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PROCESSOS TRANSPARENTES

Os empresários de Mato Grosso do Sul que têm contratos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do CentroOeste), na modalidade Empresarial, poderão prorrogar o pagamento das parcelas referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2020 para o mês de janeiro de 2021. A informação foi dada pelo Banco do Brasil durante a reunião do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO), realizada na Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a medida veio no momento certo. “Essa prorrogação das parcelas é um trabalho em conjunto da Diretoria da Fiems, da Semagro e da Superintendência do Banco do Brasil no Estado”, informou, completando que conversou pessoalmente com o secretário estadual Jaime Verruck, titular da Semagro, e com o superintendente do BB, Sandro Grando, para mostrar que, apesar de alguns segmentos do setor industrial já terem melhorado suas condições financeiras, outros ainda estão passando por dificuldades.

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“Por isso, entendemos que, como nem todas as indústrias estão em condições financeiras satisfatórias, seria melhor prorrogar o pagamento desses três meses, o que, na prática,

FCO

PRORROGAÇÃO

será uma grande ajuda para esses empresários que ainda estão em recuperação devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19)”, destacou o presidente da Fiems, reforçando que, na prática, essa prorrogação acaba funcionando como um capital de giro para as empresas. “Temos que comemorar porque o FCO Empresarial vem fazendo a diferença em Mato Grosso do Sul ao contribuir com o desenvolvimento do setor industrial do Estado. O não pagamento, neste momento, dessas três parcelas vão impactar positivamente no caixa das empresas neste fim de ano”, assegurou, referindo-se às despensas do fim de ano.

Sérgio Longen ressalta que, no próximo mês de novembro, o empresário já tem o 13º salário dos funcionários para pagar e muitas empresas estavam preocupadas com isso. “Alguns investimentos que seriam feitos estavam suspensos e, agora, poderão ser retomados com essa prorrogação do pagamento dessas três parcelas. Os indicadores industriais estão demonstrando a recuperação do setor e essa ajuda, do Banco do Brasil, vem no momento certo para ajudar na recuperação da nossa economia”, reforçou.

Para o secretário estadual Jaime Verruck, que é presidente do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), o Banco

FCO EM NÚMEROS

Dados de 2020

Central já tinha autorizado a prorrogação do pagamento desses contratos para até o mês de dezembro, e permitiu a cada instituição financeira fazer o seu regramento. “O Banco do Brasil prorrogou, inicialmente, por dois meses, estendeu por mais dois e, agora, após as solicitações do CEIF e Fiems, decidiu por prorrogar também as parcelas de outubro, novembro e dezembro”, completou.

Já o superintendente do Banco do Brasil no Estado, Sandro Grando, acrescenta que essas parcelas serão prorrogadas e diluídas nas parcelas remanescentes a partir de janeiro de 2021. “Isso significa que o empresário poderá deixar de pagar as parcelas durantes os meses de outubro, novembro e dezembro, mas terá as parcelas um pouco mais altas nos meses seguintes, porque o prazo final de quitação do financiamento não será alterado. Acreditamos que essa é uma excelente medida, porque ela dá a possibilidade para o empresário tomar a decisão baseado no seu fluxo e na sua organização”, informou.

R$ 315,9 MILHÕES

de incremento para os últimos meses

R$ 124 MILHÕES de adicional, direcionado para a linha empresarial

COM REDISTRIBUIÇÃO, FCO TERÁ MAIS R$ 315 MILHÕES EM CRÉDITO PARA CONTRATAÇÃO AINDA EM 2020

A linha de financiamento FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do CentroOeste) recebeu incremento de R$ 315,9 milhões, para atender as demandas por crédito nos últimos meses de 2020, totalizando R$ 1,5 bilhão no ano. A ampliação do valor em decorrência de ajuste nas linhas, como acontece todos os anos no fim de setembro, foi aprovada na reunião desta quarta-feira (21) do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO).

