Temporada 2011 | Dezembro

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DEZEMBRO 2011

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Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam

Caros amigos e amigas, Encerramos em dezembro mais uma temporada da Filarmônica de Minas Gerais, acumulando cada vez mais o carinho do público e o reconhecimento da imprensa especializada pela excelência do nosso projeto. Esse sucesso é produto do apoio que nosso fiel

séries VIVACE e ALLEGRO

público vem conferindo às nossas atividades. Em nome de todos os músicos e funcionários da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais agradeço por essa clara demonstração de aprovação das diretrizes implantadas que conferem à nossa Orquestra o respeito e admiração dos mineiros e brasileiros. Para concluir a Temporada 2011 reservei duas obras monumentais

DEZEMBRO 2011

que celebram os 100 anos da morte de Gustav Mahler e os 200

A música sinfônica está em toda parte. Ela é presente não só na vida dos apaixonados por essa arte, como também no dia a dia de quem ainda não se sente íntimo dela.

anos de nascimento de Franz Liszt. A Sexta Sinfonia de Mahler é uma das obras mais impactantes do repertório sinfônico, emocionalmente carregada e profundamente autobiográfica, um verdadeiro desafio para qualquer orquestra. Já a Sinfonia Fausto

Você pode não ter percebido, mas a música sinfônica está no cinema antigo, no cinema contemporâneo, nas animações, nos comerciais de TV, nas discotecas dos anos 1970, em novelas, nas artes plásticas e até nos toques de aparelhos celulares do mundo todo.

de Liszt representa o apogeu da evolução sinfônica romântica

Em 2011, os cadernos das séries Allegro e Vivace vão recordar esses momentos e lugares inesperados em que a música sinfônica se apresenta para todos, mesmo aqueles que não costumam frequentar as salas de concerto.

Com esses dois concertos concluímos com ímpeto crescente

Assim, convidamos você a sempre voltar a esta sala, onde poderá sentir a força e a sutileza de obras criadas em períodos diferentes, conhecer compositores geniais e intérpretes que emocionam. São grandes as chances de você também se apaixonar.

de rara beleza.

O mundo pop também se encantou com a música de concerto. Franz Liszt e Gustav Mahler, homenageados da Temporada 2011, foram personagens do diretor inglês Ken Russel em filmes da década de 1970. Lisztomania é o título do filme sobre Liszt, que tem trilha sonora de Rick Wakeman. A expressão Lisztomania também virou música, anos depois, em criação do grupo francês Phoenix. Lisztomania, a música, está no álbum Wolfgang Amadeus Phoenix, de 2009, que ilustra a capa deste mês.

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enquanto estética, vinculando a linguagem musical às outras artes, neste caso a magistral obra-prima de Goethe.

a Temporada 2011 e nos preparamos com alegria para recomeçarmos nossos trabalhos em março próximo. A todos desejamos boas festas e um 2012 repleto de momentos musicais

Fabio Mechetti


Fabio Mechetti Diretor Artístico e Regente Titular Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville desde 1999. Foi também Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito. Desde 2008 é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, trabalho que lhe deu o XII Prêmio Carlos Gomes na categoria Melhor Regente brasileiro em 2008. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere, com a qual voltou a realizar uma série de concertos em 2011. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

foto | Eugênio Sávio

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

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sÉRIE VIVACE 6 de dezembro 20h30 GRANDE TEATRO DO PALÁCIO DAS ARTES

Fabio Mechetti

regente

Programa Gustav MAHLER Sinfonia nº 6 em lá menor, “Trágica” (1904) [84 min] I. Allegro energico ma non troppo II. Andante moderato III. Scherzo IV. Finale: Allegro moderato – Allegro energico

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[As obras de Mahler] falam de todos nós: são exemplos de transcendência, de elevação a uma esfera de comunhão, de compartilhamento do humano, do sofrimento, da alegria e do ideal de ascese.

