Abril de 2016 | Presto e Veloce 3

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RAVEL FORTISSIMO Nº 6 — 2016

GINAST

ERAS M 14/04 PRESTO

ETANA 15/04 VELOCE

BARTÓK



MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO DE MINAS GERAIS APRESENTAM

14/04 PRESTO 15/04 VELOCE


FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE


Caros amigos e amigas,

Cem anos atrás – exatamente em

Mamãe Gansa de Ravel, assim

11 de abril de 1916 –, nascia na

como o famoso Moldávia de Smetana.

Argentina um dos mais importantes

Concluindo o programa, e justificando

compositores latino-americanos,

a confiança que todo o cenário musical

Alberto Ginastera, que iria projetar

nacional deposita na Filarmônica,

internacionalmente o sabor e o

será apresentada a suíte de O Príncipe

talento de nosso continente. Na noite

de Madeira do húngaro Béla Bartók,

de hoje, apresentamos seu Primeiro

obra de grande desafio dentro do

Concerto para Piano, pelas mãos

repertório sinfônico universal.

de seu conterrâneo, o destacado pianista Luis Ascot, que estreia

Certamente uma noite de

com a Filarmônica nesta ocasião.

grandes emoções e contrastes.

Retornando para dirigir nossa

Tenham todos um grande concerto.

Orquestra pela segunda vez estará o chileno Rodolfo Fischer, que nos

FABIO MECHETTI

apresentará a charmosa suíte da

Diretor Artístico e Regente Titular

3


FOTO: RAFAE L MOT TA

D

esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

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FABIO MECHETTI diretor artístico e regente titular

de verão nos Estados Unidos, entre

No Brasil, foi convidado a dirigir a

eles os de Grant Park em Chicago

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

e Chautauqua em Nova York.

São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

Realizou diversos concertos no México,

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

Trabalhou com artistas como Alicia

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

de Larrocha, Thomas Hampson,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

em Madrid, a Filarmônica de Auckland,

Kathleen Battle, entre outros.

Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos

Vencedor do Concurso Internacional de

dirigindo a Ópera de Washington.

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

No seu repertório destacam-se

Mechetti dirige regularmente na

produções de Tosca, Turandot, Carmem,

Escandinávia, particularmente a

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

Madame Butterfly, O barbeiro de

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

Sevilha, La Traviata e Otello.

fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere e na Itália,

Fabio Mechetti recebeu títulos

dirigindo a Orquestra Sinfônica de

de mestrado em Regência e em

Roma. Em 2016 fará sua estreia com a

Composição pela prestigiosa

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Juilliard School de Nova York. 5


R G S B 6


RODOLFO FISCHER, regente convidado LUIS ASCOT, piano

PROGRAMA

Maurice  R AVEL Mamãe Gansa: Suíte Pavane de la Belle au Bois dormant | Pavana da Bela Adormecida na Floresta Petit Poucet | Pequeno Polegar Laideronnette, Impératrice des Pagodes | Feinha, Imperatriz dos Pagodes Les entretiens de la Belle et de la Bete | As conversas da Bela e da Fera Le Jardin feérique | O Jardim das Fadas

Alberto  G INASTERA Concerto para piano nº 1, op. 28 Cadenza e varianti Scherzo allucinante Adagissimo Toccata concertata INTERVALO

Bedrich  S METANA O Moldávia

Béla  B ARTÓK O Príncipe de Madeira, op. 13: Suíte Vorspiel | Prelúdio Die Prinzessin | A dança da princesa Der Wald | A dança da floresta Arbeitslied des Prinzen | Canto de trabalho do príncipe Der Bach | O regato Tanz des holzgeschnitzten Prinzen | Dança da princesa e do príncipe de madeira Nachspiel | Epílogo 7


RODOLFO FISCHER

FOTO: JOテグ C AL DAS


Reconhecido como um dos principais

retém constantemente a atenção.

regentes chilenos, Rodolfo Fischer vive na

Perfeito o manejo dos complicadíssimos

Suíça e leciona Regência Orquestral na

concertati e do sempre assombroso

Academia de Música de Basel. O maestro

septeto que encerra o primeiro ato”.

