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S UMÁRI O 05 Painel digital 06 diretoria 07 editorial 08 charge 09 entrevista 12 Fala, indústria 52 dicas 57 giro da indústria 61 quanto você pagou? 62 artigo capa
30 A INDÚSTRIA DO BEM O setor industrial de Mato Grosso do Sul está mobilizado, desde o primeiro momento, para contribuir com a sociedade e poder público no enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19)
14 inovação ISI Biomassa coordena projeto que pesquisará novas fórmulas para produção de álcool em gel
22 geral Empresas, escolas e universidades são obrigadas a se reinventar e a acelerar processos de digitalização
54 biossegurança Sesi auxilia empresas a manter portas abertas e preservar empregos
58 senai Senai inicia manutenção de respiradores hospitalares
44 IEL IEL disponibiliza 21 cursos grátis na modalidade EAD
48 sesi 18 AÇÕES SENAI COVID-19 20 AÇÕES SESI COVID-19
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93% dos alunos das escolas SESI assistem aulas durante pandemia
PAINEL DIGITAL
SISTEMA FIEMS NA REDE Fique por dentro dos nossos destaques nas redes sociais
Confira algumas dicas importantes da Nutricionista do Sesi MS – Mauricéia Ferro [CRN 341911] – para higienização nessa fase que estamos enfrentando.
VOCÊ É IMPRESCINDÍVEL! Um Decreto Federal já reconheceu isso e incluiu todos vocês trabalhadores como essenciais para que o Brasil não pare. Confira os cuidados que precisamos ter para manter a nossa segurança! #sfiems #covid19 #coronavírus
A indústria é essencial para o momento que estamos vivendo, não parou e não vai parar. O Sistema Fiems está aqui para dar suporte a todos, confira o canal da indústria!
Durante a pandemia de COVID-19, trabalhadores da construção civil, sigam todas as medidas de proteção necessárias, estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pelas instâncias estaduais e municipais. Vamos erguer uma barreira de proteção que vai garantir a sua segurança e de sua família. Um muro erguido tijolo a tijolo, com gestos simples. Acesse agora o Canal da Indústria: https://bit. ly/3f4IZAD
O Senai de Campo Grande e o Senai Empresa uniram as respectivas expertises com relação à manutenção de equipamentos para auxiliar as equipes de saúde de Mato Grosso do Sul no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e já começaram a receber os respiradores hospitalares estragados para fazer o conserto. Mais informações no Canal da Indústria pelo whats: 67 99912-6608.
Responsabilidade com a sua saúde, educação e você. Neste momento, onde toda solidariedade faz diferença, é uma das formas que encontramos para ajudar. E que resultado maravilhoso! Mais informações no Canal da Indústria pelo whats: 67 99912-6608.
Eai, curtiu as indicações? Conta pra gente nos comentários!
Tire o violão do armário e aprenda a tocar no Youtube. Dá para usar o tempo da quarentena para aprender algo no estilo “como tocar violão do zero”. Tente e veja o resultado depois! Vai ajudar a passar o tempo durante a quarentena.
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D I RET ORI A
S IS TE MA F I E M S Diretor Executivo: Anatole Verlaine Etges Superintendente do Sesi/MS: Bergson Henrique S. Amarilla Diretor Regional do Senai/MS: Rodolpho Caesar Mangialardo Superintendente do I EL/MS: José Fernando Gomes do Amaral
Presidente: Sérgio Marcolino Longen 1ª Vice-pres.: Claudia Pinedo Zottos Volpini 2º Vice-pres.: Alonso Resende do Nascimento 3º Vice-pres.: José Francisco Veloso Ribeiro 1º Vice-Pres Regional: Luiz Claudio Sabedotti Fornari 2º Vice-Pres Regional: Roberto José Faé 3º Vice-Pres Regional: Romildo Carvalho Cunha 4º Vice-Pres Regional: Francisco Giobbi 5º Vice-Pres Regional: Lourival Vieira Costa 6º Vice-Pres Regional: Gilson Kleber Lomba 1º Secretário: Silvana Gasparini Pereira 2º Secretário: Antônio Carlos Nabuco Caldas 3º Secretário: Zigomar Burille 1º Tesoureiro: Altair da Graça Cruz 2º Tesoureiro: Edis Gomes da Silva 3º Tesoureiro: Nilvo Della Senta Diretores: João Batista de Camargo Filho Antônio Breschigliari Filho Julião Flaves Gaúna Marcelo Alves Barbosa Alfredo Fernandes Marcelo De Carli Ferreira Cláudio George Mendonça Marismar Soares Santana Regis Luís Comarella Walter Ferreira Cruz Walter Gargione Adames Vagner Rici Silvio Roberto Padovani Omildson Regis Guimarães José Eduardo Maksoud Rahe
Revista da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul Diretor de Comunicação: Robson Del Casale (DRT/MS 064) Chefe de Redação: Daniel Pedra (DRT/MS 088) Jornalistas: Flávia Melo (MTB/MS 1032) Zana Zaidan (MTE/MS 1255) Fotos: Dicom/Fiems Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.206 - 2º Andar Bairro Amambaí - Campo Grande/MS - 79.005-901 E-mail: dicom@sfiems.com.br Site: www.fiems.com.br Fone: (67) 3389-9017 As opiniões contidas em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente o posicionamento do Sistema Fiems Revista Mensal - 10 mil exemplares
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Conselho Fiscal: Efetivos: Milene de Oliveira Nantes Ivo Cescon Scarcelli Lenise de Arruda Viegas Suplentes: Egon Hamester Edson Luiz Germano de Souza Irma Tinoco Atagiba Asseff Delegados Suplente junto à CNI: Efetivos: Sérgio Marcolino Longen Claudia Pinedo Zottos Volpini Suplentes: Roberto José Faé José Francisco Veloso Ribeiro
ED ITOR I A L
A INDÚSTRIA NOS TEMPOS DA COVID-19
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esde a segunda quinzena do mês de março, a indústria sul-mato-grossense e brasileira enfrenta um dos maiores desafios da sua história: a pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19). Uma doença que está ceifando vidas aos milhares em todo o planeta e afetando em cheio a economia global devido ao isolamento das pessoas imposto por todos os países do globo para tentar “frear” o avanço desse mal. Indicado como a melhor saída para conter a propagação da Covid-19, esse isolamento prejudica a economia, tanto o setor comercial, quanto o industrial, pois se não há consumo de produtos, esses produtos não precisam ser fabricados. Com exceção de algumas áreas da indústria alimentícia e de bebidas, todo o resto está sofrendo com a queda na demanda e, a curto prazo, não consegue enxergar uma luz no fim do túnel. No entanto, não é o momento de lamentar, o setor industrial e os outros setores da nossa economia estão unindo forças para combater essa pandemia, que já afetou os empregos de milhares de pessoas em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no resto do mundo. Porém, em nenhum momento a indústria parou de produzir para garantir o abastecimento do País. No início da pandemia, o assunto do mo-
mento era a falta de alimentos e até foi registrada uma corrida aos supermercados para estocar produtos alimentícios e de higiene, mas a indústria continuou trabalhando e afastou qualquer problema nesse sentido. Superada essa primeira fase da Covid-19, o setor não recuou e manteve-se firme, apesar do momento conturbado que vivemos. Porém, sem sombra de dúvidas, nós vamos passar por isso, superando mais essa dificuldade com fé em Deus. Mato Grosso do Sul e o Brasil vão conseguir superar esse momento. Acredito que nós vamos conseguir virar essa página e, tenho certeza que hoje, tantos os empresários, quanto os trabalhadores estão muito preocupados. Mas, estou confiante que vamos vencer essa doença, sendo que alguns países, já estão com números bem melhores em relação à Covid-19, demostrando que esse mal não é invencível. Diferentemente desses países aonde a doença chegou primeiro, o Brasil ainda vai passar por algumas dificuldades devido ao novo coronavírus. Sabemos que será um período muito difícil para todos nós, mas precisamos ter fé e confiança para mudarmos esse cenário até o fim deste ano e retomar o crescimento novamente do nosso Estado, País e do mundo.
SÉRGIO LONGEN Presidente do Sistema Fiems
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ENTREVISTA
LUÍS EDUARDO COSTA SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E GESTÃO URBANA DE CAMPO GRANDE
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uando tomou posse como secretário da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana de Campo Grande), em junho de 2018, ......................o arquiteto urbanista Luís Eduardo Costa, nem de longe imaginava passar por um momento em que grande parte das empresas e
prestadoras de serviços precisaram ser fechadas, como medida de contenção de um novo vírus que provocou uma pandemia. Logo ele que assumiu abraçando a missão de desburocratizar licenciamentos e acelerar a abertura de novos negócios. Em plena pandemia de Covid-19, a Prefeitura Municipal agiu rápido para determinar o fecha-
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mento do comércio e minimizar os efeitos da doença, enquanto a Semadur protagonizou as ações para assegurar o equilíbrio entre a segurança da população em geral e a manutenção dos empregos e sustentabilidade das empresas. Na entrevista abaixo, Luís Eduardo conta como foi atuar na linha de frente dessas medidas. A partir de qual momento a Prefeitura, em conjunto com a Semadur e demais secretarias, que atuam na linha de frente do combate à pandemia, decidiu que era necessário fechar temporariamente o comércio e outros segmentos, como medida de contenção do coronavírus? Como se deu essa decisão? A partir de reuniões técnicas, determinadas pelo prefeito Marquinhos Trad, tomamos decisões baseadas em estratégias. Por exemplo, a partir dos estudos relacionados à CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), classificamos as atividades econômicas e sociais como de baixa, média e alta complexidade, para então determinar quais poderiam funcionar adotando as medidas de segurança necessárias. Essa mesma metodologia, de classificação e ranqueamento das atividades econômicas, foi utilizada para o restabelecimento das atividades, visando o equilíbrio econômico e social e garantindo aos empregados e empregadores segurança jurídica e sanitária, e principalmente a segurança e integridade à vida. Visamos “primeiramente” a preservação das vidas das pessoas e agimos rapidamente para que Campo Grande sofresse o menor impacto possível. Como a Semadur vem atuando para mostrar aos empresários a importância do
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cumprimento das regras de biossegurança? Em parceria com a Vigilância Sanitária, a Semadur assumiu seu papel de fiscalizar com seriedade e empenho, fazendo da orientação à população a sua maior premissa. Estamos atuando, incansavelmente, em regime de plantões, com toda a equipe mobilizada para levar a informação correta. O investimento dos esforços tem como maior foco orientar e não punir. Deixar claro à todos, que se trata de uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a socie-
dade, em qual há um grande peso da ação individual de cada um. Logo, a prefeitura dá regramento e orientação, mas é necessário que as pessoas façam sua parte. Quais medidas vêm sendo priorizadas pela Semadur durante a pandemia? Houve algum reforço para este período? Com todas as dificuldades que a prefeitura vem enfrentando, o reforço veio da mobilização e do comprometimento dos servidores, que entenderam que estamos vivendo uma situação específica em que todos devem
“A prefeitura dá regramento e orientação, mas é necessário que as pessoas façam sua parte.”