Gustav MAHLER (Boêmia, 1860 – 1911)

foto | André Fossati ilustrações compositores | Mariana Simões

Sinfonia nº 6 “Nenhuma outra obra saiu tão diretamente de seu coração como esta”, escreveu Alma Mahler, a respeito da Sexta Sinfonia. Segundo relata em seu livro de memórias, Mahler confessou que o último movimento evoca sua própria queda, simbolizada pelo herói “sobre o qual são desferidos golpes de morte, o último dos quais o abate, como se abate uma árvore”. Hoje, sabemos que os golpes de martelo, no quarto movimento, são premonitórios. Não falam do momento de vida pessoal feliz em que a obra foi concebida, mas anunciam golpes do destino que, três anos depois, se abateriam sobre o compositor: a demissão do posto de diretor da Ópera de Viena, a descoberta da doença cardíaca que o vitimaria e a morte de uma de suas filhas. Significativamente, também a perda dessa criança já havia sido prefigurada nos Kindertotenlieder, ciclo de canções iniciado em 1901, cuja conclusão, em 1904, acompanha de perto a composição da Sexta Sinfonia. Apesar do cunho fortemente autobiográfico atribuído às Sinfonias e aos Ciclos de Canções de Mahler, suas obras falam de todos nós: são exemplos de transcendência, de elevação a uma esfera de comunhão, de compartilhamento do humano, do sofrimento, da alegria e do ideal de ascese. A Sexta Sinfonia, a “Trágica”, é um momento de encontrar o compositor virtuose da orquestra, que trouxe para seu “instrumento” o virtuosismo do regente. É também a oportunidade de revisitar procedimentos caros a Mahler: a riqueza de contrastes – beirando mesmo a oposição –, o jogo antifonal entre densidades e rarefações, o trânsito tenso entre atmosferas; a presença arquetípica da marcha, anunciada, energicamente, nos compassos iniciais; os amálgamas tímbricos, cujas combinações denotam, também neste elemento composicional, um espírito de busca incessante.

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As sinfonias de Mahler são obras longas, exigentes; demandam refinados recursos técnico-interpretativos do regente, dos instrumentistas – também de cantores e solistas, como é o caso da Segunda, Terceira, Quarta e Oitava Sinfonias –, e requerem uma escuta atenta, ativa. O ouvinte é convidado a mergulhar em um mundo de grande complexidade, onde uma simples linha melódica atinge uma dimensão polifônica, quando submetida a justaposições e superposições de cores, à maneira de uma melodia de timbres. Se pensarmos na superposição de melodias, própria do tecido contrapontístico, essa dimensão, com a polifonia de timbres, chega a atingir complexidades exponenciais. Nesse sentido, a Sexta Sinfonia é um exemplo significativo, considerando-se o efetivo instrumental mobilizado: madeiras e cordas numerosas; um naipe importante de metais, dos quais oito trompas e seis trompetes; um amplo naipe de instrumentos de percussão. O papel estrutural de instrumentos ou de grupos instrumentais, associado a outros elementos do tecido composicional, evidencia-se em diversas passagens da Sinfonia. Como exemplo, logo após a marcha de abertura, podemos citar a intervenção de tímpanos e da caixa, que precedem dois acordes dos metais. Os acordes, sequências de duas tríades – maior e menor – descortinam um cenário novo, caracterizado por uma textura coral, entregue a madeiras e metais, que contrasta fortemente com o percurso anterior da obra. O coral é uma espécie de oásis entre dois temas, o segundo representando Alma Mahler, conforme declaração do compositor. Após a repetição da seção expositiva e em plena seção do desenvolvimento, novo contraste introduzido pela transparência da intervenção dos trêmulos de violinos, associados à celesta e ao emprego dos cincerros. No interior desse novo oásis – ou, com mais uma licença da imaginação, desse refúgio nos Alpes –, reencontramos a sequência de tríades maior/menor e ecos do coral, agora nas trompas. No segundo movimento – Scherzo – são novamente os metais – trompetes – que, na mesma sequência, anunciam a seção central. Exemplos dessa organicidade do tecido composicional se multiplicam ao longo da obra e demandariam uma longa exposição analítica; além disso, evidentemente, teriam que passar pelo crivo da experiência. E esta última é pessoal, inesgotável. Se ultrapassarmos o quadro da Sexta Sinfonia, vamos encontrar uma pluralidade de traços que a unem a outras obras sinfônicas de Mahler. Um desses traços, relacionado à oposição maior/menor, ouvimos em Das Lied Von der Erde (A Canção da Terra). No canto do cisne mahleriano, o tenor enuncia, nessa ambiência harmônica, uma frase emblemática da obra: Dunkel ist das Leben, ist der Tod! (Sombria é a vida, é a morte!).

