09 10 MAI Allegro
Vivace
FORTISSIMO Nยบ 7 / 2019
MinistĂŠrio da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M
Allegro
09/05
Vivace
10/05
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E SONIA RUBINSKY, PIANO
PROGRAMA
JOSEPH HAYDN Sinfonia nº 6 em Ré maior, Hob. I:6, “A manhã”
Adagio – Allegro
Adagio – Andante
Minueto – Trio
Finale – Allegro
JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA PRADO Aurora
I N T E R VA L O
ANTONÍN DVORÁK Noturno em Si maior, op. 40
JOSEPH HAYDN Sinfonia nº 8 em Sol maior, Hob. I: 8, “A noite”
Allegro molto
Andante
Minueto
A tormenta: Presto
CAROS AMIGOS E AMIGAS, No concerto desta noite faremos com
remos com a riqueza melódica e
que a música nos inspire a despertar
singela novamente proposta pelo
na Áustria do século XVIII e amanhecer
pai da sinfonia.
na profundeza de uma aurora dos trópicos, repleta de boas expectativas.
Três estilos: clássico, romântico,
Seremos envolvidos pela alegria e
m o d e r n o , co n d u z i n d o n o ss o s
leveza características das primeiras
pensamentos e emoções num dia
sinfonias de Haydn e pela exploração
(e noite) na Filarmônica.
tímbrica e rítmica que define a música do brasileiro Almeida Prado.
Obrigado sempre pela presença,
Em seguida, anoiteceremos em um
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
bosque da Europa Central e sonha-
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
Suas apresentações se estendem
quatorze anos à frente da Orquestra
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Foi também Regente Titular das sin-
Suécia e Venezuela. No Brasil, re-
fônicas de Syracuse e de Spokane,
geu todas as importantes orques-
da qual hoje é Regente Emérito.
tras brasileiras.
Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: EUGÊNIO SÁVIO
SONIA RUBINSKY
e do Rio de Janeiro, Filarmônica de Goiás. Entre as obras que tocou com a Filarmônica de Minas Gerais, em três temporadas, está a Suíte Brasileira
Vencedora do Grammy latino, con-
para Piano e Orquestra de Villa-Lobos,
siderada Melhor Recitalista do Ano
89 anos após a sua estreia.
pela Associação Paulista de Críticos de Artes, vencedora do Piano Recital
Sua extensa discografia inclui a integral
Award William Petschek da Juilliard
da obra de Villa-Lobos para piano solo,
School e do Primeiro Prêmio Artists
com premiação pela revista Gramophone
International de Nova York, a pianista
e pelo Grammy latino. O repertório de
Sonia Rubinsky se destaca por seu
Rubinsky varia do Barroco à música
estilo poético e vigoroso.
de hoje. Almeida Prado dedicou-lhe várias obras, entre elas a Sonata para
Nascida no Brasil, Sonia Rubinsky
violoncelo e piano, encomendada e
iniciou seus estudos no Conservató-
dedicada a ela e a Antonio Meneses.
rio de Campinas com Olga Rizzardo Normanha. Aos seis anos realizou seu
Entre os músicos que ajudaram a mol-
primeiro recital e aos doze foi solista
dar a arte de Rubinsky estão Jacob
com orquestra. Estudou na Academia
Lateiner, Gina Bachauer, Claude Frank,
Rubin, Jerusalém, e concluiu Doutorado
Leon Fleisher, Benjamin Oren, William
em Performance de Piano na Juilliard
Daghlian, Irma Wolpe, Vlado Perlemuter,
School. Como recitalista, apresenta-se
Arthur Rubinstein e Murray Perahia.
