05 06 DEZ
Allegro
Vivace
FORTISSIMO Nยบ 23 / 2019
MinistĂŠrio da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M
Allegro
05/12
Vivace
06/12
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E VA D I M G L U Z M A N , V I O L I N O
PROGRAMA
EMMANUEL CHABRIER Suíte Pastoral
Idílio
Dança do vilarejo
Na floresta
Scherzo – Valsa
DMITRI SHOSTAKOVICH Concerto para violino nº 2 em dó sustenido menor, op. 129
Moderato
Adagio
Adagio – Allegro
I N T E R VA L O
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY Sinfonia nº 2 em dó menor, op. 17, “A Pequena Russa”
Andante sostenuto – Allegro vivo
Andantino marziale, quasi moderato
Scherzo: Allegro molto vivace
Finale: Moderato assai – Alegro vivo
CAROS AMIGOS E AMIGAS, Um dos maiores violinistas da atu-
A Filarmônica presta ainda uma home-
alidade, Vadim Gluzman junta-se à
nagem aos 125 anos da morte de
Filarmônica para a primeira execu-
Emanuel Chabrier ao executar sua
ção mineira do Concerto nº 2 de
singela, leve e descontraída Suíte
Shostakovich. Essa obra profunda-
Pastoral.
mente emotiva reflete a angústia e velada esperança de um compositor
Aproveitamos a oportunidade para
que viveu sob o jugo soviético e que
agradecer a todos vocês que nos
usou de seu talento para manifestar
honraram com a sua presença e
uma crítica audaz e dar a sua con-
seu aplauso durante a Temporada
tribuição à força da Música como
2019. Esperamos vê-los em breve,
agente transformador da sociedade.
ao reiniciarmos as atividades com mais celebrações e emoções em
Outro russo, através de sua contagi-
nossa nova temporada.
ante Segunda Sinfonia, enaltece as raízes de seu país, evocando a alegria
Obrigado.
e a riqueza do folclore nacional da
FOTO: RAFAEL MOTTA
região que hoje caracteriza a Ucrânia.
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúme-
Fabio Mechetti posicionou a orques-
ras orquestras norte-americanas e
tra mineira no cenário mundial da
é convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago e
a quinze capitais brasileiras, a uma
Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Ao ser convidado,
dirigindo a Ópera de Washington. No
em 2014, para o cargo de Regente
seu repertório destacam-se produções
Principal da Filarmônica da Malásia,
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
Fabio Mechetti tornou-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das
Suécia e Venezuela. No Brasil,
sinfônicas de Syracuse e de Spokane,
regeu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti,
Nacional de Washington, com ela
é Mestre em Regência e em Composição
dirigiu concertos no Kennedy Center
pela Juilliard School de Nova York e
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
vencedor do Concurso Internacional de
Diego, foi Regente Residente. Fez
Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: BRUNA BRANDÃO
VADIM GLUZMAN
Destaques da atual temporada incluem apresentações com a Orquestra de Paris, Orquestra de Câmara Orpheus, Filarmônica de São Petersburgo, Sinfônica de
Reconhecido mundialmente como
Detroit e a Orquestra de Câmara
um dos maiores artistas de hoje,
ProMusica de Ohio, onde ele é
Vadim Gluzman traz à vida a glori-
Parceiro Criativo e Artista Convidado
osa tradição violinística dos sécu-
Principal. Gluzman realiza a estreia
los XIX e XX. Seu vasto repertório
mundial do Concerto de Erkki-Sven
abrange a música nova; suas per-
Tüür com a Sinfônica da Rádio de
formances são ouvidas em todo o
Frankfurt e da obra Mir mit Dir, de
mundo através de transmissões ao
Moritz Eggert. Estreia no Reino Unido
vivo e de um impressionante catálo-
o Concerto Triplo de Sofia Gubaidulina
go de gravações premiadas, lança-
com a Filarmônica da BBC.
das excusivamente pelo selo BIS. Gluzman é Artista Distinto em ResiO violinista israelense se apresentou
dência no Conservatório de Peabody.