Com a redistribuição, a linha empresarial vai receber adicional de R$ 124 milhões, enquanto que a rural terá mais R$ 233,8 milhões para contratação ainda em 2020. A diferença no montante se dá de acordo com a demanda por recursos em cada linha. Parte do valor de incremento saiu da linha emergencial criada durante a pandemia de Covid-19, e parte da não aplicação por parte de cooperativas e outros bancos.

Titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e presidente do CEIF/FCO, o secretário Jaime Verruck destaca

R$ 233,8 MILHÕES de adicional, direcionado para a linha rural

R$ 33 MILHÕES

de recursos aprovados para atender pecuaristas do Pantanal

R$ 1,5 BILHÃO TOTAL DE RECUROS NO ANO

que o remanejamento de recursos acontece sempre em 30 de setembro. “Os recursos foram realocados considerando a demanda por crédito e a pouca contratação da linha emergencial, até por questões burocráticas, mas ainda há R$ 43,3 milhões para contratação dessa linha”, explica.

O conselho aprovou 49 cartas-consultas na reunião ordinária de hoje, com destaque para a avicultura que teve R$ 2,402 milhões em recursos aprovados, a irrigação com R$ 4,197 milhões e a suinocultura que teve projetos que somam R$ 16 milhões em crédito para contratação. “Os números mostram que a economia segue aquecida, principalmente no setor rural”, afirmou Jaime Verruck.

O CEIF/FCO aprovou, na reunião ordinária, a reserva de R$ 33 milhões em recursos da linha rural, para atender pecuaristas do Pantanal que necessitem de crédito para a retenção de matrizes. Na reunião, foram aprovados dois projetos que somam R$ 3,207 milhões para esse fim. O secretário explica que em função dos incêndios e a seca histórica que atinge o Pantanal, o produtor tem encontrado mais dificuldades em manter as matrizes em boas condições, aumentando a necessidade da tomada de crédito para o fim.

Os indicadores industriais estão demonstrando a recuperação do setor e essa ajuda do Banco do Brasil vem no momento certo para ajudar na recuperação da nossa economia ”

- SÉRGIO LONGEN

presidente do Sistema FIEMS

GIRO DA INDÚSTRIA

PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS

O primeiro dia de operação do PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, registrou 1.570 operações e ocorreu com poucos percalços técnicos, afirmou o Banco Central. O BC e instituições financeiras deram início, em 3 de novembro, à primeira fase de testes do PIX, somente com grupos selecionados. O serviço foi liberado para uma base de 1% a 5% dos clientes cadastrados, escolhidos pelos bancos. O PIX é um novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central para facilitar as transações financeiras. Não é um aplicativo, nem banco, e funciona com as contas que o cliente já tem em alguma instituição financeira. A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito e estar disponível a qualquer hora, sete dias por

MAIS DE 1,5 MIL OPERAÇÕES

semana. A quantia cai instantaneamente.

RISCOS DE ENDIVIDAMENTO

Contudo, nem tudo pode ser só novidade boa com a utilização do Pix. Apesar da ferramenta garantir o benefício - com o TED e DOC mais baratos, ficando isentos até 30 operações para pessoas físicas - isso também pode estimular a utilização facilitada e desenfreada do dinheiro existente em conta corrente, alertam especialistas.

POUPANÇA TEM PIOR RENTABILIDADE

Com a inflação acelerando em outubro, a caderneta mais uma vez ficou sem ganho real no mês, acumulando nos últimos 12 meses, descontando o IPCA do período, perdas de 1,40%, de acordo com levantamento da provedora de informações financeiras Economatica. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,86% em outubro, acumulando alta de 3,92% em 12 meses, segundo divulgou nesta sexta-feira (6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O retorno negativo de 1,40% registrado em outubro é o pior resultado para a poupança no acumulado em 12 meses, desde dezembro de 2015, quando a rentabilidade ficou negativa em 2,28%, descontada a inflação. Em setembro, a perda em 12 meses tinha sido de 0,46%. Em agosto, a poupança ainda registrou ganho real de 0,45% no acumulado em 12 meses.