em salas de prestígio como Carnegie Hall, Alice Tully Hall, Bargemusic, Merkin Concert Hall, Miller Theatre, Hertz Hall, Maison de Radio France, Sala São Paulo, Theatro Municipal de São Paulo, Sala Minas Gerais, Recanati Hall e AGA-Zaal. Sônia é convidada de orquestras como St. Luke’s, St. Etienne, New York Women's Ensemble, Richmond, Springfield, Syracuse, Jacksonville, salém, da Universidade de São Paulo, dos teatros municipais de São Paulo
FOTO: ISABELA SENATORE
Cheyenne, Phoenix, sinfônicas de Jeru-
Joseph
HAYDN RO H R AU , ÁUST R I A , 1 73 2
V I E N A , ÁUST R I A , 1 8 09
A importância histórica da obra de Haydn liga-se à fixação definitiva dos gêneros musicais associados à forma sonata clássica. Sob esse aspecto, suas 104 sinfonias e os 77 quartetos de cordas constituem um I N S T R U M E N TA Ç Ã O
legado ímpar – durante o século XIX, o compositor foi
Flauta, 2 oboés, fagote, 2 trompas, cordas.
considerado o criador dos dois gêneros. Entretanto, se a afirmativa é apropriada aos quartetos, deve-se relativizar o lugar comum que atribui ao compositor o
EDITORA
Bärenreiter PA R A O U V I R
CD Haydn – Symphonies vol.7 – Nos. 6, 7, 8 – Northern Chamber Orchestra – Nicholas Ward, regente – Naxos – 1994 PA R A A S S I S T I R
Sinfonia nº 6 The Norwegian Chamber Orchestra – Steven Isserlis, violoncelo e líder Acesse: fil.mg/hmanha Sinfonia nº 8 Orchestra 'Les Siècles' – Francois-Xavier Roth, regente Acesse: fil.mg/hnoite
epíteto de “pai da sinfonia”. Quando Haydn escreveu suas primeiras sinfonias (por volta de 1757), o gênero já estava bem delineado pelas contribuições italianas, austríacas e, sobretudo, do boêmio Josef Stamitz, o maior nome da famosa escola de Mannheim. Mas é também inegável – e muito significativo – que o atual repertório de concerto destaque, quando se volta aos primórdios do gênero, o tríptico Le matin, Le midi e Le soir, respectivamente as sinfonias de números 6, 7 e 8 de Haydn, compostas em 1761. Essas sinfonias foram os primeiros trabalhos do compositor como músico da família Esterházy, à qual serviu por quarenta anos, combinando as obrigações de reger e compor. Elas realizam uma síntese totalmente inovadora da Sinfonia (pela forma sonata), do Divertimento (pela grande diversidade do colorido orquestral) e do Concerto Grosso (pelo uso contínuo de instrumentos solistas, certamente com o intuito de apresentar os virtuoses
PA R A L E R
H. C. Robbins Landon – Haydn, Sinfonias – Guias Musicais BBC – Zahar – 1984
recém-contratados pelo patrão). Os títulos lembram os
Sinfonia nº 6 em Ré maior, Hob. I:6, “A manhã” Sinfonia nº 8 em Sol maior, Hob. I: 8, “A noite” 1 76 1
Primeira apresentação com a Filarmônica
24 M I N U T O S / 2 3 M I N U T O S
concertos de Vivaldi e foram sugeri-
Podemos acompanhar os experimentos
dos pelo próprio príncipe Paul Anton
musicais de Haydn, em linha evolutiva,
Esterházy, grande admirador desse
por cerca de meio século. Nas primeiras
tipo de música descritiva – o Adagio
sinfonias, ele faz uma síntese brilhante
introdutório da Sinfonia nº 6 evoca o
do Barroco e do Classicismo. Na época
nascer do sol, e o final da nº 8, sob
do movimento romântico Sturm und
o título de A Tempestade, descreve
Drang, sua escrita adquire um tom
uma tormentosa tarde de verão.
mais subjetivo. Em 1784, estabelece uma relação de amizade e admiração
Entre os dois palácios de seus patrões,
recíproca com Mozart, quando os
em Viena e no interior da Hungria,
dois gênios, apesar da diferença de
o ritmo de trabalho era alucinante.
idade e de temperamento, deixaram-se
Em 1778, por exemplo, realizaram-
influenciar mutuamente. Aos poucos,
-se 242 espetáculos nos domínios
a fama de Haydn extrapolou os domí-
dos Esterházy: concertos sinfônicos,
nios dos Esterházy, consagrando-o
óperas, música de câmara, religiosa
internacionalmente. Suas últimas sin-
e de teatro. Confinado aos palácios e
fonias foram compostas em Londres e
envolvido em seus afazeres, Haydn
incluem-se entre os maiores tesouros
vivia em grande isolamento artístico.
do Classicismo vienense.
