produções e Entretenimentos, diretor executivo do Festival de Belém do Cinema Brasileiro e do Circuito Itinerante de Cinema do Pará e diretor presidente do Instituto Amazônia Imaginária.

ALEJANDRO BEDOTTI

Roterista, ator, diretor teatral, mimico, bonequeiro e dramaturgo. Realizou estudos de teatro em La Plata, Provincia de Buenos Aires, Argentina. Fez curso de mimica em Buenos Aires até 1975. Desde 1976 no Brasil. Lecionou na Escola de Teatro Martins Pena- Rio de Janeiro e programas na TVE. Realizador do curta :


“História de Jose e Maria” com Fabio Barreto, ganhador do festival de Brasilia de 1977. Desde 1979 em Porto Velho, ministrou inumeros cursos de teatro pelo SESC e antiga Secretaria de Cultura Estadual-SECET. Trabalhou na área de teatro na UNIR até 2001. Realizou vários roteiros para video como “Porto das Esperanças” , “Mulher e Seringueira” - roteiro e direção, “São Carlos do Jamari”. Na atualidade exerce a profissão de psicólogo o que não o afasta da arte participando como roteirista e criador, sempre que possível.

BETO LEÃO

Diretor, roteirista e pesquisador de cinema. Nasceu em Goiânia, em 24 de julho de 1958. Ex-crítico de cinema do jornal Diário da Manhã (1982-93), ex-editor geral da revista Oásis (1986-93), da revista Novos Dias (1998) e ex-crítico de cinema da Revista de Cinema - São Paulo-SP (2001-2002). Foi assistente de direção e montagem e fez a direção de produção do curta-metragem em 35mm “O Pescador de Cinema”, de Ângelo Lima (Goiânia, 1999); Produtor Executivo e Assistente de Produção do curta-metragem em 35mm “Wataú”, de Débora Torres (Goiânia/Aruanã, 2000). Escreveu o roteiro e co-dirigiu, com Eduardo Benfica, o vídeo “Goiânia: Do Batismo à Modernidade”, em homenagem ao cinqüentenário do Batismo Cultural da cidade, comemorado em 1992, e co-dirigiu, com Eudaldo Guimarães, o vídeo “Bênnio o Inesquecível Alquimista das Artes”. É um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas, Seção de Goiás - ABD-GO, presidida por ele em duas gestões (1985-86 e 1993-94.). Autor do livro “Bennio Da Cozinha para a Sala Escura” (Editora do Cerne, Goiânia, 1999), co-autor, em parceria com Eduardo Benfica, do livro “Goiás no Século do Cinema” (Editora Kelps, Goiânia 1996) e um dos autores da “Enciclopédia do Cinema Brasileiro” (Editora Senac São Paulo, 2000). Em 2001 escreveu o livro “O Cinema Ambiental no Brasil” (editado pela Agepel) e dirigiu o vídeo “Cesius 13.7”, documentário sobre o acidente com o Césio 137 ocorrido em Goiânia em setembro de 1987. Em 2005, escreveu o roteiro “DJ Oliveira O Dom Quixote dos Pincéis”, com direção de Taquinho. Nesse mesmo ano recebeu uma Medalha de Honra ao Mérito na homenagem prestada pela 5ª Goiânia Mostra Curtas. Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Documentaristas, Seção de Goiás ABD-GO, presidente do Cineclube João Bênnio e do Núcleo Goiano do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB), e diretor de Comunicação do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC).

EUCLIDES MOREIRA NETO

É jornalista profissional, professor universitário do curso de comunicação social da Universidade Federal do Maranhão, onde leciona a disciplina laboratório de telecinejornalismo. Tem duas especializações em comunicação social: "teoria em comunicação", pela Universidade Federal do Maranhão; e "pesquisa em comunicação", pela Universidade Federal de Minas Gerais e CIESPAL. Atualmente dirige o Departamento de Assuntos Culturais da UFMA e é o coordenador geral do Festival Guarnicê de Cinema - o quarto mais antigo festival de cinema realizado no Brasil na atualidade com 31 anos de realizações. Participa ativamente das atividades culturais de sua terra natal e como diretor do DAC/PROEX/UFMA coordena mais de 10 projetos culturais ao longo do ano, destacando-se o Festival Maranhense de Coros, Festival Maranhense de Poesia,

39


Festival Maranhense de Canto Lírico, Projeto Carcará, Mostra Maranhense de Humor, Festival Universitário de Reggae, Tocata de Bandas e Fanfarras, Programa de Apoio às Artes Plásticas, Mostra Guarnicê Itinerante de Cine-Vídeo, entre outros.