PACTO FEDERATIVO

A união dos estados em torno da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo é essencial para ajudar os estados a reequilibrar as contas públicas, afirmou o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Ele reuniuse com governadores, vice-governadores e secretários de 13 estados e do Distrito Federal como parte da agenda do Fórum dos Governadores. Entre os assuntos prioritários da reunião estava a votação do Projeto de Lei Complementar 101/2020, que estabelece o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal para os estados e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF). Os governadores e os demais representantes dos estados destacaram a importância da aprovação do projeto ainda em 2020, para melhorar a gestão das unidades da Federação e permitir a retomada da capacidade de investimento dos governos locais. Segundo os governadores, a Covid-19 tornou mais dramático o quadro fiscal dos estados, que enfrentavam um cenário de dificuldades, mesmo antes da pandemia.

GERAL

Sistema Fiems aprova Programa de Compliance como forma de combate à corrupção

Processos TRANSPA RENTES

TRANSPA RENTES

Como forma de contribuir com o combate à corrupção no Brasil, o Sistema Fiems, composto pelo Sesi, Senai e IEL, aprovou o Programa de Compliance, um conjunto de medidas e ações institucionais voltadas à prevenção, à detecção e à correção de desvios em relação às leis, normas e regulamentos externos e internos e ao Código de Conduta e Ética.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o Sistema Indústria já vem executando práticas de compliance há anos, mas agora foi estruturado um programa mais abrangente, para ser implementado internamente, com o objetivo de melhorar os processos voltados, cada vez mais, para o compromisso com a integridade e transparência na condução de seus negócios.

“Da forma que estamos utilizando o compliance no Sistema Indústria, pretendemos inclusive inserir essa base inicial nas

As principais políticas, normas, procedimentos e manuais para mitigar os riscos de compliance, devem ser descritos de acordo com o atual cenário e necessidades institucionais, refletindo o compromisso, diretrizes e a postura das instituições. ”

- SÍLVIA GONDA

gerente de compliance do

Sistema FIEMS

pequenas e médias empresas. Até porque, as grandes empresas, em sua maioria, já têm seu Programa de Compliance, mas é importante que o pequeno empreendedor conheça o compliance, de que forma ele pode começar a se manifestar no seu negócio. Então com, certeza, esse programa vai ser um avanço”, afirmou.

A gerente de compliance do Sistema FIEMS, Sílvia Gonda, explica que o programa vai se aplicar a toda a força de trabalho da instituição, desde os membros dos órgãos normativos, dirigentes, colaboradores, estagiários e terceiros, sem distinção da função exercida, além dos clientes, fornecedores e parceiros.

“No Programa de Compliance do Sistema Fiems, foram definidos os pilares que vão nortear nossa atuação, que são Suporte da Alta Administração, Avaliação de Riscos, Código de Conduta e de Políticas de Compliance, Controles Internos, Treinamentos e Comunicação, Canais de Denúncia, Investigações Internas, Monitoramento e Auditoria e Due Diligence. Já temos o primeiro e principal pilar, que é o apoio da alta administração, que aprovou o programa e nos deu toda a autonomia necessária para darmos continuidade na implantação”, destacou Sílvia Gonda.

Ela ainda reforça que as ações envolverão todos os colaboradores do Sistema FIEMS, para saberem como agir. “As principais políticas, normas, procedimentos e manuais para mitigar os riscos de compliance, devem ser descritos de acordo com o atual cenário e necessidades institucionais, refletindo o compromisso, diretrizes e a postura das instituições. Queremos levar melhorias na governança corporativa, o que, por sua vez, gera competitividade, além de aumentar a reputação da empresa”, finalizou.