Por outro lado, possuía uma excelente orquestra permanentemente
PA U L O S É R G I O
disponível para a imediata execução
MALHEIROS DOS SANTOS
de suas obras. Haydn podia assim
Pianista, Doutor em Letras, professor na
testar suas experiências: “eu podia
UEMG, autor dos livros Músico, doce
melhorar, acrescentar, cortar, ousar.
músico e O grão perfumado – Mário
Estava isolado do mundo e tive que me
de Andrade e a arte do inacabado.
tornar original” (carta do compositor
Apresenta o programa semanal Recitais
a August Griesinger).
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
José Antonio de
ALMEIDA SANTOS, BRASIL, 1943
S Ã O PA U L O , B R A S I L , 2 0 1 0
I N S T R U M E N TA Ç Ã O
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, celesta, cordas.
Almeida Prado é um dos mais originais e profícuos compositores da música erudita brasileira. Estuda piano com Dinorá de Carvalho, composição com Camargo Guarnieri e harmonia com Osvaldo Lacerda. Graças ao 1º Prêmio
EDITORA
obtido no I Festival de Música da Guanabara (1969),
Academia Brasileira de Música
transfere-se para a Europa, onde tem como principais mestres Olivier Messiaen e Nadia Boulanger. De volta
PA R A O U V I R
Discografia de Almeida Prado – Centro Cultural São Paulo Acesse: fil.mg/apdiscos CD Almeida Prado – Cartas Celestes – Aleyson Scopel, piano – Gran Piano – 2016/2018 (4 CDs) PA R A A S S I S T I R
Filarmônica de Minas Gerais – Fabio Mechetti, regente – Sonia Rubinsky, piano Acesse: fil.mg/apaurora
ao Brasil em 1973, é nomeado, em 1974, professor de composição da Unicamp. Sua coleção de Cartas Celestes para piano é reputada como uma das principais obras do repertório pianístico mundial contemporâneo. Dentre os dezoito volumes de Cartas Celestes, o primeiro em especial aproxima-se da obra do compositor incluída neste programa. Como as primeiras Cartas (1974), destinadas ao piano solo, instrumento protagonista da produção de Almeida Prado, Aurora explora radicalmente as possibilidades do piano, desta vez em diálogo com uma orquestra sinfônica. Pertencentes à segunda fase composicional do artista, afastada do tonalismo, ambas as obras lidam com uma mesma referência
PA R A L E R
Valéria Peixoto (org.) – Catálogo completo das obras de Almeida Prado – Academia Brasileira de Música – 2016 Acesse: fil.mg/apcatalogo
extramusical, introduzida ao fim das primeiras Cartas (“Pórtico da Aurora”) e desenvolvida amplamente em Aurora: a passagem da noite para o dia. Na epígrafe da obra para piano e orquestra, registra o compositor: “Aurora é um canto à luz, ao calor, à vida, ao movimento. Vinda da mais espessa escuridão da noite, até
Ana Claudia de Assis – O timbre em Ilhas e Savanas de Almeida Prado – Dissertação de mestrado – UNIRIO – 1997
alcançar o inebriante êxtase solar, tudo é ascensão,
PRADO
Última apresentação: 29 de maio / 2008 Fabio Mechetti, regente Sonya Rubinsky, piano
Aurora 1975
18 MINUTOS
uma progressiva espiral até as mais
ou expressividades por via musical
altas moradas da claridade”.