- LUÍS EDUARDO COSTA Secretário Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana de Campo Grande
fazer sua parte para conseguirmos alcançar um objetivo maior, que é fazer com que nossa cidade consiga superar este momento de maneira menos traumática possível. As fiscalizações nas empresas e empreendimentos têm qual objetivo? O objetivo é o de orientar e informar, buscando assim atingir uma maior adesão e comprometimento da população na adoção das medidas de biossegurança necessárias. Sobre os planos de contenção de risco que cada segmento deve apresentar à prefeitura para retomar o funcionamento: como eles foram elaborados? Qual a importância deles? É importante para garantir a segurança dos trabalhadores e clientes? O Decreto Municipal 14.257 apresenta todo o roteiro de como ele deve ser elaborado e apresentado. O também chamado Plano de Biossegurança é uma ferramenta importante para a prevenção e o enfrentamento à Covid-19, pois é um documento elaborado por técnicos capacitados, que estão aptos a entender o funcionamento das atividades mais complexas e que podem apresentar um alto risco de contágio da doença. O objetivo do plano é demonstrar como a atividade complexa pode ser realizada de maneira segura, reduzindo os riscos de contágio da doença. O momento exige que as pessoas se reinventem, busquem alternativas. Essa ferramenta proporciona que se tenha um olhar para isso, norteando o que se pode fazer para que as atividades sejam exercidas sem o agravamento da situação pandêmica que estamos vivenciando.
“O momento exige que as pessoas se reinventem, busquem alternativas e exerçam suas atividades sem o agravamento da situação pandêmica que estamos vivenciando”
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FALA, INDÚSTRIA
Os trabalhadores da indústria têm de ser lembrados, pois, em momento algum, deixaram de trabalhar para garantir o abastecimento da população brasileira. A indústria continuou trabalhando e afastou qualquer problema de desabastecimento”
A parceria da iniciativa privada com o poder público está sendo efetiva na ajuda para este momento crucial para a saúde do país” JAI ME VERRUCK secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar
S É R GI O L O N GE N presidente da Fiems
Antecipar a campanha de vacinação dos trabalhadores é mais uma ação de suporte às indústrias que o Sesi realiza neste momento de pandemia e que, consequentemente, beneficia a população em geral”
Estamos desenvolvendo soluções para toda a sociedade neste momento, com produção de álcool glicerinado, manutenção de respiradores, produção de pães e máscaras, entre outras” RODOL PHO MANGI ALARDO
JA I M E V E R R U CK superintendente regional do Sesi
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diretor regional do Senai
É uma obrigação que temos com Mato Grosso do Sul, que nos apoiou e deu incentivos quando decidimos nos instalar aqui e, agora, neste momento em que a população mais precisa, devemos dar a contribuição que podemos”
Não abandonamos nossos clientes neste momento delicado, e disponibilizamos cursos online gratuitos voltados para o desenvolvimento empresarial” JOSÉ FERNANDO DO AMARAL superintendente do IEL/MS
M Á R CI O ME ND ES proprietário da indústria de bebidas Bamboa e da Refriko Sobre a produção de álcool de maneira emergencial para ser doado à rede pública de saúde
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I N O VA Ç Ã O
EM BUSCA DA
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Mágica ISI Biomassa coordena projeto que pesquisará novas fórmulas para a produção de álcool em gel
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evido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a demanda por álcool em gel 70° GL, indicado para higienização das mãos para auxiliar no combate à doença, aumentou de forma significativa no Brasil, ocasionando a escassez de uma de suas matérias primas no mercado, o espessante ou polímero de acrílico, conhecido como carbopol ou carbomer. Buscando solucionar esse problema, o ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas (MS), iniciou um projeto para encontrar novas fórmulas de produção de álcool em gel que substituem o uso do carbopol. O projeto, realizado em parceria com o ISI Biossintéticos (Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos), do Rio de Janeiro (RJ), e o ISI Polímeros (Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros), de São Leopoldo (RS), foi aprovado dentro do Edital de Inovação para a Indústria na categoria “Missão Contra Covid-19” e receberá um investimento de R$ 2,6 milhões, financiado pelo Senai Nacional, Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial). Na avaliação do diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o mundo vive uma situação delicada em que é necessária a união das instituições para combater o avanço da doença. “Já atuamos no desenvolvimento de pesquisa e inovação, para apoiarmos as indústrias brasileiras, e esse é o momento de utilizarmos toda a nossa expertise e nossa estrutura para fomentar
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CURIOSIDADE VOCÊ SABE QUAL A FÓRMULA USUAL DO ÁLCOOL EM GEL? Raramente as pessoas leem rótulos e ingredientes dos produtos, a menos que estejamos falando de alimentos e de pessoas que estão de dieta ou preocupadas com a saúde
e com o que estão ingerindo. Se você é do tipo curioso e/ ou adora química e, no meio desta pandemia, se interessou sobre a formulação do álcool em gel, saiba que, de acordo com a farmacopeia brasileira, ele é produzido a partir do álcool etílico (96ºGL), polímero espessante carbopol, solução de trietanolamina para correção do pH e água purificada para diluição, como descrito na metodologia abaixo. Materiais: - 75,7 mL de álcool etílico 96 ºGL - 0,5 g de Carbopol - Qs (quantidade suficiente para) de solução de trietanolamina a 50% (p/v) - Qs de água purificada qsp Orienta-se misturar o álcool etílico a um volume pequeno de água e dispersar a massa de carbopol sob agitação. Completar o volume de 100ml com água purificada e ajustar o pH, utilizando a solução de trietanolamina.
ações com foco na saúde. Então, acredito que esse projeto, coordenado pelo ISI Biomassa e pela equipe de Mato Grosso do Sul, em parceria com outros Institutos Senai de Inovação, é de extrema importância para o combate ao novo coronavírus e para salvar vidas”, afirmou. A diretora do ISI Biomassa, Carolina Maria Machado de Andrade, explica que o objetivo é desenvolver pelo menos seis novas fórmulas de álcool em gel, que serão disponibilizadas para potenciais produtores em todo país. “Mato Grosso do Sul é um dos maiores produtores de etanol do país, uma matéria prima essencial, e temos uma parceria com a Adecoagro Vale do Ivinhema, localizada em Angélica (MS), que está forncendo esse etanol para fazermos o escalonamento industrial com o novo material que estamos pesquisando”, finalizou.
“Esse projeto, coordenado pelo ISI Biomassa e pela equipe de Mato Grosso do Sul, em parceria com outros Institutos Senai de Inovação, é de extrema importância para o combate ao novo coronavírus e para salvar vidas” - RODOLPHO MANGIALARDO DIRETOR REGIONAL DO SENAI
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AÇÕES SENAI
Senai AÇÕES
NO COMBATE À COVID-19
Desde que chegou ao Brasil, o novo coronavírus (Covid-19) deixou marcas profundas na saúde da população e na economia. Embora duramente afetadas, muitas indústrias se prontificaram a empregar capacidades técnica e produtiva e puseram-
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se na linha de frente do combate à Covid-19. O Senai de Mato Grosso do Sul não ficou de fora e se uniu ao esforço nacional, protagonizando iniciativas solidárias para preservar vidas. Confira a seguir algumas dessas ações:
LabSenai Alimentos e Bebidas é o único de MS acreditado pela Anvisa atendendo as indústrias Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o LabSenai Alimentos e Bebidas, que integra o IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), em Dourados (MS), é o único laboratório de Mato Grosso de Sul acreditado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) que continua analisando amostras de produtos de origem animal e vegetal produzidos pelas indústrias sulmato-grossenses.
LabSenai Alimentos e Bebidas é responsável por analisar refeições do HU de Dourados
Senai de Dourados doa pães produzidos na unidade para asilo e lar de crianças da cidade
Senai de Campo Grande, Dourados e Naviraí produzem máscaras para doação e uso de colaboradores Com a falta de máscaras cirúrgicas para a prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) no mercado, as unidades do Senai de Campo Grande, de Dourados e de Naviraí decidiram produzir os equipamentos para serem utilizados pelos colaboradores do Sistema Fiems, que não podem trabalhar remotamente, e também para doar às entidades que atuam nas áreas de saúde e assistência social, além de órgãos de segurança pública. A iniciativa envolve colaboradores voluntários do Senai, que estão utilizando nas estruturas da instituição e também levando para suas casas.
Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o LabSenai Alimentos e Bebidas, que integra o IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), em Dourados (MS), é o responsável por analisar as amostras das refeições servidas aos pacientes internados no HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Preocupado em promover ações que atendam toda a sociedade neste momento difícil, provocado pela pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), o Senai de Dourados realizou, no dia 23 de abril, a doação de 46 pães produzidos pelas instrutoras e coordenadora dos cursos da área de alimentos da instituição para o Lar do Idoso, que atende 29 idosos, e para o Lar Santa Rita, que cuida de 35 crianças entre zero e 15 anos de idade.
Senai de Três Lagoas doa à Prefeitura 150 aventais hospitalares feitos com TNT O Senai de Três Lagoas realizou a doação de 150 aventais hospitalares, confeccionados em TNT por profissionais da instituição e voluntários, para a Prefeitura do município. A ação é fruto de parceria entre a instituição e a Secretaria Municipal de Saúde, para auxiliar no combate ao novo coronavírus (Covid-19).
Senai de Dourados disponibiliza oficina para fazer manutenção de ambulâncias Depois de produzir álcool glicerinado, máscaras de tecido e pães para ajudar as instituições durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), agora o Senai de Dourados colocou à disposição do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a oficina automotiva da instituição no município, para fazer a manutenção das ambulâncias. De acordo com o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, a ação é mais uma forma de ajudar a sociedade em um momento em que todos devem unir forças.
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AÇÕES SESI
AÇÕES
Sesi
NO COMBATE À COVID-19
Desde que chegou ao Brasil, o novo coronavírus (Covid-19) deixou marcas profundas na saúde da população e na economia. Embora duramente afetadas, muitas indústrias se prontificaram a empregar capacidades técnica e produtiva e
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puseram-se na linha de frente do combate à Covid-19. O Sesi de Mato Grosso do Sul não ficou de fora e se uniu ao esforço nacional, protagonizando iniciativas solidárias para preservar vidas. Confira a seguir algumas dessas ações:
Sesi produz máscaras de proteção do rosto, para serem doados aos hospitais do Estado Diante da propagação do novo coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso do Sul, o Sesi, por meio do Fablab e Startup Sesi, iniciou a produção de 200 máscaras de proteção do rosto, mais conhecidas como “face shield”, para doar para os hospitais e demais unidades de saúde do Estado. Essas máscaras são equipamentos eficazes no atual momento, pois ajudam a evitar a contaminação pelo Covid-19, que é transmissível pela saliva e fluidos nasais.
Sesi distribui 18,2 mil litros de álcool para rede pública de saúde de 17 municípios do Estado
Sesi disponibiliza videoaulas gratuitas de ginástica e alongamento Em tempos de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), grande parte das empresas adotou o trabalho remoto, o “home office”, para manter seus colaboradores menos expostos à doença. Pensando nisso, a equipe de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) do Sesi elaborou uma série de aulas de ginástica laboral, recomendada para ser feita nos intervalos do trabalho, para evitar lesões decorrentes da má postura ou movimentos repetitivos. As aulas já estão disponíveis e podem ser acessadas pelo Youtube, no canal do Sesi MS, pelo Instagram ou Facebook a qualquer momento e sem qualquer custo.
Sesi dá dicas de como preservar a saúde mental durante a pandemia do novo coronavírus
Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Sesi distribuiu às prefeituras de 17 municípios de Mato Grosso do Sul 18,2 mil litros de álcool que serão utilizados no combate à disseminação da doença. Conforme o termo de doação, assinado pelo Sesi e pelas prefeituras, o álcool, na forma líquida, deverá ser destinado aos postos de saúde e entidades de assistência social.
Em meio à pandemia da Covid-19, Sesi inicia vacinação de 22,5 mil trabalhadores contra a gripe em MS
Isolamento social, medo, incerteza com o futuro, mudança nas relações sociais, saudades dos amigos e familiares. Como preservar a saúde mental nesses momentos críticos? Neste momento de pandemia, o Sesi de Mato Grosso do Sul, que há anos detém expertise na promoção da saúde e bem-estar da população, está atuando em diversas frentes, inclusive para atenuar o abalo emocional de um período como esse. Nas redes sociais do Sesi, você encontra uma série de publicações, elaboradas em parceria com o Centro de Inovação do Sesi do Rio Grande do Sul – especialista em fatores psicossociais – que podem te auxiliar a cuidar da sua saúde mental.