Nem mesmo a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi capaz de parar o avanço do setor, em Mato Grosso do Sul, que bateu recorde na geração de emprego e na exportação

CAPA

m um ano atípico que teria tudo para ser extremamente negativo para o setor E industrial de Mato Grosso do Sul, devido à pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), foi exatamente ao contrário e a atividade acumulou recordes nos dois dos seus principais indicadores: a geração de emprego e a exportação de produtos industrializados.

Graças ao bom desempenho de ambos, a indústria foi uma verdadeira locomotiva de economia sul-matogrossense, alavancando os demais setores da matriz produtiva estadual, principalmente, o de comércio e o de serviços, que foram muito afetados pelo isolamento social imposto para frear o avanço do vírus mortal.

Diferentemente de anos anteriores, o setor industrial sul-mato-grossense está a todo vapor, registrando aumento na geração de empregos, na receita de exportações de produtos industrializados, na abertura de novos estabelecimentos industriais e na produção das indústrias.

No ano, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, a indústria já tem 131.542 trabalhadores com carteira assinada, a receita de exportações de industrializados está em US$ 2,87 bilhões e deve encerrar o ano na casa dos US$ 3,74 bilhões, enquanto o número de estabelecimentos industriais chegou a 6.014 empresas e a produção industrial deve fechar 2020 com uma movimentação de R$ 53,9 bilhões.

CAPA

Além disso, o PIB Industrial caminha para terminar o ano em R$ 23,1 bilhões, o que representa 23% do total do PIB de Mato Grosso do Sul, que deve encerrar 2020 em R$ 116,7 bilhões. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, esses dados extremamente positivos e o setor industrial consolida-se como a força motriz da economia de Mato Grosso do Sul neste momento de crise mundial.

“No início da pandemia, em março, inúmeras indústrias nos procuraram preocupadas com os efeitos dessa doença sobre o setor. Imediatamente, por meio da área de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) do Sesi, iniciamos a elaboração dos protocolos de biossegurança para que as empresas continuassem produzindo, apesar da Covid-19, e o resultado estamos verificando agora”, destacou Sérgio Longen.

Ele reforça que, aliada à adoção dos protocolos de biossegurança para continuarem produzindo, as indústrias também foram beneficiadas com o ajustamento do mercado à nova realidade do setor. “Conseguimos, junto às autoridades competentes e com o apoio das instituições financeiras, a criação de linhas de crédito especiais via FCO e a prorrogação do pagamento de alguns compromissos, para dar fôlego aos empresários”, analisou.

INDICADORES INDUSTRIAIS RECOLOCAM O ESTADO NOS TRILHOS DO DESENVOLVIMENTO

Os indicadores industriais de Mato Grosso do Sul mostram que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não afetou o setor, como todos temiam logo no início da quarentena imposta para evitar a propagação do vírus entre a população estadual. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em relação à geração de empregos pela indústria, os 131.542 trabalhadores com carteira assinada, de janeiro a setembro deste ano, já representam um aumento de 4,98% em relação ao fechamento do ano anterior, quando o contingente ficou em 125.300 funcionários.

Além disso, a atividade industrial responde por 19,6% de todo o emprego formal existente em Mato Grosso do Sul, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 195.671 trabalhadores, com participação equivalente a 29,1%, e da administração pública, com 145.104 empregados ou 21,6%. “De janeiro a setembro deste ano, apesar da pandemia, o setor industrial consolidou-se como o maior gerador de postos formais de trabalho no Estado, com a abertura de 6.242 novas vagas de emprego, um crescimento de 101% no total de vagas abertas pelo setor, quando comparado com o mesmo intervalo do ano anterior, que foi de 3.109 novas vagas”, completou o economista. Ele informa que as atividades industriais que mais abriram vagas no acumulado de janeiro a setembro foram abate de suínos (+1.568), abate de aves (+1.025), construção (+767), fabricação de celulose (+695), fabricação de açúcar (+638), preparação de subprodutos do abate (+531), abate de bovinos (+454), fabricação de óleos vegetais (+272) e fabricação de etanol (+219). Em relação aos municípios, constatase que em 54 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a setembro de 2020, com destaque para Dourados (+1.515), São Gabriel do Oeste (+542), Sidrolândia (+462), Naviraí (+440), Rio Brilhante (+403), Campo Grande (+329), Três Lagoas (+310), Caarapó (+267), Itaquiraí (+259), Aparecida do Taboado (+252), Angélica (+197), Fátima do Sul (+194), Brasilândia (+192), Água Clara (+180) e Nova Andradina (+167).