sempre carrega certa ambiguidade, a contraposição entre dois motivos,
Estudioso da tradição musical do
tempos ou atmosferas favorece um
Ocidente, Almeida Prado conhece bem
delineamento pela comparação.
as tentativas de expressão musical das horas do dia, que remontam aos
Almeida Prado recorre a intervalos,
cantos medievais do ofício divino. Tais
acordes, acidentes, zonas de altu-
tentativas trazem consigo, além da
ras, ressonâncias, timbres, a fim
possível “descrição” de uma particular
de sugerir a oposição escuridão/
paisagem sonora, certa carga subje-
transparência, dotada de claras
tiva. Assim mostra o compositor, em
conotações místicas. Embora pas-
passagem de sua tese de doutorado
síveis de identificação e análise, não
aplicável a Aurora: “em cada um de
caberia explicitar em poucas linhas
nós, repousa muito forte o simbo-
tais procedimentos, frutos de uma
lismo do crepúsculo, com sua carga
tradição e, sobretudo, da fantasia do
depressiva e melancólica, o mistério
compositor. Portanto, fica o convite
da noite, com sua presença enigmá-
para exercermos nossa fantasia na
tica, sem os contornos nítidos e as
audição de Aurora, encontrando e
certezas do dia, e o amanhecer, com
expandindo a espiral sonora criada
sua carga renovadora de esperança,
pelo compositor.
de renovação, de ressurreição.” Mais que o tratamento isolado da noite
CLOVIS SALGADO
ou da manhã, a evocação da aurora
GONTIJO
proporciona rico material ao compositor,
Teoria da Arte pela Universidad de Chile.
na medida em que lida com uma transi-
Autor de Ressonâncias noturnas:
ção. Se a “representação” de imagens
do indizível ao inefável.
Doutor em Estética e
Antonín
DVORÁK
N E L A H OZ E V ES , R E P Ú B L I C A TC H EC A , 1 84 1
PR AG A , R E P Ú B L I C A TC H EC A , 1 904
O termo Noturno surgiu pela primeira vez, em música, no século XVIII, para designar obras compostas para grupos de câmara, em vários movimentos, e destinadas a ser executadas à noite, assim como uma serenata. Mozart, por exemplo, em seu período de Salzburgo, compôs treze serenatas para as mais diversas formações I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Cordas. EDITORA
Bote & Bock
instrumentais, sendo a de número 6 intitulada Serenata Notturna (K. 239) e a de número 8 intitulada apenas Notturno (K. 286). No século XIX, graças ao compositor irlandês John Field (1782-1837), o termo Noturno passou a designar peças curtas para piano solo, não
PA R A O U V I R
necessariamente para serem executadas em altas horas,
Dvorák – Czech Suite; Hussite Overture; My Home; Nocturne in B major; Scherzo capriccioso – Czech Philharmonic – Václav Neumann, regente – Supraphon – 2005
mas geralmente de atmosfera sonhadora, melancólica, inspiradas na tranquilidade e no caráter sombrio da noite. Chopin foi o responsável pela disseminação do gênero, tendo composto mais de vinte noturnos para piano solo. O Noturno em Si maior (op. 40), para cordas, de Antonín
PA R A A S S I S T I R
Dvorák, é uma peça em um único movimento, leve,
A Far Cry Chamber Orchestra Acesse: fil.mg/dnoturno
extremamente expressiva e de uma delicadeza ímpar.
PA R A L E R
John Clapham – Antonín Dvorák: musician and craftsman – St. Martin’s Press – 1966 Kurt Honolka – Dvorák – Haus Publishing – 2004
Embora, na época, as peças sinfônicas curtas em um movimento fossem consideradas menos importantes do que uma sinfonia, eram extremamente requisitadas. Não eram poucas as ocasiões festivas em que uma abertura ou uma serenata se encaixavam bem na proposta (Dvorák compôs diversas peças sinfônicas isoladas, tais
Primeira apresentação com a Filarmônica
Noturno em Si maior, op. 40 1875 / REVISÃO 1882
7 MINUTOS
como poemas sinfônicos, aberturas,
Dvorák compôs um quarteto de cordas
serenatas, danças e suítes). E a sua
(hoje Quarteto de cordas nº 4 em
composição podia exigir do compositor
mi menor, op. 19) que permaneceu
um trabalho não menos árduo do que
por muitos anos sem ser editado e
o de uma sinfonia.