com a Filarmônica de Berlim, Sinfô-
Ele se apresenta com o violino
nica de Boston, Orquestra de Paris,
Stradivarius de 1690 que pertenceu
Gewandhaus de Leipzig, Filarmônica
ao célebre Leopold Auer. O instru-
de Israel, Sinfônica de Londres,
mento lhe foi generosamente con-
Orquestra Real do Concertgebouw e
cedido em empréstimo prolongado
muitas outras. Vadim apresenta-se
pela Sociedade Stradivari de Chicago.
regularmente com a Filarmônica de Minas Gerais desde 2011. Ele colabora com maestros proeminentes, incluindo Riccardo Chailly, Christoph von Dohnányi, Tugan Sokhiev, Sir Andrew Davis, Neeme Järvi, Michael Tilson Thomas, Semyon Bychkov, Fabio Mechetti e Hannu Lintu. As participações de Vadim em festivais incluem Tanglewood, Verbier, Ravinia, Lockenhaus e o Festival de Música de Câmara North Shore, em pianista Angela Yoffe, sua esposa e parceira em recitais.
FOTO: MARCO BORGGREVE
Illinois, fundado por Gluzman e a
Emmanuel
CHABRIER A M B E RT, F R A N Ç A , 1 84 1
PA R I S , F R A N Ç A , 1 8 9 4
Filho único de um advogado de Ambert, Emmanuel Chabrier seguiu a orientação paterna. Aos vinte anos encontrava-se em Paris, trabalhando no Ministério do Interior, cargo que ocuparia por duas décadas. Estudava seriamente piano, harmonia e contraponto, com grandes mestres; compunha muito; mas a falta de estudos “oficiais” rendeu-lhe a fama de talentoso compositor diletante. Sua vida e sua carreira I N S T R U M E N TA Ç Ã O
estão repletas de contradições. Possuía temperamento
Piccolo, 2 flautas, oboé, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
afável, terno, mas também um mordaz senso de humor.
EDITORA
Indagado sobre sua famosa rapsódia para orquestra, España, Chabrier limitou-se a comentar: “é uma peça em Fá, nada mais”. Admirava profundamente Wagner e, simultaneamente, lutava ao lado dos fundadores da Sociedade Nacional de Música, defensora da tradição musical francesa.
Kalmus Chabrier contava com a amizade de pintores e poetas. PA R A O U V I R
Adulado pelos impressionistas, cujos quadros enfeitavam
CD Emmanuel Chabrier – Orchestral Works – Orchestre Philharmonique de MonteCarlo – Hervé Niquet, regente – Jean-Marc Jordan, corne inglês – Naxos – 1999
sua casa, dedicou à esposa de Manet um Improviso para piano. “Vivo como um pardal, melodioso como um rouxinol”, assim o definia Verlaine, que lhe forneceu dois libretos de ópera .Quanto aos músicos, apesar do reconhecimento de Fauré, César Franck, Debussy e, sobretudo, Ravel, Chabrier foi um grande esquecido da música francesa.
PA R A L E R
François-René Tranchefort – Guia da Música Sinfônica – Nova Fronteira – 1990
Uma vitória memorável para Chabrier, como compositor e
Émile Vuillermoz – Histoire de la Musique – Librairie Arthème Fayard – 1973
Nationale de Musique, César Franck declarou: “acabamos
pianista, foi a estreia das dez Pièces pittoresques, no dia 9 de abril de 1881. Após o concerto na recém-fundada Société de ouvir algo extraordinário; esta música liga nosso tempo
Primeira apresentação com a Filarmônica
Suíte Pastoral 1888
21 MINUTOS
ao de Couperin e Rameau”. Sob esse
sobre acompanhamento das cordas
aspecto, Chabrier insere-se na tradição
em pizzicato.
dos grandes tecladistas franceses e confirma seu papel de precursor do
Danse Villegeoise (Dança do vilarejo)
pianismo de Debussy e Ravel, ambos
oscila entre os modos maior e menor,
seus admiradores declarados.