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O privilégio de poder experienciar, em concerto, uma obra da magnitude da Sexta Sinfonia, deixa ainda mais em evidência características responsáveis pela reverência com que a posteridade trata a obra de Mahler. Mostra, ao lado da filiação Romântica, um espírito de modernidade, uma ousadia harmônica e uma inquietação na busca por uma sonoridade única. As perspectivas abertas pelo compositor fizeram parte do aprendizado de gerações, a começar por seus contemporâneos, entre eles o jovem Schoenberg. Tal como este, Mahler poderia ter explicitado o coro de multivozes que se unem em seu estilo, mas teria o direito de acrescentar, com a mesma sinceridade, que não se restringiu ao que encontrou. Seu trabalho foi, também, de elaboração, de alargamento dos horizontes que o levaram a realizar o novo. Oiliam Lanna

Professor da Escola de Música da UFMG.

PARA OUVIR_ CD – Mahler – Symphony nº 6 – Vienna Philharmonic Orchestra – Pierre Boulez, regente – Deutsche Grammophon – 1995

PARA LER_ Roland de Candé – História Universal da Música – Editora Martins Fontes – 1994

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sÉRIE ALLEGRO 15 de dezembro 20h30 GRANDE TEATRO DO PALÁCIO DAS ARTES

Fabio Mechetti regente Vanessa Cunha piano Martin Muehle tenor Coral Lírico de Minas Gerais (coro masculino) Programa Franz LISZT Concerto para piano nº 1 em Mi bemol maior (1856) [19 min] I. Allegro maestoso II. Quasi adagio III. Allegretto vivace IV. Allegro marziale animato Solista: Vanessa Cunha INTERVALO Franz LISZT Sinfonia “Fausto” (1854) [65 min] I. Fausto II. Margarida III. Mefistófeles Solista: Martin Muehle Coral Lírico de Minas Gerais (coro masculino)

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Vanessa Cunha piano

Brasileira residente em Nova York, a pianista Vanessa Cunha tem sido aclamada por sua “eletricidade brilhante” e sua “vontade musical de ferro”. Os prêmios incluem várias participações na América Latina, Estados Unidos e Europa. Recentemente, como ganhadora da Artists International Auditions em Nova York, ela interpretou um recital de estreia aclamado pela crítica no Weil Hall, no Carnegie Recital Hall. Vanessa Cunha excursionou muito pela América do Sul, Estados Unidos, Dinamarca, Finlândia, França, Espanha, Inglaterra e Portugal.

Cunha foi facilmente o destaque da segunda-feira. Vibrante e dinâmica, ela derramou emoção em sua apresentação sem sacrificar nenhuma das proezas técnicas que as obras exigiam. Houston Press, 2008

A artista tem feito uma série de apresentações com a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra de Câmara de Blumenau, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Filarmônica da UFRJ, Orquestra Sinfônica de Brasília e Orquestra Sinfônica de Oulu, colaborando com regentes como Norton Morozowics, Eleazar de Carvalho, Elena Herrera, Roberto Tibiriçá e Tibor Boganey. Também tem se apresentado como artista de destaque em emissoras de rádio e TV, incluindo Houston’s Kuhf FM, Brasília FM, Super Rádio, TV Cultura, TV Anhanguera e Rede Manchete de Televisão. Vanessa Cunha tem sido convidada para se apresentar e para lecionar masterclasses no Festival de Música de Inverno de Londrina, Festival de Música de Ouro Branco, Festivais de Nova Friburgo e Petrópolis, Festival de Música de Oulu, Festival de Joroinen, Festival de Sonkajarvi e Festival de Música de Kemi. Ativamente envolvida com o século XX e com a nova música, tem interpretado trabalhos de compositores como Marlos Nobre, Ronaldo Miranda, Edino Krieger, Jouko Tötterström, entre outros. Vanessa Cunha é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde estudou com Myrian Dauelsberg e recebeu o título de Mestre. Como bolsista integral da Capes, formou-se na Manhattan School of Music realizando os estudos profissionais de desempenho no piano sob a orientação de Nina Svetlanova.

foto | Lisa-Marie Mazzucco

Atualmente é doutoranda no Centro de Graduação da Cidade Universitária de Nova York e tem estudado com Martin Canin e Matti Raekallio. Entre os músicos que têm contribuído para o seu crescimento musical estão Glacy Antunes, Neusa França, Luis Carlos de Moura Castro, Alicia Delarrocha, Adraas Schiff, David Dubal, Peter Eicher e Byron Janis.