executado. Seu segundo movimento (Andante religioso) se tornaria a
Outro Noturno de Dvorák, esse em
base do segundo movimento (Inter-
si menor, foi composto no início dos
mezzo) do Quinteto de cordas nº 2
anos 1880 e, ao que tudo indica,
em Sol maior (op. 18), composto em
estreado pelo compositor, em sua
1875 e estreado em Praga em 18 de
primeira viagem à Inglaterra, no
março de 1876. Porém, insatisfeito
Crystal Palace de Londres, no dia
com a grande dimensão do Quinteto
22 de março de 1884. Assim como
(originalmente composto em cinco
o Scherzo Capriccioso (op. 66), o
movimentos), Dvorák decidiu retirar
Trio para piano em fá menor (op.
o segundo movimento (Intermezzo)
65) e a Abertura Husitská (op. 67),
antes de sua publicação, em 1888, por
todos compostos na mesma época,
N. Simrock. Esse Intermezzo acabaria
o Noturno em si menor traz uma
por se transformar, anos depois,
carga dramática intensa e uma den-
no delicado Noturno em Si maior.
sidade orquestral praticamente sem precedentes nas obras anteriores de Dvorák, geralmente leves e des-
GUILHERME
pretensiosamente construídas sobre
NASCIMENTO
temas folclóricos. No entanto, os
Doutor em Música pela Unicamp,
temas do Noturno foram compos-
professor na Escola de Música da UEMG,
tos dez anos antes, em plena fase
autor dos livros Os sapatos floridos
nacionalista. Nos anos 1869-1870,
não voam e Música menor.
Compositor,
FOTO DO FUNDO: JOMAR BRAGANÇA
INGRESSO SOLIDÁRIO
Algo aconteceu e você não pode ir a um concerto? A P R O V E I T E PA R A A P R E S E N TA R A FILARMÔNICA AOS SEUS AMIGOS, PA R E N T E S O U E S T U D A N T E S D E M Ú S I C A . É muito simples. Para doar seu Ingresso Solidário, basta o Assinante acessar o aplicativo da Filarmônica até 30 minutos antes do início do concerto e realizar sua doação. O Assinante também pode enviar um e-mail ou ligar para a Assessoria de Relacionamento pelo menos 2 horas antes do concerto. O aplicativo da Filarmônica é compatível com aparelhos Android e iOS e pode ser baixado na loja de aplicativos do seu celular (Google Play ou App Store).
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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
Mikhail Bugaev
FAGOTES
HARPA
Anthony Flint – Spalla
Nathan Medina
Catherine Carignan *
Clémence Boinot *
Rommel Fernandes –
Victor Morais ***
Spalla associado
VIOLONCELOS
Andrew Huntriss
TECLADOS
Ara Harutyunyan –
Philip Hansen *
Francisco Silva
Ayumi Shigeta *
Spalla assistente
Robson Fonseca ***
Ana Paula Schmidt
Camila Pacífico
TROMPAS
Ana Zivkovic
Camilla Ribeiro
Alma Maria Liebrecht *
GERENTE
Arthur Vieira Terto
Eduardo Swerts
Evgueni Gerassimov ***
Jussan Fernandes
Joanna Bello
Emília Neves
Gustavo Garcia Trindade
Laura Von Atzingen
Lina Radovanovic
José Francisco dos Santos
INSPETORA
Luis Andrés Moncada
Lucas Barros
Lucas Filho
Karolina Lima
Roberta Arruda
William Neres
Fabio Ogata
Rodrigo M. Braga
CONTRABAIXOS
TROMPETES
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Rodrigo de Oliveira
Nilson Bellotto *
Marlon Humphreys *
Risbleiz Aguiar
Wesley Prates
André Geiger ***
Érico Fonseca **
Rodrigo Bustamante
Marcelo Cunha
Daniel Leal ***
ARQUIVISTA
SEGUNDOS VIOLINOS
Marcos Lemes
Tássio Furtado
Ana Lúcia Kobayashi
Frank Haemmer *
Pablo Guiñez
Hyu-Kyung Jung ****
Rossini Parucci
TROMBONES
ASSISTENTES
Gideôni Loamir
Walace Mariano
Mark John Mulley *
Claudio Starlino
Diego Ribeiro **
