Fevereiro de 2016 | Presto e Veloce 1

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HINDEM FORTISSIMO Nº 2 — 2016

I T H BART

ÓK W E B E 25/02 PRESTO 26/02 VELOCE

R SHOSTA

KOVICH



MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO DE MINAS GERAIS APRESENTAM

25/02 PRESTO 26/02 VELOCE


FOTO: AN DRÉ FOSSAT I


Caros amigos e amigas,

É com grande alegria que retornamos

Assim, começamos nossa temporada

à Sala Minas Gerais para a realização

com uma homenagem a outro artista

de mais uma temporada da Filarmônica.

que nos enche de orgulho nacional,

Antes de mais nada, gostaria de

Luíz Filíp, jovem violinista membro

agradecer a todos que ajudaram a

da maior orquestra mundial, a

quebrar mais um recorde de assinaturas,

Filarmônica de Berlim. Sob a condução

o que demonstra a confiança e apoio

de nosso Regente Associado, Marcos

de todos vocês em relação à nossa

Arakaki, prestamos homenagem ao

Orquestra e ao nosso projeto artístico.

ainda jovem Shostakovich, com sua Sinfonia nº 1, assim como exploramos

Também com o imprescindível apoio

as variações sobre um tema de Weber

de muitos de vocês, fomos agraciados

escritas pelo compositor neoclássico

no fim do ano passado com o

alemão Paul Hindemith. Esse será o

Grande Prêmio da Revista Concerto,

primeiro de uma série de concertos

resultado não só da avaliação de

marcantes da Temporada 2016.

críticos especializados, mas também do voto popular. É sempre gratificante

Desejo um ano repleto de fortes

sermos reconhecidos por aqueles

emoções e vívidas experiências

que seguem nosso trabalho, seja em

com a nossa! orquestra.

Minas, seja nacionalmente. Resultados como esse nos enchem de orgulho e acirram ainda mais a vontade que

FABIO MECHETTI

temos de continuar acertando.

Diretor Artístico e Regente Titular

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FOTO: E UGÊ N I O SÁVI O

D

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

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FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

de verão nos Estados Unidos, entre

No Brasil, foi convidado a dirigir a

eles os de Grant Park em Chicago

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

e Chautauqua em Nova York.

São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

Realizou diversos concertos no México,

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

Trabalhou com artistas como Alicia

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

de Larrocha, Thomas Hampson,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

em Madrid, a Filarmônica de Auckland,

Kathleen Battle, entre outros.

Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos

Vencedor do Concurso Internacional de

dirigindo a Ópera de Washington.

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

No seu repertório destacam-se

Mechetti dirige regularmente na

produções de Tosca, Turandot, Carmen,

Escandinávia, particularmente a

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

Madame Butterfly, O Barbeiro de

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

Sevilha, La Traviata e Otello.

fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere e na Itália,

Fabio Mechetti recebeu títulos

dirigindo a Orquestra Sinfônica de

de mestrado em Regência e em

Roma. Em 2016 fará sua estreia com a

Composição pela prestigiosa

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Juilliard School de Nova York. 7


H B W S 8


MARCOS ARAKAKI, regente LUÍZ FILÍP, violino

PROGRAMA

Paul  H INDEMITH Metamorfose Sinfônica sobre temas de Weber Allegro Scherzo (Turandot): Moderato – Lebhaft Andantino Marsch

Béla  B ARTÓK Concerto para violino nº 1 Andante sostenuto Allegro giocoso

INTERVALO

Carl Maria von  W EBER Euryanthe: Abertura

Dmitri  S HOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto


MARCOS ARAKAKI

FOTO: RAFAE L MOT TA


Marcos Arakaki é Regente Associado

Universidade de São Paulo, a

da Filarmônica de Minas Gerais e

Filarmônica de Goiás, Petrobras

colabora com a Orquestra desde 2011.