tem regido importantes orquestras, como as de Copenhagen, Odense e

A ópera Ainadamar, do argentino

Sonderborg, na Dinamarca; Principado

Osvaldo Golijov, foi regida por Fischer

de Astúrias, Espanha; sinfônicas de

frente à Sinfônica Nacional da Colômbia

Basel e de Lucerna, na Suíça; Sinfonica

em 2012, no Teatro Mayor, e, em 2010,

di Bari, Itália; Orquestra Danubia,

no concerto de gala do bicentenário

Hungria; e Auckland Philarmonia, na

do Teatro Argentino de La Plata. Em

Nova Zelândia. Na América do Sul

2006, Rodolfo Fischer debutou no

regeu a Osesp, a Sinfônica Nacional

Teatro Colón de Buenos Aires com

da Colômbia, as orquestras do Theatro

Così fan tutte. Nesse ano, fez sua estreia

Municipal de São Paulo e do Teatro

também com a Ópera Nacional da

Municipal de Santiago, a Filarmônica

Dinamarca, assinando a direção musical

de Buenos Aires, Filarmônica de Minas

de As bodas de Fígaro e ganhando

Gerais, Petrobras Sinfônica, Orquestra

destaque como regente mozartiano.

Sinfônica Brasileira e Orquestra Estable de La Plata, entre outras.

Em 2002, Fischer recebeu o Prêmio Altazor pela direção musical de Madame

Rodolfo Fischer foi regente residente

Butterfly no Teatro Municipal de Santiago.

do Teatro Municipal de Santiago de 1998 a 2002, onde regeu concertos,

Recentemente, regeu A Voz Humana

turnês e as temporadas de verão. Seu

de Poulenc com a Orquestra Sinfônica

trabalho em ópera tem recebido grande

Brasileira; Jenufa de Janacek com a

reconhecimento, em especial pelos mais

Cia Buenos Aires Lírica; Carmina Burana

de vinte títulos que dirigiu em Santiago.

de Orff e um concerto com obras de

Em 2012 regeu duas óperas de Mozart –

compositores colombianos com a

uma nova produção de Don Giovanni

Sinfônica Nacional da Colômbia.

no Teatro Municipal de Santiago e Idomeneo no Theatro Municipal de

Rodolfo Fischer é formado em regência

São Paulo, palco onde havia debutado

orquestral pelo Curtis Institute of

com êxito em 2008 regendo Falstaff

Music da Filadélfia, como aluno

de Verdi. Sobre Don Giovanni, disse o

do professor Otto Werner Muller.

jornal El Mercurio: “Rodolfo Fischer (...)

Formou-se também com distinção pela

dirige com imperiosa segurança –

Faculdade de Artes da Universidade

sem ler a partitura –, com inteligente

do Chile e estudou piano em Nova

riqueza de matizes e intensidade que

York com o pianista Richard Goode. 9


LUIS ASCOT

FOTO: ADRI ÁN MARI OT T I


Luis Ascot, professor honorário do

Buenos Aires. Em 1995 realizou extensa

Conservatório de Música de Genebra,

turnê pela Índia e em 2007 pela China.

Suíça, começa seus estudos de piano aos cinco anos com Poldi Mildner em

Intérprete privilegiado e amigo pessoal

Buenos Aires, sua cidade natal. Em

do compositor argentino Alberto

seguida, estuda com Guiomar Novaes,

Ginastera, Luis Ascot vem difundindo a

Magdalena Tagliaferro e Jacques Klein

sua música e tem obtido reconhecimento

no Rio de Janeiro, Brasil, país onde

da crítica pela interpretação da obra

residiu durante oito anos. Em 1971,

para piano solo e do Primeiro Concerto

transfere-se para Genebra com bolsa de

para Piano e Orquestra de Ginastera.

estudos do governo suíço para trabalhar com Harry Datyner. Em 1973, obtém

Em 2003, quando se completaram vinte

o Primeiro Prêmio de Virtuosidade

anos do seu falecimento, Ascot realizou

e o Prêmio Paderewski, dados pelo

concertos em países da Europa e da

Conservatório de Música da cidade.