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Martin Muehle tenor

Martin nasceu em Porto Alegre e iniciou seus estudos de canto em Montevidéu, com o barítono Jean-Charles Gebelin. Em 1992 radicou-se na Alemanha, continuando seus estudos em Hamburgo. Foi membro do elenco do teatro de Bremerhaven entre 1996 e 1998. Participou de masterclasses com os tenores Carlo Bergonzi em Busseto, Itália, e com Alfredo Kraus em Santander, Espanha. Martin Muehle vem cantando regularmente desde então em diversas capitais europeias como Palermo, Nápoles, Toulouse, Munique, Viena e Berlim. No Brasil, apresenta-se com sucesso nos principais teatros do país, como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Theatro São Pedro em São Paulo, Theatro Municipal de São Paulo, Palácio das Artes de Belo Horizonte e no Festival Amazonas de Ópera de Manaus.

[...] o professor de canto de Rosalinde (Martin Muehle) canta no pátio do teatro e no foyer. O brilho, “legato” e a entonação segura de sua voz “estentora” surpreendem e fascinam.

foto | Bruno Schultze

Peter Buske, Potsdam Kultur, janeiro 2005

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Coral Líricode

Minas Gerais Considerado um dos principais corais sinfônicos do Brasil, o Coral Lírico de Minas Gerais, um dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado, prima pela versatilidade de seu repertório, que inclui desde a música renascentista até óperas, operetas, oratórios, concertos sinfônico-corais e a capela.

A apresentação do Réquiem pela Osesp nesse final de semana trouxe a fusão bem-sucedida entre o Coro da Orquestra e o Coral Lírico de Minas Gerais. Folha de São Paulo, maio 2011

Já se apresentou com a Orquestra e Coral da Osesp em memoráveis concertos em São Paulo, Campinas e Santos. Recentemente, também a convite da Osesp, apresentou-se na Sala São Paulo, sob a regência de Claus Peter Flor, recebendo elogios da crítica especializada. Recebeu o troféu Pró-Música (melhor da música em Minas Gerais) em 2000 e gravou o CD Ofício de Trevas, em 2004, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, registro profissional da obra do padre e compositor mineiro José Maria Xavier (1819-1887). Em 2005, dentro da série Música Coral, o grupo alcançou enorme sucesso com apresentações a capela no Grande Teatro do Palácio das Artes. Por diversas vezes apresentou-se com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, com o coro completo ou apenas as vozes masculinas ou femininas. Em sua trajetória, o Coral Lírico teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Lincoln Andrade e vários maestros convidados. Atualmente é regido pelo reconhecido maestro Márcio Miranda Pontes.

CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS Francisco Augusto** Giancarlos de Souza** Iuri Michailovsky Mauro Chantal**

REGENTE

Márcio Miranda Pontes TENORES

Eduardo Cunha Melo Hélcio Rodrigues Pereira * Júlio César de Mendonça** Lucas Lopes** Lúcio Martins Marcelo Salomão Paulo Henrique Campos Petrônio Duarte Rubens Justo do Carmo Sandro Assumpção de Deus Welington Nascimento Wellington Vilaça

BARÍTONOS

Guilly Castro Israel Balabram Judson Freitas* Pedro Lucas Viana ** Thiago Roussin** Urbano Lima PIANISTA

Wagner Sander GERENTE

Celme Valeiras

BAIXOS

ARQUIVISTA

foto | Paulo Lacerda

André Fernando** Cristiano Rocha**

Eneida Gonçalves

* chefe de naipe ** músico cantor contratado

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[...] os quatro movimentos enlaçam-se tonal e tematicamente, tocados sem interrupções. “A primeira realização perfeita de uma forma sonata cíclica, com temas comuns tratados pelo princípio da variação”, disse Bartók.

Franz LISZT (Hungria, 1811 – Alemanha, 1886) Concerto para piano e orquestra nº 1 em Mi bemol maior Em 1830, Liszt anotou os principais temas de seu primeiro concerto para piano. Naquele mesmo ano, leu Kant, Lamartine, Lamennais (sua grande influência), Montaigne e Voltaire. A aproximação com a filosofia e a literatura refletiu-se em toda a sua obra, mais claramente nos poemas sinfônicos, gênero de obra orquestral estruturada a partir de textos literários ou filosóficos. Ouviu Paganini pela primeira vez em 1831. Impressionado, redirecionou sua música para a exploração virtuosística de todas as possibilidades do instrumento. Em 1849, finalizou seu primeiro concerto para piano e orquestra. Foi estreado com Liszt ao piano e regência de Hector Berlioz em fevereiro de 1855. A obra é dedicada a Henry Litolff, pianista e compositor que experimentava uma ideia de concerto nova e ampliada, o concerto sinfônico. O novo gênero apresenta um piano solo e uma orquestra, responsável pela maior parte do peso temático. Inspirado em Litolff e Schubert, trata-se de uma obra orgânica, na qual os quatro movimentos enlaçam-se tonal e tematicamente, tocados sem interrupções. De orquestração colorida e vigorosa presença do solista, o concerto apresenta um allegro maestoso, um quasi adagio, um allegro vivace – allegro animato e um allegro marziale animato. “A primeira realização perfeita de uma forma sonata cíclica, com temas comuns tratados pelo princípio da variação”, disse Bartók. Igor Reyner