Sinfônica, Orquestra Experimental

Bacharel em música pela Universidade

de Repertório, Orquestra de Câmara

Estadual Paulista, na classe de violino

da Cidade de Curitiba e a da Osesp,

do professor Ayrton Pinto, em 2004

Camerata Fukuda, dentre outras.

concluiu o mestrado em Regência

No exterior dirigiu as orquestras

Orquestral pela Universidade de

Filarmônica de Buenos Aires,

Massachusetts (EUA). Participou do

Sinfônica de Xalapa, Filarmônica

Aspen Music Festival and School (2005)

da Universidade Autônoma do

recebendo orientações de David Zinman

México, Kharkiv Philharmonic

na American Academy of Conducting

da Ucrânia e a Boshlav Martinu

at Aspen, nos Estados Unidos, além

Philharmonic da Republica Tcheca.

de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville

Acompanhou importantes artistas do

Marriner. Sua trajetória artística é

cenário erudito como Gabriela Montero,

marcada por prêmios como o do

Sergio Tiempo, Anna Vinitiskaya,

1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho

Sofya Gulyak, Ricardo Castro,

para Jovens Regentes, promovido pela

Rachel Barton-Pine, Chloë Hanpslic,

Orquestra Petrobrás Sinfônica em 2001

Luis Fílip, entre outros.

e do Prêmio Camargo Guarnieri, concedido pelo Festival Internacional

Ao longo dos últimos dez anos,

de Campos do Jordão em 2009,

Marcos Arakaki tem contribuído de forma

ambos como primeiro colocado. Foi

decisiva na formação de novas plateias,

também semifinalista no 3º Concurso

por meio de concertos didáticos, bem

Internacional Eduardo Mata, realizado

como na difusão da música de concertos

na cidade do México em 2007.

através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como

Além da Orquestra Filarmônica de

coordenador pedagógico, professor e

Minas Gerais, Marcos Arakaki tem

palestrante em diversos projetos culturais

dirigido outras importantes orquestras

e em instituições como Casa do Saber

tanto no Brasil como no exterior. Estão

do Rio de Janeiro, Programa Furnas de

entre elas as orquestras sinfônicas

Jovens Talentos, Música na Estrada,

Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo

Universidade Federal da Paraíba,

(Osesp), do Teatro Nacional Cláudio

Universidade Federal do Rio Grande do

Santoro, do Paraná, de Campinas,

Norte, Universidade Federal de Roraima

do Espirito Santo, da Paraíba, da

e em diversos conservatórios brasileiros. 11


LUÍZ FILÍP

FOTO: AN JA COL L I N S


Luíz Filíp, natural de São Paulo, reside

No Brasil, Luíz Filíp recebeu diversos

na Alemanha desde 2001, apresentando-se

prêmios em concursos nacionais. Na

regularmente em cidades como Berlim,

Europa foi premiado no 37º Concurso

Roma, Tóquio, Tel Aviv e Paris, onde teve

Internacional Tibor Varga, Suíça, no

o seu début em 2005 na série de concertos

I Concurso Internacional Henry Marteau,

do Auditorium do Museu do Louvre.

Alemanha, e recebeu o primeiro prêmio no Concurso Gerhard Taschner, em Berlim.

É o primeiro e único brasileiro a integrar a Filarmônica de Berlim, onde colabora

Luíz Filíp iniciou seus estudos de violino

com os mais importantes regentes da

aos quatro anos na Escola Fukuda de

atualidade. Luíz Fïlíp tocou até fevereiro

São Paulo, tendo aulas com Elisa Fukuda

de 2015 um violino Lorenzo Storioni,

até os dezesseis anos. Nessa idade

Cremona 1774, pertencente ao governo

transferiu-se para a Alemanha com

alemão e oferecido como prêmio

bolsa de estudos oferecida pelo Prêmio

do concurso da Deutsche Stiftung

Eleazar de Carvalho do 32º Festival de

Musikleben de Hamburgo. Em

Inverno de Campos do Jordão e, mais

reconhecimento ao seu trabalho, foi

tarde, com bolsa da Fundação Vitae.

convidado pelo governo alemão, em 2009,

Estudou na Hochschule für Musik Hanns

a se apresentar no Palácio Bellevue em

Eisler Berlin e na Universität der Künste

Berlim no encerramento da visita oficial

Berlin, com Ulf Wallin, Guy Braunstein

do presidente do Brasil à Alemanha.

e Alban Gerhardt, concluindo sua pósgraduação com nota máxima e distinção.