A vacina da gripe não é eficaz contra o novo coronavírus, mas a prevenção da influenza é um importante reforço no combate à Covid-19. Em meio à pandemia, o Sesi de Mato Grosso do Sul antecipou o período de vacinação contra a gripe influenza e iniciou a imunização de 22,5 mil trabalhadores do Estado, sendo 19 mil deles da indústria local, que são o foco da campanha.
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TRANS FOR MAÇÕES DA PANDEMIA
Empresas, escolas e universidades são obrigadas a se reinventar e a acelerar processos de digitalização diante da pandemia do novo coronavírus, promovendo novos modelos de negócios
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andemias fazem a história acelerar. A frase é do historiador brasileiro Leandro Karnal durante entrevista a um programa de televisão recentemente, explicando que muitas coisas que estavam ainda em discussão, como educação à distância e trabalho remoto, foram obrigadas a ser implantadas por empresas, escolas e universidades num momento em que a recomendação é de isolamento social, como uma das alternativas de prevenção à pandemia do novo coronavírus. Diante dessa nova realidade que vivemos, apesar de o momento ainda ser de incertezas, a reclusão social fez com que as pessoas se tornassem mais digitais. “Ou melhor, acelerou este processo, mas não conseguiremos sustentar a “gambiarra”, este processo precisa ser ajustado, analisar o que funciona e promover os ajustes necessários”, destaca a gerente do Living Lab do Sebrae/MS, laboratório criativo de inovação para fomento do ecossistema de inovação de MS e do País, Leandra Costa. Ela reforça que dentro de planejamentos sempre foi possível prever o futuro, com cenários previsíveis, hoje não mais, as informações e situações mudam a todos momento. “Por isso precisamos atuar em conjunto. Estamos todos, no mesmo contexto e no meio da pandemia, então devemos buscar conversar com gente, trabalhar de forma colaborativa para se construir esse ‘novo’. As soluções e o futuro são novos para todos, seremos melhores juntos”, ressalta. Nesse novo cenário, Leandra Costa aposta que o momento é de tentativa e erro. “Vejo muita gente paralisada e com medo, porque neste momento não confiam mais naquilo que sabiam, e acham que aquilo que sabiam não serve. É um pensamento muito do momento da pandemia, mas isso não é certo, aquilo que sabemos nos serve, é necessário trocar pensamentos em conversas construtivas para novas formas de aplicar”, acrescenta. Por isso, a indicação é buscar referências, material de pessoas que tenham ou sejam referências, conteúdo que agregue, construção de novos pensamentos, nos negócios é o momento de avaliar os processos, fazer ajustes, ouvir o cliente, entender as novas necessidades e eliminar o que atende as velhas necessidades que não existem mais.
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NOVAS FERRAMENTAS – Ainda conforme a gerente do Living Lab do Sebrae/MS, as empresas, nesTe momento podem ser divididas em dois grupos: as que ainda estão um tanto paralisadas diante do momento atual, então não sabem para onde ir, com dificuldade de buscar informação; e as que já estão indo atrás de informação para tomada de decisão, testando ferramentas e buscando treinamentos. Nesse contexto, entram ferramentas como o uso do WhatsApp (aplicativo de mensagens instantâneas) que era mais comum para uso pessoal e para uso em vendas. O mesmo vale para as redes sociais. “Esta nova forma de operacionalização veio para ficar, e será necessário competência e resultados. E quem já estava com o processo digital pronto, está se sobressaindo hoje no mercado. Vale destacar que existem, no mercado nacional e internacional, muitas ferramentas acessíveis, com versões freemium para teste e experimentação, e que auxiliam no tele trabalho”, reforça Leandra Costa. Na avaliação do economista Hudson Garcia, que também é consultor em planejamento, gestão financeira e políticas públicas pelo Sebrae/MS e diretor de negócios da Agricon Consultoria, mesmo neste momento de pandemia ainda é possível se organizar e correr atrás, para se manter no mercado. Para isso, o empresário deverá realizar uma análise de cenários financeiros. “Sugiro os cenários de queda no faturamento de 25%, 50% e 75%. Nestes casos, questionar quais serão os impactos nos custos e despesas já assumidos pela empresa para os próximos seis meses? Qual será a necessidade de capital de giro do empresário, para esse período, considerando o pior cenário? Na falta de reserva financeira para sustentar a necessidade de capital de giro, quais são as alternativas de financiamento que posso buscar? Por fim, quais serão as ações de marketing e vendas que vou realizar para esse cenário pessimista não se concretizar?”, elenca. Para ele, a Covid-19 está obrigando os empreendedores a buscar alternativas criativas para atender as necessidades dos seus clientes. “Os profissionais precisam mudar seu mindset. As empresas, na sua grande maioria, ainda não enxergavam corretamente o grande atributo das redes sociais, que é justamente uma janela gigantesca de venda. Logo, hábiMS INDUSTRIAL | 2020 • 25
EMPRESAS ACELERAM PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO Da Medicina aos pequenos negócios, empresas de diversos segmentos foram compelidas a acelerar o processo, de imersão na era digital, para se adequar às demandas do mercado em meio à pandemia do novo coronavírus. Alguns dos gestores admitem que, pré-pandemia, estavam adiando investimentos em tecnologias e inovação dos processos, mas, agora, são unânimes em dizer que, da noite para o dia, precisaram acelerar o processo para rapidamente atender as suas necessidades e a dos clientes. Veja abaixo a experiência de empresas e prestadores de serviços que, nas últimas semanas, alteraram o portfólio de produtos e serviços, e transformaram o modelo de atendimento para evitar sentir os efeitos da “coronacrise” e impedir a desaceleração de resultados.
tos como controlar religiosamente as finanças da empresa, cortar custos e despesas que não ajudam a vender e criar novas abordagens de venda dos produtos e serviços deverão permanecer no período pós Covid-19”, completa Hudson Garcia. TRABALHO REMOTO – Entre as principais mudanças causadas pela pandemia, podemos citar o tão falado “home office”, termo que vem sendo utilizado pelos brasileiros para designar o teletrabalho e que, na tradução ao pé da letra, significa escritório em casa. A nova modalidade de trabalho foi adaptada como forma de não fechar as empresas que não oferecem serviços essenciais e garantir a saúde desses trabalhadores. No entanto, foi a partir dessa 26 •
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Baltazar Sanabria passou a fazer teleconsultas e procura por implante capilar deu salto com início da pandemia.
DA TURQUIA À MS O dermatologista Baltazar Sanabria viu a procura dos interessados em fazer implante capilar dar um salto de uma hora para outra. Desde o início da pandemia mundial, em meados de janeiro, houve um salto de 30% na procura por consultas e avaliações na clínica Sanabria, em Campo Grande, especializada no procedimento e em doenças do couro cabeludo. O motivo ficou claro desde o início: em meio à ameaça do novo coronavírus, quem tinha planos de viajar para os grandes centros do Brasil – ou para a Turquia, famoso por receber candidatos ao preenchimento capilar – para realizar o procedimento precisou cancelar os planos e resolveu pesquisar mais no mercado local. “Aí as pessoas acabam constatando que fazer o implante capilar por aqui sai o mesmo preço do que viajar para São Paulo, por exemplo, e muito mais barato do que ir para a Turquia. Fora a segurança do pósoperatório e, principalmente, o risco de exposição ao vírus em um momento de pandemia”, analisa o proprietário da Sanabria. Para dar conta da demanda, o dermatologista passou a fazer atendimentos na modalidade telemedicina – autorizada pelo Conselho Federal de Medicina em razão da pandemia – com teleorientação, telemonitoramento e teleinterconsulta, tudo via WhatsApp ou outro canal de comunicação que o paciente preferir.
O contador Luzemir Barbosa investiu em central de PABX, via WhatsApp, para atender clientes e migrar para o home office.
PABX NA ERA DO WHATSAPP A contabilidade é uma das profissões em que não se pode mais se limitar à cálculos, planilhas e tarefas estritamente operacionais, afirma o contador Luzemir Barbosa, proprietário da Atend Contábil, de Campo Grande. Por isso, há anos a empresa vinha se preparando para o futuro dos serviços de contabilidade, mas desde março, a rotina da Atend “deu um verdadeiro 360º”, considera. Duas mudanças que já vinham sendo implantadas, foram primordiais para o funcionamento do escritório – que passou a atuar em regime de home office – durante a pandemia: um sistema para aprimorar a gestão dos processos da empresa e uma espécie de “central de PABX” da era do WhatsApp, na qual os clientes têm acesso aos serviços da empresa de maneira direcionada. “Todos nós fomos para casa apenas com nossos computadores e tudo funcionou perfeitamente. O sistema está todo na nuvem, sendo acessado de qualquer lugar, e com eles podemos fazer a gestão interna, com medição de produtividade e prazos, também”, explica. Além disso, o atendimento ao cliente migrou para o WhatsApp, mas de forma aprimorada, com o uso de uma ferramenta que transforma o aplicativo em uma “central de PABX”. “Nossos clientes têm diversos serviços à sua disposição, como programa automático de envio de documentos e também monitoramento”, explica. “Se não tivesse me antecipado, teria dificuldade em atender as demandas. E neste período ia ficar complicado”, avalia.
“experimentação forçada” que muitos empresários já conseguem perceber as vantagens dessa forma de trabalhar. Em muitos casos, além de não haver perda de produtividade, as empresas puderam reduzir alguns custos e despesas fixas, já que não há mais necessidade de ligar aparelhos de ar-condicionado, luz ou mesmo alugar espaços para uma grande quantidade de pessoas. “O momento agora é avaliar a produtividade do colaborador. Se com o home office ele consegue ter a mesma produtividade, o gestor precisa avaliar o custo de instalação. Pode ser que com mais colaboradores em teletrabalho a empresa consiga reduzir bem os seus custos fixos e opte por buscar alternativas com custos mais atrativos, como espaços colaborativos para alugar estações e realizar reuniões presenciais”, explica o economista Hudson Garcia. No entanto, ele pontua que nos dias atuais é fundamental que o empresário possua uma boa assistência técnica contábil e jurídica, como suporte para enfrentar essas novas modalidades de trabalho que estão se consolidando no período de pandemia e que apontam uma tendência positiva em permanecer. “Nestes caso os custos com contadores e advogados devem ser encarados como investimentos de contingência, pois os honorários pagos neste momento pelos empresários possivelmente serão bem menores que os passivos trabalhistas gerados pelo erro de contratos de trabalho mal formulados. Na falta desses profissionais, a saída é buscar esses modelos de contrato de trabalhos em sindicatos patronais, o qual a empresa faz parte, ou nas confederações ou federações que representam a atividade no Estado”, recomenda.
