FORTISSIMO Nº 4 — 2015
JUNHO
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Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais
apresentam
SUMÁRIO p. 8
PRESTO
VELOCE
Quinta
Sexta
25/06
26/06 BERLIOZ SAINT-SAËNS FRANCK
Yoav Talmi, regente convidado Liza Ferschtman, violino
Abertura O Rei Lear, op. 4 Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61 Sinfonia em ré menor
FOTO: AN DRÉ FO SSATI
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CAROS AMIGOS E AMIGAS,
O mês de junho, devido ao clima seco e ameno, é sempre reservado às nossas turnês por Minas Gerais, levando a grande música sinfônica, executada pela Filarmônica, patrimônio vivo da cultura, para várias regiões do estado. Assim, após concertos em Divinópolis, Araxá e Uberlândia, nossa Orquestra apresenta-se apenas uma vez neste mês, dentro das séries Presto e Veloce, trazendo a vocês um concerto dedicado a compositores franceses. Damos novamente as boas-vindas ao maestro Yoav Talmi, que retorna a Belo Horizonte alguns anos após a sua estreia com
a Filarmônica, e recebemos pela primeira vez a violinista Liza Ferschtman. Obras de Berlioz, Saint-Saëns e César Franck compõem este rico e variado programa. Após este programa, vocês podem se preparar para a maratona que a Filarmônica realiza no mês de julho, quando concertos frequentes aquecerão com extraordinária música e excelentes solistas o inverno que ora se inicia. Desejamos a todos um bom concerto, antecipando os calorosos aplausos que certamente o seguirão.
FABIO MECHETTI Diretor Artístico e Regente Titular
FOTO: AN DRÉ FO SSATI
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FOTO: EUGÊN IO SÁVIO
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo
FABIO MECHETTI
nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse, da Orquestra Sinfônica de Spokane e da Orquestra Sinfônica de
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Jacksonville, sendo, agora, Regente Emérito destas duas últimas. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2015 dirigirá a Orquestra Sinfônica de Odense, também na Dinamarca. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Realizou diversos concertos no México, Peru e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Na Europa regeu a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia e a Orquestra da Radio e TV da Espanha. Dirigiu também a Filarmônica de Auckland,
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e
Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia.
As Alegres Comadres de Windsor.
Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na
Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
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PRESTO Quinta
25/06 VELOCE Sexta
26/06
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YOAV TALMI regente convidado LIZA FERSCHTMAN violino
PROGRAMA
Hector BERLIOZ Abertura O Rei Lear, op. 4
Camille SAINT-SAËNS Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61 • Allegro non troppo
LIZA FERSCHTMAN violino
• Andantino quasi allegretto • Molto moderato e maestoso – I N T E RVA L O –
César FRANCK Sinfonia em ré menor • Lento – Allegro non troppo • Allegretto • Allegro non troppo
FOTO: CAMIRAN D PHOTO
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PRESTO E VELOCE
YOAV TALMI
Celebrado nos dois lados do Atlântico, Yoav Talmi é maestro principal convidado da Orquestra de Câmara de Israel e maestro emérito da Quebec Symphony. É chefe do Departamento de Regência na Buchmann-Mehta School of Music da Universidade de Tel Aviv. Talmi atuou como maestro principal da Hamburg Symphony, maestro principal convidado da Filarmônica de Munique, diretor musical da San Diego Symphony, da Filarmônica de Arnhem e da Orquestra de Câmara de Israel, além de fundador e primeiro diretor musical da New Israeli Opera.