No CD dedicado à música de J. S.

Aperfeiçoou-se ainda na Universidade de

Bach, gravado ao vivo na Philharmonie

Música Pitea, Suécia, com Zakhar Bron.

com a Academia da Filarmônica de Berlim, Luíz Filíp atuou como solista

Entre seus parceiros de música de

do concerto BWV 1043 de J. S. Bach,

câmara figuram Anne Sofie von Otter,

sob direção do regente de música

Wilfried Strehle, Guy Braunstein,

antiga Reinhard Goebel. Gravou um

Dashin Kashimoto, François Leleux

DVD com os três concertos inéditos

e Amihai Grosz. Participou de vários

para violino e orquestra do compositor

festivais de música de câmara, entre

Camargo Guarnieri com a Orquestra

eles o Festival Rolandseck e o Festival

Sinfônica do Teatro Municipal de

Aix-en-Provence. Integra o Ensemble

São Paulo, sob regência de Lutero

Berlin, grupo de música de câmara com

Rodrigues. Esse projeto teve o

membros da Filarmônica de Berlim.

patrocínio da Petrobras. Gravou ainda, na Alemanha, um CD com obras do

Luíz Filíp já se apresentou com a

compositor Edmundo Villani-Côrtes

Filarmônica de Minas Gerais em

com o pianista Paul Rivinius.

2012 e 2014. 13


Paul

H

HINDEMITH Alemanha, 1895 – 1963

METAMORFOSE SINFÔNICA SOBRE TEMAS DE WEBER (1943) 21 min

Paul Hindemith foi um dos mais importantes compositores alemães

do século XX. Seu estilo, chamado de neoclássico, apresenta influência das técnicas contrapontísticas de J. S. Bach. As características

inovadoras de sua música foram perseguidas pelo nazismo, o que levou Hindemith a emigrar para os Estados Unidos em 1940.

Sua Metamorfose Sinfônica se originou de um antigo projeto para um

balé – não realizado – que consistia de uma suíte orquestral sobre temas de Carl Maria von Weber. Entretanto, ao contrário do sugerido pelo

título, tratava-se de variações sobre peças inteiras, e não apenas sobre

temas melódicos. Nesse sentido, a abordagem de Hindemith aproximouse da de Stravinsky com relação a Pulcinella. Nessa peça, Stravinsky não se limitou à orquestração de músicas do italiano Pergolesi, mas buscou uma “recomposição” livre do original. Do mesmo modo,

Hindemith partiu de Weber para compor uma música tipicamente

pessoal, com novas partes acrescentadas em contraponto, harmonias enriquecidas, ajustes rítmicos e estruturais e toda uma orquestração diferente. Apesar disso, os traços gerais das peças de Weber podem

ser reconhecidos sob as variações. Cada um dos quatro movimentos baseia-se em uma peça diferente, na maior parte duetos de pianos. A estreia da peça se deu em 1944, pela Filarmônica de Nova York.

O primeiro movimento é uma marcha, organizada como uma sequência de breves seções repetidas em ritornelo. Observa-se a presença de um

contraponto neobarroco, com características similares às da música de Bach, mas com uma harmonia temperada com algumas dissonâncias. O segundo movimento, um scherzo, utiliza um tema pentatônico. Esse tema se repete com variações na orquestração. Destaque-se a presença de sinos e de outros instrumentos de percussão. A cada

repetição surgem melodias secundárias em contraponto e trinos. 14


H INSTRUMENTAÇÃO

A textura se adensa progressivamente,

até alcançar um tutti sonoro e brilhante.