foto | André Fossati

Pianista e mestrando em música pela UFMG.

PARA ouvir_ CD – Piano Concerto nº 1 in E flat major – Orchestre de la Suisse Romande – Ernest Ansermet, regente – Dinu Lipatti, piano – EMI Classics – ao vivo – 1947

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Conforme o título original, Uma sinfonia sobre Fausto em três retratos psicológicos, trata-se de um tríptico de poemas sinfônicos. Cada uma das partes evoca os protagonistas da obra de Goethe, retratando-os individualmente.

– ou seja, a ordenação do discurso sonoro pela lógica motriz de ideias, fatos ou caracteres extramusicais. Cada obra exigia assim uma nova forma, específica, conformada ao seu conteúdo, alheia à tensão tonal e à simetria clássicas.

Franz LISZT (Hungria, 1811 – Alemanha, 1886) Sinfonia “Fausto”, para tenor, coro masculino e grande orquestra (1854) Em 1848, Liszt interrompeu sua triunfal carreira de concertista para instalar-se em Weimar, onde desenvolveu um trabalho extremamente fecundo como compositor, organizador de festivais, de concertos e óperas, responsável absoluto pela vida musical da cidade. Seus programas incluíam obras do passado próximo (Mozart, Schubert, Beethoven); os compositores mais significativos do presente (às vezes sem levar em conta suas simpatias pessoais); e jovens músicos (alguns descobertos com critério quase profético). Liszt empenhou-se na enorme tarefa de promoção da “música do futuro”, representada, sobretudo, pelo trabalho de três contemporâneos – Berlioz, o próprio Liszt e Wagner. Esses vanguardistas viam nas obras de Beethoven os pilares e a origem da renovação na Música, tanto no campo técnico como no expressivo. Liszt reafirmou-se como o maior intérprete do músico de Bonn e, no que se refere às Nove Sinfonias, o estudo que delas fez ficou demonstrado em suas transcrições pianísticas. Para o compositor húngaro, o gênero atingira os limites da perfeição na obra dos clássicos vienenses – Haydn, Mozart, Beethoven – e seria, portanto, impossível avançar musicalmente sem percorrer outros caminhos. Por isso mesmo, em toda sua produção (e não apenas na orquestral) encontramos a recusa sistemática da forma sonata, que o gênio de Beethoven tanto impulsionara. Em Weimar, Liszt organizou três festivais Berlioz (1852, 1855 e 1856) e o novo contato com a obra do compositor francês (particularmente a Sinfonia Fantástica) lhe revelou a possibilidade de compor para orquestra contornando o quase inevitável modelo beethoveniano. Para substituir os sistemas preestabelecidos de organização formal, os dois inovadores cultivaram a ideia do poematismo – o princípio gerador do poema sinfônico