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O ENSINO DO FUTURO JÁ CHEGOU Foi-se o tempo em que discussões sobre plataformas digitais de ensino e educação a distância (EAD) eram temas do futuro. As novas tecnologias já vêm sendo incorporadas há tempos, principalmente no nível superior, enquanto que na educação básica ainda eram um assunto que vinha sendo analisado. Bastou uma pandemia para que as discussões
esse benefício e é possível que essas escolas desejem manter essa economia”, comenta. Além disso, a educação a distância trouxe a família para mais perto da escola, como grande aliada dos professores na hora das aulas e das tarefas. “É curioso porque é agora que vemos muitos pais reclamarem dos filhos, mas acredito que também pode ser analisado como
fossem deixadas de lado e os alunos passassem, enfim, a estudar a distância. Na avaliação do sociólogo Paulo Cabral, essa mudança, apesar de abrupta, na educação básica, deverá permanecer mesmo depois do fim da pandemia, mas apenas nas escolas privadas. “Provavelmente as escolas estão percebendo uma redução significativa nos seus custos, porque não há crianças utilizando banheiros, bebendo água, ocupando salas de aula, com luzes e aparelhos de ar condicionado ligados. Então essa educação a distância traz, de cara
um resgate. As pessoas estavam terceirizando a educação dos filhos, sempre muito ocupadas com o trabalho, e isso está sendo modificado a força”, reforça o sociólogo. Por outro lado, essa mudança será mais difícil na educação pública, devido à falta de recursos e do acesso dos alunos às novas tecnologias. “A gente observa que as escolas particulares já vinham adotando plataformas digitais e essa mudança para a educação a distância não foi difícil para os professores e nem para os alunos, que já estavam familiarizado com as
Restaurante mudou cardápio para facilitar entrega dos pratos
DELIVERY E CARDÁPIO DIFERENCIADO O Trevo Veggie, especializado em alimentação vegana e vegetariana em Campo Grande, viu o movimento despencar em até 95% de uma hora para outra. Segundo a pesquisa do Sebrae/ MS, o segmento Restaurantes, junto com Hotéis, sofreu queda de, em média, 92% nas vendas. “Acredito que só não foi pior porque o nosso negócio vende um produto bastante específico, que tem público cativo”, considera a dona do restaurante, Angelica Chieh, imigrante da Malásia que, junto com Ong Chieh, apostou todas as fichas na aquisição de um pequeno contêiner que virou o Trevo Veggie, na região do Centro Velho da cidade. O carro-chefe do restaurante eram pratos feitos, mas, para facilitar a entrega por delivery, as sócias desenvolveram opções como o “rodízio em casa” e combos de lanches, além de ampliar parcerias com aplicativos de entrega. Antes o Trevo Veggie funcionava somente o almoço e, póspandemia, passaram a entregar também no jantar. “Como o movimento no restaurante praticamente zerou durante o dia, conseguimos atender os pedidos noturnos. Praticamente a totalidade das nossas vendas tem sido por delivery”, comenta Angelica.
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tecnologias. O problema está sendo nas escolas públicas, onde muitas aulas estão suspensas porque nem todos os alunos têm computador em casa ou acesso à internet”, completa Paulo Cabral. HABILIDADES E CONTEÚDOS – A analista técnica da área de Educação do Sesi, Gláucia Campos, defende que o ensino atual não deve ter como referência apenas a quantidade de conteúdo,
das crianças e jovens, esse desenvolvimento da aprendizagem fica cada vez mais distante. Ela comenta que as Escolas do Sesi de Mato Grosso do Sul não tiveram uma transição de aulas presenciais para aulas não presenciais de forma imediata. Na verdade, a inserção de plataformas e ferramentas digitais, já implantadas na proposta pedagógica há alguns anos, facilitou esse movimento emergencial.
Pelo Instagram, cliente é direcionada para vendedora de sua preferência
E-COMMERCE PERSONALIZADO
e sim quais habilidades, competências e atitudes que os alunos vêm desenvolvendo durante o período letivo, seja presencial ou remoto. “Aprender é um processo, não podemos ficar presos apenas à quantidade de dias letivos ou carga diária de estudo propostas pelas instituições”, explica. Para ela, a autonomia e protagonismo estão entre as principais posturas e atitudes a serem ampliadas no cotidiano dos nossos alunos. Sem uma organização pessoal, ou uma rotina bem planejada e instalada diariamente na vida
Para que as aulas não presenciais continuassem com a mesma qualidade, alguns cuidados, contudo, tiveram de ser redobrados, como a manutenção constante de bons planejamentos das aulas, porém sempre atentos às precauções com a saúde de todos os envolvidos; o uso constante das ferramentas tecnológicas já instaladas em nossa metodologia; preocupação de cada professor quanto ao engajamento do maior número de alunos nas atividades propostas; e reorganização do calendário escolar.
No comércio de Mato Grosso do Sul, o segmento de roupas, sapatos e acessórios foi o que mais sentiu os efeitos da crise do novo coronavírus, com redução de 95% nas vendas, segundo pesquisa do Sebrae/MS realizada no início de abril. A proprietária da Loja Garpy, Eliane Pasqualotto, que vende roupas femininas, confirma o impacto nas vendas e desenvolveu um e-commerce no qual o usuário é direcionado para falar diretamente com uma das vendedoras. “Nosso diferencial sempre foi um atendimento personalizado. Minhas vendedoras têm um relacionamento próximo com cada cliente e, sabendo disso, desenvolvemos um modelo de venda via Instagram – nossa principal vitrine digital – para que a usuária possa escolher qual consultora de vendas vai atendê-la”, conta Eliane, sobre a maneira que encontraram de manter o atendimento o mais próximo possível da pré-pandemia, após 21 anos de funcionamento.
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O setor industrial de Mato Grosso do Sul está mobilizado, desde o primeiro momento, para contribuir com a sociedade e poder público no enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19)
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esde o surgimento dos primeiros casos do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil e em Mato Grosso do Sul, o Sistema Fiems, composto pelo Sesi, Senai e IEL, mobilizou-se para combater a contaminação da doença, para facilitar as ações que diversas indústrias já adotaram e estimular a participação de outras. Essa verdadeira corrente do bem, ou melhor, “indústria do bem” está fazendo a diferença no Estado, com a conexão entre Governo do Estado, prefeituras, indústrias, trabalhadores e população em geral para que todos possam colaborar e atender a demanda gerada pela pandemia mundial no território sul-matogrossense. As doações são todas colocadas à disposição da administração pública estadual e municipal, que conhecem as necessidades da rede pública de saúde e faz a alocação das contribuições de acordo com as carências de cada área. Com essa união de esforços, a “indústria do bem” está contribuindo para amenizar os malefícios causados pela Covid-19 em Mato Grosso do Sul, beneficiando milhares de pessoas nos 79 municípios e, principalmente, salvando vidas preciosas. Infelizmente, a cada dia um número crescente de pessoas no Estado são diagnosticadas com a Covid-19 e essas ações - que vão desde parcerias e doações ao SUS até a disponibilização de logística privada para entregar itens básicos aos locais mais afetados pela pandemia estão amenizando as mazelas de muitas pessoas. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, ressalta a importância dessas ações que contribuem no combate à pandemia do novo coronavírus.
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APÓS ARTICULAÇÃO DA FIEMS, BAMBOA ENVASA ÁLCOOL DOADO POR INDÚSTRIAS SUCROENERGÉTICAS
Depois de articulação da Fiems, a Cervejaria Bamboa, localizada em Campo Grande (MS), realizou o processo de hidratação e envasamento do etanol doado pelas indústrias sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul para que o produto seja utilizado pela Secretaria Estadual de Saúde no combate ao novo coronavírus (Covid-19). Ao todo, foram doados 200 mil litros de etanol, que foram transformados em cerca de 270 mil litros de álcool 70°GL, utilizado para higienização. Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a articulação foi iniciada após reunião do CMC (Comitê de Monitoramento de Crise), realizada na última segundafeira (16/03) e que envolveu o
setor produtivo, Governo do Estado e entidades da sociedade civil. “Depois disso, envolvemos a Semagro e conseguimos articular isso de forma rápida e objetiva. O nosso objetivo é disponibilizar esse álcool o quanto antes para ajudar no combate ao novo coronavírus”, afirmou. O presidente da Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda Filho, ressaltou que a doação de etanol partiu das próprias indústrias sucroenergéticas. “A Biosul só está coordenando a operacionalização, viabilizando a doação desse etanol e ajudando com o transporte. Fazemos nada mais do que a nossa obrigação, o momento é de
solidariedade”, disse. O empresário Márcio Mendes, da Bamboa e da Refriko, explicou que o etanol disponibilizado pelas indústrias é de 96°GL, que está sendo padronizado em 70°GL e envasado em embalagens PET de 2 litros, sem repassar nenhum custo. “Acredito que esse trabalho de união das indústrias é fundamental no apoio ao combate dessa doença. É uma obrigação que temos com o Estado de Mato Grosso do Sul, que nos apoiou e deu incentivos quando decidimos nos instalar aqui, e agora, neste momento em que a população mais precisa, devemos dar a contribuição que podemos”, finalizou.
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C APA “Neste momento, nós temos de nos mobilizar, em todas as frentes, no que for possível fazer através do Sesi, Senai, IEL e também por nós empresários e pela própria Fiems. É importa nte e esta mos tra balha ndo inca nsavelmente pa ra que cada um possa cola bora r. Entendo que é um avanço qualquer ação, hoje, das nossas equipes para a ajuda nesse momento difícil”, pontuou Sérgio Longen. Segundo o líder empresarial, este é o momento de a indústria colocar suas capacidades à disposição, para ajudar no combate à Covid-19. “O Sistema Fiems e as indústrias estão dando uma resposta a essa crise. Entendo que esse é o momento de não medirmos esforços, para encontrar soluções para ajudar no enfrentamento ao novo coronavírus”, afirmou, citando a criação do “Canal da Indústria”, uma plataforma que reúne notícias e ações da indústria de Mato Grosso do Sul e do Brasil para combater a Covid-19, além de conteúdos como vídeos, dicas e e-books disponíveis para download. O canal disponibiliza também um serviço de informações gratuito, via WhatsApp, para que, mesmo no período de distanciamento social recomendado pelo Ministério da Saúde e OMS (Organização Mundial da Saúde), Sesi, Senai e IEL possam manter o suporte à indústria do Estado, seus colaboradores e familiares. A plataforma foi pensada para que todos àqueles que, de alguma forma, estão ligados à indústria possam tirar dúvidas e ter acesso a diversos serviços sem sair de casa durante a pandemia da Covid-19. O Sesi, visando a manutenção dos ambientes de trabalho produtivos e saudáveis em tempos do novo coronavírus, atenderá 34 •
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NO COMBATE À COVID-19, ISI BIOMASSA E CTG BRASIL PRODUZEM ÁLCOOL 70°GL LÍQUIDO E EM GEL
Referência internacional em desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores para a indústria, o ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas (MS), está produzindo álcool 70°GL líquido e gel em parceria com a CTG Brasil, segundo maior gerador privado de energia do País. O produto, eficaz na prevenção do contágio ao novo coronavírus (Covid-19), está em falta no mercado e será utilizado para assepsia das usinas hidrelétricas administradas pela empresa, como Jupiá e Ilha Solteira, e de unidades de saúde de cidades do entorno, por meio de doação. Segundo o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o ISI Biomassa e a CTG Brasil já têm um bom histórico de relacionamento, e a união de esforços, neste momento, é ainda mais importante. “Iniciamos, em julho de 2019, um projeto com a CTG Brasil para produzir bio-óleo a partir das macrófitas presentes nos reservatórios das usinas, e agora fomos procurados novamente pela empresa para realizarmos essa produção de álcool. Estamos satisfeitos por mais um projeto em parceria com a CTG Brasil, principalmente agora, quando todos os esforços para o combate à Covid-19 são fundamentais”, afirmou. Na avaliação do diretor de meio ambiente, saúde e segurança da CTG Brasil, Aljan Machado, a ação reforça o compromisso, recentemente anunciado, entre a CTG Brasil e toda a rede de Institutos Senai de Inovação para implantação de uma plataforma nacional de cooperação técnica e científica de longo prazo. “Essa parceria vem se somar a outros
esforços que a CTG Brasil tem empregado para colaborar com a preservação da saúde de seus colaboradores e da comunidade diante deste momento crítico que todos estamos enfrentando. O ISI Biomassa é um reconhecido centro de excelência em pesquisa e inovação e um parceiro importante que temos para esse combate”, acrescentou. A produção total será de 18 mil litros de álcool 70º GL para os próximos três meses, com uma capacidade diária de produção, pelo ISI Biomassa, de 300 litros por dia. “Apesar de não sermos exatamente uma unidade de produção, temos uma equipe mobilizada para atacar todos os desafios ligados à homogeneidade da mistura, à segurança dos trabalhos, ao envase e à logística, porque a CTG Brasil também pretende doar esse álcool para unidades de saúde”, acrescentou a diretora do ISI Biomassa, Carolina Maria Machado de Carvalho Andrade.