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.

No scherzo, uma frase de violino

solo conduz à exposição de um tema com características jazzísticas que,

trabalhado em imitação pelos metais, reaparece nos tímpanos, depois nas cordas, enfim em toda a orquestra.

No terceiro movimento, Andantino, o tema melódico do clarinete é

pontuado pelas cordas, passando ao fagote, à trompa e aos violinos. A

seção central contém um novo tema nos violoncelos – dobrado pelos

clarinetes – acompanhado por acordes sustentados na orquestra. Após um tutti, o tema inicial reaparece em contracanto com uma flauta que

borda sua melodia com delicadeza.

PARA  OUVIR

Hindemith – Symphonic Metamorphosis & other orchestral works – BBC Scottisch Symphony Orchestra – Martyn Brabbins, regente – Hyperion, CDA 68.006 – 2012 PARA  ASSISTIR

Orquestra Sinfônica de Milwaukee – Andreas Delfs, regente Acesse: fil.mg/hmetamorfose PARA  LER

Paul Griffiths – Enciclopédia da Música do Século XX – Marcos Santarrita e Alda Porto, tradução – Martins Fontes – 1995

Paul Griffths – A Música Moderna: uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez – Clóvis Marques – Jorge Zahar Editor – 1998

No quarto movimento, uma marcha, alternam-se dois temas. O primeiro é apresentado nos sopros, sobre a marcação rítmica das cordas.

A instrumentação sugere uma banda marcial, com flautim e triângulo. Após diálogo entre tímpano e

sopros, o tema retorna nos violinos.

A segunda seção caracteriza-se pela alternância de madeiras e trompas

e diferentes orquestrações. O tema inicial reaparece nos trombones,

com contracantos de sopros. Para

concluir, o segundo tema retorna em tutti e conduz a um final brilhante, com forte presença da percussão.

ROGÉRIO VASCONCELOS Compositor e professor da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.

15


Béla

BARTÓK Hungria, 1881 – Estados Unidos, 1945

CONCERTO PARA VIOLINO Nº 1 (1907/1908)

21 min

Por anos acreditou-se que Béla Bartók escrevera apenas um concerto para violino (seu hoje conhecido Concerto para violino nº 2, composto entre 1937/1938 e estreado em 1939). O que não se sabia era que a violinista húngara Stefi Geyer possuía o manuscrito de um concerto inédito, a ela dedicado, composto por Bartók trinta anos antes. O Concerto para violino nº 1 só seria revelado ao mundo um ano e meio após a morte da violinista (doze anos e meio após a morte de Bartók), em 30 de maio de 1958, na Suíça, pela Orquestra de Câmara de Basel, sob a regência de Paul Sacher e tendo Hans-Heinz Scheneeberger ao violino. O Concerto para violino nº 1 foi composto entre 1º de julho de 1907 e 5 de fevereiro de 1908, exatamente o tempo que durou o romance do compositor com a violinista Stefi Geyer. Embora já a tivesse assistido algumas vezes em concerto, foi nesse verão que Bartók se apaixonou perdidamente pela jovem. Stefi tinha dezenove anos de idade e ele, vinte e seis. Desse período remanesceram vinte e sete cartas dele e nenhuma dela. O romance, aparentemente não consumado, durou sete meses e teve um fim súbito: “terminei o Concerto para violino em 5 de fevereiro, no mesmo dia em que você estava escrevendo a minha sentença de morte. (...) Não sei se devo destruí-lo ou mantê-lo trancado em minha escrivaninha”. Bartók enviou o manuscrito a Stefi (“minha declaração de amor, o seu concerto”) com um poema de Béla Balázs, o mesmo poeta que escreveria, três anos mais tarde, o libreto de sua ópera O castelo de Barba-Azul: “Meu coração está sangrando, minha alma doente. / Eu caminhei entre humanos, / amei com tormento, com amor ardente. / Em vão, em vão! / Não existem duas estrelas tão distantes / como duas almas”. Os dois movimentos do Concerto são baseados no tema da Stefi Geyer (“o seu tema”), um motivo de quatro notas que aparece logo no 16


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 2 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, cordas.