com o ritmo bem marcado, vivo, característico da província de Auvergne,
Seguindo o exemplo de Georges Bizet
região natal do compositor.
que, em 1873, orquestrara cinco peças de seus Jeux d’enfants (originalmente
Sous-bois (Na floresta) utiliza a delica-
para piano a quatro mãos), Chabrier
deza e a variedade de timbres para filtrar
apresentou versões orquestrais de
os matizes das cores nos arbustos.
sua Habanera, da Alegre Marcha e da Suíte Pastoral. Essas orquestrações
Scherzo-valse (Scherzo – Valsa), de
foram regidas pelo autor em primei-
rústica alegria, conclui a Suíte com uma
ra audição, na Associação Artística
festa tímbrica, justificando os elogios
de Angers, em 4 de novembro de
de Ravel, ao reconhecer a importante
1888. Desde 1880, Chabrier parti-
contribuição de Chabrier para o vocabu-
cipava – ao lado de Franck, d’Indy,
lário harmônico e a imaginação orques-
Fauré – do comitê dessa instituição,
tral da moderna música francesa.
destinada à divulgação dos compositores franceses contemporâneos.
PA U L O S É R G I O
Para formar a Suíte Pastoral, ele
MALHEIROS DOS SANTOS
escolheu as peças de números 6, 7,
Pianista, Doutor em Letras, professor na
4 e 10 das Peças Pitorescas.
UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário
Idylle (Idílio), transposta um tom
de Andrade e a arte do inacabado.
acima do original para piano, con-
Apresenta o programa semanal Recitais
fia a fluidez de seu tema à flauta,
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
Dmitri
SHOSTAKOV SÃO PE TERSBURGO, RÚSSIA, 1906
MOSCOU, RÚSSIA, 1975
I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, flauta, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, tímpanos, percussão, cordas.
O compositor russo Dmitri Shostakovitch dedicou
EDITORA
entre 1947 e 1948, enquanto o segundo é de 1967. O
DSCH – Kompositor Representante: Barry Editorial
Concerto nº 2 foi estreado no Teatro Bolshoi a 26 de
seus dois concertos para violino – op. 77 e op. 129 – ao amigo e compatriota David Oistrakh. Vinte anos separam uma obra da outra: o primeiro foi composto
outubro de 1967, pelo violinista David Oistrakh junto à Orquestra Filarmônica de Moscou sob a regência de
PA R A O U V I R
CD Shostakovich/Kondrashin – Complete Symphonies; Concerto for Violin and Orchestra No. 2 op. 129 – Moscow Philharmonic Orchestra – Kirill Kondrashin, regente – David Oistrakh, violino – Melodiya – 2010 PA R A A S S I S T I R
Moscow Philharmonic Orchestra – Kirill Kondrashin, regente – David Oistrakh, violino | Acesse: fil.mg/sviolino2
Kirill Kondrashin. Oistrakh também foi solista na estreia norte-americana de 1968, com Leonard Bernstein conduzindo a Filarmônica de Nova York. Assim como ocorre nas demais obras concertantes de Shostakovich – são dois concertos para piano, dois para violino e dois para violoncelo –, a primeira obra é mais brilhante e extrovertida do que a segunda e, consequentemente, mais tocada e conhecida. Nesses casos, o pessimismo e a introspecção das segundas produções refletem um compositor acossado pela política opressora do regime soviético, quando Shostakovich foi obrigado a participar como “artista popular” e “camarada”. Sob os olhos da censura, Shostakovich
PA R A L E R
Attila Csampai; Dietmar Holland – Guia básico dos concertos: música orquestral de 1700 até os nossos dias – Civilização Brasileira – 1995
inseria em sua música significados dissidentes e subversivos. Nas vezes em que o Estado percebeu isso, suas composições sofreram alteração de texto, cortes e proibições. A mente liberal de Shostakovich era contrária ao antissemitismo e a qualquer forma de opressão – a qual ele também sofreu – e, como
Lauro Machado Coelho – Shostakovitch: vida, música, tempo – Perspectiva – 2006
VICH
Concerto para violino nº 2 em dó sustenido menor, op. 129 1 967
Primeira apresentação com a Filarmônica
32 MINUTOS
resultado, demonstrou-se sensível
gular Concerto para violino nº 2, no
à situação do povo judeu por toda
qual o material folclórico da cantata
a sua vida.