18 MIL LITROS
EM 3 MESES
7 ÁL 0% CO OL
IST ALIMENTOS E BEBIDAS PRODUZ ÁLCOOL GLICERINADO E ÁLCOOL 70°GL PARA DOAÇÃO
O IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), iniciou a produção de 2 mil litros de álcool glicerinado e de mil litros de álcool líquido 70°GL, que podem ser utilizados para higienização das mãos, para auxiliar no combate ao novo coronavírus (Covid-19), para serem doados para os órgãos de segurança pública de Mato Grosso do Sul. A ação é realizada em parceria com a Ambev, Polícia Militar, Taurus, Bungee e Central Energética de Vicentina. O gerente do Senai de Dourados, Rogério Mattos, explicou que toda a produção será doada para órgãos da segurança pública do Estado. “Estamos atuando inicialmente dentro do nosso município, mas se houver demanda, podemos ampliar a produção para outras cidades sul-mato-grossenses. Nossa ideia é ajudar os profissionais que integram a linha de
frente no combate à Covid-19, porque sabemos da importância de mantê-los protegidos, seja com equipamentos como máscaras, seja com álcool glicerinado”, destacou. De acordo com a coordenadora do IST Alimentos e Bebidas, Maria Carolina Silva Pêgo, o álcool glicerinado é um pouco mais inflamável que o álcool em gel, mas proporciona uma sensação mais aveludada na hora do uso. “A forma dele é líquida, mas tende como é um produto que utiliza a glicerina na sua fabricação, ele tende, a ser menos agressivo para a pele do que o álcool gel ou o álcool líquido 70° GL”, detalhou. Ela ainda acrescentou que os 3 mil litros de álcool serão envasados em frascos de 500 ml e a produção deve durar cerca de 15 dias. “Estamos com vários parceiros nesse processo e é muito gratificante para nós estarmos participando desse tipo de ação, porque vivemos um momento bastante delicado em todo o mundo, e a união de esforços para auxiliar no combate do novo coronavírus é fundamental”, finalizou.
3 MIL
LITROS EM 15 DIAS
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C APA àqueles que têm dúvidas sobre saúde e segurança do colaborador, apresentará orientações na área de tecnologia para gestão e vai esclarecer questões jurídicas relacionadas ao trabalho. Já o Senai contribui com a expertise em tecnologia, inovação e educação profissional, com a estrutura de seus laboratórios - o ISI Biomassa, em Três Lagoas (MS), o LabSenai, que integra o IST (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), em Dourados (MS), e do campus da Faculdade do Senai de Campo Grande, consultorias do Senai Empresa e cursos técnicos e gratuitos para qualificação e aprimoramento profissionais. Já o IEL atuará em três frentes: a área de desenvolvimento empresarial, com treinamentos individuais e para grupos de empresas; desenvolvimento de carreiras, com dicas de estágio, mercado de trabalho e primeiro emprego; e comércio exterior, por meio do CIN (Centro Internacional de Negócios). O CIN/ MS (Centro Internacional de Negócios do Estado) é especializado no auxílio e orientação de empresas que operam em outros países ou desejam começar a importar ou exportar produtos e, com o Canal da Indústria, poderá manter o suporte fornecido aos empresários, neste momento da pandemia do novo coronavírus. Sesi, Senai, IEL e CIN mantêm seu próprio número de WhatsApp durante a pandemia da Covid-19. O horário de atendimento é das 8 às 11 horas e das 13 às 17 horas. Para abrir diretamente a janela de diálogo com cada casa, basta acessar o site www. fiems.com.br/ca nalda industria e aproveitar para conhecer mais sobre o trabalho do Sistema Fiems durante a pandemia do novo coronavírus. 36 •
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INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DA CAPITAL PRODUZEM MÁSCARAS DE PROTEÇÃO PARA DOAR E COMERCIALIZAR
As máscaras cirúrgicas descartáveis tornaram-se um importante aliado dos profissionais da saúde e também da população em geral contra o novo coronavírus (Covid-19). A procura foi tanta que o produto se encontra em falta nos mercados e farmácias de Mato Grosso do Sul. Atentos a essa nova realidade, os empresários Juliana Aranda, da RU Uniformes, e João Miguel Pinto Costa, da Jovens Uniformes, ambos de Campo Grande (MS), estão produzindo o produto para doar para os serviços públicos nas áreas de saúde e segurança pública e, também, para comercialização. A empresária Juliana Aranda abraçou a causa, social, e colocou sua estrutura à disposição de quem deseja ajudar confeccionando máscaras para as unidades de saúde. “Há diversas campanhas na cidade de grupos de amigos, empresários, enfim, da sociedade civil organizada, arrecadando doações de TNT para confecção de máscaras e aventais para os profissionais da saúde. Nós estamos recebendo esses tecidos para o corte”, ressaltou.
Em uma semana, a empresa já conseguiu fazer o corte de 40 mil máscaras, que serão doadas às equipes de saúde para ajudar no combate ao novo coronavírus. “Temos capacidade para cortar até 10 mil máscaras, então quem está fazendo esse tipo de campanha pode nos procurar, porque muitas pessoas estão fazendo os cortes à mão, o que demanda muito tempo, e nós temos aqui toda a tecnologia necessária disponível para ajudar. Acredito que este é um momento em que todos devem ajudar como podem”, contou. Ela explicou que as lojas da RU Uniformes não estão abertas ao público, mas a indústria, que conta com cerca de 30 colaboradores, não parou as atividades. “Realmente caiu nosso movimento, mas com a ideia de produzir máscaras, está todo mundo na ativa. Sempre tomamos alguns cuidados básicos de higiene e segurança, que foram reforçados. Todos trabalham utilizando máscaras, há álcool em gel para higienização constante das mãos e os colaboradores estão mantendo a distância necessária entre eles, para evitar contaminação”, destacou.
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EM PARCERIA COM SENAI E GOVERNO, A INDÚSTRIA CORTTEX DOA CORTES DE TNT PARA PRODUÇÃO DE MÁSCARAS
A parceria entre a indústria de vestuário Corttex, que tem unidade em Três Lagoas (MS), o Senai, a Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a Sedhast (Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) viabilizou 40 mil cortes de TNT para a produção de máscaras faciais utilizadas no combate à pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19). Os cortes foram doados para a unidade 2 do Programa Rede Solidária, localizada no Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS), e serão utilizados para a produção de máscaras para a comunidade local. “As doações são uma forma de ajudar o Estado e a população em um momento de crise como este que o mundo todo enfrenta. Sabemos da gravidade da situação, e acredito que os empresários precisam unir forças para ajudar os mais necessitados. Nesse momento, a solidariedade deve vir primeiro, para que juntos consigamos sair dessa crise o mais rápido possível e com o menor número de perdas”, afirmou o empresário Roberto Faé, diretor da Corttex.
Já o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, também reforça o apoio da instituição à sociedade neste momento. “Estamos desenvolvendo soluções para toda a sociedade neste momento, com produção de álcool glicerinado, manutenção de respiradores, produção de pães e máscaras, enfim, uma série de ações. E agora nossas equipes de costura fizeram os cortes desses 2 mil metros quadrados de tecidos, que vão virar 40 mil máscaras”, comentou. Ele acrescenta que o tempo gasto para a realização dos cortes foi de um dia. “Porque utilizamos as nossas máquinas. Se esses cortes fossem feitos à mão, levaria cerca de 10 dias para essa atividade, com perda de aproximadamente 30% do tecido. Além disso, estamos vendo a possibilidade de colocarmos um instrutor do Senai, para auxiliar as costureiras da Rede Solidária que trabalharão na produção dessas máscaras”, destacou.
MAIS DE 70 MIL ITENS DOADOS PELA ELDORADO
34 MIL
PARES DE LUVAS
34 MIL
MÁSCARAS
29 MIL
PARES DE SAPATILHAS
2.975
LITROS DE ÁLCOOL 70% EM GEL
170
TERMÔMETROS A LASER
220
LITROS DE ÁGUA SANITÁRIA
165
CESTAS BÁSICAS
11
TABLETS
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ELDORADO BRASIL DOA MAIS DE 70 MIL ITENS ENTRE EPI, MATERIAIS DE HIGIENE E ALIMENTOS PARA MS
Em ação articulada pela Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), 11 municípios de Mato Grosso do Sul vão receber mais de 70 mil itens de proteção individual, higiene e alimentos doados pela Eldorado Brasil Celulose, de Três Lagoas (MS). “A Eldorado foi uma das primeiras a aderir aos protocolos de segurança estabelecidos pela Semagro e na próxima segunda-feira (18), inicia a segunda etapa de doações para nosso Estado”, lembra o titular da Semagro, Jaime Verruck. Os itens incluem EPIs (equipamentos de proteção individual), produtos de higiene e limpeza e cestas básicas, sendo 34 mil pares luvas descartáveis, 34 mil máscaras descartáveis, 29 mil pares de sapatilhas descartáveis, 2.975 litros de álcool gel 70%, 170 termômetros a laser, 220 litros de água sanitária, 165 cestas básicas e 11 tablets. Os produtos vão reforçar a saúde de 11 municípios do Estado nos quais a Eldorado mantém operações industriais e florestais. São eles, Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Campo Grande, Inocência, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas.
Esse reforço chegará a 3.650 trabalhadores de 12 hospitais do Estado, que realizam mais de 46 mil atendimentos por mês. Já nas sete casas de repouso contempladas, a ajuda vai alcançar quase 200 profissionais e 244 idosos. “A Eldorado ouviu previamente as instituições para identificar as principais necessidades de cada uma, buscando auxiliar de forma efetiva no combate à doença”, afirmou Fábio de Paula. “A empresa se preocupa e tem a responsabilidade de contribuir para a proteção da saúde das pessoas, especialmente nos locais em que opera”, completou o gerente de sustentabilidade da Eldorado Brasil. O secretário Jaime Verruck afirma que, com essa doação a Eldorado Brasil se junta à rede de responsabilidade criada entre Governo e empresas privadas com atuação em Mato Grosso do Sul, em prol de atender as demandas do sistema de saúde e a sociedade. “Importante a preocupação da indústria em contribuir neste período de pandemia, oferecendo os recursos necessários para atenuar os impactos do coronavírus. Além disso, queremos conseguir manter a atividade econômica, como a cadeia produtiva da celulose, de alta relevância para o Estado”, finalizou.
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SUZANO ENTREGA 43 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70% PARA SEIS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO DO SUL
Os 43,2 mil litros de álcool 70%, doados pela indústria Suzano à saúde de Mato Grosso do Sul, estão sendo entregues para cinco municípios da região leste. O álcool item integra pacote de doação que inclui ainda 15 respiradores e 20 mil máscaras N95, que chegaram no dia 18 de abril ao Estado. O será entregue em galões de cinco litros cada, sendo 2.040 galões ou 10,2 mil litros para Três Lagoas, 1.500 galões (7,5 mil litros) para Água Clara, 900 galões (4,5 mil litros) para Ribas do Rio Pardo, 1.500 galões (7,5 mil litros) para Brasilândia, 900 galões (4,5 mil litros) para Santa Rita do Pardo e 900 galões (4,5 mil litros) para Aparecida do Taboado. São os munícipios onde a indústria tem atividade e, também, regiões bastante atingidas pelo novo coronavírus. A ação foi articulada pelo Governo do Estado com a Suzano, referência global na produção de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, instalada em Três Lagoas. “Nosso papel tem sido de articulação do setor produtivo para manutenção de empregos, renda, linhas de crédito e principalmente montar uma rede de responsabilidade privada em parceria com o setor público, e temos encontrado empresas motivadas a encontrar alternativas para salvar vidas, e para que o Estado possa passar por este período preservando vidas e sem danos mais graves”, disse o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.