PARA  OUVIR

início da obra e que será também encontrado em uma série de peças do autor, escritas entre 1907 e 1911: Dois quadros, op. 5; 14 Bagatelas, op. 6; 10 Peças fáceis para piano; 2 Elegias, op. 8b; Quarteto de cordas nº 1, op. 7 e O Castelo de Barba-Azul, op. 11. O primeiro movimento do Concerto (Andante sostenuto), cheio de ternura, representa, nas palavras do compositor, a Stefi Geyer idealizada, “celestial e íntima”. Nele o violino solo trava

Béla Bartók – Violin concertos nos. 1 & 2 – Swedish Radio Symphony Orchestra – Daniel Harding, regente – Isabelle Faust, violino – Harmonia Mundi – 2013 PARA  ASSISTIR

Orquestra Sinfônica da Juventude Venezuelana Simón Bolivar – José Antonio Abreu, regente – Rony Rogoff, violino Acesse: fil.mg/bviolino1 PARA  LER

David Cooper – Béla Bartók – Yale University Press – 2015 Malcolm Gillies (ed.) – The Bartók companion – Amadeus Press – 1994

um longo diálogo apaixonado com a orquestra. O segundo movimento (Allegro giocoso) é vivo e gracioso. A explosão de contentamento que parece emanar da parte do solista busca retratar a violinista que o autor admirava, “alegre, espirituosa e divertida”. A composição de um terceiro movimento, que representaria a mulher “fria, indiferente e silenciosa” que não correspondia ao seu amor, estava nos planos de Bartók. Em dezembro de 1907 ele abandonou a ideia: “fiquei impressionado, como se por uma súbita inspiração, com o fato aparentemente indiscutível de que a sua peça deve consistir apenas em dois movimentos, duas imagens contrastantes – isso é tudo”.

GUILHERME NASCIMENTO Compositor,

Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 17


Carl Maria von

WEBER

Schleswig-Holstein, atual Alemanha, 1786 – Reino Unido, 1826

EURYANTHE: ABERTURA (1821/1823)

8 min

A expressão operística permeia parte substancial da música de Carl Maria von Weber. Além das óperas per si, aspectos cênicos e melódicos do teatrolírico forneceram ambiência à obra orquestral e instrumental de Weber, dada a força expressiva de seus temas e o gestual dramático dos contrastes de intensidade e de caráter. A familiaridade de Weber com o teatro é associada à vivência na trupe mambembe do pai, com a qual viajou durante toda a infância. Suas óperas O Franco-atirador, Euryanthe e Oberon reveleram-no como precursor da ópera romântica alemã. Por meio dessas obras, Weber fortaleceu a estética germânica no intento de sobrepujar a influência italiana, que há séculos dominava o gênero operístico. Do ponto de vista musical, Weber não foi propriamente um inovador. Fez uso de escalas, terças e arpejos como um mero construtor, sem interesse em engendrar novas fórmulas. Porém, dispôs em cada trecho de sua música uma profusão de detalhes que somente grandes artistas podem salientar. São as inúmeras possibilidades dinâmicas e expressivas que proporcionam o requinte que tanto agrada a seus intérpretes e ouvintes. Em Euryanthe, encomendada para ser apresentada em Viena, Weber faz uso pioneiro do leitmotiv – ou motivo condutor, técnica composicional que consiste em associar um motivo melódico a cada personagem. Classificada como grande ópera romântico-heroica, Euryanthe baseia-se em uma história medieval francesa na qual a dupla malévola Lysiart e Eglantine trama contra o amor e a fidelidade do casal Adolar e Euryanthe. Tal enredo, que remonta ao século XIII, já fora utilizado por Boccaccio e por Shakespeare. Porém, a malsucedida adaptação literária de Helmina von Chézy foi responsável pelo fracasso da ópera Euryanthe – assim como, aliás, o fiasco de Rosamunde, de Franz Schubert, da qual ela foi libretista. Na seção central da vigorosa abertura da ópera Euryanthe está o calmo e fúnebre Largo – composto para o fantasma da irmã de Adolar, Emma –, 18


INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas.