América. Em 2008, foi escolhido pela Orquestra Filarmônica de Buenos Aires

Seus mestres, Moriz Rosenthal,

como solista do Primeiro Concerto

Theodor Szántó, Isidor Philipp e

para Piano de Alberto Ginastera nas

Edwin Fischer, descendentes diretos

comemorações do centenário do Teatro

de pianistas da escola de Franz Liszt

Colón. Nesse mesmo ano, interpretou o

e de Ferruccio Busoni, deram a Luis

Concerto no Festival de Miami, Estados

Ascot rigor na leitura musical e a

Unidos, em homenagem aos 25 anos

necessária liberdade para encontrar

da morte do compositor argentino.

sua própria personalidade. O ano de 2016 marcará novamente sua Luis Ascot foi premiado em concursos

participação nas diferentes homenagens

na Argentina, no Brasil e em

a Ginastera, por ocasião do centenário

competições internacionais. Sua

do seu nascimento. Já está programada

carreira levou-o a cenários como o

sua apresentação com a Orquestra

Conservatório Real de Música de

Filarmônica de Buenos Aires, no Teatro

Bruxelas, Victoria Hall de Genebra,

Colón, bem como com a Filarmônica de

Concertgebouw de Amsterdã, Tonhalle

Minas Gerais, Brasil, de Bogotá, Colômbia

de Zurique, Wigmore Hall de Londres,

e México, entre outras. Também estão

Carnegie Hall e Hunter College

marcados recitais dedicados ao compositor

de Nova York, Kennedy Center de

na América do Sul, Estados Unidos e

Washington, DC, a Sala da Assembleia

Europa, especialmente na cidade de

das Nações Unidas em Genebra e a da

Genebra, onde Ginastera viveu seus

Unesco em Paris, o Palácio de Belas

últimos anos e descansa no Cemitério

Artes do México e o Teatro Colón de

dos Reis, junto a Jorge Luis Borges. 11


Maurice

RAVEL França, 1875 – 1937

MAMÃE GANSA: SUÍTE (1911)

16 min

As obras orquestrais constituem um dos aspectos mais fascinantes da criação de Ravel. Filho de um engenheiro apaixonado pela Mecânica, o compositor herdou do pai o amor pelo detalhe, pela miniatura, pela precisão artesanal do trabalho bem feito (de “um relojoeiro suíço”, como diria Stravinsky). A orquestra, para esse gênio das sonoridades, tornou-se o meio mais adequado de expressão. Justamente famosas são também as transcrições que Ravel realizou de partituras originalmente destinadas ao piano, sobre obras próprias ou de outros compositores. Nesse processo, Ravel reconsidera o material inicial pensando-o em termos orquestrais, submetendo-o a uma segunda gênese, tão original como se fora uma nova obra. Os cinco contos de fadas de Ma mère l’oye foram escritos para piano a quatro mãos em 1908 e orquestrados três anos depois. O título Mamãe Gansa refere-se ao livro homônimo de contos de fadas do famoso Charles Perrault, ao qual pertencem as duas primeiras peças da suíte. Graves contrabaixos preparam o início da Pavana da Bela Adormecida na Floresta. O ritmo lento dessa antiga dança, embalado por um longínquo carrilhão, serve de acalanto para a princesa. Seus doces sonhos evoluem sobre uma melodia transparente, iluminada pela flauta e depois pelo clarinete. O misterioso clima medieval acentua-se com o emprego do antigo modo eólico. No conto seguinte, o Pequeno Polegar vagueia no centro da floresta ameaçadora. Ele acreditava achar facilmente o caminho de casa, pois o marcara com pedacinhos de pão. Mas os pássaros comeram as migalhas. Acompanhando as hesitações do personagem, os violinos tocam uma sequência de colcheias em terças, através de constantes mudanças de compasso (2/4, 3/4, 4/4, 5/4). A melodia confiada ao oboé e, depois, ao corne inglês, parece andar a esmo. Os passarinhos fazem ouvir 12


seus cantos, nos violinos e na flauta. A caminhada continua, até que a luz da casa se revela no último acorde, dissipando a angústia e a escuridão.

INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, contrafagote, 2 trompas, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.

Na peça de Mme. d’Aulnoy, Feinha, Imperatriz dos Pagodes, a princesinha oriental apresenta sua orquestra de porcelana tocando instrumentos de nozes e conchas. Mas que riqueza de sonoridades! A marchinha usa o modo pentatônico, e a melodia emprega apenas notas que correspondem às teclas pretas do piano. Em As conversas da Bela e da Fera, retiradas do conto da Condessa de Beaument, a orquestração de Ravel caracteriza a Bela com o encantador

PARA  OUVIR

CD Ravel – Boléro; Ma mere l’oye; Daphnis et Chloé; Valses nobles et sentimentales – Czecho-Slovak Radio Symphony Orchestra – Kenneth Jean, regente – Naxos, Alemanha – 1989 PARA  ASSISTIR

Orquestra Filarmônica da Rádio da Holanda – Edward Gardner, regente Acesse: fil.mg/rgansa PARA  LER

Vladimir Jankélévitch – Ravel – Coleção Solfèges – Éditions du Seuil – 1972

tema do clarinete, em ritmo de valsa: — Quando eu penso em seu coração, você não me parece feio. A Fera responde com a voz soturna do contrafagote: — Sou um monstro; mas morrerei feliz, já que tive a alegria de te conhecer. — Você não morrerá! Após um crescendo que se estanca bruscamente, o glissando da harpa anuncia a quebra do sortilégio – sob os traços do monstro, estava escondido um Príncipe Encantado. PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS

No movimento final da suíte, a Bela Adormecida desperta com o beijo de seu príncipe. O casal é conduzido ao esplendor de O Jardim das Fadas, que eles percorrem apaixonados, até a fascinante apoteose final.

Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência. 13


Alberto

G

GINASTERA Argentina, 1916 – Suíça, 1983

CONCERTO PARA PIANO Nº 1, OP. 28 (1961)

26 min

Quem espera ouvir no Concerto para piano nº 1 do compositor

argentino Alberto Ginastera uma obra típica do gênero piano e orquestra surpreende-se. Ainda que a primeira aparição do solista, em vigorosa

cascata de oitavas, remeta às marcantes introduções dos concertos de

Schumann, Grieg e Rachmaninov, quaisquer analogias com outras obras do gênero se encerram por aí. Na obra de Ginastera, a soma das notas

dos três acordes orquestrais que prenunciam o piano dão os doze tons da série dodecafônica: base estrutural das dez microvariações que formarão o primeiro movimento. Tal complexidade, no entanto, não intervém

negativamente na força comunicativa da obra. Para delimitar onde se encerra o tema e iniciam-se as variações, basta perceber o primeiro solo do piano, lento e dolcissimo: a primeira variação. Na coda, os

elementos temáticos iniciais ressurgem mais agressivamente, concluindo o movimento. Os três movimentos seguintes são uma ampliação da Sonata para piano nº 1 de Ginastera, escrita quase dez anos antes, uma das obras mestras do repertório moderno latino-americano.

O segundo movimento, sugestivamente batizado Scherzo allucinante, é delicado e fantasmagórico. O universo irreal prossegue no terceiro movimento, Adagissimo, iniciado por solo de viola.

A melodia do piano, flexível, pontilhada em grandes intervalos, dá lugar a uma inusitada citação: um pasticho do movimento lento do Quarto Concerto para Piano de Beethoven.

O quarto movimento, uma tocata em forma rondó, remete às obras

para piano iniciais de Ginastera, nas quais misturava ritmos gaúchos argentinos e melodias folclóricas, com clara influência de Bartók e Stravinsky. O movimento é baseado no malambo, dança típica dos

pampas argentinos em que um homem sapateia sob o rasguear do violão. Prova da conexão da música de Ginastera com sua contemporaneidade 14


G INSTRUMENTAÇÃO

foi a versão dessa tocata pela banda

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, requinta, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, celesta, harpa, cordas.

de rock progressivo britânica Emerson, Lake & Palmer, realizada em 1973

com aprovação do próprio compositor: “nunca ninguém tinha sido capaz de capturar a minha música dessa

forma. Assim é como eu imaginei”.