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GRUPO EMPRESARIAL DOA 1,2 MIL CESTAS BÁSICAS PARA MORADORES DE CAMPO GRANDE MANTER ISOLAMENTO
Preocupado com a situação da população mais carente de Campo Grande, em decorrência do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em escala mundial, o grupo empresarial proprietário da Frizelo Frigoríficos, que tem unidades em Terenos e Juti, e da LPX Agroindustrial, de Campo Grande, fez a doação de 1,2 mil cestas básicas, para a Prefeitura da Capital distribuir para os moradores da Favela do Mandela, beneficiando 164 famílias cadastradas na AMHASF (Agência Municipal de Habitação de Assuntos Fundiários). Em cada uma das 1,6 mil cestas básicas tinham produtos básicos, como arroz, feijão, óleo, macarrão, café, açúcar, além de produtos de higiene e limpeza, como sabonete, sabão e detergente, e kit verdura, com alface, tomate pepino e limão. De acordo com a Prefeitura, o objetivo da ação foi fazer com que os moradores da Favela Mandela tenham meios de ficar em casa, respeitando o período de quarentena imposto para Campo Grande e, dessa forma, evitando o contato social e maior propagação do novo coronavírus. Segundo o empresário Fernando Peró Corrêa Paes, diretor-presidente da LPX Agroindustrial, o intuito do grupo com essa iniciativa foi justamente inspirar outras
empresas, de grande e pequeno porte, a também contribuírem com essa ação social. “Queria dizer que é com muita satisfação que o grupo empresarial realiza essa doação. Eu penso que, neste momento, é a hora para darmos as mãos. Essa luta não é só por parte das autoridades públicas, é uma luta de todos nós. Acreditamos que a união faz a força e, se todos se solidarizarem, teremos um número bem expressivo de famílias sendo amparadas”, pontuou. A responsável pelo setor administrativo da Frizelo Frigoríficos e da LPX Agroindustrial, Gabrielle Barbosa Lopes da Costa, detalha que as despesas, para a aquisição das 1,6 mil cestas básicas doadas à Prefeitura de Campo Grande, foram dividias entre as duas empresas do grupo. “Como empresa e como cidadãos, sempre tivemos muito forte essa questão do social, de ajudar, de nos solidarizar com as pessoas, tanto com os nossos funcionários, quanto com várias entidades assistenciais, que sempre nos procuram. Nós sempre procuramos contribuir com várias causas sociais e não gostamos muito de divulgar essas ações, por entender que temos obrigação de ajudar o próximo”, reforçou.
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MÁSCARA
PROTEÇÃO FACIAL
2 MIL
KITS DE PROTEÇÃO
MACACÃO
PAPER EXCELLENCE ENTREGA 6 MIL ITENS DE PROTEÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE MUNICÍPIOS DE MS
A Paper Excellence, empresa acionista da Eldorado Brasil instalada em Três Lagoas, entregou no dia 30 de maio deste ano 6 mil itens de Equipamento de proteção individual, que vão atender os profissionais da saúde de Três Lagoas, Brasilândia, Água Clara e Selvíria. Cada EPI é composto por macacão, protetor facial e uma máscara hospitalar, totalizando 2 mil kits de proteção. A ação foi articulada pela Fiems e Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). “Criamos uma rede de solidariedade que tem gerado bons frutos, atendendo as demandas das prefeituras, da população e atuando para evitar a expansão da Covid 19 em Mato Grosso do Sul. As empresas privadas estão sendo efetivas na ajuda neste momento crucial para a saúde do país”, afirma o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro. Representando a Paper Excellence,
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o advogado Ary Raghiant Neto destacou que a empresa é uma grande parceira de Mato Grosso do Sul para, junto com as prefeituras, ajudar a conter a pandemia. “A Paper entende que é um compromisso social que ela tem, junto com o Estado e a Fiems, para desenvolver a região e, neste momento, apoiar iniciativas que possam contribuir para a redução desta crise de saúde pública”, declarou o advogado. Prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro destacou que a doação vem em bora hora, principalmente pela dificuldade dos municípios de comprar os itens em caráter emergencial. “Este é um momento de darmos as mãos para ajudar a superar as dificuldades juntos. Essa doação chega em hora apropriada, quando vemos os casos aumentando, precisamos combater o vírus e tratar os infectados”, finalizou.
SUZANO DOA 15 RESPIRADORES E 80 MIL MÁSCARAS HOSPITALARES PARA AJUDAR MATO GROSSO DO SUL NO COMBATE À COVID-19
A Suzano, referência global na produção de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, iniciou a distribuição de 15 respiradores e 80 mil máscaras hospitalares N95, importados da China para Mato Grosso do Sul. Os respiradores atenderão as redes de saúde da capital do Estado, onde a pandemia afeta um grande número de pessoas, e o município de Três Lagoas, que é referência no atendimento à saúde para 10 municípios da Costa Leste. Já as máscaras serão destinadas a esses mesmos municípios, além de Água Clara, Aparecida do Taboado, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita, Selvíria e Campo Grande. “Estamos enfrentando uma situação inédita, como sociedade moderna, e sabemos que a disponibilidade de respiradores e equipamentos de proteção é fundamental para salvar a vida de milhares de brasileiros. Por isso, devemos unir forças para vencer essa batalha contra o COVID-19”, afirma o
presidente da Suzano, Walter Schalka. “A Suzano é uma indústria parceira de Mato Grosso do Sul, que rapidamente atendeu uma demanda urgente do Estado em relação aos equipamentos de saúde, além de tomar decisões importantes, como não demitir seus colaboradores e terceirizados, ações importantes neste momento de pandemia do coronavírus. Estamos providenciando estrutura logística para que os produtos e equipamentos cheguem, ainda esta semana, no Mato Grosso do Sul”, afirma o secretário titular da Semagro, Jaime Verruck. A empresa foi uma das primeiras a aderir e desenvolver protocolos de biossegurança, os quais seus colaboradores, cuja presença é indispensável nas operações, adotaram como ações prioritárias, por exemplo, a medição de temperatura corporal dos trabalhadores antes do acesso à fábricas, ônibus ou viveiros;
a distribuição de refeições individuais e espaçamento maior entre mesas e cadeiras nos refeitórios; a adoção de maior distanciamento de cadeiras em salas de controle operacionais, com sinalização visual no local; a limitação a 50% no número de colaboradores transportados nos veículos da empresa; o aumento da frequência de limpeza e higienização de áreas comuns; a disponibilização de máscaras aos colaboradores que estiverem na Unidades; e a adoção de quarentena, caso haja identificação de colaborador ou prestador de serviço com risco de contaminação. Para o governador, Reinaldo Azambuja, essa corrente positiva efetivada pelas indústrias é mais um dos fatores que está ajudando o Estado a enfrentar os impactos da pandemia, tanto na área da saúde, como social. “O apoio e solidariedade de empresas e indústrias instaladas aqui são fundamentais para que reforce a atuação do Estado no cuidado com a vida dos sulmato-grossenses. São exemplos para todo o País, e Três Lagoas, que é um município onde há casos comprovados, a atenção se faz necessária e, por isso, esses respiradores e máscaras hospitalares serão bem-vindos”, pontuou.
80 MIL MÁSCARAS
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RESPIRADORES
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IEL disponibiliza 21 cursos grátis, na modalidade EAD, para profissionais e estudantes que desejam aproveitar o período de isolamento social para estudar
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ara muitas pessoas, o período de isolamento social, recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma das medidas para combater a pandemia do novo coronavírus, significa tédio. No entanto, é possível aproveitar o momento para se preparar para o mercado de trabalho, se atualizar sobre diversos assuntos, enfim, adquirir novos conhecimentos e melhorar o currículo. Pensando nisso, o IEL de Mato Grosso do Sul decidiu oferecer gratuitamente, por meio das Faculdades da Indústria, 21 cursos com temas que contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional. As formações, que são voltadas para profissionais - estagiários e estudantes que desejam aproveitar o período de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e se preparar para o mercado de trabalho podem ser acessadas pelo site http://www.ms.iel. org.br/. Segundo o superintendente do IEL, José Fernando do Amaral, o País vive um momento delicado e, justamente por isso, as empresas e estagiários precisam ainda mais do apoio do Instituto. “Não podemos abandonar nossos clientes e essa oferta
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CONFIRA OS CURSOS OFERECIDOS: A Evolução da Gestão Estratégica de Pessoas A Interação Homem-máquina Administrando o seu Dinheiro Big Data e Inteligência Artificial como Sabedoria Tecnológica da Indústria Como Elaborar Contratos Conceitos e Fundamentos da Inovação Consumo Sustentável Cultura para a Inovação na Transformação Digital Elaboração de Preço para Micro e Pequena Indústria Entendendo o Mundo dos Negócios eSocial: Um Novo Cenário Para as Organizações Estratégia para a Indústria 4.0 Ética e Sustentabilidade Ética Profissional nas Redes Sociais da Internet Ferramentas para Criatividade e Inovação Finanças Pessoais Gestão Ágil, Modular e Flexível Gestão Financeira por Fluxo de Caixa Introdução ao Plano de Negócios Redação para Ambiente de Trabalho Relacionamento Interpessoal no Ambiente de Trabalho
de cursos online gratuitos é uma forma de contribuirmos com a formação desses profissionais, por enquanto. Para que quando tivermos a retomada da economia, eles possam sair na frente, porque se prepararam com essas formações”, afirmou. A coordenadora de desenvolvimento de carreira e estágio do IEL, Rosângela Ramos, ressaltou que a oferta dos cursos foi preparada com o objetivo de proporcionar às pessoas, que estão em isolamento social, uma opção de se prepararem para o mercado de trabalho de quando a crise acabar. “Pensamos na nova rotina das pessoas e, com isso, podem realizar os cursos online, preenchendo seu tempo livre, além de ser uma forma de as pessoas se atualizarem neste tempo de distanciamento social”, comentou. Ela destacou que as formações envolvem diversos temas, desde evolução da gestão estratégica de pessoas e como elaborar contratos até consumo sustentável, cultura para a inovação na transformação digital e big data e inteligência artificial como sabedoria tecnológica da indústria. “São cursos rápidos, com carga-horária máxima de 16 horas, com linguagem fácil e uma oportunidade única para quem deseja melhorar habilidades e ampliar conhecimentos”, finalizou.