Stepan Razin aparece claramente. Menos um concerto tradicional e
A primeira música de Shostakovich,
mais uma sonata acompanhada,
escrita aos onze anos, foi uma mar-
no Concerto para violino nº 2 o so-
cha fúnebre para piano Em memória
lista desfia um contínuo monólogo
dos heróis mortos na Revolução. O
emoldurado pela orquestra. A voz
altruísmo, a solidariedade e mesmo a
humana, oprimida, sem poder falar,
revolta com o sofrimento promovido
canta através do instrumento. Para
pela guerra refletiram-se em muitas
Shostakovich, o material folclórico
de suas obras. O discurso, cercado
judaico, especialmente, forneceria
de ambiguidade, retratava a época
ainda aspectos paradoxais da exis-
na qual prevalecia o medo de dizer
tência humana com os quais se
o que se pensa ou sente. Em sua
identificava e poderia se expres-
Sinfonia-coral nº 13, op. 113, de 1962,
sar: “Parece que compreendo o que
Shostakovich abordou o massacre
distingue as canções judaicas”, disse
dos judeus ucranianos em Babi Yar.
o compositor, “uma melodia feliz
Dois anos depois foi a vez de outra
construída em tons escuros. O ‘povo’
obra coral, a provocativa cantata
é uma única pessoa. Por que ele
A execução de Stepan Razin, op.
canta uma música alegre? Porque
119, trazer à tona uma revolta do
está triste de coração”.
século XVII. Shostakovich encarnou a voz do jovem escritor Yevgeny
MARCELO COR RÊA
Yevtushenko e deu vida ao herói
Pianista, Mestre em Piano pela
cossaco Razin, morto por defender
Universidade Federal de Minas Gerais,
seu povo do imperialismo opressor.
professor na Universidade do Estado
Esteticamente, abeiramos ao sin-
de Minas Gerais.
Piotr Ilitch
TCHAIKOVS VOT K I N S K , R Ú SS I A , 1 84 0
SÃO PE T E R S B U RG O , R Ú S S I A , 1 893
Para Tchaikovsky, a sinfonia era, antes de tudo, uma obra confessional, à qual confiava todo o seu mundo interior. Nesse sentido, o universo de suas sinfonias apresenta enorme riqueza e variedade de sentimentos. Por outro lado, o compositor sempre encontrou dificuldade em se moldar à tradicional e característica forma sonata, que, entretanto, insistiu em cultivar por considerá-la um poderoso fator de unidade e coerência musicais. Em suas sinfonias, Tchaikovsky brilha principalmente pela intuição do poder expressivo da instrumentação e pela ciência magistral do equilíbrio sonoro de sua orquestra. Suas peculiaridades nesse domínio manifestam-se I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas. EDITORA
Kalmus
em detalhes, como o emprego do registro grave das madeiras (responsável pelo obsessivo clima sombrio que ressoa até em suas peças de inspiração mais alegre), ou a especial predileção pela trompa solista. Durante o verão de 1872, na residência de sua irmã Alexandra, em Kamenka (Ucrânia, ou Pequena Rússia), Tchaikovsky começou a composição de sua Segunda Sinfonia. Inspirou-se em melodias da região, o que
PA R A O U V I R
explica o subtítulo da obra. Difere consideravelmente
CD Tchaikovsky – Sinfonia nº 2 op. 17; A tempestade op. 18 – Chicago Symphony Orchestra – Claudio Abbado, regente – Sony Classical – 1992
das outras sinfonias do compositor, substituindo-lhes o
PA R A A S S I S T I R
BBC National Orchestra of Wales – Mariss Jansons, regente | Acesse: fil.mg/tpequenarussa
caráter confessional característico – o chamado “ciclo do fatum” – pelas alegres impressões de um músico que passeia por aldeias e participa de festas e danças populares. A estreia em Moscou constituiu um triunfo memorável. Por seus elementos folclóricos, a Sinfonia recebeu o apoio imediato dos compositores ligados ao famoso Grupo dos Cinco, de tendência nacionalista.