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A longa e impressionante carreira de Talmi como maestro convidado abrange vários continentes. Seus compromissos europeus incluem todas as principais orquestras de Londres, a Filarmônica de Berlim, Concertgebouw de Amsterdã, as sinfônicas de Viena e Praga, as filarmônicas de São Petersburgo, Oslo, Estocolmo, Varsóvia e Israel, a Orchestre National de France, Tonhalle de Zurique, Santa Cecília em Roma e orquestras de rádio em Israel, França, Itália, Espanha, Alemanha, Polônia, Holanda, Bélgica, Finlândia e Suécia. Apresentou-se várias vezes com a NHK Symphony e com a New Philharmonic Orchestra no Japão. Na América do Norte, Talmi tem aparecido com as orquestras de Dallas, Detroit, Houston, Indianapolis, Madison, Montreal, Pittsburgh, Rochester, Seattle, St. Louis, Toledo e Vancouver, assim como a Orquestra de Câmara de Los Angeles, a National Arts Centre Orchestra, a New York Chamber Symphony e a Orquestra de St. Luke. Suas atividades de verão incluem os festivais de música de Aspen, Casals em Porto Rico, Bergen, Chautauqua de Nova York, Helsinki, Houston’s Mostly Mozart, Jerusalém, Lanaudière e Festival de Waterloo. Artista experiente em gravações, Yoav Talmi já trabalhou com os selos
Chandos, Decca, EMI, Naxos, Teldec, CBC Records, Atma e Analekta. Sua gravação da Nona Sinfonia de Bruckner com a Filarmônica de Oslo lhe rendeu o prestigioso Grand Prix du Disque em Paris. Suas duas últimas gravações de orquestrações de Bach e Debussy com a Sinfônica de Quebec ganharam o Prêmio Joker pela Revista Crescendo de Bruxelas. Sua gravação de Schoenberg e Tchaikovsky com a Orquestra de Câmara de Israel foi escolhida Gravação do Mês pela revista Fono-Forum da Alemanha. O London Penguin Guide concedeu a essa mesma gravação sua mais alta classificação. Sua gravação French Showpieces com a Sinfônica de Quebec e o violinista James Ehnes recebeu classificação “perfeita” e foi escolhida Gravação do Mês pela revista francesa Repertoire. Nascido em Israel, Yoav Talmi é graduado pela Rubin Academy of Music de Tel Aviv e The Juilliard School de Nova York, onde obteve formação em Composição e Regência com doações da America Israel Cultural Foundation. Recebeu o Koussevitzky Memorial Conducting Prize no Festival de Tanglewood 1969 e o Rupert Conductor’s Competition 1973, entre outras premiações no seu país e no Canadá.
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PRESTO E VELOCE
A violinista holandesa Liza Ferschtman é conhecida por suas performances entusiásticas e programas interessantes. Sua presença é marcante tanto em concertos quanto em música de câmara, recitais ou trabalhos solo. Em 2006, recebeu o maior prêmio atribuído a um músico na Holanda, o Dutch Music Prize.
F OTO: MARCO BORGGREVE
Nascida em uma família de
LIZA FERSCHTMAN
músicos russos, Liza Ferschtman teve como uma de suas primeiras influências o violinista Philipp Hirschhorn. Foi aluna de Herman Krebbers no Conservatório de Amsterdã, de Ida Kavafian no
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Curtis Institute, Filadélfia, e de David Takeno, em Londres. A violinista se apresentou com todas as orquestras holandesas mais notáveis, incluindo a Real Concertgebouw e a Rotterdam Philhamonic. Foi solista da Orquestre National de Belgique, da European Union Youth Orchestra, da Orquestra Yomiuri Nippon, Malaysian Philharmonic, Schleswig-Holstein Festival Orchestra, Bremen Philharmonic, Radio Symphony Orchestra de Praga, Malmö Symphony e Bergen Philharmonic. Trabalhou com maestros como Stephan Blunier, Frans Bruggen, Christoph von Dohnanyi, Claus Peter Flor, Neeme Järvi, Yakov Kreizberg, Zdenek Macal, Jun Maerkl, Gianandrea Noseda, Marc Soustrot, Leonard Slatkin, Thomas Sondergard, Karl-Heinz Steffens, Mario Venzago e Jaap van Zweden.
Desde 2007, Liza é diretora artística do Delft Chamber Music Festival, um dos maiores festivais na Europa. Nesse período, o festival tornou-se amplamente conhecido por sua programação ousada, com performances dinâmicas de artistas de todo o mundo. Destaques da temporada passada foram a apresentação das obras completas de Bach em Amsterdã e uma turnê com a Budapest Festival Orchestra e o maestro Iván Fischer. Na atual temporada, a violinista fará estreias com a BBC National Orchestra do País de Gales, filarmônicas de Londres e de Essen, Staatskapelle Weimar e Flanders Symphony Orchestra. Ela fará apresentações de música de câmara no Liederhalle, em Stuttgart, e no Beethoven Haus, em Bonn, e vários recitais na Holanda.
Na música de câmara, Liza colabora regularmente com artistas como Inon Barnatán, Jonathan Biss, Nobuko Imai, Elisabeth Leonskaja, Enrico Pace, Christian Poltera, Lars Anders Tomter e Alisa Weilerstein. Além de festivais
O álbum em que Liza apresenta concerto e romances de Beethoven foi aclamado pela crítica, bem como suas gravações com concertos de Dvorák, Röntgen, obras solo
internacionais, apresentou-se no Alice Tully Hall em Nova York, na Biblioteca do Congresso em Washington, Wigmore Hall em Londres, Brahms Saal do Musikverein em Viena e o Concertgebouw em Amsterdã.
de Bach e Ysaye (escolha do mês The Strad CD) e obras duo de Beethoven e Schubert. Seu próximo CD apresentará obras solo de Bach, Biber, Bartók e Berio (Callenge Classics).