A Covid-19 também não conseguiu afetar as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul, e a receita obtida com a venda de produtos industrializados para o exterior teve o melhor resultado para os primeiros oito meses do ano dos últimos seis anos. De janeiro a setembro deste ano, a receita com as vendas internacionais das indústrias locais

CAPA

alcançou US$ 2,87 bilhões, indicando aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2019, quando ficou em US$ 2,71 bilhões. “A nossa projeção é de que devemos encerrar o ano em US$ 3,74 bilhões, ou seja, crescimento de 2,47% na comparação com o ano passado”, calculou Ezequiel Resende.

Na avaliação, apenas do mês de setembro deste ano com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 23%, indo de US$ 295,4 milhões para US$ 364,7 milhões. “Na prática, esse foi o melhor resultado para o acumulado de janeiro a setembro da série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul”, analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Em relação ao número de estabelecimentos industriais no Estado, ele explica que já temos 6.014 empresas ativas, um aumento de 1,55% em relação ao ano passado, quando encerramos com 5.981. O responsável pelo Radar Industrial da Fiems acrescenta que, no que tange a produção industrial, o setor deve encerrar 2020 com uma movimentação de R$ 53,9 bilhões, o que representa uma elevação de 3,45% em relação ao ano passado, quando as indústrias movimentaram R$ 52,1 bilhões.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems reforça que o PIB Industrial caminha para terminar o ano em R$ 23,1 bilhões, o que significa um salto de 6,45% na comparação com 2019, quando o PIB Industrial ficou em R$ 21,7 bilhões. “Esse avanço significa que o PIB Industrial de Mato Grosso do Sul representa 23% do total do PIB de Mato Grosso do Sul, que deve encerrar 2020 em R$ 116,7 bilhões”, calculou.

SESI E SENAI: OS COMBUSTÍVEIS PARA MANTER A “LOCOMOTIVA” DA INDÚSTRIA EM MOVIMENTO

Para manter essa locomotiva, que é o setor industrial em movimento, o Senai e o Sesi desenvolveram um trabalho fundamental em Mato Grosso do Sul, apoiando as empresas para que continuassem de portas abertas, mesmo diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Enquanto o Sesi se dedicou aos protocolos de biossegurança, para evitar o contágio do vírus dentro dos ambientes de trabalho, o Senai ajudou as empresas a se equilibrarem com as contas e a gestão.

Antes mesmo do primeiro caso de Covid-19 registrado no Brasil, em fevereiro deste ano, a área de Saúde e Segurança do Trabalhador (SST) do Sesi de Mato Grosso do Sul já discutia como lidar com a doença. O primeiro passo foi reunir toda a área técnica e, com a expertise de anos no atendimento da indústria e programas de SST, surgiu o esboço dos primeiros protocolos de biossegurança, que mais tarde se estenderia para empresas de diversos segmentos do comércio e serviços. “

Esse primeiro protocolo foi o início de tudo, mas se desmembrou em diversos documentos, cada um deles com orientações específicas para que cada empresa, de acordo com seu segmento de atuação, pudesse continuar funcionando, garantindo a segurança dos trabalhadores e clientes”, relatou o gerente de SST do Sesi, Michel Klaime Filho.