WERINTON KERMES

É Secretário de Cultura de Votorantin SP, possui Mestrado em Multimeios UNICAMP Universidade de Campinas / SP. Repórter fotográfico há 22 anos, iniciou suas atividades profissionais em 1979, como laboratorista, no Jornal Diário de Sorocaba, logo depois uma extensa colaboração nos seguintes jornais: Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba, Jornal O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde, Jornal Folha de São Paulo, Jornal Diário Popular, Revista Marie Claire, Revista Veja e Revista Isto É. Atuação em Cinema (Still): - Através da Janela Tata Amaral - Nelson, Carlos Cortez - Nenê de Vila Matilde, Geraldo Filme Carlos Cortez - Castelo Rá-Tim-Bum Cao Hamburger - Um sonho no caroço do abacate: Lucas Amberg

Werinton Kermes é autor do livro de fotografias “Nossa Arte à Meia-Luz”, publicado pela Secretaria do Estado da Cultura de SP, é também presidente do “Grupo Imagem Núcleo de Fotografia de Sorocaba”, responsável por inúmeras exposições, palestras, workshops e pelo “Salão Nacional de Fotografia de Sorocaba”

PREMIAÇÃO

Os grandes vencedores do FESTCINE AMAZÔNIA, Festival de Cinema e Vídeo Ambiental, 5ª Edição são os seguintes:

40


Prêmio Danna Merril: Melhor Documentário “Profetas Da Chuva E Da Esperança” De Márcia Paraíso, De Santa Catarina Prêmio Major Reis: Melhor Animação “Vida Maria” Diretor Márcio Ramos, do Ceará, Prêmio Vitor Hugo: Melhor Ficção Empate Técnico Entre. “Inpoliticamente Correto”, De Mauricio Giboski e Pedro Breitman do Rio Grande Do Sul e “Borralho”, dos diretores Arturo Sabóia E Paulo Eduardo, do Maranhão. Prêmio Manoel Rodrigues Ferreira: Melhor Experimental “Lamento”, De Kim-Ir-Sem-Pires Leal, de Goiás. Prêmio Chico Mendes: Melhor Roteiro “Primeiro Movimento”, Animação da diretora Érica Valle, do Rio De Janeiro. Prêmio Marina Silva: Melhor Montagem “Profetas Da Chuva E Da Esperança”, Documentário de Márcia Paraíso, de Santa Catarina. Prêmio Povos Indígenas De Rondônia: Melhor Trilha Sonora “Na Corda Bamba”, Direção de Marcos Buccini, Trilha sonora de Léo D. E Willian P., de Pernambuco. Prêmio Silvino Santos: Melhor Fotografia “Profetas Da Chuva E Da Esperança”, Direção de Márcia Paraíso de Santa Catarina, Fotografia de Ralf Tambik e Anderson Capuano. Prêmio Capô (Maurice Capovilla): Linguagem “Tinha A Gata Gioconda”,

41


Animação com direção de Ivan Spacek, de São Paulo. Prêmio Melhor Direção “Nosso Amor É Tão Bonito”, Ficção com direção de Anna Costa e Silva, do Rio de Janeiro. Prêmio Melhor Ator Jorge Loredo, De “Quando O Tempo Cair”, ficção de Selton Melo, do Rio de Janeiro. Prêmio Melhor Atriz Angelica Diná Gomes, De “Mais Ou Menos Um”, direção de Wilmar Ferraz, de Goiás. Júri Popular Prêmio Thiago De Mello, eleito pelo público “Urubus Tem Asas”, documentário de Marcos Negrão e André Rangel, do Rio de Janeiro. Prêmio Abd-Ro/Lídio Sohn Melhor Documentário “Tão Longe, Tão Perto”, De André Constantin, do Rio Grande do Sul. Melhor Vídeo Rondoniense “O Parceleiro”, De Zacarias Pena Verde. Prêmio Para Melhor Filme “Profetas Da Chuva E Da Esperança”, Direção de Márcia Paraíso de Santa Catarina. Recebeu 1 Câmera De Vídeo Digital e o prêmio Ctav, da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, com a cópia do filme em 35 mm.