FOTO: AN DRÉ FO SSATI
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PRESTO E VELOCE
Hector Berlioz |
França, 1803 – 1869
ABERTURA O REI LEAR, OP. 4 (1831) 14 min
Logo após mudar-se para Paris em 1821, Berlioz torna-se assíduo frequentador de óperas. O gosto pela música e a predileção pelas literaturas francesa e latina e pela geografia marcam sua adolescência. Porém, viu-se obrigado pelo pai a estudar Medicina. O contato com o mundo musical em Paris o convence a abandonar por definitivo a Medicina, após sua graduação em 1824. Em 1826 ingressa no Conservatório de Paris, na classe de Jean-François Le Sueur, uma das mais influentes figuras do cenário musical francês durante a Revolução, o Império e a Restauração. Os anos que se seguem são cruciais para o desenvolvimento de sua linguagem musical. Concorre ao Prix de Rome por quatro vezes, entre 1826 e 1830, vencendo-o afinal com a cantata La Mort de Sardanapale. Paralelamente, a leitura de Goethe – Fausto acabava de ser traduzido para o francês por Gérard de Nerval – e a descoberta da obra de William Shakespeare são essenciais para a consolidação
teatro Odéon. Embora, à época, não dominasse a língua inglesa, viu-se profundamente envolvido pelo esquema dramático de Shakespeare. Para ele, o dramaturgo inglês representava a superação das restrições formais e o mais eloquente modelo de expressão dramática e discurso poético. Inspirado por ele, Berlioz elaboraria sua concepção de “verdade expressiva”. Em uma carta de 1828 descreve Shakespeare e Goethe como “os silentes confidentes de meus sofrimentos; eles têm a chave para a minha vida”. A partir da obra de Shakespeare, Berlioz compõe três peças menores inspiradas em Hamlet – uma fantasia sobre A Tempestade, a sinfonia dramática Romeu e Julieta e as aberturas orquestrais Beatriz e Benedito e O Rei Lear.
de uma linguagem artística que combina, das mais diversas formas, música com referências literárias.
sua Sinfonia Fantástica, ambos de 1830. Por acreditar que a música instrumental tivesse maior capacidade expressiva e maior poder de articulação do que a música vocal ou o texto, opta por suprimir a noção
Em setembro de 1827, Hector Berlioz assiste à montagem de Hamlet no
Em 1831, ano de composição de O Rei Lear, Berlioz era já um compositor respeitado em Paris em razão do Prix de Rome e de
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INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas,
2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, cordas.
de discurso que caracteriza o poema sinfônico e retrabalha os eventos e as personagens do Rei Lear. Dramática e enérgica, a abertura repercute o sinfonismo de Beethoven, que, como declara Berlioz, “abriu diante de mim um novo mundo da música, como Shakespeare me revelara um novo universo poético”. A peça de Shakespeare narra a tragédia de um rei que decide repartir ainda em vida seu reino entre suas três filhas, desencadeando uma terrível sequência de episódios
marcados pela ganância, a bajulação e a traição que conduzem à loucura e à morte. Entre o tema de Cornélia no oboé e os graves do rei Lear, a abertura de Berlioz perde em sentido discursivo para ganhar em intensidade, assim como o mais célebre verso da peça de Shakespeare: “nunca, nunca, nunca, nunca, nunca!”.
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/ Sorbonne Nouvelle Paris 3.