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Foi também através de Berlioz que Liszt conheceu a obra-prima de Goethe. O caráter sinistro da legenda faustiana impressionou profundamente o grande pianista, que tinha na religiosidade um dos traços marcantes de sua personalidade. Por outro lado, a magia de seu excepcional virtuosismo, tal como o de Paganini, frequentemente era associada a um pacto diabólico, e Liszt já fora descrito como um “Mefistófeles em vestes de abade”. A princípio, o compositor cogitou escrever uma ópera, com libreto de Dumas ou Nerval. Finalmente, em 1854, escreveu a Sinfonia Fausto no incrível prazo de dois meses, após reflexões lentamente amadurecidas. A obra somente estreou três anos depois (Weimar, 5 de setembro de 1857) e, para a ocasião, Liszt acrescentou, como Coda, o Chorus mysticus, com o texto retirado do final da segunda parte do drama de Goethe. A versão completa da sinfonia foi então dedicada a Berlioz. Conforme o título original, Uma sinfonia sobre Fausto em três retratos psicológicos , trata-se de um tríptico de poemas sinfônicos. Cada uma das partes evoca os protagonistas da obra de Goethe – Fausto, Margarida e Mefistófeles –, retratando-os individualmente. Ao mesmo tempo, uma relação musical profunda de trocas e lembranças temáticas se estabelece entre os três movimentos e esse caráter cíclico confere sólida unidade à Sinfonia, ampliando o significado expressivo das relações afetivas dos personagens. Fausto é retratado musicalmente por temas alusivos aos seus múltiplos traços humanos, suas contradições e interrogações metafísicas: o primeiro tema (Lento assai) distingue-se pelo cromatismo exacerbado e enigmáticas incertezas tonais. O segundo ( Allegro agitado ) transmite, de modo agressivo, a impaciência do personagem. O tema seguinte, ao contrário, traz alguma paz, evocando a força do amor com um desenho descendente nos oboés e clarinetes. O quarto tema, espécie de marcha triunfal nos metais, possui acentos heroicos. A aparente desordem temática é sabiamente controlada, e o desenvolvimento, muito livre, faz com que todos esses desenhos melódicos se interpenetrem. A segunda parte (Andante soave) corresponde à heroína Margarida. O traço musical que lhe define a ternura, a simplicidade e a inocência é uma bela melodia confiada ao oboé, em sugestivo duo com os arpejos da viola. Há momentos mais puramente

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descritivos, como quando a música evoca, leve e graciosa, a sequência da margarida despetalada pela jovem apaixonada. Mais sutis, outros efeitos fazem referência ao material temático da primeira parte para sugerir a lembrança de Fausto nos pensamentos de Gretchen. Na conclusão, repete-se o tema melódico da heroína, de forma concisa e confiado ao quarteto de cordas. Mefistófeles é o espírito da negação que, por natureza, nada cria. Liszt não lhe atribuiu, portanto, nenhum tema. De forma genial, o compositor contentou-se em emprestar ao Negador os motivos de Fausto (distorcidos, caricaturados, ridicularizados) para serem enfrentados e vencidos pelo inefável tema de Margarida (trompa e violoncelo). O último movimento culmina com um coro masculino, espiritualmente contemplativo – o tenor solo retoma o motivo principal de Gretchen, para cantar a vitória do Eterno Feminino sobre os conflitos terrestres e humanos, redimindo-os em uma apoteose mística. Paulo Sérgio Malheiros dos Santos Professor da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais

Franz LISZT Sinfonia Fausto - 3° Movimento (do Fausto de Goethe)

Alles Vergängliche ist nur ein Gleichnis; das Unzulängliche, hier wird’s Ereignis; das Unbeschreibliche,hier ist es getan; das Ewigweibliche zieht uns hinan. Em tradução de Haroldo de Campos: O perecível é apenas símile. O imperfectível perfaz-se enfim. O não-dizível culmina aqui. O Eterno-Feminino acena, céu-acima.

PARA OUVIR_ CD – Liszt – Sinfonia Fausto – Orquestra Sinfônica de Boston – Leonard Bernstein, regente – Kenneth Riegel, tenor – Deutsche Grammophon – 1977

PARA LER_ Bryce Morrisson – Liszt – As vidas ilustradas de grandes compositores – Ediouro – 1992

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*Consulte condiçþes.


foto | André Fossati

Todos os instrumentos em perfeita harmonia, trazendo para Minas o melhor da música clássica.

A Globo Minas se orgulha de apoiar a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.


SÉRIES E OUTROS

Concertos Qual a diferença entre Orquestra Sinfônica e Orquestra Filarmônica? Não existe diferença entre uma orquestra e outra se a dúvida é sobre seu tamanho ou composições que cada uma pode tocar. Uma orquestra pode ser de câmara se tem um número pequeno de instrumentos, mas, se for completa, com todas as famílias de instrumentos, ela será sinfônica ou filarmônica. Esses prefixos serviram, durante muitos anos, para designar a natureza da orquestra, se “pública” ou “privada”. Isso porque se convencionou chamar de filarmônica a orquestra mantida por uma sociedade de amigos admiradores da música, enquanto sinfônica era a orquestra mantida pelo Estado. Hoje não se pode mais fazer essa distinção, seja no Brasil ou em outros países, já que ambas dependem do auxílio tanto da iniciativa privada como dos governos. Originalmente, a palavra orquestra vem do grego para se referir a um grupo de instrumentistas tocando juntos. Sinfônico quer dizer “em harmonia” e filarmônico, “amigo da harmonia”. Uma orquestra filarmônica é, portanto, sinfônica, pois seus músicos devem tocar em harmonia e ser capazes de executar as composições sinfônicas criadas pelos compositores de todos os períodos da música clássica, especialmente as mais complexas, a partir do século XIX. Queremos que a nova orquestra de Minas seja de todos nós, amigos da harmonia, o que motivou a escolha do nome Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Allegro e Vivace São séries realizadas em noites de terça (Vivace) e quinta-feira (Allegro), no Grande Teatro do Palácio das Artes. Ambas apresentam repertório que inclui sinfonias e outras músicas de diferentes períodos históricos, trazendo frequentemente obras pouco conhecidas e inéditas, com a presença de convidados de renome internacional.