Jônatas Reis
Jovana Trifunovic Luka Milanovic
FLAUTAS
Wagner Mayer ***
Martha de Moura
Cássia Lima *
Renato Lisboa
Pacífico
Renata Xavier ***
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Matheus Braga
Alexandre Braga
TUBA
Rodrigo Castro
Radmila Bocev
Elena Suchkova
Eleilton Cruz *
Tiago Ellwanger
OBOÉS
TÍMPANOS
Hélio Sardinha
Valentina Gostilovitch
Alexandre Barros *
Patricio Hernández
Klênio Carvalho
Públio Silva ***
Pradenas *
MONTADORES
Rodolfo Toffolo
VIOLAS
Israel Muniz
João Carlos Ferreira *
Maria Fernanda Gonçalves
Roberto Papi ***
PERCUSSÃO Rafael Alberto *
Flávia Motta
CLARINETES
Daniel Lemos ***
Gerry Varona
Marcus Julius Lander *
Sérgio Aluotto
Gilberto Paganini
Jonatas Bueno ***
Werner Silveira
Katarzyna Druzd
Ney Franco
Luciano Gatelli
Alexandre Silva
Marcelo Nébias
* principal
** principal associado
*** principal assistente
**** principal / assistente substituta
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho Delgado
Roberto Mário
Conselheiros
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz Sunamita Souza
SALA MINAS GERAIS
Gerente de Produção Musical
Gerente Contábil
Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Gonçalves Soares Filho
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Berenice Menegale
Assessora de Programação Musical
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Celina Szrvinsk
Gerente de Infraestrutura Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Operações
Quézia Macedo Silva
Jorge Correia
Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Ítalo Gaetani
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Diano Carvalho
Paulo Baraldi
Rafael Franca
Cunha Castello Branco
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Mauricio Freire
Fernando Dornas
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Octávio Elísio
Lívia Aguiar
Sérgio Pena
Renata Gibson Renata Romeiro
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Carolina Moraes Santana
Cristiane Reis
Maio nº 7 / 2019
Analista de Marketing e Projetos
Assistente de Recursos Humanos
Godinho Delgado
Lilian Sette
Jessica Nascimento
Edição de texto
Analista de Marketing e Relacionamento
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Capa Detalhe de
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A Aurora, afresco de
Itamara Kelly
Vivian Figueiredo
Guido Reni
Assistente de Produção
Auxiliar Contábil
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DIRETORIA EXECUTIVA
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Diretor Presidente Diomar Silveira
Diretor Administrativofinanceiro Joaquim Barreto
Diretor de Comunicação Agenor Carvalho
Berenice Menegale
Pedro Almeida
Rildo Lopez
Diretora de Marketing e Projetos Zilka Caribé
Auxiliares de Produção
Auxiliar Administrativa Geovana Benicio
André Barbosa
Diretor de Operações Ivar Siewers
Editora Merrina
Jeferson Silva
Auxiliares de Serviços Gerais Ailda Conceição Rose Mary de Castro
Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
NO CONCERTO CUIDE DA SAL A
SEJA PONTUAL.
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TRAGA SEU
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DE CONCERTO.
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Dias 9 e 10, 20h30 Dia 12, 11h
A L L E G R O E V I VA C E
CLÁSSICOS NA PRAÇA / INHOTIM
Dias 16 e 17, 20h30 Dia 25, 18h
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