PARA OUVIR Berlioz – Orchestral Overtures – Royal Philharmonic Orchestra – Thomas Beecham, regente – Naxos Classical Archives, Classics on line, 9.80711 – 1954 PARA ASSISTIR Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual da Flórida – Matthew Bishop, regente | Acesse: fil.mg/breilear PARA LER Lauro Machado Coelho – Sinfonia Fantástica: vida e obra de Hector Berlioz – Algol Editora – 2009 William Shakespeare – O Rei Lear – Millôr Fernandes, tradução – L&PM – 1997
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PRESTO E VELOCE
Camille Saint-Saëns |
França, 1835 – Argélia, 1921
CONCERTO PARA VIOLINO Nº 3 EM SI MENOR, OP. 61 (1880) 29 min O Romantismo, essa grande corrente literária, humanista e artística, desponta, no alvorecer do século XIX, como condestável revolucionário da liberdade. Na música, abraçado ideologicamente ainda por Beethoven, elaborado como linguagem por compositores do porte de Schumann, Chopin e, mais tarde, Brahms, e tendo gerado sua própria mitologia, nas figuras quase sobrenaturais de Paganini ou de Liszt, o propósito inicial do Romantismo é romper com os grilhões formais e sociais da arte musical que, sem renegar o passado, se recusa a submeterse a fórmulas limitadoras da expressão individual do artista. Porém, tendo se alicerçado nessa postura revolucionária cuja bandeira maior é a da liberdade – sobretudo a liberdade individual de expressão artística – o Romantismo consolidase como linguagem e elabora uma espécie de gramática própria, relativamente independente de correntes nacionais ou individuais. O universo romântico produz então seus defensores ferrenhos, cujas obras, por um lado, testemunham as conquistas feitas na expressão musical e em sua linguagem. Por outro lado, em curioso paradoxo, essa postura defensiva acaba por negar o próprio
ideal libertário inaugurado pelo movimento romântico, recusando-se a considerar possíveis muitos dos novos caminhos de expressão cujas portas o próprio Romantismo logrou abrir. Talvez seja esse o caso do francês Camille Saint-Saëns. Vinculado indissociavelmente à linguagem romântica, Saint-Saëns se refere com ironia (e às vezes com escárnio) à nova música que, em princípios do século XX, começa a se manifestar. Visto dessa maneira, Saint-Saëns poderia bem se assemelhar à figura exagerada e grotesca de um reacionário radical. No entanto, visto de outra maneira, pode-se vislumbrar nele e em sua obra o artista apaixonado, produto de uma época e de uma mentalidade que ele mesmo vivenciou e de que foi testemunha: Saint-Saëns nasce no ano da morte de Mendelssohn, tem nove anos quando morre Chopin e obras suas foram divulgadas e executadas por Liszt, a quem conhece no auge da carreira. Talvez exatamente por isso Saint-Saëns se mostre tão refratário às novas investidas musicais de finais dos oitocentos, apesar de ter sido professor de nada menos do que Gabriel Fauré, por sua vez professor de Ravel. Último dos seus três concertos para violino, o concerto op. 61 é exemplo
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INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas,
2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas.
claro dessa vinculação visceral de Saint-Saëns à linguagem romântica. Concluído em 1880, foi dedicado ao grande virtuoso (e também compositor) Pablo de Sarasate, que o estreou nesse mesmo ano. Outras obras de Saint-Saëns dedicadas a Sarasate revelam um foco bem direcionado na exibição virtuosística do intérprete, bem como o conhecimento e domínio do compositor na linguagem e no estilo violinísticos: é o caso, por exemplo, da famosa Introdução e Rondó Caprichoso. No entanto, o Concerto op. 61 é bem mais focado na inventividade melódica que em efeitos virtuosísticos e, trazendo inclusive reminiscências de outras obras do próprio compositor, desvela outro lado da mentalidade musical romântica, não menos apaixonada,
mas cujos arroubos se dirigem mais a uma espécie de contemplação da intimidade individual do compositor que a bravuras do intérprete virtuoso. Mais que obra representativa da literatura violinística, esse concerto é a expressão autêntica de um espírito que encontrou na linguagem romântica perfeitamente consolidada seu caminho de expressão: um espírito criador vinculado indissociavelmente à mentalidade artística que testemunhou e que tomou para si como legítima e bastante.
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
PARA OUVIR CD Saint-Saëns – Concerto para Violino nº 3; Vieuxtemps Concerto para Violino nº 5 – London Symphony Orchestra – Lawrence Foster, regente – Kyung Wha Chung, violino – Decca, UCCD 9624 – 2008 PARA ASSISTIR Orquestra da Rádio e Televisão da Suíça Italiana – Piero Bellugi, regente – Silvia Marcovici, violino | Acesse: fil.mg/ssviolino3 PARA LER René Dumesnil – Portraits de musiciens français – Librairie Plon – 1938
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PRESTO E VELOCE
César Franck |
Bélgica, 1822 – França, 1890
SINFONIA EM RÉ MENOR (1886/1888) 39 min
Aos treze anos, César Franck mudouse para Paris, levado pelo pai, que ambicionava para o talentoso filho uma rentável carreira de pianista. Entretanto, o menino tímido, retraído e avesso aos palcos acabou descobrindo sua verdadeira vocação ao frequentar as classes de órgão no Conservatório.
quanto à elaboração da forma cíclica presente em todas as suas obrasprimas finais. As preferências modelares do compositor belga continuaram sendo Bach e Beethoven, mas ele soube contemporizá-las, de maneira muito pessoal, com seu gosto pelo cromatismo e pelas modulações incessantes.