PARA  OUVIR

cujas harmonias inspiraram Richard Wagner a escrever a Trauermusik para acompanhar o traslado das cinzas de Weber da estação ferroviária de Dresden até o cemitério local: Weber havia morrido dezoito anos antes na Inglaterra, durante a turnê da ópera Oberon, e enfim repousaria em solo alemão. Wagner, aos nove anos, se impressionou ao assistir a uma récita de O Franco-atirador. Desde então, tornou-se um inspirado seguidor

CD Overture – Carl Maria von Weber – Orquestra Staatskapelle Dresden – Gustav Kuhn, regente - Capriccio – 1992 PARA  ASSISTIR

Orquestra Sinfônica da NBC – Arturo Toscanini, regente Acesse: fil.mg/weuryanthe PARA  LER

Roberto Minczuk (org.) – Weber – Grandes Compositores da Música Clássica, Coleção Bravo! – Editora Abril – 2009 (Acompanha CD) Michael Tusa – Euryanthe and Carl Maria von Weber’s Dramaturgy of German Opera – Studies in Musical Genesis and Structure – Oxford University Press – 1991

de Weber. Trauermusik de Wagner, que tem como subtítulo “Música fúnebre sobre temas de Carl Maria von Weber” é, na verdade, uma coletânea de temas da ópera Euryanthe arranjadas para banda de sopros. O enredo cavalheiresco de Euryanthe lhe confere certa magia, a ponto de Victor Hugo evocar, em Les Misérables, as belezas dessa ópera como a predileta da personagem Cosette. A triunfante abertura de Euryanthe apresenta o tema de Adolar (Allegro marcato) precedido de uma sucessão de arpejos. Esse tema reaparecerá contrapontisticamente após a seção central (Largo) e conduzirá a abertura a um majestoso final.

MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre

em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais. 19


Dmitri

SHOSTAKOVICH Rússia, 1906 – 1975

SINFONIA Nº 1 EM FÁ MENOR, OP. 10 (1925)

31 min

Na noite de 12 de maio de 1926, após um concerto da Orquestra Filarmônica de Leningrado (no século XX, a cidade de São Petersburgo mudaria de nome para Petrogrado, de 1914 a 1924; e Leningrado, de 1924 a 1991, antes de retornar ao seu nome original), subia ao palco, para receber os cumprimentos da plateia, um jovem e tímido compositor de apenas 19 anos. Seu nome era Dmitri Dmitriyevich Shostakovich e a obra em questão, sua Sinfonia nº 1, escrita como peça de formatura da classe de composição de Maximilian Steinberg (1883-1946). Shostakovich, que começara seus estudos musicais aos oito anos, ingressara no Conservatório de Petrogrado em 1919, com apenas treze anos de idade. Na época, o diretor do Conservatório era o compositor Alexander Glazunov (1865-1936), um ex-menino prodígio que estreara sua primeira sinfonia na mesma sala de concerto, em 1882, com apenas dezesseis anos de idade. Ambos, Glazunov e Steinberg, ex-alunos de Rimsky-Korsakov (1844-1908), acompanhariam de perto os progressos do jovem Shostakovich. Shostakovich se transformaria em um dos três maiores compositores da União Soviética, juntamente com Sergei Prokofiev (1891-1953) e Aram Khatchaturian (1903-1978). Mas a vida sob o regime de Stalin não seria fácil. Em 1936 sua ópera Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk seria condenada, em um artigo anônimo do Jornal do Partido Comunista (Pravda), como formalista, primitiva e vulgar. Em 1948, na campanha de Andrei Zhdanov para restabelecer a pureza ideológica e combater as influências ocidentais na vida social soviética, o Comitê Central do Partido Comunista condenou a obra de vários compositores soviéticos, dentre eles Shostakovich, Prokofiev e Khatchaturian. Shostakovich jamais apoiou o regime soviético. Apenas aqueles que viveram as perseguições e as condições de vida e trabalho sob um regime que tratava a todos sem piedade compreenderiam suas atitudes imediatas de se filiar ao Partido Comunista, de escrever artigos em elogio ao 20


INSTRUMENTAÇÃO

2 piccolos, 3 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, piano, cordas.