Concertos para a Juventude A iniciativa recupera a tradição de concertos sinfônicos nas manhãs de domingo, dedicados à família. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas.

Clássicos no Parque Com um repertório que abrange música sinfônica diversificada, os concertos proporcionam momentos de descontração e entretenimento a um público amplo e heterogêneo. Realizados aos domingos, nos parques da cidade.

Concertos Didáticos São concertos de caráter didático, com entrada franca, para grupos de crianças e jovens da rede escolar pública e particular, instituições sociais e universidades. Além de apreciar a boa música, o público recebe informações sobre a orquestra, os instrumentos e as diversas formas musicais.

Festivais São eventos idealizados para oferecer ao público experiências musicais específicas. O Festival Tinta Fresca procura identificar e promover novos compositores brasileiros. O Laboratório de Regência tem por finalidade dar oportunidade a jovens regentes brasileiros, de comprovada experiência, de desenvolver, na prática, a habilidade de lidar com uma orquestra profissional.

Turnês Estaduais As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes regiões de Minas Gerais, possibilitando que novos públicos tenham o contato direto com música sinfônica de excelência.

Turnês Nacionais A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais percorre importantes regiões e centros culturais do Brasil, a fim de divulgar a boa música e representar o estado no cenário nacional erudito.

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PARA APRECIAR UM

CONCERTO Silêncio

Programa

Em uma sala de concerto, o silêncio é fundamental para que você possa ouvir cada detalhe da música. Ruídos incomodam e dificultam a apreciação das obras e a concentração dos músicos.

A leitura do programa oferece uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a música, os compositores e os intérpretes que se apresentam. Ele será seu guia para a boa compreensão das obras executadas. Você também poderá consultá-lo no site antes de vir para o concerto.

Aparelhos eletrônicos O celular perturba o silêncio necessário à apreciação do concerto. Tenha certeza de que o seu está desligado.

Aplausos O aplauso é o elogio da plateia. E, como todo elogio, faz toda a diferença usá-lo na hora certa. É tradição na música clássica aplaudir apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de duas, três ou mais partes. Quando uma dessas partes termina, não significa que a música chegou ao fim. Consulte o programa para saber o número de movimentos e o final de cada obra e fique de olho na atitude e gestos do regente e dos músicos.

Tosse Tosse chama a atenção. Como um apreciador da música, você não vai querer desviar os olhares para sua direção. Por isso, se estiver com tosse, experimente usar uma pastilha antes do concerto e aliviar alguma irritação na garganta antes de entrar na sala e durante os intervalos.

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Pontualidade Atraso e procura de lugares As portas do Grande Teatro são fechadas após o terceiro sinal. Depois do início da apresentação, a entrada só é permitida em momentos que não interrompam o concerto. Quando você puder entrar, escolha silenciosamente um lugar vago ao fundo da sala. Evite andar e trocar de poltrona durante a execução das músicas. Se tiver de sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Outras recomendações Crianças Se você estiver com crianças muito novas, prefira os assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se a criança se sentir desconfortável. Registros Fotos e gravações em áudio e vídeo não são permitidos. Aproveite o concerto ao vivo.

Comidas e bebidas O consumo de comidas e bebidas não é permitido no interior da sala de concerto.