Ginastera acreditava que o artista cria o belo quando é transfigurado através do impulso da criação e compartilha em seu trabalho elementos pessoais e elementos da humanidade. Só assim a arte torna-se translúcida e clara: “torna-se universal”.

PARA  OUVIR

CD Nissman plays Ginastera – The Three Piano Concertos – Michigan University Symphony Orchestra – Kenneth Kiesler, regente – Barbara Nissman, piano – Pierian Recording Society – 2013

Orquestra Sinfônica de Chicago – Leonard Slatkin, regente – Barbara Nissman, piano Acesse: fil.mg/gpiano1 PARA  LER

Deborah Schwartz-Kates – Alberto Ginastera: A Research and Information Guide – Routledge – 2010

O Concerto para piano nº 1 não é a

primeira obra para piano e orquestra

do compositor: aos dezenove anos ele compôs o Concierto Argentino para

Piano e Orquestra, que ainda permanece desconhecido. Comissionado pela

Fundação Koussevitzky, o Concerto para piano nº 1 foi estreado a 22 de abril de 1961, durante o 2º Festival

Interamericano de Música de Washington. A execução ficou a cargo do pianista brasileiro João Carlos Martins e da Orquestra Sinfônica Nacional de

Washington, sob a regência de Howard

Mitchell. Na semana seguinte, o Festival acolheu a estreia da Cantata para

América Mágica de Ginastera, outro

estrondoso sucesso que impulsionou a fama do brilhante compositor

argentino na cena internacional.

MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre

em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.

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Bedrich

SMETANA Boêmia, atual República Tcheca, 1824 – 1884

O MOLDÁVIA (1874)

15 min

Costuma-se considerar as ditas Escolas Nacionais, que surgem a partir da segunda metade do século XIX, como espécies de derivações do Romantismo. Seria mais genuíno, porém, observá-las como suas herdeiras. O fato é que, se Liszt e Wagner levaram o Romantismo a um ponto tão extremo que só a descoberta de novos caminhos seria a alternativa possível, isso abre a porta para um movimento de renovação nacional que se estende à maior parte dos países europeus (e, um pouco mais tarde, para além deles). Nesse ponto, a História da música se alinha à História política, e a tomada de consciência de identidades nacionais e de sentimentos patrióticos faz da música europeia menos cosmopolita e mais multinacional. A hegemonia impositiva das músicas alemã e italiana gera uma reação que buscará na singularidade sua válvula de escape. As Escolas Nacionais encontram essa singularidade na emancipação de modalismos regionais e na assimilação de características específicas das suas respectivas tradições musicais: ritmos, escalas, melodias tradicionais e certos gêneros ou estilos instrumentais. Fundamentadas em um folclore vivo, essas escolas seguem caminhos próprios e independentes e, devidamente consolidadas, não sucumbirão à pressão que virá, mais tarde, do Expressionismo alemão, de um lado, ou da música revolucionária de Debussy e Ravel, de outro. É nesse contexto que surge a figura de Bedrich Smetana. Smetana deixou um legado tão significativo que fez da escola tcheca continuamente fecunda, ao contrário de outras correntes nacionais (como a húngara), que sofreram um eclipse, até se renovarem pelos ares do século XX. Suas oito óperas foram definitivas para consolidar a linguagem que seus compatriotas iriam lapidar e desenvolver. De sua música sinfônica, sua obra-prima é sem dúvida o ciclo de seis poemas sinfônicos intitulado MaVlast (Minha Pátria), dentre os quais destaca-se o segundo: Vltava, mais conhecido pelo seu nome em alemão: Die Moldau (O Moldávia). 16


INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.