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SESI
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Ensino
VIRTUAL 93% dos alunos das escolas SESI assistem aulas durante pandemia
A
suspensão das aulas presenciais durante a pandemia, do novo coronavírus (Covid-19), pouco afetou a rotina dos alunos das escolas do Sesi de Mato Grosso do Sul. De segunda a sexta-feira eles vestem o uniforme e, de casa, por meio de uma plataforma educacional da Microsoft, assistem às aulas normalmente. A diferença é que, ao invés de irem à escola, estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio acompanham tudo por uma sala de aula virtual, com a possibilidade de interagir com os professores e outros colegas de classe – cada um na sua casa. Para os alunos das escolas do MS INDUSTRIAL | 2020 • 49
Sesi, as plataformas tecnológicas de ensino já faziam parte do dia a dia, por isso, manter a rotina de estudos em casa não foi uma grande dificuldade. Tanto que 93% deles estão acompanhando diariamente as aulas virtuais na plataforma, conforme relatório de acesso fornecido pela Microsoft à rede de ensino do Sesi. Para o superintendente regional do Sesi, Bergson Amarilla, o elevado engajamento por parte dos alunos demonstra o sucesso dos investimentos da instituição em uma educação inovadora, que, lá atrás, já vislumbrava a necessidade de formação dos docentes para lidar com tecnologia, salas de aula disruptivas e diferenciadas, e ferramentas online para engajar os estudantes. “Desde 2015, o Sesi posicionou o serviço educacional com a abordagem STEAM (ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática) para oferecer uma educação inovadora”, explica o superintendente. A ideia, continua Amarilla, era avançar no conceito de ensinar e aprender para além das paredes das salas aulas, “falando a língua” e aplicando a tecnologia como aliada dos professores. “Os alunos não querem exercitar em papel e lápis. Gostam de estar em contato com plataformas, vídeos, games e desafios que criem maior interação entre eles e o conhecimento. Todo esse investimento nos preparou para ofertar uma educação diferenciada em meio a tantos desafios do mundo atual, mesmo em tempos de pandemia”, conclui o superintendente. A analista técnica em Educação do Sesi, Gláucia Vital da Cruz, afirma que não foi necessária uma grande mobilização por parte da equipe pedagógica para adaptar professores e alunos a este momento, em que todos devem permanecer em casa, o quanto for possível. “Os docentes já vêm sendo capacitados para usar as ferramentas educacionais da Microsoft há dois anos, e os alunos já faziam ativi50 •
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dades nas plataformas virtuais, tanto em casa, quanto em sala de aula”, conta. Para ela, além de atender às normas indicadas pelos órgãos reguladores, o Sesi agiu rápido para manter os alunos ativos. “Em tempos de isolamento social é fundamental manter uma rotina com afazeres significativos. A presença dos professores, ainda que virtual, é uma forma de apoio e motivação para manter a autonomia dos alunos, e incentivar a busca permanente pelo conhecimento”, finaliza. REDE DE ENSINO DO SESI A rede de educação básica do Sesi de Mato Grosso do Sul conta com sete escolas, localizadas nos
municípios de Campo Grande, Três Lagoas, Dourados, Corumbá, Maracaju, Naviraí e Aparecida do Taboado. Além da educação básica, o aluno que desejar também pode cursar as séries do Ensino Médio junto com um curso técnico do Senai e, assim, sair da escola já preparado para exercer uma profissão. A instituição oferece da Educação Infantil ao Ensino Médio, com preços diferenciados, educação inovadora e formação empreendedora que prepara o aluno para o mercado de trabalho do futuro. Abaixo, você confere algumas das plataformas online que são diferenciais da Escola do Sesi e tornam o aprendizado atraente:
ROBÓTICA E PROGRAMAÇÃO
EMPREENDEDORISMO
Crianças aprendendo a construir robôs e programando suas funções na linguagem Java e Phyton? A robótica faz parte da grade curricular da Escola do Sesi de forma interdisciplinar, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, preparando-os para um ensino mais prático e aprofundado sobre o futuro das tecnologias e do mercado de trabalho.
Nas escolas do Sesi, a disciplina de Empreendedorismo é aplicada em parceria com o Sebrae, referência nacional no assunto, e trabalha com conceitos do protagonismo dos alunos, atitudes criativas, assertividade e busca da inovação. A matéria faz parte da grade curricular a partir da 6ª série do Ensino Fundamental até o 1º ano do Ensino Médio, com aulas semanais.
Serviço – Mais informações sobre as escolas do Sesi pelo site sesims.com.br/escola/
PLATAFORMAS ONLINE
SALAS DE AULA TECNOLÓGICAS
As escolas do Sesi disponibilizam inúmeras plataformas online, para despertar o interesse do aluno em Matemática, Português e outras disciplinas, além de tornar o ensino dinâmico e inovador. O Mangahigh, por exemplo, é um site utilizado no mundo todo e baseia o ensino de Matemática em games, ou seja, o aluno aprende brincando. A RoboGarden é uma plataforma canadense usada em vários países para ensinar programação a crianças e jovens de 7 a 17 anos de idade. Como estímulo ao hábito de leitura, e para ampliar os conhecimentos da Língua Portuguesa, as escolas do Sesi do Estado integram à metodologia de ensino o Guten News, que funciona como um jornal digital que “traduz” as notícias para a linguagem infanto-juvenil.
As escolas do Sesi contam com salas interativas, espaços inovadores que quebram o padrão da sala de aula tradicional, despertam e estimulam o protagonismo e interesse do aluno pelo aprender.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
TORNEIOS DE ROBÓTICA
Desde o Ensino Médio, alunos da Escola do Sesi têm contato com projetos de pesquisa, que muitos só irão ter acesso na faculdade, e olhe lá. Os jovens desenvolvem trabalhos em diversas áreas do conhecimento, sempre com a orientação de um professor, podendo contar, ainda, com auxílio de docentes de instituições de ensino superior parceiras do Sesi. Os trabalhos elaborados pelos alunos, inclusive, são submetidos às feiras científicas de abrangência nacional, e já foram premiados, aproximando-os da comunidade acadêmica e científica.
Além das feiras de tecnologia, os alunos também são incentivados a participar de diversas competições nacionais e internacionais de robótica, como os torneios da FLL (First Lego League), liga estadunidense que organiza a maior disputa mundial entre robôs, e a OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica). As escolas do Sesi também promovem, todos os anos, o Torneio Interclasses de Robótica, uma forma de estreitar os laços entre os alunos e despertar o interesse para as competições externas. Os estudantes também são incentivados e preparados para participar de provas nacionais como a Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), entre outras.
Nelas, as carteiras não são dispostas em fileiras e o quadro negro dá lugar a um painel 3D, que permite ao professor ensinar conteúdos como geometria e cartografia de uma forma inovadora e simplificada para os alunos.
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DICAS
SEGURANÇA E ECONOMIA Quer economizar na hora de comprar máscara de tecido? Saiba como fazer com o que você já tem em casa As máscaras cirúrgicas, ou mesmo de tecido, se tornaram equipamento de proteção, praticamente obrigatório, para auxiliar no combate à pandemia do novo coronavírus, mas a procura pelos materiais fez com que se esgotassem facilmente nos mercados. Pensando em quem não conseguiu adquirir o seu kit ainda, o Senai resolveu mostrar que é possível fazer sua própria máscara de tecido, mesmo se não tiver máquina de costura em casa. Segundo a instrutora da área do vestuário do Senai de Campo Grande, Luane Sales de Oliveira, é possível, qualquer pessoa sem conhecimento de costura, confeccionar sua própria máscara em casa de forma simples e eficaz. Para isso, basta utilizar um tecido de tricoline ou algodão, cujo o entrelaçamento é mais fechado e traz um conforto térmico maior, que são os mesmos tecidos usados para a fabricação de lençóis, por exemplo. “É fundamental prestar atenção para que a máscara tenha duas camadas de tecido, para impedir que o vírus vença a barreira. Se feito no TNT, tem de se atentar à gramatura para que seja maior do que 40, mas neste caso, o TNT não é lavável. Se essa máscara for lavada, as fibras impedem a respiração e ela deve ser descar52 •
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tada”, destacou Luane. Ela acrescentou que no caso da máscara confeccionada com tecido de algodão, é necessário apenas o corte do tecido, que deve ter 50 cm de comprimento por 36 centímetros, de largura, e dois elásticos, que podem ser aqueles utilizados para prender cabelo ou de dinheiro. Já a máscara de TNT
precisa apenas do tecido, também é bem fácil de fazer. Luane Salles ainda reforça a necessidade de higienização dos equipamentos de proteção com água e sabão, ou ainda água sanitária. “O Ministério da Saúde recomenda que elas fiquem de molho por 20 minutos e sejam deixadas para secar por completo, antes do uso
é importante passar com ferro. A orientação é de que as máscaras sejam utilizadas por no máximo duas horas, sendo necessário a troca após esse período, por isso é recomendado que cada pessoa tenha cerca de três a cinco máscaras, pois seu uso deve ser pessoal”, finalizou.
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SES I
BIOSSEGU Sesi auxilia empresas a manter portas abertas e preservar empregos durante a pandemia
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raças às orientações do Sesi, empresas de inúmeros segmentos - salões de beleza, academias, transportes, construção civil e, inclusive, agências de viagens e passeios da região de Bonito, o principal destino turístico de Mato Grosso do Sul - receberam autorização para reabertura em meio à pandemia. É que os decretos publicados pelas pre-
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feituras estabelecem que cada uma dessas atividades deve apresentar um Plano de Biossegurança, que ateste aos trabalhadores e clientes que aquele estabelecimento atua de maneira a mitigar as formas de contágio pelo novo coronavírus. O Sesi foi o responsável pela elaboração dos documentos entregue, às autoridades municipais, por entidades representativas de cada um dos segmentos mencionados acima.
RANÇA
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Após a liberação dessas atividades pela prefeitura, o Sesi passou a oferecer, sem qualquer custo às empresas, consultorias especiais para o retorno seguro ao trabalho. A gratuidade é resultado de uma parceria com o Sebrae/MS que, por meio do programa Sebraetech, subsidia em 100% o valor da consultoria do Sesi para as micro e pequenas empresas do Estado. O trabalho consiste em
uma análise da empresa – desde as dependências, equipamentos, tipo de serviço oferecido, funções dos colaboradores – diagnóstico e orientações quanto as mudanças necessárias para uma atuação segura, e como implementá-las. A consultoria é realizada por videochamada, de maneira a seguir os protocolos de prevenção da Covid-19. Basta que a empresa
indique algum colaborador que atuará como um interlocutor da consultoria, apresentando os espaços e processos de trabalho da empresa aos profissionais do Sesi que farão o diagnóstico e identificação das mudanças necessárias. O programa é 100% subsidiado pelo Sebrae, dessa forma, as empresas que tenham interesse precisam apenas realizar a adesão.
COMO FUNCIONA? A consultoria fornece, para a empresa e seus colaboradores,orientações que garantam a segurança da rotina de trabalho, além de reforçar para os clientes e consumidores que aquele é um ambiente seguro. As recomendações, além de apresentar formas de mitigação da Covid-19, seguem as regras de controle e resoluções preconizadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo decreto municipal que estabelece as medidas de biossegurança. A QUEM SE DESTINA? - MEI (Microempreendedor individual) - ME (Micro empresa) - EPP (Empresa de Pequeno Porte) - Produtor Rural - Artesão dos setores de Agronegócios, Comércio, Indústria e Serviços COMO É REALIZADA A CONSULTORIA? A consultoria é realizada por videochamada, de maneira a seguir os protocolos de prevenção da Covid-19. Basta que a empresa indique algum colaborador que atuará como um interlocutor, apresentando os espaços e processos de trabalho da empresa aos profissionais do Sesi que farão o diagnóstico e identificação das mudanças necessárias na empresa.
É PRECISO PAGAR ALGUM VALOR? A consultoria é 100% subsidiada pelo Sebrae/MS, dessa forma, as empresas que tenham interesse precisam apenas realizar a adesão.