HOMENAGEADOS

RITA QUEIROZ Nascida aos 02 de dezembro do ano de 1936, na localidade de Bom Será as margens do Rio Madeira, filha de Antônio Ferreira Queiroz e Dionízia Farias de Mendonça. Vive durante período de sua vida na cidade de Humaitá/AM. É professora no seringal onde nasceu. Em 1954 muda-se para Porto Velho (RO) onde casa-se e

42


tem sua primeira filha. Em 1965 muda-se para a cidade do Rio de Janeiro onde descobre seu talento: as artes plásticas. Considerada por muitos pioneira das artes plásticas na cidade de Porto Velho. Rita ao lado de personagens como o padre Ângelo Cerri, Afonso Ligório, Canavarro e Fona compuseram na década de 1960 um grupo que deu início a trabalhos de arte numa cidade bastante acanhada, num momento em que o território do Guaporé possuía apenas dois municípios. Sua obra rompe as barreiras amazônicas e hoje é conhecida nacionalmente, atuando como artista plástica há mais de 30 anos. Rita é um dos maiores nomes das artes rondonienses, divulgando as cores e as formas da Amazônia em seu trabalho, tendo participado de exposições dentro e fora do Brasil, inclusive com patrocínio da Panasonic, que utilizou suas obras numa campanha mundial. Seus trabalhos mais recentes têm divulgado os mitos da floresta, a cultura amazônica e seus encantos e mistérios. É uma das defensoras da arte regional, que vê como forma de expressão e libertação do homem e da valorização do espaço. CHICA XAVIER Atriz nascida em Salvador Chica Xavier traçou sua vida profissional no cinema, televisão e teatro. Fez teatro na cidade do Rio de Janeiro onde vive. Casada com o ator Clementino Kelé desde 1956, Chica construiu sua carreira através de diversos trabalhos na Rede Globo, onde estreou na novela A Cabana do Pai Tomás, após treze anos de teatro. Nos seus 21 trabalhos participou de sucessos de audiência como Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, Os Imigrantes e O Rei do Gado. Seu trabalho mais recente é na atual novela das oito, Duas Caras, da Rede Globo, onde interpreta Dona Setembrina Caó. No cinema teve participação em filmes como A partilha, Inocência e no clássico O Assalto ao Trem Pagador. Chica Xavier atua há 49 anos, e tem posições firmes sobre temas como discriminação e inclusão social. Ela integra o conselho de curadores da Fundação Cultural Palmares, um dos movimentos que luta pelo resgate da cultura negra no Brasil. GERALDO SARNO Geraldo Sarno cineasta baiano é um dos diretores de maior talento da geração que revelou nomes como Glauber Rocha, um grupo que fugia das tintas coloridas oficiais para mostrar o Brasil como é de fato. Dirigiu grandes clássicos do cinema documental brasileiro, Viramundo (1965), cuja temática principal é a migração nordestina para São Paulo. O filme foi produzido nos primeiros momentos da ditadura que assumiu o Brasil em 1964, causando impacto por abordar a realidade num tempo em que o país vivia uma época conturbada, com restrições ideológicas. Viramundo seria o primeiro de uma série de estudos sobre a cultura do Sertão, entre os quais, Viva Cariri! (1969), Vitalino / Lampião (1969), Padre Cícero (1970), Jornal do Sertão (1970), A cantoria (1971), Casa Grande e Senzala (1974), Eu Carrego um Sertão Dentro de Mim (1980) e A terra queima (1984). Sarno integrou o Centro Popular de Cultura da Bahia. Abordou temas como a reforma agrária, entre eles Mutirão em Novo Sol (1963), uma obra que se extraviou durante o período militar. Filmou também a religiosidade popular em Iaô (1976), sobre os cultos afro-brasileiros, e Deus é um fogo (1987), sobre o catolicismo e as esquerdas latino-americanas. Dois longas-metragens chamaram a atenção do grande público: O Pica-Pau Amarelo (1973) e Coronel Delmiro Gouveia (1977). O filme sobre Delmiro Gouveia trouxe um retrato da força das empresas