Como organista de igreja, César Franck levava uma vida metódica. Profundamente religioso, exercia seu trabalho como uma missão; dava aulas particulares e compunha regularmente, sobretudo obras corais e peças para o órgão, transformado em confidente cotidiano. Aceitou com imensa satisfação o cargo de organista titular da igreja de Sainte-Clotilde, onde um instrumento maravilhoso, construído por Cavaillé-Coll, correspondia à sua inigualável maestria de intérprete e improvisador. O reconhecimento público
Aos cinquenta anos, César Franck foi nomeado professor de órgão pelo Conservatório de Paris. Sob o pretexto de ensinar o instrumento, suas aulas transformaram-se em verdadeiras classes de composição para uma geração de alunos que o adoravam. Era o começo de um reconhecimento público tardio e que só se consolidou após sua morte. Por longo tempo condenado à obscuridade, César Franck habituarase a longas reflexões; tornou-se extremamente meditativo, meticuloso e exigente como compositor. Em seus últimos anos, dedicava-se de cada
traduzia-se na gratidão dos fiéis e dos músicos que frequentavam a igreja para ouvi-lo. Entre outros, Franz Liszt, admirador incondicional, cuja influência foi fundamental para César Franck, principalmente
vez a um gênero para, nele, lapidar apenas uma e definitiva obra-prima. Assim surgiram o Quinteto para piano e cordas (1879), as Variações sinfônicas (1885), o Quarteto em Ré Maior (1889), o Prelúdio, coral e fuga (1884), a Sonata
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INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes,
4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, harpa, cordas.
para violino e piano (1886) e a Sinfonia em ré menor (1888). A importância histórica dessas obras é enorme – elas foram decisivas para a mudança do cenário musical parisiense, indiferente ou até hostil à música instrumental sinfônica e camerística. Sob tal aspecto, a Sinfonia de César Franck marca um ponto culminante na renovação da música orquestral francesa do final do século XIX. Foi elaborada dentro dos princípios cíclicos – a semelhança entre os elementos básicos (motivos intervalares e rítmicos) dos temas de todos os movimentos cria uma sintonia entre as seções, dando maior unidade à composição. O primeiro movimento, Lento – Allegro non troppo, centrado em duas tonalidades de base – ré menor e fá menor –, deixa-se marcar por muitas modulações. Suas melodias predominantemente cromáticas circulam por vários campos tonais, tornando o discurso sonoro bastante dinâmico. Inicia-se com a apresentação, nas cordas graves, de um dos temas-chave da obra, em ré menor, sombrio e interrogativo.
A essa ansiosa indagação respondem os violinos, com uma melodia melancólica, porém mais expansiva. Um crescendo conduz ao Allegro non troppo. Há uma repetição de todo o material, agora em fá menor. Na sequência dessa reprise, os violinos e as madeiras agudas apresentam um dos temas mais marcantes da Sinfonia, o que se convencionou chamar Motivo da Fé. O desenvolvimento combina ousadamente os vários temas, alternados, modulados, modificados. Um desenho descendente dos violinos e das violas conduz à reexposição, quando as cordas graves, em trêmulos, apoiam a reapresentação do tema Lento inicial pelos metais. A reexposição termina com um coral entregue aos sopros. A coda, condensando os principais motivos, conclui o movimento de maneira apoteótica, em Ré maior. Ao longo do Allegretto, o andamento mantém-se inalterado, mas esse segundo movimento apresenta um duplo caráter, de forma a cumprir habilmente os papéis do Andante e do Scherzo das sinfonias clássicas. Divide-se, assim, em duas seções, absolutamente simétricas quanto ao
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PRESTO E VELOCE
número de compassos. A primeira inicia-se com o melancólico canto confiado ao corne inglês, em clima de intensa poesia, sobre os pizzicatti das cordas e os acordes da harpa. O episódio correspondente ao Scherzo se apresenta sobre o trêmulo das cordas e tem a melodia central introduzida pelo clarinete, com ritmos pontuados. A parte conclusiva estabelece um diálogo apaixonado dos temas apresentados e, após suas elaboradas modulações, o movimento se encerra sobre o acorde de Si bemol maior.
recapitula motivos dos movimentos precedentes, transfigurados em suas novas funções e acrescidos de outras ideias adjacentes. A enorme coda transforma-se numa síntese dos principais temas de toda a Sinfonia, reapresentando inclusive o Motivo da Fé do Allegro inicial. A rica orquestração e a tonalidade de Ré maior levam a uma conclusão grandiosa, repleta de alegria.
PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor
O Finale – Allegro non troppo foi concebido dentro da forma sonata. Mas, seguindo o princípio cíclico,
dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mario de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
PARA OUVIR CD César Franck - Sinfonia em ré menor – Royal Concertgebouw Orchestra – Ricardo Chailly, regente – Decca – 1987 CD César Franck – Sinfonia em ré menor – Royal Philharmonic Orchestra – Raymond Leppard, regente – Publifolha, Coleção Folha de Música Clássica – 2006 PARA ASSISTIR Orquestra Nacional da França – Leonard Bernstein, regente Acesse: fil.mg/fsinfremenor PARA LER Ralph Hill – Sinfonia – Editora Ulisseia – 1959
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FOTO: AN DRÉ FO SSATI
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ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM OUTRAS SÉRIES DE CONCERTO CONCERTOS PARA A JUVENTUDE
LABORATÓRIO DE REGÊNCIA
Realizados em manhãs de domingo,
Atividade pioneira no Brasil, este
são concertos dedicados aos jovens
laboratório é uma oportunidade
e às famílias, buscando ampliar
para que jovens regentes brasileiros
e formar público para a música
possam praticar com uma orquestra
clássica. As apresentações têm
profissional. A cada ano, quinze
ingressos a preços populares.
maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e
CLÁSSICOS NA PRAÇA
ensaios com o regente Fabio Mechetti.
Realizados em praças da Região
O concerto final é aberto ao público.
Metropolitana de Belo Horizonte, os concertos proporcionam momentos
TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
de descontração e entretenimento,
Com essas turnês, a Orquestra
buscando democratizar o acesso da
Filarmônica de Minas Gerais
população em geral à música clássica.
busca colocar o estado de Minas dentro do circuito nacional e
CONCERTOS DIDÁTICOS
internacional da música clássica.
Concertos destinados a grupos de crianças e jovens da rede escolar
TURNÊS ESTADUAIS
e a instituições sociais, mediante
As turnês estaduais levam a música de
inscrição prévia. Seu formato busca
concerto a diferentes cidades e regiões de
apoiar o público em seus primeiros
Minas Gerais, possibilitando que o público
passos na música clássica.
do interior do Estado tenha contato direto com música sinfônica de excelência.
FESTIVAL TINTA FRESCA Com o objetivo de fomentar a criação
CONCERTOS DE CÂMARA
musical entre compositores brasileiros e
Realizados para estimular músicos
gerar oportunidade para que suas obras
e público na apreciação da música
sejam apresentadas em concerto, este
erudita para pequenos grupos. A
Festival é sempre uma aventura musical
Filarmônica conta com grupos de
inédita. Como prêmio, o vencedor recebe
Metais, Cordas, Sopros e Percussão.
a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje.
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PRÓXIMOS CONCERTOS
Julho DIAS 2 E 3, ALLEGRO 5, VIVACE 5
DIA 30, LABORATÓRIO DE REGÊNCIA
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais
quinta, 20h30, Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
WAGNER / BEETHOVEN
Arnaldo Cohen, piano RIPPER / RACHMANINOFF / SCHOENBERG / RIMSKY-KORSAKOV
DIAS 9 E 10, PRESTO 5, VELOCE 5
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais Fabio Mechetti, regente Arnaldo Cohen, piano DVORÁK / DUTILLEUX / RACHMANINOFF
DIA 12, TURNÊ ESTADUAL
domingo, 20h, Mariana Marcos Arakaki, regente TCHAIKOVSKY / DVORÁK / PROKOFIEV / VAUGHAN WILLIAMS / WAGNER / GOMES
DIAS 16 E 17, ALLEGRO 6, VIVACE 6
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais Fabio Mechetti, regente Sergej Krylov, violino HONNEGER / PAGANINI / DUKAS
DIAS 23 E 24, PRESTO 6, VELOCE 6
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais Fabio Mechetti, regente Eliane Coelho, soprano RAVEL / R. STRAUSS
Regentes participantes
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Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki PRIMEIROS VIOLINOS