SKY
Sinfonia nº 2 em dó menor, op. 17, “A Pequena Russa” 1 872 , R E V I SÃO 1 879/ 1 8 8 0
Última apresentação: 12 de abril/2012 Fabio Mechetti, regente
32 MINUTOS
Na lenta introdução ao primeiro mo-
de aldeia ao som de balalaicas. O
vimento, Andante sostenuto – Allegro
trio B, simples e rústico, contrasta
vivo, a bucólica trompa cita uma vari-
com o clima dessa festa.
ante da melodia ucraniana Descendo o Volga, antes que a música culmi-
O Finale: Moderato assai – Allegro
ne no brilho efetivo do Allegro. O de-
vivo baseia-se na canção campestre
senvolvimento inclui elementos da
O grou (curiosamente, o mesmo te-
introdução em hábeis combinações
ma, variado ritmicamente, foi usado
contrapontísticas.
por Beethoven no scherzo de sua Nona Sinfonia. Provavelmente, o
O segundo movimento, Andantino
compositor alemão o conheceu
marziale, quasi moderato, introduz
pelas mãos do conde Razoumo-
uma marcha, de orquestração bem
vski). Tchaikovsky repete o tema oito
dosada, típica dos pequenos con-
vezes, em uma série de variações
juntos instrumentais da Pequena
instrumentais, com exuberante vir-
Rússia. Na parte central, uma melo-
tuosismo orquestral. Outro tema, de
dia relembra a lenta introdução da
beleza melódica cativante, coloca-se
Sinfonia, antes que a banda reapa-
em oposição ao anterior, até que
reça, transfigurada por coloridas
os dois, combinados, conduzam a
variações orquestrais. O movimento
uma agitada dança aldeã, de alegria
termina com o cortejo marcial se
comunicativa e brilhante conclusão.
afastando progressivamente. PA U L O S É R G I O
O terceiro movimento, Scherzo:
MALHEIROS DOS SANTOS
Allegro molto vivace, possui a
Pianista, Doutor em Letras, professor na
convencional forma A-B-A. Trata-
UEMG, autor dos livros Músico, doce
se de página de enorme brilho. A
músico e O grão perfumado – Mário
primeira parte A trabalha fragmentos
de Andrade e a arte do inacabado.
de temas populares, sobrepondo-os
Apresenta o programa semanal Recitais
uns aos outros, sugerindo uma dança
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
tem p o r a d a
20 20
ILUSTRAÇÃO: CAROLINA MORAES SANTANA
Filarmônica, nosso encontro na Música.
NEST E NATAL, D Ê UM A ASSINAT URA D E PRESENT E. Um ano inteiro de música para você e para quem você gosta.