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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS | Dezembro | 2011 Fabio Mechetti

REGENTE ASSISTENTE

Primeiros Violinos

Violoncelos

Anthony Flint

Elise Pittenger *** Ana Zorro Camila Pacífico Camilla Ribeiro Lina Radovanovic Matthew Ryan-Kelzenberg Pedro Bielschowsky Robson Fonseca Marcus Ribeiro **** Thiago Vilela ****

spalla

Eliseu Martins de Barros

concertino

Rommel Fernandes assistente de spalla

Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Jovana Trifunovic Marcio Cecconello Martha de Moura Pacífico Mateus Freire Rodolfo Marques Toffolo Rodrigo de Oliveira Pedro Delarole **** Dyan Toffolo **** Anderson Pequeno **** Elias Barros **** Anderson Farinelli **** Edson Queiroz **** Leonardo Lacerda **** Segundos Violinos

Frank Haemmer * Eri Lou Miyake Nogueira Gláucia de Andrade Borges José Augusto de Almeida Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Patrick Desrosiers Radmila Bocev Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Rodrigo Bustamante **** Simone Martins **** Karen Crippa **** Tomaz Soares **** Violas

João Carlos Ferreira * Bruno Leandro da Silva Cleusa de Sana Nébias Glaúcia Martins de Barros Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd Vitaliya Martsinkevich William Martins Gilberto Paganini **** Sofia von Atzingen **** André Rodrigues ****

Contrabaixos

Colin Chatfield * Mark Wallace ** Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Nilson Bellotto Valdir Claudino Fausto Borém **** Flautas

Cássia Lima* Renata Xavier ** Alexandre Braga Mechthild Bier **** Alexandre Andrés **** Oboés

Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena

Marcos Arakaki

Fabio Ogata **** Daniel Filho **** Lucas Filho **** Trompetes

Marlon Humphreys * Erico Oliveira Fonseca ** Daniel Leal Gilberto Siqueira **** João Carlos Santos **** Delton Braga **** Trombones

Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa Leonardo Brasilino **** Tuba

Eleilton Cruz * Daniel Lemos ** Percussão

Rafael Costa Alberto * Werner Silveira Sérgio Aluotto John Boudler **** Harpas

Mareike Burdinski * Marcelo Penido **** Teclados

Ayumi Shigeta * Gerente

Dominic Desautels * Marcus Julius Lander ** Ney Campos Franco Alexandre Silva Daniel Rosas ****

Jussan Fernandes

Catherine Carignan * Laurence Messier ** Raquel Carneiro Ariana Pedrosa Andrew Huntriss Romeu Rabelo Jamil Bark **** Trompas

Evgueni Gerassimov * Ailton Ramez Ferreira Gustavo Garcia Trindade ** José Francisco dos Santos André Gonçalves ****

Inspetora

Karolina Lima Assistente Administrativo

Débora Vieira Arquivista

Vanderlei Miranda Assistentes

Klênio Carvalho Sergio Almeida Yan Vasconcellos Supervisor de Montagem

Rodrigo Castro MONTADORES

Carlos Natanael Felix de Senna Matheus Luiz Ferreira

INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA Diretoria Executiva Diretor Presidente

Diomar Silveira

Analista de Comunicação

Andréa Mendes

Analista de Comunicação

o Thais Boaventura

Analista Financeir

Analista Administrativo

Diretor Administrativo-financeiro

Marcela Dantés

Eliana Salazar

Analista de Marketing de Relacionamento

Mônica Moreira

Secretária Executiva

Diretor de Comunicação

Analista de Marketing e Projetos

Auxiliares Administrativos

Tiago Cacique Moraes Fernando Lara

Diretor de Marketing e Relacionamento

Thiago Nagib Hinkelmann Equipe Técnica Gerente de Produção Musical

Claudia Guimarães Gerente de Comunicação

Merrina Godinho Delgado

Mariana Theodorica

Auxiliar de Marketing e Projetos

Julia Portes

Auxiliar de Marketing e Projetos

Maria Laura Scaranti Assistente de Comunicação

Narren Felipe

Auxiliar de Serviços Gerais Mensageiro

Equipe Administrativa

Produtor

Recepcionista

Lizonete Prates Siqueira

Auxiliar de Produção

Produtor

Luis Otávio Amorim

Cristiane Reis, João Paulo de Oliveira e Vivian Figueiredo

Ailda Conceição

Lucas Paiva

Carolina Debrot

Flaviana Mendes

Mariana Garcia

Produtora

Analista de Recursos Humanos

Quézia Macedo Silva

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Apoio Cultural

Tímpanos

Clarinetes

Fagotes

PatrocÍNIO

Jeferson Silva Estagiário

Alexandre Moreira Menor Aprendiz

Pietro Tayrone

*chefe de naipe **assistente de chefe de naipe ***chefe/assistente substituto ****músico convidado

DIRETOR ARTÍSTICO e REGENTE TITULAR

Divulgação

APOIO INSTITUCIONAL

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REALIZAÇÃO



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