VIOLONCELOS
TROMPAS
GERENTE
Anthony Flint – Spalla
Robson Fonseca ****
Alma Maria Liebrecht *
Jussan Fernandes
Rommel Fernandes –
Elise Pittenger ***
Evgueni Gerassimov ***
Spalla Associado
Camila Pacífico
Gustavo Garcia Trindade
INSPETORA
Ara Harutyunyan –
Camilla Ribeiro
José Francisco dos Santos
Karolina Lima
Spalla Assistente
Eduardo Swerts
Lucas Filho
Ana Zivkovic
Emilia Neves
Fabio Ogata
Arthur Vieira Terto
Eneko Aizpurua Pablo
Bojana Pantovic
Lina Radovanovic
TROMPETES
Dante Bertolino
Daniel Enache *****
Marlon Humphreys *
Hyu-Kyung Jung
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA
Débora Vieira
Érico Fonseca **
ARQUIVISTA
Marcio Cecconello
CONTRABAIXOS
Daniel Leal ***
Sergio Almeida
Mateus Freire
Colin Chatfield *
Tássio Furtado
Rodolfo Toffolo
Nilson Bellotto ***
Rodrigo Bustamante
Brian Fountain
TROMBONES
Ana Lúcia Kobayashi
Rodrigo Monteiro Braga
Marcelo Cunha
Mark John Mulley *
Claudio Starlino
Rodrigo de Oliveira
Pablo Guiñez
Diego Ribeiro **
Jônatas Reis
Wallace Mariano
Wagner Mayer ***
William Brichetto
Renato Lisboa
Leonidas Cáceres ***
FLAUTAS
TUBA
Guilherme Monteiro
Cássia Lima *
Eleilton Cruz *
Jovana Trifunovic
Renata Xavier ***
Leonardo Ottoni
Alexandre Braga
TÍMPANOS
André Barbosa
Luka Milanovic
Elena Suchkova
Patricio Hernández
Hélio Sardinha
Pradenas *
Jeferson Silva
SEGUNDOS VIOLINOS
ASSISTENTES
Frank Haemmer *
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Marija Mihajlovic
Rodrigo Castro MONTADORES
Martha de Moura
OBOÉS
Pacífico
Alexandre Barros *
PERCUSSÃO
Radmila Bocev
Ravi Shankar ***
Rafael Alberto *
Tiago Ellwanger
Israel Muniz
Daniel Lemos ***
Valentina Gostilovitch
Moisés Pena
Sérgio Aluotto
VIOLAS
CLARINETES
João Carlos Ferreira *
Marcus Julius Lander *
HARPA
Roberto Papi ***
Jonatas Bueno ***
Giselle Boeters *
Flávia Motta
Ney Campos Franco
Gerry Varona
Alexandre Silva
Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar
Werner Silveira
Gilberto Paganini
TECLADOS
Ayumi Shigeta *
Juan Castillo
FAGOTES
Katarzyna Druzd
Catherine Carignan *
Luciano Gatelli
Victor Morais ***
Marcelo Nébias
Andrew Huntriss
Nathan Medina
* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** convidado
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Instituto Cultural Filarmônica
FORTISSIMO
junho
nº 4 / 2015 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina
Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO
Berenice Menegale
Conselho Administrativo PRESIDENTE EMÉRITO
Jacques Schwartzman PRESIDENTE
Roberto Mário Soares CONSELHEIROS
Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Marcus Vinícius Salum Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena
Diretoria Executiva DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO
Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS
Zilka Caribé
DIRETOR DE
ANALISTAS DE
AUXILIARES
OPERAÇÕES
MARKETING E
ADMINISTRATIVOS
Ivar Siewers
PROJETOS
Pedro Almeida
Itamara Kelly
Vivian Figueiredo
DIRETOR DE
Mariana Theodorica
PRODUÇÃO MUSICAL
Marcos Souza
Equipe Técnica
RECEPCIONISTA ASSISTENTE DE
Lizonete Prates Siqueira
COMUNICAÇÃO
Renata Gibson
AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS
GERENTE DE
ASSISTENTES DE
Ailda Conceição
COMUNICAÇÃO
MARKETING DE
Márcia Barbosa
Merrina Godinho
RELACIONAMENTO
Nayara Assis
Delgado
Eularino Pereira Rildo Lopez
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL
Claudia da Silva
Equipe Administrativa
Guimarães
MENSAGEIROS
Lucas Lima Serlon Souza MENOR APRENDIZ
GERENTE
Diego Soares
ASSESSORA DE
ADMINISTRATIVO-
PROGRAMAÇÃO
FINANCEIRA
MUSICAL
Thais Boaventura
Sala Minas Gerais
Carolina Debrot ANALISTAS
GERENTE DE
PRODUTORES
ADMINISTRATIVOS
INFRAESTRUTURA
Geisa Andrade
João Paulo de Oliveira
Renato Bretas
Luis Otávio Rezende
Paulo Baraldi
Narren Felipe
TÉCNICO DE ANALISTA CONTÁBIL
ILUMINAÇÃO E ÁUDIO
Graziela Coelho
Rafael Franca
Andréa Mendes
ANALISTA DE
ASSISTENTES