MaVlast foi composto entre 1874 e 1879, quando a saúde mental do compositor se encontrava em declínio. Embora seja um ciclo de seis obras, cada uma delas foi concebida como uma peça autônoma. O Moldávia foi composto em 1874 e estreado no ano seguinte, sob a batuta de Adolf Cech. É sabido que o poema sinfônico,

PARA  OUVIR

CD Smetana – MaVlast – Orquestra Sinfônica de Boston – Rafael Kubelik, regente – Deutsche Grammophon – 1990 PARA  ASSISTIR

Orquestra de Câmara da Europa – Nikolaus Harnoncourt, regente Acesse: fil.mg/smoldavia PARA  LER

R. P. Suermondt – Smetana and Dvorák – Sidgwick & Jackson – s/d

como em Liszt e, mais tarde, Richard Strauss, baseia-se em um argumento literário. O Moldávia foge à regra. O próprio rio é o mote do compositor, que o pinta desde suas nascentes, passando por suas corredeiras até o seu desaguar no rio Elba. O tema principal da obra, baseado em uma antiga canção folclórica tcheca (reelaborada pelo compositor), tem uma grande similaridade com a melodia do hino nacional de Israel. Há quem diga que um tenha servido de base para o outro. O fato, porém, é que os modalismos das tradições musicais de ambos os povos possuem elementos comuns. O Moldávia é, sem dúvida, uma das obras mais conhecidas e executadas de Smetana. Com razão! Ele é uma bela amostra das origens dessa Escola Nacional que ainda hoje mantém frescor e fecundidade.

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e

cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística. 17


Béla

BARTÓK Hungria, 1881 – Estados Unidos, 1945

O PRÍNCIPE DE MADEIRA, OP. 13: SUÍTE (1914/1917, revisada em 1932) 25 min Bartók compôs o balé O Príncipe de Madeira logo depois da ópera O Castelo do Barba Azul, entre 1914 e 1916, período em que, na Hungria, a população ressentia-se do confinamento imposto pela Primeira Guerra. Nas duas obras ele contou com a parceria do poeta Béla Balazs, que as concebeu como soturnas fábulas simbolistas. No caso da ópera, os autores tiveram o suporte da lenda bastante conhecida do Barba Azul; porém, o libreto e a música do balé foram considerados muito sombrios para uma simples fantasia coreográfica. Mais tarde, Bartók extraiu do bailado uma suíte de orquestra. A instrumentação exuberante privilegia os instrumentos de percussão (sobretudo o papel solista do xilofone) e traz a curiosidade tímbrica de uma celesta a quatro mãos. O Prelúdio constrói um crescendo a partir do quase inaudível pianissimo nos contrabaixos e tímpanos e, como um amanhecer, descortina o cenário – dois castelos, separados por densa floresta e um regato. No primeiro castelo, aos cuidados de uma Fada, vive a Princesa. Do outro, o Príncipe observa-a a dançar no bosque. A dança da princesa apresenta um tema irônico do clarinete, ao qual se contrapõem as flautas, sobre os dedilhados das cordas. O Príncipe apaixonado tenta aproximar-se. Mas, por ordem da Fada, as árvores se opõem à sua passagem. Sustentada pelos tímpanos, A dança da floresta, de caráter impressionista, cria grande agitação e conduz a um violento tutti. As árvores só se acalmam com as notas encantadas da harpa. Para chamar a atenção da Princesa, o Príncipe cria um sósia de madeira ornamentando seu cajado com a coroa, o manto e seus próprios cabelos. Canto de trabalho do príncipe. A Fada dá vida a esse manequim, cujo tema é caracterizado nos pizzicatos das cordas col legno e pelo importante desempenho do xilofone. O boneco entalhado logo conquista o coração da curiosa Princesa. 18


INSTRUMENTAÇÃO

O regato mantém o Príncipe afastado, ameaçando-o com a dança das águas. Anunciadas nas madeiras e nas cascatas da harpa e da celesta, as ondas em tumulto formam violento

2 piccolos, 4 flautas, 4 oboés, 2 cornes ingleses, requinta, 4 clarinetes, clarone, 4 fagotes, 2 contrafagotes, 4 trompas, 6 trompetes, 3 trombones, tuba, 2 saxofones, tímpanos, percussão, 2 harpas, celesta, cordas.