Depois de elaborar os protocolos de biossegurança que levaram a Prefeitura de Campo Grande a autorizar a reabertura de estabelecimentos como academias, restaurantes e salões de beleza. O Sesi, em parceria com o Sebrae/MS, passou a oferecer uma consultoria individual para cada empresa, de forma totalmente gratuita, e que consegue avaliar e orientar o empresário sobre os procedimentos necessários para evitar a proliferação do vírus. Até o fim de outubro, 2.217 empresas de Mato Grosso do Sul já haviam recebido atendimento do Sesi para protocolos de biossegurança.

REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO

Com relação às dificuldades financeiras que muitas empresas passaram ou ainda estão passando durante a pandemia do novo coronavírus, o Senai e o Sebrae/MS desenvolveram a consultoria de redução de desperdício, que tem como objetivo auxiliar os empresários a readequarem sua produção e estoque de acordo com as novas demandas e regimes de trabalho. Customizada para atender as reais necessidades de mercado, a consultoria integra as ações do programa Sebrae Orienta e é oferecida de forma gratuita para micro e pequenas empresas.

Segundo o gerente do Senai Empresa, Thales Saad, já foram atendidas 362 empresas em todo o Estado e o trabalho tem como objetivo a redução de desperdícios, fundamental nesse período de pandemia para o contingenciamento de custos. Com um total de 20 horas, o serviço é gratuito para empresas que atenderem aos requisitos do programa, que são enquadramento dentro de micro e pequenas empresas e possuir ao menos uma atividade produtiva.

“O trabalho consiste em três etapas. Na primeira, é realizado o pré-diagnóstico da empresa, para que possamos conhecer quais os impactos da pandemia no negócio, considerando demanda, processos e estoques. Na segunda etapa são avaliadas quais os tipos de desperdícios que podem ser atacados, com objetivo de aumento de produtividade, e na terceira etapa é realizado o monitoramento do plano de ação elaborado em conjunto com a empresa, para reduzir os desperdícios”, detalhou Thales Saad.

Ele explicou que as etapas 1 e 3 são realizadas de modo remoto por telefone, WhatsApp ou mesmo com ferramentas de vídeo conferência, enquanto na segunda etapa o consultor vai até a empresa para confirmar o diagnóstico, sensibilizar o cliente na importância da redução de desperdícios e elaborar o plano de ação. “O Senai já atua com consultorias de lean e mudanças de layout e agora temos uma única consultoria que reúne nossa expertise para ajudar as empresas do Estado num momento de crise, como o que estamos vivendo”, finalizou, informando que os interessados podem obter mais informações pelo telefone (67) 999126608.

O líder industrial completa que, em negociação com o Governo do Estado, até foi possível garantir a manutenção de alguns incentivos fiscais para determinados segmentos que foram mais atingidos pela pandemia. “Além disso, obtivemos o refinanciamento de dívidas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) com o Governo, enfim, foram inúmeras ações que ajudaram a construir um cenário favorável à retomada do setor industrial”, ressaltou.

O presidente da Fiems também recorda do apoio do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, e da bancada federal de Mato Grosso do Sul em Brasília (DF) na defesa dos interesses do setor industrial do Estado. “Tenho que destacar, ainda, a importância do líder da bancada, senador Nelsinho Trad, que trabalhou diretamente com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em defesa do setor sucroenergético, para que o Brasil não renovasse a cota de isenção tarifária para a importação de etanol”, lembrou.

Para Sérgio Longen, toda essa estrutura disponibilizada permite que Mato Grosso do Sul figure entre os principais Estados em desenvolvimento, mesmo com a pandemia. “Os indicadores positivos da indústria foram alcançados graças ao trabalho construído a quatro mãos pela Fiems, pelo Governo do Estado, pela bancada federal e pelas instituições financeiras parceiras, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Essa união de forças deu certo e vamos continuar atuando para que possamos mantê-la em prol do desenvolvimento do nosso Estado”, pontuou.

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