(Imprensa)
RECURSOS HUMANOS
OPERACIONAIS
Marciana Toledo
Quézia Macedo Silva
Jorge Correia
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO
(Publicidade)
Rodrigo Brandão
Mariana Garcia
SECRETÁRIA
(Multimídia)
EXECUTIVA
Renata Romeiro
Flaviana Mendes
(Design gráfico) ASSISTENTE ANALISTA DE
ADMINISTRATIVA
MARKETING DE
Cristiane Reis
RELACIONAMENTO
Mônica Moreira
FOTO DA CAPA: RENATA GIBSON
ILUSTRAÇÕES: MARIANA SIMÕES
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PARA APRECIAR UM CONCERTO
PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS Fortissimo, além de seu programa mensal de concertos, é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Para evitar o desperdício, pegue apenas um exemplar ao mês. Caso não precise dele após o concerto, devolva-o nas caixas receptoras. O programa se encontra também disponível em nosso site, na agenda de concertos. www.filarmonica.art.br
APLAUSOS Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de
CONVERSA
movimentos de cada uma e fique de
A experiência do concerto inclui o
olho na atitude e gestos do regente.
encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse
TOSSE
ou faça comentários durante a
Perturba a concentração dos músicos
execução das obras. Lembre-se de
e da plateia. Tente controlá-la com
que o silêncio é o espaço da música.
a ajuda de um lenço ou pastilha.
CRIANÇAS APARELHOS CELULARES
Caso esteja acompanhado por
Confira e não se esqueça, por
criança, escolha assentos próximos
favor, de desligar o seu celular ou
aos corredores. Assim, você
qualquer outro aparelho sonoro.
consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO
COMIDAS E BEBIDAS
Não são permitidas na
Seu consumo não é permitido no
sala de concertos.
interior da sala de concertos.
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FOTO: EUGÊNIO S ÁV IO
OLÁ, ASSINANTE Você já pode falar com a
ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO
aqui mesmo, na Sala Minas Gerais. Toda a nossa administração já se encontra no novo endereço. O acesso é pela Rua Alvarenga Peixoto, 2030, entre Tenente Brito Melo e Uberaba.
Outra boa notícia é que o
ESTACIONAMENTO já
está funcionando, também com entrada pela Alvarenga Peixoto. Ele tem um preço diferente para você que vem assistir à Filarmônica e dá acesso direto à sala de concertos. Que tal desfrutar desse conforto?
HORÁRIOS E PREÇO DO ESTACIONAMENTO para concertos na Sala Minas Gerais QUINTAS E SEXTAS das 19h às 24h SÁBADOS das 16h às 21h
R$ 15 preço único
DOMINGOS das 9h às 14h Importante: é preciso apresentar o ingresso na hora do pagamento.
ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO assinatura@filarmonica.art.br 3219-9009 (segunda a sexta, 9h a 18h)
www.filarmonica.art.br
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SALA MINAS GERAIS
Bandeiras acústicas As bandeiras são trabalhadoras silenciosas em favor da acústica. Raramente vistas pelo público, junto com o difusor móvel elas são responsáveis pelos ajustes que permitem variar as características sonoras da Sala Minas Gerais. Ainda que não estejam à vista na maior parte dos concertos, nos ensaios elas são chamadas a suprir a ausência de público na plateia e, assim, ajudam maestro e músicos
a encontrarem o som perfeito para as obras daquele programa. Quando a música pede uma orquestra pequena, as bandeiras ficam no campo de visão do público, pois são necessárias para contrabalançar a ausência de músicos, cadeiras e instrumentos. Elas são, portanto, parte de um conjunto de elementos que contribuem para a afinação da Sala Minas Gerais, sempre em busca da maior beleza e equilíbrio sonoro.
FOTO: RENATA GIBSON
FOTO: RENATA GIBSON
DIVULGAÇÃO
APOIO INSTITUCIONAL
w w w. i n c o n f i d e n c i a . c o m . b r
REALIZAÇÃO
SALA MINAS GERAIS Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030
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@filarmonicamg
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