43


transnacionais, num momento em que a política brasileira ainda vivia momentos nacionalistas. Desde 1996 está à frente da revista Cinemais, e realiza uma série de documentários intitulada A linguagem do cinema, composta de entrevistas com diretores brasileiros, entre eles Walter Salles, Júlio Bressane, Carlos Reichenbach, Ana Carolina e Ruy Guerra. Trabalha atualmente no longa-metragem de ficção Gavião, o Cangaceiro que perdeu a cabeça. CANAL BRASIL Canal Brasil, único canal da televisão brasileira totalmente voltado ao cinema nacional, com uma programação 100% brasileira, com programas realizados ou co-produzidos com produtoras independentes e transmite toda a riqueza do cinema nacional nas telas da televisão. Durante seus nove anos, o Canal Brasil exibiu mais de 1047 longas, 127 médias e 809 curtas-metragens brasileiros, alcançando o reconhecimento por meio do Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Prêmio Especial Mario Peixoto do Ministério da Cultura. Trata-se de um investimento na indústria do audiovisual brasileiro que reflete a aposta no resgate da cultura do país e fortalece o casamento entre o cinema brasileiro e a televisão, firmado em 18 de setembro de 1998, dia em que o Canal Brasil levou ao ar as suas primeiras imagens, com a exibição de “Sonho sem fim” (1986), filme de Lauro Escorel Filho. O Canal Brasil, desde 2004, sob direção-geral de Paulo Mendonça, apresentou uma série de novidades. Ampliou sua atuação e reformulou sua grade de programação com o objetivo de se tornar o Canal do Brasil. E isso é apenas a parte mais visível do projeto Canal Brasil. Por trás dela existe o firme compromisso de incentivar, promover, fomentar e divulgar a produção audiovisual e a cultura brasileira. O Canal Brasil é uma associação da Globosat com o Grupo Consórcio Brasil, formado por Luiz Carlos Barreto, Zelito Vianna, Marco Altberg, Roberto Faria e Aníbal Massaíni Neto, cinco dos mais conceituados cineastas brasileiros, além de Patrick Siaretta e Paulo Mendonça, diretor-geral do grupo.

Como bem definiu o homenageado Geraldo Sarno, “haja fôlego” para tantas atividades culturais, debates, exibição de filmes, arte, música e, principalmente, a inserção cultural de uma expressiva parcela da população. E fôlego que se renova aos idealizadores do FestCine Amazônia a cada ano.

Para encerrar o FestCine Amazônia ao invés de filmes, música de qualidade com o show do cantor e compositor Paulinho Moska na noite de domingo, que agradou toda a platéia reunida no cinema do SESC Esplanada.

SHOW - PAULINHO MOSKA Dia 18 De Novembro Horário: 20h30min Local: Teatro Um do SESC/ESPLANADA

O que fazer com uma obsessão? Você já acordou com a sensação de que esqueceu alguma coisa muito

44


importante que não conseguia se lembrar? O sonho é real ou a realidade é sonhada? Em 2001 Moska comprou uma câmera digital e passou a fazer retratos do seu próprio rosto em objetos espelhados nos banheiros dos hotéis em que se hospedava durante as turnês. Foram mais de 4000 fotos em 3 anos e muitos hotéis. As melhores fotos ganharam nomes que inspiraram poemas que se tornaram canções. O disco se chamou TUDO NOVO DE NOVO e foi lançado em 2003. Com a turnê surgiu a idéia de fazer um registro desse show, que contém o novo repertório (Tudo Novo de Novo, Lágrimas de Diamantes, Pensando em Você, A Idade do Céu…) e seus maiores sucessos (O Último Dia, A Seta e o Alvo, Trampolim, Sem Dizer Adeus, Relampiano...) O DVD-CD mostra toda a delicadeza e qualidade desse “cantautor” com sua maravilhosa banda ao vivo. Você vai assistir a um falso documentário de uma história real que mistura a linguagem de videoclipe com cinema num roteiro cheio de humor e surpresas. Gravado em Brasília, Rio de Janeiro e Montevideo, + Novo de Novo é um filme onde a ficção e a realidade narram com poesia toda essa aventura que nos desperta para a necessidade de renovação diária em nossas vidas. Participações especiais de Jorge Drexler, Mart'nália, ritmistas da Escola de Samba Vila Isabel e do Grupo de percussão infantil Bate Lata.

45


PLANO DE COMUNICAÇÃO Anúncios Internet

Anúncios para Jornal Folha de Rondônia e Diário da Amazônia

46


Banner

47


Banner com a programação

48

Bloco de Rascunho


Camisetas

Canetas

Pastas

49


Cartazes

50

Cartazes Mostra Itinerante


Certificados

51

Convite


Crachรกs

52

Faixas


Folder frente e verso

Panfletos frente e verso

53


Painel dos Debates

54


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.