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FOTO: EUGÊNIO SÁVIO
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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
VIOLONCELOS
TROMPAS
GERENTE
Rommel Fernandes –
Philip Hansen *
Alma Maria Liebrecht *
Jussan Fernandes
Spalla associado
Robson Fonseca ***
Evgueni Gerassimov ***
Ara Harutyunyan –
Camila Pacífico
Gustavo Trindade
INSPETORA
Spalla assistente
Camilla Ribeiro
José Francisco dos Santos
Karolina Lima
Ana Paula Schmidt
Eduardo Swerts
Lucas Filho
Ana Zivkovic
Emília Neves
Fabio Ogata
Arthur Vieira Terto
Lina Radovanovic
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Joanna Bello
Lucas Barros
TROMPETES
Risbleiz Aguiar
Laura von Atzingen
William Neres
Marlon Humphreys -Lima * Érico Fonseca **
ARQUIVISTA
Roberta Arruda
CONTRABAIXOS
Daniel Leal ***
Ana Lúcia Kobayashi
Rodrigo Bustamante
Nilson Bellotto *
Tássio Furtado
Rodrigo M. Braga
André Geiger ***
Rodrigo de Oliveira
Marcelo Cunha
TROMBONES
Claudio Starlino
Wesley Prates
Marcos Lemes
Mark John Mulley *
Jônatas Reis
Pablo Guiñez
Diego Ribeiro **
SEGUNDOS VIOLINOS
Rossini Parucci
Wagner Mayer ***
Frank Haemmer *
Walace Mariano
Renato Lisboa
Gideôni Loamir
FLAUTAS
TUBAS
Jovana Trifunovic
Cássia Lima *
Eleilton Cruz *
MONTADORES
Luka Milanovic
Renata Xavier ***
Rafael Mendes ****
Hélio Sardinha
Martha Pacífico
Alexandre Braga
Matheus Braga
Elena Suchkova
Luis Andrés Moncada
ASSISTENTES
Hyu-Kyung Jung ***
Rodrigo Castro
Radmila Bocev
Jussan Meireles
TÍMPANOS
Klênio Carvalho
Daniel Lemos ***
Rodolfo Toffolo
OBOÉS
Tiago Ellwanger
Alexandre Barros *
PERCUSSÃO
Valentina Gostilovitch
Públio Silva ***
Rafael Alberto *
Israel Muniz
Sérgio Aluotto
Maria Fernanda Gonçalves
Werner Silveira
Roberto Papi ***
CLARINETES
HARPA
Flávia Motta
Marcus Julius Lander *
Clémence Boinot *
Gerry Varona
Jonatas Bueno ***
Gilberto Paganini
Ney Franco
TECLADOS
Katarzyna Druzd
Alexandre Silva
Ayumi Shigeta *
VIOLAS
SUPERVISOR DE MONTAGEM
João Carlos Ferreira *
Luciano Gatelli Marcelo Nébias
FAGOTES
Mikhail Bugaev
Catherine Carignan *
Nathan Medina
Victor Morais *** Francisco Silva
* principal
** principal associado
*** principal assistente
**** musicista convidado
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
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OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
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Merrina Godinho Delgado
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Jovem Aprendiz Sunamita Souza
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Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Gonçalves Soares Filho
EQUIPE ADMINISTRATIVA
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Assessora de Programação Musical
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Celina Szrvinsk
Gerente de Infraestrutura Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Operações
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Jorge Correia
Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Frederico César
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Daniel Hazan
Letícia Cabral
Diano Carvalho
Ítalo Gaetani
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Marco Antônio Pepino
Carolina Moraes Santana
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Mauricio Freire
Fernando Dornas
Octávio Elísio
Lívia Aguiar
Sérgio Pena
Renata Romeiro
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
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Dezembro nº 23 / 2019
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DIRETORIA EXECUTIVA Diretor Presidente
Analistas de Marketing
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Diretor Administrativofinanceiro
Godinho Delgado
Projetos — Larissa
Jessica Nascimento
Edição de texto
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Relacionamento —
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Itamara Kelly
Meire Gonçalves
miniatura eslava (1977)
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Diretor de Comunicação
Assistente de Marketing e Relacionamento
Agenor Carvalho
Henrique Campos
Diretora de Marketing e Projetos
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Zilka Caribé
Rildo Lopez
Ivar Siewers
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Eventos — Lívia Brito
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Diretor de Operações
ISSN 2357-7258
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Auxiliar Contábil Pedro Almeida
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18 e 19 dez, 20h30
E S P E C I A L D E N ATA L
13 e 14 fev, 20h30 5 e 6 mar, 20h30 14 mar, 18h
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RUA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1. 090 — BA R RO PR E TO C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0
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BELO HORIZONTE – MG |
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COMU NI CA ÇÃO IC F / 20 19
Sala Minas Gerais