agitato da orquestra. Despojado e desprezado, o rapaz se desespera. PARA  OUVIR

Diante de tamanha tristeza, finalmente, a Fada se comove. Ela, então, ordena que toda a Natureza devolva ao Príncipe a antiga beleza, coroando-o de flores como Rei do Bosque. Por outro lado, o mecanismo do manequim se altera e seus movimentos

CD Bartók – The Wooden Prince; Cantata Profana – Chicago Symphony Orchestra & Chorus – Pierre Boulez, regente – Deutsche Grammophon, CD 435863 – 1992 Orquestra Sinfônica de Londres – Antal Doráti, regente | Acesse: fil.mg/bmadeira PARA  LER

Pierre Citron – Bartók – Coleção Solfèges – Éditions du Seuil – 1963

tornam-se grotescos. A Dança da princesa e do príncipe de madeira possui novidades tímbricas, rusticidade e bastante complexidade rítmica. Ao final, a Princesa o rejeita. Cheia de admiração, ela percebe o esplendor do verdadeiro Príncipe. Mas, para encontrá-lo, deverá suplantar os mesmos obstáculos que ele antes havia enfrentado – a floresta, as águas turbulentas, até o sacrifício da própria beleza. Só assim ela se tornará digna de seu amor. Cheio de compaixão, o Príncipe enfim abraça a Princesa. No Epílogo, a Natureza retoma seu

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS

aspecto aprazível em notas sustentadas

Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

por madeiras e cordas. Sobre os arpejos da harpa, a orquestra se cala em clima de paz e felicidade, de volta à tonalidade original.

19


FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE


Construir um mundo melhor a partir da educação e da cultura: esse é o intuito da Supermix ao apoiar as palestras dos Concertos Comentados da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. E olha que de construção a gente entende bastante.


Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes – Spalla Associado Ara Harutyunyan – Spalla Assistente Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Joanna Bello Matheus Braga Roberta Arruda Rodrigo Bustamante Rodrigo M. Braga Rodrigo de Oliveira

VIOLONCELOS

TROMPAS

GERENTE

Philip Hansen * Felix Drake *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Eneko Aizpurua Pablo Lina Radovanovic Robson Fonseca

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata

Jussan Fernandes

TROMPETES

Débora Vieira

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto **** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Gideôni Loamir Jovana Trifunovic Luka Milanovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Rodolfo Toffolo Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch Thiago Mello ***** João Paulo Machado *****

FLAUTAS

Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova

João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Díaz Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa Eleilton Cruz * TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss Francisco Silva SAXOFONES

Douglas Braga ***** Robson Saquett *****

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi ASSISTENTES

Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

PERCUSSÃO

Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira Felipe Kneipp ***** HARPA

FAGOTES

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

MONTADORES TUBA

Alexandre Barros * Ravi Shankar *** Israel Muniz Moisés Pena Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Franco Alexandre Silva

Karolina Lima

TROMBONES

OBOÉS

CLARINETES VIOLAS

Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado  Adenilson Telles ***** Jorge Scheffer *****

INSPETORA

Giselle Boeters * TECLADOS

Ayumi Shigeta *

RAVEL Editor: Edition Durant-

Salabert-Eschig Representante: Melos Ediciones Musicales S. A., Buenos Aires GINASTERA Representante: Boosey

& Hawkes, Inc. BARTÓK Representante: Universal

Edition AG

* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** músico convidado


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

João Batista Miguel

Instituto Cultural Filarmônica

(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

Conselho Administrativo PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman PRESIDENTE

Roberto Mário Soares CONSELHEIROS

Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena

Diretoria Executiva DIRETOR PRESIDENTE

Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVOFINANCEIRO

Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

Jacqueline Guimarães Ferreira

DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL

Kiko Ferreira

Equipe Técnica GERENTE DE COMUNICAÇÃO

Merrina Godinho Delgado GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL

ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Eularino Pereira ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Equipe Administrativa GERENTE ADMINISTRATIVOFINANCEIRA

ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Ana Lúcia Carvalho

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi

Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Gibson Renata Romeiro (Design gráfico)