COMO ADERIR? Basta entrar em contato através de um dos canais abaixo: - Canais de venda Sebrae/MS : 0800-570-0800 - Central de Atendimento SESI SST: WhatsApp e telefone : (67) 3320-3425 E-mail: sst@sesims.com.br
EXPERTISE A área de Saúde e Segurança do Trabalho do Sesi de Mato Grosso do Sul conduziu a elaboração dos planos de Contenção de Risco e de Biossegurança apresentados por diversos segmentos da indústria, comércio e 56 •
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agronegócio à Prefeitura de Campo Grande, para receber autorização de reabertura. “O Sesi, considerado referência em termos de saúde e segurança, elaborou diversos documentos que as entidades representativas precisaram entregar ao poder público para comprovar que
adotavam as medias necessárias contra o novo coronavírus. Passar pela nossa consultoria é uma forma não só de cumprir os decretos, mas também de mostrar para o cliente que aquele estabelecimento é seguro”, conclui o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho do Sesi, Michel Klein.
GIRO DA INDÚSTRIA M EI O L O C K D OW N Estados e municípios têm autonomia para adotar medidas de restrição de transporte de pessoas e mercadorias, a fim de evitar o avanço do novo coronavírus. No entendimento do governo federal, prefeitos e governadores deveriam pedir aval, para restringir a circulação interestadual e intermunicipal.
P EDI DO DE B Ê NÇ Ã O
FA T IA D E MS
O presidente Jair Bolsonaro chegou a incluir a determinação do “pedido de bênção” em uma Medida Provisória, que foi derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A instância máxima do judiciário brasileiro reconheceu, porém, que a locomoção de serviços essenciais, definidos pelo próprio governo federal, está liberada.
Mato Grosso do Sul receberá R$ 1,5 bilhão dos quase R$ 120 bilhões que a União vai destinar a estados e municípios em meio à “coronacrise”. Serão R$ 622 milhões repassados diretamente ao Governo do Estado, R$ 421 milhões aos municípios, e mais um montante de R$ 80 milhões para o Estado e outros R$ 40 milhões às prefeituras, que deverão ser aplicados em ações de combate à Covid-19. O total inclui ainda a suspensão das dívidas do governo estadual e prefeituras com a União, bancos oficiais e organismos internacionais, somando mais R$ 493 milhões.
C OV I D- 1 9 E A VIOLÊNCIA CONTRA M UL H E R
ME R E CIME NT O Pela primeira vez na história do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) um Promotor de Justiça, eleito pela carreira, assume o mais alto cargo na Instituição.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul confirmou que é realidade o que parecia não passar de uma piada de mau gosto nas redes sociais: a violência contra a mulher deu um salto durante a pandemia do novo coronavírus. Somente em Campo Grande, o número de feminicídios chegou a quatro até abril de 2020, contra cinco registrados em todo o ano de 2019. O órgão anunciou a criação de um grupo de trabalho, em parceria com diversas entidades, para acolher e orientar mulheres vítimas de violência doméstica. MS INDUSTRIAL | 2020 • 57
S EN AI
FÔLEGO
A MAIS Senai inicia manutenção de respiradores hospitalares para serem usados no combate à Covid-19
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Senai de Campo Grande e o Senai Empresa uniram as respectivas expertises, com relação à manutenção de equipamentos, para auxiliar as equipes de saúde de Mato Grosso do Sul no combate à pandemia do novo coronavírus, mediante a realização de reparos nos respiradores hospitalares estragados. A iniciativa faz parte de uma ação integrada dos Departamentos Regionais do Senai de todo o País e, em Mato Grosso do Sul, será realizada em parceria com o Governo do Es-
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tado e a Energisa, que ficarão responsáveis por levantar os respiradores que estão sem uso e por fazer o transporte desses equipamentos até o Senai de Campo Grande, que adaptou unidades móveis para realizar a higienização e a manutenção dos equipamentos. Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o Senai já tem uma expertise de mais de 70 anos na área de manutenção, e este é o momento de colocar suas capacidades à disposição, para ajudar no combate a essa crise. “A instituição está se mobilizando, assim como as outras Casas que integram o Sistema Indústria, para dar uma resposta a esta crise. Entendo que esse é o momento de não medirmos esforços para encontrar soluções para ajudar no enfrentamento ao novo coronavírus”, afirmou. O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, comentou que a ação é uma união de esforços entre todos os setores para salvar vidas. “É uma ação articulada pela Semagro com o Sistema Indústria e a Energisa para colocar mais respiradores à disposição dos hospitais. O Senai adaptou sua estrutura e montou uma oficina só para isso”, disse. Na avaliação do secretário esadual de Saúde, Geraldo Resende, o momento pede, cada vez mais, a união de esforços para o enfrentamento da pandemia. “Estamos muito felizes por essa parceria porque o Senai é uma instituição referência em manutenção de equipamentos, com um corpo técnico de alto nível, e colocou toda a sua estrutura à disposição, para auxiliar na manutenção desses equipamentos que são de extrema importância para os nossos pacientes”, salientou. MS INDUSTRIAL | 2020 • 59
OPERAÇÃO - O diretorregional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, explicou que foram recebidos 70 respiradores dos hospitais de todo o Estado. “Os equipamentos passarão por uma higienização, antes de serem manuseados, para evitar qualquer contágio dos nossos colaboradores, que receberam EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) do IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), e do ISI Biomada (Instituto Senai de Inovação em Alimentos e Bebidas), localizado em Três Lagoas”, destacou. Ele acrescentou que as atividades atenderão às normas de saúde e segurança orientadas pelos órgãos de saúde, e que equipes de segurança do trabalho do Senai Empresa também acompanharão as ações. “É realmente um trabalho de rede. Vamos inicialmente focar nos respiradores que necessitam de manutenções mais básicas e, daqui alguns dias, iremos colocar nossas atenções aos respiradores que necessitam de reparos mais complexos, lembrando que, dependendo da necessidade, temos capacidade para produzir peças em impressora 3D para esses equipamentos”, finalizou. 60 •
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REPERCUSSÃO “Estávamos com o respirador estragado, sem uso e sem saber como fazer a manutenção e essa ação da Fiems de colocar a expertise do Senai, que é referência em manutenção de máquinas e equipamentos, para auxiliar a saúde e os municípios é de extrema importância. Acredito que todos temos de nos comprometer e não podemos medir esforços num momento de crise como esse”
“Essa ação é fundamental para auxiliar os municípios a se prepararem para a pandemia do novo coronavírus. Estávamos com esse respirador estragado e sem uso já há algum tempo e sem condições de mandarmos arrumar. O trabalho do Senai tem sido de excelência e vai nos ajudar a tratar dos pacientes que eventualmente precisarem desse equipamento”
- ALDECIR DUTRA ARAÚJO - ROGÉRIO ROSALIN
PREFEITO DE FIGUEIRÃO (MS)
“Se não fosse o Senai, não teríamos condições de consertar nosso único respirador, que estava estragado. Ainda não tivemos nenhum caso registrado do novo coronavírus, mas, mesmo assim, as autoridades de saúde do município estão preocupadas. Estamos tentando nos preparar da melhor forma possível, dentro das nossas condições, e esse apoio do Senai está sendo fundamental”
- TONY SIQUEIRA DIRETOR-ADMINISTRATIVO DO HOSPITAL MARECHAL RONDON, DE JARDIM (MS)
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE MIRANDA (MS)
“Neste momento de crise, a maioria das empresas está superfaturando esse tipo de serviço, e comprar um novo respirador sai ainda mais caro, porque os valores praticados no mercado estão altíssimos. Graças ao Senai estamos com mais três equipamentos, que estavam até com peças faltando e eles conseguiram repor, e poderão salvar, pelo menos, mais três vidas”
- FILIPE CUNHA
DIRETOR-ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO DO HOSPITAL EVANGÉLICO, DE DOURADOS (MS)
QUANTO VOCÊ P A G O U ?
Fonte: Portal Transparência MS e SEFAZ/MS. Elaboração; SFIEMS COEP
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A RT IG O
A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA S NA PANDEMIA - A RM A N D O MONTEI RO NETO Ex-presidente da CNI
Em função da pandemia de Covid-19, vivemos situação extrema só comparável ao cenário das grandes guerras mundiais. Ao passo em que as pessoas se submetem a risco de vida e restrições de locomoção, instituições públicas e privadas são colocadas em xeque, tanto sob o ponto de vista de sua manutenção, como do retorno que podem dar à sociedade. As recentes medidas impostas às entidades que integram os serviços sociais autônomos, o chamado Sistema S, estão na contramão do que está sendo feito nos demais países, no sentido de ampliar a proteção social da população neste momento de crise. Elas atingem instituições que administram uma grande rede de apoio à tecnologia e à inovação de empresas, bem como à formação profissional e à promoção de saúde e segurança de milhões de trabalhadores em todas as regiões do país. As contribuições compulsórias recolhidas pelas empresas para esse Sistema estão sendo comparadas a outras contribuições de caráter arrecadatório e que não trazem retorno imediato à sociedade ou às empresas. No entanto, ao invés de traduzir um custo empresarial, a contribuição do Sistema S é um investimento. Esse recurso reverte diretamente em prestação de serviços essenciais ao aumento da competitividade das empresas, inclusive às micro e pequenas empresas que, apesar de não contribuírem para a manutenção do sistema, são beneficiadas com seus serviços. O empresário recebe, na forma de serviço, o valor que inves-
tiu ao contribuir para essas instituições, por meio do incentivo ao empreendedorismo, do acesso à educação de qualidade para os trabalhadores, de serviços de apoio ao desenvolvimento tecnológico e de inovação nas empresas e de aumento de produtividade. Empregados, empregadores e população são beneficiados. O trabalhador tem acesso à qualificação e à capacitação profissional, a programas de saúde e de segurança no trabalho, além de iniciativas culturais oferecidas por essas entidades. As ações desse Sistema são ofertadas a mais de 4.000 municípios brasileiros, em todos os estados, devido ao modelo federativo adotado por essas entidades, que lhes assegura um efeito distributivo de recursos, das áreas mais desenvolvidas para os territórios mais frágeis economicamente. Desde a sua criação, o Sistema S já formou e qualificou mais de 70 milhões de pessoas. Atualmente, o Senai e o Sesi, em parceria com federações estaduais e associações setoriais da indústria, têm protagonizado iniciativas em todo o país em apoio às empresas e, principalmente, ao sistema de saúde, mediante orientação técnica na reconversão de linhas de produção, suprimento de hospitais públicos com insumos e equipamentos necessários ao tratamento da Covid-19, coordenação de rede nacional de reparos a respiradores mecânicos e pela oferta gratuita de milhares de vagas de cursos a distância. A iniciativa Manutenção de Respiradores do Senai, em parceria com o governo federal, conta
com apoio de empresas de todo o país e uma rede voluntária com 33 pontos para receber os equipamentos. Os desdobramentos dessa iniciativa alcançam todos as unidades da Federação, até os mais longínquos e menos afetados. O Amapá, por exemplo, recebeu 13 respiradores e dois aspiradores, levados por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), para reforçar o tratamento de pacientes em estado grave de covid-19. Outras formas de desoneração das empresas em matéria tributária (como a prorrogação dos prazos de recolhimento de obrigações principais e acessórias e anistia a multas), neste momento de pandemia, teriam efeito muito mais significativo para a manutenção das empresas e dos empregos, sem inviabilizar os serviços essenciais prestados pelas entidades que integram o Sistema S. O corte de 50% dos recursos, por três meses, proposto pelo governo, é o máximo aceitável e já representa a cota de sacrifício possível do Sistema nesse período crítico. Um alongamento desse prazo inviabilizaria o atendimento à população mais exposta socialmente, que representa a maioria dos alunos e trabalhadores atendidos pelo Sistema S. Essas instituições são cada vez mais importantes para o país, especialmente neste momento de retração econômica. O desmonte dessa rede privada prejudicará as empresas, os trabalhadores e o próprio Estado, que deverá amparar significativa parcela da população hoje atendida pelo Sistema S.
O conteúdo publicado nesta página é de inteira responsabilidade do autor e as opiniões no texto não representam o posicionamento do Sistema Fiems 62 •
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