PARA  OUVIR

modo de vida soviético e de compor obras em conformidade com as diretrizes do Partido. Shostakovich só começaria a se sentir livre das pressões a partir da 10ª Sinfonia, composta logo após a morte de Stalin. Mas a sua 1ª Sinfonia pertence a uma outra época, antes da fama e das pressões stalinistas. A orquestração leve desta obra seria por muito

Shostakovich – Symphony nº 1; Symphony nº 3, “The first of May” – Royal Liverpool Philharmonic Choir and Orchestra – Vasily Petrenko, regente – Naxos – 2011 PARA  ASSISTIR

Orquestra Sinfônica da Rádio de Frankfurt – Paavo Järvi, regente | Acesse: fil.mg/ssinf1 PARA  LER

Lauro Machado Coelho – Shostakóvitch: vida, música, tempo – Editora Perspectiva – 2006 Pauline Fairclough e David Fanning (eds.) – The Cambridge companion to Shostakovich – Cambridge University Press – 2008

tempo uma marca registrada de Shostakovich. Porém, uma certa melancolia o acompanharia por toda a vida, já percebida aqui na alternância entre momentos alegres e passagens extremamente trágicas. Ainda hoje considerada uma de suas melhores obras, a Sinfonia nº 1 apresenta as principais influências que Shostakovich tivera nos anos de juventude: a música russa de Stravinsky (1882-1971), Prokofiev e Tchaikovsky (1840-1893), e o colorido da música popular ouvida nas ruas e teatros da época. A estreia causara uma sensação enorme no meio musical de Leningrado. No ano seguinte, com apenas vinte anos de idade, o compositor tinha sua 1ª Sinfonia apresentada em Berlim, sob a batuta de Bruno Walter (1876-1962).

GUILHERME NASCIMENTO Compositor,

Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor. 21



FOTO: BRUN A BRAN Dテグ


Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Marcio Cecconello Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo Monteiro Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Mateus Freire Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch

VIOLONCELOS

SAXOFONE

GERENTE

Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Eneko Aizpurua Pablo Lina Radovanovic Robson Fonseca

Robson Saquett *****

Jussan Fernandes

TROMPAS

INSPETORA

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata

Karolina Lima

CONTRABAIXOS

TROMPETES

Colin Chatfield * Nilson Bellotto *** Brian Fountain Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Wallace Mariano

Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado

Débora Vieira ARQUIVISTA

FLAUTAS

Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa TUBA

Eleilton Cruz *

OBOÉS

TÍMPANOS

Alexandre Barros * Ravi Shankar *** Israel Muniz Moisés Pena

Patricio Hernández Pradenas *

VIOLAS

João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina Iberê Carvalho *****

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

CLARINETES

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

ASSISTENTES

Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro MONTADORES

André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO

Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira

HINDEMITH Editor original:

Schott Music HARPA

Representante exclusivo:

Giselle Boeters *

Barry Editorial

FAGOTES

Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva

Ana Lúcia Kobayashi

TECLADOS

Ayumi Shigeta *

BARTÓK Representante exclusivo:

Boosey & Hawkes, INC. SHOSTAKOVICH Editor original:

Herdeiros Shostakovich Representante exclusivo:

Barry Editorial

* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** músico convidado


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

(OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Administrativo PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman PRESIDENTE

Roberto Mário Soares CONSELHEIROS

DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL

Kiko Ferreira

Equipe Técnica GERENTE DE COMUNICAÇÃO

Merrina Godinho Delgado

Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Marcus Vinícius Salum Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL

Diretoria Executiva

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

DIRETOR PRESIDENTE

Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO

Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

Jacqueline Guimarães Ferreira

Eularino Pereira ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Rildo Lopez

Equipe Administrativa

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS

Ailda Conceição Márcia Barbosa MENSAGEIROS

Bruno Rodrigues Serlon Souza MENOR APRENDIZ

Mirian Cibelle

Sala Minas Gerais

Claudia da Silva Guimarães

GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA

ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Ana Lúcia Carvalho

GERENTE DE INFRAESTRUTURA

GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

Renato Bretas

Quézia Macedo Silva

GERENTE DE OPERAÇÕES

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

Jorge Correia

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi

TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO

Carolina Debrot PRODUTORES

Luis Otávio Rezende Narren Felipe

Mauro Rodrigues

Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Gibson Renata Romeiro (Design gráfico)

ANALISTA CONTÁBIL

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Cristiane Reis

Mônica Moreira

ANALISTAS DE MARKETING E DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS PROJETOS

Zilka Caribé

ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Itamara Kelly Mariana Theodorica

DIRETOR DE OPERAÇÕES

Ivar Siewers Ilustrações: Mariana Simões

Graziela Coelho

TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO

SECRETÁRIA EXECUTIVA Rafael Franca

Flaviana Mendes ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS

ASSISTENTE OPERACIONAL

Rodrigo Brandão

Vivian Figueiredo

FORTISSIMO fevereiro

RECEPCIONISTA

nº 2 / 2016 ISSN 2357-7258

Lizonete Prates Siqueira AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Pedro Almeida

EDITORA Merrina

Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO

Berenice Menegale

25


FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br VISITE A CASA VIRTUAL DA SUA ORQUESTRA

OLÁ,  ASSINANTE

AMIGOS DA FILARMÔNICA

Bem-vindo(a) à Temporada 2016! Este ano, para ampliar sua experiência de concerto dentro e fora da Sala Minas Gerais, propomos utilizar um meio mais ágil de comunicação entre nós: a área do assinante , a página de nosso site que é dedicada a você. Ela está disponível 24 horas por dia em www.filarmonica.art.br/ assinaturas/area-do-assinante. Se preferir, você também pode continuar a entrar em contato com a gente, de segunda a sexta, de 9h a 18h, pelo telefone 3219-9009.

Nosso especial obrigado aos 114 primeiros amigos da filarmônica . Vocês tornaram possível a arrecadação inicial, já depositada, de R$ 138.548,11, muito importantes para o orçamento anual do Instituto Cultural Filarmônica.

Conheça os Amigos da Filarmônica e as formas de colaboração em www.filarmonica.art.br/apoie/ doacao-de-pessoa-fisica

Seja como for, é sempre um prazer atendê-lo.

CONCERTOS

fev e mar

18 e 19 / fev, 20h30

Villa-Lobos, Rachmaninov 25 e 26 / fev, 20h30

Hindemith, Bartók, Weber, Shostakovich 5 / mar, 18h

Mozart — Menino prodígio 10 e 11 / mar, 20h30

Barber, Tchaikovsky, Kalinnikov 17 e 18 / mar, 20h30

Busoni, Schumann, R. Strauss

ALLEGRO VIVACE

PRESTO VELOCE

FORA DE SÉRIE PRESTO VELOCE ALLEGRO VIVACE

Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos. 26

O Programa permanece aberto ao longo do ano. Todos aqueles que queiram participar são bem-vindos e imprescindíveis para a ampliação da atuação de nossa Filarmônica.

CONHEÇA  AS  APRESENTAÇÕES  DA  FILARMÔNICA • Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.


PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO

CONCERTOS COMENTADOS

Agora você pode assistir a palestras sobre os concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOS

Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTO

0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.

Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE

CONVERSA

APARELHOS  CELULARES

CRIANÇAS

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEO

COMIDAS  E  BEBIDAS

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

Não são permitidas na sala de concertos.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 27


MANTENEDOR

APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR

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