ANALISTA CONTÁBIL

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

Cristiane Reis

Mônica Moreira

Bruno Rodrigues MENOR APRENDIZ

Mirian Cibelle

Sala Minas Gerais GERENTE DE INFRAESTRUTURA

GERENTE DE OPERAÇÕES

Jorge Correia

PRODUTORES

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

MENSAGEIRO

Renato Bretas GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva Luis Otávio Rezende Narren Felipe

Ailda Conceição Márcia Barbosa

Rildo Lopez

Claudia da Silva Guimarães

Carolina Debrot

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS

Graziela Coelho

TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO

Mauro Rodrigues TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO

Rafael Franca SECRETÁRIA EXECUTIVA

Flaviana Mendes

ASSISTENTE OPERACIONAL

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Rodrigo Brandão

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS

Vivian Figueiredo

FORTISSIMO abril

ANALISTAS DE DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé

RECEPCIONISTA

DIRETOR DE OPERAÇÕES

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Godinho Delgado

Pedro Almeida

Berenice Menegale

Itamara Kelly Mariana Theodorica

Ivar Siewers

Ilustrações: Mariana Simões

Lizonete Prates Siqueira

nº 6 / 2016 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina EDIÇÃO DE TEXTO

23


FILARMÔNICA ONLINE www.filarmonica.art.br

VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA

CONCERTOS PARA A JUVENTUDE E FORA DE SÉRIE VENDA DE INGRESSOS Buscando ampliar a efetiva ocupação da Sala Minas Gerais, os ingressos para as séries Concertos para a Juventude e Fora de Série começarão a ser vendidos um mês antes do dia de cada apresentação. Anote as datas abaixo e programe-se para, um mês antes, comprar o seu ingresso. Concertos para a Juventude domingo, 11h 24 ABR Danças 29 MAI Poemas sinfônicos 03 JUL Forma sonata 07 AGO Forma ABA 16 OUT Formas livres 20 NOV Tema e variações Fora de Série — Mozart sábado, 18h 14 MAI Tudo em família 18 JUN Sinfonias 23 JUL Rivais e contemporâneos 20 AGO Ópera aguarde informações 1º OUT Música incidental 29 OUT Na corte 10 DEZ Último capítulo aguarde informações Os ingressos estarão disponíveis na bilheteria da Sala Minas Gerais e em filarmonica.art.br/ingressos/.

CONCERTOS 2 / abr, 18h

Mozart — Concertos 7 e 8 / abr, 20h30

Gomes, Haydn, Chopin, Tchaikovsky 14 e 15 / abr, 20h30

Ravel, Ginastera, Smetana, Bartók 24 / abr, 11h

abr FORA DE SÉRIE

ALLEGRO VIVACE

PRESTO VELOCE

JUVENTUDE

Danças — Dvorák, Mozart, Brahms, Copland, Chopin, Borodin, Guarnieri, J. Strauss Jr., Marquez 28 e 29 / abr, 20h30

Satie, Dutilleux, Bizet, Debussy

ALLEGRO VIVACE

Veja detalhes em filarmonica.art.br/ concertos/agenda-de-concertos.

CONHEÇA  AS  APRESENTAÇÕES  DA  FILARMÔNICA • Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série • Concertos para a Juventude • Clássicos na Praça • Concertos Didáticos • Festival Tinta Fresca • Laboratório de Regência • Turnês estaduais • Turnês nacionais e internacionais • Concertos de Câmara Visite filarmonica.art.br/ filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.


PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO

CONCERTOS COMENTADOS

Agora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOS

Após o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTO

0 PROGRAMA DE CONCERTOS O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo. O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso site www.filarmonica.art.br.

Para seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE

CONVERSA

APARELHOS  CELULARES

CRIANÇAS

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEO

COMIDAS  E  BEBIDAS

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

Não são permitidas durante os concertos.

APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. 25


MANTENEDOR

APOIO INSTITUCIONAL

DIVULGAÇÃO

REALIZAÇÃO

SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030 WWW.FILARMONICA.ART.BR

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